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A formagao docente pela lente do memorial como instrumento de reflexio de Oliveira! GD7—Formagao de Professores que Ensinam Matemética Resumo do trabalho, Essa proposia de trubatho nasceu de mins experiéncias como estudante do curso de Licenciatura em Matematica na Universidade Federal de Lavras durante a. disciplina de estigio suipervisionado, Nessa disiplina a proposta era que os estudantes parrassem suas experiéneias de esto por ‘meio do memorial de formagio. Construir esse memorial foi um rico processo de reflexdo a partir dai surg essa proposta de pesquisa: estender essa eserta do memorial de formagio aos professores atuantes no fensino thisico, Sob uma abordagem qualitativa 0 cenirio dessa pesquisa a ser desenvolvida durante 0 mesirado envolve 0 contesto profssional de atuago dos colaboradores arelado a sua forma continua ‘Assim, esté norteada pela seguinte quesito de pesquisa: que percepydes/representagdes os professores ‘mobilizam para a reflexo do “ser professor” por meio da eserita de memorial de formagiio? Gomo objetivo eral deste trabalho vislimbramos investigar as percepgdes/representagies que os prolessores mobilizam 20 fefletr sobre o."ser professor” airavés da eserita do- memorial, Para auxiliar © buscar responder a questio norteadora ¢ atender ao objetivo geral a pesquisa se divide em alguns objetivos especificos. que buseam: perceher como se desvela a corstrugo da identidade profissional dovente; identifiear os elementos que ‘mergem na eserta de si sobre © processo de formagio: analisar a consttuigd0 do ser professor mediante 0 processo de escrita cle Si, Para realizar a andlise de dados elegemos a meiodologia de Anilise de Contedo. Palaveas-chave: Memorial de Formagd0; Eserits de Si: Formaglo Continuada de Professores; Fducagio Matematica Introducio Todos nds temos uma histéria para contar... E muitas so as histérias os cenétios que compdem minha jomada académica. Todas acompanhadas de experiéncias, preocupagies, inquietagdes © questionamentos que surgiram ao longo do curso de ra em Matematica na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Essas vivéncias Licenci se deram por meio da participagiio no Programa Institucional de Bolsas de Iniciagdo a Docéneia (PIBID). no Programa Institucional Voluntério de Iniciagdo Cientifica (PIVIC), no. Programa de Apoio ao Primeiro Projeto para Professor (PAPPY’, nos eventos académicos da érea educacional, nas di iplinas que compdem a grade curricular do curso, principalmente aquelas voltadas para a Educagao Mateméi ica, € dentre essas, em especial, a disciplina de Aspectos Didéticos € Pedagdgicos do Ensino da Matematica Universidade Fe ‘rail fraleticia0710@ hotmail.com, orientadora: Prof. Dra, Rosana Areal de Carvalho e coorientadira: Prof. Dra, Fernanda Aparecida Oliveira Rodrigues Silva, Evie projeto da UFLA tem como propisito dar apoio a exeeugdo de projetos que teniam inueto-n0 ensinn ‘com interface na pesquiss cientitica, tenoliyica, ou de inovagdo, oW te entenso, ea CPLA, * il de Ouro Preto, © propésito dessa disciplina era orientar os estudantes (futuros professores de Matemética) acerca das vivéncias no Estégio Supervisionado por meio de continuas reflexdes € discussdes de referenciais tedricos e relatos sobre experiéncias na sala de aula Portanto, & nessa nuance dé acontecimentos que se deu a proposta desse trabalho © mais, especificamente, através de um elemento dessa disciplina. Talver possa surgir 0 seguinte questionamento: que elemento tao especial havia nessa disciplina a ponto de gerar essa proposta? O que fez com que se tomasse to especial? Nessa disciplina, a professora responsavel propos uma forma diferenciada de registrar os momentos vividos no estigio, era o memorial de formacdo sendo este 0 elemento especial que deu sentido a essa proposta de pesquisa. Como foi construido em fuses, primeiramente 0 foco se deu sobre nossa trajet6ria académica, ou seja, esereveriamos uma autobiografia com o intuito de nos “apresentarmos” pontuando