As crônicas de Tiago Maria são livres como o menino sem-vergonha que espia a moça
no banheiro do colégio. Sem compromisso com forma, assumem o tamanho que o
escritor julga necessário para tratar de cada tema – o cotidiano da cidade, a vida em família, as referências literárias, os devaneios líricos comedidos. Afinal, todo assunto é possível na paleta de cores de um cronista. E com atenção ao ritmo das palavras, à cadência de cada frase, Tiago se expõe na vitrine deste compilado como quem não quer nada mas leva tudo a sério. Como convém aos cronistas.