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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM

ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE -


HOSPITAIS E SIMILARES

Prof. Dr. ALEXANDRE H. HERMINI


Curso de Especialização em Engenharia Clínica
Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
ELETROTÉCNICA

 Leis de Ohm
 Tensões, correntes, resistência e impedância
em circuitos Monofásicos
– DC
– AC – Vp,Vpp, VRMS
 Circuitos trifásicos
– Delta e Estrela
– Tensões e correntes de Fase e de Linha
Lei de Ohm - Relações entre parâmetros
 1a Lei de Ohm
– V = I x R  Volts = Ampères x Ohm
 2a Lei de Ohm
– P = V x I  Watts = Volts x Ampères

II U P

R
TIPOS DE SINAIS

 CONTÍNUO
 ALTERNADO
CONTÍNUO
V(t)

t(s)
SINAL ALTERNADO SENOIDAL
I(t) V(t)
a

V(t) = a sen t
* RMS
ONDA QUADRADA
VALORES
 Valor de pico – Valor máximo do sinal
 Valor médio – Média simples
 Valor eficaz ou rms:
1 2
Vrms   v d (t )
2

2 0

 Para sinais senoidais:


– VRMS = Vp x 0,707 ou VRMS = VP 2
– Vp = VRMS  0,707 ou x 2
TIPOS DE CARGAS

 Resistivas
 Reativas
– Indutivas
– Capacitivas
 Lineares e Não lineares - V x I
CARGAS RESISTIVAS
Tensão e corrente em fase e iguais
I(t) V(t)
a

V(t) = a sen t
* RMS
CARGAS RESISTIVAS
Tensão e corrente em fase e iguais
I(t) V(t)
a

V(t) = a sen t
* RMS
CARGAS REATIVAS
DEFASAGEM [V x I]

I(t) V(t)

V(t) = a sen t
I(t) = = b sen (t + )
Cargas não Lineares

V(t)

I (t)

t
SISTEMA MONO E TRIFÁSICOS

V(t)

t
SISTEMAS TRIFÁSICOS
DELTA OU TRIÂNGULO

Vf = Vl
SISTEMAS TRIFÁSICOS
ESTRELA OU “Y”

Vf Vl
ELETROTÉCNICA

 Cálculo de corrente em circuitos monofásicos


– Qual a I através de um chuveiro de 7200 W
alimentado em 220 V?
– Qual a queda de tensão nesta linha de 100 m, se
Rcabo= 0,08 /km
– Qual a queda de tensão nesta linha de 50 m, se
Rcabo= 35 /km?
– Qual o desperdício de energia nos dois casos?
ELETROTÉCNICA

 Cálculo de corrente em circuitos trifásicos


– Qual a corrente de fase em um secundário em
estrela alimentando uma carga resistiva de 24kW
com tensão de fase 127 V ?
– Qual o valor da tensão de fase e de linha de um
secundário em delta (figura)?
O QUE É E PARA QUE SERVE A
INSTALAÇÃO ELÉTRICA NOS
ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS
DE SAÚDE ?
MISSÃO DE UMA INSTALAÇÃO
ELÉTRICA
 Fornecer energia de maneira segura e
confiável aos Estabelecimentos Assistenciais
de Saúde visando suprir as necessidades de
funcionamento de:
– Sistemas de Iluminação
– Equipamentos
• Eletromédicos
• Apoio
• Transporte
– Sistemas de segurança
COMPOSIÇÃO DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
REDE M.T.
CONCESSIONÁRIA

Cabine primária
MEIOS PARA
QDP + QTA INSTALAÇÃO

CONDUTORES
FONTES
ALTERNATIVAS
DISPOSITIVOS DE
PROTEÇÃO

CONEXÕES
NA PRÁTICA A ENERGIA
ELÉTRICA DEVE:
 Apresentar Desempenho
– Qualidade de energia - PARÂMETROS
 SerSegura
“Isenta” de risco de choque
CONFIABILIDADE

DISPONIBILIDADE

VIABILIDADE
FORMAS DE RELACIONAMENTO
COM AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

 Projeta;

 Projeta e executa , e “tchau”;

 Projeta e executa e convive com ela.


ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS
NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DOS EAS

 Projeto e execução

 Proteção contra choques elétricos

 Garantia de manutenção de serviços

 Garantia de fornecimento de energia

 Qualidade de energia
CONCEITOS DE SEGURANÇA ELÉTRICA
E
PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES
ELÉTRICOS
A BASE DE TUDO...

 A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano


pode causar desde efeitos imperceptíveis até a morte do
indivíduo – Efeitos fisiológicos = CHOQUE ELÉTRICO
 Sua prevenção exige medidas que adequem o ambiente
a valores suportados pelo ser humano;
 O estabelecimento dos valores limites está baseado em
normas, como a IEC 60479, e em publicações
científicas, como as de Charles Dalziel, cuja sinopse
será apresentada a seguir.
EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA
NO CORPO HUMANO
Dependem dos seguintes fatores :
Intensidade

Duração

Frequência

Densidade

Caminho percorrido pela corrente


EFEITOS DA INTENSIDADE DE CORRENTE EM 60 Hz
APLICADA ENTRE AS MÃOS DE UM HOMEM DE
70 kg POR UM PERÍODO DE 1 A 3 s

 até 1 mA : Imperceptível [20 A]


 de 1 a 10 mA : Limiar de percepção
 de 10 a 30 mA : Perda do controle motor
 de 30 a 75 mA : Paralisia ventilatória
 de 75 a 250 mA : Fibrilação ventricular
 de 0,25 a 5 A : Contração miocárdica sustentada
 mais de 5 A : Carbonização de tecidos
FIBRILAÇAO VENTRICULAR
EFEITOS DEVIDO À DURAÇÃO DO CHOQUE

Existe uma relação diretamente proporcional entre


a duração do choque e o risco de fibrilação
ventricular . Os limites podem ser definidos para
corrente contínua e para sinais de corrente
alternada de 60 Hz.
EFEITOS EM CORRENTE ALTERNADA

ÁREA DE RISCO

ÁREA DE SEGURANÇA
EFEITOS DA CORRENTE EM FUNÇÃO DA
FREQUÊNCIA

O tecido cardíaco e os músculos esqueléticos são


tecidos excitáveis , e possuem uma resposta em
frequência característica , i.e. , para uma mesma
intensidade de estímulo apresentam uma resposta
específica dependendo da frequência do sinal .
Outro aspecto a ser considerado, é a distribuição de
correntes de alta frequência quando circulando por um
condutor - efeito “skin”
LIMIAR DE PERDA DO CONTROLE MOTOR
EM FUNÇÃO DA FREQUÊNCIA
EFEITOS EM FUÇÃO DA DENSIDADE DE
CORRENTE

No local de aplicação da corrente , o efeito


sobre os tecidos depende da densidade de
corrente, como apresentado a seguir :
VALORES LIMITES

 até 10 mA / mm 2 : Sem alterações;


 de10 a 20 mA /mm 2 : Avermelhamento da pele na
região de contato;
 de 20 a 50 mA/mm 2 : Coloração marrom da pele na
região (de 1 a 3 s), para durações maiores que 10 s ,
aparecimento de “blisters”;
 acima de 50 mA/mm 2 : Possibilidade de
carbonização dos tecidos.
CAMINHO PERCORRIDO PELA CORRENTE
Os caminhos da corrente que passam
pelo coração apresentam maior risco de
fibrilação ventricular .
QUE FATORES PODEM LEVAR A
OCORRENCIA
DO CHOQUE ELÉTRICO ???
SITUAÇÕES DE RISCO DE
CHOQUE

 Contato direto :
Contato com partes vivas sob tensão .
NOVA ABORDAGEM

 A nova edição da NBR 5410, não mais se


refere à forma de contato, e sim a técnica de
proteção.
 Contatos diretos  Proteção básica
SITUAÇÕES DE RISCO DE CHOQUE
 Contato indireto :
– Contato com partes condutoras que
ficam energizadas devido a falhas ou
faltas .
CONCEITO DE FALTA E FALHA

 “FALTAS ocorrem devido ao contato de condutores

energizados com partes condutoras expostas de

equipamentos.”

