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Singapura
Ficha de Mercado
Abril 2014
aicep Portugal Global
Singapura - Ficha de Mercado (abril 2014)
Índice
1. Dados Gerais 03
2. Economia 05
2.1. Situação Económica e Perspetivas 05
2.2. Comércio Internacional 08
2.3. Investimento Estrangeiro 12
2.4. Turismo 13
5. Informações Úteis 22
6. Contactos Úteis 23
7. Endereços de Internet 25
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Singapura - Ficha de Mercado (abril 2014)
1. Dados Gerais
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Área: 710,2 km (Singapura é constituída por 63 ilhas)
População: 5,4 milhões de habitantes (2013)
2
Densidade populacional: 7.603 hab./km (2013)
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Risco País: Risco geral - A (AAA = risco menor; D = risco maior), EIU
Risco Político - AA
Risco de Estrutura Económica - A
Risco de crédito: País pertencente ao grupo 0 da classificação risco-país da OCDE. Não é
aplicável o sistema de prémios mínimos
Política de cobertura de risco: Operações de Curto prazo - Aberta sem condições restritivas
Médio/Longo prazo - Não definida
(COSEC - março 2014)
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Ambiente de Negócios
Competitividade (Rank no Global Competitiveness Index 2013/14) - 2º Facilidade de Negócios (Rank no Doing Business Rep. 2014) - 1º
Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2013) - 5º Ranking Global (EIU, entre 82 mercados) - 1º
2. Economia
Desde a sua independência, e em particular a partir dos anos 70, Singapura tem seguido uma política de
captação de investimento estrangeiro, especialmente de multinacionais, optando por diferenciar-se com
base na segurança, social e jurídica, na estabilidade e eficiência da Administração Pública, na ausência
de corrupção como valor social e em elevados níveis de educação e proteção ambiental, a par de uma
excelente rede de comunicações e de um sistema fiscal bastante atrativo.
Submetida a uma série de impactos externos imediatamente anteriores a 2003, entre os quais a crise
asiática, Singapura é atualmente uma economia altamente industrializada, sendo, no entanto, o peso dos
serviços dominante, representando 67,8% do produto interno bruto (PIB) em 2013 (a preços constantes
de 2005). A agricultura e a indústria extrativa não têm qualquer relevância na economia do país.
Ao nível da indústria são bastante relevantes os setores da eletrónica, da petroquímica, dos produtos
metálicos e dos produtos químicos e farmacêuticos.
Singapura atraiu grandes investimentos no setor farmacêutico e na produção de tecnologia médica.
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Segundo o EIU (Economist Intelligence Unit), prevê-se que o crescimento do setor industrial em 2014
seja de 3%, para o que contribuirá a recuperação no subsetor da eletrónica. Por outro lado, perspetiva-se
uma maior produção respeitante a produtos químicos de fábricas que começaram a operar em 2013,
constituindo também um contributo positivo para atividade económica. Espera-se, ainda, que o output do
segmento biomédico, que é menos sensível do que a indústria eletrónica a flutuações da taxa de
crescimento da economia global, possa desempenhar um papel cada vez mais importante na
performance da setor industrial do país no período de 2014 a 2018.
Após anos de crescimento económico assinalável (o PIB aumentou 8,7% e 8,9% em 2006 e 2007,
respetivamente), devido às condições macroeconómicas internacionais desfavoráveis verificou-se em
2008 uma forte desaceleração no ritmo de crescimento da economia de Singapura (o incremento do PIB
foi de apenas 1,7%) e registou-se em 2009 uma evolução negativa do PIB (sendo a variação percentual
de -0,6%).
Em 2010 verificou-se uma recuperação da economia, tendo o seu crescimento sido de 15,1%, mas em
2011 o acréscimo percentual do PIB desceu para 6%.
