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Colégio Marquês de Olinda

URGÊNCIA
E
EMERGÊNCIA
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CONCEITOS

Urgência e Emergência
Você já viu em hospitais, ambulâncias, prontos-socorros e postos de atendimento,
placas com os enunciados: urgência ou emergência?
Creio que respondeu “sim”, pois são termos muito comuns aos tipos de ambientes
citados acima. Mas como diferenciá-los? Parecem ter o mesmo significado, não é
mesmo?
Como diferenciar algo que é urgente de algo que é emergência? Não é tão simples, pois
os significados destes vocábulos são semelhantes, porém, no âmbito da saúde, são
totalmente diferenciados, até por uma questão de encaminhamento.
Emergência: É quando que requer atendimento imediato, pois o paciente
apresenta risco iminente de morte, como exemplo parado cardiorrespiratório ou dor
Torácica típica de Infarto.
Urgência: Exige um atendimento rápido ao paciente, porém sem risco de morte,
como por exemplo, uma cólica renal ou uma fratura de braço
A diferença concentra-se mais no campo da medicina. Por exemplo: hemorragias,
parada respiratória e parada cardíaca são emergência. Luxações, torções, fraturas
(dependendo da gravidade) e dengue são urgência.

Pronto Socorro
Hoje, na prática, usamos o nome pronto-socorro para o serviço de portas abertas.
Segundo o Ministério da Saúde, pronto atendimento é a "unidade destinada a prestar,
dentro do horário de funcionamento do estabelecimento de saúde, assistência a doentes
com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato".
Já a definição para pronto-socorro é o "estabelecimento de saúde destinado a prestar
assistência a doentes, com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de
atendimento imediato. Funcionam durante as 24 horas do dia e dispõe apenas de leitos
de observação".
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Sala de Urgência / Emergência


Setor de emergência ou urgência é a zona num hospital ou unidade de cuidados
primários que presta o tratamento inicial de um largo espectro de doenças, algumas das
quais podem ser ameaçadoras à vida, requerendo intervenção imediata
O Ministério define emergência como a "unidade destinada à assistência de doentes,
com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato".

 RECURSOS
Humanos
MÉDICO: Equipe médica que pode ser composta por: Clinico Geral, Ginecologista-
Obstetra, Cirurgião Pediátrico, Anestesiologista, Radiologista, Neurologista, Pediatra,
Cirurgião Geral, Traumato-Ortopedista, Intensivista, Cardiologista, entre outros
conforme a necessidade e classificação do hospital.
ENFERMAGEM: Enfermeiro coordenador, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem,
Auxiliar de Enfermagem.

Materiais e Equipamentos
• Monitor cardíaco;
• Eletrocardiógrafo;
• Respirador mecânico;
• Bomba de infusão
• Cama fowler
• carro de emergência;
• Material para entubação endotraqueal
adulto/ infantil/ neonatal;
• oxímetro de pulso;
• conjunto de nebulização em máscara;
• conjunto padronizado de beira de leito:
• termômetro;
• esfigmomanômetro;
• estetoscópio;
• ambú com máscara.
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• Cilindros de oxigênio (transporte)


• Ventilador p ara transporte;
• Aspirador de secreções;
• Negatoscópio;
• Otoscópio;
• Máscara venturi com diferentes concentrações
de gases;
• Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvulas reguladoras de
pressão e pontos de vácuo para cada leito.
• Capacete para oxigênioterapia (pediátrico e neonatal)
• incubadora para transporte
• Fototerapia

Serviços

As unidades de Pronto-Atendimento (PA) oferecem atendimento médico básico para os


casos de urgência e emergência. Nos Prontos-Atendimentos, o atendimento é de 24
horas e os serviços oferecidos são: clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia.
Nestas unidades, a internação somente acontece quando há necessidade de observação
do paciente ou em alguns casos de tratamentos que exijam breve internação.

Os Pronto-Socorros (PS) também atendem casos de urgência e emergência durante 24


horas e os serviços oferecidos são: clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ortopedia,
ginecologia, obstetrícia e odontologia. Alguns Hospitais também possuem Pronto-
Socorros que, além dos serviços acima, também atendem casos de: otorrinolaringologia,
oftalmologia, neurocirurgia, bucomaxilo facial e vascular.

ETICA E HUMANIZAÇÃO
Na enfermagem, a assistência humanizada visa ao ser humano em sua integralidade,
ocupando-se tanto dos componentes adoecidos quanto dos sadios do ser, tais como o
senso crítico e a espiritualidade. A ciência do cuidado enfoca predominantemente a
promoção da saúde e, para tanto, necessita expandir a visão de mundo e a habilidade de
pensamento crítico. O cuidado deve conjugar expressões de interesse, consideração,
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respeito e sensibilidade, demonstradas por palavras, tom de voz, postura, gestos e


