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ESCOLAR PARA
DEFICIENTES INTELECTUAL
E AUDITIVO
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
A326e
Albano, Elizabeth
ISBN 978-65-5646-204-2
ISBN Digital 978-65-5646-205-9
1.Educação física adaptada. - Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo da Vinci.
CDD 370
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
O Prelúdio da Educação Física Adaptada.................................... 9
CAPÍTULO 2
À Guisa das Práticas Corporais Para Pessoas
Com Deficiência Intelectual:
Os Contributos da Educação Física.......................................... 57
CAPÍTULO 3
O Contexto das Deficiências Sensoriais no
Espaço Escolar............................................................................ 93
APRESENTAÇÃO
A inclusão de alunos com deficiência no ensino regular tem aumentado de
forma significativa. Estima-se que existam, no Brasil, cerca de seis milhões de
crianças e jovens com necessidades educacionais especiais, para um contingen-
te oficial de matrículas em torno de 500 mil alunos, considerando o conjunto de
matrículas em todos os tipos de recursos disponíveis, desde escolas especiais até
escolas e classes comuns (CASTRO et al., 2018).
A Educação Física Escolar pode ser considerada uma disciplina com capaci-
dades de promover a inclusão de alunos com deficiência, pois por meio das ativi-
dades propostas, permite a interação de todos os alunos, criando oportunidades
para o desenvolvimento dos alunos com ou sem deficiência.
refletir acerca das Diretrizes Inclusivas no que permeia a Educação Física Es-
colar.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Essa unidade propõe explanar os caminhos percorridos pela Educação Físi-
ca Adaptada (EFA). Ao aprofundarmos nossos conhecimentos acerca EFA, pos-
sibilitará uma intervenção profissional, com maior eficácia em uma perspectiva
inclusiva em nossa escola.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Há cerca de cinco mil anos, a história revela que, no Egito Antigo, a pessoa
com deficiência interagia em diferentes classes sociais (faraós, nobres, agricul-
tores etc.), e cerca de 4.500 anos a.C., estudos científicos, calcados em restos
biológicos, descobriram que pessoas com nanismo exerciam ocupações nesta ci-
vilização, por meio da dança e da música (GUGEL, 2008).
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Gugel (2008) ressalta que, em Roma, a pessoas com deficiência eram assim
tratadas;
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
No século XIX, com a escolarização das massas, com vistas para a produção
de mão de obra qualificada, ações responsáveis pelo poder público acerca das
pessoas com deficiência começaram a ser desenvolvidas, entretanto com pou-
quíssimos avanços (ARANHA, 1995).
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Essa visão enfatiza que, se o corpo tem alguma deficiência, é possível que a
mente também não funcione bem, de modo que a generalização desta equivalên-
cia se torna porta de entrada para mecanismos de preconceito e exclusão até os
dias atuais (EIRAS, 2009).
Eiras (2019) revela que, desde o século XVI, tem-se conhecimento de inten-
tos de ensino às crianças surdas, visto que naquela época o médico, matemático
e astrólogo italiano, Girolamo Cardano, cujo primeiro filho era surdo, ressaltava
que a surdez não causava impedimento para que os indivíduos de receberem
instruções, sendo um dos primeiros educadores de surdos de que se tem notícia.
FONTE: <http://surdezelinguagem.blogspot.com/2010/11/um-breve-
-historico-da-educacao-de.html>. Acesso em: 11 maio 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Conforme Lulkin (2016 apud EIRAS, 2019), em função da procura por con-
dições excelentes de educação, ao final do século XVIII, o corpo e a higiene do
estudante surdo passaram a ser o centro das atenções. Com isso, o corpo da
pessoa surda – seu instrumento de comunicação – foi paulatinamente foi compeli-
do devido às particularidades do controle e da disciplina física e moral.
De acordo com Kelman (2015 apud EIRAS, 2019), no intuito de definir o me-
lhor método de educar os surdos, por meio de uma votação, durante o 2º Con-
gresso Mundial de Surdos-Mudos, em Milão, no ano de 1880.
