Você está na página 1de 12

Associação Educativa Evangélica

FACULDADE RAÍZES

Acadêmicos: Denys Wbiallyson Pereira Alves


Josiane Sousa Soares
João Pedro Borges Gonçalves
Marinaldo Antônio de Oliveira Filho
Paulo Guilherme
Vítor Gabriel Silva Félix
Período: 8º
Professor: Jordão Horácio
Matéria: Direito Administrativo II

RESENHA CRÍTICA DO PDF SOBRE AS PARCERIAS


PÚBLICO-PRIVADAS

Anápolis, 15 de setembro de 2022


Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

Introdução
Na presente resenha, será abordado de forma objetiva as ideias trabalhadas
no PDF ¨Parcerias Público-Privadas: análise comparativa das experiências britânica
e brasileira¨, tal PDF traz a comparativa de PPP brasileiro com os modelos utilizados
no contexto britânico, no qual destaca as semelhanças e diferenças dos dois.
As Parcerias-Público Privadas na Inglaterra
As parcerias público-privadas existem em diversos países, especialmente os
europeus, como Inglaterra, Irlanda e Itália. Na Inglaterra, onde surgiu essa
modalidade de contrato, o governo fez uma avaliação comparando os custos e
prazos de obras construídas com recursos públicos com as empreendidas por meio
de PPP. A conclusão foi que, não só os empreendimentos com PPP cumpriram em
muito maior número o prazo inicialmente programado, como proporcionaram uma
redução de custo entre 20% e 30%.
"A experiência inglesa reforça a ideia de que pode ser um instrumento
importante", avalia o chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento,
Demian Fiocca. Para ele, o exemplo inglês no Brasil deve ser pelo menos repetido.
"Quando um investimento se torna muito lento, tende não só a ter custos maiores,
porque se desmobilizam os investimentos, como tem um prazo de conclusão bem
maior. A combinação desses dois efeitos faz com que a taxa de retorno para a
sociedade seja bem mais baixo", diz, lembrando que o endividamento do Brasil nos
últimos anos tem prejudicado os investimentos.

As Parcerias Público-Privadas no Brasil

Parcerias Público-Privadas, as famosas PPPs, são acordos entre os setores


público e privado para a realização conjunta de determinado serviço ou obra de
interesse da população. Em uma PPP, a empresa normalmente fica responsável
pelo projeto, assim A Lei 11.079, de 2004, que inaugura as PPPs no Brasil, foi
inspirada na fórmula inglesa das Private Finance Initiative (PFI) e regulamenta o
modelo até então inédito no país.

Atualmente, entre as principais condições para estabelecer uma PPP estão:


Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

• A prestação de serviço deve durar entre 5 e 35 anos


• Um valor de contrato superior a R$ 20 milhões

Aqui, a legislação classifica essas parcerias como um tipo de concessão – a


principal diferença é que, nas concessões tradicionais, o Estado não paga as
empresas. A lei também permite flexibilidade na maneira como os acordos são
elaborados.

Fatores que impulsionaram as PPPs no contexto brasileiro

As PPPs chegaram ao contexto brasileiro com uma tarefa extremamente


importante: angariar investimentos da iniciativa privada para os setores de
infraestrutura. Sem sombra de dúvidas é o setor mais deficiente dentro da
perspectiva brasileira. Leis como a nº 8.987/95 (Lei de Concessões), a nº 8.666/93
(Lei das Licitações e Contratos Administrativos) que vieram para reformar o setor
ainda se demonstram insuficientes, no entanto conseguiram viabilizar a execução
não estatal dos interesses públicos, o que é um grande passo.