toques. Essa é a verdadeira expressão da arte e da ciência do cuidado: a conjugação do
conhecimento, das habilidades manuais, da intuição, da experiência e da expressão da
sensibilidade. Os profissionais que atuam nessas unidades devem ser capazes de tomar
decisões rápidas e precisas e capazes de distinguir as prioridades, avaliando o paciente
como um ser indivisível, integrado e inter-relacionado em todas as suas funções. Além
disto, uma das características mais marcantes do pronto socorro é a dinâmica intensa de
atendimento.
A unidade de emergência oferece serviços de alta complexidade e diversidade no
atendimento a pacientes em situação de risco iminente de vida. No entanto, as
tecnologias avançadas utilizadas neste atendimento nem sempre garantem a qualidade
da assistência, pois há influência decisiva de fatores relacionados ao objeto e à força de
trabalho neste processo.
Na busca pela estabilização das condições vitais do paciente, o atendimento se dá por
meio do suporte à vida, exigindo agilidade e objetividade no fazer. Neste sentido, o
processo de trabalho molda-se na luta contra o tempo para alcance do equilíbrio vital
tido como objetivo do trabalho.
O objeto de trabalho da unidade de emergência pode-se compreender o que este cenário
muitas vezes representa: um verdadeiro espelho da situação de miséria da sociedade
brasileira. Baleados, suicidas, violentados, politraumatizados caracterizam grande
parcela dos usuários, vítimas da imprudência e da desinformação, entre outros males.
Isto posto, surge à tensão como uma característica decisiva deste ambiente de trabalho,
ambiente no qual a equipe de saúde responsável pelo serviço de emergência vive
diariamente sob pressão ocasionada pela necessidade do ganho de tempo, pela rapidez e
precisão da intervenção/atenção, pela elevada demanda de atendimentos e experiências
diárias de morte.
Os pacientes, por sua vez, encontram-se tensos e temerosos perante o desconhecido,
ambiente e profissionais e sentem-se fragilizados, reagindo muitas vezes com
agressividade. A passagem, repentina e inesperada, de um estado de saúde plena à
proximidade com a morte pode afetar o equilíbrio emocional das vítimas - pacientes e
famílias, os quais, por vezes, se expressam por agressões físicas e verbais, evidenciando
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revolta contra as carências das políticas públicas e deparando no profissional de saúde o


seu representante e responsável.
Torna-se, pois, um desafio para a enfermagem a construção de seu fazer, considerando
as dimensões - éticas, subjetivas, técnicas e institucionais do cuidado e valores,
sentimentos e limites - do ser de cuidado e do ser cuidador, especialmente quando o
cenário laboral é uma unidade de emergência e suas especificidades.
O dever de prestar socorro a quem necessita provém da necessidade de coesão social,
com base nos princípios e normas éticas. Seu descumprimento resulta na “Omissão de
Socorro”.
Pesquisas demonstram que a Omissão de Socorro constitui delito não frequente nas
atividades de assistência à saúde, sendo os hospitais os locais com maior incidência.
Art.135 cód. Penal conceitua o crime de omissão de socorro como: “Deixar de prestar
assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave iminente perigo; ou
não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.”
O código da Ética dos Profissionais de Enfermagem também normatiza a matéria,
proibindo: Art.42 – Negar assistência de enfermagem em caso de urgência ou
emergência.

AGRAVOS À SAÚDE E ACIDENTES QUE AMEAÇAM A VIDA E


CARACTERIZAM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA:

Traumatismo
O tratamento do paciente traumatizado requer, sem perda de tempo, acesso as lesões e
início do suporte de vida. Para isso é necessário uma abordagem sistematizada que é
denominada Avaliação Inicial e inclui: Preparação, Triagem, Exame Primário (ABCs)
Os exames primário e secundário devem ser repetidos com frequência para acompanhar
a evolução e indicar necessidade de intervenção, tão logo necessário.
I – Preparação: A preparação inclui dois momentos: o pré-hospitalar e o hospitalar. A
fase pré-hospitalar deve ser estruturada e entrosada de tal maneira que a fase hospitalar
seja comunicada sobre o paciente antes de sua chegada, afim de que a equipe possa se
preparar e verificar se tem condições de suprir as necessidades do paciente. Logo, o pré-
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hospitalar deve levar o paciente, não para o hospital mais próximo, mas para aquela que
tem condições de atender suas necessidades. A fase hospitalar tem que ter planejamento
para o atendimento do paciente, bem com os recursos necessários para suprir as
necessidades do paciente. A equipe de saúde deve ter treinamento adequado e ter rotinas
de atendimento para pacientes politraumatizados. Não se deve esquecer das medidas de
proteção individual padrão.
II – Triagem: A triagem tem como objetivo principal avaliar e identificar os pacientes
que podem ser atendidos na Instituição e verificar os recursos disponíveis para esse
atendimento. Principalmente em condições de vitimas múltiplas e situações de desastre
e catástrofes.
III – Exame Primário: Em pacientes politraumatizados deve-se estabelecer uma
sequencia para o atendimento e tratamento. Deve-se fazer o exame primário rápido,
reanimação das funções vitais, o exame secundário e o inicio do tratamento definitivo.
Este processo se constitui no ABCDE do atendimento ao traumatizado:

A – (Airway) – Vias aéreas e controle da coluna cervical;

B – (Breathing) – Respiração e Ventilação;

C – (Circulation) – Circulação com controle de hemorragia;

D – (Disability) – Exame neurológico sumário;

E – (Exposure) – Exposição com controle da hipotermia.

A avaliação de cada item implica em diagnosticar alterações e tomar decisões


concomitantes antes de se proceder ao passo seguinte.

A – VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL


A avaliação das vias aéreas e as condutas que garantem a sua permeabilização é
prioritária no trauma.
Principais causas de obstrução de vias aéreas:
- Queda da língua em pacientes inconscientes;
- Presença de corpos estranhos, sangue e restos alimentares;
- Fraturas de face;
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- Traumas cervicais – ruptura da laringe e traqueia.


