Tipos de rochas sedimentares:

O que são as rochas e os mine-

rais? • Detríticas:

Rochas: Associação de um ou mais 1. Com grãos grosseiros (balastros):

minerais compatíveis entre si e com as Rochas Conglomeráticas → Conglo-
condições do meio em que foram merados (arredondados) ou brecha
originados. (ângulos; pontiagudos).

Minerais: Associação de elementos

químicos; corpo sólido, natural, cristalino,
inorgânico e com composição química bem
definida.

Rochas como arquivos históri- Brecha

Conglomerados
cos da Terra
A Terra tem cerca de 4600 M.A. e 2.Com grãos médios (areia): Arenito
desde então sofreu várias alterações. Então
como é que sabemos o que aconteceu no
plante antes de nós existirmos? A rochas
permitem inferir no passado da Terra, pois
contém informações. Estas são:
Nota: Mineral de grãos de areia é o quartzo
1. Os registos biológicos e geoló-
gicos que ocorrem na Terra ao longo de 3. Com grãos médios e pequenos
milhões de anos. (silte): Siltito

2. As suas características (cor, tipo

de mineral, textura, conteúdo fossilífero)
são condicionadas pelo ambiente existente
na altura da sua formação.
Silte Siltito
Classificação de rochas: Rochas
4. Com grãos pequenos (argila): Ar-
sedimentares
gilito
Origem: Meteorização e erosão de
rochas que se encontram à superfície ou
próximas. Resultam da deposição de
detritos provenientes de rochas pré-exis-
tentes ou de materiais provenientes de
precipitação de substâncias dissolvidas ou
da atividade dos seres vivos.

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 Classificação de rochas: Rochas
sedimentares (continuação)
Tipos de rochas sedimentares
(continuação):
• Quimiogénicas:
Estas rochas não apresentam detritos
nem vestígios de animais.
Formação: Sais dissolvidos na água»
precipitação ou evaporação» rocha
sedimentar quimiogénica.
Exemplos: Rochas salinas (evaporitos):
Sal-gema e gesso. Todos os calcários de
precipitação (à exceção do calcário
conquífero e do calcário recifal).
Sal-gema (não Gesso (não Calcário
carbonatada) carbonatada) (carbonatada)
• Biogénicas:
A origem dos sedimentos destas rochas
vem dos seres vivos, como vestígios de
conchas ou fósseis. Estas preservam o
registo do passado da Terra. Exemplos:
Rochas carbonatadas (com mineral calcite):
Calcário recifal (corais), calcário conquífero
(conchas). Não carbonatadas: carvão.
Carvão
Ciclo das rochas sedimentares:
Este ciclo está dividido em 2 partes:
Sedimentogénese: Origem dos se-
dimentos. Constituída pelos processos da
meteorização, da erosão, do transporte e da
sedimentação.
Diagénese: Formação das rochas
sedimentares através dos sedimentos.
Constituída pelos processos da compac-
tação, da desidratação, da cimentação e,
por vezes, a recristalização (nem sempre
acontece).
Processos da formação de rochas
sedimentares:
• Meteorização: Física: origina partí-
culas cada vez mais pequenas.
Química: Modificação dos minerais
das rochas. Estas alterações das
características iniciais da rocha pré-
existente acontecem com ajuda dos
agentes de meteorização (+ infor-
mação na página 8).
• Erosão: Remoção dos detritos da
rocha-mãe.
• Transporte: Transporte de sedi-
mentos por ação do meio (água,
vento, seres vivos…) Ao longo deste
processo a rocha vai ganhando sais
minerais e vai sofrer alterações
sucessivas. A força, a velocidade do
agente transportador e a duração
do transporte influenciam o
tamanho e arredondamento do
material.
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Classificação de rochas: Rochas
sedimentares (continuação)
Processos da formação de rochas
sedimentares:
Transporte (continuação): Em relação
ao tamanho, os detritos vão ficando
mais pequenos devido ao desgaste dos
agentes erosivos. Se o transporte foi
longo, os sedimentos apresentam-se
com um tamanho aproximado e
pequeno. Exemplo: O arenito e o
argilito são bem calibrados. Se o
transporte foi curto, os sedimentos
apresentam-se angulosos e com
tamanhos variáveis e maiores.
Exemplo: A brecha e os conglomerados
são mal calibrados.
• Desidratação: Com essa compac-
tação a água vai saindo pelas
fissuras das rochas.
• Cimentação: Os espaços vazios
entre as rochas são preenchidos por
materiais resultantes da precipi-
tação química de substâncias dis-
solvidas na água que saiu durante a
compactação.
Rochas consolidadas e não
consolidadas:
As rochas sedimentares podem ser
Não consolidadas: Formadas por
sedimentos soltos, ou seja, acumu-
lações de sedimentos não consolidados.
Exemplo: Argila, areia e balastro.