Para Eiras (2019), aponta ainda que as atas finais deste congresso, de uma
maneira robusta, delinearam as propostas educacionais e de políticas públicas
internacionais até cerca de 1970.
Kelman (2011 apud EIRAS, 2019) destaca, ainda, que infelizes situações na
história da educação de crianças surdas, foram protagonizadas por professores
que amarravam as mãos dos alunos surdos, para impedirem que elas usassem
gestos espontâneos na comunicação com os colegas.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
2.2 CONHECENDO E
RECONHECENDO AS DEFICIÊNCIAS
A deficiência possui duas definições nas áreas médicas, sendo uma definida
pela insuficiência ou ausência de funcionamento de um órgão, e também na área
da psiquiatria, definida pela insuficiência psíquica ou intelectual.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Para Ampudia (2011), as causas podem ser ocasionadas por ordem genéti-
ca, que podem ser exemplificadas por má formação, ou por lesões que acometem
a orelha ou nas estruturas que constitui o aparelho auditivo, conforme a Figura 7:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
FONTE: <https://diversidadeemcomunicar.files.wordpress.
com/2013/08/url61.jpg>. Acesso em: 17 mar. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Então, o grau de perda auditiva, dá-se pelo limiar auditivo em decibéis (dB), a
qual, parte de uma escala logarítmica para medir a pressão sonora. No Quadro 1,
teremos um panorama desta classificação.
Limiar
Grau da perda
auditivo (em Habilidade de ouvir fala
auditiva
decibéis, dB)
Sem perda
O - 25 dB Sem dificuldade aparente.
auditiva
Dificuldade em ouvir a fala e conversas em intensidade fraca,
Leve 26 - 40 dB especialmente em situações com ruído ou mais reverberantes,
mas entendem bem em ambientes silenciosos.
Dificuldade em entender a fala, especialmente na presença de
Moderada 41- 55 dB ruído de fundo. É necessário aumentar o volume para entender
TV ou rádio.
Moderada a A clareza da fala é afetada consideravelmente. A fala tem que ser
56 - 70 dB
Severa alta e existe dificuldade para conversar em grupo.
Fala normal não é audível. Há dificuldade de entendimento mes-
Severa 71- 90 dB mo falando em volume alto. O entendimento geralmente só é
possível gritando ou com amplificação.
Profunda + 91dB Mesmo a fala amplificada é difícil de entender ou mesmo de ouvir.
FONTE: <https://diversidadeemcomunicar.files.wordpress.
com/2013/08/url8.jpg>. Acesso em: 17 mar. 2020.
Estudo feito por Granda (2019), revela que a existência no Brasil, de 10,7
milhões de pessoas com deficiência auditiva, configuradas da seguinte maneira:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
esperada para a sua faixa etária, o que não significa que sua
condição é estática (DEFICIÊNCIA [...], 2018, s. p.).
Num amplo estudo realizado por Vieira e Giffoni (2017), em que investigaram
os preditores de risco para a Deficiência Intelectual, revelam que a DI tem sido
objeto de estudos da área médica com maior amplitude, a qual permitiu identificar
que a etiologia, ou seja, a origem em que o fenômeno ocorre permanece desco-
nhecida em média de 30% a 50% dos casos, podemos perceber então que são
dados preocupantes. No entanto, quando é possível revelar as causas, consta-
tou-se que as causas de DI podem ocorrer na ordem genética, ambiental e con-
gênita. Portanto, podemos elencar que tanto a paternidade quanto a maternidade
possuem ligação na maioria dos casos.
Estes dados foram fornecidos pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2019), por
meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em que realizou a
pesquisa, em 2013, e apresentou os dados coletados em 2018. Importante ressal-
tar as causas da DI, e, neste sentido, vamos analisar o Quadro 2 que nos permite
um olhar mais profundo, com vistas para o nosso melhor entendimento.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
FONTE: <https://br.web.img3.acsta.net/medias/nme-
dia/18/92/29/05/20190815.jpg>. Acesso em: 23 nov. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Portanto, podemos afirmar que não estamos imunes à deficiência física, pois
sabemos que acidentes provocados por inúmeras ordens (trabalho, trânsito, e,
demais fatalidades) podem acometer o indivíduo com uma deficiência física.
