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Em primeira análise, vale apontar que a falta de estrutura adequada é determinante para que
a evasão escolar ocorra. É evidente que a escola pública no Brasil enfrenta diversos problemas
em relação aos insumos para educação básica, é comum observar casos de falta de materiais,
alimentos, professores e até mesmo de escolas em determinadas regiões. Apesar de nas
últimas décadas o orçamento dos governos com a educação ter aumentado, os problemas de
estrutura nas escolas das regiões rurais e periféricas não foram resolvidos, o que acarreta nos
altos índices de evasão.
Outrossim, é necessário enfatizar que o trabalho infantil é uma realidade que afeta
diretamente na permanência dos estudantes nos colégios. Na primeira década do século XXI
circulava uma propaganda na TV aberta que dizia “criança não trabalha, criança dá trabalho”, o
que contradiz a realidade precária na qual muitos menores de idade que se veem obrigados a
trabalhar para sobreviver e ajudar suas respectivas famílias. Para tal, não encontram
alternativa senão evadir-se do ambiente escolar para dar lugar ao labor, muitas vezes em
ambientes insalubres e ganhando muito pouco.
Vistos todos os fatores supracitados, se faz necessária a ação do Estado Brasileiro. Portanto, o
Governo Federal deve realizar um programa de construção de escolas em regiões periféricas e
rurais, além de promover maior fiscalização para que não haja escassez de recursos. Além
disso, é necessária ampliação dos programas sociais para que o trabalho infantil seja
erradicado. Visto isso, o Ministério da Economia deve criar um programa de crédito estudantil
para aqueles que frequentem regularmente as escolas, tornando-as uma fonte de renda.
Dessa forma, será possível reduzir os altos índices de evasão, garantindo o direito universa à
educação.