Você está na página 1de 13

Desafios para garantir

acessibilidade ao transporte
público
PROPOSTA 1 –PÁGINA 41 – PROPOSTA 2. Entrega: 11/08/2022
Constituição e o direito de mobilidade
• “Art. 6º

São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o


trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Estatuto da pessoa com deficiência
• Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida será
assegurado em igualdade de oportunidades com as demais
pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos
os obstáculos e barreiras ao seu acesso.
88% dos municípios que têm
transporte por ônibus
descumprem lei de
acessibilidade, diz IBGE
Prazo para adaptar toda a frota de ônibus do país venceu em
dezembro de 2014; apenas 11,7% dos municípios a cumpriram
— Foto: Girlene Medeiros/G1 AM
A adaptação de ônibus para o acesso a pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida está prevista nos artigos
227 e 244 da Constituição Federal de 1988. Ela foi
regulamentada somente em 2000, por meio da Lei n° 10.098
e, posteriormente, pelo Decreto n° 5.296, de 2004 que
estabeleceu, em seu Art. 38, que "a frota de veículos de
transporte coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços
deste transporte" deveriam estar totalmente acessíveis até
dezembro de 2014.
• Conforme o levantamento do IBGE, a Região Nordeste era a que tinha
o menor percentual de municípios (5,3%) com frota acessível, seguida
pelo Norte (5,7%) e Sul (9,8%).

• Apontar a desigualdade social como um agravante


Falta de consciência do povo
• De acordo com a antropóloga Ana Lúcia Pastore, no Brasil existe a confusão entre espaço
público e privado. “As pessoas, muitas vezes, agem no espaço público como se aquilo
fosse algo que as pertencesse e, portanto, podem usar e abusar do jeito que quiserem”,
ela comenta. Ana Lúcia ainda explica que há sociedades em que os conflitos são menos
críticos ou aparecem menos do que em outras, mas todas têm conflitos porque são
heterogêneas.
• O sociólogo Guto Mardegan afirma que ética e política são duas faces de uma mesma
moeda – nomeada de república democrática. “Não se trata de distorção dos valores
éticos. É praticamente a ausência ou insignificância desses valores. Se tornar ético
decorre de um longo processo de formação das pessoas, que se inicia na família,
continua na escola e termina na cidadania plena”, ele conclui.
• “Basicamente, podemos dizer que a qualidade de um serviço público em um país,
depende do grau de cidadania das pessoas que nele vivem”. Ele acrescenta: “cidadania
tem a ver com a consciência dos direitos políticos. Se os direitos políticos são frágeis, um
direito como transporte público de qualidade, não é visto como um direito, mas um favor
ou um presente que os governantes dão ao povo”.
Lei nº 10.048/2000 (LAP – Lei
de Atendimento Prioritário)¹,
Art. 30º: As empresas públicas
de transporte e as
concessionárias de transporte
coletivo reservarão assentos,
devidamente identificados,
aos idosos, gestantes, lactan
tes, pessoas portadoras de
deficiência e pessoas
acompanhadas por
crianças de colo.
O QUE A IDEIA DE BANALIDADE DO MAL DA HANNAH ARENDT SIGNIFICA?
Hannah Arendt chegou à conclusão sobre o mal de Eichmann. O mal que ele
praticava não era um mal demoníaco, mas era um mal constante que fazia parte
da rotina dos oficiais nazistas como instrumento de trabalho. Ou seja, a banalidade
do mal é um mal que virou comum de ser praticado.
Durante todo o julgamento, Eichmann nunca se considerou culpado pelos
crimes cometidos, sua justificativa era sempre que apenas cumpria ordens,
seguindo as leis vigentes naquele período. Ele sempre dizia que seguia o certo,
seguia o governo e as leis do estado, por isso acreditava em sua inocência.
Hannah Arendt acreditava que o problema de usar esse argumento como
justificativa seria a ascensão a regimes totalitários e a banalização da razão e
coerência do ser humano.
Eichmann era obcecado por poder e ascensão social, faria qualquer coisa
para ser reconhecido e ter sucesso, mas esse desejo de sucesso é o que levaria
a praticar o mal. Era por essa razão que ele deveria ser punido.
A racionalidade que Eichmann acreditava e usava não era uma
racionalidade favorável para a coletividade. Essa racionalidade não era avaliativa e
nem refletida no bem-estar comum.
COMO É POSSÍVEL COMBATER A BANALIDADE DO MAL?
Hannah Arendt queria mostrar os dois lados da razão: aquela que
possui lógica e reflexão e aquela em que sustenta o bem no próprio
indivíduo, a razão que não é favorável para a coletividade, usada por
Eichmann.
Por essa razão que ela acreditava na liberdade do indivíduo para
tomar outra decisão. Uma decisão fundamentada, advinda de reflexão,
uma racionalidade que visa o interesse comum e o bem da coletividade.
Essa racionalidade, mostraria para todos os requisitos, como deveria
ser a compreensão e o conhecimento do ser humano. Como as pessoas
deveriam pensar no estudo, na honestidade e na liberdade. Essa forma de
pensamento seria uma maneira de combater os regimes totalitários e o mal
banal.
Para culpar o capitalismo ou capacitismo
“A economia é baseada no lucro; é a este, na prática, a que toda a
civilização está subordinada: o material humano só interessa enquanto
produz. Depois, é jogado fora. Num mundo em mutação, em que as
máquinas têm vida muito curta, não é necessário que os homens
sirvam durante um tempo demasiadamente longo.” – sobre a velhice –
Em “A velhice”.

Simone de Beauvoir
Para culpar o povo
A obra “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, desenvolve o
conceito de Cordialidade, em que o brasileiro historicamente tenta se
beneficiar em diversos contextos que englobam a sua existência, sem
necessariamente passar por uma reflexão ética.

Você também pode gostar