Em 2012 verificou-se um incremento do PIB de apenas 1,9%, que se deveu, em grande parte, à
desaceleração da atividade em termos da indústria transformadora. O cluster da eletrónica existente no
país registou uma contração a dois dígitos pelo segundo ano consecutivo, verificando-se também um
abrandamento da procura externa e uma situação de excesso de oferta em termos globais. A fraca
performance da indústria transformadora refletiu-se negativamente nos serviços relacionados com o
comércio. O crescimento dos serviços financeiros foi menor. No entanto, a procura interna forneceu
algum suporte à economia. Por outro lado, o setor da construção teve mais um ano de forte crescimento
e o setor imobiliário e os serviços profissionais expandiram-se a um ritmo estável.
O crescimento do PIB subiu em 2013 para 4,1%. A expansão da economia nesse ano foi liderada pelo
setor dos serviços, embora a atividade da indústria transformadora tenha recuperado bastante na
segunda metade de 2013, devido, sobretudo, à área da eletrónica.
O EIU prevê um crescimento do PIB de 4,2% em 2014, baseando-se numa forte atividade no setor da
construção e na continuação da recuperação na indústria transformadora, que está bastante relacionada
com a evolução das economias dos países desenvolvidos.
O PIB per capita de Singapura foi de quase 54,8 mil euros em 2013 (a valores de mercado),
perspetivando-se que possa aumentar em 2014 e nos quatro anos seguintes.
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Em 2013, o montante da formação bruta de capital fixo registou uma variação de -2,6% face ao ano
anterior. A previsão para 2014 é no sentido de um crescimento do valor relativo a este indicador de 6%,
esperando-se que o desenvolvimento das infraestruturas continue a ser uma prioridade e que possa
sustentar o incremento do investimento no setor público. Por outro lado, o investimento privado também
deve aumentar, em linha com a renovada confiança a nível empresarial.
O valor das exportações de bens e serviços aumentaram 3,6% em 2013, relativamente ao ano anterior,
tendo o montante das importações de bens e serviços registado um acréscimo de 3%. Para 2014,
preveem-se incrementos, respetivamente, de 5,1% e 4,9%.
Em 2013 o consumo privado aumentou 2,7%, perspetivando-se para 2014 um crescimento maior (de
4%).
O consumo público aumentou 11,2% em 2013, prevendo o EIU um incremento de 5,9% em 2014.
A inflação passou de 4,6% em 2012 para 2,4% em 2013, devido, principalmente, ao menor ritmo de
crescimento dos custos de transporte e de habitação. A taxa prevista para 2014 é de 2,7%.
O saldo orçamental em 2013 foi de 1,3% do PIB, sendo a respetiva previsão para 2014 de 0,7%. Embora
possam existir custos adicionais associados com a expansão do bem-estar social, é de prever que o
Governo continue a assegurar que as receitas sejam superiores às despesas.
A dívida pública representou 105,5% do PIB em 2013. O EIU prevê reduções das respetivas
percentagens relativas a 2014 e aos quatro anos seguintes.
O saldo da balança corrente é positivo, situando-se o valor percentual referente a 2013 e a previsão para
2014 perto de 20% do PIB.
A dívida externa vem sendo, desde 2010, inferior a 10% do PIB, prevendo-se que tal se continue a
verificar no período de 2014 a 2018.
Segundo a CIA – The World Factbook, a longo prazo o Governo espera estabelecer um novo caminho
para o crescimento com enfoque no aumento da produtividade.
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PIB per capita USD 52.530 53.520 54.780 58.260 61.570 65.280
Formação bruta de capital fixo Var. % 6,0 8,7 -2,6 6,0 7,6 5,9
Saldo do setor público % do PIB 1,2 2,0 1,3 0,7 1,3 1,4
Saldo da balança corrente % do PIB 23,2 17,4 18,4 19,6 19,0 17,0
b b b
Dívida externa % do PIB 8,7 8,7 9,8 9,0 8,9 9,0
Taxa de câmbio (média) 1USD=xSGD 1,258 1,250 1,251 1,229 1,201 1,184
A economia de Singapura, uma das mais abertas do mundo, depende em grande medida do comércio
internacional, constituindo um dos pontos mais importantes de distribuição a nível mundial, devido à sua
localização estratégica e às extraordinárias infraestruturas portuárias de que dispõe. Esta dependência
torna-a particularmente vulnerável em épocas de contração ou de débil expansão das trocas comerciais
internacionais.
