Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Devolutiva Do Problema 7
Devolutiva Do Problema 7
➔ Incidência: É a frequência com que uma doença ou fato ocorre num período de tempo
definido e com relação à população (casos novos, apenas).
FONTE: FIOCRUZ
➔ No entanto, mesmo sabendo a alta incidência no Norte e Nordeste (Tabela 2.1 e Figura
2.4b), ao analisar 21 municípios paranaenses, constatou-se Ascaris lumbricoides em 16
deles (76%) e T. trichiura em 15 (71%). (Tabela 2.1)
C) Na região de Maringá.
FONTE: SILVA, Luiz Jacintho da. O controle das endemias no Brasil e sua história.
Cienc. Cult., São Paulo , v. 55, n. 1, p. 44-47, Jan. 2003 . Available from . access on 24
Apr. 2020
➔ Ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3. A
literatura registra grande número de artigos que avaliam a contaminação das águas de
córregos que são utilizadas para irrigação de hortas levando a contaminação de verduras
com ovos viáveis. Poeira, aves e insetos (moscas e baratas) são capazes de veicular
mecanicamente ovos de A. lumbricoides. Pesquisas revelaram que além destes
mecanismos a transmissão pode ocorrer pela contaminação do depósito subungueal com
ovos viáveis, principalmente em crianças, verificando-se níveis de contaminação que
variavam de 20 a 52%. Os ovos de A. lumbricoides têm uma grande capacidade de
aderência a superfícies, o que representa um fator importante na transmissão da parasitose.
Uma vez presente no ambiente ou em alimentos, estes ovos não são removidos com
facilidade por lavagens. Por isto, o uso de substâncias que tenham capacidade de inviabilizar
o desenvolvimento dos ovos em ambientes e alimentos é de grande importância para o
controle da transmissão
4. RELACIONAR a forma evolutiva dos seguintes parasitas com a patogenia deles:
FONTE: NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo, SP: Atheneu,
2005.
A) Ancilostomídeos;
➔ Larvas (L3): aparecimento imediato de erupções papulovesiculares pruriginosas
eritematosas. Os sinais e sintomas sequenciais são decorrentes da migração larval inicial,
geralmente observados pela tosse, inflamação na garganta e febre, ou pela presença do
parasito no pulmão, que pode desencadear febre transiente em 2 a 4 semanas após a
infecção. Durante a migração no trato respiratório, sinais e sintomas incluindo coriza,
faringite, laringite, sensação de obstrução da garganta e dor ao falar e deglutir foram
descritas na ancilostomose
➔ Verme adulto: diminuição do apetite, indigestão, cólicas, náuseas, vômitos, flatulência e
diarreia e, em casos mais graves, ulceração intestinal e colecistite. As principais
manifestações clínicas da ancilostomose são consequentes da perda crônica de sangue
intestinal, acarretando em anemia por deficiência de ferro e hipoalbuminemia
B) Trichuris trichiura;
➔ A maioria dos pacientes é assintomático, mas dependendo da quantidade parasitária
presente no organismo pode gerar desde diarreia, insônia, emagrecimento, até prolapso
retal e sangramento nas fezes
➔ Vermes adultos: a movimentação e a alimentação destes causam lesões ao epitélio e à
lâmina própria intestinal do hospedeiro, podendo ser observado um aumento na produção:
de muco pela mucosa intestinal, áreas de descamação da camada epitelial e infiltração de
células mononucleares na lâmina própria. O processo inflamatório pode ser particularmente
intenso quando os vermes atingem o reto, sendo observado edema e intenso sangramento
da mucosa local. Esta reação edematosa produz um inchaço da mucosa retal, que
provavelmente é responsável por iniciar o reflexo de defecação, mesmo na ausência de
fezes no reto
C) Strongyloides stercoralis;
➔ Cutânea: Em geral é discreta, ocorrendo nos pontos de penetração das larvas infectantes,
tanto na pele como nas mucosas, com reação celular apenas em tomo das larvas mortas
que não conseguiram alcançar o sistema circulatório. Nos casos de reinfecção, há reação
de hipersensibilidade com formação de edema, eritema, prurido, pápulas hemorrágicas e
urticárias
➔ Pulmonar: Apresenta intensidade variável, porém presente em todos os indivíduos
infectados, caracterizada por tosse, com ou sem expectoração, febre, dispneia e crises
asmatiformes decorrentes das larvas filarióides e, ocasionalmente, de fêmeas, que aí podem
alcançar a maturidade, produzindo ovos e larvas rabditóides. A travessia das larvas do
interior dos capilares para os alvéolos provoca hemorragia, infiltrado inflamatório constituído
de linfócitos e eosinófilos, que podem ser limitados, ou em casos mais graves, provocar
broncopneumonia, síndrome de Loeffler, edema pulmonar e insuficiência respiratória
➔ Intestinal: As fêmeas, com a finalidade de se fixar ou se alimentar, localizam-se
principalmente na mucosa do duodeno e jejuno, limitando-se à zona glandular, raramente
ultrapassando a muscularis mucosae, onde são aprisionadas pelas células epitelióides e
