RESUMO
Este trabalho tem como objetivo estudar uma explanação sobre os principais ciclos
econômicos do Brasil, e, um histórico a partir do primeiro ciclo, que surgiu com a
comercialização do Pau Brasil, até os nossos dias. Explica também quais as causas
dos diferentes ciclos bem como os principais estudiosos que conseguiram
enxergar a influência destes na nossa economia. Exposição de um plano de
aula, como exemplo, de instruir esse assunto em sala de aula. O objetivo é mostrar
qual a influência dos ciclos econômicos na economia e vida de nosso país.
1. INTRODUÇÃO
Hoje, o Brasil se caracteriza por conter regiões muito diferentes entre si, mas
esse fato era ainda mais acentuado nos tempos coloniais, quando, além de tudo, as
comunicações eram difíceis e existiam áreas inexploradas ou desconhecidas. Sendo
assim veremos os principais ciclos durante o Brasil colônia:
para uma nova etapa, um novo período, que na história ficou conhecido como o ciclo
do ouro.
Ciclo do ouro
A extração de ouro e diamante era feito nas regiões de Goiás, Mato Gero sós
e, principalmente, Minas Gerais. A tingiu o apogeu entre os anos de 1750 e 1770,
justamente no período em que a Inglaterra industrializava - se e consolidava- se
como uma potência hegemônica, exercendo uma influência econômica cada vez
maior sobre Portugal.
O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças
demográfica. Em cem anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente,
3 milhões de pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o
Brasil. Paralelamente foi intensificado o comércio interno de escravos, chegando do
Nordeste cerca de 600 mil negros.
Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava-
se da açucareira, por seu comportamento urbano, menos aristocrática e
intelectualmente mais evoluída.
O segmento menos favorecido era formado por homens livres pobres
(brancos, mestiços e negros libertos), que eram faiscadores, aventureiros e
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biscateiros, enquanto que a base social permanecia formada por escravos que em
meados do século XVIII, representavam 70% da população mineira.
Para os escravos, a mineração foi um retrocesso, pois apesar de alguns
terem conseguido a liberdade, a grande maioria passou a viver em condições bem
piores do que no período anterior, escavando em verdadeiros buracos onde até a
respiração era dificultada. Trabalhavam também na água ou atolados no barro no
interior das minas. Essas condições desumanas resultam na organização de novos
quilombos, como do rio das Mortes, em Minas Gerais, e o de Carlota, no Mato
Grosso.
Com o crescimento do número de pequenos e médios proprietários a
mineração gerou uma menor concentração de renda, ocorrendo inicialmente um
processo inflacionário.
A acentuação da vida urbana trouxe também mudanças culturais e
intelectuais, destacando-se a chamada escola mineira, que se transformou no
principal centro do Arcadismo no Brasil. São famosas as obras esculturais e
arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais, na
música destaca-se o estilo sacro barroco do mineiro José Joaquim Em Érico Lobo
de Mesquita.
De Piratininga a população mudou-se em grande quantidade. Do Nordeste foi
deslocado muitos recursos, principalmente sob forma de mão de obra escrava. De
Portugal veio uma grande corrente migratória espontânea com destino ao Brasil. A
colônia iria se modificar significativamente.
Transferir-se de Portugal para o Brasil só tinhas vantagem para aquelas
pessoas que tinham meios para financiar uma empresa de dimensão relativamente
grande.
A população estava bem distante do território, estava em grande parte
reunida em grupos urbanos e semiurbano. A grande distância existente entre a
região mineira e os portos contribuiu para o aumento relativamente dos importados.
A entrada e trânsito pela região de mineração e passagem de
rios que sobrecarregavam os colonos, diminuindo a sua capacidade de poupança
para novos investimentos, além de estimular o contrabando e a sonegação
em geral. Parte da arrecadação ficava na colônia, sob a forma de
serviços públicos, mas as tarifas sobre a extração eram canalizadas para
a metrópole. Tamanho abuso de Lisboa determinou um clima de revolta,
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seu ativo, em vez de transferir ativos para outra atividade econômica. A perda maior
foi para aqueles empresários que tinham aplicado grande capital em escravo e via
seu capital baixar dia-dia.
Ciclo do Algodão
O algodão era tido como "[ ... ] principal suporte da economia da zona
semiárida do Nordeste, que compreende desde o plantio até a industrialização, dada
a sua ponderação na renda da região". (BARROS, 1988, p. 7).
Nesse entremeio, deve-se pôr a ressalto de uma atividade ainda bastante
comum nos sertões, a chamada agricultura de subsistência, segundo Prado Júnior
(1960), é um tipo de atividade semelhante à do camponês europeu, motivada pelo
trabalho patriarcal, e consiste numa atividade sem fins lucrativos, apenas para
abastecer a mesa da família.
Enquanto isso, a rentabilidade vinha das culturas para exportação, pois
extensas áreas estavam largamente ocupadas por cultivos voltados para a atenção
do mercado internacional, sobretudo europeu.
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Ciclo do Café
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3. METODOLOGIA
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AB 'SABER, Aziz Nacib. Floram Nordeste Seco. Revista Estudos Avançados. Ano
4, vol. 9. São Paulo, 1990.
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ANEXOS E APÊNDICES
PLANO DE AUL A 01
ATIVIDADE:
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- Começar falando sobre o Pau Brasil, como sendo uma das riquezas naturais do
país na época do Brasil Colônia, fazer uma síntese do que foi esse
período para a formação e história do nosso povo.
