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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Laboratório Didático de Física Moderna

CF357 - LABORATÓRIO DE FÍSICA MODERNA


&
CF1823 - LABORATÓRIO DE FÍSICA MODERNA 1

Roteiros para Experimentos do


Laboratório Didático de Física Moderna

labmoderna.com

Primeira Versão: 06.JUNHO.2022.


Atualizado em: 13.JUNHO.2022.
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Determinação Óptica da Espessura e do gap


de Semicondutores

Figura 1: Conjunto instrumental.

Nesta experiência você utilizará a luz para caracterizar dois semicondutores. Na

primeira parte você determinará a espessura de uma lâmina de Si (Silício), e, na segunda,

determinará o chamado gap óptico de uma lâmina de GaAs (Arseneto de Gálio).

As propriedades ópticas de semicondutores são importantes na tecnologia atual.

Por exemplo, fotodetectores, células solares, LEDs, dispositivos fotocondutores e diodos

laser são alguns exemplos.

Questionário para estudos

PARTE 1

1) Qual é a faixa em eV, Hz, nm e cm -1 da luz visível ao ser humano? Em qual faixa
falamos de infravermelho?

2) O que é fase de uma onda? Descreva uma onda em termos matemáticos.

3) O que é a interferência de ondas?


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4) Observando a Figura 2, vemos um raio de luz incidindo sobre uma lâmina de


espessura t. Em A, parte da luz reflete e parte da luz refrata, propagando-se até B. Em B,
repete-se o fenômeno. Se a lâmina é fina o suficiente, então os raios refletidos em A e B
podem interferir entre si. A mesma interferência acontece com os raios transmitidos em B
e D. Quando a luz vem de um meio com índice de refração menor e reflete na superfície
de um meio com índice de refração maior, a onda sofre uma mudança de fase de 180°,
como mostrado na Figura 3.

Figura 2 Figura 3

Em A, ocorre mudança de fase. Em B, não. Admitindo a luz como uma onda se


propagando no ar e para uma incidência normal à superfície de uma lâmina com índice
de refração n, deduza as condições abaixo de interferência construtiva e destrutiva na
situação de transmissão da luz.

➔ Construtivo: 2 n t = (m + 1/2) λm

➔ Destrutivo: 2 n t = m λm

5) Descreva o espectro luminoso da faixa do ultravioleta ao infravermelho utilizando


comprimento de onda em nanômetros e energia em eléctrons-volts.

6) Explique porque as bolhas de sabão ficam coloridas se iluminadas com luz branca.
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PARTE 2

1) Explique o que é um semicondutor, bandas de energia de valência e condução e o


gap de energia.

2) Descreva algumas experiências a fazer se você quiser tirar um portador da banda


de valência de um semicondutor e colocá-lo na banda de condução.

3) Liste alguns semicondutores conhecidos e seus respectivos gaps de energia.

Experimento

PARTE 1

1) Abra o software “Spectra Suite”. Nele, o espectrômetro Red Tide deve aparecer no
canto esquerdo da tela e imediatamente deve mostrar um espectro no gráfico.

2) A lâmpada incandescente é ativada com um botão de liga/desliga na parte traseira da


fonte de luz da PASCO e após isso basta girar o botão superior ao equipamento para
ajustar a luz da lâmpada. Junto a saída de luz da fonte há um diafragma (obturador) que
pode vir a ser utilizado.

3) Capte um espectro da lâmpada. Salve este espectro e aprenda a graficá-lo


exportando-o para o programa Origin.

4) Coloque a lâmina de Si micrométrica em frente à lâmpada e ajuste até captar as


oscilações interferenciais. Salve o gráfico T (transmissão) contra λ (nm) e passe para o
Origin.

5) Com o gráfico no Origin, colete ao menos 15 máximos (ou mínimos) (m de 0 a 15) em


intensidade das oscilações na região do infravermelho. Anote números inteiros,
começando com zero em um máximo (ou mínimo) qualquer e anote o comprimento de
onda correspondente. Faça uma tabela.

6) Faça um gráfico 1/λ contra m.

7) Obtenha a espessura da lâmina de Si usando o índice de refração da Figura 4.


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Figura 4 – Índice de refração do Si: a parte


real está em azul e a parte imaginária está
em vermelho. Na figura observa-se algumas
características ópticas do Si. O índice de
refração real n do Si é quase constante de
600 nm para cima. O índice de refração
imaginário k é zero do visível ao
infravermelho e não vai nos complicar a vida
(ñ=n+ik, lembra? k fala da absorção da luz no
meio).

8-Confira a espessura obtida com o professor.

PARTE 2

1) Volte ao Spectra Suite.

2) Obtenha um espectro da lâmpada sem a lâmina de GaAs.

3) Obtenha um espectro da lâmpada com a lâmina de GaAs. Veja o que mudou.

4) Passe os valores para o Origin e plot T(λ).

5) Extrapole o gráfico e obtenha o gap óptico do GaAs. Descreva qual o conceito físico
no qual esta técnica de análise está embasada.

6) Confira com o valor tabelado.


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Difração de Elétrons

Figura 1: Conjunto instrumental.

Apesar de todas as evidências obtidas até agora neste curso de que o elétron
comporta-se como uma partícula, observadas direta ou indiretamente nas experiências da
razão e/m, do efeito fotoelétrico e do experimento de Franck-Hertz, pode-se mostrar clara
e insofismavelmente1 que o elétron comporta-se como uma onda.
Na experiência do efeito fotoelétrico foi observado que a luz, sendo uma onda
eletromagnética, tinha todas as características de uma partícula nomeada por fóton. No
experimento de difração de elétrons, verifica-se o contrário: o elétron, que deveria
comportar-se como partícula, comporta-se como onda.
Foi Louis de Broglie, em 1924, quem primeiro ousou imaginar que os aspectos
ondulatórios da matéria fossem relacionados com seus aspectos corpusculares
exatamente da mesma forma quantitativa com que esses aspectos são relacionados para
a radiação. Partículas comportam-se como ondas e que ondas também se comportam

1
Adjetivo: Que não se pode duvidar; que não se consegue deturpar através de sofismas; indiscutível.
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como partículas. É a dualidade onda-partícula, ideia pela qual de Broglie ganhou o Nobel
em 1929.
Foram Davisson e Germer que, em 1927, demonstraram claramente que elétrons
difratavam como luz, confirmando a ousadia de de Broglie. O experimento de Davisson e
Germer foi realizado com elétrons de 54 eV incidindo num monocristal de Ni. Davisson e
Germer receberam o Nobel em 1937 devido a esta demonstração.
De Broglie postulou que partículas de massa m e velocidade v teriam um momento
linear na forma:
𝑝 = ℎ/λ = 𝑚𝑣
e uma energia cinética:
2
𝐸𝐶 = ℎν = 𝑚𝑣 /2

Davisson e Germer utilizaram-se das ideias de von Laue e Bragg e fizeram incidir
estas "ondas" sobre uma rede de difração natural, os cristais de matéria condensada. O
raciocínio era idêntico ao de Bragg: se fótons de raios X de comprimento de onda λ
incidem sobre um cristal de parâmetro de rede d, então teremos máximos de interferência
das ondas difratadas em um ângulo ϴ tal que:
2𝑑𝑠𝑖𝑛θ = 𝑛λ
Para elétrons caracterizados com um momentum p e um comprimento de onda λ,
espera-se interferências construtivas em certos ângulos bem determinados, como na Lei
de Bragg, acima. Hoje, a difração de elétrons é uma ferramenta muito comum usada na
caracterização de cristais. Esta técnica é encontrada em microscópios eletrônicos de
transmissão e em câmaras de LEED (low energy electron diffraction) ou de RHEED
(reflection high energy electron diffraction)
O tubo de difração de elétrons que será utilizado neste experimento é composto de
um canhão de elétrons, um cristal de grafite plano e uma tela fluorescente para a
visualização do fenômeno, tudo em vácuo no interior de um bulbo de vidro. Os elétrons
são produzidos pelo efeito termoiônico num filamento quente. Há uma série de grades e
aberturas, as quais, se devidamente manejadas com potenciais adequados, geram um
feixe de elétrons colimados. Este feixe incide numa lâmina plana muito fina de grafite,
transparente para os elétrons.
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O grafite é um cristal composto de monocamadas de carbono (Fig. 1) ligadas entre
si por fracas forças de Van der Waals. Dentro das monocamadas cada carbono está
ligado a outro por orbitais híbridos sp2 covalentes. Estas ligações sp2 fazem entre si
ângulos de 120°, o que leva a uma geometria hexagonal da rede cristalina. A rede do
grafite é composta por planos principais de átomos de carbono afastados entre si de
distâncias d bem características, as quais foram determinadas por difração de raios-x.
Chamamos a atenção para duas distâncias interplanares principais importantes, de 0.213
nm e 0.123 nm, que aparecem no cristal de grafite (Fig. 1) e que vão ser os principais
planos de difração na sua experiência.

Figura 2: Rede cristalina do grafite (esquerda). Distâncias interplanares responsáveis pelos principais anéis
de difração a serem observados no experimento (direita).

É importante lembrar que a lâmina de grafite não é monocristalina. O policristal de


grafite é formado por camadas planas de hexágonos sem compromisso de orientação
umas com as outras. Portanto a difração ocorrerá em um cristal de grafite cuja orientação
das células hexagonais é aleatória. Os elétrons atravessam o cristal, difratam segundo a
Lei de Bragg, e geram círculos de difração sobre na fluorescente. A distância entre cristal
e tela L é de 125 ± 2 mm e sendo R o raio do anel de difração temos que:
𝑅
𝑡𝑔(2θ) = 𝐿
.

Para ângulos pequenos:


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𝑅
2𝑠𝑖𝑛θ = 𝐿
.

Usando a Lei de Bragg (n = 1) teremos:


λ𝐿 = 𝑑𝑅.
Esta relação é utilizada por especialistas que operam qualquer microscópio
eletrônico de transmissão no modo difração.

Questionário

1. O que é a dualidade onda-partícula?

2. Como interpretamos uma onda de matéria na física moderna?

3. Qual a diferença entre a velocidade de fase e a velocidade de grupo de

4. uma onda?