CIRCUNSTÂNCIA FATORES
Problemas durante a gestação (medicações ingeridas pela mãe, tentativas de
PRÉ-NATAIS aborto malsucedidas, perdas de sangue durante a gestação, crises maternas
de hipertensão, problemas genéticos e outras).
Problemas respiratórios na hora do nascimento, prematuridade, bebê que
PERINATAIS entra em sofrimento na hora do nascimento por ter passado da hora, cordão
umbilical enrolado no pescoço entre outras.
Parada cardíaca, infecção hospitalar, meningite ou outra doença de ordem
PÓS-NATAIS infectocontagiosa ou quando o sangue do bebê não combina com a da mãe
(se esta for Rh negativo), traumatismo craniano ocasionado por uma queda
e de outras ordens.
FONTE: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/05/defi-
nicao-e-classificacao-da-deficiencia-fisica.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2020.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Quando aprendemos um pouco mais sobre a DF, podemos ter maior com-
preensão de que realmente não estamos imunes de ser acometidos por esta de-
ficiência, pois ao fazermos uma retrospectivas no nosso próprio desenvolvimento
motor, para aqueles que um dia tiveram alguma parte do corpo imobilizada, seja
por gesso, tala ou faixa, estivemos na condição de deficiente físico temporário.
Por isso, cabe ressaltar cuidados para conosco e com o próximo, pois a realidade
brasileira se configura com alta de taxa de acidentes externos relacionados com a
deficiência física.
FONTE: <https://www.sarah.br/media/3962/info2018-19_geralcausas.png?anchor=cen-
ter&mode=crop&rnd=132108572550000000&width=470>. Acesso em: 7 abr. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
em que 0,3% nasceu com DF, 1,0% adquiriu em decorrência de doença ou aci-
dentes, que, neste caso, seria vinculado a causas externas. Deste percentual,
46,8% possuía grau intenso ou muito intenso de comprometimento motor, ou ain-
da não estava apto a realizar atividades da vida diária (AVD), e, por fim, 18,4%
acional de Saúde – PNS 2013
dos indivíduos com DF frequentavam algum serviço de reabilitação.
ia física
GRÁFICO 2 – REPRESENTAÇÃO DA DEFICIÊNCIA
eu com FÍSICA PELOS ESTADOS NO ANO DE 2013
ência de
u muito
da não
vidades
FONTE: <https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-per-
manentes/cpd/documentos/cinthia-ministerio-da-saude>. Acesso em: 7 abr. 2020.
iciência
viço de
A prevenção está ao nosso alcance, por isso nós, enquanto profissionais da
saúde, somos responsáveis nas orientações de ações preventivas, como pode-
mos observar nesta seção. Pensando nisso, seguem indicações de vídeos edu-
cativos promovidos pelo Hospital SARAH, com demonstrações dos cuidados ne-
cessários com a coluna, assim como maiores explicações com o mergulho, com o
trânsito, e principalmente com as atividades da vida diária, complementando com
informações pertinentes à lesão medular.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
A teoria de tudo
Paratodos
FONTE: <http://br.web.img3.acsta.net/c_310_420/pictu-
res/16/05/23/16/13/124971.jpg>. Acesso em: 1º dez. 2020.
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Atividade de Estudo:
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
FONTE: <https://avarenoticias.com.br/lei-obriga-escolas-a-manter-pro-
grama-de-educacao-fisica-adaptada/>. Acesso em: 9 abr. 2020.
Para Pedrinelli (1994), esta área da Educação Física possui na sua identi-
dade a execução do trabalho com a motricidade humana para as pessoas com
deficiência, permeando as metodologias adequadas, com vistas para as diferen-
ças individuais dos alunos. Com esta afirmação, podemos, então, considerar que
se todos nós somos diferentes, estas mesmas diferenças devem ser respeitadas.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
FONTE: <https://oespacoeducar.com.br/2019/05/12/artigo-o-desenvol-
vimento-motor-na-educacao-infantil/>. Acesso em: 11 abr. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
FONTE: <https://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/miniatletismo-para-
-todos-autonomia-para-criar-movimentos/>. Acesso em: 11 abr. 2020.