Segundo estatísticas locais, as reexportações representaram cerca de 47% do valor total das
exportações do país em 2013 a preços correntes (sendo dados, ainda, preliminares).
Com base nos dados do EIU, os valores das exportações aumentaram 28,8% em 2010 e 16,6% em
2011, tendo os acréscimos de 2012 e 2013 sido de 0,6%. A média das taxas de crescimento anuais no
período de 2009 a 2013 foi de 11,7%.
Ao nível das importações houve incrementos percentuais em 2010 e 2011 de, respetivamente, 27,7% e
18,4%, aumentando o montante em 2012 apenas 2,9%. Em 2013 verificou-se uma variação percentual
de -0,7% face ao ano anterior. O crescimento médio anual nos últimos cinco anos foi, neste caso, de
12,1%.
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O saldo da balança comercial de Singapura é positivo. Em 2013 o saldo foi de 67,9 mil milhões de USD,
sendo o segundo maior valor do período em análise (2009-2013).
O coeficiente de cobertura das importações pelas exportações em 2013 (118,4%) ficou ligeiramente
acima do valor percentual do ano anterior.
De 2009 a 2012 (último ano disponível), Singapura ocupou sempre a 14ª posição, enquanto exportador, e
o 15º lugar, como importador, nos respetivos rankings mundiais.
Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Organização Mundial do Comércio (OMC)
Nota: n.d. - não disponível
A Malásia ocupa a primeira posição como cliente de Singapura, com uma quota de 12,2% em 2013.
Seguiram-se a China (11,8%), Hong Kong (11,2%), a Indonésia (9,9%) e os EUA (5,8%).
Os cinco primeiros mercados representaram, em conjunto, cerca de 51% do valor global das suas
vendas de produtos para o exterior no último ano.
Desses mercados, apenas a Malásia e os EUA mantiveram a mesma posição no respetivo ranking dos
clientes de Singapura de 2011 a 2013 (1ª e 5ª, respetivamente).
As quotas da China aumentaram ao longo do período (2011-2013), tendo existido ligeiras oscilações nos
respetivos valores percentuais relativos à Malásia e à Indonésia. Hong Kong e os EUA tiveram em 2012
quotas semelhantes às do ano anterior, verificando-se maiores percentagens em 2013.
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Principais Clientes
2011 2012 2013
Mercado
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
No que se refere às importações, a China situou-se na primeira posição em 2013 (com uma quota de
11,7%), seguindo-se a Malásia (10,9%), os EUA (10,4%), Taiwan (7,8%) e a Coreia do Sul (6,4%).
Os cinco primeiros marcados representaram, em conjunto, aproximadamente 47% do montante total das
suas compras de produtos ao exterior nesse ano.
Nenhum desses mercados manteve a mesma posição de 2011 a 2013. A China passou do 3º lugar em
2011 para a segunda e primeira posições, respetivamente, em 2012 e 2013.
No último ano, à exceção da Coreia do Sul, os principais fornecedores registaram aumentos das
respetivas quotas face a 2012.
Principais Fornecedores
2011 2012 2013
Mercado
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
Portugal ocupou a 106ª posição como cliente e o 68º lugar enquanto fornecedor, em 2013, sendo as
quotas, respetivamente, de 0,01% e 0,03%.
A UE28 representou 7,8% do valor global das exportações de Singapura em 2013 e 12,4% do montante
total das importações.
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De salientar que Singapura tem adotado uma estratégia de exportar o mais possível e colocar poucas
barreiras à importação, tendo estabelecido acordos de comércio livre ou preferencial com diversos
países.
