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1ª Edição
Indaial - 2022
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
N224s
CDD 658
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL................ 7
CAPÍTULO 2
A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO...................................... 49
CAPÍTULO 3
FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA............. 93
APRESENTAÇÃO
Essa disciplina tem como missão apresentar a estrutura do Sistema
Financeiro brasileiro, bem como aspectos básicos que norteiam as transações
entre agentes superavitários e deficitários da economia. Antes de abordarmos
quais aspectos serão trabalhados em cada capítulo, é importante entender qual
a capacitação que você está obtendo com esta disciplina, de forma a enxergar o
potencial retorno dela para si.
Isso tem atraído a busca pelo conhecimento financeiro por parte dos
indivíduos por dois motivos. De um lado, o próprio investimento pessoal em busca
de acumular riqueza. Dificilmente uma pessoa é completamente desinteressada de
um entendimento básico sobre as opções de investimentos e os riscos envolvidos,
mesmo quando assessorada por um profissional especializado. Também há quem
prefira por conta própria, sem qualquer acompanhamento, decidir os rumos de
seu portifólio de ativos.
Bons estudos!
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A discussão do Sistema Financeiro Nacional perpassa primeiramente
pela apresentação da estrutura do sistema e dos órgãos e entidades que o
compõem, discutindo suas atribuições e finalidades. Nesse sentido, o primeiro
questionamento e entendimento que temos de compreender é: “o que é um
sistema?” (BERTALANFFY, 1977).
Ressaltamos, mais uma vez, a fim de trazer a você um maior estímulo, que
qualquer certificação para atuar no sistema financeiro perpassa pela estruturação
do Sistema Financeiro Nacional.
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2 CONCEITO E FUNÇÕES
De acordo com o próprio site do Banco Central do Brasil (também conhecido
como Bacen) o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto
de entidades e instituições que promovem a intermediação financeira, isto
é, o encontro entre credores e tomadores de recursos. É por meio do sistema
financeiro que as pessoas, as empresas e o governo circulam a maior parte dos
seus ativos, pagam suas dívidas e realizam seus investimentos.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
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Por fim, cabe salientar sobre um órgão que está no âmbito normativo, mas
não faz parte das decisões normativas de funcionamento do SFN. Este é o
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CNSFN. Veremos que,
para alguns livros, ele aparece ao lado do CMN, como no caso da Figura 5, em
que aparece como “Conselho de Recursos do SFN”; e outras vezes, como no
caso do site do Banco Central, este não aparece no organograma.
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FONTE: O autor.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
3 AS SUBDIVISÕES DENTRO DO
SUBSISTEMA OPERATIVO
Para analisarmos o papel de cada instituição operadora na economia, vamos
analisá-las por subseções. A primeira subseção analisa o sistema operativo sob
supervisão do Bacen. A segunda subseção analisa as instituições sob supervisão
da CVM. Na terceira subseção trabalhamos as instituições relacionadas à
entidade supervisora Susep. A última, que está relacionada aos fundos de pensão,
abarcamos ao trabalharmos os órgãos normativos e as entidades supervisoras.
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O depósito à vista nada mais é do que sua conta corrente junto ao banco. Isto
é, aquele montante de papel moeda que os indivíduos deixam em uma conta a
sua disposição para sacar parcialmente ou totalmente a qualquer hora que julgar
necessário (por isso o termo “à vista”, para movimentar quando quiser). O “custo”
para o indivíduo por esta “liquidez” é justamente não haver remuneração ao longo
do tempo no depósito à vista.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Por fim, de acordo com Silva et al. (2017), atua como banco comercial ao
manter contas-correntes de pessoas físicas e jurídicas; operar com caderneta de
poupança; executar operações de descontos; conceder créditos de curto prazo,
além de outras funções típicas de bancos comerciais. Isto é, o Banco do Brasil
atua como um banco múltiplo.
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Conforme Pinho (2012, p. 302 apud SILVA et al., 2017, p. 122), “as bolsas de
valores são instituições de caráter econômico que têm como objeto a negociação
pública mercantil de títulos e valores mobiliários, ou seja, é um local onde
compram e vendem ações”.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
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Os benefícios podem ser contratados para serem pagos por toda a vida do
participante (vitalício), por um período limitado ou de uma só vez. A preocupação
básica de toda sociedade de previdência é a gestão de sua carteira de recursos,
que deverá ser eficiente para cobrir o valor dos benefícios prometidos pelos
planos de previdência.
