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TÍTULO DE CRÉDITOS
“O capital consiste de dinheiro, bens e recursos que são investidos na produção. A riqueza, por outro lado, é
enterrada debaixo do solo ou desperdiçada em atividades improdutivas. ”
CESARE VIVANTE: “Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. ”
Código Civil:
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido,
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
2. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
CONVENÇÃO DO CHEQUE – Decreto 57.595/66, vigorou de 04/03/1966 até 03/09/1985, com a edição da
Lei do Cheque (LCh), Lei 7357/85.
3. PRINCÍPIOS
1. LEGALIDADE: Só existe para o mundo cambiário o que está expresso no título. A literalidade decorre
do fato de o título de crédito corresponder a documento constitutivo de direito novo (relação cartular) e
não probatório. (*prolongamento)
DIREITO EMPRESARIAL
TÍTULO DE CRÉDITOS
c.1) ABSTRÇÃO: Significa que determinados títulos de crédito (LC, NP, Chq) podem resultar de qualquer
causa subjacente, mas dela se libertam após sua criação. Outros títulos de crédito (Duplicata,
Conhecimento de Depósito / Transporte), chamados de títulos causais, somente existem por conta da
relação causal (causa subjacente) que lhes deu origem.
c.2) INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA FÉ (LUG, Art. 17):
O devedor só pode apresentar exceção pessoal (em relação ao negócio jurídico subjacente que motivou
o saque) para o credor primitivo, mas não poderá apresentar exceção pessoal para o credor terceiro de
boa-fé. A lei não protege o terceiro de má-fé. (LUG, art.17; LCh, art.25; CCB, art.916).
4. CARACTERÍSTICAS
conforme entendimento da Súmula 387 STF, uma vez extinta a execução por ausência de requisitos
essencial (falto de preenchimento de formalidade) esse vício não pode ser sanado nem mesmo pelo credor
de boa-fé, após a realização da cobrança ou do protesto. Nessa situação caberá a cobrança pelas vias
ordinárias.
g) SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA: Havendo vários coobrigados e obedecidos os requisitos legais, o
credor poderá exigir a totalidade da dívida de UM, ALGUNS ou TODOS.
- Solidariedade Civil: Há uma causa comum entre os devedores; quem paga a totalidade da dívida, sempre
terá direito de regresso contra os demais, da quota-parte (CC/02, art.283); na solidariedade civil, o regresso
sempre poderá ser exercido contra TODOS os coobrigados; A interrupção da prescrição em face de um dos
devedores afeta aos demais (CC/02, art.202, §1°)
- Solidariedade Cambiária: Há uma pluralidade de prestações autônomas e independentes entre si; nem
sempre quem paga poderá exercer o direito de regresso (ex. aceitante, emitente), mas se puder, a cobrança
será na totalidade (LUG, art.49); na solidariedade cambiária, o regresso pode ser exercido contra a ‘cadeia’ de
devedores anteriores, jamais aos posteriores; A prescrição é individual, ou seja, corre ou se interrompe para
cada codevedor (LUG, art.71)
h) EXECUTIVA: Os títulos de crédito típicos gozam de executividade, por opção do legislador, como
estabelece o CPC:
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível
consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira
a liquidez da obrigação constante do título.
DIREITO EMPRESARIAL
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a) TÍTULOS ABSTRATOS: sem importância na causa; uma vez criado e posto em circulação, passa a
valer por si mesmo. → Ex: letra de câmbio, nota promissória.
6. APLICAÇÃO PRÁTICA
TÍTULOS DE CRÉDITO TÍPICOS (NOMINADOS): Lei Especial. Letra de Cambio e Nota Promissória
(LUG); Cheque (Lei n° 7.357/1985); Duplicata (Lei 5.474/1968).
O CCB diverge da norma especial e, por isso, NÃO SE APLICAM aos títulos de crédito nominativos (LC,
NP, Chq) os seguintes dispositivos:
Art.890. “Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade
prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. ” Justificativa: a
LUG permite (arts.5, 48, 49).
