Fazer download em pdf
Fazer download em pdf
Você está na página 1de 129
72 ROBERT C. SOHN = OTAOEO TAL CHI KUNG Pensamento Titulo do original: Tao and T’ai Chi Kung Copyright © 1989 by Robert C. Sohn. Publicado pela primeira vez nos EUA pela Destiny Books, uma divis4o da Inner Traditions International, Rochester, ‘Vermont. Esta edicao foi feita mediante acordo com a Inner Traditions International. ee Wasese7eo 01 Direitos de tradugio para. lingua portuguesa adquiridos com exclusividade pela EDITORA PENSAMENTO LTDA, Rua Dr. Mfrio Vicente, 374 — 04270 — So Paulo, SP — Fone: 272 1399 (que se reserva a propriedade literdria desta tradugio. Impresso em nossas oficinas grifficas. | Sumario PARTE UM A Preparacéo da Mente para o T’ai Chi Chuan ....... uu 1, Introdugéo aos fundamentos do pensamentotaofsta.. . 13 2. Exemplos praticosde Lie Ki. . . . 33 3. Aplicagao do Prinefpio do Li ao T’ai Chi Chuan 39 PARTE DOIS OAperfeigoamento do Corpo como TaiChi Chuan .... 45 4, Adquirindo 0 controle do Ki . . 2. 47 5. A mente ¢ 0 equilibrio do corpo 33 6. Alguns princ{pios importantes do T’ai Chi Chuan 65 PARTE TRES Ativando o Ki no T’ai Chi Chuan a 7. Beneficios da pratica da Forma B 8.Exercicios complementares . . « 9. Técnica de postura........ ADEM sce sacs eect wa wien week eae an ceo we 29 NOTA SOBRE OS TERMOS CHINESES Vocé descobriré que varias transliteragoes de palavras chinesas, neste livro, representam idéias diferentes c importantes. Um desses casos ¢ a transliteracao das palavras que significam energia, limite ¢ vontade. Em chinés, 0 som para todas as trés € chi. A palavra para energia € freqiientemente transliterada por chi, em livros sobre T’ai Chi Chuan, e, no entanto, chi, em T’ai Chi Chuan, significa limite. Esse tipo de problema surge do fato de que cerca de 400 ideogramas chineses diferentes séo pronunciados com o mesmo som. Basta dar uma olhada em um dicionério do chings para alguma Lingua ocidcntal para descobrir esse fato simples. Algumas definigées neste livro podem entrar em conflito com a nogéo que os leitores tém a respeito do significado de algumas palavras. Que eles se lembrem da proporgao de 400 para um, cntre idéias c sons, ¢ o problema sc diluiré. Quando o mesmo som expressa mais do que uma idéia, usaremos diferentes formas de escrever ao longo deste livro; 0 termo seré definido na primeira vez em que for usado. Especifica- mente, chi significa limite, ch’i significa vontade, e Ki, adotandoa forma comumente usada em livros sobre Acupuntura, significa “energia”. (Consulte 0 apéndice para uma discussao mais detalhada sobre os desafios propostos pela tradugdo de textos chineses.) PREFACIO Tai Chi Kung simboliza a transformagao ideal do corpo ¢ do espirito numa existéncia vigorosa ¢ unificada. O primeiro passo em diregao ao T’ai Chi Kung é 0 ‘Tai Chi Chuan, uma disciplina corporal que se expressa através da forma. Mas até mesmo esse primeiro passo tem 0 seu primeiro passo: a mente deve apreender os. princfpios eternos que est4o na raiz do movimento correto, as quietudes que se manifestam em movimento. Isso é 0 Tao. Unindo esses princfpios 20 movimento disciplinado, O Tao e o Tai Chi Kung ensina ao estudante um caminho a seguir, rumo a iluminacio. N§o estou certo de quando ouvi pela primeira vez 0 termo T’ai Chi Kung, mas j&b4 muitos anos eu o tenho usado para exprimir a idéia de prdtica da iluminagao espiritual, ou a perfeigao da realidade manifesta em suas expressées individuais. Se algum dos amigos chineses que tenho nas artes marciais — a maioria dos quais também est4 envolvida com priticas espirituais — tivesse questionado o uso que faco do termo, provavelmente eu lhe diria que eu o inventei. Todos eles, entretanto, pareceram entender clara e imediatamente o que cu queria dizer. E interessante notar que o termo é notavelmente ausente do vocabulério de todos os meus amigos ocidentais nas artes marciais. O uso do termo Kung Fu para significar “artes marciais chinesas” 6 um dos grandes erros do uso moderno do termo nesse campo. De fato, as artes marciais chinesas sio propriamente chamadas de “Wu Shu” ¢ dividem-se nas escolas de “poder interior” e “poder exterior”, chamadas Nei Chia e Wu Chia, respectiva- mente. O grau de mestre em uma dessas escolas € Kung Fu Nei Chia ou Kung Fu ‘Wu Chia. ‘Kung significa dominio ou perfeigdo. Uma vez que T’ai Chi € 0 equilfbrio entre Yin e Yang, T’ai Chi Kung pode significar ent4o “a perfeicdo do equilfbrio” ou 9 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. 1 Introdugao aos Fundamentos do Pensamento Taoista O primeiro registro dos principios da filosofia taoista est4 nos ostensivos escritos de uma figura muito antiga, possivelmente mitica, chamada Lao Tze - um nome que significa “o velho (antigo, de cabelos grisalhos) filésofo” - que, h4 2.500 anos, ensinou o caminho da iluminagdo. Como outros que vieram a ensinar idéias superiores, ele também foi ficando cada vez mais desencantado com a auséncia de resultados,’ apesar da passagem do tempo ¢ da aplicagao de muito esforgo de sua parte em ensinar. Decidiu entao “deixar que os mortos enterrassem 0s seus mortos” (Mateus, 8:22) e subiu para as montanhas em paz até que chegasse 0 seu tempo de partir do mundo. Quando estava deixando a cidade, o guarda dos portdes o deteve eimplorou-lhe que deixasse ao menos algum documento, algum tipo de informagao, algum tipo de referéncia a ser lembrada por aqueles que buscavam o Caminho. A lenda nos conta que o velho filésofo compés o Livro do Caminho Universal ¢ sua Reflexéo Individual - 0 Tao Teh Ching. Uma interessante anedota dos classicos ilustra a posigéo do pensamento taoista, tendéncia dominante da cultura chinesa. Kung Fu Tze era mestre da expressdo da base normativa da cultura chinesa e, naturalmente, de todas as culturas “confucianas” derivadas, como as do Japio, da Coréia, da Tailandia outras mais. Kung Fu Tze foi visitar Lao Tze” ¢ ambos discorreram sobre filosofia. Quando retornou a sua escola, seus discipulos o pressionaram com ansiedade tendo em vista uma andlise da experiéncia. Finalmente, o mestre falou. Mas tudo 0 que disse foi: “Visitei o dragdo ¢ ele ascendeu aos céus onde eu nem mesmo poderia pensar em segui-lo.” E nada mais disse. Isso indica 0 fato de que, em geral, 0 pensamento taoista é filosofia “transcendental” ¢ néo simples regras de compor- 13 tamento facilmente compreensiveis. Apreender o ponto de vista taoista exige a capacidade de avaliar conceitualmente ¢ de manipular uma multidao de varidveis que conduzem A unificagdo de todas as idéias no Tao universal. Essa é a base do pensamento profundo do grande mestre de estratégia Sun Tze ¢ também da fama claramente mitica do Imperador Amarelo da Acupuntura, assim como do pen- samento expresso em grande parte da literatura intelectual que tem sido entendida como pensamento chinés. Mas esses grandes trabalhos de filosofia sdo as idéias do homem comum na China tanto quanto os escritos de Walt Whitman representam ‘os pensamentos e sentimentos tfpicos do cotidiano dos cidadaos dos Estados Unidos. A filosofia esotérica de qualquer nacao ndo é, de forma alguma, tipica do pensamento nacional, ¢ as filosofias esotéricas de todas as nagées sao essencial- mente a mesma. O pensamento taoista, nado reduzido 4 magia como na visdo que comumente se tem dele, é uma filosofia esotérica, ¢ suas artes - 0 T’ai Chi Chuan, o Pau Kua Chung e o Hsing I Chuan - tém valores tanto exotéricos quanto esotéricos? O conceito de Tao € a pedra fundamental da filosofia taoista. O significado basico do pictograma para Tao € caminho, ou estrada. Como ideograma, implica, ainda mais, um caminho que se dirige a um alvo, um método de se obter um fim ou um tipo de arte. Na viséo geralmente aceita do conhecimento académico moder- ‘no, implica‘o Caminho do universo, o desdobramento adequado do que é¢ do que deve ser. “Tudo o que existe entre o céue a terra €leie energia.” O Tao €0 universo em desdobramento, a interacdo de energia de acordo com a lei, ou como é poeticamente descrito em uma das principais filosofias da fndia: o Absoluto tem um aspecto eterno chamado /ila, diversdo divina, que se manifesta como influén- cia recfproca dos aspectos positivos e negativos do mundo - Shiva ¢ Shakti, os divinos amantes eternos. “Ela transformou-se numa ovelha ¢ cle num carneiro que copulou com ela; ela transformou-se numa vaca e ele num boi... assim tudo foi criado. O Teh, como em Tao Teh Ching, significa Virtude no sentido