A maneira mais simples de diagnosticar problema com as vias aéreas é através da
resposta verbal da vítima, pois estando esta respondendo evidencia-se a permeabilidade
das vias. Sinais como agitação, cianose ou respiração ruidosa podem significar
obstrução das vias aéreas.
Outra questão importante neste item refere-se a colocação do colar cervical na vítima
pois o poli traumatizado até provem o contrário é portador de lesões de coluna cervical.

B – RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO

A primeira etapa do atendimento inicial já discutido apenas garante ao paciente a


permeabilidade de suas vias aéreas mas isto não significa que este esteja com ventilação
adequada. Sendo assim torna-se fundamental a avaliação das condições ventilatórias do
paciente.
A ventilação pode estar prejudicada tanto por obstrução das vias aéreas, como por
alterações da mecânica ventilatória ou por depressão do sistema nervoso central.
Formas de diagnosticar problemas de ventilação:
- Observe as incursões torácicas procurando movimentos simétricos de inspiração e
expiração. A assimetria sugere fraturas ou tórax flácido;
- Ausculte ambos os hemitórax. Murmúrio vesicular diminuído ou ausente, deve alertar
para a possibilidade de existir lesão torácica;
- Frequência respiratória elevada pode indicar falta ar;
- Oxímetro de pulso pode ser um bom aliado apesar de não garantir que a ventilação
seja adequada.
Após o diagnóstico de problemas ventilatórios no paciente medidas correctivas devem
ser imediatamente tomadas.

C – CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA


A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a principal causa de morte nas
primeiras horas após o trauma. Hipotensão arterial em vítimas de trauma deve ser sempre
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considerada como consequência de hipovolemia. Alguns parâmetros são de fundamental


importância na avaliação inicial e determinação da hipovolemia :
- Nível de consciência;
- Coloração da pele;
- Frequência e amplitude de pulso;
- Perfusão periférica – enchimento capilar menor que 2 segundos é sinal de hipovolemia;
- Pressão arterial;
- Pressão de pulso;
- Sudorese.
Tão importante quanto o diagnóstico do choque hipovolêmico é a determinação do ponto
de sangramento. Após a localização da hemorragia medidas de contenção devem ser
tomadas a fim de evitar lesões irreversíveis no paciente é até seu óbito.

D – EXAME NEUROLÓGICO

Uma rápida avaliação do estado neurológico deve determinar o nível de consciência e a


reatividade pupilar do traumatizado. O rebaixamento do nível de consciência é
indicativo de diminuição da oxigenação, lesão direta do encéfalo ou uso de drogas e/ou
álcool. Na avaliação inicial, utiliza-se o método AVDI.

A – Alerta;

V – Resposta ao estímulo verbal;

D – Responde ao estímulo doloroso;

I – Irresponsivo aos estímulos.

Inconsciência, resposta motora lateralizada, alteração da função pupilar, estão,


frequentemente, relacionadas ao aumento da pressão intracraniana e implicam na
necessidade de canulação da via aérea e hiperventilação.

O exame neurológico mais detalhado do paciente deve ser realizado posteriormente e o


mesmo deve ser classificado de acordo com a Escala de Coma de Glasgow que irá
melhor definir qual o estado neurológico do paciente.
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E – EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DA HIPOTERMIA


O paciente traumatizado deve ser completamente despido para facilitar o exame
completo e a determinação de lesões que podem comprometer a sua vida. Para se evitar
movimentos e eventual mobilização de fraturas ou luxações, as vestes devem ser
cortadas antes da remoção.
A proteção do paciente contra hipotermia é de suma importância, pois cerca de 43%
dos pacientes desenvolvem este tipo de alteração durante a fase de atendimento inicial.
A hipotermia exerce efeitos deletérios sobre o organismo do traumatizado portanto,
deve ser protegido contra o frio através de cobertores aquecidos e infusão de líquidos
também aquecidos

Queimaduras
São lesões causadas nos tecidos cutâneo, provocados pela ação direta ou indireta de alta
temperatura, podem ser originadas por agentes químicos, térmicos ou elétricos (metais,
fogo, ácidos, contato elétrico, proximidades de fornos industriais, radiações, raios
solares, frio, plantas).

FISIOPATOLOGIA:
Aumento de permeabilidade capilar e edema;
Alterações cardiopulmonares;
Disfunção renal;
Choque hipovolêmico (burn shock) e trauma tecidual;
Hipervolêmia.

TIPOS DE QUEIMADURAS
Queimaduras térmicas:
Exposição ao calor ou por exposição ao frio;
Quanto ao grau de queimadura, a classificação se baseia na lesão.

Queimaduras elétricas:
Contato com a eletricidade;
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São difíceis de avaliar, e até mesmo as lesões que parecem ser superficiais podem
causar danos profundos a músculos e nervos.
Parada respiratória ou cardiorespiratória, danos ao SNC (cefaléia, perda de consciência,
convulsões, etc.) e lesões em órgãos internos.

Queimaduras químicas:
Contato com substâncias tóxicas, normalmente ácidos ou bases fortes, ou seus vapores;
Há necessidade de cuidados especiais com os olhos e vias respiratórias.