Relativamente à composição das trocas do país com o exterior, principalmente ao nível das exportações,
destaca-se a dependência das vendas de eletrónica, o que se traduz num fator de preocupação para as
entidades locais, uma vez que torna o país bastante vulnerável às crises internacionais do setor, como foi
o caso em 2001-2002, bem como à intensificação da concorrência entre os produtores regionais e às
alterações tecnológicas nesta indústria.
A eletrónica detém igualmente um peso significativo ao nível das compras de Singapura no exterior.
Trata-se, no entanto, de comércio intrarramo, conduzido por multinacionais que, normalmente, são
importadoras de bens intermédios e exportadoras de produto final.
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Devido ao facto de se tratar do centro político e económico mais estável do sudeste asiático, Singapura
tem beneficiado de elevados fluxos de investimento direto do exterior (IDE) aplicados principalmente por
parte de importantes multinacionais, que estabeleceram neste mercado os seus centros de produção e
distribuição para a região. Às ótimas condições em termos de localização geográfica e de infraestruturas
de comunicações, acrescem os incentivos fiscais existentes, como forma de atração de empresas
estrangeiras.
Os valores de IDE aumentaram nos últimos cinco anos, sendo a estimativa para 2013 (57,4 mil milhões
de USD) mais do dobro do montante registado em 2009 (24,9 mil milhões de USD).
Em 2013, o valor estimado de IDE no país representou 19,4% do PIB e 84% do montante total da
formação bruta de capital fixo.
Singapura ocupou a oitava posição em 2013 no ranking global enquanto recetor de investimento direto do
exterior, como se tinha verificado nos dois anos anteriores, ficando aquém do 6º lugar de 2010.
No final de 2012 (com base em valores preliminares) os principais países de origem dos investimentos
em Singapura (montantes acumulados) eram os EUA, a Holanda, o Japão, as Ilhas Virgens Britânicas, o
Reino Unido e as Ilhas Caimão, detendo a Europa, como um todo, a primeira posição como investidor
direto no país.
Os principais mercados de destino de investimento de Singapura no exterior eram no final de 2012 (com
base em valores, também, preliminares) a China, o Reino Unido, Hong Kong, a Austrália, a Indonésia e a
Malásia, detendo a Ásia, como um todo, mais de 50% do respetivo valor total acumulado.
Investimento Direto
9
(10 USD) 2009 2010 2011 2012 2013
Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); UNCTAD - World Investment Report 2013
Notas: (*) Estimativas; n.d. - não disponível
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2.4. Turismo
O número de turistas estrangeiros diminuiu em 2009 (uma variação percentual de -3,7%), aumentando
em 2010 (22,3%) e nos dois anos seguintes (13,4% em 2011 e 6,8% em 2012, último ano disponível). O
crescimento médio anual ao longo do período 2008-2012 foi de 9,7%.
A Indonésia, a China, a Malásia, a Austrália e a Índia foram os cinco principais países de origem dos
visitantes estrangeiros em 2012. O Reino Unido e a Alemanha representaram, em conjunto, cerca de
45% do número de visitantes da Europa que se deslocaram a Singapura nesse ano.
De referir que as entidades responsáveis pela promoção turística de Singapura implementaram um plano
de incentivos, com o objetivo de conseguir a chegada de 17 milhões de visitantes por volta de 2015. Esse
plano centra-se essencialmente nas viagens de negócios e educacionais, feiras e convenções e no
turismo relacionado com a obtenção de serviços especializados de saúde. Em 2005, foi também
autorizada a construção de novos casinos, de modo a captar mais turistas e a evitar a sua saída para os
casinos de países limítrofes.
Foram efetuados investimentos em dois resorts integrados (que incluem: um deles quatro hotéis, um
casino, um parque temático, um parque aquático, um parque de vida marinha, que inclui o maior
oceanário do mundo, e um museu; e o outro um hotel com mais de 2.500 camas, um casino, dois teatros
e um museu) que contribuíram para o reforço das respetivas infraestruturas turísticas.
