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Capa
Folha de Rosto
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo Extra
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo Extra
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo Extra
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Epílogo
Agradecimentos
De acordo com a mitologia grega, Heitor foi um
general e príncipe de Troia. Seu nome vem do grego
Hektor e sua tradução significa “possuo, tenho em meu
poder”
Prólogo
Sua mente foi até Lucas, seu irmão, e calculou que ele
já deveria estar dormindo àquela hora enquanto seu pai
provavelmente estava enfiado em algum bar do bairro. E
isso fez Maya se recordar novamente de que nem quando
ainda era uma garota com seus treze ou catorze anos de
idade sentira tanto medo. Eram lembranças tristes aquelas
da adolescência e não tão remotas como pensava. Tempo
em que sua mãe ainda estava viva, Maya suspirou com
pesar.
Latejante.
Cruel.
Agonizante.
E era ágil...
E impaciente...
E covarde...
A maldita dor.
Capítulo 1
MAYA
Dias atuais...
Isso.
Respire fundo.
— Por que trouxe essa garota pra cá? Por acaso ela é
alguma namoradinha sua?
— Fechado.
Merda.
— O-oi — gaguejei.
— É, tô tentando.
— Certo, senhor...
Eu fiquei chocada.
— Sim, senhor.
O loiro murmurou um “obrigado” mas nem pareceu se
importar com o modo bajulador com o qual o
senhor Rachide falava com ele. Continuou a me encarar.
***
— Maya?
— Ok.
***
Já passavam das nove quando cheguei em casa. Não
gostava de chegar tarde porque nunca poderia esquecer
quão perigosa era a noite, sobretudo para uma garota
como eu. No entanto não era algo que dependesse de mim.
Eu simplesmente precisava trabalhar e precisava manter
meu emprego. Conclusão: tinha que me adaptar aos
horários da lanchonete, mesmo sabendo que o emprego
não era tão bom assim. Na verdade, era o único que eu
tinha. Andreas tinha me acompanhado até a esquina de
casa e depois voltado pelo caminho percorrido. E apesar
de ter uma pessoa me acompanhando, eu nunca iria
esquecer o que acontecera sete anos atrás... ás vezes eu
sonhava com o criminoso, via seu rosto, sentia suas mãos
ásperas em mim, e em meu sonho eu o matava. Matava-o
sem piedade, com meus próprios punhos. Em seguida
acordava, suada, assustada, me sentindo mal. Ás vezes,
em meus sonhos, eu também só chorava e suplicava para
que ele parasse e não me machucasse. E então eu
acordava. E percebia que era pesadelo.
Estremeci.
Ok.
Suspirei.
Chorei.
— Obrigada.
— Já conseguiram o dinheiro?
Engoli em seco.
Já odiava Heitor. Nem o conhecia e já o odiava. E
odiava todos os integrantes do bando dele.
Engoli em seco.
***
Ela riu.
Franziu o cenho.
— Quem é você?
— Maya.
Assenti.
Heitor.
Capítulo 3
MAYA
— Eu só... eu só estava...
Desligou.
Eu engoli em seco.
Tive medo.
— Ele tá ocupado.
Vadia.
Parou. Me encarou.
— Solte a minha filha imediatamente! — mandou,
pegando a garota do meu colo.
— Feroz...
Porra.
— Sei que meu pai fez uma coisa muito errada, que ele
é um alcoólatra, e que não mede as consequências quando
bebe e sempre arranja problemas, mas... — fez uma pausa
para respirar — bom, ainda assim ele é meu pai. E
estamos fazendo tudo o que podemos. Vendemos nossas
coisas e estamos quase sem nada... bom, tudo pra
conseguir a metade do dinheiro, mas se nos der mais um
tempo, talvez...
— Nada de mais tempo. Já dei prazo suficiente. Diga
isso ao verme que chama de pai — me virei pela primeira
vez desde que Ronan saíra.
—Maya... senhor.
— Sei que meu pai tem uma dívida com você, senh...
quer dizer, Heitor, mas estamos sendo ameaçados por seus
capangas há várias semanas...
Feroz.
A garota atrevida.
Maya.
Droga.
— Alô.
— Aonde esteve?
— Lucas, se acalma...
— Lucas?
Me olhou, desconfiado.
— É um assunto sério.
— Desembucha logo.
— Eu e você?
— Onze e cinquenta.
— É, eles vão.
Dei de ombros.
O que ele queria que eu falasse?
— Ei, fique calmo. Vai ficar tudo bem. Por favor, fique
calmo.
Me calei.
— Diogo...
— E quanto ao Chucky?
Diogo suspirou.
— Bom, disso já cuidei. Vou mandá-lo pra São Paulo.
Só pra passar alguns dias por lá.
— Ah, é?