As PPPs são apresentadas como uma estratégia do governo Lula, tal


estratégia viria para alavancar os investimentos, gerar empregos e impulsionar o
crescimento econômico. Tais benefícios seriam gerados sem que o Estado
precisasse desembolsar recursos, tendo em vista que por vezes, não possuíam).
Tudo isso foi apresentado em um momento crítico, pois naquela época
persistia a necessidade de elevar os investimentos em infraestrutura, tento em vista
a queda ocorrida nas décadas de 80 e 90. Destarte, a falta de investimentos,
associada à falta de recursos públicos influenciou a adoção do regime hibrido
proporcionado pelas PPPs.
Foi-se adotado duas modalidades de PPPs: a patrocinada e a administrativa.
A primeira trata da concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a lei nº 8.987/95, tendo como custeio uma tarifa cobrada aos usuários e uma
contraprestação pecuniária do parceiro público. Já a segunda trata da prestação
de serviços de que a administração pública seja beneficiária direta ou indireta,
ainda que haja execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

Da Administração de Serviços
Da execução de obras ou da administração de serviços por parte do poder
público e do setor privado. Há o estudo da relação custo-benefício incluirá a
comparação do CSP com os custos previstos do contrato PFI. Embora o custo-
benefício seja uma etapa de avaliação antes da decisão de contratação, o melhor
custo-benefício é esse objetivo a ser alcançado na negociação de um contrato.
No entanto, essas duas expressões são confusas, que leva a uma exposição
a priori, segundo a qual o PFI lidera a quantidade de dinheiro e trabalhar para
legitimar a adoção desta estratégia tendo atraído um desempenho modesto nos
primeiros dois anos, o PFI foi assinado como compromisso pelo governo também
foi identificado como a principal fonte de crescimento do investimento público.
Neste caso, o governo decidiu que o Ministério da Fazenda não aprovará grandes
projetos sem explorar a opção de financiamento privado.
Assim, em 1995, o governo relançou a PFI com uma série de projetos-chave
totalizando £ 9,4 bilhões. O novo plano foi baseado em lições aprendidas em
projetos anteriores e buscou reduzir o controle trabalhista necessários para
desenvolver projetos.
O coração de um projeto PFI é um contrato de concessão em que o setor
público especifica buscar resultados de trabalho/serviço comunitário, e a base de
pagamento em troca desses resultados. Os resultados declarados são geralmente
determinados com base em consulta com funcionários do governo (médicos,
professores, bombeiros ou policiais), que usarão os bens e serviços da suporte
disponível através de um contrato PFI. Este contrato é um documento importante
que especifica os acordos compartilhamento de riscos entre os setores público e
privado.
A gestão por resultados é um princípio fundamental dos projetos de PPP. A
prioridade é dada à especificação dos resultados de ação, ao invés de ideias, como
forma de promover novas soluções para o setor que é confidencial. Assim, o setor
público especifica padrões de desempenho e o setor privado apresenta propostas.
para satisfazer os padrões especificados.
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

Formas de pagamento e aplicação especificado no contrato PFI, que também


descreve os padrões de prestação de serviços em termos de resultado que o setor
público quer.
O processo de licitação é baseado em uma análise criteriosa das propostas,
selecionando as propostas mais representativas melhor. A análise das propostas é
baseada em critérios qualitativos e quantitativos. Análise qualitativo usa a
experiência de outros projetos para avaliar teste quantitativo no processo
licitatório, o setor privado participa na forma de consórcio.
A constituição da cooperativa tem como principal objetivo a melhor
distribuição do risco. Normalmente, um o consórcio incluirá um empreiteiro
experiente em joint venture um provedor de serviços (que pode operar e manter o
serviço) e outros contratados preferenciais qualificações para entregar outros
resultados especificados no contrato. Cada vez mais, o consórcio também incluindo
investidores profissionais que criam estruturas de subcontratação adequadas
(outsourcing) e desempenhar o papel de "consciência de pagamento", para verificar
as premissas do projeto e para avaliar seus riscos.
A formação de um consórcio se justifica com base na distribuição adequada
de riscos - um conceito importante para adoção Modelo PFI. Portanto, os diferentes
tipos de riscos presentes no projeto são atribuídos ao grupo que melhor conhece.
lidar com eles um consórcio é propriedade de um ou mais investidores. Alguns
desses participantes podem e ser contratantes que fazem parte do consórcio
central, responsáveis pela condução do processo construção, projeto, gestão de
projetos, com base em um parceiro de um consórcio central. Outros podem ser
investidores financeiros. O consórcio também é responsável pela captação de
recursos, inclusive de títulos ou financiamento bancário para custear a construção
e operação do empreendimento. Aqui vive uma forte diferença com o modelo
brasileiro, pois o risco financeiro do projeto recai sobre o setor privado.
O programa PFI foi acompanhado por um acalorado debate sobre o impacto
dos projetos de PPP na mitigação do uso do dinheiro público. Antes do final da
década de 1980, o aumento das despesas relacionadas com PFI coincidiu com
diminuição do custo dos edifícios públicos, o que sugere que o investimento
necessário no setor público substituído por PFI. Na sequência da revogação dos
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