Queimaduras por radiação:


São resultantes da exposição solar (raios ultravioletas) ou fontes nucleares.

Queimaduras especiais
Piche aquecido;
Plástico incandescente.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A GRAVIDADE:


Causa;
Profundidade;
Percentual da superfície corporal queimada;
Associação com outras lesões;
Comprometimento das vias aéreas.

PROFUNDIDADE:
Queimaduras de 1º grau: Envolvem apenas a camada superficial da epiderme. A
região fica hiperemiada, edemaciada e muito dolorosa.
Ex.: queimadura por exposição ao sol.
Tratamento: hidratantes tópicos.

Queimaduras de 2º grau: envolvem a epiderme e a derme em graus variados mas sem


atingir o tecido subcutâneo, caracteristicamente há a formação de bolhas (flictena) e
também é bastante dolorosa.
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Ex: Escaldadura ou lesão térmica causada por líquido superaquecido.

Queimaduras de 3º grau: Ultrapassam a derme, atingindo o tecido subcutâneo, ou até


mais profundamente. A área queimada apresenta-se ressecada e com anestesia pela
destruição das terminações nervosas. Caracteriza-se pelo aparecimento de uma zona de
morte tecidual (necrose). Ao contrário, a área circundante é extremamente dolorosa.
Não há capacidade de regeneração o que faz necessário o uso de enxertia.
Ex.: Lesão direta pelo fogo/eletricidade.

Queimadura Mista: queimaduras de 1º, 2º e 3º graus no mesmo paciente.

Percentual da superfície corporal queimada:


A extensão da queimadura pode ser estimada pela Regra dos nove.
Regra dos nove:
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CRIANÇAS:
 Cabeça=18%
 MMII=13,5%
 As demais partes do corpo mesmo que adulto.

Comprometimento das vias aéreas:


A inalação de fumaça é a principal causa de óbito precoce após a queimadura. A
inalação de gazes superaquecidos pode causar obstrução de vias aéreas.
As lesões inalatórias podem aparecer nas primeiras 24 a 72 horas após a exposição ao
agente causador. Momento em que se iniciam as trocas gasosas.

COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS:


 Pequeno Queimado: 1º grau (qualquer extensão); 2º grau (- 10% SCQ); 3º grau
(-2% SCQ)
 Médio Queimado:2º grau (entre 10 e 20% SCQ); 3º grau (entre 3 e 5% SCQ)
 Grande Queimado: 2º grau (+ de 20% SCQ); 3º grau (+ 10% SCQ)

Assistência de Enfermagem ao paciente queimado


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Prioridade de atendimento:
 Queimaduras de segundo grau com área corporal atingida maior do que 15% em
menores de 12 anos ou maior de 20% em maiores de 12 anos;
 Queimaduras de terceiro grau com mais de 10% da área corporal atingida no
adulto e maior que 5% nos menores de 12 anos;
 Queimaduras de períneo;
 Queimaduras por corrente elétrica;
 Queimaduras de mão ou pé ou face ou pescoço ou axila que tenha terceiro grau.

Exame básico ATLS (Advanced Life Trauma Support)


A – Vias Aéreas
B – Boa Respiração
C – Circulação
D – Dano Neurológico
E – Exposição

Cuidados iniciais:
Remoção de roupas queimadas ou intactas nas áreas da queimadura;
Avaliação clínica completa e registro do agente causador da extensão e da profundidade
da queimadura;
Analgesia: oral ou intramuscular no pequeno queimado e endovenosa no grande
queimado, “Nunca subestime a dor do paciente queimado”;
 Pesquisar história de queda ou trauma associado;
 Profilaxia de tétano e trombose venosa profunda;
 Hidratação oral ou venosa (dependendo da extensão da lesão);
 Manter cabeceira elevada a 30 graus;
 Envolver o paciente em toalhas limpas;
 Encaminhar ao serviço competente (Cirurgião, nutricionista, psicólogo,
fisioterapeuta, entre outros).

Cuidados locais:
 Aplicação de compressas úmidas com soro fisiológico até alívio da dor;
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 Remoção de contaminantes;
 Verificar queimaduras de vias aéreas superiores, principalmente em pacientes
com queimaduras em face, nariz, orofaringe e edema de face e pescoço
evitando injúria por inalação de calor;
 Verificar lesões de córnea;
 “Sempre investigar a presença de queimaduras das vias aéreas, mesmo que
aparentemente o paciente não apresente sinais sugestivos de insuficiência
respiratória”.
 Resfriar agentes aderentes (ex. piche) com água corrente, mas não tentar a
remoção imediata;
 Em casos de queimaduras por agentes químicos, irrigar abundantemente com
água corrente de baixo fluxo (após retirar o excesso do agente químico em pó, se
for o caso), por pelo menos 20 a 30 minutos. Não aplicar agentes neutralizantes,
pois a reação é exotérmica, podendo agravar a queimadura;
 Observar sinais de tiragem, cianose, balanço tóraco-abdominal, e outros;
 Após a limpeza das lesões, os curativos deverão ser confeccionados.