5. Defina difração de uma onda.

6. Defina um sólido cristalino, policristalino e amorfo.

7. Qual é a diferença entre grafite, grafita e grafeno?

8. Há outros materiais que como o carbono tem alótropos e polítipos? Cite

9. alguns.

10. Pesquise qual é a maior porção de matéria cujo comportamento de onda de

11. matéria foi verificado experimentalmente.


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Experimento

PARTE 1 – Procedimento de Operação

1) Se necessário, ligue os fios às fontes de tensão. Siga o esquema abaixo (Fig. 3).
Chame o mestre para a conferência do circuíto do tubo de difração de elétrons.

Figura 3: Esquema de ligação do experimento de difração de elétrons

AVISO: NÃO UTILIZE O TUBO EM TENSÕES ≥ 5.0 kV!

2) Ligue as fontes. Ligar a tensão de aquecimento e esperar cerca de 1 minuto até que o
desempenho de aquecimento seja estável. Após isso, faça aparecer os anéis de difração
dos elétrons na folha de grafite. Cada um dos anéis corresponde a uma reflexão de Bragg
nos átomos de um nível da rede do grafite.

3) Para a medida do raio R sugerimos utilizar o paquímetro de plástico. Porquê?

4) Primeiro veja se as velocidades eletrônicas neste experimento (V = 2.000 → 5.000 V)


são relativísticas ou não. Se forem tem que cuidar nos cálculos que seguem!
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5) Meça agora o raio dos dois anéis centrais para um bom número de voltagens de
aceleração entre 2 e 5 kV. Anote R e V numa tabela. Um leve rearranjo das outras
voltagens de controle do feixe de elétrons melhora a imagem para cada voltagem de
aceleração.

6) Faça gráficos de R versus V-1/2 e obtenha d1 e d2 a partir do coeficiente angular da reta.


Dica: use a conservação da energia, o postulado de de Broglie e a relaçãoλ𝐿 = 𝑑𝑅.

7) Mostre que para mesmas voltagens de aceleração o produto 𝑑1𝑅1 = 𝑑2𝑅2.

8) Outro tratamento: admitindo o valor oficial para o espaçamento atômico do grafite, faça
gráficos de λ versus V-1/2 e obtenha o valor da constante de Planck.

PARTE 2 – Análise de dados

1) Faça um cálculo rápido para verificar se seus elétrons são relativísticos ou não.
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2) Faça uma tabela com valores de R1, R2 e V(kV)
R1 R2 V(kV)

3) Faça gráficos de R versus V-1/2 e obtenha d1 e d2. Indique o procedimento para


encontrar os valores.
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4) Mostre que para mesmas voltagens de aceleração o produto𝑑1𝑅1 = 𝑑2𝑅2.

5) Admitindo o valor oficial para o espaçamento atômico do grafite, faça gráficos de λ


versus V-1/2 e obtenha o valor da constante de Planck.
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Primeira Versão: 06/jun/2022 - Atualizado em: 12/jun/2022.

Difração de Raios X

Figura 1: Instrumental

Entende-se por raios X, a região do espectro eletromagnético com comprimentos


de ondas no intervalo aproximado de 1 nm a 1000 nm. A compreensão da interação desta
radiação com a matéria trouxe avanços no desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Fótons deste intervalo de comprimento de onda são utilizados para analisar estruturas
desde a escala atômica até dimensões de galáxias e a formação por colisão entre
aglomerados de galáxias. Neste experimento vamos estudar o fenômeno de difração de
raios-X em monocristais.
Os raios-x foram descobertos por Röntgen em 1895. As propriedades interessantes
como propagação em linha reta, atravessar materiais, ionizar o ar e produzir fluorescência
em certos sais não eram compreendidos. Muito se aprendeu sobre os raios X nos anos
seguintes, mas com relação ao fenômeno de difração, a contribuição fundamental veio de
Max von Laue, em 1912. Ele explicou o fenômeno de difração, observado em um
monocristal de Sulfato de Cobre, associando a ideia de que cristais são constituídos por
um arranjo periódico de átomos (osciladores) e que os raios X têm o mesmo
comportamento da luz visível, mas com comprimento de onda da ordem de Angström.
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Figura 2: Esquema para explicar a Lei de Bragg

Também em 1912, William Henry Bragg encontrou uma alternativa para explicar os
resultados de Laue em termos da “reflexão de ondas por planos atômicos do cristal”,
tornando mais simples a compreensão do fenômeno. Atualmente o modelo de Bragg é o
mais utilizado.
A Lei de Bragg pode ser deduzida considerando-se o esquema da Figura 2. Um
conjunto de planos cristalinos é representado por retas paralelas equidistantes de 𝑑, a
distância entre planos. Quando uma frente de onda monocromática de comprimento de
onda λ incide em um certo angulo θ sobre este conjunto de planos, haverá um reforço na
intensidade espalhada numa certa direção se a diferença de caminho entre os raios
(ondas) espalhados pelo plano superior e inferior for um múltiplo inteiro 𝑛 do comprimento
de onda incidente, ou seja:

𝑛 λ = 2 𝑑 𝑠𝑖𝑛θ
Neste caso, o ângulo θ é conhecido como ângulo de Bragg.
A lei de Bragg envolve três variáveis: λ, θ e 𝑑. Na prática, geralmente conhecesse
uma, mede-se outra e obtém-se a terceira. Em experiências de espectroscopia,
conhece-se 𝑑, mede-se θ, e determina-se λ. Em difração, conhece-se o λ (usa-se
geralmente radiação monocromática), mede-se θ e determina-se 𝑑 que é particular para
cada material.
Hoje conhecemos muito bem os raios X de Röntgen, mas foi no início do século
XX, anos de grande desbravamento científico, quando nasce a mecânica quântica, que se
pode formular uma explicação completa para a origem da radiação X. Os espectros de
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raios X gerados em ampolas convencionais é resultado da colisão e frenagem de elétrons


contra um alvo metálico. Neste espectro há uma contribuição contínua, explicada
classicamente, pois a carga acelerada emite radiação, e uma parte discreta, é
característica do elemento alvo utilizado. Esta última pode ser explicada unicamente pela
mecânica quântica, pois os elétrons nos átomos possuem níveis de energias discretos.
Quando elétrons de energia suficiente, ou seja, maior que a energia de ligação,
incidem sobre um alvo, pode ocorrer que elétrons da camada mais interna (K) desse
Átomo sejam removidos, deixando por algum instante um átomo ionizado. Elétrons de
diferentes níveis do átomo podem, dependendo da probabilidade de transição, ocupar
esta vaga eletrônica na camada K. Quando isto ocorre, há a emissão de um fóton com a
diferença de energia entre os níveis. Este fóton é batizado com um nome de acordo com
diferença de energia, isto é, entre os níveis em que ocorre a transição. Por exemplo, para
o alvo de Cobre: A linha Kα refere-se à transição entre níveis L→K, com energia de 8,038
keV; a linha Kβ refere-se à transição entre níveis M→K, com energia de 8,905 keV. A
Figura 3 apresenta esquematicamente os níveis de energia de um átomo de Cobre.

Figura 3: Diagrama esquemático dos níveis de energia do Cu (Z=29)


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Neste experimento procuramos compreender melhor a geração de fótons na faixa


dos raios X, sua interação com a matéria e o fenômeno de difração por um material
monocristalino. Usaremos um equipamento didático da Phywe composto por uma unidade
geradora de raios X com dois eixos de rotações concêntricos, um sobre o qual é colocada
a amostra (eixo θ) e o outro onde está fixo um detector (eixo 2θ) A coleta de dados é
realizada usando uma “interface” de comunicação Cobra3 e o software Measure.

Roteiro para a introdução

1. Escreva um pouco sobre a descoberta dos raios X.


2. Defina um cristal, descreva os arranjos cristalinos, distância interplanar e
parâmetro de rede.
3. Defina os índices de Miller.
4. Descreva um policristal e um amorfo.
5. Em seguida, para obtermos uma noção de tamanhos envolvidos, considere que o
ouro tem um número atômico Z = 79 e uma massa atômica A = 197 uma (1 uma é
igual a 1.6605×10−27 kg). Sua densidade é 19.3 g/cm3. Considerando o átomo de
ouro como uma bolinha homogênea, estime o diâmetro desta bolinha e também a
distância entre bolinhas vizinhas se estiverem empilhadas.
6. No experimento, utilizaremos cristais de LiF e Kbr. Determine suas estruturas
cristalinas, espaçamentos entre planos atômicos e parâmetros de rede.
7. Escreva como parâmetro de rede e espaçamento atômico se relacionam para o
caso destes dois cristais
8. Agora, defina o que chamamos de raios X em termos de sua energia e
comprimento de onda.
9. Escreva sobre como gerar um feixe de raios X, sobre difração e a equação de
Bragg, identificando cada termo e descrevendo o que chamamos condição de
difração de Bragg.
10. Escreva sobre as radiações Kα e Kβ do cobre, indicando seus comprimentos de
onda e energia em nm e eV respectivamente.
11. Por fim, descreva como funciona um detector de Geiger-Müller que será usado
para a detecção dos raios X no experimento.

Conhecendo o Equipamento e o Software

1. Identifique as partes do instrumental utilizado (veja FIGURA 1).


2. Ligue os disjuntores da bancada.
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3. Ligue o difratômetro Phywe, cuja chave geral fica na parte traseira do


equipamento.
4. Ligue a interface Cobra3 alimentada com 12 V pela fonte encontrada sobre a
mesa.
5. Ligue o computador.
6. Ligue o contador de pulsos Geiger-Müller (GM) do difratômetro.
7. Localize o ícone para o software Measure (Phywe Measure versão 4.6.13.1) no
computador disposto na bancada.

No difratômetro:
OBS: Por enquanto não mexa nas chaves e posições do difratômetro.

