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Aula de Exercı́cios

Transformações Lineares

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação Álgebra Linear


Exercı́cio 6 letra (c) - Lista 10
Determine bases para o núcleo e para a imagem da transformação linear
!
1 2
T : M2 (R) → M2 (R) dada por T (X ) = AX , em que A = .
2 4
!
a b
Solução: Seja X = uma matriz qualquer de M2 (R). Então,
c d
! ! !
1 2 a b 0 0
X ∈ N(T ) ⇐⇒ =
2 4 c d 0 0
! !
a + 2c b + 2c 0 0
⇐⇒ =
2a + 4c 2b + 4d 0 0


 a + 2c = 0

 2a + 4c = 0
⇐⇒ ⇐⇒ a = −2c e b = −2d.


 b + 2c = 0
2b + 4d = 0

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Continuação: Logo,
!
a b
X = ∈ N(T ) ⇐⇒
c d
! ! !
−2c −2d −2 0 0 −2
X = =c +d .
c d 1 0 0 1

Assim,  
! !
 −2 0 0 −2 
N(T ) =  ,
 

 1 0 0 1 
| {z } | {z }
u v

e, como u e v são L.I., B = {u, v } é uma base de N(T ).

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Continuação: Vamos encontrar uma base para a imagem de T .
1o Modo: Pelo Teorema do Núcleo e da Imagem,

dim T (M2 (R)) = dim(M2 (R)) − dim N(T ) = 4 − 2 = 2.

Por outro lado, podemos completar a base de N(T ) a fim de obtermos


uma base de M2 (R). Como
( ! !)
−2 0 0 −2
B= ,
1 0 0 1
é uma base de N(T ), então
( ! ! ! !)
−2 0 0 −2 0 0 0 0
D= , , ,
1 0 0 1 1 0 0 1
é uma base de M2 (R). Assim,
! ! ! !
0 0 2 0 0 0 0 2
T = e T =
1 0 4 0 0 1 0 4
formam uma base de T (M2 (R)).
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Continuação:
!
o 1 2
2 Modo: Observe que T (X ) = AX , em que A = . Então
2 4
! ! !
!
a b 1 2 a b
b + 2d a + 2c
T = =
c d 2 4 c d
2b + 4d 2a + 4c
! ! ! !
1 0 0 1 2 0 0 2
=a +b +c +d .
2 0 0 2 4 0 0 4
| {z } | {z } | {z } | {z }
u1 u2 u3 u4

Como u3 e u1 são L.D. e u4 e u2 são L.D, podemos tirar, por exemplo, u3


e u4 para obtermos uma B = {u1 , u2 } de T (M2 (R)).

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Exercı́cio 8 - Lista 10
Seja T : M2 (R) → M2 (R) um operador linear em M2 (R), tal que
! ! ! !
1 0 1 4 1 1 −1 0
T = , T = ,
0 0 2 3 0 0 0 3
! ! ! !
0 0 0 0 0 0 1 0
T = , T = .
1 0 2 1 0 1 2 0

(a) Encontre uma exepressão para T (X ), para cada X ∈ M2 (R).

(b) T é sobrejetora? Justifique sua resposta.

(c) T é injetora? Justifique sua resposta.

(d) T é bijetora? Justifique sua resposta.

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Solução:
! ! !
o 1 1 1 0 0 0
1 Modo: Observe que , , e
0 0 0 0 1 0
| {z } | {z } | {z }
! u1 u2 u3
0 0
formam uma base de M2 (R), pois
0 1
| {z }
u4

   
1 1 0 0 1 1 0 0
 1 0 0 0 
 L1 −L2 →L2
 0 1 0 0 
 −→ .
  
 
 0 0 1 0   0 0 1 0 
0 0 0 1 0 0 0 1
!
x y
Assim, qualquer X = ∈ M2 (R) pode ser escrito como
z w
combinação linear de u1 , u2 , u3 e u4 .

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Continuação: Então, existem α, β, γ, δ ∈ R tais que
!
x y
X = = αu1 + βu2 + γu3 + δu4
z w
! ! ! !
α α β 0 0 0 0 0
= + + +
0 0 0 0 γ 0 0 δ


 α+β =x

 α=y
∴ =⇒ α = y , β = x − y , γ = z e δ = w .


 γ=z
δ=w

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Continuação: Como T é uma transformação linear, temos
!
x y
TX = T = αTu1 + βTu2 + γTu3 + δTu4
z w
= yTu1 + (x − y )Tu2 + zTu3 + wTu4
! ! ! !
−1 0 1 4 0 0 1 0
=y + (x − y ) +z +w
0 3 2 3 2 1 2 0
!
x − 2y + w 4x − 4y
= .
2x − 3y + 2z + 2w 3x + z

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Continuação: Agora, vamos verificar se T é injetora. Lembrando que
!
x − 2y + w 4x − 4y
TX = ,
2x − 3y + 2z + 2w 3x + z

concluı́mos que


 x − 2y + w = 0

 4x − 4y = 0
X ∈ N(T ) ⇐⇒ ⇐⇒ x = y = w e z = −3x.