as experigncias mais _marcantes durante todo 0 proceso de ensino e aprendizagem, principalmente aquelas relacionadas 4 Matematica, do jardim de infancia 4 universidade. Em uma fase posterior a professora lia os memoriais e fazia algumas intervengdes como: “O que si nifica isso para vocé?”, “Que sentimento foi despertado em voeé a partir desse fato?", “Qual seu olhar para essa atitude?”, “Voc@ acredita que esse fato te influenciou?” Esses questionamentos eram extremamente importantes, pois eram uma forma de nos fazer refletir acerca dos fatos que tinham ocorrido conosco, sendo esta uma caracteristica muito marcante do memorial de formagao. Para dar continuidade ao processo de escrita, o memorial era devolvido para que puciéssemos desenvolver mais aquilo que havia sido pedido, bem como, acrescentar outras experiéncias que estivamos vivenciando no estigio e, simultaneamente, trazer referenciais tedricos que nos ajudassem a justificar e dar suporte as nossas argumentagOes. Esse era um momento de didlogo entre nés ¢ os tedricos da area, que nos faziam olhar 0 campo educacional com outros olhos ou um olhar mais ampliado. Outra fase que enriquecia o memorial eram as k ras dos memoriais em algumas aulas. Ao ouvir 0 que os colegas liam podia relembrar de fatos que também faziam parte da minha trajetoria ou entio podia fazer uma reflexdo por outro ponto de vista, Esses momentos expandiam nosso olhar para perceber 05 elementos que constituiam nossa propria trajetoria. Construir 0 memorial era um constante processo de reflexdo, tanto a0 escrever, quanto ao ler para mesma ou ao ouvir meus colegas lendo. Portanto, a partir desse processo de construgio do memorial surgiu a ideia desse projeto de pesquisa que consiste em nio deixar essa tarefa apenas para os futuros professores. Estendendo essa proposta de |. Seria uma levar o met | para aqueles professores que atuam na Educagio Basi tunidade de dar vez ao professor ¢ parar para ouvi eserever. prosseguir com nossa discussio acredito ser necess que vem a ser memorial de formagao, para isso trago al ‘Narrando algumas trilhas do universo educacional ... Desde o final dos ar Mago, os métodos biognificos e as biografias ‘educativas assumem uma importincia erescente no universo educacional (NOVOA, 1995) Isso se reflete em algumas pesquisas que utilizam esses escritos como instrumento de fa de dados ou como instrumentos de avaliag%o no caso de processos seletivos de |. podemos, de eserita vem ocupando um importante espago na comunidade idatos para projetos em universidades ou para pés-graduagao, A partir verificar que esse educacional, como uma pritica, assumindo diversas finalidades. Formar educadores como agentes reflexivos tem sido tratado na comunidade educacions fato que reflete no reconhecimento desses profissionais como sujeitos transformadores para um tempo novo para o Magistérié (PRADO: SOLIGO, 2005). Essa magdo reflexiva é uma maneira de ci idades como educador, “0 acerca de determinada situagdo, além de ser uma ides, ser espago de reflexdo da formagao.e am. Sendo assim, 9 memorial se torna um passo importante para valorizar a ita dos profissionais da educagao, tendo em vista que ao colocar em um papel sua toria o educador entra no seu "mundo" ¢ pode ter outro olhar, pois o ler € reler nossa t6ria nos leva’a produgdo de i jonamentos, razdes, omissdes, inquietagdes, s ou até mesmo o “eu” que estava escondido nos ¢ revelado, enfim, quando o professor marca o papel e registra suas historias, de certa forma, ele vai nos marcando, pois constantemente somos afetados também pela onda de sentimentos que aquele fato provocou no momento da eserita, Mas, sabemos que se por a escrever sobre nossas proprias experiéncias nao é uma tarefa ficil, pois de acordo com Larrosa (2002) 0 homem € palavra. Por isso, Prado Soligo (2005) colocam que € preciso convencer esses profissionais de que eles “podem converter as conversas cotidianas — sobre 0 que pensam e sentem em relagdo ao que vive, aprendem e fazem — em contetido de um tipo