Figura 4: Painel do Difratômetro PHYWE

1. A alta tensão no tubo de raios-X é apresentada no painel com 3 dígitos. O ajuste


da tensão é obtido pelos botões (+) e (-), com o passo de 100 V (0.1 kV).
2. Existem 4 botões para controle e posicionamento dos braços θ e braço 2θ.

i. O terceiro botão de controle e posicionamento é responsável por


posicionar em 0°.

ii. O quarto botão de controle e posicionamento (AUTO) é responsável


por iniciar a leitura quando pressionado durante alguns segundos.

3. Uma chave indica: V1, V2, V3. São as três velocidades possíveis de varredura. V1
é a mais lenta e V3 a mais rápida. A chave deve estar na posição V1 (conforme
FIGURA 4).
4. Outra chave indica "tuboGM", "cristal" e "tuboGM+cristal". Esta deve permanecer
na posição "tuboGM+cristal" (conforme FIGURA 4).
5. Uma chave adicional do tipo alavanca é utilizada para indicar a forma de saída do
sinal correspondente ao ângulo de varredura "GM" ou "cristal". Ela deve
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permanecer na posição "cristal" (conforme FIGURA 4), para todas as medidas


realizadas nesta prática.
6. A intensidade do feixe de raios-X é medida com um detector tipo Geiger-Müller
(GM) fixo no braço de rotação 2θ. Este detector tem a característica particular de
não permitir a seleção da energia do fóton, ou seja, os fótons de alta e baixa
energia são detectados igualmente.
7. O sinal da intensidade detectada pelo GM (conector BNC) vai para a entrada da
interface Cobra3 e também ao módulo contador GM. Neste contador, o LED verde
abaixo do símbolo do alto-falante, deve estar ligado.
8. O sinal do posicionamento angular do cristal é levado também à interface através
dos conectores do tipo "banana" (vermelho e azul).
9. As amostras a serem utilizadas podem ser removidas de forma suave do eixo
central utilizando os dois pinos guias. Quando a equipe estiver pronta para
executar esta operação de troca, chame o professor.
10. Um suporte com filtro de Ni (lâmina de espessura de 10 µm) deverá ser colocado
sobre o colimador de entrada na segunda parte desta prática, interceptando o feixe
de raios X antes de atingir a amostra.
11. Muito importante é o protetor do detector do feixe de raios X. É simplesmente uma
lâmina de chumbo que deve ser posicionado entre a amostra e detector em 2θ
igual a zero, para evitar que durante a varredura o feixe incidente atinja
diretamente o detector, provocando danos irreparáveis.
12. Por questão de segurança, utilize valores de até 20 kV no equipamento. Além
disso, ao realizar a abertura da porta de vidro do difratômetro, o equipamento irá
zerar o valor de kV.

No computador

1. Na tela principal do computador você encontra o ícone do software Measure. Ao


abri-lo, há uma série de recursos, mas será utilizada apenas a opção “Nova
medida”, cujo atalho é indicado por um círculo vermelho (esta mesma opção se
encontra no menu “Arquivo/Nova medida…”). Ao abrir "Nova medida", surge uma
janela, na qual se deve confirmar o ângulo θ inicial, que deverá ficar em 0° e o
ângulo de parada em 90°, conforme figura abaixo.
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Figura 5: Software Measure – Nova medida.

2. Para iniciar uma medida, deve-se confirmar no computador e em seguida


apertar no difratômetro o botão AUTO. Assim, a amostra e detector farão o
movimento de rotação θ e 2θ respectivamente, enquanto o programa "Measure"
fará a coleta da intensidade e ângulo θ. O gráfico (difratograma), resultado da
medida, só aparece na tela depois de terminada a varredura angular.
3. Terminada uma varredura, salve o resultado do Software Measure em dois
arquivos de dados na área de trabalho do computador: um fazendo a opção salvar
com extensão msr e outro deve ser exportado com extensão txt. Este último
arquivo, em formato texto, poderá ser lido com outro software, e ser utilizado para
análise e apresentação dos resultados no relatório.
4. No software de análise de dados de sua escolha1, a leitura deve ser através da
opção import wizard. Na janela que abre você selecionará o delimitador: TAB. Na
sequência, ajuste o Numeric Separator adequadamente. Em seguida importe os
dados. Desta forma seus dados serão lidos corretamente.
5. SALVE TODOS OS SEUS DADOS (UTILIZANDO APENAS PEN-DRIVE OU
ENVIOS DIRETAMENTE PELA INTERNET).

1
Recomendamos o uso dos softwares: Origin, SciDavi’s, GNUPLOT e LibreOffice Calc.
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Experimento

PARTE 1: Obtenção do difratograma de um monocristal de KBr (brometo de


potássio).

No difratômetro
1. Para começar coloque o colimador na saída do tubo de raios X.
2. Posicione inicialmente o monocristal KBr sobre o eixo central (θ).
3. Certifique-se que o protetor do detector contra a incidência direta do feixe esteja
corretamente posicionado.
4. Ajuste o ângulo inicial de varredura. Note que os movimentos dos dois braços
indicadores são acoplados: um θ, o outro 2θ. Escolha, por exemplo, θ=0°. O ângulo
final é definido automaticamente quando termina a varredura em θ=45°.
5. Por padrão, a velocidade de varredura deve ser a V1, que é a mais lenta.
6. As chaves frontais seletoras de saída devem estar posicionadas em: "tuboGM +
cristal" e "cristal", conforme mencionado antes.
7. A porta do difratômetro deve estar fechada.
8. Ajuste gradativamente a alta tensão do gerador de raios-X para 20 kV. Observe
que com o aumento da tensão, a frequência do sinal de áudio no GM se intensifica.
A cada "click" pode se dizer que um fóton de raios-X foi contado.

No programa Measure:
1. Iniciar pela opção: Nova Medida.
2. Defina o ângulo inicial (2θ=0°) e final (2θ=90°), conforme a indicação do
difratômetro.
3. Tanto o programa quanto o difratômetro estão prontos para iniciar a varredura
automática.
4. Para dar início à medida, aperte o mouse sobre "Continuar" no software Measure
e em seguida, aperte o botão AUTO do difratômetro. Assim inicia-se a varredura.
Ela terminará quando o ângulo θ atingir 45° e no final um gráfico da intensidade em
função do ângulo é mostrado na tela. Quando terminada a medida, abaixe a alta
tensão para 0 kV.
5. Grave o arquivo de dados nas duas opções: original “arquivo.msr” e exporte
“arquivo.txt”. Neste último, com o mouse, vá em: “Medida/Exportar dados…” e na
janela que irá se abrir (vide figura na sequência) selecione as opções "Salvar como
arquivo" e "Exportar como número”.
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Figura 6: Software Measure – Exportar medida.

PARTE 2: Espectro com a radiação filtrada

1. Você fará a mesma medida que a anterior, mas agora, inserindo o filtro de Níquel.
2. Abra a porta frontal do difratômetro. Insira uma lâmina de Ni com a espessura 10
μm no feixe, entre amostra e o colimador. Cuidado para não tocar na amostra.
Feche a porta e posicione os eixos para iniciar em θ=0°. Coloque a alta tensão em
25 keV. Prepare o programa Measure. Colete um novo conjunto de dados. Use as
mesmas condições que a medida anterior, repetindo os passos no difratômetro e
no Measure. Quando terminada a medida, grave os resultados, abaixe a alta
tensão para 0 keV.
3. Visualmente compare o gráfico obtido com o anterior. Veja que alguma parte do
espectro sumiu. Isto ocorre devido ao filtro de Níquel que atuou como um
selecionador do espectro. No procedimento de análise você será mais quantitativo.

PARTE 3 – Obtenção do difratograma de um cristal de LiF (fluoreto de lítio).

1. Repita os procedimentos das PARTES 1 e 2, entretanto, utilizando o cristal de LiF.


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PARTE 4 – Análise Cristal de LiF e KBr

1) Usando os dados obtidos para o cristal de LiF (distância interplanar escrita no


suporte do cristal) sem o uso do filtro de Ni, anote as seguintes informações no
quadro abaixo:
Comprimento de onda Energia (keV)
(nm)
Linha Cu Kα
Linha Cu Kβ
Faixa de comprimento de
onda em que ocorre a
difração

2) No quadro abaixo, anote as intensidades dos picos de difração devido às radiações


Kα e Kβ. Com base nos dados do quadro, conclua qual é o efeito do filtro de Ni?
Iβ Iα Iα/Iβ
Sem filtro
Com filtro de Ni

3) Sem necessidade de fazer nova análise, apenas observe o efeito analisado no item
2 para o caso do cristal de KBr. Identifique todas as ordens de difração.
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4) Usando os dados para o cristal de KBr sem filtro e as radiações encontradas na


análise 1, preencha o quadro abaixo sabendo que d é a distância interplanar e a é
o parâmetro de rede.
Pico 1 Pico 2 Pico 3 Pico 4 Outros
2θ (°)
d (nm)
a (nm)
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O dubleto do Sódio

Figura 1: Conjunto instrumental

Os níveis de energia de um átomo de hidrogênio calculados pela equação de


Schrödinger são somente função do número quântico n, sendo proporcionais a 1/n2. Isto
implica que transições ocasionadas pela excitação da nuvem eletrônica produzirão um
espectro cujas linhas serão únicas. Porém, a análise experimental dos espectros revela
que estes possuem uma estrutura fina, na qual cada linha é formada por linhas de
comprimento de onda separadas por alguns Angstroms. Tal observação foi somente
explicada em 1925 por S.A. Goudsmit e G.E. Uhlenbeck. Eles sugeriram que o elétron
possui um momento angular intrínseco chamado spin e um momento magnético
associado a este. A estrutura fina é explicada então como sendo o resultado da interação
magnética entre o momento angular de spin e o momento angular orbital, fenômeno que
estudaremos neste experimento.
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Roteiro para a introdução

1) O que é um dubleto?

2) O Na tem 11 elétrons. Escreva a configuração eletrônica do sódio.

3) Escreva a configuração eletrônica do Na em função do Neônio (Ne gás nobre) +


elétrons.

4) O que é spin do elétron?

5) Qual é o momento angular de um fóton?

6) Escreva sobre o momento angular de spin, momento angular orbital e


acoplamento spin-órbita.

7) O que é o acoplamento spin-órbita? Qual sua origem física?