Atividade de Estudo:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Nesse viés, Betti (1991) revela que nas décadas de 1950, 1960, 1970 e início
dos anos 1980, pela ótica da concepção tecnicista, se desponta então o método
desportivo generalizado, quando este incorpora o conteúdo esportivo para os mé-
todos da Educação Física.
Essas abordagens elencaram uma nova identidade para a EF, assim como
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para melhor entendimento, analisa-
remos o Quadro 4:
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Nota-se que nas redações era muito utilizado o termo portadores de deficiên-
cia, que anos depois, após ser revisto o conceito de portabilidade, passou então
a ser utilizado o termo portador de necessidades especiais, e, por fim, no dia 3
de novembro de 2010, a partir da Portaria 2.344/2010 da Secretaria dos Direitos
Humanos, o termo PNE (Portador de Necessidades Especiais) foi oficialmente
alterado para PcD, ou seja, Pessoa com Deficiência.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
FONTE: <http://construindodecor.com.br/acessibilidade-para-
-deficientes-em-projetos/>. Acesso em: 11 abr. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
FONTE: <https://www.aecweb.com.br/revista/materias/acessibilidade-em-banhei-
ros-conheca-as-exigencias-e-solucoes/10048>. Acesso em: 11 abr. 2020.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
FONTE: <https://www.futebolshop.net.br/loja/produto-213069-1773-bola_fu-
tebol_de_5_com_guizo_penalty_510434>. Acesso em: 11 abr. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
FONTE: <https://www.alegriabrinquedos.com.br/adaptada/kit-
-lanca-bocha-adaptado>. Acesso em: 11 abr. 2020.
FIGURA 20 – TATAMES
FONTE: <https://www.elo7.com.br/kit-16-pcs-tatame-infantil-eva-com-
-borda-50x50x1m-100/dp/E4796A>. Acesso em: 11 abr. 2020.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
de ensino, em que investigou a inclusão de alunos nas aulas de EF, com vistas
na identificação das dificuldades, ações e conteúdo, com o intuito de contribuir na
formação de novos professores.
Este estudo revela que questionamentos sobre “o que fazer” e “como fazer”
quando há um ou mais alunos com deficiência, foi uma das grandes indagações
do grupo de professores de Educação Física. Sobre o planejamento da aula, eles
relataram como dificuldades: 1) ter optado por conteúdos competitivos que, na
aula, aguçaram a atitude negativa dos alunos sem deficiência; 2) ter elaborado
explicações complexas, como um plano de aula para uma turma em que havia
alunos com e sem deficiência (FIORINI; MANZINI, 2014).
De acordo com tais informações, estudos dessa natureza nos reforçam ou-
tras situações:
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
Atividade de Estudo:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, abordamos o contexto-histórico e social das deficiências,
desde os primórdios, em que sofreram deserção por não possuírem corpos com a
mesmos atributos físicos dos demais.
REFERÊNCIAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:
acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004. Disponível em: https://bit.ly/3oEGMjn. Acesso em: 25 mar. 2020.
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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Capítulo 1 O PRELÚDIO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
GRANDA, A. País tem 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva, diz
estudo. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 13 out. 2019. Disponível em: https://
agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-10/brasil-tem-107-milhoes-de-
deficientes-auditivos-diz-estudo#:~:text=Estudo%20feito%20em%20conjunto%20
pelo,homens%20e%2046%25%20de%20mulheres. Acesso em: 20 jul. 2020.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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C APÍTULO 2
À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS
PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA
EDUCAÇÃO FÍSICA
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, aprofundaremos os conhecimentos adquiridos no Capítulo
1, no que tange as especificidades da Deficiência Intelectual (DI), com vistas às
valiosas contribuições da Educação Física Escolar. Contribuições estas, articula-
das com as atividades de práticas corporais para os alunos com esta deficiência,
assim como elaborar, direcionar as atividades propostas por meio dos esportes
praticados pelas pessoas com DI.