 “Quando as superfícies são energizadas devido à

correntes de fuga nas isolações ( Z << ), temos um

caso de FALHA “.
NOVA ABORDAGEM

 Da mesma maneira que os contatos diretos;


 Contatos indiretos  Proteção supletiva
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE
CHOQUES
 MACROCHOQUES :
Aplicados a partes externas do corpo , com a
proteção da pele;
Resistência da pele seca = 300 a 1000 k 
Resistência da pele úmida = 1 k 
TIPOS DE CHOQUES
 Microchoques :
– Aplicados a partes internas do corpo ,
sem a proteção da pele;
– Resistência interna = 200 a 500 
PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES
ELÉTRICOS

Para que haja circulação de corrente elétrica , é


necessário que haja uma tensão (ddp) e um
caminho para a circulação desta ( R ). Em razão
disto existem duas maneiras de se evitar a
ocorrência do choque :
V
I0 I =
R
 Fazendo a tensão igual a zero
EQUIPOTENCIALIDADE
 Fazendo a resistência igual a infinito
ISOLAÇÃO
 Em casos de falha - “paraquedas de emergência”
PROMOVER CAMINHOS ALTERNATIVOS PARA A CORRENTE
INDESEJÁVEL E DESLIGAMENTO AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO

V
I I
R
O QUE IMPLEMENTAR

 O princípio fundamental – Cinco medidas:


– Equipotencialização

– Isolação

– Seccionamento automático da alimentação

– Separação elétrica individual

– SELV e PELV
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

1 2 3

PACIENTE

TERRA

4 5
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA
ALIMENTAÇÃO
PROTEÇÃO POR SECCIONAMENTO
AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO - DR

 A alimentação deve ser seccionada em


casos de fuga de corrente para terra.
DISPOSITIVO À CORRENTE
DIFERENCIAL RESIDUAL - DR

DR
DISJUNTOR DR
FUNCIONAMENTO DO DR
APLICAÇÃO DO DR
ISOLAÇÃO

 Para equipamentos e linhas elétricas


 Cabos para 600 V, 750 V, 1 Kv
 Equipamentos com isolação Básica ou
Dupla/Reforçada
SEPARAÇÃO ELÉTRICA INDIVIDUAL

 Utilização de transformadores de separação


para choques no modo comum

Vp Vs
CHOQUES – SEPARAÇÃO INDIVIDUAL

Modo diferencial
Vp

Vp Modo comum
EXEMPLO DE LIGAÇÃO

Vp Vs Eq 1

Vp Vs Eq 2

Vp Vs Eq 3
SELV e PELV

 SELV - Extra baixa tensão de segurança


(< 25 Vac ou 60 Vcc) Os circuitos SELV não
têm qualquer ponto aterrado e nem massas
aterradas.
 PELV - Extra baixa tensão de proteção
(< 25 Vac ou 60 Vcc). Os circuitos PELV
podem ser aterrados ou ter massas
aterradas
ISOLAÇÃO

 Para equipamentos e linhas elétricas


 Cabos para 600 V, 750 V, 1 Kv
 Equipamentos com isolação Básica ou
Dupla/Reforçada
PROJETO DIMENSIONAMENTO

 Pode parecer piada, mas não é raro nos


depararmos com a situação:

 Que cargas serão alimentadas por este


circuito?

 Uma sala de exames

 Mas que tipo de exames?

 Exames exames, oras!


DIMENSIONAMENTO

 Número de pontos de energia

 Para dimensionamento dos condutores e


dispositivos de proteção, devem ser seguidas as
prescrições da norma NBR 5410, considerando:
– Capacidade de corrente

– Queda de tensão

– Coordenação entre dispositivos


E AINDA PARA AS INSTALAÇÕES
GARANTIA DE MANUTENÇÃO DE
SERVIÇOS
 Em ambientes onde existam equipamentos

de sustentação de vida de pacientes, a

alimentação deve ser garantida mesmo em

caso de primeira falta.

 “Cair Disjuntor”  Interrupção por parte da

Concessionária
GARANTIA DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA
 Em casos de interrupção de energia por parte da
concessionária, o EAS deve possuir sistema de
alimentação de emergência que forneça energia
segundo as prescrições da NBR 13534.