do termo grego antigo “perfeigaéo”. Dessa forma, ensina-se que quando um homem se esforca para estar de acordo com o Tao, scus esforcos provocaro a transformacao do ser ¢ ele atingird efetivamente o estado de perfeicdo humana ou Teh. Porque o Teh de um homem € o reflexo individual do Tao do Universo. Quando um homem tem Teh, est sintonizado com o Tao Universal. Quando ele morre, une-se com 0 Universo. Enquanto est vivo o Tao reflete-se nele como Teh. A qualidade ideogramAtica da linguagem escrita chinesa ¢ claramente de- monstrada no simbolo para Teh, Virtude 728. Aodissecar e analisar o caractere chings, a profundidade de seu significado deve tornar-sc clara. Este clemento ( 4) ¢.a forma abreviada do verbo “agir” ou “ir”, implicando que caractere é um verbo ou 0 nome de um processo. Este elemento (+) ¢ 0 simbolo para o niimero deze também, por convengao, € usado como signo para “forte” ou “extremo”. Ao ser 4 combinado com o simbolo para ago, implica “agdo forte” ou, talvez, “muito esforgo”. Este simbolo (m9 ) é uma rede de pesca, implicando ainda que essa agdo forte, ou grande esforgo, envolver4 algum tipo de captura ou cerco. A li- aha horizontal isolada num caractere chinés (—) ¢ uma convenco que signi- fica “abundancia”, Este caractere ( %&> ) € “o coracdo”. Assim temos uma agdo forte ( 4* ) de cercar comuma rede (limitagéo, controle) a abundancia do corago (%). O que € limitar a abundancia do coragao? Tomando-se por base o comentério de Lao Tze que diz que “Desejando sempre, pode-se ver a manifestagio” e 0 principio médico chinés que afirma que “O coracdo abriga a alma humana”, é sensato assumir que a abundancia do coracao é “desejo” ¢ que, portanto, nos esta sendo dito para controlarmos 0 descjo. O controle do desejo, que € essencialmente 0 controle do si-mesmo pessoal, ou falso si-mesmo (ego), ¢ 0 estado de Virtude ou perfeicdo. O autocontrole conduz ao Tao. O Taofsmo, como todos os sistemas filos6ficos profundos, baseia-se na supo- sigdo de que o estado subjacente da realidade é nada—nao-coisa. Assim, o primeiro simbolo do processo criativo taoista é o circulo vazio. Esse cfirculo vazio representa © Wu Chi, onde Wi significa “vazio” ou “vacuo” ¢ Chi significa “limite”. Temos assim 0 limite vazio, a ndo-coisa final; 0 vazio Gltimo. Fig. 1. O cfrculo vazio representa Wu Chi Os budistas chamam o estado de realizacdo tltima de Sunyata, 0 Vazio. Na filosofia vedantica da {ndia, o estado superior ¢ chamado de NirgunaBrahman. Wu Chi e Nirguna Brahman referem-se 4 mesma realidade e, de fato, sua traducdo é virtualmente idéntica. Brahman quer dizer, literalmente, “o Imenso”, aquilo que é maior do que a soma de tudo o que existe; € normalmente traduzido como o Absoluto. Chi significa “o Limite”, as condigdes extremas de ser. Nir significa “destitufdo” ou “vazio”, ¢ guna significa “qualidade”. Nirguna Brahman significa o Absoluto sem qualidades, totalmente vazio, embora.abrangendo tudo, destitufdo de quaisquer qualidades. Wu Chi significa o Absoluto sem qualidades, 0 estado no qual tudo é engolido e onde tudo é nada. 15 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Quadro 1. Descida ou Limitagéo do Ser A REALIDADE ABSOLUTA NAO-QUALIFICADA Nirguna Brahman Wu Chi refletem-se como ‘As qualidades ‘sao Existéncia Sat, Chi), AREALIDADE ABSOLUTA QUALIFICADA (Ananda, Saguna Brahman Deus Tai Chi Chiou Vontade),<~| refletem-se como Consciéncia (Cait, » AREALIDADE INDIVIDUAL QUALIFICADA Atman 1 AEisténcia do Atman reflete-se como tudo 0 que esti abaixo O Bxctase de Atman reflete 0 CORPO DE EXTASE Alegria, Felicidade AConsciéncia de Alman refiete-se como OCORPO DE DISCRIMINAGAO © Real éo Irreal Eterno do Passageiro Puro doImpuro Eu do Nao-Eu Os dois corpos acima refletem-se como Intelecto: Intuigto Razso Superior Vontade de Compreender A mente junta energia (da criagdo material) para formar o INVOLUCRO DE ENERGIA que reiine alimento para formaro INVOLUCRO FISICO Juntos, esses dois estojos constituem o CORPO FISICO VIVO (Movimento, sexo, fungbes intuitivas) Através desse corpo, a Mente reflete-se no Mundo comum como a PERSONALIDADE Gostos ¢ Averstes Pessoais Emogbes Autocentradas TmaginagSo sobre os Outros Fantasia Autojustificagao 18 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. siderados Terra, na medicina chinesa. Assim, tudo o que hé no universo pode ser categorizado em cinco manifestag6es de energia elemental, tomando-se as quali- dades do objeto considerado e reconhecendo-se esses relacionamentos qualitativos com os Cinco Principios. O Seis néo pode ser facilmente categorizado no mundo material porque se refere a nfveis mais sutis das cnergias universais. Eles cate- gorizam as qualidades de Yin e Yang, como grande Yin, Yin equilibrado, Yin diminuido, grande Yang, Yang brilhante e Yang diminufdo. Uma vez que todoo Ki dos canais é uma ou outra dessas qualidades, isso ¢ importante na diagnose médica chinesa, mas tem muito poucos outros valores praticos. As Dez Mil Coisas so uma referéncia ao mundo material. Primeiro Capitulo do Tao Teh Ching Veremos agora 0 Tao Teh Ching, 0 Livro do Caminho c da Virtude, como foi traduzido por Gia-fu Feng. Assim comega o primeiro capitulo: O Tao que pode ser explicado nao é 0 Tao eterno. Onome que pode ser pronunciado ndo é 0 nome eterno. O sem-nome é 0 comeco do Céu e da Terra. Onomeado é a mde das Dez Mil Coisas. Uma vez sem desejos, pode-se ver o mistério. Uma vez desejando, pode-se ver as manifestacdes. Essas duas coisas brotam da mesma fonte, mas diferem em nome; isso aparece como escuridao. Escuridao no interior da escuriddo. O portéo de todo o mistério. Isso explica sucintamente toda a filosofia taofsta: o processo de criagao, 0 resultado final desse processo ¢ 0 tipo de trabalho que deve ser feito para realizar 0 propésito da existéncia, que é reexperimentar o estado anterior a criagdo. Quadro 2. Transmissao a partir do Wu Chi 8 mento RU inn iB YANG YIN Tai Chi (© Universo Manifesto Kk ‘SEIS ENERGIAS A Acupuntura evolui dat CINCO ELEMENTOS Cinco Energias Flementais 1H ; y} . 1 OILO TRIGRAMAS O Ba-Kua Chang evolui dat Sz LY OS SESSENTA EQUATRO HEXAGRAMAS AS DEZ MIL COISAS LENG Universo Experimentavel O Tao que pode ser explicado nao & 0 Tao etemo. Toda a nossa comunicagao relaciona-se com o “T’ai Chi” ¢ suas mani- festagdes. Nada hd que possa ser dito do Vazio. E 0 Tao Gltimo, a Realidade diltima, © Caminho Gltimo. O Tao que pode ser explicado nao ¢ 0 Tao eterno. O que podemos dizer sobre o Vazio? Nada. Onome que pode ser nomeado nao € 0 nome eterno. O que quer que nomeemos, sejam as Dez Mil Coisas, os Cinco Elementos, 0 ‘TPaiChi, Yin ¢ Yang, nao € eterno. Sao coisas efémeras; passam para dentro e para fora da existéncia, interminavelmente. Tudo o que ¢ eterno no pode ser nomeado: vazio, Wu, nada. Osem-nome 0 comego do Céu eda Tera. Osem-nome 60 que chamamos de Limite Vazio— Wu Chi, Essa denominagao poderia ser vista como um nome, mas é como chamar uma coisa de “coisa”. Mais do que um nome, é um método para apontar na direco de uma idéia. Isso € 0 comego do Céu e da Terra, do Yange do Yin, As manifestacdes primArias do Yang edo Yin so Céue Terra. Quando o Sunyata ou Vazio se move, h4 atividade— Yang ou Céu; 0 proceso criativoinicial da primeira realidade descendo através dos varios niveis de manifestagao. Finalmente, na ponta est4 a Terra, o Yin Gltimo? Assim, 0 Céu é o brilhante, o energético. A medida que se move para baixo, torna-se cada vez menos Yang, até que finalmente torna-se Yin, o escuro, o fim, o ponto terminal da aco; a quiescéncia no outro extremo. O Sunyata é a quiescéncia que contém tudo. A Terra € a quiescéncia densa e sem qualquer outra substdncia a nao ser a sua propria densidade. Assim, Céu e Terra sao Yang ¢ Yin. © Sunyata, 0 Vazio, 0 Wu Chi, o sem-nome, € 0 comeco do Céue da Terra. Céue Terra sao T’ai Chi, 0 todo da realidade, Yang ¢ Yin em interacdo. O que é nomeado é a mde das Dez Mil Coisas. O nomeado € 0 Céu e a Terra, T’ai Chi. Da interagao do Yang e do Yin manifestam-se os Cinco Elementos. Finalmente, o universo manifesto resulta da interagéo do Yang e do Yin, do Céue da Terra. Vem entao 0 sumfrio do grande trabalho do Taoismo. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. universo infinito e, nesse processo de expansio, tomasse muitas formas diferentes. Essas formas incluem a consciéncia viva e autogeradora, “material” consciente. A ‘tinica diferenca est4 naquilo que os evolucionistas encontram nos genes de todas as criaturas vivas ~ os projetos ou planos modificaveis de acordo com os quais cada criatura ¢ a evolugao geral sao feitas. Os taofstas e outros filésofos esoteristas concordam com a existéncia do plano preexistente; entretanto, ele é atribuido a prépria Fonte de tudo o que existe, como se afirma na abertura do Novo Testamen- to: “No principio era o Verbo o Verbo estava com Deus... sem ele (sem o Verbo) nada seria feito” (Joao, 1:1-3). A Consciéncia é Intrinseca ao Wu Chi Parece claro que a vida — ou a forca energética que é vida, que é percepcao, que é consciéncia — deve ser intrinseca A natureza da realidade. Deve ser intrinseca a0 estado Gltimo, ao Sunyata, ao Vazio. Deve haver percepeao, de outra forma ela no pode surgir, O fato de que deveria haver primeiro percepedo e nada para ser percebido é mais compreensivel do que se houvesse algo para ser percebido e nada para percebé-lo. De fato, dado esse esquema, e dada a percepgao do universo como a temos hoje, cientificamente, assim como esotericamente - como energia que esté ligada de varias maneiras - entao, claramente, a percepcdo define o universo. Ea maneira pela qual se percebe a energia que define o universo. Sem percepgao nao hé universo. Tente imaginar um universo sem percepcao. Posso imaginar um universo sem nada consciente dentro dele, mas nao posso imagin4-lo com nada consciente dele, jque paraimagin4-lo exige-se que eu tenha consciénciadele. Mas dado o fato de termos consciéncia dele, definimos o que vemos, fazemos do universo 0 que ele . A percepcio é 0 fundamento dos eventos do universo material, de acordo coma fisica de alta-cnergia contemporinea. Ondas de probabilidades, ndo-substancia ou eventos formam o que existe — até que alguma consciéncia intervenha ¢ uma das probabilidades se realize. Aquilo que ocorre depende diretamente da consciéncia que “invoca” as ondas de probabilidade. Assim, 0 vemos dessa mancira. Nova- mente, no principio € o Wu Chi. Entretanto, algo é inerente a esse Wu Chi. Os hindus descrevem muito eficientemente esse “algo”, com uma histéria que diz: “No principio era o Si-Mesmo, como uma pessoa solitdria. E ele disse: ‘Tenho medo. Mas do que tenho medo, se nao hd mais ninguém?’ Assim foi concebido o outro.” Essa € a poesia vedintica que tenta comunicar um sentido emocional mais amplo a idéia de que no comeco era o Um, o Brahman sem atributos. Por causa da qualidade intrinseca da percepgao, nessa realidade ilimitada ¢ nao-fragmentada, a dualidade precisa ser concebida. Isso €, a percep¢do busca algo mais para perceber. Esse 0 Deus Shiva, Aham, o Eu Sou, pensando em Shakti, o Poder Feminino, que 6 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Quadro 3. Centros Pstquicos do Homem NIRGUNA BRAHMAN (WU CHI) SAGUNA BRAHMAN (PAICHI) Parte Pensante da Personalidade TAN TIEN Fungtes Instintivas. (Centro de Controle Biol6gico) aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Lié fundamental e também sem tempo. Uma vez que vocé tenha um fi bésico, ele se tornar4 mais claro, mais detalhado e mais sutil, contanto que vocé dé atengao a esse li e manifeste 0 ch'i (vontade) necess4rio. No desenvolvimento de uma capacidade, como no T’ai Chi Chuan, sua experiéncia inicial de li relativa as varias posturas ser4 como os primeiros est4gios de uma escultura, um esbogo cru e grosseiro da posicao final. Vocé é capaz, na verdade, de ver que a sua posi¢ao nao é consistente com o principio e nao se parece com a do seu professor. Depois voce & capaz de desenvolver um [i mais profundo, que se aproxima mais de perto da postura ideal. Eventualmente, vocé realiza o novo fi ¢ um fi ainda mais profundo pode entao ser formado. A idéia éimediata. Contanto que vocé mantenha essa idéia, que é sem tempo, lentamente vocé se mover4 para a posicdo correta e comecar4 a aperfeigod-la. Quando se dizem T’ai Chi Chuan que a mente move a energia e a energia move o corpo, estamos dizendo, na realidade, que quando vocé aderiu completamente ao princfpio ¢ quando vocé dirige sua atencao de maneira consistente, vocé se torna- 14 independente de forcas externas e tudo ser4 diferente na sua experiéncia do T’ai Chie do Ki. Essa mudanga € 0 resultado de uma atencao adequadamente dirigida. Olhando-se para princfpio enquanto sc observa cuidadosamente o grau de adeséo a ele, a manifestag4o torna-se cada vez mais consistente com ele. Vocé nao precisa fazer nada, embora possa parecer que esteja fazendo, Tudo o que vocé faz émanter © principio ver a conformidade ou auséncia de conformidade do Ki ao li. Em T’ai Chi, depois de dominar a Forma, tomamos um novo fi que nio & apenas relativo ao corpo, mas relaciona-se com a energia que est4 por trds do corpo fisico. Entéo essa energia comeca a estar presente e ativa. Em um certo sentido, vocé poderia dizer que nao ¢ verdade que um homem tem centros psiquicos, que nao € verdade que um homem tem energia, Ele nada tem porque ainda nao captou aidéia. Mas quando ele a capta ca torna substancial para si mesmo, na verdade ela vem a existéncia. Jesus descreveu isso. Ele disse que se vocé desejar algo, deve agir como se j4 0 possuisse, ¢ isso lhe sera acrescentado. Isso significa que, se vocé quer ser altrufsta, primeiro descubra que é egofsta. Depois, aja como se fosse altruista. Quando uma pessoa egoista tem vontade de pegar 0 iltimo pedaco de bolo mas nao © faz, de maneira que outra pessoa possa comé-lo, esté agindo como se fosse altrufsta. Se ela transformar isso num esforco constante, se agir como se, descobriré na verdade que nao se trata de esforco ¢ que de fato ela se tornoualtrufsta. E dessa forma que /i comega a afetar Ki. Idéias Fundamentais nos Centros do Corpo Se uma mulher anuncia que est4 pensando em deixar de fumar, € o faz ao acender quase todo cigarro que fuma, logo se torna Obvio que nao hé realmente 35 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. a emergéncia de uma emocao diferente. Entretanto, enquanto toda essa atividade ocorre € sua mente est4 engajada em escolhas imaginérias, em decisGes ¢ ex- plicagdes, vocé vive da sua barriga, dos valores nascidos com vocé ou impressos no seu centro de raiz no comeco da vida. E necessdrio primeiro reconhecer que muito da energia fundamental desenvolvida no corpo € “elevada” dos trés centros in- feriores para a barriga ¢ trazida para dentro do centro do Peito para alimentar emogées, Essa energia, que € essencialmente desperdicada pela expressio emo- cional, poderia ser usada para trazer li novo sob o li entrincheirado na barriga. Subseqitentemente, pode ser usada para o desenvolvimento do corpo de energia. Assim, comegamos a nos liberar um pouco do torvelinho emocional pela mo- dificagdo de postura ¢ pela direcéo mental orientada para jogar toda energia possivel do peito para a barriga. Quando finalmente vocé se tornar consciente nos trés centros inferiores, vocé vai se tornar consciente também de suas nogoes, de seu fi. Quando realmente fizer isso, vai comecar a ter 0 que € chamado de “resposta visceral” para um némero cada vez maior de coisas. Através da observacdo ¢ andlise da resposta visceral mais profunda e mais substancial para cada vez mais coisas, vocé se torna muito mais consciente do que sdo seus valores subjacentes, ¢ assim adquire uma compreensao mais profunda ¢ freqiientemente mais s6bria daquilo que é realmente a sua personalidade manifesta. Comega a descobrir como as suas imagens mentais e emocionais correspondem pouco a realidade daquilo que vocé se tornou enquanto um ser manifesto no mundo. Assim, quando vocé tenta se modificar a partir da barriga, vocé muda. E por esse motivo que o T’ai Chi Chuan focaliza 0 tan tien ou barriga, porque trata-se do lugar onde se pode efetuar uma mudanga real na sua vida e comportamento. &, portanto, o lugar onde comega o processo de transformagao, o foco do T’ai Chi Kung. A Tensao do Homem como uma Couraga Psiquica Comecamos o processo do T’ai Chi Kung trabalhando a percepcdo e o controle do mecanismo fisico. Um dos problemas mais basicos a serem abordados em T’ai Chi Chuan é o da tensao no tecido conectivo — nos misculos, nos tendées, nas paredes arteriais — ¢ até mesmo nos ligamentos ¢ ossos. Esses varios nfveis de tensao's4o abordados do exterior para o interior. Comecamos lidando com a idéia geral de “estar relaxado”. A maioria das pessoas tem a nogdo de que na verdade sdo relaxadas (a menos que sejam da chamada personalidade Classe A, que parece adotar intencionalmente