2 O CONCEITO DE DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
De acordo com a construção dos conhecimentos acerca da Deficiência Inte-
lectual, no capítulo anterior, compreendemos que esta deficiência se caracteriza
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
A composição dessa escala foi adaptada por Stern e revisada por Terman,
em 1912, configurada pela relação da idade mental do indivíduo, com sua idade
cronológica, e, na época, os indivíduos eram classificados da seguinte forma: nor-
mais, supernormais e infranormais, conforme o Quadro 1:
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Terman, em 1916, cria uma fórmula exata, assumindo caráter de uma nova
nomenclatura para a classificação, o que permitiu uma releitura da classificação
de Q.I.
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/_LtK3iFCXpa0/S-BUocPepPI/AAAA-
AAAAAFY/aD3FS_Qn35o/s320/QI.jpg>. Acesso em: 23 jul. 2020.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Com o passar dos anos, novas adaptações foram surgindo, configurando no-
vas escalas e medidas do desenvolvimento intelectual geral, inclusive voltados
para adultos e crianças, e, na atualidade se tem utilizado os seguintes testes:
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
2.2 OS PROCESSOS DE
ESCOLARIZAÇÃO DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:
UM LONGO CAMINHAR PARA A
INCLUSÃO ESCOLAR
Os caminhos percorridos para a efetivação da inclusão escolar, foram trilha-
dos por meio de legislações com vistas a garantir os direitos das pessoas com
deficiência, Nesse contexto, a construção história dos processos inclusivos, per-
passam por marcos históricos no cenário internacional, aos quais contribuíram de
forma efetiva nos constructos da educação inclusiva em nosso país.
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Podemos identificar que por mais de 104 anos, não houve qualquer criação,
ou manifestação notável, que envolvesse as pessoas com deficiência. No entan-
to, quando adentramos à década de 1960, podemos analisar que, mesmo com a
criação do MEC no dia 14 de novembro de 1930, os aportes legais e institucionais
só começaram a ter maiores mobilizações trinta anos mais tarde, e, no caso do
Centro Nacional da Educação Especial, 43 anos depois.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Tais ações políticas envolveram o corpo docente com vistas para a produção
da proposta curricular, por meio de um manual entregue aos professores como
subsídio para elaboração do programa de atendimento.
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Portaria MEC Estabelece diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a 2002
2.678 propagação do sistema braile em todas as modalidades de ensino,
abrangendo o projeto da grafia braile para a língua portuguesa e a su-
gestão para o seu uso em todo país.
Lei nº 10.845 Garante o programa de complementação ao atendimento educacional 2004
especializado às pessoas portadoras de deficiência (PAED)
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Decreto nº 5.626 Formação de docentes para o ensino de libras deva ser concretizada 2005
em nível superior, em curso de licenciatura plena em letras: libras ou em
letras: libras/língua portuguesa, como segunda língua.
Convenção sobre Garantir um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de en- 2006
os Direitos das sino, em ambientes que potencializem o desenvolvimento acadêmico
Pessoas com De- e social combinado com a meta da plena participação e inclusão, ado-
ficiência (CDPD) tando medidas para garantir que as pessoas com deficiência não sejam
excluídas do sistema educacional
Decreto nº 6.094 Formação de professores para a educação especial, a implantação de 2007
salas de recursos multifuncionais, a acessibilidade arquitetônica das
escolas, o ingresso e a permanência das pessoas com deficiência no
ensino superior
Resolução CNE/ Estabelece diretrizes operacionais para o atendimento educacional es- 2009
CEB nº 04 pecializado na educação básica, na educação especial.
Decreto nº 7612 Constitui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - 2011
Plano Viver Sem Limite
Meta 4 do Novo Meta 4: universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o 2011
Plano Nacional atendimento escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do
de Educação desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmen-
te, na rede regular de ensino
Lei nº 12.764 A lei institui a política nacional de proteção dos direitos da pessoa com 2012
transtorno do espectro autista.