Indicadores do Turismo
2008 2009 2010 2011 2012
3
Turistas (10 ) 7.778 7.488 9.161 10.390 11.098
6
Receitas (10 USD) 10.714 9.403 14.178 18.082 19.261
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Em 2008, Singapura ocupava a 10ª posição no ranking de mercados clientes de Portugal, verificando-se
em 2009 uma descida muito acentuada, passando para o 36º lugar. Em termos de quotas, registou-se,
igualmente, uma redução enorme passando de 2,2% em 2008 para 0,26% em 2009. Tal deveu-se em
grande parte à redução considerável do valor das exportações portuguesas de máquinas e aparelhos de
2008 para 2009 devido, sobretudo, à diminuição do valor das nossas vendas para esse país do subgrupo
de circuitos integrados e microconjuntos eletrónicos. Em 2013, Singapura situou-se na 53ª posição, a pior
do período em análise (2009-2013), com uma quota de 0,12% no montante das exportações
portuguesas.
Ao nível das importações, este mercado asiático ficou em 2013 no 88º lugar no respetivo ranking com
uma quota de 0,03%, sendo ligeiramente inferior à percentagem de 2010, que foi a mais elevada dos
últimos cinco anos.
Os valores das exportações portuguesas de bens para Singapura diminuíram em 2010 e 2012 (variações
percentuais, respetivamente, de -36,9% e -30,5%), aumentando em 2011 (53,4%) e 2013 (1,3%). A taxa
de variação média anual ao longo do período 2009-2013 foi de -3,1%.
Os montantes das importações aumentaram 65,6% em 2010, diminuindo nos quatro anos seguintes.
Dessa forma, as nossas compras provenientes desse país passaram de 18,7 milhões de euros em 2009
para cerca de 31 milhões de euros em 2010, situando-se em 14,6 milhões de euros em 2013. O valor de
2013 é inferior ao registado em 2009, em cerca de 22%.
O saldo da balança comercial é favorável a Portugal, registando oscilações significativas de 2009 a 2013.
Assim, o coeficiente de cobertura das importações pelas exportações, nesse período, variou entre cerca
de 171% e 448%, situando-se em 391,2% em 2013.
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Nas exportações portuguesas para Singapura por grupos de produtos, as máquinas e aparelhos ocupam
a primeira posição, com uma percentagem no total de 39% em 2013, seguindo-se os veículos e outro
material de transporte (26,1%), os outros produtos (5,6%), os produtos químicos (5,5%) e os minerais e
minérios (5,3%).
Desses agrupamentos, verificaram-se reduções nos montantes dos veículos e outro material de
transporte e dos outros produtos em 2013 face ao ano anterior (as variações percentuais foram,
respetivamente, de -21,9% e -24,8%), tendo o valor dos produtos químicos aumentado cerca de 678%.
Noutros grupos de produtos, verificaram acréscimos significativos nas exportações de calçado (209,4%)
e de produtos agrícolas (651,7%).
De 2009 para 2013, o valor das máquinas e aparelhos diminuiu (uma variação percentual de -63%),
aumentando o montante dos veículos e outro material de transporte (32,8%) e dos outros produtos
(231,5%).
Numa análise mais em detalhe (a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada) as cinco primeiras
categorias de produtos das exportações portuguesas para Singapura, em 2013, respeitaram a: partes
dos veículos e aparelhos das posições 8801 ou 8802 (com 20,1% do montante global), aparelhos
emissores para radiotelefonia, câmaras de televisão, câmaras de vídeo, etc. (9,4%), aparelhos para
interrupção, seccionamento, proteção para tensão menor ou igual a 1.000 volts (5,8%), aparelhos
elétricos para telefonia ou telegrafia e videofones (5%) e matérias corantes orgânicas sintéticas, de
constituição química definida (3,8%). O valor agregado destas categorias representou cerca de 44% do
respetivo total.
De referir que o peso da categoria relativa a outros móveis e suas partes no montante do grupo referente
a outros produtos foi de 60,2% em 2013.