Consolidadas: Formadas por

sedimentos que foram unidos por um
cimento, ou seja, sofreram diagénese.
Exemplo: Argilito, arenito e conglo-
merado.
• Sedimentação: Deposição dos sedi-
mentos por ação da gravidade após
perda de força do agente trans-
portador. Os primeiros sedimentos
a depositarem-se são os que têm
um tamanho maior e uma maior
densidade. Os últimos são os mais
pequenos e os que têm menos
densidade. Normalmente esta
deposição, sobretudo em ambien-
tes aquáticos, dá origem a camadas
sobrepostas, na horizontal e para- Estratos:
lelas, a que chamamos de estratos.
Para além disso, é neste processo
que podem depositar-se restos de
organismos ou das suas atividades
(pegadas), originando fósseis.

• Compactação: Com a pressão das

camadas superiores.

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Classificação de rochas: Rochas
sedimentares (continuação)
Estratos (continuação):
Numa sequência estratigráfica,
cada estrato é limitado superiormente por
um teto e inferiormente por um muro. A
zona de separação entre dois estratos
chama-se junta de estratificação.
Os estratos diferem uns pelos
outros pela cor, composição e granula-
ridade:
• Cada estrato corresponde a um
processo de sedimentação regular e
contínuo em que se mantém
constantes as características am-
bientais e o tipo de material depo-
sitados.
• Sempre que ocorre uma variação
dos sedimentos, uma pausa na
sedimentação ou uma alteração nas
condições físicas-químicas do meio,
individualiza-se um novo estrato.
• A espessura dos estratos é variável-
Os estratos finos, ao contrário dos
espessos, revelam grande instabi-
lidade do meio de sedimentação.
Exemplos de rochas sedimentares:
Areia, arenito, argilito, calcário,
calcário conquífero, conglomerado, brecha,
cascalho e turfa (carvão).
Classificação de rochas: Rochas
metamórficas
Origem: Resultam de rochas pré-
existentes (sedimentares, metamórficas ou
magmáticas), que sujeitas a condições de
pressão e temperatura, na crusta e no
manto superior, superiores à da sua for-
mação, sofrem alterações convertendo-se
numa rocha metamórfica- Metamorfismo.
Essas alterações ocorrem ao nível
da composição mineralógica e textural, e
ocorrem sempre em estado sólido (sem
fusão).
Ocorre, no interior da Terra (crosta
terrestre), em condições de pressão e
temperatura superiores às da diagénese
(ambiente sedimentar) e inferiores às do
magmatismo (ambiente magmático). Por
isso se considera um ambiente intermédio.
Tipos de metamorfismo:
• Metamorfismo de contacto: Ocor-
re em zonas limitadas da superfície
terrestre, quando se dá a intrusão
magmática (bolsas de magma) de
uma massa magmática. A elevada
temperatura altera as rochas
próximas da massa (rochas encai-
xantes), em fusão, originando, por
exemplo, rochas como a corneana,
o quartzito e o mármore. Apesar de
o calor alterar estas rochas, elas não
chegam a fundir.
• Metamorfismo regional: Em zonas
de colisão das placas tectónicas,
onde ocorre a formação de
montanhas e dobras, a existência
de elevadas temperaturas e
pressões provoca alterações nos
minerais da rocha, como por
exemplo, a gnaisse e o xisto. Este
processo afeta grandes áreas da
superfície terrestre.
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 Classificação de rochas: Rochas
metamórficas (continuação)
Textura:
• Textura foliada: Algumas rochas
metamórficas apresentam foliação
(orientação e alinhamento dos
minerais em planos aproximada-
mente paralelos). Se houver
pressão, os minerais vão reorientar-
se, normalmente numa direção
perpendicular à da força. *
- +
Ardósia Xisto Micaxisto Gnaisse
Argilito: Rocha pré-existente; a que faz
pressão
• Textura não foliada ou granular:
Outras rochas metamórficas, como
é o caso das que vemos na imagem
a baixo, não apresentam foliação.
Estas rochas formam-se através do
metamor-fismo de contacto, onde a
pressão tem pouca importância.
Neste metamorfismo o que importa
é o calor que faz com que os
minerais não tendem a orientar-se
em direções definidas.
Nota: As rochas de cima são as pré-
existentes das de baixo.
* Nota: À medida que a pressão
aumenta, a foliação fica menos nítida.
Exemplos de rochas metamórficas:
Ardósia, xisto, gnaisse, quartzito e
mármore, micaxisto e corneana.
Agentes de metamorfismo:
Pressão, temperatura, fluídos de
circulação e tempo.
Classificação de rochas: Rochas
magmáticas ou ígneas
Origem: Arrefecimento e solidifica-
ção do magma ao ascender.
Magma: Material rochoso resultan-
te da fusão de rochas pré-existentes, com
bolas de gases e cristais. Este pode originar-