o estresse), mas essa nogao esté primariamente nacabeca; ela € expressa sem nenhuma ligagdo com estados fisicos ou emocionais. Nao est4 no coragao, j4 que nao existe nenhum desejo de atingir um estado de relaxamento; de fato, normalmente, nao h4 nenhuma percepgao do estado do corpo. Bem fundo na natureza emocional do homem h4 uma nocao intrinseca da necessidade de 40 protegdo. Todo animal tem nogio intrinseca de ser obrigado a se defender a si préprio. Diferentemente de criaturas naturais que se defendem contra ataques fisicos vindos do mundo usando meios defensivos naturalmente desenvolvidos, 0 homem moderno defende-se inconscientemente contra os ataques reais ¢ imagind- rios do mundo com a tensio de seu corpo € encobrindo o barulho da sua mente — com sua couraca psiquica. De fato, é tao natural parao homem civilizado defender- se com sua couraca psiquica quanto é para outras criaturas defenderem-se com garras ¢ presas, porque o homem se defende contra ataques que no sdo a simples violéncia enraizada de animais, relacionada ao alimento e A territorialidade, mas defende-se, ao contrério, das manipulagdes complexas e sutis de obrigacées, res- ponsabilidades, imagens, etc. Num ambiente que é realmente sauddvel para um animal, como uma floresta, onde hé 4rvores, cavernas e ciclos naturais, um animal relaxa em sua “caverna” e fica tenso na selva. Até mesmo um gato doméstico encontra para si préprio um lugar seguro, enrola-se ou estica-se e poe seus sentidos em estado de alerta, ouvindo os sinais de perigo ou de alimento, enquanto o resto de seu corpo parece ficar flécido. Até mesmo um rebanho de gazelas permanece calmo ¢ relaxado diante da presenga de um ledo saciado. Quando o ledo fica com fome e inquieto, o rebanho reage com tensio e, eventualmente, com a fuga. Ohomem nfo se relaciona mais com o mundo dessa maneira. Ele nao é mais ameacado biologicamente de ser atacado € devorado por animais maiores. Em conseqiiéncia disso, suas defesas so contra coisas nao substanciais. Ele est pronto a defender-se com 0 corpo contra ataques verbais, contra atitudes que nado 0 agradam, contra circunstancias que ndo se encaixam nas suas exigéncias ou neces- sidades de conforto, e assim por diante. Ele se encontra constantemente em estado de tensao. Ele entra em seu quarto de dormir e continua em estado de tensdo, defendendo-se de seus proprios pensamentos. Ele nao quer enfrentar certos tipas de sentiments, pensamentos, necessidades, idéias que existem na sua presenca, de forma que bloqueia tudo isso por meio da tensao. Assim, no fundo da sua barriga, ele exige constantemente de si mesmo tensao, mas na cabeca pensa estar relaxado, ou no minimo pensa que quer estar relaxado. Como ele muda? Despertando para a realidade do que ele é - vendo a ver- dade sobre si proprio. Vendo essa verdade, ele obtém conhecimento sobre as no- gGes que esto na sua barriga. Fazendo isso, torna-se capaz de formular outras nogées que substituam as j4 existentes. Até que tenha consciéncia das nogdes que 14 esto, nao sabe como ou com que substitui-las. Quero lembrar que as idéias aqui apresentadas devem ser ponderadas. A menos que vocé as examine e pense sobre elas, que as analise ¢ avalie, elas nunca se tornardo nem mesmo nogoes em sua cabeca. Para tornar reais essas idéias ¢ para fazé-las funcionar consistentemente, vocé deve primeiramente colocé-las na cabeca e conhecé-las em palavras como /i. Depois deve levd-las para 0 coracéo ¢ sentir que deseja que elas sejam reais para vocé como /i. E entao deve aplic4-las ao mundo e a si préprio, ¢ avaliar os resultados ¢ as implicagdes desses resultados. Entao, 4 finalmente, vocé tem de coloc4-las na barriga ¢ substituir aqueles outros lis que 14 estao pelos novos fis que agora esto sendo dados. Se vocé olhar o mundo de uma maneira nova, veré um novo mundo e ser uma nova parte desse novo mundo. Resumo do Processo de Desenvolvimento que Conduz ao Teh Enquanto o homem est4 no mundo, néo tem contato — exceto por acidente ocasional - com as partes superiores de sua verdadcira natureza. O que ele chama de seus pensamentos, incluindo as nogdes “em sua cabega”, eo que chama de seus sentimentos, suas convicgées, ¢ até mesmo suas crengas e desejos, ndo sio pen- samentos ¢ emogées reais provindos dos centros de pensamento e sentimento. Ao contrdrio, so fungdes mecdnicas produzidas pelainteragaodocorpocom omundo, de uma maneira animal normal, numa criatura que tem uma mente que precisa acreditar mecanicamente que est4 controlando de fato o seu destino. Além disso, os trés centros inferiores —o motor, o sexual € 0 instintivo — sao de fato centros reais ¢ suas fungies sio as fungdes corretas, embora, comumente, somente as fungdes inferiores estejam desenvolvidas. O T’ai Chi Chuan, como o primeiro passo do T’ai ChiKung, é 0 processo pela qual a energia, normalmente ligada e desperdicada nos dois centros “falsos” da cabeca ¢ do peito (as partes pensante ¢ sensfvel da personalidade), é levada ao centro tan tien real ¢ af mantida em quantidades cada vez maiores. A energia, conservada dessa maneira, transforma-se na base para um. grande ndmero de atividades diferentes, dependendo dos ensinamentos adquiridos pelo praticante e da orientacdo que cle recebe. Essas atividades internas esto, todas elas, movendo-se na direcao da ligagéo do tan tien com os centros reais emocionale do pensamento. Esses iltimos, como unidade, so chamados de Mente. O proceso de ligacdo a esses dois centros superiores do ser envolve a conservacao ea transformacao de determinadas energias que jA estdo presentes no homem, mas em quantidades insignificantes - nunca o bastante, naturalmente, para serem utilizadas na realizagdo de qualquer um dos objetivos do T’ai Chi Kung. Entretanto, através doesforco adequado, podemos conservar a energianormalmente gastacom aemogao e efetivamente transformé-la até que nos tornemos conscientes na mente, ¢ depois no corpo de discriminacdo, e finalmente no corpo de éxtase, Esses corpos ndo sao grosseiros como o corpo do ser fisico. Nao so limitados a uma determinada “forma ¢ tamanho”. Tém uma existéncia energética néo-especial — um princfpio inteiramente diferente. Mas 0 intelecto e as emogées com as quais normalmente temos contato, com as quais lidamos normalmente, séo muito superficiais: so produtos da perso- nalidade e propensées do corpo em interacao com o mundo.” Compreenda que 0 seu pensamento ¢ as suas emogoes tém relacdo com o scu organismo fisico. Ambos sdo primitivos, £ muito raro haver pensamento ¢ emogées relacionados com algo 2 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Parte Dois ae AS cS erm Re O Aperfeigoamento do Corpo com o T’ai Chi Chuan aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. irrazoavelmente “cooperativo” da pratica média de Pressio das Maos. Em vez de realmente competir e praticar o desenvolvimento da energia que escuta, energia que acompanha, energia “enraizadora” e energia que adere, a maioria dos alunos faz aquilo que passei a chamar de “Danca da Presséo das Maos”, na qual cada parceiro coopera num padrao de movimento que substitui acompanhar por recuar ¢ empurrar por seguir. Isso resulta num padrao de movimento as vezes bastante gracioso e parecido com o T’ai Chi que parece satisfazer a muita gente, a menos que sejam pessoas com iniciagdo na prética real do T’ai Chi Chuan. O estudante que nao possui a base filos6fica necesséria, nio foi educado nas rotagées internas adequadas dos ossos, no foi guiado na reeducagao dos padres musculares e da ossatura, € que no € ajudado a visualizar os caminhos internos do Ki, nada mais pode fazer do que imitar a aparéncia externa do corpo do seu professor. Isso ndo pode produzir um praticante de T’ai Chi Chuan. A pritica do T’ai Chi Chuan deve ser acompanhada ou precedida por exer- cicios especializados destinados a desenvolver misculos que geralmente nao se desenvolvem na maioria das atividades esportivas ¢ de condicionamento fisico. Esses exercicios envolvem o fortalecimento de masculos geralmente esquecidos como, por excmplo, o misculo da parte frontal da perna, ao lado da tibia, ¢ os misculos cm volta do tornozclo. Juntos, esses misculos séo responsdvcis pela clevagao do pé ¢ pela manutcngdo deste na posigéo adequada para a rcalizacéo da rotagao da perna ¢ do quadril no Passo do Boxe. Os misculos da parte interna da coxa s4o outro cxcmplo importante. Deveriam ser os misculos usados na clevagao do corpo da posigao da Cobra Rastejando para Baixo, a medida que o individuo se move para o Galo Dourado de Pé Numa s6 Perna. Ao que cu saiba, esses misculos 86 séo diretamente treinados em balé ¢, tristemente, nunca encontrei um estudante de T’ai Chi Chuan que se lembre de the terem dito para usar esses misculos. O exemplo mais importante de todos, do ponto de vista da Yoga Taoista, séo os miisculos da parte da frente ¢ de tras do pescogo. Essa 4rea exige atencao especial porque a nossa cultura moderna parece ter gerado uma estranha tendéncia para Pprojetar a cabeca para a frente, produzindo uma curvatura nao natural da espinha que afeta negativamente o fluxo de energia que sobe pelas costas até a cabeca, na circulagao dos dois canais de energia na linha média.