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FONTE: Mellagi Filho e Ishikawa (2010 apud SILVA et al., 2017, p. 96)
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
a) Banco de Investimento.
b) Banco Comercial.
c) Banco de Desenvolvimento.
d) Banco Múltiplo.
I- CMN.
II- Bacen.
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a) II - I - I - II.
b) I - II - II - I.
c) I - II - I - II.
d) II - I - II - I.
I- CNSP.
II- CNPC.
III- Susep.
IV- Previc.
a) I - IV - III - II.
b) I - II - III - IV.
c) IV - III - II - I.
d) II - I - IV - III.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
a) V - V - F - V.
b) F - F - V - F.
c) V - F - V - F.
d) F - V - F - V.
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Fechamos essa primeira e importante etapa sobre o sistema financeiro. A
primeira certeza que você precisa ter consigo é que se você achou o capítulo
teórico (pesado), não se preocupe, pois ele realmente é. A segunda certeza é que
esse material não é apenas um apanhado teórico sem utilidade se não dentro do
meio acadêmico. Esta é uma questão sempre presente para o estudante, uma
vez que você está dedicando tempo e energia para com esta disciplina.
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Inicialmente, a primeira “big picture” que você tem de ter em mente são os
mercados em que o sistema financeiro se divide: monetário, cambial, creditício,
de capitais, de seguros, de previdência aberta e de previdência fechada.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
BONS ESTUDOS!
LEITURA COMPLEMENTAR
A CRIAÇÃO DO COAF E O COMBATE DE LAVAGEM DE
DINHEIRO NO ÂMBITO DO SISTEMA FINANCEIRO
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Apenas dez anos depois, em 1998, que foi sancionada a primeira lei que trata
do crime de prevenção à lavagem de dinheiro no Brasil e a criação do Conselho
de Atividades Financeiras (COAF). Esta é a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998
(BRASIL, 1998).
Dessa forma, foi sendo instituído, ao longo de três décadas, uma série de
normativas e leis no Brasil, a fim de garantir um eficiente sistema de controles
internos nas instituições financeiras que permitisse uma melhor fiscalização e o
combate à lavagem de dinheiro.
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Capítulo 1 A ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
REFERÊNCIAS
ARAI, C. Gestão de risco. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
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C APÍTULO 2
A DIVISÃO DO MERCADO
FINANCEIRO
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Seja bem-vindo! Vamos dar continuidade ao estudo do sistema financeiro
brasileiro. Esse capítulo está dividido em seis seções, sendo a primeira esta
contextualização.
A quinta seção, por sua vez, trabalha o conceito de risco e as formas que
este pode assumir, sendo elas: risco sistêmico, risco de mercado, risco de crédito,
risco operacional, risco legal e risco de liquidez.
2 INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
(POUPANÇA = INVESTIMENTO)
No capítulo anterior, para iniciarmos nosso estudo a respeito do sistema
financeiro nacional, falamos que ele existe para facilitar o encontro entre
poupadores (agentes econômicos superavitários) e aqueles indivíduos e
organizações que demandam empréstimos (agentes econômicos deficitários).
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SiSTEmA FiNANCEiro
Essas pessoas poderiam muito bem deixar o papel moeda usado naquela
região guardado embaixo da cama. Isso supondo que nessa região não haja um
banco central a serviço do estado, imprimindo dinheiro e gerando inflação (afinal,
inflação é sempre um fenômeno monetário).
FONTE: h://images-na.ssl-images-amazon.com/
images/I/61Tr1adQQILttps.SY344_BO1,204,203,200_
QL70_ML2_.jpg. Acesso em: 14 jun. 2022.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
imediata, por possuir aceitação plena por parte dos indivíduos e estabelecimentos
da economia. Dessa forma, o papel moeda (o dinheiro) se trata do ativo de
maior liquidez. A liquidez dos demais ativos da economia passa, então, a ser a
capacidade que o ativo tem de se transformar em papel moeda.
Por enquanto, precisamos apenas ter em mente que os juros são a forma
das instituições financeiras atraírem mais agentes superavitários da economia
(poupadores que poderiam guardar o dinheiro embaixo do colchão), de modo que
a instituição financeira terá mais dinheiro disponível para realizar empréstimos.
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Para os poupadores, então, uma vez decidido por poupar e alocar seus
recursos no sistema financeiro, seus questionamentos passam a ser em torno de
quais opções de renda fixa e variável alocar. Perpassa pela cabeça do poupador
questões como: “qual a melhor forma de alocar meus recursos? Quais os riscos
envolvidos? Qual a liquidez de cada ativo?”.