 A sinalização das rotas de fuga dos EAS devem


atender às exigências da NBR 5410 para
classificação BD4 (longa e incômoda)
QUALIDADE DE ENERGIA

 A norma NBR IEC 60601-1-2 aborda a questão de


interferência eletromagnética em equipamentos
eletomédicos de forma ampla;
 E a Qualidade de Energia...
 A qualidade de energia deve ser adequada ao
equipamento alimentado pela rede, em cada ponto
terminal;
PARÂMETROS ASSOCIADOS À
QUALIDADE DE ENERGIA

• Sobretensão

• Subtensão

• Transientes - E.F.T. , Surtos

• Distorção Harmônica

• “Flickers”

• Desligamentos
ESTABILIZADORES DE TENSÃO
 a – Step

Vo

Vin

Vo

 b - Stepless Vin
PARÂMETROS DE ESTABILIZADORES

 Tensão de entrada : Nominal e admissível

 Tensão de saída : Nominal e tolerância

 Curva de regulação

 Espectro de frequência

 Resposta a transientes
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS
DPS

a - Diodo “transorb”
 b - Varistor
 c - Centelhador à gás
i

a b c t
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA
SOBRECORRENTE

 NUNCA pode-se esquecer que um dispositivo de


proteção contra sobrecorrente, quer fusível,
disjuntor ou outro sistema, deve ser dimensionado
para proteger as instalações e seus condutores
elétricos;
 Para tal devemos utilizar tabelas de normas e
fabricantes
DISJUNTORES
 Capacidade e resposta de seccionamento
 Corrente de curto-circuito
 Seletividade
GARANTIA DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA

 FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA


– Gerador, No-Break, Bateria, Linha “paralela” (?)
 Linhas elétricas especiais
– Cabos anti-chama
– Caminhos “cuidadosamente pensados”. Cortes,
fogo,...
UNINTERRUPTED POWER SYSTEMS
(UPS)
 No-Breaks - Garantem o fornecimento ininterrupto de energia,
geralmente fornecem energia na forma senoidal (bateria)

 Short-Breaks - Caracterizam-se pela curta interrupção de energia


(ordem de ms) antes de seu reestabelecimento, fornecem energia na
forma “quadrada” (bateria)

 Grupo gerador - Reestabelece a energia em alguns segundos


(deve!!!), pode manter por mais de 24 h.
SHORT BREAK
ONDA SENOIDAL X QUADRADA
ONDA SEMI SENOIDAL
NO BREAK SENOINAL ONLINE DUPLA
CONVERSÃO
SAÍDA SENOIDAL
SISTEMAS
DE
ATERRAMENTO
FUNÇÕES DO SISTEMA DE
ATERRAMENTO

 Escoamento de correntes de falta / falha

 Escoamento de eletricidade estática

 Proteção contra descargas atmosféricas

 Referência para tensão de rede

 Referência para equipamentos eletrônicos


COMPONENTES DO SISTEMA DE
ATERRAMENTO

CONDUTORES EQUIPAMENTO

CONEXÕES

HASTES

SOLO
HASTES E PARÂMETROS
DISPERSÃO DE CORRENTES PELO
SOLO
PARÂMETROS DE SEGURANÇA
TENSÃO DE PASSO
 É a diferença de potencial que aparece entre dois
pontos no chão, distanciados de um metro, devido a
passagem de corrente pela terra.
TENSÃO DE TOQUE
 É a diferença de potencial que aparece entre um ponto
de uma estrutura metálica situada ao alcance da mão
de uma pessoa, e um ponto no chão situado a um
metro de distância da base da estrutura, devido a

passagem de corrente pela terra.

1m
TENSÃO DE TRANSFERÊNCIA

 É a diferença de potencial que aparece entre um ponto


do sistema de aterramento e um ponto remoto,
localizado a uma distância superior a dez vezes a
dimensão do sistema de aterramento, devido a
passagem de corrente pelo terra.

