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Código Deontológico:
-Conjunto de princípios e deveres gerais que devem reger o comportamento profissional dos
psicólogos;
Princípios gerais:
Deveres gerais;
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Ética
Artigo 2.º do regulamento, "Considera-se infração disciplinar toda a ação ou omissão que
consista na violação dolosa ou culposa, por qualquer membro da Ordem, dos deveres
consignados no Estatuto, no Código Deontológico e nos respetivos regulamentos.
https://www.ordemdospsicologos.pt/pt/orgaos_sociais/conselho_jurisdicional
Infração disciplinar:
Leve - violação de forma pouco intensa dos deveres profissionais a que se encontra
adstrito no exercício da profissão;
Grave – violação de forma séria dos deveres profissionais a que se encontra adstrito
no exercício da profissão;
Muito grave – violação dos deveres profissionais a que está adstrito no exercício da
profissão, afetando a sua conduta, a dignidade e o prestígio profissional de tal forma
que fique definitivamente inviabilizado o exercício da profissão.
Sanções disciplinares:
a) Advertência: aplicada ao membro que cometa infração com culpa leve, de que não
tenha resultados prejuízos graves para terceiros nem para a ordem;
b) Obrigação de prática supervisionada até ao máximo de 12 meses: aplicada ao
membro que cometa infração disciplinar que resulte de manifesto défice de
formação.
c) Repreensão registada: aplicada ao membro que cometa infração com negligência
grave, mas sem consequência assinalável, ou que reincida nas infrações referidas
anteriormente.
d) Suspensão até ao máximo de 24 meses: aplicável ao membro que cometa infração
interdisciplinar que afete gravemente a dignidade e o prestígio da profissão, ou lese
direitos ou interesses relevantes de terceiros.
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Ética
e) Expulsão: aplicável a infração muito grave quando a infração tenha posto em causa a
vida, a integridade física das pessoas, ou seja, gravemente lesiva da honra ou do
património alheios.
Princípios Gerais:
Orientações para guiar e inspirar os psicólogos para uma atuação centrada nos ideais da
intervenção psicológica.
Os psicólogos devem respeitar as decisões e os direitos da pessoa, desde que estes sejam
enquadrados num exercício de racionalidade e de respeito pelo outro. Nesta perspetiva, não
devem fazer distinções entre os seus clientes por outros critérios que não os relacionados com
os problemas e/ou questões apresentadas, e devem, com a sua intervenção, promover o
exercício da autonomia dos clientes.
Este princípio obriga o psicólogo a olhar para a pessoa como um ser único, com vontade
própria que, mais do que ser respeitada deverá ser promovida no contexto relacional
característico da pessoa humana.
Princípio B – Competência:
O psicólogo tem como obrigação exercer a sua atividade de acordo com os pressupostos
técnicos e científicos da profissão, a partir de uma formação pessoal adequada e de uma
constante atualização profissional, de forma a atingir os objetivos da intervenção psicológica
para não prejudicar o cliente e não contribuir para o descredito da profissão.
Boas praticas baseadas em conhecimentos científicos atualizados e não presta serviço para o
qual não esta qualificado devido ao risco acrescido de prejudicar seriamente alguém.
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Ética
Princípio C – Responsabilidade
O psicólogo deve ter consciência das consequências que o seu trabalho pode ter junto das
pessoas, da profissão e da sociedade. Devem contribuir para os bons resultados do exercício
da sua atividade nestas diferentes dimensões e assumir a responsabilidade pela mesma. Deve
saber avaliar o nível de fragilidade dos seus clientes, pautar as suas intervenções pelo respeito
absoluto da vulnerabilidade, e promover e dignificar a sua atividade.
Deve ter consciência das consequências do seu trabalho e que o aplique em prol do bem-estar
da pessoa.
Princípio D – Integridade:
O psicólogo deve ser fiel aos princípios de atuação da profissão promovendo-os de uma forma
ativa. Deve prevenir e evitar os conflitos de interesse e, quando estes surgem, deve contribuir
para a sua revolução, atuando sempre de acordo com as suas obrigações profissionais.
A integridade poderá ficar comprometida sempre o profissional se deixar influenciar pelas suas
próprias motivações ou crenças, preconceitos e juízos morais, nos casos em que surjam
conflitos de interesse pessoal, profissional e institucional, dilemas centrados nas hierarquias
ou mesmo a partir de pedidos não razoáveis dos clientes.