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Art. 897, §único. “É vedado o aval parcial. ” Justificativa: A LUG permite o aval parcial (art.30)
Art.914. “Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo
cumprimento da prestação constante do título. ” Justificativa: Na LUG, o endossante respondente pela
existência e solvência do título. (art.15)
Art.1647, III. “Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,
exceto no regime da separação absoluta: III - prestar fiança ou aval; ” Justificativa: a jurisprudência afastou
a exigência da outorga uxória (ou marital) para o aval em títulos de crédito nominativos, pois não existe essa
exigência na norma especial.
QUANTO AO MODELO
LIVRE VINCULADO
QUANTO À EMISSÃO
NÃO CAUSAL
CAUSAL
(ABSTRATO)
1. Título ao
Portador
CLASS.
TRADICIONAL
2. Título
Nominativo
QUANTO À
CIRCULAÇÃO 1. Título ao
Portador
CLASS.
2. Título Nominal
MODERNA
3. Título
Nominativo
8. CLASSIFICAÇÃO TRADICIONAL
a) TÍTULO AO PORTADOR: Não identifica o beneficiário; circula por tradição (entrega do título).
b) TÍTULO NOMINATIVO: Identifica o beneficiário, circula por endosso ou cessão. Lei 9.069/95 (Plano
Real), art.69. “Cheque acima de R$100,00 deve ser nominativo”.
b.1. NOMINATIVO à ORDEM: CIRCULA POR ENDOSSO. (Presunção legal). O endossante responde
pela existência e solvência do crédito.
b.2. NOMINATIVO NÃO À ORDEM: CIRCULA POR MEIO DE CESSÃO CIVIL. O cedente responde
pela existência, mas NÃO pela solvência do crédito.
ART.914 DO CC/02.
“Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo
cumprimento da prestação constante do título. ” (Endosso = cessão civil ?!?!?!?) =<<< errado>>> = SLIDE
15
NÃO SE APLICA ESSA REGRA, POR SE TRATAR REGRA GERAL. APLICA-SE A LEI UNIFORME
DE GENEBRA (L.U.G)
DIREITO EMPRESARIAL
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9. CLASSIFICAÇÃO MODERNA:
a) TÍTULO AO PORTADOR.
2 PARTES:
PROMESSA DE PROMITENTE e o
PAGAMENTO BENEFICIÁRIO
(Ex. NP, CCB)
QUANTO À
ESTRUTURA
3 PARTES: SACADOR,
ORDEM DE SACADO,
PAGAMENTO BENEFICIÁRIO (Ex. LC,
Cheque, DUPLICATA)
COMPONENTES:
CARLOS BENEFICIÁRIO
ANA SACADOR
JOSÉ SACADO
11. ACEITE
CONCEITO: É a declaração cambial de concordância com a ordem de pagamento dada. Portanto, não existe
aceite em Notas Promissórias.
IMPORTANTE:
• O ACEITE é facultativo na LC, inexistente no Cheque e obrigatório na Duplicata.
• DADO O ACEITE, O SACADO SE TORNA O PRINCIPAL DEVEDOR E O SACADOR O
CORRESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DO TÍTULO DE CRÉDITO.
• ACEITE PARCIAL – O SACADOR SE TORNA RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DA
DIFERENÇA.
EFEITOS DA RECUSA AO ACEITE (na LC) – LUG art.43, n.1:
1. TORNAR O SACADOR O DEVEDOR PRINCIPAL DO TÍTULO DE CRÉDITO.
2. VENCIMENTO ANTECIPADO DO TÍTULO.
a. CLÁUSULA NÃO ACEITÁVEL: IMPEDE A APRESENTAÇÃO AO ACEITE (antes do vencimento)
=> FINALIDADE: RECUSAR O VENCIMENTO ANTECIPADO DO TÍTULO DE CRÉDITO.
12. ENDOSSO
"in dorso" (no dorso, nas costas, no verso)
CONCEITO: “É o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula “à ordem” transmite o
direito ao valor constante do título a outra pessoa, sendo acompanhado da tradição da cártula, que
representa a transferência da posse desta. ”
EFEITOS DO ENDOSSO:
a) Transferência da titularidade do crédito do endossante ao endossatário. Assegura a existência e a
solvência do crédito.
b) Tornar o endossante codevedor do título de crédito. (Obs.: Tomador/beneficiário é sempre o 1º
endossante).