* (Discutiremos melhor esse assunto na segdo chamada “Corregio de Postura”.) Embora muitas das técnicas em T’ai Chi Chuan, incluindo o “enraizamento” ¢ o acompanhamento possam ser realizadas sem essa correco, o objetivo do T’ai Chi Kung nao pode ser alcangado sem o livre fluxo de energia através dos canais du ¢ ren. O alongamento do pescogo € necess4rio para que isso ocorra. Muitas outras 4reas que exigem atencao séria poderiam ser mencionadas ¢ na verdade sdo tratadas no texto que se segue. Em Tesumo, € necessdrio muito trabalho sério para o desenvolvimento real do corpo no T’ai Chi Chuan, e somente entao ele pode ser verdadeiramente chamado de a parte fisica da Yoga Taoista. 50 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. 40 serena entre o Wu Chi eo T’ai Chi, que deveria ser incentivada na arte do T’ai Chi Chuan. Os “dois” devem referir-se também ao Yin e ao Yang, pois em repouso na verdade os dois se fundem, mas em movimento devem ser sempre diferenciados. Isso seré mencionado varias vezes (ver abaixo) e discutido mais extensamente a p. 61. Nao deve haver qualquer excesso e qualquer insuficiéncia. Os escritos taofstas sobre T’ai Chi Chuan dao grande énfase ao conceito de “nenhum cxcesso ¢ nenhuma insuficiéncia”. O conccito € semelhantc ao famoso ca- minho do meio do Budismo — um esforgo para manter 0 equilfbrio, para manter 0 centro. Isso no significa manter o peso fisico igualmente equilibrado nos pés. De fato, essa posigao chamada de “equilibrio central” deveria ser evitada; no € um bom lu- gar para se mover a partir dele, uma vez que implica o ponto de T’ai Chi, ou equili- brio entre o Yin e o Yang. Esse estado, sem excesso ou insuficiéncia, deve existir nos planos emocional, intelectual e espiritual. Deveria existir no plano fisico na medita- 40 passiva, mas nao na arte dindmica ¢ marcial do T’ai Chi Chuan. Aquio corpo deve estar sempre claramente separado em lados Yin e Yang, de maneira que o movimento nunca € forgado a partir do estado de equilibrio total e estdvel mas, a0 contrério, 6 conseqiiéncia de uma continuidade de equilibrio sempre em mudanga, ou dindmico. A despeito da mirlade de técnicas que se modificam, o principio permanece o mesmo. Muitos tipos de movimentos do T’ai Chi Chuan abrangem uma grande va- riedade de técnicas de artc marcial, assim como capacidades de ativagéo ¢ controle do cnergia. Hé formas curtas c longas, formas de espadac formas de espadas largas, varias formas de bastdes ¢ varas, assim como formas de dois homens c varios estilos de empurrar mos e maneiras livres de se esquivar, e assim por diante. Entretanto, 08 principios subjacentes que definem o alinhamento de postura, a disposicao mental, a manipulacdo de energia ea hierarquia de movimento néo mudam nunca. Todos os estilos e técnicas do T’ai Chi Chuan baseiam-se nos principios fundamen- tais aparentes nos movimentos se estes sio feitos de forma correta. Aparentes, naturalmente, apenas para os que tém consciéncia dos principios e entendem a sua aplicagao. 5S aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. na Forma e néo permitir a entrada de nenhum pensamento estranho no seu sistema. Isso nao significa que vocé ndo ir4 pensar. Significa que vocé nunca iré dar atengao, crédito, significado a pensamentos estranhos. Seja o que for que venha a sua consciéncia, é imediatamente deixado de lado para mais tarde. Todos os pensamen- tos so postos de lado ¢ a mente é constantemente levada de volta ao movimento direto e imediato que est4 sendo feito. Quando vocé faz isso, est4 realmente se concentrando no desenvolvimento da mente e do centro emocional, nio somente na técnica do T’ai Chi Chuan. Vocé est4 controlando a sua mente, praticando con- trole mental. Est4 forgando a mente, através da atengdo direta, a permanecer fixa. Vocé nao a est4 deixando vagar. Esté controlando suas emogdes na medida em que nao permite nenhuma perturbacdo emocional. Est4 mantendo um controle firme sobre o seu centro emocional e, dessa forma, conservando essa energia. Assim, tra- balhando adequadameate na Forma, trabalha também os outros aspectos de simes- mo. Trabalhar a tranqiilidade 6 bom em qualquer situacao, especialmente traba- Ihar a calma interior. Que diferenga faz para o desenvolvimento da tranqiiilidade o fato de se desenvolver através do isolamento, ou através de algum outro método? Ora, “o Ki deve ser ativamente excitado, mas o Shen deve permanecer calmo internamente” é uma idéia muito importante. Num certo sentido, o Ki é ativamente excitado sempre que alguém est4 engajado ativamente. Entendemos que Ki, a energia, & dirigido pela mente ou, em outras palavras, Ki deve ser dirigido por alguma coisa. O Ki nao ¢ autodirigido. A energia, por causa de sua propria natureza, nao é capaz de escolher um caminho para descarregar-se. Ela deve ser dirigida por algo, € esse algo ou é a mente do praticante ou a mente € 0 Ki do oponente. ‘Um dos principios subjacentes ao T’ai Chi Chuan e também ao Aikidé é 0 principio de que o Ki € dirigido pela mente. No Aikid6, afirma-se que se vocé puder controlar a mente e, assim, controlar plenamente o seu Ki, pode também controlar oKie amente de uma outra pessoa. Uma das técnicas praticadas em Aikid6 envolve “oferecer” o pulso ao oponente, para que ele fique tentado a derrubar o adversario e tente agarrar o pulso deste. Quando este tenta agarrar o seu pulso, vocé recua na velocidade exata em que ele avanga e, assim, ele comeca a seguir 0 seu comando. Ao final, 0 oponente ir4 fazer contato e tentar4 agarrar o seu pulso. Dirigindo a mente para a continuidade do movimento e engajando o seu Ki em ignorar 0 adversério, ele permaneceré direcionado e vocé continuar4 a mover-se como se seu oponente no tivesse feito contato com vocé. A mente do adversdrio agora est4 engajada em seguir o seu movimento e comega a fragmentar-se ainda mais, na medida em que nao consegue decidir se 0 solta ou o puxa. O Ki dele nao esté dire- cionado, de forma que o seu Ki comeca a conduzir o Ki dele. Ele nao esté dirigin- do a prépria mente; assim, sua mente comeca a seguir o seu Ki. O Ki dele esté seguindo o seu Ki, porque nada mais o est4 dirigindo. De repente, ele se surpreende indo pelo caminho por onde vocé deseja que ele va. Vocé no faz nenhum esforgo, enquanto ele faz um esforgo tremendo para resistir, mas isso ndo dé em nada. Qualquer pessoa pode fazer isso se conseguir concentrar a mente € o Ki. Dessa 59 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. sem pensamentos ao acaso. Os praticantes avangados podem aparentemente ser “afastados” pela primeira e leve forga do ataque. Uma vez que a mente tenha ajustado 0 corpo num alinhamento perfeito ¢ relaxado, e espere alerta, sememogio ou expectativa, no h4 nada exterior que possa dirigir o movimento. Qualquer coisa que tocar em vocé vai fazer com que vocé se mova, mas isso nao 6 uma reagio. E simplesmente continuar no seu proprio estado, independentemente de qualquer forga exterior, pois nada pode ser acrescentado a ele, e resistir reconhecer aforca exterior. “Todos estes movimentos so motivados pela mente, e ndo pelo que est4 fora dela.” Em principio, € da maior importancia distinguir entre substancialidade e insubstancialidade. Hé distingdo em todos os lugares ¢ cada lugar merece atengao. A idéia de substancial ¢ insubstancial*! est4 intimamente relacionada com a distribuicéo de peso nas transigées da Forma, Refere-se, pelo menos nos aspectos dinamicos da prética da Forma ¢ Presséo das Maos, a um estado de transigéo paralelo A transferéncia de peso durante o movimento. Refere-se, portanto, a “plenitude do Ki” cm qualquer 4rca espccificac pode, também, scr cquiparada com © grau de Yin c