3 MERCADOS: MONETÁRIO, DE
CRÉDITO, DE CAPITAIS E DE
CÂMBIO
Nessa seção trataremos dos quatro principais mercados que compõem
o sistema financeiro nacional, isto é, os mercados: monetário, creditício, de
capitais e cambial. Para tanto, estes estão subdivididos nas quatro subseções
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
O aumento da oferta de moeda deve ser eventual à medida que outros fatores
de longo prazo da economia mudam, como aumento populacional e aumento da
produção de bens e serviços decorrentes do aumento da produtividade e do nível
de renda da população (maior renda per capita, maior o consumo).
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Uma inferência que você deve fazer é que, quando nos referimos às taxas
de juros, estamos falando de todas as taxas de juros dos diferentes títulos.
Todas estas acompanham os movimentos de subida e decida que descrevemos
anteriormente.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
Dos diferentes ativos que os agentes econômicos podem adquirir para ganhar
uma remuneração, existem aqueles que são emitidos pelo governo de cada país.
São os chamados “títulos públicos”, que são títulos de dívidas do governo. Por
que dívida? Porque o estado emite um título em um determinado valor (preço) e
oferece uma remuneração (os juros) para aqueles que adquirirem estes títulos. O
estado se compromete a pagar toda aquela remuneração ao término do contrato
(essas questões de período do título e taxa de remuneração têm de estar bem
claras na “emissão” do título).
Alguns países são mais sólidos em termos de seu histórico de bom pagador,
outros nem tanto. Esse aspecto entra no chamado “risco-país”, bem como
outros como a estabilidade jurídica (principalmente no que se refere a direitos
de propriedade) e política (um país que a cada poucas décadas sofre golpes de
estado é menos confiável).
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Isso acontece porque dentro de qualquer país os títulos de menor risco são
os títulos da federação. Isso porque qualquer instituição privada dentro desse país
tem uma capacidade de solvência menor do que o próprio país. Afinal, o país
tributa sua população, tem uma arrecadação garantida, e não vai deixar de existir.
Já um banco pode vir a deixar de existir.
Perceba, então, que, uma vez que os juros dos títulos públicos são a “base”
das diferentes taxas de juros de todos os ativos que existem em um país, se esta
taxa de juros for elevada acarretará uma pressão para a elevação de todas as
taxas de juros da economia; bem como se as autoridades monetárias quiserem
induzir uma redução das taxas gerais de juros, basta sinalizarem a redução das
taxas de juros dos títulos federais.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
Isto posto, no curto prazo são as oscilações do lado da demanda por moeda,
isto é, da liquidez da economia, que os Bancos Centrais devem focar as metas
de taxas de juros da Selic. Dessa forma, a atuação do banco central na política
monetária é uma atuação sobre a liquidez da economia.
FONTE: https://www.bcb.gov.br/content/controleinflacao/Infograficos_controleinflacao/
Info-Controle-politicamonetariaeomeubolso-v2.png. Acesso em: 14 jun. 2022.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
FONTE: https://www.bcb.gov.br/content/controleinflacao/Infograficos_
controleinflacao/VF_ajuste_info_canais_de_transmissao_da_politica_
monetaria_br_0509_2021.png. Acesso em: 14 jun. 2022.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
Com isso fechamos nosso estudo sobre o mercado de crédito. Vamos agora
entender o funcionamento do mercado de câmbio.
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Segundo Mankiw (2018), esse preço relativo das moedas correntes entre dois
países é chamado de taxa de câmbio nominal. No Brasil, essa taxa é expressa
em unidade de moeda nacional (Real) por unidade de moeda estrangeira (dólar,
euro etc.). Também existe a taxa de câmbio real, menos utilizada no dia a dia das
pessoas, mas importante na análise dos preços relativos dos bens de dois países.
Isto é, a taxa de câmbio real informa a taxa em que podemos trocar bens de um
país por bens de outro país específico.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
A maioria dos países adota a taxa de câmbio flutuante suja, isso porque
mais importante do que a mudança de valor da moeda doméstica em termos
de moeda estrangeira é a magnitude desta mudança. Em momentos de crises
essas oscilações bruscas podem pegar os agentes que negociam entre países
de surpresa, e tornarem inviável sua atuação ou incorrer em grandes perdas. Isso
sem falar no próprio horizonte de previsibilidade do governo e de suas contas.
Link: https://www.youtube.com/
watch?v=ZNfT0WXXjpA.