Discutir as relações de exploração, envolver os alunos, despertando neles
curiosidades, promovendo a fala e o diálogo, e com o professor os outros
colegas.
Apresentar a eles os vídeos parte um e parte dois “A cor do Pau Brasil”. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=KigZhT77nJw
Depois pedir que escrevam o que perceberam e entenderam no vídeo.
Conforme combinado, serão divididos em grupos e deverão fazer uma
pesquisa em casa sobre o desenvolvimento histórico do ciclo do pau
Brasil.
Deverão fazer o mapa do Brasil, e ilustrar ou colocar figuras que
correspondam à época, nos estados em que ocorreu a exploração.
Deverão fazer cartazes onde irão colar o mapa e fazer as observações
sobre o desenvolvimento histórico do ciclo do pau Brasil, para apresentação aos
colegas.
PLANO DE AULA 02
TEMA: “Ciclo Econômico da Cana-de-açúcar – Brasil Colônia”
OBJETIVO: Conhecer a importância econômica da cana-de-açúcar no período
colonial.
Entender a produção de cana-de-açúcar no nordeste brasileiro na atualidade.
ATIVIDADE:
Iniciar a aula informando aos alunos, como ocorreu o início da ocupação
Territorial e da formação econômica do território brasileiro.
Ressaltar a importância dos engenhos de produção de açúcar para a
economia do Brasil colonial.
Levar para os alunos o seguinte texto em áudio, “O Engenho de
Açúcar”, após escutarem o texto, organiza-los em grupos e questioná-los:
- Quando e quem trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar para o Brasil?
- A cana-de-açúcar, n o período colonial, servia como matéria prima para a
fabricação
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De qual produto?
- Como eram os engenhos e como se processava a produção de açúcar?
- Como se configurava a organização social nas áreas dos engenhos?
- quais eram os dois tipos de açúcar produzidos nos engenhos e qual
a sua destinação?
No final da aula combinar atividade para a próxima aula que será
sobre o mesmo tema, mas de maneira diferente, pois terão que pesquisar
sobre o tema do ciclo da Cana de Açúcar.
- SOUSA, Rainer Gonçalves. "Engenho de Açúcar”; Brasil Escola. Disponível em
<Https://brasilescola.uol.com.br/historiab/engenho-acucar.htm>. Acesso em 15
de
Maio de 2021.
PLANO DE AULA 03
TEMA: “Ciclo do Ouro – Brasil Colônia”
OBJETIVO:
Organizar as informações para discutir a problemática relacionada às
Condições de trabalho, de pobreza e desvalorização do negro no Brasil.
ATIVIDADE:
Em primeiro momento da aula para reconhecer as características do
Brasil
Colonial na fase do ciclo do ouro e as características do trabalho escravo
desta fase fara-se uso do recurso do MEC: “Fausto e a pobreza das minas” (vídeo).
No segundo momento, após o vídeo, o professor juntamente com os
alunos, irão discutir o seguinte:
-O usufruto por parte de Portugal da riqueza do Brasil para se
reerguer
Economicamente;
- A corrida dos europeus na busca de riqueza;
- As medidas políticas do rei de Portugal para se apropriar da riqueza do Brasil;
- O avanço na interiorização do Brasil com o movimento à busca do ouro;
- os conflitos entre os paulistas e os forasteiros com a finalidade de
demarcar a posse do ouro em Minas Gerais;
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PLANO DE AULA 04
TEMA: “Ciclo do Algodão – Brasil Colônia”
OBJETIVO:
Qual a importância do ciclo do algodão para a indústria têxtil no Brasil.
Os fatores que propulsionaram o cultivo do algodão no país, como a
Revolução industrial inglesa, que cada vez mais exigia matéria prima
para
Fabricação de produtos da indústria têxtil.
ATIVIDADES:
Começar a aula falando sobre a importância do algodão na economia do país, o
porquê de ser chamado de “ouro branco”, qual a finalidade do algodão;
comentar sobre a época do Brasil Colônia, especificamente no século XVIII,
como começou a ser cultivado o algodão, quem eram os encarregados
do cultivo, colheita e armazenamento, o trabalho escravo da época.
Pedir aos alunos que escrevam um breve texto sobre o que
entenderam e o que sentiram a respeito das colocações da professora, isso
para irem assimilando o conteúdo.
No final da aula combinar atividade para a próxima aula que será
sobre o mesmo tema, mas de maneira diferente, pois terão que pesquisar
sobre o tema do ciclo do Algodão.
PLANO DE AULA 05
TEMA: “Ciclo do Café – Brasil Colônia”
OBJETIVO:
Conhecer a mão de obra utilizada nas lavouras cafeeiras no Brasil.
Reconhecer as contribuições dos imigrantes europeus na construção da
Imagem do Brasil no século XIX.
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ATIVIDADE:
Começar a aula falando aos alunos sobre o ciclo do café para que
eles compreendam o desenvolvimento econômico do país durante o
período, e ainda, compreender motivos das políticas de imigração europeia no
Brasil no século XIX.
Em seguida o professor irá apresentar o vídeo “TV Escola História O reino do
café Brasil 500 anos o Brasil Império na TV”.
Após assistirem o vídeo, fazer um debate com os alunos sobre o
período do Império, as regiões do Brasil onde era cultivado o café, a mão de
obra utilizada e os imigrantes.
No final da aula combinar atividade para a próxima aula que será
sobre o mesmo tema, mas de maneira diferente, pois terão que pesquisar
sobre o tema do ciclo do Café.
Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=u7mq2DWZbEQ.