Ryrie Acts, o impacto desta redução baseou-se no facto de com um princípio


elástico que compara se a atração do capital privado levará a um aumento
investimento público em geral ou deslocamento de custos pelo setor público. Então
eu governo britânico defende que opção de maior participação de fundos privados
não reduzirá participação pública no investimento. No entanto, a análise mostrou
a ambiguidade da situação. O debate sobre os métodos de cálculo dos custos
associados aos projetos PFI também tem sido tema conflitos no Reino Unido.
Embora, no âmbito do PFI, um contratante privado organize o financiamento,
As despesas de capital geralmente não são contabilizadas como despesas do
governo. No entanto, o fluxo de pagamentos é que o setor público deve ser
assegurado durante a vida da obra é contabilizado como despesa pública. Então,
se um o projeto de construção da rodovia é feito com recursos públicos, o custo de
construção será contada como despesa do governo conforme incorrida. Se a rodovia
for financiada com para serviços privados, os custos serão considerados públicos
somente posteriormente, quando a rodovia estiver concluída, e que o governo passa
a pagar ao contratante, às vezes com uma tarifa que vai cobrar do usuário. Desta
forma, o investimento de capital de hoje torna-se o custo atual de amanhã.
Para evitar isso, o governo vem insistindo que os projetos do PFI devem
envolver transferências riscos reais para os investidores privados.
Portanto, os benefícios detalhados de cada projeto são emitidos pelo governo.
No entanto, isso foi perguntado novamente: como é possível que o setor privado
atraídos por projetos com riscos incontroláveis? No entanto, é quase impossível
avaliar o impacto do risco financeiro de qualquer transferência de risco,
considerando que os contratos são geralmente mantidos um segredo para manter
como um segredo comercial.
Em resposta a essas críticas, as previsões de despesas atualmente
comprometidas para serviços públicos relacionadas a projetos PFI são
sistematicamente publicadas pelo governo. Relatório do Tesouro, publicado em
2003, confirma o compromisso do governo trabalhista de aumentar o investimento
público e defende que a maioria desses investimentos (mais de 85%) são
investimentos convencionais na comunidade, mantendo a participação do PFI na
faixa de 10% a 13,5%, regularmente, entre os períodos 1998/99 a 2003/04.
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

O estudo também confirmou que os próprios gestores públicos estão


satisfeitos com esse nível realização dos objetivos declarados em projetos de PFI.
66% dos funcionários do governo medem recursos entregue muito bom ou bom e
classificou 30% do serviço como satisfatório. Sobre cooperação desenvolvido com o
setor privado, mais de 70% dos funcionários do governo acreditam ter desenvolvido
um cooperação excelente ou boa com o setor privado. Trabalhar sob contratos PFI
também tem sido o caso tem permanecido alto ao longo do tempo, com cerca de
90% dos projetos PFI operando satisfatório ou melhor, todos os anos desde 1998
(PUK, 2006).
No entanto, os resultados da avaliação apontam para algumas
características comuns presentes em projetos PFI projetos de sucesso, entre os
quais se destacam: tamanho do projeto, horizonte de longo prazo em termos
planejamento e gestão, a possibilidade de definir claramente as necessidades do
setor público e a atribuição risco e estabilidade do setor (HM TREASURY, 2003)
Um exame da experiência com PFIs no contexto inglês mostra que a
preocupação com o desenvolvimento o conhecimento foi transferido de níveis
grandes para níveis muito pequenos, operacionais e administrativos.
Um estudo recente do Tesouro mostra que há certos aspectos de desempenho
que precisam ser melhorados Projetos PFI. Para garantir a melhoria desses
aspectos operacionais do projeto PFI, o governo se propõe a fazer isso abrir um
processo de consulta sobre a revisão do contrato padrão de PFI e garantir que a
flexibilidade. Os desejos são avaliados adequadamente em todas as etapas do
processo, desde a especificação dos requisitos desde o projeto até a implementação
do processo licitatório. Outro passo proposto diz respeito à criação de pessoal para
apoiar o trabalho dos gestores de contratos de PPP (HM TREASURY, 2006).
Uma avaliação sistemática da experiência inglesa mostra que a PFI entrou
em um estágio de maturidade. Dentro No entanto, a transferibilidade do estudo
para o contexto brasileiro deve ser considerada peculiaridades do instrumento legal
e institucional adotado sob a denominação de PPP no país.
Conceitos importados da experiência inglesa
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