FONTE: https://br.web.img3.acsta.
net/c_310_420/pictures/17/04/18/22/40/571766.
jpg. Acesso em: 14 jun. 2022.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
conhecidos como CDBs, LCA, LCI etc., bem como as ações da própria instituição.
As empresas do setor produtivo oferecem as ações da empresa e as debêntures.
Mas qual o valor de uma ação? Bom, aqui precisamos ter dois momentos
em mente. O momento em que a empresa lança as ações e o momento logo em
seguida ao lançamento. Para poder emitir ações, uma empresa precisa primeiro
se tornar uma empresa de sociedade anônima de capital aberto, mais conhecida
pela sigla S.A. (uma empresa LTDA, ou seja, de sociedade limitada, não pode
emitir ações). Uma vez realizada estas questões formais sobre a sociedade
empresarial, qual será o valor no momento do lançamento das ações? Este se dá
pelo valor patrimonial da empresa dividido pela quantidade de ações emitidas. Por
exemplo, se o valor patrimonial da empresa for de um milhão de reais e a empresa
emitir 100 mil ações, cada ação valerá R$10,00 no momento de seu lançamento.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
FONTE: https://blog.toroinvestimentos.com.br/irpf/imposto-de-
renda-cdb-como-declarar. Acesso em: 14 jun. 2022.
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Caro estudante, aqui exploramos alguns dos principais ativos que compõem
o mercado de capitais. Por último, cabe a você saber que, como proteção aos
investimentos nos ativos de instituições privadas, há o Fundo Garantidor de
Créditos – FGC.
Existem algumas regras quanto aos valores garantidos pelo FGC. São estas:
(i) é limitado a R$ 250 mil por CPF/CNPJ e por conglomerado financeiro; (ii) para
contas que possuem mais de um titular (por exemplo, um casal) o limite é dividido
igualmente pelas partes; (iii) há um limite para o socorro do FGC, estipulado no
teto de R$ 1 milhão de recuperação, renovado a cada quatro anos.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
4 DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS
Esta seção visa diferenciar o que é renda fixa de renda variável e entender
as diferentes formas de renda fixa que existem no mercado financeiro. Vamos
começar entendendo a diferença entre as rendas fixa e variável.
Já a renda variável remete ao ativo que não é possível saber qual será o
desempenho dele. São ativos cuja aquisição não garante uma rentabilidade fixa
e os seus preços possuem alta volatilidade. Exemplos destes são as ações, os
fundos, os derivativos, entre outros.
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que decidem montar uma carteira de ações no longo prazo. Para tanto, as
ferramentas mais comuns são os indicadores, como: nível de endividamento da
empresa, patrimônio líquido, nível de investimento no crescimento da empresa
(tanto desempenho passado quanto projetado), expectativas do setor etc. Sobre
a análise fundamentalista há uma série de métricas para analisar os fundamentos
da empresa, tais como: ROE, Dividend yield, Valuation etc.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
FONTE: https://www.oliberal.com/image/contentid/policy:1.462878:1637602606/acao-
xp2.jpeg?f=3x2&q=1.0&w=700&$p$f$q$w=9729136; https://ricoinvestimento.com/
cdb-rico-300-do-cdi-pegadinha-2295-a-a-%f0%9f%98%b2/. Acesso em: 25 jun. 2022.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
5 RISCOS
Essa seção analisa os riscos a que se submetem os diferentes agentes
econômicos ao adquirirem ativos financeiros. Segundo Silva et al. (2017), na
análise sobre os ativos financeiros, muitos investidores se utilizam das análises
de risco e de retorno para tomarem uma decisão ótima sobre seus investimentos
no mercado financeiro.
Afinal, o que é o risco? De acordo com Assaf Neto (2015), o risco no mercado
financeiro pode ser entendido como a probabilidade de perda em razão de uma
exposição ao mercado. Desde que o risco não possa ser eliminado, é essencial
que sejam adotadas medidas para minimizá-lo de maneira a permitir que os
diferentes agentes econômicos possam, da melhor forma possível, a partir das
informações que dispõem, atingir seus objetivos.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
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Finalizamos aqui mais uma etapa importante nos seus estudos. Revise o
conteúdo e não se esqueça de resolver as atividades do capítulo.
a) 27%.
b) 12,5%.
c) 15%.
d) 17,5%.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
a) V - V - F.
b) F - F - V.
c) F - V - F.
d) V - F - V.
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6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Fechamos mais uma importante etapa do seu entendimento sobre o sistema
financeiro!
