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Tema: Palavra do Diretor

Antes de começar nossos estudos, quero agradecer por ter se matriculado no


nosso Seminário Maior de Estudos Teológicos, quero dar-te as boas vindas e te desejar
bons estudos. Quero que saiba que estarei aqui pra te auxiliar no que for necessário,
contudo, quero que se esforce com toda dedicação pra obter um bom estudo.

Fazer um estudo teológico não é algo difícil, mas também não é tão fácil,
contudo, quando buscamos a direção do Espírito Santo, com toda dedicação e devoção,
somos levados a ter toda revelação que necessitamos.

Tenho total confiança em você, querido aluno, confiança essa que me leva a
saber que no futuro próximo, será um grande defensor da fé, e quem sabe um grande
obreiro capaz de pregar o evangelho com toda excelência e amor.

Quero aqui fazer uma aliança com você, uma aliança a qual primeiramente será
feita com o Senhor JESUS CRISTO, filho de Deus. A aliança é que irá estudar com desejo de
aprender mais de Deus, com intenção de ser edificado, com amor e alegria, e quando
possível, poder falar e compartilhar tudo quanto tem aprendido a outros para a glória de
Deus.

Busquem estudar a Bíblia todos os dias com a intenção de conhecer intimamente


seu autor, o Espírito Santo, que a Palavra de Deus seja seu alimento constante, isso fará
que venhas a ter um conhecimento e crescimento espiritual.

Não estude e não leia a Bíblia somente com um objeto de estudo, mas estude
com os olhos espirituais pedindo sempre a revelação de Deus e aplicando tudo que
aprender e ler em sua vida, tudo que ler, veja como um espelho pra você e não como algo
que somente serve pra outras pessoas, e o mais importante, leia crendo sem duvidar.
(Hebreus 11.1)
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A BREVE HISTÓRIA DO POVO DE ISRAEL II

A história do povo de Israel começa com Abraão,


aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o
Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9;
13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente
aterra escolhida por Deus para seu povo habitar.

Obediente e temente ao Senhor, Abraão foi honrado por Deus,


como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6 ) . Nasceu Isaque (Gn
21.1-7),deste veio Jacó( Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a
José (Gn 30.22-24),que mais tarde seria vendido como escravo ao
faraó (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus (Gn 39.2-6,21-23 ) e
não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo
faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito (Gn 41.37-46
). Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome(Gn
46.1-7). Do faraó receberam terras, para que as cultivassem (Gn 47.5-
12).

Assim os israelitas começaram a prosperar. Ali foram abençoados


por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram
tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio. Resultado:
foram subjugados militarmente e submetidos à escravidão (Ex 1.7-14).
O faraó ainda não estava satisfeito. Pretendia interromper de forma
definitiva sua expansão: decidiu que todos os varões que nascessem
nas famílias israelitas deveriam ser mortos ( x 1.15,16,22). E assim foi
feito, e de forma cruel. Às meninas, no entanto, era dado o direito à vida.
Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos soldados
egípcios.

Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida do


bebê passou a correr perigoiminente, seus pais o colocaram numa cesta
e o soltaram no rio Nilo ( Ex 2.1-10 ). A filha do faraó viu o cestinho
descendo nas águas e o choro do bebê.

Ela tratoude resgatá-lo e o menino ganhou o nome de Moisés, ou


Moschê, que pode significar "retirado" ou "nascido das águas” (Ex 2.5-
9). A mãe de Moisés tornou-se sua ama (Ex 2.9), ele cresceu e estudou
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dentro do reinoegípcio, sempre muito bem tratado, apesar da filha do


faraó saber que ele era filhode hebreus.

Um dia, enquanto ainda vivia no reino, Moisés foi visitar seus


"irmãos" hebreus e viu um deles ser ferido com crueldade por um
egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu seu corpo na areia.
Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do crimee decidiu
mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugirpara a terra de
Midiã( Ex 2.15 ). Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do
sacerdote Reuel, chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o
nome de Gerson (que significa "hóspede") (Ex 2.21,22). "Porque sou
apenas um hóspede em terra estrangeira", diz Moisés (Ex 2.22).

Passaram-se os anos, o faraó que perseguia Moisés morreu, mas os


israelitas(ou hebreus) continuavam sob o jugo egípcio. Diz a Bíblia que
Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu o seu clamor
(Ex.2.24).

Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa sarça em


chamas(Ex 3), no monte Horebe. E lhe disse: "... Eis que os clamores
dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os
egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu
povo “(Ex 3.9-10)”. Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o
Egito e contatou o faraó.

Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos


(Ex 5.1-5). Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por
Deus (Ex 7-12). Permitiu que o povo finalmente fosse liberto, comeram a
páscoa e partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). Era
aproximadamente 3 milhões de pessoas. Começava a caminhada em
direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil (homens,sem contar as
mulheres e crianças, eram aproximadamente 3 milhões de
pessoas)andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra
prometida(Ex 12.37).

Nasce o Judaísmo

Nas quatro décadas da caminhada no deserto Deus falou diretamente


com Moisés (Ex 14.15...) e deu todas as leis a serem seguidas por seu
"povo eleito" (Ex 20.1-17). Os dez mandamentos, o conjunto de leis
sociais e penais, as regras dos alimentos, os direitos sobre
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propriedades... Enfim, tudo foi transmitido por Deus a Moisés, que


retransmitia cada palavra ao povo que o seguia. Era o nascimento do
Judaísmo. A caminhada não foi fácil.

O povo rebelou-se diversas vezes contra Moisés e contra o


Senhor. A incredulidade e a desobediência dos israelitas eram
tamanhas que, algumas passagens, Deus pondera em destruí-los e a
dar a Moisés outro povo (a primeira vez que Deus "lamenta" ter criado a
raça humana está em Gn 6.6). Mas Moisés não queria outro povo.
Clamou novamente a Deus para que perdoasse os erros dos israelitas (
Ex 32.9,10 ). Porém todos os adultos que saíram do Egito, exceto
Calebe e Josué morreram no deserto.

Moisés resistiu firme até à entrada de Canaã, infelizmente não pode


entrar, apenas contemplou a terra (Dt 34.4,5 ) e foi levado por Deus.
Josué tomou a direção do Povo e tomaram posse da terra Prometida.

"Eis a terra que jurei a Abraão, Isaac e a Jacó dar à tua


posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela (disse
Deus). E Moisés morreu." (Dt 34. 4,5). "Não se levantou mais em Israel
profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a
face." (Dt 34.10). Foram grandes e difíceis batalhas, até tomarem posse
por completo de Canaã. Inicialmente o povo era dirigido pelos juizes
(Gideão, Eli, Samuel, etc). Mas inconformados com esta situação e
querendo assemelhar-se aos demais reinos pediram para si reis, Deus
os atendeu (1Sm 8.5). Levantou-se Saul o primeiro rei, que foi infiel ao
Senhor ( 1Sm 10.24 ), em seguida Davi tornou-se rei, este sim segundo
o coração do Pai ( 2Sm 2.1-7 ).

Salomão foi o terceiro rei, homem muito sábio e abençoado, construiu o


primeiro Templo. Após estes, muitos outros reis vieram, alguns fieis
outros infiéis. Muitas vezes tornaram-se um povo sem Pátria. Inclusive
nos últimos dois milênios eram um povo disperso pela terra. Somente
em 1948 foi restabelecido o Estado de Israel. Os judeus seguem apenas
as leis do Torah (Antigo Testamento) até nossos dias. Jesus Cristo não
é aceito como filho de Deus. Os livros que o compõe o NT são
desconsiderado pela religião judaica. Ainda esperam pelo nascimento
do Messias! Hoje, e apenas uma Nação a mais no planeta e não detém
para si nenhuma das promessas bíblicas. A referência existente na
Palavra a respeito de Israel, certamente refere-se ao povo formado
pelos Eleitos de Deus, espalhados sobre a terra.

ISRAEL: Estado ou Espiritual


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“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e


da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma
grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma
bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12.1-
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Abraão aos 75 anos de idade foi chamado por Deus, para ser o
“fundador” da nação judaica. Ele seria o pai de uma nação especial, um
povo escolhido, um governo teocrático os regeria. Passados 25 anos,
contando com 100 anos de idade, era o tempo de o Senhor honrar sua
promessa parcialmente, concedendo-lhe a Isaque (Gn 21.5). A fé que
enchia a sua vida o fazia andar e esperar no Senhor, mesmo quando as
limitações impostas pelo tempo ao corpo humano naturalmente
teimavam em mostrar que já era tarde demais! Ele creu no impossível!
“Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Gn 15.6)

O povo era fecundo, crescia rapidamente, em alguns séculos já


somavam mais de 3 milhões de pessoas. Foi com esta multidão, que
Moisés iniciou a jornada de 40 anos em direção à Canaã. Conquistada a
terra prometida, foram governados diretamente pelo Senhor Deus
(Governo Teocrático). Juízes foram levantados, eram os mediadores
entre Deus e o povo. Mas, logo cansaram de Deus e voltaram às
práticas do passado. Não estavam satisfeitos com o governo divino, a
exemplo das demais nações, desejavam um rei. Foram atendidos; um
rei foi levantado (Saul). Eram duros, os corações fechados, não
concebiam a grandiosidade do amor Divino, insistiam em andar por
caminhos de morte. Porém, não foram abandonados, profetas eram
levantados, o pecado explicitado, o arrependimento e restauração eram
gerados; mas, não persistiam em amar a Deus.