Tratamento:
Controle de diurese: Método mais simples de monitoração hemodinâmica devendo ser
rigoroso em Grandes Queimados, evitando assim o “burn shock” ou choque
hipovolêmico
 Adulto:30 a 50 ml/h
 Criança: 1 – 2 ml/kg/h

Curativo:
 Estabilidade hemodinâmica é prioridade;
 Curativo é o último procedimento a ser realizado;
 Se for transferido para unidade próxima - realizar curativo nesta unidade;
 Se houver estabilidade hemodinâmica, e a transferência for demorar - realizar
curativo;
 Manter cabeceira elevada a 30 graus;
 Lavar a área queimada com água corrente;
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 Remover pele desvitalizada e necrótica;


 Degermar com PVPI 1% / Cloroexidina 1%, Aguardar 5 a 10’ e Lavar com água
corrente;
 Aplicar sulfadiazina de prata a 1% em uma camada de 3 mm.
 Curativo com compressas cirúrgicas (“Não apertar”)
 Atadura de crepon;
 Não enfaixar face, orelha, períneo.

Nutrição:
Recomenda-se nutrição enteral nas primeiras 24 horas após a queimadura. Para prevenir
a diminuição da resistência à infecções e da cicatrização.

Coma
O coma é uma situação cerebral delicada e que requer atenção médica e cuidados
especiais. O paciente que está em coma vive um estado parecido a um sono profundo,
porém, ele não pode ser acordado (se alguém chamá-lo, ele não vai responder) e não
demonstra nenhum conhecimento de si próprio nem do ambiente ao seu redor. Por isso,
os especialistas definem o coma como um estado caracterizado, principalmente, pela
ausência ou extrema diminuição da consciência (nível de alerta comportamental), e pela
falta de resposta aos estímulos, tanto internos quanto externos. Durante o coma, a
pessoa mantém os olhos fechados e, se fizer algum movimento, este é involuntário.
Também, os médicos não podem afirmar se o paciente está dormindo ou acordado.
Como o estado de consciência está alterado, não é possível fazer essa diferenciação. No
entanto, ainda que o paciente esteja com suas funções neurológicas prejudicadas, a
participação e a atenção dos familiares no atendimento médico é muito importante.
Tranquilidade, compreensão, auxílio e carinho são fundamentais para uma possível
recuperação.

O que pode provocar o coma?


Muitas doenças, lesões ou anomalias graves podem afetar o bom funcionamento do
cérebro e provocar o coma.
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Entre elas estão o traumatismo craniano, as reações tóxicas aos medicamentos ou a


ingestão voluntária de sedativos e outras substâncias tóxicas. Os neurologistas dividem
as causas que levam ao coma em três tipos: supratentoriais, infratentoriais e difusas
(também chamadas de multifocais ou metabólicas). As duas primeiras levam o
indivíduo ao coma, quando há lesões localizadas no encéfalo, acima ou abaixo de uma
estrutura anatômica do cérebro chamada tenda do cerebelo. A difusa é consequência de
lesões que afetam vários pontos do encéfalo (e não apenas uma determinada região),
sendo que esta é mais comum. As situações clínicas que provocam esse tipo de coma
são bastante abrangentes: hemorragias, tumores, infartos, traumas cranianos,
insuficiências hepáticas, renal e pulmonar, intoxicações, falta de oxigenação no cérebro,
entre outros comprometimentos.

O que uma pessoa em coma sente durante esse período?


Os pacientes em coma não sentem nada e não demonstram percepção nenhuma. Mas é
uma opinão que varia entre os especialistas. Apesar de não ter sido comprovado
cientificamente, muitos médicos acham que os pacientes que vivem esse estado podem,
sim, ouvir e perceber o mundo ao seu redor. Entretanto, alguns médicos acreditam que
isso não é possível e, dependendo do grau do coma, muitos pacientes não demonstram
sequer os reflexos mais primitivos, como o de evitar a dor. Segundo o neurologista
Getúlio Daré Rabello, coordenador de Educação médica da Academia Brasileira de
Neurologia, o paciente, realmente, não percebe nada do que está acontecendo à sua
volta.

O que é coma induzido?


O coma induzido acontece quando os especialistas recorrem às drogas sedativas para
baixar o nível de consciência do paciente. Esse recurso é utilizado, normalmente, para
permitir um melhor atendimento médico em determinados momentos da enfermidade.
Além da diminuição da consciência, o metabolismo cerebral também é desacelerado, o
que melhora a resposta terapêutica do paciente em várias situações. A encefalopatia
decorrente da parada cardíaca, traumas cranianos, crise epiléptica, entre outros, são
exemplos de situações nas quais é comum o coma induzido.
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Existem tipos diferentes de coma?


Na realidade, não há uma classificação de tipos de coma, porque é uma situação que
comporta apenas duas possibilidades: estar em coma ou não estar. O que existe são
outras alterações de estado de consciência e que não são, do ponto de vista médico,
consideradas como coma (apesar de muitas pessoas as confundirem). São elas: estado
confusional agudo, morte encefálica, estado vegetativo persistente, estado minimamente
responsivo (com pouca resposta).
Além disso, há situações que apenas se parecem como o coma: catatonia, síndrome do
cativeiro, estados psiquiátricos de retirada. Muitas pessoas também confundem o estado
de coma com a morte encefálica, por exemplo. Mas, enquanto o coma é uma alteração
de consciência potencialmente reversível, em que há prejuízo momentâneo nas
respostas do indivíduo aos estímulos, a morte encefálica é uma morte, ou seja, uma
situação de irreversibilidade total para a vida, sem nenhuma possibilidade de
recuperação e parada de todas as funções do encéfalo.
A diferença é basicamente de prognóstico, ou seja, quanto às possibilidades de
recuperação.