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TÍTULO DE CRÉDITOS
c) LOCAL DO ENDOSSO:
d) REGRA GERAL O ENDOSSO É LANÇADO NO VERSO (ATRÁS) DO TÍTULO, POR UMA
SIMPLES ASSINATURA DO ENDOSSANTE (EM BRANCO) OU ACOMPANHADO NO
NOME DO ENDOSSATÁRIO (EM PRETO).
e) EXCEÇÃO: É POSSÍVEL QUE O ENDOSSO SEJA FEITO NO ANVERSO (FRENTE DO
TÍTULO), MAS NESSA HIPÓTESE DEVERÁ CONTER EXPRESSÃO QUE INDIQUE ESSA
OBRIGAÇÃO (EX. “PAGUE-SE A.…”, ou “TRANSFIRO A …”, ou “ENDOSSO A....”)
1. ENDOSSO PRÓPRIO:
a) ENDOSSO EM BRANCO: SEM O NOME DO ENDOSSATÁRIO
b) ENDOSSO EM PRETO: COM A INDICAÇÃO DO NOME DO ENDOSSATÁRIO.
c) ENDOSSO PÓSTUMO ou TARDIO: APÓS O TÉRMINO DO PRAZO PARA DE PROTESTO ou DO
PRÓPRIO PROTESTO => EQUIVALE À CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO.
d) ENDOSSO SEM GARANTIA: ART.15 DA LUG: endossante não se responsabiliza pelo pagamento.
e) SEM CUSTAS/ SEM PROTESTO: art.46 da LUG: dispensa o portador do protesto por falta de aceite ou
pgto para exercer seus direitos.
e) ENDOSSO PARCIAL: NULO! NÃO EXISTE!
f) LIMITES AO ENDOSSO: NÃO HÁ LIMITE.
2. ENDOSSO IMPRÓPRIO
NÃO HÁ TRANSFERÊNCIA DA TITULARIDADE DO CRÉDITO
É UTILIZADO APENAS PARA LEGITIMAR A POSSE DO ENDOSSATÁRIO.
ENDOSSO MANDATO – É utilizado para transferir poderes e autorizar um terceiro a exercer
direitos inerentes ao título.
Partes: Endossante-mandante / Endossatário-mandatário
Expressão: Endosso por procuração.
Situação típica: cobrança do título
ENDOSSO CAUÇÃO (PIGNORATÍCIO) – É utilizado para instituir o penhor nos títulos de crédito,
dando-os em garantia.
Partes: Endossante-caucionante / Endossatário-caucionado
Expressão: “Em penhor”.
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4ª endossatária
3ª endossatária
2ª endossatária Fred
1ª endossatária Rita
Edu
Bia
Cris
Carlos
Sacado
13. AVAL
CONCEITO:
“É a declaração cambiária decorrente de uma manifestação unilateral de vontade pela qual a pessoa, física
ou jurídica, assume a obrigação cambiária autônoma e incondicional de garantir no vencimento, o
pagamento do título nas condições nele estabelecidas. ”
PARTES: AVALISTA / AVALIZADO
LOCAL DO AVAL:
REGRA GERAL O AVAL É LANÇADO NO ANVERSO (FRENTE) DO TÍTULO, POR UMA SIMPLES
ASSINATURA DO AVALISTA (EM BRANCO) OU ACOMPANHADO NO NOME DO AVALIZADO
(EM PRETO).
OBS.: NO AVAL EM BRANCO DE UMA LC, O AVALIZADO É O SACADOR (quem sacou o título)
(Art.31 da LUG)
EXCEÇÃO: É POSSÍVEL QUE O AVAL SEJA FEITO NO VERSO (ATRÁS DO TÍTULO), MAS
NESSA HIPÓTESE DEVERÁ CONTER EXPRESSÃO QUE INDIQUE ESSA OBRIGAÇÃO (EX.
“AVALIZO A.…” ou “GARANTO A.…”)
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AVAL PARCIAL
CÓDIGO CIVIL - ART.897. “O pagamento do título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma
determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. ”
LUG (DECRETO LEI 57.663/66) – ART.30. “O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte
garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. ”
PREVALECE A LEI ESPECIAL: ADMITE o AVAL PARCIAL
CÓDIGO CIVIL - ART.1647, III: “Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges
pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
III - prestar fiança ou aval;
Solução jurisprudencial: Não é necessária a outorga para os títulos de crédito típicos/nominado, como a LC,
NP, Duplicata.