Yang om detcrminadas partes do corpo, o que se obscrva mais facilmente no acompanhar ¢ no enraizar. E dréstica a diferenga cntre uma 4rea substancial ¢ uma 4rca insubstancial, quando atacadas. Sc, por exemplo, alguém é atacado diretamente contra a raiz, que € claramente a parte mais substancial (como no caso de alguém pressionar a perna ou o baixo abdémen), o Ki que ataca seré ou neutralizado internamente, produzindo no atacante a sensagao de ter se chocado com uma montanha de borracha compacta, ou serd canalizado ¢ retornado, fazendo o atacante saltar para longe, ou até mesmo voar para longe. Um ataque contra uma parte insubstancial, como os ombros ou a parte superior do abdémen, gera flexi- bilizagio imediata e produz no atacante a sensacao de ter atacado uma miragem, ou de que 0 atacado ¢ inatingivel. Isso deve ser estudado com muito cuidado, uma vez obtida a experiéncia desses pélos opostos. O equilibrio entre substancial e insubstancial vai existir — mesmo que num nivel menos drdstico de polaridade — entre os lados do corpo, entre as pernas, entre os bracos, entre as maos; a mao de um lado pode néo ser insubstancial, apesar de a perna do mesmo lado ser, como na postura de Repelir 0 Macaco. Isso deve ser estudado em fases avancadas, de preferéncia pelo praticante, através de sua propria andlise da Forma. Repetindo: “todas as partes do corpo devem ser pensadas como sendo amarradas entre si, ndo permitindo a minima ruptura”. Isso € essencial. Nada pode se mover sem mover tudoo mais. Tudo esté unido. Essa 6 a chave para a técnica adequada ¢ uma idéia muito importante. E por isso 63 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Borbulhantes) 6 0 ponto através do qual o Ki do praticante se liga ao Ki da terra, Até essa 6poca, eu achava que o enraizamento acontecia através do calcanhar c/ou através de toda a planta do pé. Eu jd havia feito algum progresso, mas quando comecei a visualizar e sentir 0 ponto com mais preciso, meu enraizamento me- Thorou muito ¢ rapidamente. 3. Acompanbe a minima forca, como uma folha no vento, Uma das maiores dificuldades que observei para a compreensao do Tai Chi, mesmo entre praticantes antigos, ¢ a aplicacdo do principio do acompanhamento. Muitas e muitas vezes repito em aula, ao ensinar a Presséo das Maos: “Vocé nao deve nem resistir nem recuar; vocé deve simplesmente manter sua integridade fisica ¢ deixar que a minima forca mova seu corpo, mas deve guiar a diregao do movimento coma mente.” O problema reside num hébito tacito, semelhante & questo discutida anteriormente, referente ao movimento relativo. Assim como olhamos para um outro corpo para julgar seu movimento ou repouso, tendemos a relacionar 0 enraizar, o acompanhar, etc., ao oponente fisico do momento. O oponente se torna importante demais na mente do praticante, ¢ quase todas as suas atividades visam © oponente. Na verdade, 0 oponente deve scr quasc que um fator incidental. Enraizar, acompanhar, retornar, requerem muito pouca atengao em relagéo ao ‘oponente, ando ser pela sua forga cfctiva. Até mesmo a cncrgia quc cscutaa cnergia que adcre pode ser facilmentc dominada scm sc dar maior atengao ao oponeate. Isso deve ser cuidadosamente considerado. Refiro-me ao oponente como a um corpo fisico, com elementos emocionais ¢ mentais.O Ki do oponente 6 a tinica coisa que interessa ao praticante. A resisténcia ou o recuo, que ocorrem tantas vezes na Presséo das Maos, resultam da reagio psicol6gica ao oponente, e, por mais sutil que sejao recuo, na medida em que € motivado por uma reago psicol6gica de fuga ou luta, anula o verdadeiro objetivo do Tai Chi e minimiza a possibilidade de compreender plenamente o Ki. Quando a integridade de postura é mantida adequadamente, conseguc-se 0 enraizamento ¢ o praticante fica “normalmente” de pé, qualquer forga que incida sobre 0 seu corpo faz com que ele gire sobre a sua raiz. (A menos, naturalmente, que a forga incida na raiz do praticante, da qual iré retornar. Essa possibilidade ser discutida mais adiante.) Se a forga é aplicada e o praticante no se move, ou ele é um praticante muito avancado, que pode controlar totalmente a energia do seu oponente, quando ela entra em contato com seu corpo, ou ele sofre uma tenso muscular - € nesse caso, nao hé livre fluxo do Ki — ou, na melhor das hip6- teses, sua raiz é inst4vel. Lembre-se: as 4rvores de raizes imensas € iméveis caem com os vendavais muito antes dos arbustos flexiveis, cujas rafzes, muito mais rasas que as das 4rvores, sio mais do que compensadas pela sua ilimitada capacidade de ceder. 67 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Parte Trés ee -, oa DI Ativando o Ki no T’ai Chi Chuan aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. alongamento dos tendées na virilha, onde os movimentos se tornaram extrema- mente limitados para o homem civilizado. Os movimentos preliminares da Forma requerem apenas uma rotacao de 45 graus do corpo equilibrado em uma perna ¢ um Angulo de menos de 90 graus da virilha com as pernas separadas, como no Repelir 4 Esquerda. A medida que a Forma progride, o movimento aumenta. O movimento Levar o Tigre de volta para a Montanha requer uma rotacdo de 135 graus ¢ maior separacdo das pernas. No movimento A Donzela Trabalha com a Lancadeira, precisamos fazer uma rotacao de 180 graus ¢ depois de 270 graus, ¢ uma separacao de 180 graus na virilha. A rotacao maior requer mais forga € equilibrio. O Angulo maior da virilha requer mais equilfbrio e um alongamento muito maior — para ocidentais e orientais modernos — dos misculos e ligamentos da virilha, da coxa, do joelho e do tornozelo. A forma T’ai Chi, por si mesma, nao pode produzir 0 necessério desenvolvimento fisico, mas, para qualquer um que tenha forga ¢ flexibilidade basicas, 0 desenvolvimento fisico necessario € corrigido e trabathado na pritica correta da Forma. O grande mestre Hwang Kee, de Moo Duk Kwan Tang Soo Do (um estilo superior de Karaté coreano), em seu texto original que descreve seu estilo, esbocou quarenta e duas formas, culminando com o T’ai Chi Chuan. Assim, é natural, espera-se um certo desenvolvimento antes de se comegar os Exercicios Interiores de T’ai Chi, de Hsing I, de Pa Kua Chang, de qualquer variedade de Qi Kung ¢ exercicios interiores como os de Orbita Mi- crocésmica ¢ de Controle de Energia Sexual. Descobri, ao longo dos anos, nu- merosos exercicios que tém sido extremamente benéficos na produgao da forga ¢ elasticidade exigidas para executar adequadamente a Forma. Esses exercicios iniciam 0 processo de desenvolvimento da consciéncia cinestética, do isolamento muscular ¢ da adequagao misculo-fungao. O treino fisico para o descavolvimento do corpo inclui cxercicios ¢ movimen- tos para: 1. Forga do corpo em relagdo a cle mesmo: Apoio do peso do corpo sobre as pernas. Apoio ¢ controle dos movimentos de bragos ¢ ombros com 0 trapezius ¢ latissimus dorsi (masculos grandes das costas). Apoio da extensao de cada um dos membros inferiores pela mus- culatura do lado oposto do corpo. . Alinhamento de postura envolvendo reeducagao muscular: Preenchendo 0 tan tien inferior. Abrindo 0 Anus ¢ relaxando 0 perinco (Arca entre o anus ¢ os genitais). Alinhando os ossos, 0 que inclui: © endireitar 0 pescogo, @ recuo ¢ queda dos ombros para sua posicao normal, © baixar os quadris ¢ alongar as costas, N 16 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. 