Por que algumas pessoas conseguem sair do coma depois de longos períodos?
É comum isso acontecer quando o paciente está em um estado vegetativo persistente, ou
seja, quando ele ainda responde a alguns estímulos externos.
Eventualmente, essa volta também acontece do próprio coma, quando as estruturas
cerebrais que são responsáveis pela consciência melhoram. No entanto, é difícil para os
médicos afirmarem se esta melhora irá ou não acontecer.

O coma pode produzir algum tipo de sequela? Quais?


As sequelas dependem da causa do coma e da velocidade com que essa causa é
revertida (se isso for possível). Podem haver sequelas motoras, sensitivas, intelectuais,
convulsivas ou até comportamentais. O que deve ser feito para minimizar as
consequências é evitar as complicações decorrentes do coma e combater a causa básica.
Qualquer afecção, desde que combatida com sucesso, pode determinar êxito no
tratamento. Vale lembrar que, durante o estado de coma, o paciente deve permanecer
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sob cuidados intensivos em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e ligado a aparelhos


que controlam suas funções vitais, como a respiração.

Envenenamento
O envenenamento, ou intoxicação aguda, ocorre quando a pessoa inala, ingere alguma
substância tóxica ao organismo ou essa substância entra em contato direto com a pele.
Existem substâncias que em pequenas doses não causam nenhum dano, porém, quando
administradas em grande quantidade, são maléficas, como é o caso dos medicamentos.
Há pessoas que acreditam que medicamentos sempre fazem bem à saúde e, assim,
abusam nas doses. Medicamentos administrados em dose acima da indicada podem
provocar sérias intoxicações no organismo.

Há várias vias de administração de uma substância. Por isso, o envenenamento


pode ocorrer por:
Ingestão
Inalação (normalmente de gases)
Contato (com a pele ou com os olhos).

As principais causas de envenenamento são:


Contato com substâncias corrosivas;
Ingestão de alimentos estragados;
Produtos de limpeza (soda cáustica, creolina, ácido muriático);
Plantas;
Remédios;
Bebida alcoólica em excesso;
Inalação de gases tóxicos.

Os principais sinais e sintomas do envenenamento por ingestão são:


Lesão da pele ao redor da boca;
Náusea e vômito;
Hálito com odor estranho;
Queixa de dor abdominal;
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Queixa de dor ao engolir.


Um caso de envenenamento por ingestão apresenta diversos sintomas, dentre os quais
podemos destacar a presença de dor abdominal.
Nos casos de envenenamento por ingestão a primeira medida a ser tomada é saber qual
substância provocou o envenenamento.
É importante que não provoque o vômito, pois se a substância ingerida for corrosiva ou
derivada de petróleo (como removedor de esmalte de unha, gasolina, querosene,
amônia, soda cáustica e água sanitária) pode causar queimadura no aparelho digestivo
durante o vômito.
Há alguns casos em que é indicado provocar o vômito. São os casos de envenenamento
por: medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas, naftalina,
veneno para ratos, água oxigenada. Mas só faça isso se não for possível encaminhar a
vítima ao serviço médico;
Não ofereça água, leite ou qualquer outro líquido à vítima;

Os principais sinais e sintomas do envenenamento por contato são:


• Coceira;
• Manchas na pele;
• Irritação dos olhos.
Atendendo a vítima de envenenamento nos casos de envenenamento por contato
• Lave com água corrente e abundante o local afetado;
• Caso os olhos sejam afetados, lave-os com água corrente durante 15 minutos e cubra-
os com gaze, sem fazer pressão;
• Encaminhe a vítima ao serviço médico.

Os principais sinais e sintomas do envenenamento por inalação são:


• Respiração rápida;
• Tosse
Atendendo a vítima de envenenamento nos casos de envenenamento por inalação
• remova a vítima para um local arejado, longe dos gases que a intoxicaram;
• encaminhe a vítima ao serviço médico.
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Intoxicação por inalação de excesso de monóxido de carbono


O monóxido de carbono (CO) é um gás liberado em condições de combustão em
ambientes com pouco oxigênio ou também na combustão de carvão e derivados do
petróleo (gasolina e diesel, por exemplo).
O CO é um gás bastante presente no dia a dia da população e, por não ter odor, gosto e
cor, torna-se extremamente perigoso. O CO é encontrado, por exemplo, na fumaça de
cigarro e no produto de combustão gerado por automóveis.
Inspiramos monóxido de carbono diariamente, mesmo sem nos dar conta. O problema
está em inalar grandes concentrações da substância. Neste caso, o organismo fica
intoxicado, o que traz diversas consequências, até mesmo a morte, dependendo do
tempo de exposição ao CO.
A toxicidade do monóxido de carbono é devida à sua alta afinidade com a hemoglobina.
A hemoglobina é uma proteína presente na hemácia, que é uma célula sanguínea que
transporta oxigênio e gás carbônico pela corrente sanguínea. Mas como acontece esse
processo de transporte de gases pelo corpo humano?
Quando respiramos, o O2 é levado dos pulmões ao sangue, de onde é transportado para
os tecidos pela hemoglobina (Hb). Cada molécula de hemoglobina acomoda quatro
moléculas de O2. Acontece que o CO apresenta afinidade química 250 vezes maior com
a hemoglobina que o O2. Assim, a oxigenação das células é comprometida na sua
presença. Para piorar a situação, a entrada do CO muda o comportamento da
hemoglobina. As moléculas de O2 ainda conectadas à proteína ficam mais presas, o que
atrapalha ainda mais a entrega de oxigênio para as células. No caso de incêndios em
locais fechados, pode haver inalação de CO em excesso. Dessa forma, o transporte de
oxigênio no organismo da vítima pode estar bastante comprometido, o que caracteriza a
asfixia. O socorro deverá ser rápido, pois a demora poderá levar à morte dos tecidos, ao
comprometimento de órgãos e até mesmo à morte.
Além da asfixia, a inalação de CO pode levar uma pessoa a sentir os seguintes sintomas:
dor de cabeça, respiração acelerada, náusea, vômito, vertigens e desmaios.
Em incêndios, principalmente em ambientes fechados, a concentração de monóxido de
carbono fica muito alta, podendo levar à asfixia das pessoas que inalarem a fumaça por
muito tempo.
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Atendendo a vítima de envenenamento nos casos de intoxicação por monóxido de