10 d
CLASSIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

EM FUNÇÃO DA TOPOLOGIA DE

ATERRAMENTO
ESQUEMA TN - S

F1

F2

F3
N

PE
ESQUEMA TN - S
ESQUEMA TN-C

F1
F2
F3

PEN
SISTEMA TN-C
ESQUEMA T T

F1
F2
F3

PE
SISTEMA T T
ESQUEMA I T
ESQUEMA I T

L1

L2

L3

PE
PLUGUES E TOMADAS

 Inicialmente padrão NEMA


ATUALMENTE

 Normalizado pela NBR 14136


PANORAMA DA NORMALIZAÇÃO

DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

EM EAS’s NO BRASIL
PRESCRIÇÕES DA NORMA NBR 13534 :

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ESTABELECIMENTOS

ASSISTENCIAIS DE SAÚDE

Janeiro 2008
ESCOPO DA NORMA

 Esta norma fornece subsídios para garantir a segurança


e a confiabilidade das instalações elétricas em
estabelecimentos assistenciais de saúde até o ponto
terminal da instalação, ou seja, a tomada.

 Associada à esta, devem ser utilizadas normas relativas


a segurança e desempenho de equipamentos
eletromédicos.
CAMPO DE APLICAÇÃO

 Esta norma se aplica a Estabelecimentos Assistenciais


de Saúde (EAS), onde se enquadram Hospitais, Postos
de Saúde, Clínicas Médicas, Odontológicas e
Veterinárias.

 Também se aplica a locais destinados a fins não


médicos, quando estes se integrarem funcionalmente a
recintos destinados a estes fins.
IDENTIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

 Esta projeto propõe a divisão das instalações em


GRUPO e CLASSE, segundo o procedimento médico
realizado no local, onde:
 GRUPO : Identifica as instalações quanto a segurança
elétrica e a garantia de manutenção de serviços em
caso de falta.
 CLASSE : Divide as instalações de acordo com o tempo
de reestabelecimento de energia em casos de
interrupção de energia por parte da concessionária.
IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS

 GRUPO 0: Locais onde não são utilizadas partes


aplicadas de equipamentos eletro-médicos.

(Lavanderia,Sala de aplicação de gesso)

Nestes locais não é exigido nenhum cuidado especial


quanto às instalações, apenas atender à NBR-5410.
IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS

 GRUPO 1: Locais onde se prevê o uso de equipamentos


eletro-médicos, com excessão de procedimentos intra-
cardíacos e de sustentação de vida de pacientes, ( p.ex.:
Ambulatórios, Enfermarias)
Nestes locais é exigido a instalação de ligação
equipotencial suplementar e ddp máxima admissível
entre os pontos de aterramento inferior a 500 mV.
ESPECIFICIDADES DOS LOCAIS DO GRUPO
1

 Resistência máxima entre dois “pontos de


aterramento” da sala = 0,2 Ohms.
 Se existe “aterramento”, então se faz necessária a
utilização de pontos terminais do “tipo 3 pinos”
 Admite-se esquema de aterramento TN-S ou TT
 É obrigatório a instalação de Dispositivo DR com
corrente diferencial residual In < 30 mA, nos
circuitos terminais do Grupo 1, em conformidade
com a IEC 1008 e 1009;
IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS

 GRUPO 2: Locais onde se prevê a realização de


procedimentos intra-cardíacos e a utilização de
equipamentos eletromédicos de sustentação de
vida de pacientes. (p.ex: Centro Cirúrgico, U.T.I.)
Nestes locais é exigido a instalação de ligação
equipotencial suplementar e ddp máxima
admissível entre os pontos de aterramento de
50 mV ( 20 mV da instalação + 30 mV do
equipamento).
ESPECIFICIDADES DOS LOCAIS DO GRUPO 2

 Exige-se esquema de aterramento IT-médico;


 O transformador de isolação do sistema IT-médico
deve estar em conformidade com a IEC 61558-2-15
 Exige-se a instalação de dispositivo supervisor de
isolação (D.S.I.), dispositivo supervisor de
temperatura (D.S.T.) dispositivo supervisor de
corrente (D.S.C.).
ESPECIFICIDADES DOS LOCAIS DO GRUPO 2

 Devem existir, pelo menos, 2 circuitos por sala (IT);

 Equipamentos com potência superior a 5 kVA e de


RX, são alimentados por TN-S ou TT, porém com
tomadas diferenciadas.
 Resistência máxima entre dois “pontos de
aterramento” na sala = 0,2 Ohms.
IDENTIFICAÇÃO DA CLASSE
 CLASSE > 15: Locais onde não se prevê a
utilização de EEM. (Lavanderias, Central de
Esterilização).