Sorri.
— Diogo...
O AUDI ESTACIONOU.
Natanael.
— Mas...
— O dinheiro.
— O quê?
— Não nos mate, Heitor! Não nos mate, por favor! Por
favor não nos mate!
— Seja homem, merda! — eu o ergui com violência —
e pare de choramingar na frente da sua filha!
— Não.
Ergui uma mão para que quem quer que tivesse falado
aquilo se calasse. Não iria matá-la. Não fazia sentido
matá-la. E voltei a pensar na ideia de Maya me servir de
uma outra maneira, de uma maneira mais divertida e
excitante.
Garota destemida.
— E o dinheiro?
Eu ri.
— Fala, Jarbas.
Ela me odiava.
A garota.
Maya.
— Fala.
— Fala, Heitor.
— Droga, tô entrando.
— Nada de garotas.
— Me engana que eu gosto.
— Safira.
— Ela é passado.
Maya.
Nossas mãos se tocaram rapidamente e logo senti as
dela se afastarem de mim, como se eu fosse algum tipo de
doença contagiosa. Espiei sua fisionomia, Maya agora
estava olhando para a janela, tentando me ignorar. Parecia
mais calma, mas eu sabia do seu ódio profundo por mim.
Pensei em dizer algo reconfortante para ela, mas não fazia
ideia do quê. Melhor não. Melhor manter a boca fechada.
De repente um barulho de celular irrompeu no carro.
Percebi que era o meu.
— Alô?
— Sem perguntas.
Não respondi.
Quê?
Parei.
***
Inferno.
— Sem perguntas.
Não respondeu.
Engoli em seco.
Ele parou.
Eu estava presa.
***
O quê?
Não respondi.
— Quem é você?
Irmão?
Me afastei ainda mais um pouco, até sentir minhas
costas tocarem a parede fria. Se era irmão do loiro e
estava ali, então era porque também não valia nada.
— Onde ele está? Por que mandou você aqui? Não tem
coragem de me enfrentar, então mandou o irmãozinho?
Malagueta?
Ah, vá pro inferno!
O loiro.
Heitor.
— Do que tá falando?
Cacete.
— Já terminei — murmurei.
— Beba.O.Suco.Maya. É sério.
Eu o fitei, alarmada.
— Vá se ferrar!
Franzi o nariz.
— MÃEEEEE? Paiiiiii?
Nãooooo!!!
— Mãeee? Paii?
Amanhã vou ligar para ela. Vou deixar que ela saiba o
quanto a amo, ainda que não demonstre muito isso.
***
Caralho.
— Quê?
***
Era ótimo ficar um tempo sem nada para fazer. Na
maioria das vezes, quando isso acontecia, eu sacava o
cigarro do bolso e o acendia. Passava minutos relaxado e
perdido em meus próprios pensamentos, apenas soltando a
fumaça pela boca. Agora mesmo eu fazia isso. Só que
agora era diferente, agora vez ou outra a imagem da garota
surgia em minha mente. Queria parar de pensar nela,
queria parar de me preocupar com ela ou recordar de seu
olhar de surpresa quando lhe falei sobre o beijo, horas
mais cedo. Mas por que diabos não conseguia? Maya. Que
droga de nome mágico era esse?
— Ocupado?
— Entra logo, cabeção. E feche a porta.
— Heitor?
Deu de ombros.
— Vá se ferrar.
Caralho.
— Malagueta?
Sem resposta. Não se mexeu. Devia ser porque não a
chamei pelo nome.
Uau.
— Compras?
— É.
— Vamos ao Rio.
— Namorada?
— Mas...
— Coma!
***
— O que foi?
— Nada...
— Deixe-me ver... — levantei do sofá e peguei sua
mão.
— Pronto. Saiu.
Dei de ombros.
Caraca.
Me pegava no flagra!
***
— Quem é?
— Olá. É a Carla!
— Sou Maya.
— Ok, vou trazer algumas coisas pra você. Não vai ser
difícil de encontrar algo que sirva — parou o que estava
fazendo para me analisar — É magrinha, tem uma boa
estatura, cintura fina... certo, vou descer e logo volto.
— Obrigada.
***
— É brincadeira, né?
— Não tenho.
— MAYA?
— É você mesma?
Suspirei.
— Ok
***
Ah, Andreas.
Deixei a casa de Tati após um bom tempo de conversa
e um almoço delicioso que ela mesma preparara. Aquele
convite havia surgido numa boa hora, afinal, eu não queria
mesmo voltar tão cedo para casa e ter que lidar com os
olhares desconfortáveis de papai e de Beth.
— Me desculpe, é sério.
***
— Ela fugiu!
— Ok.
Olhei em redor.
Merda.
— Heitor?
— Heitor?
— Tá certo.