8 Exercicios Complementares A maioria das escolas de T’ai Chi Chuan que visitei ndo emprega cxercicios suplementares, c o desempenho de scus alunos ~ sua falta de habilidade para “criar raizes”, acompanhar ou compreender a cnergia — indica a falta de desenvolvimento através do exercicio. Ao longo dos anos, tentando superar minhas proprias limi- tages e, depois, tentando ajudar meus alunos a superar limitages no desenvolvi- mento, fui adaptando exercicios provenientes de muitas reas ~ calistenia do Exér- cito Americano, Hatha Yoga, treinos para luta de escolas secundérias, balé, eoutras formas de artes marciais. Finalmente, fui forgado a desenvolver varios exercicios especfficos para desenvolver adequadamente a forga, o fluxo de energia, a cons- ciéncia muscular e a flexibilidade, para chegar a prética correta do T’ai Chic da Presséo das Maos. Alguns desses exercicios sd expostos aqui pela primeira vez, ¢ explicados em relacdo a seu objetivo e a possfveis 4reas de “dificuldade” ou dor. A maioria dos exercicios mais simples, assim como as técnicas basicas de automassagem do T’ai Chi (descritos em outros livros sobre 0 assunto) so usados regularmente em aulas de T’ai Chi, visando o relaxamento de certas articulagoes € a estimulagao de certos movimentos de energia. Recomendo 0 seu uso apesar de, m corpos nao preparados, nao terem a mesma eficdcia que podem ter em corpos que tenham sido adequadamente treinados, revigorados e flexibilizados. Tenho notado, ao longo de anos de observacao cuidadosa, que os exercfcios mais eficazes na formacao do enraizamento ¢ da capacidade de acompanhar em qualquer grau, s4o aqueles que desenvolvem aforca c o alongamento necess4rios, para que o aluno possa verdadeiramente seguir instrugdes. Considere que o aluno nao tem nenhuma idéia do que o T’ai Chi Chuan exige do seu corpo. Ele faz um poucodeaquecimento calisténico, alguns movimentos para flexibilizar as articulagdes, um pouco de 79 automassagem, e entdo lhe dizem para soltar todo 0 seu peso sobre as pernas e para liberar a tensio desnecess4ria da parte superior do corpo. Ele tenta, ¢ faz o que € possfvel dentro dos limites de seus misculos ¢ ligamentos fracos e tensos. O resultado est4 muito distante do esforgo necessério para chegar a tradicional “reali- zacéo menor dos trés anos”, Talvez, com sorte ¢ persisténcia, possa chegar a “realizag&o menor dos quinze anos”. A tens4o, a pouca amplitude de movimento, a calcificacao — todos os elementos que afetam a amplitude de movimento das articulagdes - vao obstruir através dos membros o livre fluxo de Ki, necessario a realizagdo da forma do T’ai Chi. Exercfcios de alongamento ajudam a superar essas dificuldades basicas. Em todas as articulagées mais importantes, h4 uma sobre- posigao ¢ entrelacamento de tendées ¢ misculos; essa configuracdo fornece um méximo apoio estrutural ¢ permite uma variedade de movimentos. Como o Ki flui também através de miisculos ¢ tendGes, h4 uma tendéncia a se acumular € se estagnar em tecidos tensos, fracos ¢ intoxicados. Esse tipo de estagnacao do Kileva a artrite ¢ ao reumatismo, assim como a distrbios neurolégicos ¢ até mesmo oncolégicos. A medicina chinesa vé 0 excesso de Ki como algo que pode se acumular ¢ finalmente se solidificar em nédulos de gordura, depois em tumores benignos ¢ finalmente malignos. O desenvolvimento e manipulagdo, ou rotacdo ativa, das articulagées, ativa o Ki e faz com que 0 corpo volte ao seu estado natural de fluxo de energia. As doengas mencionadas sao, naturalmente, evitadas. Muitos dos exerc{cios visam 0 alongamento, particularmente na rea da virilha. Isso se deve 4 importancia dessa rea, que € a base do tan tien, assim como ao fato de todo o peso do corpo superior ser manipulado a partir da virilha no movimento do T’ai Chi Chuan. Deve-se observar que o Ki flui mais facilmente através de masculos bem desenvolvidos e relaxados. E também significativo o fato de que o aumento do fluxo sangiiineo em determinada 4rea resulta num aumento de Ki nessa 4rea. Afirma-se, na medicina chinesa, que o Ki comanda o sangue e que o sangue rege o Ki; onde um flui, o outro acompanha. O namero de exercicios que ensinamos nao pode ser efetivamente praticado a cada aula. Assim, recomendo que os alunos escolham grupos de exercicios que possam facilitar a corregdo de 4reas especialmente problematicas. A maneira de julgar o valor de um exercicio é simples — se d6i quando vocé tenta executé-lo corretamente, entéo € um exercicio necessirio. Devo lembrar o leitor que os comentérios deste livro devem ser lidos com a mesma seriedade com que foram esctitos. Nao estou sugerindo que um novato em exercicios sérios tome 0 coragdo como 0 indicador de dor, podendo danificar o coracdo ¢ muitas outras coisas. Fa- lo principalmente a atletas strios, artistas marciais, instrutores, etc. - ou scja, a pessoas que compreendem os diferentes tipos de dor que o corpo sente e as indicagGes especificas dessa dor. Os novatos em exercicios sérios, artes marciais ¢ T’ai Chi Chuan devem usar este livro em conjunto com alguém que conhece ¢ po- de aconselhar sobre as experiéncias que ocorrem durante a prdtica de exercicios intensos. 80 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. e lateral do joelho, como resultado de baixar os joelhos para 0 chido enquanto os tornozelos se aproximam da virilha. Os ligamentos, misculos e tenddes peroneais da parte lateral dos tornozelos também so alongados, A medida que as solas dos pés ficam juntas e invertidas. Esse alongamento ajuda a erguer corretamente os pés nos movimentos do T’ai Chi Chuan. A inclinago para a frente descrita acima vai aumentar os beneficios dos exercicios seguintes. 3. Massagear a Linfa HG muitos anos, havia um aluno de T’ai Chi que tinha muita dificuldade para fazer 0 alongamento de uma variagdo do exercicio descrito acima. Ele sugeriu esta técnica, que geralmente aumenta o alongamento em varios centimetros. E baseado na idéia de que osistema linfético muitas vezes esta congestionado por uma grande quantidade de matéria toxica, sendo incapaz de absorver mais toxinas. Isso resulta de uma atividade muscular insuficiente para uma drenagem adequada. O sistema aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. turado Létus, diversas variagées podem ser praticadas. Em primeiro lugar, deite-se de costas, deixando as pernas, ainda na posicao do Létus, se erguerem num angulo de 90 graus com 0 corpo (Foto 18). Coloque as mos sob ou junto as ndegas, ¢ co- mece a descer vagarosamente as pernas para o chao (Foto 19). Vocé vai sentir ind- meros protestos dostendoes e ligamentos das articulagGes dos quadris. Sejapacien- te, cuidadoso, ¢ vocé vai ser capaz de baixar e erguer as pernas na posicao do Létus como se estivesse fazendo simples flexes. Este exercicio continua, para aumentar a mobilidade das articulagdes do quadril. Novamente, comecando da postura do Lotus, incline-se para a frente e coloque as maos no chao na frente das pernas. Leve as maos gradualmente para a frente ¢ erga lentamente o corpo sobre os joelhos (Foto 20). Continue a se inclinar para a frente at€ conseguir se deitar com 0 rosto sobre o chio (Foto 21); mantendo os quadris abaixados, erga o corpo sobre as maos ¢ os bragos. Continue a empurrar o baixo abdémen na diregdo do chao (Foto 22). Isso ajuda a liberar consideravelmente as juntas dos quadris ¢ da virilha. Essas ¢ outras variagdes da posic¢aéo do Létus contraem ¢ trabalham os miasculos abdominais, além de aumentar 0 alongamento e abertura da virilha, dos quadris, dos joelhos e dos tornozelos. Ajudam também a alongar ¢ fortalecer as regides lombar ¢ sacra das costas. Trazer o pé € 0 tornozelo para o quadril oposto provoca uma rotagao lateral na articulagao do quadril, alonga o grupo de masculos adutores ¢ o misculo sart6- rio (0 mésculo mais longo do corpo, que se estende sobre as articulagdes dos qua- dris ¢ dos jocthos), ¢ flexiona ao maximo o joclho®° Um vigoroso alongamento acompanha a abertura da parte lateral da articulacdo do joclho, quando ela chega a essa posigdo extrema de flexdo. E grande também a abertura na parte lateral e anterior da articulagao do tornozelo, quando a parte do pé est invertida e fle- xionada.** Os praticantes da Hatha Yoga afirmam que a posigao do Lotus fortalece a pélvis, 0 abdémen e as costas, além de aumentar 0 fluxo sangiiineo nessas reas. A postura do Létus serve também para aliviar rigidez nas articulacoes, problemas na base das costas ¢ para aumentar a circulagdo na parte inferior do corpo. Abrir a parte inferior do corpo, como acontece na postura do Lotus, tem efeitos energéticos semelhantes aos de outros exercicios que trabalham a abertura da virilha ¢ das articulagdes dos quadris, proporcionando o livre fluxo de Ki. Fisiologicamente, os maiores beneficios recaem sobre o sistema urogenital. 8. Posi¢do Ajoethada e Variagao Outro importante exercicio basico € a posi¢gdo ajoclhada. Fique na posicéo ajoelhada classica (Foto 23), com os joelhos juntos e os lados de dentro das pernas se tocando. Tente sentar-se sobre os pés; ndo erga 0 torso, fazendo com que as 98 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. Colocar as nddegas entre as pernas, mantendo contato entre os joclhos, aumenta a flexdo dos joelhos e a extensio dos quadris. Ocorre, ao mesmo tempo, uma rotacio das coxas, alongando a parte do meio daarticulacao do joelho.