BONS ESTUDOS!
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
LEITURA COMPLEMENTAR
Essa leitura complementar busca fazer você entender na prática como
visualizar o retorno de um título de renda fixa. Foi colocado como leitura
complementar porque todo o raciocínio proposto requer conhecimento de
matemática financeira. No entanto, entender a primeira parte da análise a seguir
é o essencial para você visualizar quando está diante de um ativo de renda fixa. A
necessidade do entendimento da matemática financeira se faz a partir do cálculo
detalhado.
• 300% do CDI.
• Vencimento em três meses (logo, IR de 22,5%).
• Liquidez diária.
• Aplicação mínima de R$500,00 e máxima de R$7.000,00.
• DI fut. três meses 8,81% a.a.
A primeira coisa que se espera com esse exercício é que você aprenda
a fazer a “leitura rápida” da rentabilidade de um título de renda fixa para, caso
isso se mostre interessante, você se aprofundar nos detalhes do investimento.
Então, o que é importante neste primeiro olhar, no “bater o olho”, na oferta de
investimento?
Contudo, o ativo é para três meses. Então, o imposto que incide é de 22,5%
em cima dos 26,43% de premiação, pois o imposto é sempre sobre o rendimento
do capital, nunca sobre o montante total. Então, a pergunta passa a ser: “qual o
retorno líquido? Isto é, após pagar o imposto?”.
1.321,5 -----100%.
X ----- 22,5%.
X = R$ 297,34.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
• Fórmulas:
De mensal para anual ------------------- De anual para mensal.
Usando na HP12c:
1 [enter]
0,2048 [+]
1 [enter]
12 [÷]
[Yx]
1 [-]
100 [x]
VF = VP (1 + i)n.
VF = 5.000,00 (1 + 1,56)3.
VF = R$ 5,237,67.
Este será o seu retorno líquido após três meses. Se tiver a curiosidade do
percentual de retorno que teve em relação ao capital inicial investido:
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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
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Capítulo 2 A DIVISÃO DO MERCADO FINANCEIRO
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C APÍTULO 3
FLUXO DE RECURSOS DA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Estamos na etapa final do nosso estudo do sistema financeiro brasileiro. Este
Capítulo 3 está dividido em seis seções, sendo a primeira esta contextualização. A
segunda seção explora a análise de rentabilidade de um investimento específico
no mercado acionário. Para tanto, a seção discute os diferentes perfis do investidor,
explorando as diferenças entre investidores mais conservadores e aqueles mais
arrojados. Também é discutida a diferença entre risco sistêmico e não sistêmico
e a relação destes com a possibilidade de diversificação do risco. A seção finaliza
com a apresentação do modelo CAPM, que mede a rentabilidade de se correr
o risco de se investir em uma ação específica por meio de uma comparação do
retorno esperado de tal investimento com o retorno esperado de todo o mercado
acionário.
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SiSTEmA FiNANCEiro
(1)
Note que o valor presente depende da taxa de juros. Quanto maior a taxa
de juros, menor será o valor presente do título e vice-versa. Caso a taxa de juros
fosse de 5%, esse título teria o valor presente de R$1.386. Já se fosse de 15%,
esse título, trazido para valores de hoje, valeria apenas R$749.
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
De acordo com Silva et al. (2017), esta gestão do risco envolve identificar os
riscos, mensurar seus impactos e, à medida do possível, controlar seus efeitos.
Dessa forma, a gestão do risco busca inibir ou antecipar os efeitos que os riscos
podem causar sobre os investidores. As possíveis origens dos riscos estão nas
oscilações de preços dos ativos, mudanças nas taxas de juros, inadimplência e
falhas dos recursos humanos.
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SiSTEmA FiNANCEiro
De acordo com Assaf Neto (2015), o investidor propenso ao risco não é tão
focado nos retornos esperados, mas em correr riscos maiores. Por apreciar o
risco, esse investidor é muitas vezes conhecido por “amante do risco”, ou risk
lover. Em algumas ocasiões, esse “amante” do risco exagera nas projeções de
ganhos visando usufruir da satisfação de incorrer em maiores riscos; é capaz de
reduzir parte de seus ganhos para conviver com riscos mais altos.
FONTE: https://investidordesucesso.com.br/wp-content/uploads/2016/11/infografico-
aloca%c3%a7%c3%a3o-de-ativos-por-perfil.jpg. Acesso em: 17 jun. 2022.