O psicólogo deve ajudar o seu cliente a promover e a proteger os seus legítimos interesses.
Não deve intervir de modo a prejudica-lo ou a causar-lhe qualquer tipo de dano, quer por
ações, quer por omissão.
Quando surgem conflitos de interesse o psicólogo deve fazer o máximo esforço para minimizar
dos danos. Deverá ter sempre o melhor interesse do cliente como referência, procurando
ajudá-lo e nunca o prejudicar. Deve ser sempre evitado todo o prejuízo que resultar de uma
atuação grosseira, negligente propositadamente malévola ou não fundamentada em
conhecimentos científicos atualizados.
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Ética
O psicólogo pode recusar-se a estabelecer relações profissionais com clientes que estejam a
ser assistidos simultaneamente por um colega, sempre que entender que tal duplicação de
intervenções possa ser prejudicial para o cliente.
Princípios Específicos:
1. Consentimento Informado:
2. Privacidade e Confidencialidade:
- Informar o cliente sobre o tipo de utilização dos registos, como será conversado, por quanto
tempo e quem tem acesso;
- A não manutenção da confidencialidade pode justificar-se sempre que existir uma situação
de perigo para o cliente ou para terceiros que possa ameaçar de forma grave a sua integridade
física e psíquica, ou qualquer forma de maus-tratos a menores de idade ou adultos indefesos
(deficientes ou vulneráveis);
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Ética
- Cliente criança, adolescente, adulto indefeso – partilha-se com o responsável legal apenas a
informação estritamente necessária para que se possa atuar em seu benefício;
- Serviços prestados por meios informáticos – informar o cliente sobre eventuais riscos e
limitações relativos à manutenção da privacidade e confidencialidade.
3. Relações Profissionais:
- O psicólogo contribui e coopera com a instituição para a qual colabora, desde que não sejam
contrárias aos princípios do Código Deontológico.
- Pautar as suas relações profissionais pela integridade, não desviando casos da instituição
pública para a prática privada, e não julgando ou criticando outros colegas ou outros
profissionais de forma não fundamentada;
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Ética
O psicólogo deve denunciar outras pessoas que desempenham funções para as quais apenas o
psicólogo está habilitado.
4. Avaliação Psicológica:
Relatórios Psicológicos:
- Devem ser documentos escritos objetivos e rigorosos e inteligíveis que fornecem informação
relevante que permita dar resposta às questões e pedidos de avaliação considerados
pertinentes;
- Se o cliente pretender uma segunda opinião de outro psicólogo, dados mais completos de
avaliação devem ser enviados diretamente a este último, para evitar interpretações incorretas
por parte do cliente e assegurar a segurança e integridade dos materiais de avaliação.
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Ética
- O psicólogo deve exercer a sua prática dentro dos limites da sua competência especifica,
como base na sua formação, treino, experiência e desenvolvimento profissional, procurando
atualizar-se ao longo do seu percurso profissional;
- O psicólogo deve prevenir e evitar eventuais conflitos de interesse, portanto não deve
estabelecer relação profissional com quem mantenha ou tenha mantido uma relação prévia de
outra natureza. Não devem desenvolver outro tipo de relações com os seus clientes ou com
pessoas próximas dos seus clientes, sendo responsável por qualquer prejuízo que possa vir a
ocorrer nesse contexto;
- Honorários - são fixados de forma a representar uma justa retribuição pelos serviços
prestados e discutidos com o cliente antes do estabelecimento da relação profissional.
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Ética
- Não causar danos físicos e/ou psicológicos aos participantes nas investigações;
- Nos casos em que os participantes não têm capacidade para dar consentimento informado, o
consentimento deve ser fornecido pelos seus representantes legais, mas a manifestação de
recusa por parte do participante pode ser impeditiva da sua participação.
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Ética
- Os investigadores cumprem estas regras e asseguram o cumprimento por todos que com
eles colaborem e/ou estejam sob a sua supervisão.
8. Declarações Públicas:
- O psicólogo limita as suas declarações públicas apenas a temas para os quais têm formação e
experiência específicas;
- O psicólogo reconhece o impacto das suas declarações junto do público, em função da
credibilidade da ciência que representa. Este facto aumenta a sua responsabilidade em relação
às suas afirmações, uma vez que o psicólogo representa uma classe profissional;
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