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Com base nos dados do INE, 361 empresas portuguesas efetuaram exportações de produtos para
Singapura em 2012 (último ano disponível), superando em cerca de 56% o respetivo número de 2008.
Veículos e outro mat. transporte 11.268 13,4 19.172 33,9 14.969 26,1 -21,9
Pastas celulósicas e papel 132 0,2 435 0,8 534 0,9 22,8
Instrumentos de ótica e precisão 171 0,2 850 1,5 316 0,6 -62,8
Em termos de importações, o grupo de máquinas e aparelhos também ocupa a primeira posição, tendo
representado 53,9% do respetivo total em 2013; seguiram-se os veículos e outro material de transporte
(18,9%), os produtos químicos (9,1%), os instrumentos de ótica e precisão (7,1%) e os plásticos e
borracha (4,2%).
Os cinco primeiros agrupamentos representaram, em conjunto, cerca de 93% do valor global das nossas
compras de produtos provenientes de Singapura nesse ano.
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Desses grupos, verificaram-se reduções nos montantes das importações das máquinas e aparelhos e
dos produtos químicos (variações percentuais, respetivamente, de -31,6% e -36,8%) e também dos
veículos e outro material de transporte (uma variação percentual de -13,8%) em 2013 face ao ano
anterior. Nos produtos químicos a variação percentual foi de -55,9% de 2009 para 2013.
Veículos e outro mat. transporte 286 1,5 3.203 16,4 2.760 18,9 -13,8
Instrumentos de ótica e precisão 1.088 5,8 408 2,1 1.037 7,1 154,2
Pastas celulósicas e papel 304 1,6 203 1,0 123 0,8 -39,5
De acordo com os dados do GEE, os produtos classificados como de alta intensidade tecnológica
representaram 54,2% das importações portuguesas de Singapura em 2012 de produtos industriais
transformados (98,9% das importações totais). Seguiram-se os produtos com graus de intensidade
tecnológica média-alta (35,1%), média-baixa (6,6%) e baixa (4,1%).
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3.2. Serviços
Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos aos serviços.
3.3. Investimento
Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos ao investimento.
3.4. Turismo
Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos ao turismo.
Singapura fomenta e aplica uma política de abertura comercial que visa limitar os obstáculos à realização
de transações externas e reduzir as barreiras aduaneiras.
Nesta linha de atuação o país assinou a nível multilateral (Organização Mundial de Comércio), regional
(como por exemplo, Associação das Nações do Sudeste Asiático, mais conhecida pela sigla em inglês
ASEAN) e bilateral, diversos acordos de comércio livre, através dos quais pretende fortalecer vínculos
económicos com grandes parceiros comerciais e aumentar o acesso ao seu mercado por parte de
economias emergentes comprometidas com a liberalização das trocas comerciais e dos fluxos de
capitais.
Embora, de um modo geral, Singapura não imponha restrições à importação, alguns produtos são de
importação proibida, tais como pastilhas elásticas (exceto para fins terapêuticos), isqueiros sob a forma
de pistolas, explosivos, drogas e substâncias psicotrópicas, material pornográfico e discos (CD’s e
DVD’s) que violem os direitos de propriedade intelectual. Existem, ainda, produtos que devem ser
submetidos a controlos sanitários e de segurança e outros que necessitam de licenças específicas de
importação. Os interessados podem consultar informação detalhada no Site das Alfândegas de
Singapura.