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
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SiSTEmA FiNANCEiro
taxa de retorno do ativo diante dos riscos não diversificáveis (sistemáticos). Dessa
forma, o modelo busca determinar a taxa de retorno de um ativo considerando o
risco no qual ele está exposto.
102
Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Note que “o mercado como um todo” é o mesmo que dizer “o sistema acionário
como um todo”. Isto é, se refere ao risco sistêmico. Dessa forma, quando o preço
de uma ação se move, independente das variações do mercado como um todo
(no caso do Brasil o índice Bovespa, por exemplo), significa que esta ação tem
pouco ou nenhum risco não diversificável. Claro que, no mundo real, nenhuma
ação tem essa “independência”, mas a partir do conceito e do modelo se pode
explicar uma maior ou menor independência de uma ação brasileira qualquer
frente ao Ibovespa.
De acordo com Pindyck e Rubinfeld (2006), uma vez que o preço da ação
tende a se mover independentemente das variações do mercado, significando
pouca ou nenhuma associação com o risco sistêmico, o retorno esperado
desta ação (os dividendos que paga ou a valorização da ação) deveria ser
aproximadamente o mesmo da rentabilidade de uma taxa sem risco, como um
título da dívida pública, conhecido como “tesouro Selic”.
Por outro lado, uma ação que estivesse altamente correlacionada com o
mercado implicaria até mesmo em suas variações serem mais acentuadas do que
as variações do mercado acionário como um todo, de modo que esta ação teria
um acentuado risco não diversificável, talvez superior ao do mercado acionário
como um todo. Para compensar este risco, em média, o retorno desta ação deverá
ultrapassar o retorno de mercado, dado por rm.
103
SiSTEmA FiNANCEiro
ri - rf = βi x (rm- rf)
Em que:
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ri = rf + β.(rm – rf).
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Nesta seção vamos avançar detalhando como esta relação acontece. Vamos
avançar no entendimento de que ferramentas o Banco Central dispõe para
executar a política monetária contracionista e expansionista.
Note, então, que foi decidido um caminho ou direção a ser percorrido, mas
todas as taxas de juros da economia são decididas livremente entre os agentes
econômicos. Nenhuma taxa de juros foi decidida na “canetada”.
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Chegou abril, você está decidido a ser “fitness” e conquistar uma “barriga
negativa”, e estabelece, então, para combater a barriguinha de cerveja e farinha,
uma “meta” de peso a ser atingida. Digamos que 70kg daqui a seis meses. Note
que não é importante se, ao subir na balança daqui a seis meses, você vier a
estar com 69,09kg, ou 70,02kg, porque qualquer desses pesos que, “na prática”,
você pesa ao subir na balança, está em torno da meta que você queria e definiu
alcançar seis meses atrás.
Com a Selic meta e a Selic over é a mesma coisa. De um lado você tem
a Selic meta e de outro você tem a taxa Selic over, que seria o seu “peso na
balança na prática, ao subir na balança” na analogia sobre perder a barriguinha
que fizemos, ou seja, os 69,09kg ou 70,02kg. Então você pode se perguntar:
“entendi essa diferença, mas como é decidida na prática a Selic over?”.
A taxa Selic over tem esse nome devido a sua rentabilidade “da noite para
o dia” (overnight). Segundo Feitosa (2021), a taxa Selic over é uma média
ponderada de todas as operações, com prazo de um dia, feitas no mercado
interbancário, lastreadas em títulos públicos federais.
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é prática comum os bancos que ficam com caixa negativo poderem recorrer ao
mercado interbancário para fazerem empréstimos com os bancos que têm sobra
de caixa.
O banco comercial, que está superavitário ao final do dia, para emprestar para
o banco deficitário, exige um lastro mais confiável que o CDI do banco deficitário.
Isto é, é prática comum no mercado interbancário o banco deficitário, para tomar
empréstimos junto aos bancos que terminaram o dia no positivo, darem como
garantia (lastro) títulos públicos da dívida federal até pagarem o valor do principal
mais o DI, e então receberem os títulos públicos de volta.
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Um detalhe que você deve se atentar é que uma expansão monetária como
causa da inflação (mencionada nos vídeos de Milton Friedman) entra no caso
da inflação de demanda, mas no lugar de ser por uma mudança de gostos ou
preferências como citado nos últimos dois parágrafos, incorre em um incremento
generalizado da demanda por produtos.