Desliguei.
— Fala, mano.
***
Fiz sinal para que o carro desse mais uma volta pelo
local onde estivéramos tempo atrás. Tínhamos nos
afastado por causa da polícia que havia parado numa das
avenidas principais. Quando voltamos, a viatura já não
estava mais lá. Foi quando decidi descer para averiguar o
lugar. Sem falar que ficar por horas sentado no estofado
do carro já estava me deixando mal-humorado. Vi uma
carrocinha de cachorro quente. O homem já estava prestes
a ir embora quando eu o abordei. Ainda havia um pequeno
movimento de carros e pessoas, e quando perguntei se ele
tinha visto alguma mulher com as características de Maya
ele me deu novas pistas.
***
MAYA
Eu estava confusa.
***
— Raiva?
— Não.
Engoli em seco.
Hã?
Uau.
Caramba.
Deixando os devaneios de lado, peguei as embalagens
das pizzas e fui com elas até o microondas. Até que era
legal ficar naquela cozinha adornada, era bom olhar em
redor e admirar sua decoração. Ela era grande, ampla,
bonita, luxuosa, tinha tudo o que qualquer pessoa poderia
querer ou precisar.
— Olá.
Era Theo.
Riu.
— Qual é? Pelo menos é alguma coisa.
— Como?
— Em servir. Já fez isso antes? Em algum restaurante?
— Ah.
— Tô vendo.
— Que foi?
— Saquei.
***
— Sim.
— É, eu também.
Silêncio.
Mais um silêncio.
Um longo silêncio.
Merda.
Ok.
Respirei fundo.
Heitor sumiu de meu campo de visão e aproveitei para
me recuperar do que tinha acabado de acontecer ali na
cozinha. A gente tinha se beijado. Pela segunda vez
naquela noite. Um beijo firme e decidido, de quem não
estava disposto a aceitar recusa. Um beijo gostoso e com
pegada.
***
— Obrigada — sussurrei.
— Sim. E você?
— Não foi.
— Quando?
— Certo.
— Ok.
***
HEITOR
EU ESTAVA lascado!
***
— Obrigada.
***
HEITOR
Ri com ele.
— Saquei.
Dei de ombros.
— Posso imaginar.
— Acho difícil.
— Obrigada.
— Nós?
— Bruno?
— Bobagem.
Concordei.
— Tá gostando daqui?
— Sim, tudo...
Engoli em seco.
Pigarreei.
***
***
— O que é isso?
— Ele quem?
— Ele... ele...
Suspirei.
***
— Heitor?
— Oi, mãe.
— Como é?
— Heitor?
— Ok, se cuide.
Espere aí.
Heitor?
— Oiii!
Era Esmeralda.
— Bom, eu...
— Tchau, Maya!
— Sim?
— Ok.
— Há poucas semanas.
— Ah.
***
— Heitor?
— Me solta... Heitor.
— Fala, Heitor.
Suspirei.
— Diga pra ela que estou bem. E não devia ter falado
pra Nora sobre a garota. O que passou pela sua cabeça de
vento, Theo?
— Ah, é?
Maldição.
— Heitor?
— Fala.
— Sempre.
Uau.
Parei de piscar.
Pensei se estava babando.
Ela não sabia que era tão gostosa assim. Não era
possível. E agora eu mal conseguia encontrar palavras!
Nada passava por meu pensamento, exceto a ideia de que
precisava dela. Cacete, eu precisava dela! Especialmente
gritando e gemendo embaixo de meu corpo, precisava
estar entre suas pernas e me deliciar com a maciez de sua
pele.
— Ouvir?
— Ah, entendi.
— Não, obrigada.
Silêncio.
Maya não era como Lia. Era esperta, arisca, e não uma
namorada comum. Estava ali encenando, mas na verdade
era uma prisioneira.
Segui.
— PODE ME SOLTAR?
— Aonde estava?
***
— Já vou...
— Muito...
Meu Heitor
— Chorando?
Uau.
Aquilo foi a melhor coisa que eu ouvi!
— É uma promessa?
— Presunçoso!
— Marrenta!
— Aquilo o quê?
— Uma indireta para a concorrência?
***
A viagem ao Rio terminou rápido e dentro de dois dias
já estávamos de volta a São Paulo. Eu agora me
perguntava se as coisas voltariam a ser como antes entre a
gente. Tive medo. Heitor na frente de seus comparsas
parecia me tratar com frieza. Provavelmente porque não
queria demonstrar fraqueza ou talvez porque não quisesse
demonstrar para eles que nós dois estávamos nos
acertando.
Engoli em seco.
— Ótimo.
— Do que se trata?
***
THEO
— Não, ele não vai voltar atrás. Não viu como ele
ficou furioso? Ele vai voltar atrás uma ova, Theo! Você
me enganou, porra!