DIREITO CAMBIÁRIO E PROCESSUALCIVIL. RECURSO ESPECIAL. REVELIA. EFEITOS
RELATIVOS. AVAL. NECESSIDADE DE OUTORGA UXÓRIA OU MARITAL. DISPOSIÇÃO
RESTRITA AOS TÍTULOS DE CRÉDITO INOMINADOS OU ATÍPICOS. ART. 1.647, III, DO CC/2002.
INTERPRETAÇÃO QUE DEMANDA OBSERVÂNCIA À RESSALVA EXPRESSADO ART. 903 DO CC
E AO DISPOSTO NA LUG ACERCA DO AVAL. REVISÃO DO ENTENDIMENTO DO COLEGIADO.
COGITAÇÃO DE APLICAÇÃO DA REGRA NOVA PARA AVAL DADO ANTES DA VIGÊNCIA
DONOVO CC. MANIFESTA INVIABILIDADE. STJ - RESP 1633399 / SP2014/0316484-3.
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que
sejam primeiro executados os bens do devedor.
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Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do
devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
I - Se ele o renunciou expressamente;
II - Se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;
III - Se o devedor for insolvente, ou falido.
EFEITOS DO VENCIMENTO:
1. O TÍTULO TORNA-SE EXIGÍVEL EM FACE DO ACEITANTE (SACADO), DO SACADOR,
ENDOSSANTES E COOBRIGADOS (AVALISTAS).
2. O TÍTULO PERDE O PODER DE CIRCULAÇÃO POR ENDOSSO, ADMITE-SE APENAS A
CESSÃO CIVIL.
3. A FALTA DE DATA AO ACEITE na modalidade de vencimento “A TEMPO CERTO DA
VISTA”.
Situação: O credor apresenta o título para o sacado aceitar (dar a vista) e nesse momento a sacado ACEITA,
mas não coloca a data. Logo, quando começa a correr o prazo para o vencimento?
Solução da LUG:
1. O Credor De Boa-Fé Pode Datar O Aceite, Indicando A Data Em Que Ele Efetivamente Ocorreu.
2. O Credor Pode Protestar O Título Por Falta De Aceite E, Caso O Sacado Não Compareça Ao Cartório,
Adota-Se A Data Do Protesto.
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3. Se O Credor Preferir Não Protestar, O Credor Pode Considerar O Aceite Como Sendo O Último Dia Do
Prazo Para Apresentação, Ou Seja, Até 1 (Um) Ano Após O Saque.
CONTAGEM DE PRAZOS
A) VENCIMENTO DE LETRA SACADA A “UM OU MAIS MESES DATA DE SAQUE”. NA
DATA CORRESPONDENTE OU NO ÚLTIMO DIA DO MÊS. (Ex. Vencimento em 4 meses).
B) A EXPRESSÃO “MEIO MÊS”, SIGNIFICA 15 DIAS.
C) A EXPRESSÃO “INÍCIO”, “MEADOS” ou “FIM” DE MÊS, CORRESPONDE AO DIA 1, 15 e
ÚLTIMO DIA DO MÊS.
PROTESTO
CONCEITO:
“É ato formal e solene pelo qual se provam a inadimplência e o descumprimento da obrigação principal. ”
(LEI 9.492/97, art.1º). É um ato cambiário público, solene e extrajudicial, feito fora do título. Não cria
direitos, mas é um meio especialíssimo de prova.
FÁBIO ULHOA COELHO:
“É o ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, para fins de incorporar, ao título, a prova de
fato relevante para as relações cambiais, por exemplo, a falta de aceite ou de pagamento”.
14.DUPLICATA
Art.. 1º em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território
brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho
das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador.
§ 1º A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará
somente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, despachos
ou entregas das mercadorias.
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ACEITE
Art. 6º A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus
representantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou, correspondentes
que se incumbam de apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de seu estabelecimento,
podendo os intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-la em seu poder até o
momento do resgate, segundo as instruções de quem lhes cometeu o encargo.
