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Educação e Diversidade (/aluno/timeline/ind…

Av2 - Educação e Diversidade


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Período: 15/08/2022 00:00 à 14/11/2022 23:59


Situação: Cadastrado
Pontuação: 1500
Protocolo: 783198369

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1) Trabalhar com as ideias de Foucault nos faz pensar que não se deve buscar soluções, mas sim produzir
problemas, pois assim ao problematizar as práticas cotidianas, podemos pensar o que estamos fazendo de
nós. Não é a ideia de que tudo é ruim, mas sim, de que há algumas relações perigosas. E são relações de
poder, sendo o poder  não algo que se possui, mas que se exerce a partir de práticas dadas em toda a
extensão da sociedade. Não parte de um lugar somente ou específico, mas é capilarizado por todas as
tramas que se constroem em nossas relações. Quanto menos visível, mais o poder se torna poderoso e sua
governamentabilidade intermeia por toda a sociedade. Assim sendo, o poder é uma estratégia, mais que
uma propriedade, e não é algo violento, pois positivamente produz regulações, como em nosso interesse,
sobre a sexualidade.

A partir do olhar de Michel Foucault, filósofo francês, a sexualidade:

Alternativas:

atua como um dispositivo histórico onde institui a partir de relações de poder,


a) saberes e verdades que incitam e disciplinam para estabelecer a ordem sobre os Alternativa assinalada

corpos e sujeitos no que concerne a sua sexualidade.

institui-se como parâmetro de correta conduta sexual permitindo organizar a natureza humana de
b) maneira a controlar por meio da repressão tudo aquilo que não condiz com o que já está estabelecido
há tempos.

trabalha com a ideia da "hipótese repressiva", considerando que a sociedade ocidental teria suprimido a
c)
sexualidade desde o século XVII até meados do século XX.

d) no ocidente entre os séculos XVIII e XIX, cada vez mais foi se dissociando da identidade das pessoas.

é entender melhor como deve ser o homem e seu lugar na sociedade e estabelecer também o lugar da
e)
mulher para que a sociedade possa funcionar normalmente.
2) Ao pensarmos com Foucault a questão da sexualidade, podemos questionar sobre o intenso discurso
atual que entende a sexualidade pela ideia da repressão e do caráter reprodutor onde o casamento
heterossexual seria o único possível para manter essa regra, algo que no século XVIII de fato ocorreu.
Porém, com o advento da burguesia era preciso tornar o corpo e o sujeito dócil e útil e assim, passou a
permitir e controlar ao mesmo tempo sexualidades diversas, mirando na produção de  capital. Hoje
percebemos, por exemplo, a indústria pornográfica, os consultórios de terapeutas sexuais, os
medicamentos e as revistas vendendo o caminho para o prazer sexual. Nesse sentido, Foucault chama de
hipótese repressiva, porque não se proíbe, se fala e muito sobre sexo para que assim possa controlar e
torná-lo positivamente produtivo. Ao se criar um discurso pretensamente repressivo, produz-se uma
verdade sobre o sexo que não interdita, mas o qual se escreve a história do sexo, numa técnica de poder e a
partir de uma vontade de saber.

Considere as seguintes assertivas sobre essa discussão:

1 - o poder  incitou a proliferação de discursos, seja na igreja, na escola, na família ou no consultório


médico, que não visavam proibir ou reduzir a prática sexual, mas sim o controle do sujeito e seu corpo.

2 - deve-se falar de sexo, não apenas algo a ser tolerado, mas gerido e inserido para o "bem de todos" com
intuito de fazê-lo funcionar, pois não se julga, administra-se o sexo, visando regulá-lo e aumentar sua
potência como regulador da sociedade. 

3 - os discursos médicos e de outras áreas da ciência despertaram sua atenção sobre a sexualidade, a
exemplo da pedagogia que elaborou um discurso sobre o sexo da criança, que aliada a psiquiatria,
estabeleceu uma conexão com as ditas perversões sexuais, assinalando perigos ao se falar constantemente
sobre.

4 -  a investigação psiquiátrica, o relatório pedagógico e o controle familiar não tem a função   de vigiar e
reprimir essas sexualidades, apenas ajudar a tornar a sexualidade algo melhor para todos.

Considerando a discussão sobre a hipótese repressiva de Foucault e sua atualidade, as assertivas 1, 2, 3 e 4


são, respectivamente:

Alternativas:

a) V, V, V, V.

b) V, V, F, F.

c) V, V, V, F. Alternativa assinalada

d) F, F, V, F.

e) V, F, V, F.

3)
"Penso que deveríamos nos interessar pela história tanto dos homens como das mulheres, e que não
deveríamos tratar somente do sexo sujeitado, assim como um historiador de classe não pode fixar seu
olhar apenas sobre os camponeses. Nosso objetivo maior é compreender a importância dos sexos, isto é,
dos grupos de gênero no passado histórico. Nosso objetivo é descobrir o leque de papéis e de simbolismos
sexuais nas diferentes sociedades e períodos, é encontrar qual é seu sentido e como eles funcionavam para
manter a ordem social ou para mudá-la" (DAVIS, 1976, p. 90).