carbono
• remova a vítima do ambiente poluído por gases;
• em caso de parada respiratória, realize a respiração artificial;
• encaminhe a vítima ao serviço médico.

Insuficiência respiratória
A insuficiência respiratória é uma condição caracterizada pela incapacidade do sistema
respiratório em fornecer oxigênio necessário para manter o metabolismo, ou quando não
consegue eliminar a quantidade suficiente de dióxido de carbono do corpo. Isto resulta
em uma queda na pressão arterial de oxigênio (hipoxemia) e em um aumento na pressão
arterial de dióxido de carbono (hipercapnia).

Tipos
Aguda: É de evolução rápida e consiste em uma falência respiratória em pulmões que
antes da doença atual apresentavam-se normais tanto estrutural como funcionalmente e
depois da doença podem voltar à normalidade.
Crônica: É uma deteriorização progressiva e gradual das doenças pulmonares crônicas,
sendo irreversível.

Etiologia
As causas da ventilação inadequada são: disfunção do SNC, trauma cranioencefálico
(TCE), intoxicação exógena por barbitúricos, acidente vascular cerebral (AVC);
disfunções do sistema neuromuscular, trauma cervical, poliomielite, miastenia grave;
disfunções da caixa torácica, escoliose, trauma torácico; disfunções das vias aéreas intra
e extratorácicas, aspiração de corpo estranho e compressão por tumores; problemas
pleurais, hidropneumotórax e ou fibrose.

Manifestações Clínicas
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Os sinais e sintomas que caracterizam esta complicação são: a dispnéia, taquipnéia,


cianose, sudorese cefaléia, hipotensão, cianose taquicardia e arritmia cardíaca,
ansiedade, inquietação e confusão mental, crepitações, sibilos, hipoxemia, uso de
músculos acessórios da respiração.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é clínico e laboratorial. A dispnéia e a cianose são os principais sinais
observados. Há necessidade de uma avaliação dos sinais e sintomas apresentados além
da anamnese e exame físicos. Após detecção da insuficiência respiratória através da
história e do exame físico, é necessária uma confirmação laboratorial através da
gasometria arterial.
O tratamento da deve ser individualizado, em função das causas desencadeantes e dos
mecanismos fisiopatológicos, envolvidos. Broncodilatadores, corticosteróides,
diuréticos, antibióticos e procedimentos cirúrgicos poderão ser de maior ou menor valia,
em função das condições de base. Apesar disso, alguns princípios gerais se aplicam à
maioria dos casos, como:
 Manutenção das vias aéreas: A manutenção de vias aéreas pérvias e a profilaxia
de complicações, em especial aspiração, são de fundamental importância,
particularmente naqueles com distúrbios da consciência.
 Oxigenoterapia: corrigir a hipoxemia aguda, suspeita ou comprovada; reduzir os
sintomas associados à hipoxemia crônica; reduzir a carga de trabalho que a
hipoxemia impõe ao sistema cardiopulmonar.
 Suporte ventilatório.

Cuidados de Enfermagem
Os cuidados de enfermagem junto ao cliente com insuficiência respiratória devem
considerar:
 monitoramento da função respiratória: através do controle dos sinais vitais,
avaliação da coloração e temperatura da pele e mucosa e do nível de
consciência;
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 oxigenoterapia: colocar à disposição os materiais para instituir a ventilação


mecânica que poderá ocorrer por exaustão respiratória e/ou alterações
metabólicas (desequilíbrio dos níveis de oxigênio/dióxido de carbono);
 alívio da ansiedade e medo: fazer companhia, proporcionando segurança e
conforto;
 umidificação e fluidificação de secreções: promover a fluidificação e limpeza
das vias aéreas, utilizando técnicas assépticas;
 mudança de decúbito: promover a mudança de decúbito em intervalos regulares,
atentando para conforto físico;
 aspiração de secreção de vias aéreas.

Disturbios metabólicos
O Metabolismo é a soma de todas as reações químicas que ocorrem na célula viva com
a finalidade de produzir energia e também formar os seus constituintes. As reações
químicas são permitidas graças a ação de proteínas especiais denominadas enzimas.
Trata se de um processo de grande complexidade que é fundamental para a vida. A
formação de novas moléculas é denominado anabolismo e o processo de quebra de
moléculas e de eliminação de substâncias desnecessárias é denominado catabolismo.