de texto privilegiado para essa finalidade: 0 memorial de formagdo” (p. 2). Visto que, naquele espago e tempo saberes sto produzidos por aquele que relata © por aquele que escuta e nesse camino, somos presenteados ¢ formados com as historias que so reveladas. Larrosa (2002) em “Notas sobre a experiéncia eo saber de experincia” expde: Eu ereid no poder das palavras, na forya das palaveas,ereio que fazemos coisas com as palavras e, também, que as palavras fazem coisas conosco. As palavtas dleerminam nosso pensamento porque no pensamos com pensamentos, mas ‘com palavras, ndo pensamos a partir de uma suposta genialidade oy intelivéncia ‘mas a partir de nossas palavras (p. 21) A palavra, a partir dessa perspectiva, da oportunidade ao outro de entender no s6 aquilo que fazemos, mas o que estamos pensando € refletindo sobre o nosso fazer. Assim, ‘0 memorial é uma forma de colocar tais ideias em pritica. Mas antes, vale ressaltar que hi uma diferenga entre os termos biografias, autobiografias e memorial de formagdo os quais serdo discutidos a seguir. Segundo Pineau (2006) a biografia é um género literirio que consiste na escrita sobre a vida de outrem, jd a autobiografia trata-se da escrita da propria historia, no qual o ator € 0 autor se sobrepdem sem outro mediador explicito. Para caracterizar 0 que vem a ser um memorial de formagao serd necessério discutir alguns pontos como a importincia das narrativas, das memérias e por dltimo 0 que é um memorial de formagao. O Memorial de Formagao: aspectos tedricos ‘As nossas hist6rias sempre tém um destino: ou so contadas ou so lidas. Ea narrativa & uma das formas de se organizar essas historias. Nelas expomos, narramos ou relatamos algum fato, ou seja, a narrativa é um tipo de discurso que presume uma sucesso de acontecimentos possibilitando a revelagdio destes (PRADO; SOLIGO, 2005), a partir das histérias que foram escolhidas em relagao ao todo, trazendo ands nfo explicagdes, mas interpretagdes. Afinal, uma narrativa no é para explicar algo, mas deixar que nos vias onb vuoisiy vudoid wssou anb op ‘souniu wpe ‘stew epeu as-eren “opuryey sours anb ap ojinbe ‘yeutye ‘orgies o wos sourednooasd sow ogy ‘ory eped sesiqeun raed oduoT lun stew soweed “opHUas O11NO WoD “seYIO ONIN WHOD Z9A}R) SUL “>HUDWIEAOU SOLEIOUDAIA ‘ogus wonb “2 souiloljau “sowestund “vzi[e are 9 JersayueUL soWoAy anb oLnbe “eionuIU 2 opepins opor uiod “sowayjoasa “yep sna y cumso[je anb somaumnuas sonno sourer anuap “opSersies “apepioytay “ensndure ‘pau ese sou’ sazaa sod anb “opessed ossou o SoUIepIODaY 9 SOWIMMISIA “eLOWaLH vssoU'SoMLoUOIDE “ossaDoid asSaN “SoPEaNSH}OS a ops ogu anb sosunoas ap ojow Jod jay ‘Jeursau 9 seuzeu ap au v opbdoaucD pyutU ON, “oc 'd) ,onno un 2p Soyo $0 wloa 9 Soyfo SOssOU So WD, oBSENHS HpeUIWHATAP DLUN wud SOUFBL}O “OMLHO4L “yp1p0s op tian anb sagddaouos sod wpeuasduuy piso “epure no “os1N0 0 wHod orEILIOD oF vuingso audios pja aiuoureeyjos epeziqeas sas ap Jesade “sod “vanoqoo eagUIow ap wuLIE) ‘un 9 vaneueU v anb sowie sowapod (9661) SY>EKAFPHI 2P SeIAp! 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Enfim, na escrita do memorial resgatamos historias, memérias, lembrangas, vivéneias de um tempo... do nosso tempo, Eis ai a grande riqueza na produgaio de um memorial de formagao, Investigando o qué? Essa proposta deste trabalho de Mestrado esté norteada pela seguinte questo de pesquisa: que percepgdes/representagaes os professores mobilizam para a reflexdo do “ser professor” por meio da escrita do memorial de formacdo? E tem como objetivo geral investigar as percepgdes/representagdes que os professores mobilizam ao refletir sobre 0 “ser professor” por meio da escrita do memorial de formagao, Assim, para auxiliar.e buscar responder a questiio norteadora e atender ao objetivo geral, a pesquisa se divide em alguns objetivos especificos que buscam: ‘« Perceber como se desvela a construgdo da identidade profissional docente: + Identificar os elementos que emergem na escrita de si sobre 0 processo de formagtio; ‘© Analisar a