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Uma das formas do Bacen fazer isso é através da venda de título da dívida
pública no mercado interbancário, de forma que aumenta a quantidade destes
títulos em circulação, ou seja, todos ou a maioria dos bancos agora detêm mais
títulos da dívida pública em mãos (este aumento acarreta a queda nos preços
destes ativos e aumenta a taxa de juros). Com uma taxa de juros maior os agentes
econômicos estarão menos dispostos a reter moeda para transação, preferindo
poupar e ganhar com a alta de juros.
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Vamos nos voltar agora para outra ferramenta que as autoridades monetárias
dispõem para aumentar ou contrair a liquidez da economia. Esta ferramenta é
a taxa de compulsório. De acordo com Blanchard (2011), todos os bancos
comerciais são obrigados a manter parte do papel moeda que detêm junto ao
Banco Central, de forma a garantir que dispõem de recursos para uma eventual
emergência ou crise no sistema financeiro nacional.
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
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É importante ter em mente que o Banco Central atua sempre com duas
perspectivas em mente: buscando o combate à inflação ou o estímulo da
economia. Não é possível para o Banco Central atuar nestas duas frentes ao
mesmo tempo, pois o combate à inflação implica em um desaquecimento da
economia, em contraposição ao estímulo dela. É somente com a inflação sob
controle e dentro de expectativas baixas que o Banco Central tende a optar por
atuar em sentido de aquecer a economia.
FONTE: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/7/76/The_Big_
Short.jpg/200px-The_Big_Short.jpg. Acesso em: 18 jun. 2022.
FONTE: https://www.erealizacoes.com.br/upload/produto/274/galeria/
zoom_o-fim-do-fed1000x1282.jpg. Acesso em: 18 jun. 2022.
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4 RECURSOS DE TESOURARIA:
PRÓPRIOS E TERCEIROS
Nesse tópico será discutida a diferença em termos de custos que significa a
utilização de recursos próprios ou de terceiros para viabilizar o processo produtivo
de uma empresa. Nesse sentido, é necessário discutir o que é o custo do capital e
como este pode ser mensurado, bem como se pode mensurar o custo do uso do
capital próprio no processo produtivo da empresa e o de terceiros.
Para tanto, este tópico está dividido em duas partes. O primeiro subtópico
explora o conceito de custo do capital, seu vínculo com as questões contábeis
da empresa e sua relação com a rentabilidade do poupador ou emprestador dos
recursos financeiros. No segundo subtópico são explorados os conceitos e as
diferenças entre custo de capital próprio e de terceiros.
Note que já fizemos esta discussão antes, só estamos dando um outro olhar.
Na seção 2, intitulada “Formação de taxas e análise de rentabilidade”, em particular
na subseção 2.1, sobre a gestão do risco e o perfil do investidor, calculamos o
valor presente de um determinado montante, com base em uma taxa de juros de
rentabilidade mínima, basilar e geral, utilizada na economia. E que serve de base
para todas as outras decisões de investimento, pois, dado que essa rentabilidade
mínima é livre de risco (ou apresenta baixíssimo risco), qualquer outra opção de
investimento que envolva risco deve superar a rentabilidade da aplicação com
retorno livre de risco.
Dessa forma, qual é o custo do capital? Dito de outra forma, qual é o custo
do capital para ser empregado em uma empresa? No mínimo o valor da taxa
de juros de uso generalizado na economia e livre de risco. Detalhe importante:
quando usamos o termo “custo” estamos tendo o olhar de dentro da empresa,
pela perspectiva da empresa, como aquele gestor que está considerando pegar
um empréstimo, seja junto a um banco, seja pela emissão de ações, ou mesmo
debêntures.
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FONTE: https://livrozilla.com/doc/228714/custo-de-capital--estrutura-
de-capital-e-pol%C3%ADtica-de---cr. Acesso em: 18 jun. 2022.
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FONTE: https://cognitiogestao.com.br/wp-content/uploads/2020/06/
Imagem-2.png. Acesso em: 18 jun. 2022.
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Isto posto, uma vez discutido os aspectos relacionados aos custos do capital
tangenciando aspectos contábeis basilares, vamos nos voltar agora às diferenças
entre o custo de capital próprio e o de terceiros.
Dessa forma, o capital próprio não tem garantia nenhuma de que haverá o
ressarcimento no caso de falência. Por isso, o custo do capital próprio é sempre
maior que o custo do capital de terceiros.
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Você pode estar se perguntando: “por que a empresa optaria por fazer ou
aumentar dívidas junto ao mercado financeiro se pode conseguir se financiar
através da emissão de novas ações e, assim, honrar compromissos e continuar
os projetos de expansão da empresa, sem aumentar seu endividamento?”. A
resposta é: pela questão do custo do capital.