O projeto do Senhor em fazer nascer o Messias, estava claro nas


profecias, era uma expectativa que tomava a cada judeu de uma forma
muito especial. No entanto, aguardavam um general, um libertador que
os libertaria do jugo imperialista restituindo-lhes a soberania. O Messias
nasceu veio em humildade, sem força política. Era impossível aceitar
este Jesus, melhor, atropelar as profecias e continuar esperando a Sua
vinda. Não conseguiram ver o poder do Senhor e numa manifestação de
incredulidade e loucura coletiva, optaram por exterminar o “impostor”,
assassinando-o.
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Os judeus rejeitaram o senhorio do Deus vivo e até os dias de hoje,


ainda esperam pela vinda do Messias. Aceitam apenas o Velho
Testamento.

O Senhor permaneceu fiel à Sua promessa feita a Abraão e levantou um


novo Israel. Nação numerosa. Espalhada pelos quatro cantos da terra,
um reino não político, sim, espiritual; constituído pelos eleitos cristãos.
Estes foram enxertados na oliveira verdadeira, feitos em filhos!

Algumas correntes teológicas insistem em traçar ligações entre o Estado


de Israel e a volta do Senhor Jesus, mas, eu entendo que isto não
procede, na verdade, creio que o Mestre não pisará os pés naquela
terra. O Israel é formado por cidadãos, que insistem em rejeitar a Jesus
como o Messias. É chegada à hora da igreja desmistificar o Estado de
Israel, aceitando o fato que a Bíblia (novo testamento) não se refere a
ele. As referencias que encontramos no Novo Testamento sobre o
Israel, trata-se de uma nação espiritual.

Um fato interessante, muito pouco do que é visto em Israel corresponde


realmente à apresentação bíblica. Apresentam lugares e ruínas que
estão no campo da suposição. Reflita: Que interesse os judeus tinham
em conservar alguma coisa referente assassinado na cruz? Na verdade,
não possuíam autonomia para tal, estavam dominados pelo império
romano. O império não reconhecia a religião judaica, por conseqüência,
não havia motivos de incluir na história a passagem de alguém chamado
Jesus pela terra. Tanto é verdade que na história secular não há
evidencia da existência de Jesus, como homem ou filho de Deus. Foi
considerado como um louco por todos. A história de Jesus, o Messias
encontra-se apenas na Bíblia, no Novo Testamento; exatamente nos
livros considerados pelos judeus como não verdadeiros.

Eu não entendo muito bem, qual o motivo de tamanha peregrinação à


“terra santa”. Talvez, para os seguidores da religião judaica seja um
lugar especial, mas, para nós os cristãos (seguidores de
Cristo)? Amados Cristãos, nosso Israel, nação da qual somos cidadãos
está nos céus, é formada pelos Eleitos do Senhor. E para esta nação
devemos ansiar partir; a nossa alegria deve estar restrita em
carregarmos o título de “israelita” do Senhor. É preciso, portanto, nos
enquadrarmos na visão do Rei Eterno, tornando-nos homens santos,
puros e cheios do Espírito Santo, o edificador de nossas vidas e
propiciador de uma comunhão verdadeira e íntima com o Todo
Poderoso.
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Creio que alguns cristãos hão de levantar-se contra esta


mensagem, taxando-a de anti-bíblica (citando versículos inclusive). Mas,
não é verdadeiro este pré-julgamento. Muitos líderes cristãos insistem
em fazerem os seus liderados acreditarem que algumas suposições
teológicas são verdadeiras, criando assim, uma grande confusão.

As coisas referentes à volta do Senhor Jesus (escatologia) são


regidas por três “teorias” principais (amilenismo, pré e pós-milenismo);
estas teses são todas embasadas nas Escrituras, portanto, corretas. No
entanto, há uma divergência de visão grandiosa entre elas. O único
ponto em comum é à volta do Senhor Jesus Cristo. Estejamos prontos
para recebê-lo nos céus.

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