§ 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua emissão.
Art. 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao
apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação,
devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta
do aceite.
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DUPLICATA MERCANTIL
Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por
sua conta e risco;
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DUPLICATA DE SERVIÇOS
Art . 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo de:
I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados;
II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
ENDOSSO:
PROTESTO
FALTA DE ACEITE, DE DEVOLUÇÃO OU PAGAMENTO
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
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TÍTULO DE CRÉDITOS
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso,
mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do
portador, na falta de devolução do título.
§ 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de
devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
§ 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título.
§ 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da
30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os
endossantes e respectivos avalistas.
Comarca: Americana
COMPETÊNCIAS
PROTESTO: TABELIÃO DE PROTESTOS DA PRAÇA DE PAGAMENTO
CONSTANTE DO TÍTULO, NO PRAZO DE 30 DIAS DE SEU VENCIMENTO.
AÇÃO DE EXECUÇÃO: JUÍZO DA PRAÇA DO PAGAMENTO ou DO DOMICÍLIO DO
DEVEDOR.
PRAZOS DE PRESCRIÇÃO
A) 3 ANOS DO VENCIMENTO – CONTRA O SACADO E SEU AVALISTA.
B) 1 ANO DO PROTESTO - CONTRA O ENDOSSANTE E SEUS AVALISTAS.
C) 1 ANO DO PAGAMENTO – PARA EFEITO DE AÇÃO REGRESSIVA ENTRE
QUALQUER DOS COOBRIGADOS.
AVAL
• Vale a regra geral.
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TÍTULO DE CRÉDITOS
AÇÕES CAMBIAIS
Art . 59 prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração (término) do prazo de
apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador.
Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro
prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em
que foi demandado.
Art . 60 A interrupção da prescrição produz efeito somente contra o obrigado em relação ao
qual foi promovido o ato interruptivo.
Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram
injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia
em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.
Art . 62 Salvo prova de novação, a emissão ou a transferência do cheque não exclui a ação
fundada na relação causal, feita a prova do não-pagamento.
(iii) ação monitória - Súmula nº 503 do STJ. O prazo para ajuizamento de ação monitória em
face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data
de emissão estampada na cártula e
(v) ação ordinária de cobrança (causal) – 5 anos, art.206, Parágrafo 5º, do Código Civil do
vencimento da obrigação.
Motivo 21 - Cheque sustado ou revogado (por desacordo comercial, e não precisa de B. O.);
Motivo 28 - Cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio (este motivo
exige o B. O - Resolução nº 3.972/2011 do CMN.).
CUIDADO PARA SUSTAR UM CHEQUE
Atenção – crime de estelionato: art.171, par.2º, VI do CP.
O cheque com o carimbo da recusa do pagamento, pelo banco sacado, supre a necessidade do
protesto em face dos coobrigados.
É imprescindível o endereço e número de documento do emitente. Em se tratando de conta
conjunta, será protestado quem assinou o cheque. O cheque tanto poderá ser protestado no
domicílio do Banco quanto do emitente.
Não é permitido o protesto dos cheques que tenham sido devolvidos pelo Banco sacado
pelas alíneas 20, 25, 28, 30 e 35 (FURTO, ROUBO, FRAUDE ou EXTRAVIO) Provimento
27/2013 TJSP, Capítulo XV, seção III, item 32.CGJ. e PROVIMENTO 30/2013 CNJ.
É vedado também o protesto de cheque devolvido pela alínea 70.
Admite-se o protesto do cheque fora do prazo de apresentação (30d ou 60d) pois serve para
produzir outros efeitos (interromper a prescrição, impontualidade falimentar).
Para protesto, é necessário a reapresentação ao banco para a liquidação. O tabelião verificará
o motivo da nova devolução (Provimento 27/2013, Capítulo XV, seção III, item 33,33.1).
DIREITO EMPRESARIAL
TÍTULO DE CRÉDITOS
"CHEQUES PÓS DATADOS": cheques apresentados ao banco sacado antes da data pactuada,
não são passíveis de protesto. Proc. 32028/2009 CGJ e Súmula nº. 370 do STJ.