 2x − 3y + 2z + 2w = 0
3x + z = 0

! !
x x 1 1
Assim, X ∈ N(T ) ⇐⇒ X = =x , ou seja,
−3x x −3 1
" !#
1 1
N(T ) = , isto é, dim N(T ) = 1 e, portanto, T não é
−3 1
injetora.

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Continuação: Agora, vamos verificar se T é sobrejetora.
Observe que T : M2 (R) → M2 (R) será sobrejetora, se e somente se,

dim T (M2 (R)) = dim M2 (R) = 4.

Pelo Teorema do Núcleo e da Imagem,

dim T (M2 (R)) = dim M2 (R) − dim N(T ) = 4 − 1 = 3.

Logo, T não é sobrejetora.

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2o Modo: Como M2 (R) e R4 são isomorfos, podemos identificar cada
matriz 2 × 2 com uma quádrupla de R4 . Por hipótese,
! ! ! !
1 0 1 4 1 1 −1 0
T = , T = ,
0 0 2 3 0 0 0 3
! ! ! !
0 0 0 0 0 0 1 0
T = , T = .
1 0 2 1 0 1 2 0
Assim, podemos identificar as 4 matrizes vermelhas com 4 quádruplas e
montar uma matriz com as 4 quádruplas para verificarmos de estas são
L.I. Então temos
     
1 4 2 3 1 4 2 3 1 4 2 3
 −1 0 0 3   0 4 2 6   0 2 1 3 
∼ ∼
     
 
 0 0 2 1   0 0 2 1   0 0 2 1 
1 0 2 0 0 0 2 3 0 0 0 2
que é uma matriz na forma escalonada sem linhas ou colunas nulas.
Logo, as linhas são L.I. e, portanto, as matrizes vermelhas são L.I..
Assim, T leva base em base, ou seja, T é um isomorfismo.
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Exercı́cio 3 - Lista 11
Seja T : P2 (R) → R transformação linear definida por
Z 1
T (p) = p(t) dt, p ∈ P2 (R).
−1

Determine a matriz de T em relação às bases B de P2 (R) e C de R, em


que

B = {q0 , q1 , q2 },

C = {−2},

e, para todo t ∈ R,

q0 (t) = 1, q1 (t) = 1 + t e q2 (t) = 1 + t + t 2 .

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Solução: Calculemos α, β, γ ∈ R tais que

T (q0 ) = 2 = α(−2) ⇒ α = −1

T (q1 ) = 2 = β(−2) ⇒ β = −1
8 4
T (q2 ) = = γ(−2) ⇒ γ = − .
3 3
 
4
Logo, [T ]B,C = −1 −1 − .
3

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Exercı́cio 6 - Lista 11
Seja T : M2 (R) → R2 a transformação linear dada por
!
a b
T = (a + d, b + c).
c d

(a) Encontre a matriz [T ]B,A , em que A é a base canônica de R2 e B é


a base canônica de M2 (R).

(b) Se S : R2 → M2 (R) for uma transformação linear tal que


 
2 1
 1 −1 
[S]A,B =  , encontre uma expressão para S(x, y ),
 
 −1 0 
0 1
2 2
(x, y ) ∈ R . Além disso,
! determine (a, b) ∈ R tal que
3 0
S(a, b) = .
−1 1

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Solução de (a):
Observe que
! !
1 0 0 1
T = (1, 0), T = (0, 1)
0 0 0 0

! !
0 0 0 0
T = (0, 1), T = (1, 0)
1 0 0 1
!
2 1 0 0 1
Como A é a base canônica de R , temos [T ]B,A = .
0 1 1 0

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Solução de (b):
 
2 1
 1 −1 
Como [S]A,B =  , temos
 
 −1 0 
0 1
! ! ! !
1 0 0 1 0 0 0 0
S(1, 0) = 2 +1 −1 +0
0 0 0 0 1 0 0 1
!
2 1
=
−1 0
!
1 −1
Analogamente, S(0, 1) = . Assim, ∀ (x, y ) ∈ R2 , temos
0 1
! !
2x x y −y
S(x, y ) = xS(1, 0) + yS(0, 1) = +
−x 0 0 y
!
2x + y x −y
= .
−x y

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Solução de (b) (continuação):
!
3 0
Determinaremos (a, b) ∈ R2 tal que S(a, b) = .
−1 1
Pelo item anterior,
! !
2a + b a−b 3 0
S(a, b) = =
−a b −1 1


 2a + b = 3

 a−b =0
∴ ⇒ (a, b) = (1, 1).
 −a = −1


b=1

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