No Brasil, a PPPS é comumente utilizada em um sentido limitado. Esse fato


deve-se a sua conexão com a Lei 11.079/2004, a qual dispõe sobre as normas
gerais para licitação e contratação de Concessões Administrativas e Patrocinadas
Consiste em característica do Project finance, modelo a partir do qual foi concebida
a parceria público-privada, o compartilhamento de riscos entre os interessados.
Dada a magnitude dos riscos envolvidos, seria impraticável e imprudente que uma
única parte os assumisse.
Lei 11.079/2004 inova com respeito à teoria do risco nos contratos de
concessão de serviço público. Destaca, como diretriz da contração e cláusula
obrigatória do contrato, a “repartição objetiva de riscos entre as partes”. No atual
regime, da Lei 8.987/1995, concessão de serviço público é a delegação de sua
prestação a um particular para que o faça “por sua conta e risco”. É certo que essa
fórmula deve ser interpretada com cautela para que se evitem equívocos. Não se
pode imaginar que a sorte do empresário seja indiferente ao poder concedente35,
a quem em especial interessa o sucesso da prestação do serviço.
Sendo assim a Lei das PPP não é precisa quando prevê a repartição objetivo
de riscos. A interpretação consentânea com a experiência internacional em
parcerias público-privadas afasta inferências no sentido de que todos os riscos do
projeto, seja qual for a sua natureza, teriam de ser, um a um, compartilhados entre
o parceiro público e o parceiro privado e em semelhantes proporções,
independentemente das respectivas aptidões para geri-los a um menor custo (value
for money).
Deve o controle acompanhar a formulação de estratégias e as negociações
que impliquem o compartilhamento de riscos entre as partes envolvidas, de sorte
que cada solução, até com respeito a eventos imprevisíveis, não onere
indevidamente os cofres públicos e tampouco comprometa a eficiência na execução
do projeto.
Conforme previsto na Lei das PPP, o Decreto 5.385, de 4/3/2005, instituiu
o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas Federais (CGP), integrado por
representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), na
coordenação, do Ministério da Fazenda (MF) e da Casa Civil da Presidência da
República, competindo-lhe, precipuamente, definir os serviços prioritários para a
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