Isto é, é mais vantajoso (ou relativamente mais barato) para a empresa pagar
os juros ao realizar empréstimos (contrair dívida) do que arcar com os custos
relacionados à rentabilidade de suas ações (como dividendos), a fim de atrair
investidores.
Já deve ter passado em sua mente que a base deste cálculo deve ser a
taxa de rentabilidade dos ativos existentes no sistema financeiro livres de
risco. Qualquer retorno advindo de investimentos de riscos menor ou igual às
possibilidades de investimentos sem riscos existentes no mercado, sendo os
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Em que:
Perceba que, uma vez que o custo de capital próprio incorre em maior risco
para os investidores, quanto maior for a participação do custo de capital próprio,
maior será o WACC, ou seja, maior será o custo de capital da empresa. Já quanto
maior for maior for a participação do custo de capital de terceiros, menor será o
custo de capital da empresa, ou seja, menor o WACC.
De acordo com Blog Nubank (2021), o termo fintech advém do inglês financial
technology, em português tecnologia financeira. É utilizada para se referir a
startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais.
Este é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor que
popularmente chamamos de “bancões”.
Uma dúvida que pode surgir é “mas as fintechs são seguras?”. De acordo
com Celero (2022, s. p.):
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Vamos nos voltar agora às criptomoedas. Você com certeza já ouviu falar
sobre elas, talvez até tenha comprado algumas bitcoins uma década atrás e
hoje é um novo milionário. Caso você não conheça a respeito, talvez a primeira
pergunta que venha a sua cabeça é: “o que é uma criptomoeda?”.
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Cabe a esta altura da leitura fazer uma importante distinção que se consolidou
com a disseminação dos contratos DeFi. Até então só existiam as exchanges
tradicionais, como a Binance e a Novadax. Estas foram se tornando cada vez
mais burocratizadas, e seu servidor tem redes físicas e servidores centralizados, o
que facilita ataques de hackers. Dessa forma elas são chamadas hoje de CEX, ou
exchanges centralizadas. Isso porque a partir do desenvolvimento da tecnologia
DeFi surgiram as DEX, que são exchanges descentralizadas. Foi uma mudança
de nomenclatura decorrente então da evolução do sistema financeiro cripto. As
plataformas antes chamadas apenas de exchanges até 2020 passaram a ser
conhecidas como exchanges centralizadas – CEX.
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Capítulo 3 FLUXO DE RECURSOS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Vamos agora nos voltar para o que está se difundindo como “metaverso”.
Segundo a Binance Academy (2022), o metaverso é um conceito de universo on-
line 3D que combina diversos ambientes virtuais. Este tende a ser a interação
futura da Internet. O metaverso permitirá que os usuários trabalhem, se encontrem,
joguem e socializem em ambientes 3D. Já existem plataformas que possuem
elementos semelhantes, como os jogos de videogames. Os desenvolvedores
expandiram os limites de jogos por meio de eventos e com a criação de complexas
economias virtuais.
Nesse sentido as criptomoedas são uma ótima opção para metaversos. Elas
permitem a criação de uma economia digital com diferentes tipos de tokens de
utilidade (utility tokens) e colecionáveis virtuais (NFTs). O metaverso também se
beneficia do uso de carteiras de criptomoedas, como a Trust Wallet e a MetaMask
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a) F - F - V - V.
b) V - V - F - F.
c) F - V - F - V.
d) V - F - V - F.
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a) V - V - F - F.
b) V - F - V - F.
c) F - V - F - V.
d) F - F - V - V.
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6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Com o término deste capítulo encerramos seus estudos sobre o sistema
financeiro nacional. Esperamos ter trazido a você as bases fundamentais sobre
toda a gama de conhecimentos e habilidades que cercam as muitas possibilidades
de atuação dentro do mercado financeiro, bem como o conhecimento básico para
você aplicar a seu próprio portifólio de investimentos pessoais.
BONS ESTUDOS!
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REFERÊNCIAS
ALECRIM, E. InfoWester, 2021. O que é fintech? (conceitos,
tipos e exemplos). Disponível em: https://www.infowester.
com/fintech.php#servicos. Acesso em: 26 abr. 2022.
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
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FEITOSA, T. T2, 2021. Selic meta x Selic over – como diferenciá-las? Disponível
em: https://t2.com.br/blog/selic-meta-x-selic-over/. Acesso em: 28 jun. 2022.
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