FONTE: Adaptado de Floriani (2017, p. 30-37)
70
À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Portanto, se faz cada vez mais necessário termos o domínio teórico das polí-
ticas de inclusão, reconhecendo que para a efetivação desta proposta, a comuni-
dade escolar juntamente com as famílias, e a sensibilização da sociedade, são as
ferramentas mais eficazes para a materialização dessa teoria na prática.
71
Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
FONTE: <https://acervo.oglobo.globo.com/incoming/educacao-
-fisica-no-brasil-20369943>. Acesso em: 25 abr. 2020.
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Podemos então analisar que a EF era tratada robustamente com fins médi-
cos, minimizando, então, seu cunho pedagógico, pois cabia ao médico definir os
conteúdos, assim como as permissões para que a criança pudesse ou não par-
ticipar das de EF. Logo, o papel do professor de EF era de executor das tarefas
pensadas e fiscalizadas pelo médico (CHICON, 2008).
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
A inclusão dos alunos com deficiência nas aulas de Educação Física, desde
então vem assumindo espaço principalmente na escola, e, neste sentido, Chicon
(2008) salienta que:
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Atividade de Estudos:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Conhecer o aluno com deficiência intelectual é uma das mais preciosas in-
formações para elaborarmos nossas propostas de atividades, e como podemos
conhecer este aluno?
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
fessor leciona é divertida e as aulas são bem explicadas, além de perceberem que
o professor de EF se demonstra favorável à inclusão, porque demonstram preocu-
pação com as questões dos aprendizados dos alunos deste estudo (KAWASHITA;
DIAS, 2015, p. 231). Neste sentido, destacamos a importância da identidade profis-
sional do Professor de Educação Física enquanto agente multiplicador de informa-
ções e transformador de vidas dos alunos com ou sem deficiência.
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
81
Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Podemos, então, comprovar que a partir do momento que nos ambientamos das
características dos nossos alunos com DI, nosso plano de aula deve ser calcado nas
potencialidades dos nossos alunos, e não devemos nos ater as suas possíveis limita-
ções. Veremos possibilidades de jogos, brinquedos e brincadeiras, que contribuem no
desenvolvimento intelectual dos nossos alunos de uma maneira geral:
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
FIGURA 4 – BOLICHE
FIGURA 6 – RESTA 1
Atividade de Estudo:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
4 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO
CENÁRIO ESCOLAR: AS ATRIBUIÇÕES
DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
As atribuições do professor de Educação Física Escolar, com vistas para a
inclusão de alunos com Deficiência Intelectual, requerem predicados que se ini-
ciam desde a forma de comunicação para o aluno DI até a avaliação deste mes-
mo aluno.
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Segundo Bueno e Resa (1995) apud Cidade; Freitas, 2002, s.p), tais adequa-
ções envolvem:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Atividade de Estudo:
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Construímos, neste capítulo, novas formas de intervenção, partindo de refle-
xões importantes acerca da pessoa com Deficiência Intelectual.
Com o passar dos anos, novas adaptações foram surgindo, configurando no-
vas escalas e medidas do desenvolvimento intelectual geral, inclusive voltados
para adultos e crianças.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, K. C. V. História de vida de alunos com deficiência intelectual:
percurso escolar e a constituição do sujeito. 2012. 154f. Tese (Doutorado em
Educação Inclusiva e Processos Educacionais) – Um iversidade do Estado do
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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À GUISA DAS PRÁTICAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Capítulo 2 INTELECTUAL: OS CONTRIBUTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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C APÍTULO 3
O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS
SENSORIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes obje-
tivos de aprendizagem:
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, aprenderemos o universo do aluno com deficiência auditiva, no
qual aprofundaremos os conhecimentos acerca das especificidades da deficiência
auditiva, com vistas para a Educação Física Escolar na perspectiva inclusiva.
Bons estudos!
2 DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS: AS
ESPECIFICIDADES DA DEFICIÊNCIA
AUDITIVA
Ao iniciarmos nossos estudos acerca das deficiências, estudamos no Capítu-
lo 1 as deficiências sensoriais, com enfoque na deficiência auditiva e visual.