execução no regime de PPP, disciplinar os procedimentos para a celebração desses


contratos, autorizar a abertura da licitação e aprovar os instrumentos
convocatórios e de contratos, apreciar os relatórios semestrais de execução dos
contratos, enviados pelos ministérios e agências reguladoras, em suas áreas de
competência, elaborar e enviar ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da
União relatório anual de desempenho dos contratos e disponibilizar, na Internet,
as informações nele constantes diz respeito ao Fundo Garantidor das Parcerias
Público-Privadas (FGP), com patrimônio formado pelo aporte de bens e direitos
realizado pelos cotistas, destacando-se do patrimônio dos cotistas. O fundo tem
natureza privada e sujeita-se a direitos e obrigações próprios.
O patrimônio do FGP, originalmente público, sujeita-se ao Direito Privado,
deixando de ser contingenciável e executável em regime de precatórios, o que reduz
o risco de não cumprimento das obrigações pecuniárias contraídas pela
Administração Pública e torna a PPP mais atraente para os investidores e
financiador.
E por fim a Leis PPPs também deixa bem especifico que nos contratos de PPP
devem ter os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado.
PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO
No Brasil, o processo de implementação das PPPs caracterizou-se por uma
atitude ousada por parte de alguns estados como estado de Minas Gerais, Goiás,
São Paulo e Santa Catarina, que se anteciparam á União na edição de leis
disciplinando a instituição das PPPs.
Em novembro de 2003, foi encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso
Nacional o Projeto-Lei número 2.546 sendo aprovado após três audiências públicas
e longos debates com representantes do governo e do setor privado, o projeto foi
aprovado, incorporando diversas modificações. O governo optou, pela semelhança
da experiencia internacional por instituir uma unidade de trabalho multidisciplinar
acerca das PPPs.
No Brasil o objetivo das PPPs e funcionar como um centro de excelência em
parceria público-privada para disseminação de conhecimento sobre a metodologia
e o marco legal pertinente: formatação de editais e contratos-padrão; e orientação
aos órgãos setoriais que pretendam celebrar contratos de PPP para condução de
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e jurídica. Tendo o papel de


estabelecer um ambiente propicio às PPPs no Brasil em especial no que tange a:
a) Regulamentação da Lei da PPP;
b) Condução dos estudos dos primeiros projetos a serem licitados na
modalidade PPP;
c) Promoção de treinamentos;
d) Disseminação de informações acerca do andamento dos contratos.

O governo estuda atualmente o lançamento do projeto de PPP relativo à


modelagem da recuperação, manutenção, adequação de traçado e duplicação da
Br 116/324 entra Bahia e Minas Gerais. De qualquer forma, o processo de
implementação das PPPs no contexto federal sofreu impasses do ano eleitoral.
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

CONCLUSÃO
O trabalho sobre as PPPs analisa as principais características das duas
experiencias, (BRASIL E INGLATERRA), destacando as semelhanças e identificando
as diferenças contextuais e estruturais. Os dois países encontram-se em estágios
muito diferenciados de adoção do modelo das PPPs. A Inglaterra vem consolidando
um programa há mais de uma década, a discussão no Brasil começa apenas com
o governo Lula e encontra-se, ainda num estágio conceitual.
As reformais estruturais são as principais semelhanças entre os dois países
que precederam e sustentaram a adoção do modelo de PPP. Assim como as
mudanças no contexto jurídico nos dois países criaram um ambiente propicio a
adoção das PPPs como mais uma estratégia de atração do setor privado para
setores tradicionalmente de domínio público.
Importante salientar que os modelos adotados nos dois países diferem em
termos de forma e enquadramento jurídico. Enquanto na Inglaterra as PPPs,
enquadram-se no âmbito do programa Private Finance Initiative (PFI), sem
conceber nenhum novo instrumento jurídico, no Brasil, a adoção das PPPs coincide
com a instituição de uma nova modalidade jurídica num modelo hibrido entre a
logica jurídica francesa e a racionalidade econômica inglesa.
Este artigo busca evidenciar que as PPPs foram uma opção estratégica do
governo conservador inglês que persistiram, deliberadamente, nas estratégicas do
governo trabalhista. Existe um conjunto de fatores presentes nos dois países que
marcaram as condições materiais para adoção do modelo.
A adoção do modelo das PPPs justifica-se principalmente pela ausência de
recursos públicos, a transfiguração do modelo para o contexto brasileiro parece
mais uma tentativa desesperada do governo de viabilizar projetos que não
despertam atratividade no setor privado. Vários fatores podem explicar essa falta
de atratividade, entre os quais devemos destaca os obstáculos advindos das taxas
Associação Educativa Evangélica
FACULDADE RAÍZES

exorbitantes de juros que prevalecem no país. O modelo de PPPs não pode ser
considerado uma solução milagrosa dos problemas da falta de investimentos no
país. Como qualquer modelo, no processo de transferência para outros contextos,
passa por um processo de adaptação as condições locais, as quais não são muito
propicias para sua proliferação bem-sucedida.

Você também pode gostar