(DAVIS, Natalie Zamon. Women´s history in transition: the European case. Feminist Studies, n. 1, p. 83-103,
1976)

Segundo a historiadora feminista Natalie Davis (1976), ao se pensar sobre gênero, devemos considerar:

Alternativas:

construir uma história com as mulheres, que seja um campo específico das feministas, pois é uma área
a)
que os homens não dominam.

produzir uma história de mulheres apenas segmenta e separa o sentido de produzir história e em nada
b) afeta a sociedade como está organizada, pois não dá para simplesmente alterar os fatos só porque
algumas estudiosas começaram a "recriar" a historiografia.

falar de gênero não é falar de mulheres, mas é entender homens e mulheres dentro
c) de um contexto social, por isso uma abordagem histórica que perceba ambos para Alternativa assinalada

entender diferentes processos em diferentes épocas dessas relações estabelecidas.

a história das mulheres é diferente, porque diz respeito ao sexo e à família, por isso ser separada de
d)
uma história política e econômica, que estaria mais próxima da vida pública reservada aos homens.

a história não precisa ser reescrita, basta achar exemplos de mulheres que fizeram algo de significativo
e) em algum tempo ou mulheres virtuosas e incluir no livro didático, por exemplo, e assim cuidaremos de
ter uma história que fale de homens e mulheres.

4) "O gênero é uma das referências recorrentes pelas quais o poder político tem sido concebido,
legitimado e criticado. Ele não apenas faz referência ao significado da oposição homem/mulher; ele
também o estabelece. Para proteger o poder político, a referência deve parecer certa e fixa, fora de toda
construção humana, parte da ordem natural ou divina. Desta maneira, a oposição binária e o processo
social das relações de gênero tornam-se parte do próprio significado de poder; por em questão ou alterar
qualquer de seus aspectos ameaça o sistema inteiro" (SCOTT, 1995, p. 92).

(SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2,
p. 71-99, 1995)

Sobre a relação de gênero e poder político proposto pela historiadora feminista Joan Scott, considere V para
Verdadeiro e F para Falsa, nas assertivas abaixo:

(   ) nessa relação, por exemplo, pode se pensar na Revolução Francesa, onde as sans culottes eram vistas
como "megeras do inferno", vis e desnaturalizadas em oposição a "feminilidade" de Maria Antonieta, que
escapa à multidão, procurou refúgio na servidão a um rei, seu marido e cuja beleza inspirou o orgulho
nacional, desenhando qual o papel apropriado ao dito feminino na política.

 
(   ) Louis de Bonald em 1816, quando da discussão sobre o divórcio  na legislação da Revolução Francesa,
ponderou que a democracia permite ao povo enquanto parte fraca da sociedade se voltar contra o poder;
enquanto o divórcio, permitira às esposas, como parte fraca, rebelar-se contra a autoridade do marido, por
isso da mesma forma que se mantinha o Estado longe do povo, deveria se manter a família fora do poder
das esposas.

(   ) ainda há que se estudar a conexão entre os regimes autoritários e o controle das mulheres, como
durante a tomada hegemônica dos jacobinos na Revolução Francesa, ou quando Stalin se apoderou do
controle da autoridade na ex. URSS e mesmo na implementação da política nazista a Alemanha ou no
triunfo do Ayatolá Komehini no Irã, onde todos utilizaram a autoridade e o poder como dominante
masculinos, tratando no feminino os inimigos, forasteiros e subversivos, traduzindo em leis e códigos que
proibiram as mulheres de participar da vida política, abortar, códigos de vestuários e tantas outras ações de
controle.

(Adaptado de Scott (1995))

Assinale a alternativa que elenca corretamente a sequência entre verdadeiro e falso:

Alternativas:

a) V - V - F.

b) F - F- V.

c) V - V - V. Alternativa assinalada

d) V - F - V.

e) V - F - F.

5) Analise as asserções a seguir e suas relações:

"Os usos da diversidade cultural, de seu estudo, sua descrição, sua análise e sua compreensão, têm menos
o sentido de nos separarmos dos outros e separarmos os outros de nós, a fim de defender  a integridade
grupal e manter a lealdade do grupo, do que o sentido de definir o campo que a razão precisa atravessar,
para que suas modestas recompensas sejam alcançadas e se concretizem. O terreno é irregular, cheio de
falhas súbitas e passagens perigosas, onde os acidentes podem acontecer e de fato acontecem, e atravessá-
lo ou tentar atravessá-lo contribui pouco ou nada para transformá-lo numa planície nivelada, segura e
homogênea, apenas tornando visíveis suas fendas e contornos" ( GEERTZ, 2001, p. 81)

Porque

"[...] a noção de diversidade das culturas humanas não deve ser concebida de uma maneira estática. Esta
diversidade não é a mesma que é dada por um corte de amostras inerte ou por um catálogo dissecado"
(LEVI-STRAUSS, 1975, p. 17).
 

(GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001 e LEVI-STRAUSS, Claude.
Raça e história. Lisboa: Presença, 1975)

Pensando esse conceito de diversidade na escola, é correto afirmar sobre as asserções que:

Alternativas:

a) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. Alternativa assinalada

b) as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.

c) a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira.

d) a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.

e) as duas são falsas, e a segunda não complementaria a primeira.

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