se entre a crosta e o manto.
Tipos de rochas magmáticas:
Dependendo da profundidade a que se dá a
solidificação, consideram-se dois tipos de
rochas magmáticas:
• Rochas plutónicas ou intrusivas:
Ocorre um arrefecimento lento do
magma, em profundidade, forman-
do-se grandes cristais. Este proces-
so ocorre na câmara ou intrusão
magmática. Nestas rochas predo-
minam minerais félsicos (claros). O
granito é um exemplo de uma rocha
magmática plutónica.
• Rochas vulcânicas ou extrusivas:
Ocorre um rápido arrefecimento da
lava, à superfície, formando cristais
pequenos ou materiais vítreos. Com
a alta temperatura, o magma ficou
menos denso e subiu à superfície.
Para além disso, vem também à
superfície com a erosão e com o
movimento das placas tectónicas.
Nestas rochas predominam mine-
rais máficos (escuros). O basalto é
um exemplo de uma rocha magma-
tica vulcânica.
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Classificação de rochas: Rochas
magmáticas ou ígneas (conti-
nuação)
Tipos de rochas magmáticas (continuação):
Nota: Uma rocha clara pode ter
minerais máficos, mas os minerais
que predominam são os félsicos e
vice-versa.
Tipos de rochas magmáticas
(continuação):
Textura:
A identificação de rochas magma-
ticas tem por base a sua composição quími-
ca, cor e textura.
• Textura fanerítica ou granular:
Minerais de grande dimensão bem
visíveis à vista desarmada.
Exemplo: Granito.
• Textura afanítica ou agranular:
Minerais de pequena dimensão ou
invisíveis à vista desarmada.
Exemplo: Basalto.
• Textura vítrea: Massa que parece
vidro onde não se conseguem dis-
tinguir minerais. Exemplo: Vidro
Vulcânico ou Obsidiana.
O tempo de arrefecimento condiciona a
textura. Numa rocha magmática intrusiva a
textura é fanerítica, pois o seu arrefe-
cimento é lento. Já numa rocha magmática
extrusiva, como tem um arrefecimento
rápido tem uma textura afanítica.
Cor e tipo de magma:
• Magma ácido: Leucocrata (rocha
clara).
• Magma intermédio: Mesocrata
(rocha média).
• Magma basáltico: Melanocrata
(rocha escura).
As rochas que têm textura fanerítica são
rochas magmáticas plutónicas (granito,
diorito e gabro). As outras são rochas
magmáticas vulcânicas (riólito, andesito e
basalto). Cada uma destas 6 rochas tem o
seu par, isto é, foram originadas através do
mesmo magma e têm a mesma composição
mineralógica (granito e riólito, diorito e
andesito, gabro e basalto).
Casos particulares:
Pedra pomes: É escura e tem
buracos porque o magma estava
cheio de gases.
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Classificação de rochas: Rochas
magmáticas ou ígneas (conti-
nuação)
Origem do magma:
Como se fundem as rochas? 1. Aqueci-
mento; 2. Redução de pressão; 3. Aumento
do conteúdo em água; 4. Aumento do
conteúdo em sílica.
Onde se fundem as rochas? 1. Zonas
de subducção; 2. Plumas mantélicas (“Hot
spots”); 3. Aumento do conteúdo em água;
4. Aumento do conteúdo em sílica.
Ciclo Litológico
O ciclo litológico ou ciclo das rochas
é um conjunto de transformações do
material rochoso no qual as rochas são
geradas, “recicladas, destruídas e alteradas
devido à dinâmica interna e externa da
Terra.
Importância geológica das
rochas:
As rochas transmitem várias
informações sobre o passado da Terra:
Rochas magmáticas:
• O magma dá-nos elementos sobre a
composição do interior da Terra;
• Rochas vulcânicas indicam a
localização dos antigos vulcões;
• Rochas plutónicas indicam a
ocorrência de afloramentos
(exposição de uma rocha à
superfície).
Rochas metamórficas:
• Indicam a existência de colisão de
placas (metamorfismo regional);
• Indicam a existência de intrusões
magmáticas (metamorfismo de
contacto);
• Indicam as condições de pressão e
temperatura na altura da sua
formação.
Rochas sedimentares:
• Características da superfície terres-
te na altura da sua formação (seres
vivos que lá viviam, clima, energia
do meio, …).
Particularidades das rochas:
Rochas sedimentares: Ocorrem em
estratos, contêm a maior parte dos fósseis e
preservam o registo do passado da terra.
Rochas metamórficas: Alinhamen-
to dos minerais.
Rochas magmáticas: Composição,
cor e textura.
Temperatura e Pressão:
Superfície:
200ºC 2,5kB R. sedimentar (tem de estar a baixo de 200ºC)
Rocha metamórfica (tem de
estar entre 200ºC e 800ºC)
800ºC 12 kB
Magma: Rocha magmática (ponto de fusão
800ºC, ou seja, tem de estar acima de 800ºC)
Nota: Aumento da profundida faz
com que haja um aumento de pressão e
temperatura.
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 Esquemas:

No rio A a água é mais limpa e com

menos sedimentos, pois as raízes, durante o
transporte, retiveram alguns dos sedimen-
tos. O solo A vai ficar mais rico em sais.No
rio B a água é menos suja e com mais
sedimentos. O solo B vai ficar menos rico
em sais.Isto acontece, porque a quantidade
de seres vivos ali presentes influência a
diferença dos solos.

Com a intrusão magmáticos, os

estratos das rochas sedimentares ficam
verticais, tal como vemos na imagem:

Tipos de Meteorização:

• Física: Termoclastia (produção de

detritos por influência da tempera-
tura); Crioclastia (gelo); Haloclastia
(precipitação de sais da água salga-
da); Diminuição de pressão.
• Química: Dissolução; Hidrólise;
Oxidação (a água vai ficar rica em
sais e quando precipitar pode
formar rochas sedimentares de
precipitação).
• Biológica: Sempre que há a
interação de um ser vivo.

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 Síntese
• As rochas classificam-se em 3 grupos: sedimentares, metamórficas e magmáticas;
• As rochas sedimentares formam-se a partir de rochas pré-existentes, por um processo
que decorre em várias fases: meteorização, erosão, transporte, deposição e diagénese;
• A meteorização e a erosão atuam sobre qualquer tipo de rocha pré-existente;
• A diagénese é o conjunto de modificações químicas e físicas dos sedimentos, desde a
sua deposição até à sua consolidação e transformação em rocha sedimentar.
• Um estrato é a unidade estrutural das rochas sedimentares e é formado pela deposição
contínua de sedimentos, limitado por um teto e por um muro. Estes encontram-se
horizontalmente e separados por descontinuidades que assinalam mudanças de
textura, estrutura e/ ou composição mineralógica.
• As rochas magmáticas são rochas que resultam da solidificação de um magma que pode
ocorrer no interior da crusta ou na sua superfície. As que solidificam no interior
chamamos de rochas magmáticas plutónicas ou intrusivas. Já as que se solidificam na
superfície chamamos de rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas.
• O magma é um material fluido que resultou da fusão de rochas pré-existentes.
• As rochas metamórficas são as que resultam da ação da pressão e da temperatura sobre
outras rochas pré-existentes.
• O metamorfismo é o conjunto de alterações mineralógicas e/ ou textuais que ocorrem
no estado sólido e afetam qualquer rocha pré-existente, quando sujeita a condições de
pressão e temperatura diferentes das que geriram à sua formação. Este processo pode
resultar da ação combinada da pressão e da temperatura ou de um processo em que
haja predomínio de um daqueles fatores sobre o outro.
• O ciclo das rochas explica a formação e transformação das diferentes rochas umas nas
outras. Este ciclo é a prova de que o planeta possui uma dinâmica própria e está em
constantes modificações.
• As rochas são “arquivos” que relatam a história da Terra.