8) O que é o interferômetro de Fabry-Perot?

Experimento
1) Ligue a lâmpada espectral de sódio. Esta lâmpada deve ficar ligada durante todo o
tempo da experiência. Faça um desenho esquemático das montagens experimentais.
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2) Alinhe o espectrômetro ótico. Ajuste lentes e colimador até que você veja uma fenda
bem nítida. Marque o zero na escala.

3) Coloque a rede de difração perpendicular ao ramo da objetiva.

4) Agora procure as raias da difração. Veja a raia dupla cor de laranja. Este é o dubleto
do sódio. Meça as linhas do dubleto do sódio nas difrações de primeira e segunda ordem
usando o espectrômetro. Meça para a esquerda e para a direita e encontre o ângulo
médio para o qual aparece a raia dupla em primeira ordem. O comprimento de onda
médio do dubleto se calcula pela equação:

d sinθ =n λ

na qual d é a distância entre linhas na rede de difração, Θ é o ângulo no qual aparece o


dubleto e n é a ordem da difração.

Meça as linhas do dubleto do sódio nas difrações de primeira e segunda ordem


usando o espectrômetro.
Ordem da Cor e linha do θ esquerdo θ direito λ médio (Å)
difração dubleto

5) Ligue o Laser de He-Ne. Faça a luz do Laser incidir sobre a folha branca na parede
passando pelos espelhos do interferômetro. Coloque a lente divergente entre o laser e o
Fabry-Perot. Gire o micrômetro lateral do Fabry-Perot e observe como a luz do Laser
oscila conforme se move o espelho móvel. Meça N = 100 oscilações da intensidade por
aluno e veja quanto "andou" o micrômetro. Anote na tabela abaixo.

Medida Número de oscilações Medida no micrômetro


100
100
100
100
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6) Cada oscilação completa significa que o espelho móvel andou λ/2. Fazendo d* a leitura
de deslocamento no micrômetro e d o movimento real dos espelhos, cujo valor é Nλ/2 e
conhecendo-se λ, pode-se gerar um fator de correção d/d* que deve ser multiplicado à
leitura do micrômetro para uma medida mais precisa da separação do dubleto. Calcule a
constante d/d* do interferômetro.

7) Agora observe a lâmpada de sódio pelo Fabry-Perot. Ajuste até obter os famosos
anéis de interferência. Como as duas raias no laranja tem comprimento de onda
levemente diferente, os anéis devido a uma raia aparecem geometricamente concêntricas
com os anéis da outra raia. Girando o micrômetro é possível sobrepor estes anéis.
Marque a leitura no micrômetro. A partir daí, gire o micrômetro até que as duas raias se
sobreponham novamente. Marque este novo valor no micrômetro. Agora você sabe
quanto "andou" o micrômetro de sobreposição em sobreposição. Calcule quanto "andou"
o espelho móvel usando a constante do Fabry-Perot. Para a observação dos anéis
concêntricos usaremos a webcam. Ative-a e posicione-a adequadamente. Utilize os
recursos da câmera para melhorar a visualização.
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8) A separação entre as duas raias do dubleto do sódio será dada pela equação:

λ 2médio
Δ λ = λ 1 – λ 2=
2(d 1−d2 )

na qual λ é o comprimento de onda médio do dubleto que você mediu com o


espectrômetro ótico e d1-d2 é o deslocamento real do espelho do Fabry-Perot de
sobreposição em sobreposição. Calcule a separação entre as raias.

9) Calcule agora, em unidades de eV, a energia média do dubleto de sódio e a energia


que separa as raias do dubleto.

10) Compare seus resultados com o diagrama de


energias do dubleto do sódio apresentado na
figura ao lado. O que você conclui?
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Determinação da Constante de Planck através


do Efeito Fotoelétrico

Figura 1: Conjunto Instrumental

Roteiro para a introdução

1) Defina a luz pela Teoria Clássica do Eletromagnetismo.


2) Descreva o espectro visível e os limites do ultravioleta e infravermelho em termos
de comprimento de onda e energia (nm e eV respectivamente).
3) Fale sobre os efeitos do infravermelho e ultravioleta na pele e olhos humanos.
4) Descreva os resultados as conclusões experimentais básicas de Lenard (Phillip
Lenard, Prêmio Nobel de 1905) sobre o efeito fotoelétrico bem como os conflitos
com a previsão da teoria eletromagnética clássica.
5) Escreva sobre a proposta de Einstein (1905) para solucionar estes conflitos e
aponte a expressão matemática que descreve o efeito fotoelétrico segundo
Einstein (Albert Einstein, Prêmio Nobel de 1921).
6) Identifique cada termo da expressão do item anterior.
7) Explique o que são: potencial de parada, função trabalho e frequência de corte.
8) Por fim, supondo que você fosse dar uma aula e quisesse mostrar o Efeito
Fotoelétrico para uma plateia, descreva o que você faria.
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Experimento

Figura 2: Ilustração do conjunto instrumental.

1) Ligue a lâmpada de mercúrio de alta pressão. Ela emite radiação ultravioleta. Não olhe
diretamente a luz. Chame o prof. para uma demonstração do efeito fotoelétrico

2) Se necessário, monte o conjunto lente-grade em frente à lâmpada. Esta grade foi


impressa assimetricamente e a qualidade da observação do espectro da luz de mercúrio
também é assimétrica. Este detalhe pode ser importante, dependendo do lado no qual
você realizará a experiência.

3) Se necessário, insira a barra de acoplamento do aparelho no pino da barra da base da


lâmpada de mercúrio.

4) Focalize a lâmpada de mercúrio na tela fluorescente do equipamento ajustando o


conjunto lente-grade.

5) Movendo o detector no sentido horário ou anti-horário você consegue focalizar o


espectro da lâmpada de mercúrio sobre a fenda da tela fosforescente. As "luzes" são:
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Cor Frequência (Hz) Comprimento de onda (nm)
Amarelo 5.18672 x 1014 578
Verde 5.48996 x 1014 546.074
Azul 6.87858 x 1014 435.835
Violeta 7.40858 x 1014 404.656
Ultravioleta 8.20264 x 1014 365.483

6) Ligue o detector fotoelétrico. Se necessário, coloque o voltímetro nos contatos


adequados.

7) Focalize determinado comprimento de onda sobre a fenda. Chame o professor para


discutir este procedimento. Meça o potencial de parada no voltímetro. Muitas vezes o
potencial leva certo tempo para atingir um valor estável. Aperte o botão "Zero" e repita a
medida. Faça esta medida para todos os comprimentos de onda.
Cor Frequência (Hz) Potencial de Parada ( )
Amarelo 5.18672 x 1014
Verde 5.48996 x 1014
Azul 6.87858 x 1014
Violeta 7.40858 x 1014
Ultravioleta 8.20264 x 1014

8) Faça um gráfico do potencial de parada contra a frequência da luz.

9) Determine, partindo do gráfico: a constante de Planck, a função trabalho do elemento


fotoelétrico detector e a frequência de corte abaixo da qual o efeito fotoelétrico não ocorre.

10) Colete novamente os dados para as cores verde e amarelo usando os filtros
correspondentes. Observe e explique as mudanças.
Cor Frequência (Hz) Potencial de Parada ( )
Amarelo 5.18672 x 1014
Verde 5.48996 x 1014

11) Refaça as análises 8 e 9 substituindo os dados experimentais para as cores verde e


amarelo.

12) O que você conclui da experiência com os filtros de absorção?


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EPR: Ressonância Paramagnética Eletrônica

Figura 1: Bancada e Conjunto Instrumental.

A ressonância paramagnética eletrônica (EPR) ou ressonância de spin eletrônico


(ESR) estuda a absorção de radiação eletromagnética por materiais paramagnéticos
contendo elétrons não emparelhados em presença de campos magnéticos externos.

A absorção de energia do campo eletromagnético ocorre devido à interação do


spin desses elétrons não emparelhados com o campo magnético externo sob condição
ressonante das transições entre os estados de energia Zeeman desses elétrons:

EZeeman = ge μB B mS

onde ge ≈ 2.0023 é o fator giromagnético de um elétron isolado, μB = 9.2740 x 10−24


J/T, B é o campo de indução magnético e mS = ± ½ são os valores das duas projeções de
spin atribuídas ao número quântico de spin s = ½. Lembrando que a energia de um fóton
absorvido e/ou emitido nas transições eletrônicas é EZeeman=hf, sendo a frequência do
fóton f = μB B / h uma função linear do campo B aplicado com h = 6.626 x 10−34 Js.

O experimento é realizado utilizando um eletroímã para gerar um campo de


indução magnética B uniforme na região onde é instalada uma bobina solenoidal que gera
um campo eletromagnético de alta frequência (HF) que excita e induz transições
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eletrônicas entre os estados Zeeman no material paramagnético que se encontra em
solução no interior de uma sonda que é inserida longitudinalmente na bobina, disposta
transversalmente ao campo B do eletroímã. Um gerador de HF com medidor de potência
dissipada permite o controle da amplitude de sinal HF de modulação e gerar varreduras
de frequência, enquanto uma fonte de corrente controla a voltagem no eletroímã.

Substâncias ativas com frequências de ressonância abaixo de centena de


megahertz são, por exemplo, radicais orgânicos livres sem íons de metais de transição.

O material usado nessa experiência que tem boa intensidade do sinal sob
ressonância paramagnética eletrônica é o DPPH diluído em solução. Ele possui radicais
DPPH (N* tem um spin desemparelhado dentre os 41 átomos) que resultam em uma
largura de linha ressonante relativamente pequena de alguns Gauss (1 G = T/10000). O
fator giromagnético que determina o desdobramento de energia do DPPH é g = 2.0036,
que é um valor muito próximo ao fator g de um elétron isolado.

Vale destacar que o DPPH é uma substância irritante para a pele (alergênica) e,
por esta razão, deve ser mantido armazenado em ampola selada. Um alerta importante é
que os sinais induzidos são fracos e sensíveis aos sinais de alta frequência ambientes.