depois removidas pelos leucócitos polimorfonucleares. Fêmeas partenogenéticas, ovos e
larvas no intestino delgado ou ocasionalmente no intestino grosso podem determinar, em
ordem crescente de gravidade
o Enterite catarral: os parasitos são visualizados nas criptas glandulares e ocorre uma
reação inflamatória leve, caracterizada pelo acúmulo de células que secretam mucina
e, portanto, acompanhada por aumento de secreção mucóide, com caráter reversível
o Enterite edematosa: os parasitos são visualizados em todas as túnicas da parede
intestinal e ocorre reação inflamatória com edema de submucosa e desaparecimento
do relevo mucoso, caracterizado por síndrome de má absorção intestinal; considerado
de certa gravidade, porém de caráter reversível
o Enterite ulcerosa: os parasitos em grande quantidade provocam inflamação com
eosinofilia intensa; ulcerações, com invasão bacteriana, que durante a evolução serão
substituídas por tecido fibrótico determinando rigidez da mucosa intestinal. Essa lesão
é irreversível e considerada grave uma vez que a fibrose pode provocar alterações
no peristaltismo, ocasionando íleo paralítico. Os sintomas mais comuns vão desde
dor epigástrica antes das refeições, que melhora com a alimentação e piora com o
excesso; diarreia em surtos; náusea e vômito, até síndrome disentérica com
esteatorreia, seguida de desidratação, que pode levar a choque hipovolêmico, se
associada a vômito, emagrecimento e acentuado comprometimento do estado geral
do doente, muitas vezes fata
D) Ascaris lumbricoides.
➔ Na maioria dos casos, o parasitismo passa despercebido pelo paciente. Este só nota que
alberga o verme quando sente ligeiro prurido anal (a noite, principalmente) ou quando vê o
verme (chamado popularmente de "lagartinha") nas fezes
5. CONSTRUIR a tríade epidemiológica das helmintíases (Ancilostomídeos, Trichuris trichiura,
Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides) e APONTAR elementos que as influenciam
(políticas públicas, marcadores socioculturais, econômicos, fatores de risco e determinantes
sociais de saúde).
FONTE: NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo, SP: Atheneu,
2005.
➔ Ascaridíase, causada pelo Ascaris lumbricoides, é a verminose intestinal humana mais
disseminada no mundo, para Neves (2005) “ocorre com frequência variada em virtude das
condições climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de desenvolvimento
socioeconômico da população”. Já a tricuríase, causada pelo Trichuris trichiura (Figura 1.2),
também está amplamente distribuída, no entanto, é mais prevalente em regiões de clima
quente e úmido associado às condições sanitárias precárias o que favorece a contaminação
ambiental e a sobrevivência dos ovos do parasito.
➔ Tanto a ascaridíase (Figura 1.1) quanto a tricuríase (Figura 1.2) tem como forma de
contaminação a ingestão de ovos pelo hospedeiro, tais ovos podem estar presente no solo,
água e alimentos contaminados por fezes humanas. Nesse contexto, tais parasitoses
guardam semelhanças na sua distribuição, tendo maior incidência nos mesmos estados,
assim como coincide a baixa incidência em outros. Tal fato acontece decorrente ao ciclo das
doenças serem parecidos e, principalmente, na forma que acontece a contaminação do
indivíduo. Ademais, a falta de hábitos de higiene pessoal, condições precárias de
saneamento básico, como falta de esgoto e de água tratada e até mesmo a lavagem
incorreta dos alimentos estão intrinsecamente ligadas com essas parasitoses
➔ Em outro plano, a ancilostomíase (Figura 1.3) é causada principalmente pelo Ancylostoma
duodenale e pelo Necator americanus, quando os ovos estão no meio externo, esses ovos
necessitam de um ambiente ideal para desenvolvimento, com boa oxigenação, alta umidade
(> 90%) e temperatura elevada. Essas são condições indispensáveis. O Strongyloides
stercoralis (Figura 1.4), causador da estrongiloidíase, também tem preferência por climas
quentes e úmidos. Para Neves (2005) a infecção por esse agente apresenta “elevada
prevalência em regiões tropicais e subtropicais, a facilidade de transmissão, o caráter de
cronicidade e auto-infecção, originando formas graves de hiperinfecção e disseminação
➔ Tanto a ancilostomose (Figura 1.3) quanto a estrongiloidíase (Figura 1.4) apresentam a larva
penetrando nas mucosas do hospedeiro. Diante disso, além dessas parasitoses estarem
ligadas às baixas condições sanitárias e falta de higiene pessoal, relacionam-se com o uso
de calçados, visto que a penetração ocorre principalmente pelos pés.
6. RELATAR as medidas de controle e prevenção das helmintíases para vendedores
ambulantes de produtos alimentícios
FONTE: CUNHA, Larissa Ferreira; AMICHI, Kelly Ribeiro. Relação entre a ocorrência de
enteroparasitoses e práticas de higiene de manipuladores de alimentos: revisão da
literatura. Revista Saúde e Pesquisa, Maringá, v. 1, n. 7, p. 147-157, jan./abr. 2014.