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Também pode ser conceituada pela privação sensorial, diante de uma reação
anormal perante os estímulos sonoros, caracterizando assim, em alguns tipos de
deficiência auditiva (DESSEN; BRITO, 1997).
2.1 CONHECENDO AS
PECULIARIDADES DO ALUNO COM
DEFICIÊNCIA AUDITIVA: A AUDIÇÃO
Para compreendermos a deficiência do aluno com deficiência auditiva, se faz
necessário conhecer as especificidades do aparelho auditivo, reconhecendo que
se trata de um importante órgão, que além de ser encarregado pela nossa audi-
ção, também é responsável pelo nosso equilíbrio, e, principalmente pelo desen-
volvimento da linguagem.
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
Portanto, o sistema auditivo é composto por duas partes: uma parte perifé-
rica formada pelo ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno e a outra parte
central, por sua vez se constitui pelas vias do tronco cerebral e centro auditivos no
cérebro (GOMES, 2019).
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
fluenciar a nossa vida. Com reflexões desta natureza, poderemos sentir um pouco
como o nosso aluno com deficiência auditiva percebe o mundo.
Para Russo; Santos (1994, apud SOUSA, 2006), a deficiência auditiva pode
ser classificada por dois modos: quanto à localização da alteração na anatomia
do ouvido e quanto ao grau de comprometimento. Adentrando os campos dessas
classificações, podem ocorrer:
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Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
Sacks (1998, p. 52 apud SANDER; MORI, 2008, p. 4), postula que [...] um ser
humano não é desprovido de mente ou mentalmente deficiente sem uma língua,
porém está gravemente restrito no alcance de seus pensamentos, confinado, de
fato, a um mundo imediato, pequeno”.
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/45/1f/2a/451f2a9d2645d2a-
fe3ecf06a1a00c38e.jpg>. Acesso em: 11 mai. 2020.
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
Entre 1966 e 1999, o nome mudou para Jogos Mundiais Silenciosos, e desde
2000 passou a falar-se em Surdolimpíadas. Sarmento (2013 apud EIRAS, 2019),
relata que naqueles primeiros Jogos, o desporto foi um meio de afirmação da
identidade de um grupo, distinto da maioria ouvinte, uma forma de pertença a um
grupo social alternativo, e uma forma de demonstrar que a surdez não era nem
doença, nem deficiência, mas sim uma diferença, e assim complementa:
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FONTE: <https://curitiba.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2014/07/cadei-
rantes_life_librasAlfabeto-300x235.jpg>. Acesso em: 11 mai. 2020.
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FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/6c/eb/8c/6ceb8cc8909218f-
da9d1a3c803af6f89.jpg>. Acesso em: 11 mai. 2020.
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
Neste viés, as escolas devem atender as reais necessidades dos alunos sur-
dos, priorizando sua comunicação, com contratações imediatas de intérpretes,
para que não ocorra qualquer atraso nos processos de aprendizagem deste alu-
no. Infelizmente, muitas escolas ainda apresentam cenário de exacerbada buro-
cracia na contratação destes profissionais.
Atividade de Estudo:
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
a) ( ) 1824.
b) ( ) 1924.
c) ( ) 1842.
d) ( ) 1942.
3 A QUADRA DO MOVIMENTO E DA
COMUNICAÇÃO DA EDUCAÇÃO
FÍSICA ESCOLAR: O CORPO “FALA”
Nesta seção, refletiremos sobre as formas que os alunos com Deficiência Au-
ditiva podem se comunicar, e o quanto à Educação Física Escolar contribui para o
desenvolvimento deste aluno.
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Nosso corpo tem a habilidade de se comunicar por meio das formas anterior-
mente descritas, e por isso não há necessariamente a necessidade da comunica-
ção verbal para que as pessoas possam se comunicar.
Por sua vez, as expressões gestuais servem para expressar ideias ou pala-
vras e signos gráficos, das quais distinguem-se três grupos:
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Podemos, então, identificar como é esse corpo e que o corpo surdo fala de
forma singular, subjetiva e única dando sentido e significado a sua essência como
corpo, como ser no mundo.