Com a sonda contendo a solução de DPPH instalada na bobina HF é feita a


varredura em frequência do campo RF para diferentes valores do campo B do eletroimã.
Como o DPPH em solução absorve energia quando são sintonizados valores de B
ressonantes em RF, a quantidade de linhas de fluxo magnético captadas no interior da
bobina RF varia e, consequentemente, há uma variação da indutância L da bobina HF.
Portanto, a potência do gerador RF sofre uma variação no termo indutivo.
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A seguir descrevemos de uma forma muito simples a detecção da ressonância.
Temos o campo magnético RF de excitação transversal igual HRF(ω) = H0 eiωt, onde H0 é
amplitude RF e ω = 2πν com ν a frequência de excitação. Os campos B e HF induzem
uma magnetização no DPPH que é MRF(ω) = χ(ω) HRF(ω) onde χ(ω) = χ’(ω) + iχ’’(ω) é a
susceptibilidade paramagnética do DPPH, sendo χ’(ω) a parte real decorrente do
processo de polarização magnética por orientação (torque) dos momentos magnético dos
elétrons desemparelhados e χ’’(ω) é a parte imaginária (responsável por gerar uma
voltagem indutiva V defasada de 90° em relação a corrente I alternada de excitação). A
dissipação decorrente do custo energético da reconfiguração dos momentos magnéticos
dos spins eletrônicos ocorre somente ao redor da condição ressonante.

Se a indutância da bobina RF é L0, então a indutância da bobina preenchida pela


sonda de DPPH é L(ω) = L0 [1 + χ(ω)]. Logo, a potência num circuito RF que é
basicamente um circuito RL é P(ω) = V(ω) I(ω) = R I2 + L(ω) I dI/dt.

No gráfico a seguir é mostrada a variação da potência no circuito RF em função da


frequência angular sob a condição de ressonância quando ωR = 2πνR e νR = g μB BR / h.

A largura da ressonância é determinada pelas características do circuito RF, mas


depende também do material paramagnético e das flutuações térmicas dos momentos
magnéticos ao redor da temperatura ambiente.
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Questionário

1) O que é o magneton de Bohr? Expresse o momento magnético de spin do elétron e


momento magnético de um elétron em termos do magneton de Bohr.

2) Explique porque a rigor o spin do elétron não é uma rotação e tão pouco seu
momento de dipolo magnético é orientado “para cima” ou “para baixo”.

3) Descreva o efeito Zeeman.

4) É verdadeiro afirmar que o Princípio de Pauli impede o colapso da matéria?


Justifique.

5) Como é o movimento de precessão do spin do elétron em presença de um campo


magnético? Faz diferença o campo magnético externo ser longitudinal ou
transversal?

6) Descreva a equação de Bloch que fenomenologicamente representa o movimento


de precessão da magnetização macroscópica associada ao spin do elétron.

7) Descreva o paramagnetismo e a susceptibilidade paramagnética, que é


adimensional.

8) Descreva a corrente e a tensão em função do tempo num circuito RL com


indutância variável com a frequência.

Referência bibliográfica
​ Física Quântica: Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e Partículas, R. Eisberg &
R. Resnick, Editora Campus, 1979.
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Experimento

PARTE 1 – Procedimento de Operação

1) Calibração e ajustes: fazer a ligação da saída “Signal Out” do console de comando ao


Canal 1 do osciloscópio e a saída “Field Out” ao Canal 2 do osciloscópio.

2) Ajustar o osciloscópio de 100 MHz: Canal 1 (2 V DC) e Canal 2 (1 V DC), além disso
ajustar a base de tempo em 5 ms e no canal 2 ajustar intervalo de medida definindo o
Trigger (disparador) em “Low Frequence”.

Figura 2: Decurso do sinal em 40 MHz (vermelho: sinal de absorção como função do tempo, azul: bobina
de tensão como função do tempo).
i. Para obter os valores UR e tR use os cursores (V1 e V2 verticais, t1 e t2 horizontais
do osciloscópio). Siga as orientações que são visualizadas na figura acima. Nela
temos o sinal de tensão que gera o campo magnético (Field) e o sinal de tensão
que detecta a absorção ressonante (Signal), ambos em função do tempo.
ii. O sistema eletrônico gera amostragens desses sinais filtrados num certo intervalo
de tempo que o osciloscópio registra mediante o uso de um sinal de referência de
acionamento (Trigger). Note que a linha tracejada horizontal de UR tem como
referência o início da sinal azul filtrado. Nessa figura o início da “rampa” azul foi
colocado em zero (Volts), mas pouco importa o valor inicial utilizado. Note também
que a linha tracejada vertical de tR intercepta linha horizontal de UR.
iii. Usando o recurso dos cursores, oo osciloscópio fornecerá diretamente os valores
de ΔV (Volts) = V1 − V2 e 1/Δt (Hz) com Δt = t1 − t2.
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PARTE 2 – ANÁLISE DE DADOS

1) Cálculo do campo magnético ressoante:

BR = 3.49 (mT/V) . UR

2) Cálculo da frequência de ressonância:

vR = g . (μB/h) . BR

Utilize: μB = 9.28 x 10−24 J/T e h = 6.626 x 10-34 Js

3) Coleta dos dados e preenchimento da tabela abaixo:

UR (V) BR (mT) νR (MHz) μB (J/T)

4) Fazer a extração do valor médio e a incerteza de μB por regressão linear:


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5) Construir um gráfico com os dados experimentais coletados para efetuar o
procedimento de ajuste linear que será similar ao mostrado abaixo.

Figura 3: Representação gráfica do campo magnético em dependência da frequência


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Espectros Óticos: Emissão e Absorção

Figura 1: Conjunto instrumental

As técnicas espectroscópicas óticas permitem diferenciar as espécies químicas


através da determinação de seus níveis de energia característicos, levantando seus
espectros de emissão ou absorção da radiação pela espécie atômica. Através da análise
espectroscópica da luz absorvida/emitida também é possível determinar a concentração
das diferentes espécies químicas.
Neste experimento, analisaremos a emissão de algumas lâmpadas espectrais, de
uma lâmpada incandescente, de um laser e de alguns LEDs, bem como, a absorção de
radiação pela clorofila.

Roteiro para a introdução

1) Explique como funcionam: uma lâmpada incandescente, uma lâmpada


fluorescente, um LED e como obter as diferentes cores, um laser de He-Ne.

2) Escreva um pouco sobre a clorofila e o seu espectro de absorção.


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Experimento

PARTE A - Emissão

1) Verifique os manuais do espectrômetro Red Tide e ative o aparelho. Um guia rápido


para operação do software de comando está sobre a bancada.

2) Adquira os espectros de emissão das lâmpadas de descarga que contém gás de He e


Ne

3) Adquira o espectro óptico do tubo de descarga do laser He-Ne visto da lateral do


dispositivo.

4) Adquira o espectro da luz emitida pelo Laser He-Ne. Não aponte diretamente para a
entrada do Red Tide. Use a reflexão da luz incidente sobre uma folha branca de papel.

Nunca incidir a luz do laser diretamente no espectrômetro!

5) Adquira o espectro ótico dos diversos LEDs fornecidos.

6) Verifique o modo de funcionamento dos dispositivos estudados e relate sua


interpretação física correlacionando com os espectros de emissão observados.

PARTE B - Absorção

1) Colha algumas folhas escuras. Macere as folhas em um almofariz com um pistilo. Coe
o caldo verde e coloque na cubeta que fornecemos.

2) Obtenha e grave o espectro de emissão da lâmpada incandescente.

3) Use a lâmpada incandescente como fonte de luz. Posicione a cubeta com a solução
contendo clorofila na frente do espectrômetro e adquira o seu espectro de absorção.

4) Interprete as suas observações para os espectros de absorção.


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A Experiência de Franck-Hertz

Figura 1: Conjunto Instrumental

Roteiro para a introdução

1) Descreva o efeito termoiônico.


2) Defina campo elétrico e descreva a força envolvida e o que ocorre com um elétron
na presença de um campo elétrico.
3) Descreva colisões elásticas e inelásticas em termos de conservação de momento
linear e energia cinética.
4) Escreva sobre modelos atômicos e o modelo de Bohr para o átomo.
5) Descreva o experimento de Franck-Hertz e seus componentes essenciais.
6) Encontre diagramas de níveis de energia para o mercúrio e o neônio.
7) Aponte qual o primeiro nível excitável do mercúrio.
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Experimento

Por favor, tome cuidado ao manipular os cabos e conexões dos aparelhos!

PARTE 1 – Procedimento de Operação

Utilizando a controladora da 3b (Hg)

1) Se necessário, faça as ligações da fonte aos diversos elementos da válvula que


contém mercúrio (Hg). As conexões são autoexplicativas no diagrama gráfico do
aparelho. F e K são os terminais do filamento; A é o potencial de aceleração chamado
UA; UE é a ligação ao amplificador em E.

2) Ligue o osciloscópio no circuito da seguinte forma: canal X na voltagem de aceleração


UX (UX=IA/10); canal Y na saída do amplificador FH signal UY (UY=IE V).

3) Antes de ligar qualquer chave liga-desliga chame o mestre para conferência.

4) Ligue o forno que aquece a válvula e vaporiza o mercúrio. Este irá aumentar a
temperatura gradativamente até 170 ºC. Use o termômetro portátil para um controle extra
quanto a temperatura do forno de vaporização.

5) Ligue a fonte controladora da 3B. Observe se no display da controladora o “MODUS”


está configurado como “RAMP”. Caso não esteja, aperte o botão “Man/Ramp” (localizado
na seção “Beschleunigung / Acceleration”) uma única vez.

6) Na controladora aumente o potencial do filamento UF/V até 6.3 V (Heizung Filament)


que deverá ser quando o filamento fica levemente rubro, passando a emitir elétrons.

7) Ligue o osciloscópio e aperte a tecla "Main/ Delayed". Sob a figura aparece "Horizontal
Mode"; aperte “XY”. O osciloscópio passa a registrar canal X contra Y. Ajuste por giro os
botões "Volts/Div" até obter uma imagem adequada (Ex: canal 1 com 500 mV e canal 2
com 200 mV).

