Aplicação, prova e interpretação do Direito estrangeiro
Não é, simplesmente, aplicar o direito estrangeiro. Dependendo da natureza jurídica
adotada pelo Estado, é necessário a invocação/ prova desse direito.
1. Natureza jurídica do Direito estrangeiro
1.1. Fato: primeira teoria. O direito estrangeiro é considerado fato (analogia com o processo civil – é necessária a prova). Os ordenamentos que adotam essa natureza, é necessária também a invocação da norma – para que seja aplicada. 1.2. Lei: se for considerado lei, o direito estrangeiro, na analogia com o processo civil, não é preciso invocar ou provar. Muda de ordenamento para ordenamento. 1.3. Brasil Art. 14 LINDB – prova do texto e da vigência; Art. 376 CPC – provar-lhe-á o texto e a vigência. Interpretação das leis (Serpa Lopes) – no Brasil, não é considerado FATO, e sim LEI. Nem artigo 14 nem 376 obrigam a parte a fazer qualquer coisa. Não é considerado requisito da petição inicial. 2. Prova do Direito estrangeiro Como fazer prova do direito estrangeiro (do texto e da vigência)? Existem várias formas. Forma mais comum: utilizar de serviços consulares e diplomáticos, requerendo declarações sobre a vigência daquela norma. No sistema inglês, por outra forma, a prova e a vigência podem ser feitas por declarações de juristas, mas o jurista pode ser chamado até o tribunal inglês para dar esclarecimentos, pessoalmente. 3. Interpretação do Direito estrangeiro Como o juiz interpreta a lei estrangeira? Não será conforme os métodos da lei brasileira, e sim com base na lei estrangeira. Estudar os métodos de interpretação, o surgimento da lei etc. Interpretada conforme a sua própria origem.