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Resumo: Dialética entre Direito e Antropologia

Se trata de trabalho que busca apresentar e discutir o embate entre uma visão clássica do direito
e uma antropologia jurídica mais contemporânea, tento como foco central uma discussão sobre
o direito se colocar com algo sui generis, único e diferente. O método é a revisão bibliográfica
de notáveis autores jusfilósofo, linha chamada de clássica e confortada pela perspectiva da
antropologia do direito.

Autores como Marco Antônio Barbosa e Antonio Carlos Wolkme tem seu trabalho a análise de
existências de direitos, no caso do primeiro é pontuado que tanto o direito natural como o
positivo vêm de uma mesma base jurídica ocidental, enquanto o segundo trata pluralismo de
visões de direito e aponta a incapacidade de uma visão jurídica monista é insuficiente para dar
resposta a demandas contemporâneas e contexto sociais periféricos.

O fenômeno jurídico é estudado por diferentes autores de diferentes épocas: Hans Kelsen para
qual o direito exclusivamente positivo e trata o direito como ciência. Niklas Luhmann parte da
sociologia para analisar o direito, o pontua o medo do estado nas relações jurídicas. Norberto
Bobbio por sua vez associa o estudo do direito ao estudo da norma. Enquanto o Brasileiro Miguel
Reale em sua teoria tridimensional, baseada na norma, valor e fato. O estudo do direito é
sempre atrelado a lei em sentido amplo.

Nesse contexto vemos a relação da antropologia com o direito, vez que ambas têm foco nas
relações sociais, entre os antropólogos analisados se encontram Clifford Geertz, Roberto da
Matta e Esteban Krotz. Geertz entende o direito como ciência em busca de interpretações de
significados, enquanto Roberto da Matta coloca como central a cultura e explica sua influencia
em sociedade e direito, por fim Krotz defende que para entender as normas jurídicas deve ser
entendido sua aplicação dentro do contexto social.

A dialética entre o direito e antropologia gera um dilema que entender a mudança de


comportamento das pessoas perante a lei e os limites das normas e sua aplicação, esse conflito
pode ser observado, por exemplo, ao se analisar duas fontes do direito: O costume e a lei, vez
que nem sempre o que se é costumeiro está permitido pela lei, assim como existem grupos
privilegiados aos quais as leis não se aplicam no Brasil.

Outra critica é ao conceito de progresso social, visto que esse pressupõe um evolucionismo
social, conceito em desuso na antropologia que considera que graus de evolução e por tanto
sociedades mais ou menos evoluídas, como alguns autores apontam o estudo da antropologia
compreende que você está em uma sociedade e analisa ou conhece outras culturas, logo
nenhuma cultura é única, o que se relaciona a ideia de pluralismo jurídico.

Conclui-se entre outros coisa a existência de um direito natural e um positivo, com diferentes
abordagens e estudos sobre essas áreas. A principal contribuição da antropologia ao direito é a
critica a visão de uma relação natural tendo em vista que toda relação jurídica tem um contexto
cultural, mesmo que se envolva lei existem costume e um determinado contexto social. Por fim
é rejeitada uma visão única e homogenia do direto em contraponto a uma visão mais pluralista.

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