8) Utilize o botão “Position” do canal 2 para posicionar os sinais na parte inferior da tela do
osciloscópio.
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9) Utilize o botão “Position” do canal 1 para alinhar os sinais mais intensos


aproximadamente no canto esquerdo da tela do osciloscópio.

10) Na controladora, aumente V de modo que o sinal do canal 2 se afaste do sinal do


canal 1 no display do osciloscópio.

11) Aumente UAmin até ~35 V. Para isso, aumente gradativamente o valor de UAmin/V (que
vai de 0 até 80) localizado na seção “Beschleunigung / Acceleration” da controladora e
observe a imagem em tela no osciloscópio. O valor de UAmin aparece no display da
controladora.

12) Agora aumente gradativamente V na controladora e observe a imagem na tela do


osciloscópio.

13) Ajuste se necessário ajuste o display do osciloscópio, assim como indicado


anteriormente nos itens 7, 8 e 9. Este ajuste irá auxiliar em suas leituras (Ex: mantenha o
canal 1 em 500 mV e altere o canal 2 para 100 mV).

14) Aperte "Cursors". Sob a tela aparece "Active Cursors"; X1 e X2 são os dois cursores
relativos ao eixo X. Estes dois cursores permitem a medida precisa entre voltagens. Para
movimentá-los é preciso apertar, por exemplo X1, e deslocá-lo com o botão cinza que fica
abaixo à direita do botão "Cursors".

15) Meça a diferença de voltagem entre picos ou entre vales do eixo Y. Anote os valores e
faça uma média entre os vários valores medidos. Lembre-se que você mede UX/10!

16) Aumente UAmin até ~46.5 V e observe o que acontece no display do osciloscópio.
Utilize os passos 8 e 9 para auxiliar em sua visualização, assim como exemplificado no
item 13.

Utilizando a controladora da ELWE (para Hg e Ne)

1) Se estiver utilizando Hg: Se necessário, faça as ligações da fonte aos diversos


elementos da válvula que contém mercúrio (Hg). As conexões são autoexplicativas no
diagrama gráfico do aparelho. H e K são os terminais do filamento; A é o potencial de
aceleração chamado UB; M é a ligação ao amplificador. Não esqueça de conectar ao
aterramento.

2) Se estiver utilizando Ne: Se necessário, faça as ligações da fonte aos diversos


elementos da válvula que contém Ne. As conexões são autoexplicativas no diagrama do
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aparelho. PE é o aterramento; H é o terminal do aquecedor (heizung heater); A é o ânodo;


K é o cátodo; M é a ligação ao amplificador. Não esqueça de conectar o controle da grade
(steuergitter control grid).

3) Ligue o osciloscópio no circuito da seguinte forma: canal X na voltagem de aceleração


UB/10 (X-out com 1X); canal Y na saída do amplificador FH signal (Y-out com 2Y).

4) Antes de ligar qualquer chave liga-desliga chame o mestre para conferência.

5) Se estiver utilizando Hg: Ligue o forno que aquece a válvula e vaporiza o mercúrio.
Aumente a temperatura gradativamente até uns 170 ºC. Use o termômetro portátil para
controlar a temperatura.

6) Se estiver utilizando Hg: Ligue a fonte. Suba o potencial (até 6.3 V) do filamento até
ele ficar levemente rubro, passando a emitir elétrons.

7) Na controladora. Coloque a chave “Man/Ramp” em “Ramp”.

8) Aumente o potencial da placa.


Sugestão de configuração inicial para Ne:
- Defina “Gegen-spannung / Reverse bias” (U/V) em ~4;
- Defina “Beschleunigung Acceleration” (U B/V) em ~70;
- Defina “Heizung Heater” (U/V) em ~9;
- Defina “Amplitude” de forma que o traço do botão fique
horizontalmente alinhado pela primeira vez após inicio de curso.

9) Observe a figura no osciloscópio. Para isto ligue o osciloscópio e aperte a tecla "Main/
Delayed". Sob a figura aparece "Horizontal Mode"; aperte XY. O osciloscópio passa a
registrar canal X(UB/10) contra Y(FH signal). Ajuste os botões "Volts/Div" até obter uma
imagem adequada.
Sugestão inicial para Ne: canal 1X com 1.00 V e canal 2Y com 2.00 V.

10) Aperte "Cursors". Sob a tela aparece "Active Cursors"; X1 e X2 são os dois cursores
relativos ao eixo X. Estes dois cursores permitem a medida precisa entre voltagens. Para
movimentá-los é preciso apertar, por exemplo X1, e deslocá-lo com o botão cinza que fica
abaixo à direita do botão "Cursors".

11) Meça a diferença de voltagem entre picos ou entre vales do eixo Y. Anote os valores e
faça uma média entre os vários valores medidos. Lembre-se que você mede UB/10!
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PARTE 2 – Análise

1) Faça um esquema (ou foto) das ligações elétricas que você fez.

Mercúrio Neônio

2) Faça um desenho (ou foto) da melhor figura do efeito Franck-Hertz que você pôde
produzir na tela. Identifique os eixos e os picos na figura.

Mercúrio Neônio
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3) Meça a diferença, em volts, entre picos e entre vales. Complete o quadro abaixo.

Mercúrio Neônio
Diferença entre ΔUB ou ΔUA ( ) Diferença entre ΔUB ou ΔUA ( )
picos ou entre vales picos ou entre vales
(UB/10 ou UA/10) ( ) (UB/10 ou UA/10) ( )

4) Calcule as energias médias de excitação dos primeiros níveis do mercúrio e do neônio.


Compare com os valores oficiais.

5) Conclua o experimento em termos gerais correlacionando suas observações com a


estrutura do átomo segundo o modelo de Bohr.
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ANEXOS
CONFIGURAÇÕES – CONJUNTO DA 3B
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CONFIGURAÇÕES – CONJUNTO DA ELWE


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O gap do InSb (antimoneto de índio)

Figura 1: Instrumental

Os materiais dividem-se, do ponto de vista de sua condutividade elétrica, em


metais, semicondutores e isolantes. Os semicondutores mais importantes para a
tecnologia são o silício (Si) e o arseneto de gálio (GaAs). Apreende-se na teoria do estado
sólido que os semicondutores se caracterizam do ponto de vista elétrico por uma faixa de
energia proibida para os elétrons de condução. Neste experimento caracterizaremos a
faixa de energia proibida para o semicondutor InSb.

Roteiro para a introdução

1. Explique o que é resistência, resistividade e condutividade elétrica.


2. Escreva sobre a técnica de medidas de 4 terminais ou “four terminal sensing” ou
ainda “four point probe”.
3. Descreva metais, semicondutores e isolantes do ponto de vista da resistência
elétrica.
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4. Explique o que são elétrons de valência, banda de valência, banda de condução e
gap de energia.
5. Agora, descreva metais, semicondutores e isolantes do ponto de vista das bandas
de energia dos elétrons.
6. Faça um esboço do comportamento esperado para a resistência elétrica em função
da temperatura de um metal e de um semicondutor.

Questionário

1. O que é resistência elétrica?


2. Como se mede resistência elétrica? Procure ¨four terminal sensing¨, ou ¨four point
probe¨ na Wikipedia. Qual é a unidade de medida?
3. Se uma amostra tem a forma de um paralelepípedo, como se expressa a
resistência elétrica em termos das dimensões do paralelepípedo e do material do
qual ele é feito?
4. O que é condutância elétrica?
5. O que é poder termoelétrico? E o que é um termopar?
6. O que distingue metais, semicondutores e isolantes do ponto de vista da
resistência elétrica?
7. O que são elétrons de valência?
8. O que são banda de valência, banda de condução e gap de energia?
9. O que distingue metais, semicondutores e isolantes do ponto de vista das bandas
de energia dos elétrons?

Experimento

Uma amostra de antimoneto de índio (InSb) está montada sobre a ponteira de um


termopar. Protegemos o conjunto com um tubo de ensaio de vidro. Medimos a queda de
voltagem sobre a amostra aplicando nela uma corrente de 200 mA.

1) Coloque água e gelo no banho maria, mergulhe o conjunto de medida na água e meça
a temperatura pelo termopar. Estabilize a menor temperatura possível. Faça um desenho
esquemático da montagem experimental.
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2) Meça as quedas de potencial do semicondutor à medida que o conjunto esquenta, em


passos de 5 °C, até próximo dos 100 °C. Tem que ter calma. Meça a queda de potencial
em cada temperatura passando a corrente em dois sentidos e preencha a tabela abaixo
contendo ΔV+ e ΔV- para várias temperaturas.

T( ) ΔV+ ( ) ΔV- ( ) ΔVmédio ( )


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3) Faça um gráfico de ΔV contra T (Kelvin). Que tipo de curva encontrou?


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Teoricamente deduz-se que a resistividade em função da temperatura r(T) tem a
seguinte forma
ρ(T) =ρ0(2kBT/h2)-3/2exp(Eg/2kBT),
na qual kB é a constante de Boltzmann, h é a constante de Planck, T é a temperatura
absoluta, Eg é a largura em energia do gap e ρ0 é uma constante, chamada de
resistividade residual no zero absoluto.

4) Correlacione os dados obtidos no item 3 com ρ(T).

5) Agora faça um gráfico com os valores experimentais na forma ln(ΔV)x1/T. Que tipo de
curva encontrou?
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6) Escreva a expressão teórica logaritmando ρ(T).

7) Encontre o gap do InSb a partir da análise do gráfico linearizado. Compare com o valor
tabelado.

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A Lei de Stefan-Boltzmann
Todo e qualquer corpo acima de 0 K emite radiação eletromagnética. A intensidade
da radiação emitida depende da temperatura absoluta do corpo, sendo que a curva da
intensidade em função do comprimento de onda I(λ), chamada radiância espectral, é
suave passando por um máximo.
À medida que o corpo esquenta a radiação emitida vai do infravermelho ao rubro,
ao amarelo até o branco. A explicação correta da emissão de radiação eletromagnética a
partir do corpo aquecido necessita, além do conhecimento do eletromagnetismo clássico,
da hipótese da quantização, introduzida por Planck em 1900. A radiância total integrada
(de λ zero até ∞) obedece à Lei de Stefan-Boltzmann:
E = σT,
na qual σ = 5.67x10-8 W m-2K-4 é a constante de Stefan-Boltzmann e a temperatura
absoluta aparece na quarta potência.
No caso de corpos reais aquecidos mergulhados num meio, também em
temperaturas diferentes de 0 K, a Lei de Stefan-Boltzmann se altera para:
E = σ (T14 - T24),
na qual T1 é a temperatura do corpo, T2 é a temperatura do ambiente e σ é uma constante
que depende do ambiente e do corpo, em especial da forma e do tipo de superfície.

