LEI DE OHM
MATERIAL:
• 1 miliamperímetro
• 1 resistor de 3.3 k Ω
• 1 LED
• 1 fonte de tensão
• cabos
• placa para montagem de circuito
1 – Introdução:
Sabemos que corrente do circuito depende, entre outras coisas, da resistência imposta
pelos elementos do circuito à passagem de corrente. Vamos utilizar um circuito simples (Figura 1)
para estudar o comportamento da corrente de um circuito quando variamos o valor da tensão
elétrica fornecida pela fonte de tensão. Nesta figura, utilizamos uma representação simbólica que
é usual na eletrônica, que é explicada na Tabela 1.
R
A
Figura 1: Circuito com um resistor
1
Símbolo Significado
A Amperímetro
Diodo
Resistor
U
i= , Equação 1
R
onde U é o valor da tensão elétrica, R é um valor que caracteriza a resistência do elemento do
circuito e i é a corrente elétrica. No caso dos resistores comerciais utilizados em sala de aula até
agora, o valor de R é constante, ou seja, não muda quando mudamos U ou i. Elementos que
possuem esse tipo de comportamento são chamados de elementos ôhmicos. Existem elementos
em que sua resistência muda conforme o valor da tensão elétrica em seus terminais. Esses
elementos são chamados de não-ôhmicos.
2 – Procedimentos experimentais
2.1 - Elemento ôhmico
2.1.1 – Montagem experimental
b) Acerte os dois botões de ajuste de tensão da fonte regulada para fornecer inicialmente 0V.
Coloque os dois botões de ajuste de corrente da fonte na posição mediana.
a) meça e anote a resistência do resistor com o multímetro na função Ohmímetro. Leia o anexo 2
sobre o uso do multímetro digital.
b) Varie a tensão na fonte de 0,5 em 0,5 Volt de 0 a 5 Volts e anote os valores de corrente medidos
com o miliamperímetro digital numa tabela. Observe que você deve anotar também a incerteza
intrínseca dos equipamentos e usar o número correto de algarismos significativos.
d) Trace a reta que melhor se ajusta aos pontos experimentais, observando as diretrizes do anexo
1 e calcule os coeficientes da reta. Observe que os coeficintes possuem unidades.
e) Qual a interpretação física de cada um desses dois coeficientes para esse experimento?
a) Coloque um LED em série com o resistor R, conforme a Figura 2. O LED possui polaridade e
deve ser montado corretamente para que a corrente passe pelo circuito.
V
R LED
A
b) Acerte os dois botões de ajuste de tensão da fonte regulada para fornecer inicialmente 0V.
Coloque os dois botões de ajuste de corrente da fonte na posição mediana.
a) Para este caso, varie a tensão da fonte em intervalos de 0.3 V até que a fonte forneça 3 V e em
intervalos de 0.5 V a partir de 3 V, até atingir 5 V. Anote os valores medidos de corrente em uma
tabela. Esta tabela deve conter três colunas: tensão, corrente medida e resistência total do
circuito, que deve ser calculada para cada medida de corrente. Lembre-se de anotar as incertezas
intrínsecas dos equipamentos e usar o número correto de algarismos significativos. Não se
preocupe com a incerteza das resistências calculadas.
b) Faça um gráfico da tensão medida pela fonte em função da corrente na mesma folha de papel
milimetrado/mesma escala que o gráfico do elemento ôhmico. Para isso, apenas adicione os novos
pontos no gráfico construído, usando um símbolo diferente para marcar esses pontos (cruz ou x).
c) O que acontece com os valores de resistência com o aumento da tensão para esse circuito não-
Ôhmico?
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Anexo 1 – construção de gráficos e cálculo de coeficientes de uma reta
Se uma grandeza física y possui uma relação linear com outra grandeza x, temos
que:
Δ y y 2 − y 1 , Equação 2
a= = ,
Δ x x 2 −x 1
como mostrado na Figura 1. Precisa-se então de dois pontos da reta quaisquer (não podem
ser os pontos experimentais) P1 (x1,y1) e P2 (x2,y2) para o cálculo do coeficiente angular.
O coeficiente linear b é o intercepto, ponto onde a reta cruza o eixo das ordenadas
(eixo y). Ele pode ser lido diretamente no gráfico, como mostra a Figura A1. Se isso não for
possível devido às escalas, basta calculá-lo com a Equação 1 usando um dos pontos P1 ou P2
e o valor de a encontrado. Exemplo:
b= y 1−a x1 Equação 3
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Anexo 2 - Medida de corrente, tensão e resistência utilizando um multímetro
Imprima este anexo, guarde-o e traga-o sempre para as aulas onde o multímetro digital será
usado.
Multímetros são equipamentos importantes quando trabalhamos com circuitos, pois eles
permitem medir resistência, tensão e corrente de circuitos. Os mais sofisticados podem medir,
além de resistência, corrente e tensão, outras grandezas físicas, como por exemplo, temperatura.
A figura abaixo mostra o multímetro que iremos utilizar nesta aula. Para ser utilizado
como um amperímetro, a chave seletora deve estar virada na faixa escura, indicada com a letra
“A”. Dentro desta faixa existem quatro escalas diferentes que devem ser utilizadas dependendo
do valor da grandeza a ser medida. Quando não se tem uma idéia do valor da corrente, comece
sempre com o valor de escala mais alto (200mA) e abaixe o valor da escala gradativamente até
obter uma leitura adequada. Neste caso, o multímetro deve ser colocado em série no circuito.
Para utilizar o multímetro como um voltímetro, a chave seletora deve estar virada na
faixa azul, indicada com o símbolo V. Dentro desta faixa existem cinco escalas diferentes que
devem ser utilizadas dependendo do valor da grandeza a ser medida. Quando não se tem uma
ideia do valor da tensão, comece sempre com o valor de escala mais alto (600 V) e abaixe o valor
da escala gradativamente até obter uma leitura adequada. Neste caso, o multímetro deve ser
colocado em paralelo ao circuito.
Para ajustar o multímetro na função ohmímetro, a chave seletora deve ser colocada na
faixa azul com o símbolo “Ω”. Para a medida da resistência de um determinado componente,
o componente deve ser removido do circuito.