constituigao do ser professor mediante o processo de escrita de Metodologia A presente proposta se caracteriza por uma abordagem qualitativa, visto que “a preocupagio do. pesquisador’ndo. é com a representatividade numéric mas com 0 aprofundamento da compreenstio de um grupo social, de uma organizagio, de uma instituigao, de uma trajetoria, etc.” (GOLDENBERG, 1999, p.14). cendrio da pesquisa envolve o contexto profissional dos colaboradores atrelado a sua formagao continuada, visto que os professores de Matemética participantes da pesquisa deverio estar atuando em algum nivel do Ensino Basico ¢ serem mestrandos no Programa de P6 ional) de uma universidade -Graduago em Educago Matematica (Mestrado Profi publica. A escolha desse cenairio se justifica devido ao espago de formagao que € criado nesses ambientes, visto que 0 professor atuando na sala de aula nao apenas ensina, mas também aprende e se constitui como professor. Todo esse proceso conectado ao-mestrado possibilita ao professor se formar continuamente e estabelever lagos entre o Ensino Biisico © 0 Ensino Superior. A dindmica de trabalho desta proposta se dard através do acompanhamento de um grupo com 15 professores de Matematica, os quais irdo produzir um memorial de formagao. narrando sua trajetiria docente. A partir dessa definicao. haverd um primeiro momento em que a pesquisadora fard © convite a esses profissionais explicando 0 que Vem a ser a pesquisa para possam conhecer a proposta da pesquisadora. Apés 0 convite, sera realizado outro encontro com 0 intuito de apresentar © que vem a ser 0 memorial de formagtio, no caso desses ainda nfo conheverem, para que possam familiarizar com esse instrument de formagio. Nesse encontro, seré apresentado direcionamentos aos colaboradores para. auxilié-los na construgio do memorial. Durante toda a investigagdo a pescuisadora se encontrard, de quatro a cinco vezes', com esse grupo de professores a fim de auixilid-los no processo de construgao do memorial, fazendo desses encontros um espayo de didlogo para que us professores possam relatar 0 processo de escrita do memorial e partilhar as experiéncias vividas. Esse memorial serd produzido em etapas, primeiramente sera feita uma autobiogratia que trard elementos da trajetdria académica desse professor, resgatando suas memérias desde a Educagao Basica até a Universidade, Posteriormente, esse professor esereverd sobre sua trajetéria profissional, destacando seu-processo de constituigdo como professor ¢ algumas de suas vivéncias no cotidiano escolar. AS pesquisadoras manterdo didlogo frequente com 0 professor, visto que isso Propicia a proximidade entre os sujeitos envolvidos na pesquisa e ird auxiliar 0 professor jesse proceso. Manter esse didlogo facilitardé as intervengdes que serdo realizadas no memorial de formagdo, Essas intervengdes nao serdo uma forma de julgamento de valor acerea do sentido daquilo que foi construido, mas, um caminho que poderd levar o profissional docente a refletir sobre seu oficio, sempre vaiorizando as construgdes realizadas, A partir disso, as pesquisadoras farao a leitura do memorial de cada professor conduzindo-o a tefletir sobre a profissio docente © a partir disso a pesquisadora ird inyestigar como desvela-se a construgao da identidade docente, bem como, identificar » Os encontros serdo realizadis entre 0 2° semestre de 2015 © 1° semestre de 2016, sendo assim, haverd | ‘enooniro em 2015 e 4 em 2016, elementos que indieam as contribuigdes que a relagdo com o outro traz para a formagao do professor e ainda, as possiveis mudangas que podem acontecer a partir da escrita de si. A coleta de dados seré realizada por meio dos seguintes instrumentos: memorial de formagao dé cada professor © didrio de campo da pesquisadora. E pode ocorrer a necessidade de realizar um grupo focal com os professores participantes. Estes instrumentos foram escolhidos, pois possibilitam ao pesquisador adentrar no cendrio de investigagao e assim participar ativamente de todo proceso. © memorial de formagdo serd o