Experimento

Neste experimento você investigará a Lei de Stefan-Boltzmann usando o cubo de


Leslie que tem superfícies emissoras diferentes: preta, branca, fosca e metálica, o qual
pode ser aquecido internamente com uma lâmpada incandescente comum. Este cubo
servirá como corpo emissor de infravermelho. A temperatura pode ser convertida a partir
da leitura do termistor embutido na parede do cubo. Existe uma tabela de conversão de
ohms do termistor para temperatura Celsius junto ao equipamento.
Para detectar a radiação infravermelha usa-se o sensor tipo termopilha (Sensor de
Radiação). Este sensor detecta infravermelho igualmente desde 0,5 a 40 mm. A voltagem
produzida pelo sensor é proporcional à radiação que incide no mesmo menos a radiação
que o abandona. Este sensor vai ligado diretamente no voltímetro. Proteja-o sempre por
um ou dois protetores foscos que fornecemos. Isto evita que a temperatura do sensor
mude durante o experimento. Vamos ao experimento:
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PARTE A – CUBO DE LESLIE

Figura 2: Desenho Esquemático

1) Meça a temperatura do cubo antes de aquecê-lo. Note que quando a temperatura do


emissor e do sensor é igual não se detecta radiação

2) Meça a temperatura ambiente: _____________________________________________

3) Aqueça o cubo por uns 15 graus a partir da temperatura ambiente usando o botão de
controle na lateral do cubo. Deixe estabilizar. Antes de medir a emissão responda a esta
pergunta: Qual superfície emite melhor a radiação: a preta, a branca, a fosca ou a
metálica? Agora meça a temperatura nas diferentes superfícies do cubo. Anote. Qual
superfície emite melhor a radiação infravermelha?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________
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4) Meça o sinal do sensor (VD) para várias temperaturas (cinco a dez) do cubo de Leslie
para cada superfície. Anote temperaturas e sinais medidos. Reproduza a tabela abaixo
para cada superfície.
VD (V) T (K) T4-Tamb4 (K4)

5) Faça um gráfico de VD contra T4-Tamb4. Verifique a Lei de Stefan-Boltzmann e encontre a


constante de Stefan-Boltzmann.

6) Coloque agora a sua mão na frente do sensor na mesma distância em que foi medida a
radiação do cubo. Meça o sinal. A partir do gráfico acima estime a temperatura da sua
mão. ___________________________________________________________________
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PARTE B – LEI DO INVERSO DO QUADRADO

Figura 3: Configuração do experimento.

Verifique a CONFIGURAÇÃO do conjunto instrumental equivalente a Figura 3:

1) Alinhe o sensor termopilha (Sensor de Radiação) na mesma altura que o centro do


filamento da lâmpada de Stefan-Boltzmann.
2) Posicione o sensor de radiação e a lâmpada de tal forma que permaneçam
alinhados sobre a mesa milimétrica, onde se eventualmente o sensor se afastar da
lâmpada sobre a escala milimétrica, ainda permaneçam alinhados.
3) Mantenha fixa a posição da lâmpada de Stefan-Boltzmann e considerando a mesa
com escala milimétrica, afaste somente em linha reta a termopilha da lâmpada de
Stefan-Boltzmann.
4) Considere que as distâncias entre os equipamentos vai do centro do filamento da
lâmpada de Stefan-Boltzmann até o depois dos afastadores (protetores) que estão
presentes no sensor termopilha conforme é mostrado na Figura 3.
5) Zere a fonte DC e coloque o multímetro configurado para leitura DC em 200
mV.
6) Conecte a lâmpada à fonte DC.
7) Conecte o sensor ao milivoltímetro.
8) Conecte a lâmpada à fonte de alimentação.
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Proceda a seguinte OPERAÇÃO:

1) Com a lâmpada apagada, afaste o sensor ao longo do eixo horizontal. Registre a


leitura do milivoltímetro em intervalos de 10 cm. A média de valores lhe informará o
nível de radiação térmica do ambiente Ramb.

x (cm) Nível de radiação ambiente (mV)


10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
Média do nível de radiação ambiente Ramb
(mV)

2) Você vai precisar subtraia este valor médio do ambiente de suas medições com a
lâmpada acesa, a fim de determinar a contribuição da lâmpada sozinha.

3) Ligue a fonte de alimentação para iluminar a lâmpada. Ajuste a tensão na fonte DC


para aproximadamente 10.0 V (Cuidado: a lâmpada é fabricada para uma
tensão DC de até 13 V somente).

4) Ajuste a distância entre o Sensor e a lâmpada para cada uma das configurações
listadas na tabela a seguir. Em cada configuração, registre a leitura no
milivoltímetro. IMPORTANTE: Faça cada leitura rapidamente. Entre as leituras,
afaste o sensor da lâmpada ou coloque o protetor térmico refletivo entre a
lâmpada e o sensor, para que a temperatura do sensor permaneça
relativamente constante.
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Nível de radiação
Nível de Radiação 2 -2
x (cm) 1/x (cm ) da lâmpada
aparente Rap (mV)
R = Rap - Ramb (mV)
2.5 0.16000
3.0 0.11111
3.5 0.08163
4.0 0.06250
4.5 0.04938
5.0 0.04000
6.0 0.02778
7.0 0.02041
8.0 0.01563
9.0 0.01235
10.0 0.01000
12.0 0.00694
14.0 0.00510
16.0 0.00391
18.0 0.00309
20.0 0.00250
25.0 0.00160
30.0 0.00111
35.0 0.00082
40.0 0.00063
45.0 0.00049
50.0 0.00040
60.0 0.00028
70.0 0.00020
80.0 0.00016
90.0 0.00012
100.0 0.00010
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Confeccione os seguintes GRÁFICOS:
1) Faça um gráfico do Nível de Radiação (R) versus Distância da Fonte (x), seja o
nível de radiação o eixo dependente (y).
2) Faça um gráfico do Nível de Radiação (R) versus o inverso do quadrado da
distância (1/x2), seja o nível de radiação o eixo dependente (y).

Responda as seguintes QUESTÕES:

1) Qual dos dois gráficos é mais linear? É linear em toda a faixa de medidas?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

2) A lei do inverso do quadrado afirma que a energia radiante por unidade de área
emitida por uma fonte pontual de radiação diminui com o quadrado da distância da
fonte ao ponto de detecção. Seus dados corroboram essa afirmação?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

3) A lâmpada Stefan-Boltzmann é realmente uma fonte pontual de radiação? Se não,


como isso pode afetar seus resultados? Você vê esse efeito nos dados que você
obteve?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________
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Notas sobre perguntas da PARTE B

1. O gráfico de Radiação versus 1/x2 é mais linear, mas não em toda a faixa. Há uma
queda distinta na intensidade nas distâncias mais próximas, devido às
características não pontuais da lâmpada. (Um gráfico de Radiação versus 1/x 2
usando apenas pontos de dados de 10 cm ou mais é quase linear.)

2. Se usarmos dados de distâncias grandes em comparação com o tamanho do


filamento da lâmpada – de modo que o filamento seja efetivamente um “ponto” –
então esses dados corroboram a hipótese.

3. A lâmpada Stefan-Boltzmann não é verdadeiramente uma fonte pontual. Se não


fosse, haveria uma queda no nível de luz para medições feitas perto da lâmpada.
Essa queda pode ser observada em nossos dados.

A maior parte do erro neste laboratório se deve à natureza não pontual da lâmpada
Stefan-Boltzmann.
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Linhas de Balmer
Figura 1: Conjunto instrumental.

Roteiro para a introdução

1) Escreva um pouco sobre a previsão da


teoria quântica para a estrutura de níveis de
energia para os elétrons atômicos, estados
fundamentais e excitados.
2) Defina o que é o espectro de emissão de
um gás e encontre na literatura o espectro do
hidrogênio e do hélio.
3) Escreva um pouco sobre Rydberg e
Balmer.
4) Descreva e ilustre os diagramas as séries
de Balmer para o hidrogênio e de Pickering para o hélio.
5) Enumere os estados excitados e fundamentais para cada caso.
6) Escreva a fórmula de Rydberg e indique o significado de cada termo e indique sua
forma para os casos das séries de Balmer e de Pickering.
7) Neste experimento utilizaremos grades de difração e goniômetros.
i. Escreva um pouco sobre estes elementos.
ii. No caso da grade de difração, a condição de difração é d.sinθ=mλ. Identifique
os termos.
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Experimento

Nós fornecemos as lâmpadas espectrais de: H2, He e Ne. Ligue uma lâmpada por vez à
fonte disponível para gerar a descarga luminosa.

IMPORTANTE: O tempo de operação de cada lâmpada deve ser de até 1 (UMA) hora!

1) Utilizando a lâmpada de Ne, alinhe o espectrômetro ótico com a lâmpada e vice-versa.


Ajuste a lente da ocular até que a fenda do espectrômetro esteja nítida. Coloque a rede
de difração (de 600 ou 1000 fendas/mm) perfeitamente perpendicular ao eixo ótico do
ramo da objetiva. A perpendicularidade será perfeita quando a difração para a esquerda e
para a direita for simétrica. Tome uma mesma linha e faça este ajuste.

2) Aprenda a usar o goniômetro e fazer a leitura para ambos os lados da difração. Note
que a leitura dos ângulos para a mesma raia deve ser semelhante! Caso os valores
difiram em uma faixa de 1 grau, volte a alinhar a grade de difração.

3) Ligue a lâmpada espectral de Hidrogênio. Faça um desenho da montagem


experimental.