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Singapura - Ficha de Mercado (abril 2014)
Relativamente à exportação de produtos de origem animal (ex.: carnes; lacticínios; ovos) e de produtos
de origem vegetal (ex.: plantas; frutas; sementes; e legumes), as empresas exportadoras devem
contatar, em primeira mão, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) em Portugal, para
apurarem da possibilidade de realizar a exportação. Com efeito, pode não ser possível, desde logo,
exportar produtos de origem animal ou vegetal para Singapura pelo facto de Portugal não se encontrar
habilitado para a exportação (necessidade de acordo entre os serviços veterinários/fitossanitários de
Portugal e país de destino no que se refere ao procedimento e/ou modelo de certificado
sanitário/fitossanitário) – é o caso das carnes, cujo processo de habilitação de Portugal para a exportação
para Singapura ainda está em curso, sendo que já se encontram concluídos os procedimentos para a
exportação de peixes ornamentais e aves ornamentais. As barreiras não tarifárias às exportações do
setor agroalimentar podem ser consultadas no portal GlobalAgriMar (consultar tema “Facilitação da
Exportação” e, depois, “Constrangimentos à Exportação” e “Condições de Exportação Recentemente
Acordadas”), do Gabinete de Planeamento e Políticas – GPP, do Ministério da Agricultura e do Mar
(MAM). O mesmo Portal disponibiliza uma apresentação esquemática dos processos de habilitação para
a exportação de:
Para mais informações sobre o regime de importação de Singapura (incluindo informações sobre normas
de qualidade e de rotulagem) os interessados podem consultar no mesmo tema do Site da MADB o
Country Overview (Singapore).
Daí resulta, por exemplo, que em matéria de rotulagem é necessário o cumprimento de várias
exigências, sendo que, no caso dos bens alimentares é obrigatório mencionar (em língua inglesa): a
designação e descrição do produto; a lista de ingredientes; o peso líquido; o país de origem; o nome e
morada do fabricante ou do importador; a informação sobre o valor nutricional (quando aplicável), etc.
1
Os critérios de pesquisa são os seguintes: selecionar o mercado - Country / Singapore; introduzir as posições pautais dos
produtos - Product Code - a 4 ou 6 dígitos; clicar em Search e aceitar as condições em Accept.
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No que se refere à pauta aduaneira, Singapura segue a classificação de mercadorias utilizada pela
ASEAN que, por sua vez, se baseia no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de
Mercadorias (SH), com os direitos de importação a serem aplicados numa base ad valorem ou numa
base de tarifas específicas.
A quase totalidade dos bens está isenta de direitos aduaneiros na importação, contudo, mesmo existindo
isenção, pode haver lugar ao pagamento de impostos especiais sobre o consumo (EXC – Excise Tax), é
o caso, por exemplo, da importação de bebidas espirituosas.
Por outro lado, sobre as mercadorias importadas recai, ainda, uma Taxa sobre Bens e Serviços (GST –
Goods and Services Tax), semelhante ao nosso IVA, no valor de 7%.
A tributação aplicada na entrada de produtos em Singapura pode ser consultada no Site da MADB, no
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tema Tariffs, selecionando o mercado e o produto / código pautal . Clicando no código pautal específico
do produto (classificação mais desagregada),os interessados têm acesso a outras imposições fiscais
para além dos direitos de importação (ex.: Goods and Services Tax, Excise Tax).
Por último, é de assinalar que Singapura dispõe de zonas de comércio livre (Free Trade Zones – FTZs),
as quais incluem postos alfandegários e portos (MADB, selecionar Country: Singapore / Country
Overview / Free Trade Zones). Nestas zonas as mercadorias podem permanecer sem pagamento de
qualquer imposição fiscal por determinado período de tempo para reembalamento, em trânsito ou para
serem enviadas para reexportação (Documentation in a Free Trade Zone).
Para melhor prosseguir os interesses económicos do país, as autoridades locais defendem, desde há
muito, uma política de bom acolhimento das empresas externas, nomeadamente multinacionais, tendo,
para esse efeito, criado um ambiente de negócios propício ao desenvolvimento empresarial, com o
mínimo de constrangimentos burocráticos.
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Os critérios de pesquisa são os mesmos utilizados para obter os procedimentos e formalidades.
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Neste contexto importa destacar o Global Investor Programme (GIP) que visa facilitar a criação e o
estabelecimento de negócios em Singapura, por parte de investidores estrangeiros. A entidade que
coordena este programa é a Contact Singapore.