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Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
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Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Oliveira (1999 apud SOUSA, 2006) destaca que por meio da movimentação
e da experimentação, a criança procura seu eixo corporal, e, aos poucos vai con-
cretizando sua adaptação, e, por consequência buscando um equilíbrio cada vez
mais aprimorado. Deste modo, conforme vai coordenando seus movimentos, se
conscientizando de seu corpo, e de suas posturas. Portanto, “quanto maior for o
equilíbrio, mais econômico será a atividade da criança e maior será a coordena-
ção de suas respectivas ações, e, consequentemente ocorrerá um refinamento
das sensações e percepções visuais, auditivas cinestésicas, táteis e propriocepti-
vas” (SOUSA, 2006, p. 17).
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Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
ções do próprio corpo e da visão, que são recebidas e organizadas pelo cérebro
(BANDONI, 2014). Sousa (2006), assim, define o equilíbrio:
119
Educação Física Escolar para Deficientes Intelectual e AuditiVo
Para Goldfeld (1997 apud PENA; GORLA, 2010, p. 106) apontam que natu-
ralmente “a criança sente necessidade de participar de atividades que estimulem
todas as suas habilidades e potencialidades. Desta forma, seu esquema corporal
poderá ser mais bem desenvolvido, em conformidades com as mais diversas e
enriquecidas vivências”.
Atividade de Estudo:
4 A PERCEPÇÃO DO ALUNO
DEFICIENTE AUDITIVO NAS AULAS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Nesta seção, refletiremos acerca do olhar do aluno surdo nas aulas de Edu-
cação Física, por meio de pesquisas realizadas com este objeto de estudo, com
vistas a melhor compreendermos como o aluno surdo se manifesta na esfera cog-
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“Dos conteúdos que não são preferência destaca-se lutas e danças e ativi-
dades rítmicas e expressivas, dos demais conteúdos, conhecimentos do corpo e
ginástica não foram escolhidos. O conteúdo que se destacou foi o de lutas como o
conteúdo de maior rejeição por eles” (SILVA, 2015, p. 29).
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FONTE: <https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/ima-
ges/professor-de-apoio.jpg>. Acesso em: set. 2020.
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Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
Nesse viés, não é uma ação estática do professor, mas processual, devido
à interação com o aluno. A estratégia de sucesso, utilizada pelos professores de
Educação Física, era uma ação simples e condizente com as recomendações ou
sugestões.
Alves (2014) ainda destaca que o auxílio dos colegas ouvintes, durante as
aulas de Educação Física, foi um aspecto bem evidenciado pelos alunos surdos,
em que eles afirmam que se sentem também integrados e incluídos nas ativida-
des propostas.
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Alves (2014, p. 75) ainda considerou que, mesmo tendo acesso ao conteúdo
da disciplina através do auxílio do intérprete de Libras em sala de aula, os alunos
entrevistados demonstraram dificuldades em compreender as aulas, ressaltando
que “as palavras são difíceis de entender”.
Atividade de Estudo:
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
No Capítulo 3, aprofundamos nosso conhecimento sobre as pecu-
liaridades dos deficientes auditivos e discutimos os esportes adaptativos
em ambientes escolares. Como profissionais do esporte, percebemos
que nosso corpo se comunica independentemente do uso da fala, o que
nos permite entender como o aluno surdo se sente na educação física.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. O. et al. A inclusão de surdos às aulas de educação física escolar
e o papel do professor de educação física nesse processo. Cadernos UniFOA,
Volta Redonda, v. 6, n. 1 esp, p. 11-20, 2018.
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Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
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O CONTEXTO DAS DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS NO
Capítulo 3 ESPAÇO ESCOLAR
TABOSA, M. F. S. Corpos que falam: os olhares dos docentes e dos alunos sur-
dos acerca da inclusão nas aulas de educação física do ensino médio do IFRN.
2019. 130f. Dissertação (Mestrado em Educação) – – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstre-
am/123456789/29178/1/Corposquefalam_Tabosa_2019.pdf. Acesso em: 11 mai. 2020.
131