 CLASSE 15: Locais onde se prevê a utilização de


EEM, salvo quando se aplicar classe 0,5.
(Enfermarias, U.T.I.)

CLASSE 0,5: A alimentação das LUMINÁRIAS



CIRÚRGICAS e SISTEMAS DE VIDEOCIRURGIA
devem ser reestabelecida em até 0,5s.
*Equipamentos microprocessados exigem U P S.
DETALHAMENTO DAS
PRESCRIÇÕES
5-PROTEÇÃO PARA A SEGURANÇA

 5.1 - SELV e PELV - Em locais G1 e G2, limitado a 25 Vca


ou 60 Vcc ( lumimária cirúrgica);

 5.1.2 - Contatos diretos - isolação das partes energizadas;

 5.1.3 - Contatos indiretos - EEM classe II e/ou DR se TN-S


ou TT

 5.1.3.1.5 - Sistemas IT-Médicos

 Ligação equipotencial suplementar e D.S.I.


6 - SELEÇÃO E INSTALAÇÃO DOS COMPONENTES

6.1:
 Riscos de ignição “ ? “;

 Identificação dos condutores


– PE = Verde-amarelo
– N = Azul claro
– Fases = Demais cores (evitar amarelo)
 Documentação
6.2 - Linhas elétricas

 Circuitos dos locais G2, devem se limitar a


alimentar os equipamentos e luminárias destes
ambientes;

6.3 - Dispositivos de proteção e seccionamento

 Em locais G2 recomenda-se o uso de disjuntores


para seccionamento simultâneo de todos os
polos.
SISTEMA DE ATERRAMENTO

 Não é admitido esquema TN-C [PEN] em E.A.S.;

 Não existe valores estabelecidos para a resistência do


aterramento ( hastes / solo );

 No que diz respeito a resistência dos condutores de


proteção e equipotencialidade, nos locais dos grupos 1 e 2,
entre quaisquer dois pontos do ambiente este valor deve
apresentar valor inferior a 0,2 Ohm;

 Transformadores de separação: O mais próximo do local,


segregados destes e Vnom. < 230 V.
CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO

Devem estar conectados ao circuito de segurança:


 Locais G1 e G2 - 2 circuitos independentes com
um no circuito de segurança;
 Lumunárias das rotas de fuga ( 1 lux, ou mais, a
0,2 m do piso ou degrau;
 Todas as sinalizações de saída;
 Quadros de comando e controle ( 15 lux, ou mais,
em qualquer ponto);
 Uma luminária das centrais de utilidades
essenciais;
 Pelo menos uma luminária dos locais do G1;
 Todas lumunárias dos locais do G2.
CIRCUITOS DE SEGURANÇA

 Elevadores para uso de bombeiros;

 Sistemas para exaustão de fumaça;

 Sistema para chamada de pessoas;

 Todos os equipamentos dos locais G2;

 Equipamentos de gases e seus dispositivos de


minitorização.
PONTOS POLÊMICOS
 Sistema IT em locais do grupo 2:
– IEC - Associado a procedimentos intracardíacos;
– VDE - Associado a manutenção de serviços;
 Correntes de fuga dos transformadores:
– 0,5 mA / 1 mA “?”
 Usar DR no Centro Cirúrgico ou UTI ?
 Se em ambientes do G2 as instalações forem
do tipo TN-S ou TT, usar DR ?
 Esquema de aterramento TT para locais médicos:
– Garante caminhos diferentes para correntes para a
terra para cada local;
– Traz riscos de surtos de tensão entre os pontos
aterrados em locais diferentes do solo;
 Necessidade de pisos anti-estáticos para proteção contra
ignição de gases anestésicos inflamáveis / proteção de
pacientes e equipamentos contra E.S.D. “? “.
ALEXANDRE HENRIQUE HERMINI

hermini@unicamp.br

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