De referir que muitos dos programas de incentivos existentes são desenhados caso a caso, dependendo
do projeto, pelo que pode haver um elevado grau de discricionariedade na sua atribuição. Na concessão
de incentivos é igualmente tida em consideração a contribuição do investimento para o desenvolvimento
económico de Singapura.
Os interessados podem consultar informação relevante sobre os diversos apoios no Site do EDB
(Incentives for Businesses), bem como no Site EnterpriseOne, da SPRING Singapore.
Este último Site disponibiliza, igualmente, outras informações úteis para quem pretende estabelecer-se
Singapura, nomeadamente, as possíveis formas de estabelecimento, sistema laboral e sistema fiscal.
Na Internet podem, ainda, ser consultados diversos Guias de Investimento com todas as referidas
matérias, destacando-se, pela sua atualidade:
• Doing Business in Singapore 2014, da autoria da Dezan Shira & Associates (acesso gratuito após
registo);
• Singapore Investment Guide 2013/2014, da autoria da Rödl & Partner;
• Guide to Doing Business in Singapore 2013-2014, da autoria da Mazars.
Em matéria de proteção dos direitos de propriedade industrial (ex.: marcas; patentes; design) as
empresas podem consultar a IP Country Factsheet: Singapore, de novembro de 2013, da autoria da
ASEAN IPR SME Helpdesk.
O quadro legal de Singapura baseia-se no sistema britânico, tendo no entanto evoluído no sentido da
criação de uma jurisprudência distinta, que integra e consagra as melhores práticas vigentes noutros
sistemas legais avançados, sendo hoje considerado um exemplo de eficiência e modernidade. O
enquadramento legal de Singapura, relevante para a prática de negócios, pode ser consultado no Site
Attorney General’s Chambers.
Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os
dois países, foi celebrada a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em
Matéria de Impostos sobre o Rendimento, em vigor desde 16 de março de 2001, bem como um Protocolo
de alteração à referida Convenção, em vigor desde 26 de dezembro de 2013.
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5. Informações Úteis
Formalidades na Entrada
Os cidadãos portugueses que pretendam deslocar-se a Singapura devem ser portadores de passaporte
cujo prazo de validade mínimo seja, à data de entrada no país, de, pelo menos, 6 meses.
Hora Local
Corresponde ao GMT mais oito horas. Em relação a Portugal, Singapura tem igual diferença durante o
horário de inverno e mais sete horas no de verão.
Horários de Funcionamento
Serviços Públicos:
8h30-16h30 (segunda-feira a sexta-feira)
8h00-12h00 (sábado)
Bancos:
9h00-15h00 (segunda-feira a sexta-feira)
9h00-12h00 (sábado)
Comércio:
10h00-21h00 (segunda-feira a sexta-feira)
O comércio também se encontra aberto ao sábado e ao domingo.
Feriados 2014
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Corrente Elétrica
Pesos e Medidas
6. Contactos Úteis
Em Portugal
Não existe representação diplomática de Singapura em Portugal, sendo os assuntos do nosso país
acompanhados pela Embaixada de Singapura em Paris.
Embaixada de Singapura em Paris
16, Rue Murillo
75008 Paris
Tel.: +33 1 56796820 | Fax: +33 1 56796829
E-mail: singemb_par@sgmfa.gov.sg
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Em Singapura
Singapore Customs
55 Newton Road, #10-01
Revenue House
Singapore 307987
Tel.: +65 6355 2000 I Fax: +65 6250 8663
E-mail: customs_documentation@customs.gov.sg | http://www.customs.gov.sg
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7. Endereços de Internet
A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no Site da Agência, nomeadamente, nas
seguintes páginas:
• Guia do Exportador
• Guia de Internacionalização.
• Livraria Digital
Outros endereços:
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• Contact Singapore
• Doing Business in Singapore – Law Library – Business Laws and Regulations (World Bank Group)
• EnterpriseOne
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• Parliament of Singapore
• Singapore Customs
• Singapore Government
• Singapore Law
• Statistics Singapore
• TradeXchange
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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt
Capital Social – 114 927 980 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120