instrumento que cada professor iri utilizar para refletir acerca de sua trajetoria docente, assim, sera utilizado pela pesquisadora para que posse fazer sua investigagao de acordo com o objetivo dessa pesquisa. O diario de campo reunird as observagdes realizadas no ambiente que.a pesquisa esté ocorrendo, ¢ também reflexdes acerca dos fatos ocorridos. Este instrumento possibilita ao pesquisador colocar suas visOes acerca do process6 de investigagto. Optou-se por ter 0s encontros com os professores como uum espago de partilha ¢ do ‘memorial de formagao como a principal forma de coletar os dados, pois segundo Passeggi (2010) ‘© memorial ¢ elaborado durante a formag3o inicial ou continuada, é importante que o exercicio de autorrellexdo, conduzido durante a eserita, se realize num cespago de partilha, garantide pela instituigio, e em grupos reflexives, formados Por pessoas que vivenciam juntas © provesso de escrita desi, e que um mediador acompanhe o grupo e facilite seu acesso a um referencial teiric pertinente (p. Mp, A partir dos dados coletados € preciso realizar a andlise dos mesmos ¢ para isso fora escolhida a metodologia de andlise denominada “Aniilise de Contetdo™. De que anilise estamos falando? De acordo com Bardin (2010, p40) a ani téenicas de andlise das comunicagdes que ut de contetido € um “conjunto de iza procedimentos sistematicos ¢ objetivos de descrigdo do contetido das mensagens”, cuja intengdo “é a inferéncia de conhecimentos relativos as condigdes de produc (ou, eventualmente, de recepyo), inferéneia esta que recorre a indicadores (quantitativos ou no) Esta metodologia de andlise langa o pesquisador a olhar aquilo que esta por tras de cada palavra inserida em uma mensagem. Na Analise de Contetido, segundo Franco (2008) © ponto de partida ¢ a mensagem. Ao direcionar o olhar para a anélise, © pesquisador nto se volta apenas para 0 didlogo que ocorre no cenério de pesquisa, mas também para as diversas situagSes que ocorrem no mesmo. A anilise de contetido se da por meio de trés fases. A primeira fase consiste na pré- anilise, onde os dados so organizados e sio escolhidos quais documentos iro compor a anilise. Processo que se dard através da “leitura flutuante” dos dados, que € um passo inicial que ir4 possibilitar os primeiros contatos do pesquisador com o material coletado. Nessa fase, ja € possivel elencar as primeiras impressdes, algumas hipoteses e questdes, podendo haver a indicagdo de alguns temas que gcorrem com frequéncia. A partir disso, sto criados indicadores com agrupamentos dos temas destacados antes. Em seguida é imprescindivel a determinagao das unidades de registro (ou unidades de significado) ¢ das unidades de contexto. A primeira segundo: Franco (2008) se refere & “menor parte do contetido, cuja ocorréncia € registrada com as categorias levantadas” (p. 411), jd. a segunda “podem ser consideradas como “pano de fundo’ que imprime significado ‘as unidades de andlise” (p. 46), visto que 05 dados sto acompanhados de um contexto. A segunda fase da andlise de contetido € constitufda pela exploragao do material, cujo objetivo é agrupar as unidades em grupos menores, que siio denominadas categorias, Assim, “a eategorizago é uma operagdo de classificagtio de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciagao seguida de um reagrupamento baseado em analogias, a partir de cfitérios definidos” (FRANCO, 2008, p. 59). Esta fase € de extrema importancia, pois é a partir dessa qué os dados serao analisados. © tratamento dos resultados € tiltima fase € consiste na anilise dos dados com bases nas impressdes obtidas nas fases anteriores. Segundo Placco e Souza (2006) “cada aprendiz, a sua moda e em sua circunsténcia, traz as historias de suas préticas educativas para servirem como repertério de experiéncias que merecem ser vasculhadas © exploradas pelos participantes do grupo formador, em todas as suas andlises” (p. 38), portanto, esta € uma grande motivagdo para realizar esta pesquisa. 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