™ Deitar de costas em qualquer variacao da posiggo ajoclhada alonga as regides pélvica e abdominal, incluindo os 6rg4os abdominais. Na Hatha Yoga, a posicao creta € chamada Virasana ¢ a posicao deitada Supta Virasana. Os textos sobre yoga afirmam que a posigéo ajoelhada ajuda a aliviar curar dores reuméticas nos joelhos ¢ tornozelos. A prtica constante pode corrigit pés chatos. Uma posicdo essencial para desenvolver a satide e flexibilidade dos joelhos, a Virasana é também um remédio para varizes. Dores devidas a espordes no calcanhar podem diminuir ¢ até mesmo os espordes podem desaparecer. O alongamento nas regides pélvica e abdominal aumenta a circulacao e estimula os 6rgaos abdominais e genitais, 0 que ajuda a curar doengas nessa drea além de aumentar o fluxo de Ki, que é essencial a todas as metas do T’ai Chi Chuan. Pode também ajudar a superar certas dificuldades sexuais. 9..A Cruz Este exercicio fortalece os misculos dos ombros, ajuda a colocar correta- mente os ombros €, com 0 tempo, permite que o praticante use o mésculo trapézio como apoio para os bracos. Isso € parte de um necessério realinhamento da ossatura, no qual o fimero (osso superior do braco) aos poucos se assenta correta- mente no soquete do ombro. Ajuda também a endircitar as esc4pulas (ossos dos ombros).> Fique de pé com os pés separadosna distancia dos ombros ¢ estenda os bracos para os lados, paralelos ao cho. Gire os ombros para baixo e para trds e traga as escépulas para baixo. Mantenha os cotovelos apontando na diregéo do chao. Relaxe as mAos, mas nao deixe que fiquem como garras (Foto 28). Este exercicio requer muita paciéncia e perseveranga. Espere, ¢ os ombros vao comegar a incomodar. Quando as ligacdes entre os bracos € os ombros comegarem a doer, vocé pode tentar conscientemente transferir 0 apoio dos ombros para os misculos da parte superior das costas. Tente sentir alternadamente as partes superior ¢ média das costas, flexionan- do ¢ relaxando os masculos da parte superior das costas. Imagine os misculos da parte média ¢ superior das costas (particularmente os trapézios 1 ¢ 2, a parte acima da linha das axilas) assumindo 0 controle. Tente visualizar 0 trajeto que os masculos estdo formando, ao longo do qual ocorre o novo controle. Quando sentir fadiga na parte superior dos misculos das costas, tente sentir ¢ utilizar as partes mais baixas do trapézio — primeiro no meio ¢ depois 14 embaixo, no topo da coluna lombar. 102 aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. aa You have either reached a page that is unavailable for viewing or reached your viewing limit for this book. de uma maneira ou de outra, passar pela transformagéo da Kundalini através da reabsorgéo da energia dos mundos da manifestagio ou chakras. Lila. Literaimente, jogo divino. A manifestacSo criativa de Deus, também chamada maya. Maya. Actemna ficg4o das infinitas manifestages possfveis da natureza do Absoluto (Advaita Vedanta). Mudra. Asana (postura) que produz a ativagao de energia no sistema. O termo também se refere a gestos misticos das méos, as vezes espontdneos em certas formas de yoga. Pode-se referir também a arroz queimado (uma das cinco coisas proibidas, consumidas noraro ritual tantrico de virasadhaka - 0 seguidor que tem controle sobre as energias sutis ¢ € valente como guerrciro). ‘Nada Yoga. A yoga do som. Inclui o cAntico dos mantras para ativar a energia no sistema, assim como © c&ntico de bhajans, ou cAnticos devocionais com escalas (raga) e ritmos (tala) muito complexos, que evoluem de uma confortdvel lentidao para velocidades incrfveis. Nirguna Brahman. O Absoluto sem atributos. A Realidade final. Nirvikalpa Samadhi. Samadhi sem semente; concentrago sem um objeto de concentracdo. Niyama. A segunda das oito préticas da Ashtanga Yoga — a observancia. OM. A silaba mistica (Pranava), que € o nome de Ishwara, E escrita em sAnscrito com trés letras: A, U eM. Quando usada em meditagao, a boca fica bem aberta ¢ arredondada. A lingua € trazida para baixo, produzindo o som de A. A medida em que o som continua, a boca fecha levemente cnquanto a lingua reiaxa gradualmente ¢ sc move para a frente, tocando a parte de tr4s dos dentes. O som continua alongado até o ar sair. O som vem do tan tien inferior (A), passa pelo tan tien médio (U), € finalmente vibra no tan tien superior (M). Pranamaya Kosha. Literalmente, o inv6lucro (kosha) em forma (maya) de energia (prana). Um dos cinco corpos do homem. Purusha, Elemento consciente. De acordo com a Filosofia da Yoga, a criagio bisica é dualista. Os dois elementos so Purusha, a consciéncia da experiencia, e Prakriti, as manifestagOes potenciais que o Purusha experimenta. Saguna Brahman. O Absoluto com trés atributos: existéncia, consciéncia e éxtase. Satchitananda. Os trés atributos de Saguna Brahman mencionados acima; manifestam-se no mundo como ser, saber c sentir. Shaki. O aspecto feminino (ativo) da Divindade, particularmente enfatizado pelos fil6sofos shivaitas (seguidores do deus Shiva). Shiva. O princfpio fecundo; a fonte criativa. © destruidor da iluséo. Sunyata. O Vazio, Wu Chi; aquilo que, quando cheio de tudo, permanece vazio. Tantra Shastra. O ‘itimo dos textos revelados da india. Os Vedas ensinavam idéias filosGficas superiores, mas com a deterioragéo da raga humana na Kali Yuga, Shiva, a pedido de Parvati (Shakti), ensinou uma nova série de préticas destinadas a ajudar o homem modemo a alcangar a iluminagio. Estes textos foram amaldigoados por causa de um profundo mal-entendido e pela identificagao de todo o Tantra, que atualmente per- meia a vida indiana, as prAticas religiosas, as purificag6cs ¢ rituais, com técnicas raras avangadas do cfrculo intemo de iniciados (veja mudra), Upanishads. Textos filosGficos que explicam, de varias maneiras, 0 trajeto do dualismo ao monismo. E interessante que a classe Brahmana, os padres, recorrem invariavelmente aos Khastrya, os reis-guerreiros, para conhecer a verdade monista. 143 Vishnu. O sustentador da trilogia indiana. Krishna é um dos avatares de Vishnu, as en- carnag6es do amor divino que se manifesta para ajudar a humanidade em ¢pocas de extrema coagéo. Isso est de acordo com a fungéo de sustentador da ilustio. O Décimo avatar ainda est4 para vir. ‘Yama. A primeira série de praticas formais da yoga de oito membros: restrigio. E tambémo nome do Deus da Morte. TERMOS CHINESES Chang San-feng. Fundador lendério do T’ai Chi Chuan, que viveu no século XIII; autor de Tai Chi Chuan Ching. Chi. Limite. A condigao extrema, na qual acontece © ponto de retorno. Ch’. Vontade de agado. O Demiurgo subjacente a criagao. Du (Du Mai ou Du Mo). 0 extraordindrio canal que corre ao longo da linha média da parte da frente do corpo. £ chamado de Vaso da Concepgdio. Hsing I Chuan. Literalmente, Punho da Mente. Uma das trés escolas interiorcs. Ki. Energia/matéria; aquilo de que € feito o universo manifesto. Mais particularmente, energias invisfveis que podem ser usadas na cura € nas artes marciais. Ki Kung. Exercicios para 0 desenvolvimento e controle do Ki. Existem vérias formas de Ki Kung, algumas voltadas para a satide, outras para a forga e até mesmo para a magica nas artes marciais. Kung Fu. Dom{nio da habilidade ou técnica. Kung Fu Tze (ou Tzu). O “filésofo da agéo correta” (Confu-cious), que codificou os tra- dicionais sistemas de valores encontrados na maioria das culturas orientais. Lao Tze (ou Taz). O “filésofo antigo”; origem do pensamento taofsta fundamental autor de Tao Te Ching. Li. A idéia, nogSo ou razfo subjacente que ativa uma ocorréncia. Moo Duk Kwan Tang Soo Do. Estilo coreano de Karate, que tem forte influéncia chin Pode-se traduzir como “a escola do guerreiro virtuoso da Arte das méos da Dinastia Tang”. Nei Chia. Escolas interiores de artes marciais que enfatizam o desenvolvimento de Ki. Pa Kua Chang. Literalmente, a palma de cito trigramas. Uma das trés tradicionais escolas interiores de artes marciais. Po. A alma animal que reside nos pulm6es, de acordo com a filosofia médica chinesa. Ren (Ren Mai ou Ren Mo). O extraordindrio canal que corre ao longo da linha média das costas e controla todos os canais Yang. fi chamado de Vaso Governante. ‘Shen. O centro emocional, ou do coragéo. A alma humana que reside no corago, segundo @ filosofia médica chinesa. Tai Chi Chuan, Literalmente, o Punho do Grande Limite. Uma das trés escolas interiores de artes marciais, Tan Tien, Literalmente, 0 campo das pilulas. O centro no qual as energias psiquicas s40 conservadas ¢ transformadas. No T’ai Chi Chuan, enfatizamos a abertura e desenvol- 144

Você também pode gostar