4) Meça as linhas mais intensas para as difrações à esquerda e à direita e anote a cor e o
ângulo. Se desejar, poderá também medir as linhas de difração de segunda ordem.
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5) Calcule o comprimento de onda médio correspondente a cada raia do hidrogênio.

Cor θ esquerdo θ direito λ médio (Å) ni

6) Construa um gráfico de (1\λ) versus (1\ni)2. Quais informações podem ser obtidas a
partir dos coeficientes da reta?

7) Encontre a constante de Rydberg para o hidrogênio RH e compare com o valor da

literatura.
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8) Ligue a lâmpada espectral de Hélio e meça as linhas mais intensas, para as difrações
à esquerda e à direita.

Cor θ esquerdo θ direito λ médio (Å) ni

9) Você vai notar que algumas das linhas do hidrogênio estarão presentes. Se medir com
precisão vai notar que não são exatamente as linhas do hidrogênio. São as linhas do He+,
um hidrogenoide! Estas linhas do He+ caem na chamada série de Pickering.

10) Discuta com o professor como encontrar ni, nf , RH e RHe a partir do conjunto de
comprimentos de onda medidos. Faça a mesma análise gráfica utilizada no caso do
hidrogênio.

11) Encontre a constante de Rydberg para o hélio RHe e faça a razão RHe/RH. O que você
conclui?
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Razão Carga/Massa do Elétron: e/m


A quantidade e/m foi medida experimentalmente pela primeira em 1897 por Sir J. J.
Thomson no Cavendish Laboratory, em Cambridge, Inglaterra. Esta experiência confirmou
a existência do elétron como a primeira partícula subatômica.
A espectrometria de massa tornou-se uma importante ferramenta de medição em
química clínica, microbiologia, toxicologia e no mundo farmacêutico. Um espectrômetro de
massa desvia fragmentos moleculares ionizados e acelerados usando um campo
magnético e os classifica de acordo com sua razão carga/massa. Para este exercício,
você usará alguns equipamentos que servirão como espectrômetros de massa para
determinar a razão carga/massa do elétron, e/m, medindo o raio de curvatura do caminho
de um elétron em um campo magnético uniforme de força conhecida.
No aparelhos de e/m um feixe de elétrons é acelerado através de uma diferença de
potencial conhecida, então a energia cinética e a velocidade dos elétrons são conhecidas.
Um par de bobinas de Helmholtz pode produzir um campo magnético uniforme em ângulo
reto com o feixe de elétrons. Este campo magnético então desvia o feixe de elétrons em
um caminho circular. Uma característica única do tubo e/m é que o soquete gira,
permitindo que o feixe de elétrons seja orientado em qualquer ângulo (de 0 a 90 graus)
em relação ao campo magnético produzido pelas bobinas de Helmholtz. A natureza
vetorial da força magnética em partículas carregadas em movimento pode, portanto, ser
explorada. Um pequeno ímã permanente também pode ser usado para desviar o feixe de
elétrons.

Questionário para estudos

1. O que é um filamento de uma lâmpada? De qual material é feito? Quantos fios


devo ligar num filamento para acendê-lo?
2. O que é o efeito termoiônico? Como é possível conseguir um feixe eletrônico com
energia controlada?
3. Como varia a resistência de um filamento condutor com tempo e como é a sua
curva I x V característica?
4. Como é que um campo elétrico acelera cargas livres no vácuo ou num gás inerte?
5. Qual é mesmo a diferença entre campo elétrico e potencial elétrico?
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6. O que é uma Bobina de Helmholtz? Qual é a principal característica do campo
magnético que ele fornece?
7. Se eu quero medir uma corrente em um circuito, como devo colocar o amperímetro
neste circuito?
8. A expressão que descreve o termomagnético da força de Lorentz é ⃗ F =q ⃗v × ⃗
B .
Identifique cada termo desta equação. Quais as principais características desse
termo da força eletromagnética?
9. Quem foi Sir J. J. Thomson (Nobel de 1906)?
10. Calcule a razão carga/massa do átomo de Hidrogênio. (1 uma é igual a
1.6605×10−27 kg; uma é abreviatura para unidade de massa atômica)
11. Indique uma maneira de medir a razão carga/massa do átomo de hidrogênio?
12. Um feixe de elétrons que é previamente acelerado por um potencial elétrico V e
que sofre a ação apenas de um campo magnético B perpendicular à sua
velocidade v entra em movimento circular de raio r. Lembrando que a força
magnética de Lorentz é idêntica à força centrípeta, deduza a expressão da razão
e 2V
carga/massa do elétron: = .
m r 2 B2
13. Considere as forças atuantes sobre cada elétron integrante de um feixe de
elétrons. O que pode ser afirmado sobre a colimação durante a propagação de um
feixe de elétrons?
14. Quais são os efeitos sobre um feixe de elétrons criados por um gás inerte com uma
dada pressão no interior de uma ampola de vidro?

Experimento

Você está utilizando um equipamento delicado cujo


filamento tem uma vida útil preestabelecida pelo
fabricante em ~200-250 horas. Logo, é importante
não deixar o experimento funcionando além do
tempo necessário para as realizar as observações e
a coleta de dados.

A) Equipamento das marcas UCHIDA YOKO e UNITED SCIENTIFIC SUPPLIES INC.


1) Verifique o equipamento que será utilizado na sua aula:
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Figura 1: Instrumental UCHIDA YOKO (esquerda) e UNITED SCIENTIFIC (direita).

i. Caso seja o equipamento da UCHIDA, verifique se os demais acessórios estão


desligados, realize as conexões elétricas necessárias (220 V) e antes de
apertar os botões de liga/desliga, chame o professor para a conferência das
ligações. Este equipamento possuí um limite de tensão no filamento de 6 Vac.
ii. Caso o equipamento utilizado seja o UNITED SCIENTIFIC (sendo que este
possuí uma caixa para o seu armazenamento), conecte o equipamento na
tomada de 220 V e antes de apertar os botões de liga/desliga, chame o
professor.
2) Faça um diagrama das ligações elétricas usadas no equipamento e um diagrama
da trajetória do feixe eletrônico
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SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Laboratório Didático de Física Moderna


3) Coloque todos os botões de controle das fontes de alimentação na posição
mínima.
4) Este experimento é realizado em uma sala escura pois a luminosidade ambiente
compromete bastante a visualização da trajetória do feixe eletrônico.
5) Ligue o equipamento e espere o filamento aquecer por aproximadamente um
minuto. O tempo máximo de trabalho do equipamento é de 1 hora.
6) Você irá imediatamente ter condições de controlar o feixe de elétrons com as
tensões de aceleração, tensões das placas de deflexão e a corrente elétrica nas
bobinas de Helmholtz. Você pode também verificar a formação de trajetórias
helicoidais girando delicadamente a ampola em relação ao arranjo de bobinas de
Helmholtz. Controle todos os botões de ajuste sempre suavemente.
7) Zere os potenciais de deflexão. Aumente o potencial de aceleração dos elétrons.
Deve ser possível ver o “rastro” dos elétrons no interior da ampola (~ 100 V). É dito
“rastro”, pois os elétrons são invisíveis, mas sua trajetória é demarcada pela
excitação seguida por desexcitação que eles causam no gás rarefeito dentro da
ampola. Em campo magnético nulo a trajetória observada é uma reta.
8) Alimente a bobina de Helmholtz aumentando a corrente I lentamente. A trajetória
dos elétrons ficará curva inicialmente. Aumentando a corrente na bobina você
conseguirá uma trajetória circular. Usando a calibração do fabricante do
equipamento para o campo magnético gerado pelo arranjo de bobinas de
Helmholtz:
μ0nI
()
3 /2
4
B= = ,
5 R
onde n é o número de voltas em cada espira e R é o raio ou distância entre as
bobinas, temos:
e 6 V
=9.88×10 2 2 C/kg.
m I D
9) Agora meça o diâmetro D do círculo descrito pelos elétrons usando a escala do
equipamento evitando erro de paralaxe. Você pode também utilizar o paquímetro
plástico disponível. Basicamente, o erro cometido nesta leitura leva a imprecisão
no resultado do valor e/m calculado.
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10)Faça experimentos com V fixo (sugestão é 100 V) variando I e com I fixo (sugestão
é 1 A) variando V. Calcule e/m pela fórmula dada e preencha as tabelas a seguir.
Compare seus resultados com o valor padrão de e/m usado na literatura.

POTENCIAL FIXO
Potencial ( ) Corrente ( ) Campo Magnético ( ) Raio da órbita ( )

CAMPO MAGNÉTICO FIXO

Potencial ( ) Corrente ( ) Campo Magnético ( ) Raio da órbita ( )

11) Faça uma tabela e calcule e/m para cada medida. Isso permitirá extrair os desvios
relativos.
12)Faça gráficos linearizados para os dois casos e encontre o valor médio e desvios
da razão e/m medida no experimento.
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B) Equipamento da marca CENCO

1) Com as fontes desligadas faça as conexões necessárias e abaixo descritas


através de duas etapas:

i. FONTE DE ALTA TENSÃO: na fonte AC ligar cada saída em um "filament"


diferente; já a fonte DC 0-500 V, ligar o positivo +500V no "plate" e 0 (ZERO) no
"filament".

ii. FONTE DE BAIXA TENSÃO: ligar a fonte de baixa tensão DC no "field"


utilizando um multímetro (configurado para leituras de corrente DC de até 20 A).

Figura 1: Instrumental CENCO

2) Chame o mestre para a conferência das ligações.


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3) Faça um diagrama das ligações elétricas usadas no equipamento CENCO:

4) Aumente a voltagem do filamento até enrubescer levemente.

5) Aumente o potencial de aceleração até que apareça a incidência dos elétrons no


bulbo.

6) Aumente a corrente na bobina de Helmholtz provocando a deflexão magnética. A


equação de calibração das bobinas está em um gráfico na parede.

7) Faça os elétrons incidirem nas ranhuras. Use várias voltagens de aceleração e


várias correntes na bobina. Preencha a tabela para alguns valores das variáveis.

V (volts) r (m) B (W/m2) e/m (C/kg)

8) Calcule e/m médio e compare com o valor oficial.

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