— Max...
— Seu irmão é cabeça dura! Ele só faltou dizer na
minha cara que era pra eu tomar naquele lugar, entende? E
você me fez perder tempo vindo aqui também!
— Uma garota.
***
— Ok.
— Que coisa?
— Como ficou?
— Vou tentar.
Ajeitei uma mecha de cabelo atrás da orelha enquanto
via Heitor sumir pelo corredor. Me dei conta de que ele
não se importara com a ideia de seus capangas nos verem
juntos ali na sala. Ao contrário do que eu imaginava, ele
não tentara ocultar nosso romance. E isso era um bom
sinal. E isso reacendeu a chama do amor no meu coração.
***
— Oi.
***
Acordei no meio da noite em seu peito cheiroso e me
dei o direito de ficar olhando para Heitor enquanto ele
dormia. Meu peito encheu-se de orgulho. Não me
importava mais com os julgamentos, não me importava
mais para quem ele era e o para o que ele fazia. Era claro
que estava tudo errado e fora do lugar entre a gente. Era
claro que eu estava sendo equivocada e irresponsável.
Era claro que não devia estar ali, que eu devia estar na
minha casa. No entanto eu não queria pensar no que
deveria ser e sim no que estava sendo.
— Tudo bem?
Suspirei profundamente.
— Hum.
— Maurinho, abra!
— Maurinho? Tá aí?
Ele não respondeu. Foi então que ouvi o som que vinha
lá de dentro e me dei conta de que estava com a música
alta.
— Como é?
— Qual é, Heitor?
Furioso, dei um tapa forte em sua mão e então a
porcaria que ele segurava voou longe.
— Saquei.
***
— Heitor?
— Sim?
— Obrigada...
— Como se sente?
— Está bem.
— Sério?
***
Pensei em dizer.
Suspirou profundamente.
— Ok.
— Heitor!
— Não, não foi com ela, relaxa, Nora está bem. Foi
com Maurinho. Ele foi atropelado na avenida no fim da
noite.
Atropelamento.
Merda.
***
Cheguei no hospital meia hora depois e encontrei Theo
logo na recepção, me aguardando.
— Heitor!
— Está tudo bem, ele vai ficar bem. Theo falou que
não foi nada grave. O garoto é forte.
— Hã?
— Tudo bem?
***
***
— Certo.
— Tamo junto.
— Entendi.
— É só isso.
Suspirei.
— Heitor?
— Fiquei.
Sem resposta.
Ele me encarou.
— Maya, eu...
— Andreas!
***
***
— Uma proposta?
— É, uma proposta.
— Está me seguindo?
Heitor.
— Diga a ele que não vou, que não temos nada pra
falar. E se ele esqueceu, lembre ao seu chefe que foi ele
que terminou comigo.
— O quê? Tá brincando!
— É, sei que fiz uma merda. Agi mal com você... fui
um babaca, admito. Não devia ter terminado nada entre a
gente, mas...
— Heitor, eu... hum, não acho que seja uma boa ideia.
Você fez a coisa certa. Foi bom nos afastarmos. Agora
preciso voltar pros meus amigos, então... adeus.
— Tem certeza?
— Heitor...
— Fique comigo...
— Não sei...
— Por favor...
Ri na boca dele.
Droga.
Me afastei do colo de Romano pela segunda vez.
Joana.
— É mesmo?
— PREPARADA?
— Estou bem?
— Deslumbrante.
— Ah, Heitor...
— O que foi?
— Eu não devo...
— É claro que deve — tirei o colar da caixa com
cuidado, me movi para trás de Maya e tomei a liberdade
de ajeitar a joia em seu pescoço delicado.
***
Fitei-o, perplexo.
— Sim?
— Claro.
— Posso entrar?
— Em troca de?
— Ameaças. Com aquela carinha de santo ele vai
longe — riu, amarga, — ele me chantageou, Heitor. Ele
abusou de mim e me tratou como uma vagabunda. No
começo disse que ia me ajudar a conquistar você, depois
disse que me amava e que sempre foi louco por mim.
Tudo bobagem.
Deu de ombros.
***
MAYA
Era Theo.
Engoli em seco.
Fiquei assustada.
— Não rolou nada entre a gente...
— De nós dois.
— DESGRAÇADO!
Era Heitor.
Estremeci.
Em seguida chorei.
Assenti.
Apenas assenti.
Eu acreditava nele.
Eu confiava nele.
Eu o amava.
Epílogo
— Maya?
— Bom, agora que vai ser mãe dos meus filhos, não
vejo outra opção senão a fazer isso. Pode me achar meio
careta, mas... — pigarreou — Maya, quer ser minha
mulher?
Eu o amava.
ISADORA RAES