Fisiologia
Na combustão dos alimentos o oxigênio é utilizado e o dióxido de carbono é eliminado.
A medida do consumo de oxigênio nos indica o grau de metabolismo do organismo.
Este grau é muito variável sendo influenciado por diversos fatores, como a atividade
muscular, o tipo de dieta, o ciclo menstrual, hormônios (tireóide, testículos e ovários), a
hora do dia, o estado emocional e evidentemente a idade.

Mecanismo de defesa
O organismo tem formas adequadas de combater os radicais livres através de
substâncias denominadas antioxidantes produzidas pelas próprias células, mas que
algumas vezes são insuficientes.
Principais alterações metabólicas:
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 Acidose;
 Alcalose;
 Desidratação;
 Alterações de temperatura;
 Disfunções da tireoide;
 Distúrbios do metabolismo do açúcar.

Acidose
É uma situação que tem grande importância na terceira idade. É um desequilíbrio
metabólico devido a diminuição do pH do sangue (acidose) podendo ser decorrente de
problemas metabólicos ou respiratórios. O descontrole do diabetes é a principal causa
de acidose metabólica, que se manifesta através de sonolência, distúrbios circulatórios e
pode evoluir até para o estado de coma. Diarreias graves e a insuficiência dos rins são
outras causas de acidose metabólica.
Acidose refere-se ao processo de diminuição do pH sanguíneo para menos de 7,35
(aumento de H+) causando acidemia. Pode ser causado por excesso de CO2, por
excesso de um ácido metabólico (como o ácido láctico), como resposta compensatória a
uma alcalose, por doenças respiratórias, por envenenamento, por tumores ou por
medicamentos.

Acidose respiratória
Ocorre quando os pulmões não pode retirar suficiente dióxido de carbono (CO2) que o
corpo produz fazendo com que os fluídos corporais, especialmente do sangue, se tornem
muito ácidos. Pode ser causado por doenças respiratórias como asma, bronquite ou
enfisema, por medicamentos que diminuem a respiração como benzodiazepínicos
(remédio para ansiedade e insônia), especialmente quando combinados com álcool,
consumo prolongado de nicotina ou por obesidade mórbida.

Acidose metabólica
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Ocorre quando faltam íons de bicarbonato (HCO3) no sangue superando o sistema


tampão do pH do corpo até provocar um desequilíbrio ácido base. Pode ser causado por
um aumento da produção de ácidos metabólicos, por incapacidade de excretar o ácido
através dos rins ou por envenenamento.
Acidose renal geralmente está associada com a acumulação de ureia, creatinina e
resíduos de ácidos metabólicos do catabolismo de proteína. Quando falta oxigênio e há
excesso de ácido láctico no sangue é chamada de acidose láctica.

Alcalose
É um desequilíbrio metabólico que se caracteriza pelo aumento do pH do sangue
(diminuição de ácidos ou alcalose). Pode surgir também em decorrência de distúrbios
metabólicos ou de distúrbios respiratórios. O excesso de vômitos, o uso inadequado de
diuréticos ou de cortisona são as principais causas metabólicas de alcalose. Alguns
distúrbios neurológicos graves levam ao aumento do ritmo respiratório (hiperventilação)
o que gera também um aumento do pH sanguíneo caracterizando a alcalose respiratória.
Manifesta se por agitação, ansiedade e fraqueza.
É um termo clínico que indica um transtorno no qual há um aumento na alcalinidade
dos fluidos do corpo, isto é, um excesso de base (alcalina) nos líquidos corporais. Esta
condição é oposta a produzida por excesso de ácidos (acidose). A alcalose pode se
originar por diferentes causas.
O mecanismo subjacente consiste na acumulação de bases ou perda de ácidos sem uma
perda equivalente de bases nos líquidos do organismo, o que provoca uma redução na
concentração de íons hidrogênio no plasma sanguíneo arterial. Geralmente utiliza se
este termo nos casos em que o pH arterial é maior que 7,5.
Sendo os pulmões e os rins os que regulam o estado ácido/básico do corpo, a
diminuição no nível de dióxido de carbono ou o aumento do nível de bicarbonato são as
causas diretas deste fenômeno.

Alcalose respiratória
É ocasionada por níveis baixos de dióxido de carbono (CO2). A hiperventilação
(frequência respiratória aumentada) faz com que o corpo perca dióxido de carbono. A
altitude e, em geral, qualquer enfermidade que produza uma redução de oxigênio no
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sangue obrigam o indivíduo a respirar mais rapidamente (como nos quadros de


ansiedade), minguando os níveis de dióxido de carbono e ocasionando este tipo de
alcalose.

Alcalose metabólica
É ocasionada por um excesso de bicarbonato no sangue.
A alcalose hipoclorêmica é aquela causada por uma deficiência ou perda extrema de
cloreto (que pode ser devido a vómitos persistentes). Nesses casos, os rins compensam a
perda de cloretos mediante a conservação de bicarbonato.
A alcalose hipocaliêmica se deve a reação dos rins a uma deficiência ou perda extrema
de potássio que pode ser provocada pelo uso de alguns medicamentos diuréticos.
A alcalose compensada se apresenta quando o corpo tem uma compensação parcial da
alcalose, alcançando o equilíbrio normal ácido/básico, ou quando os níveis de
bicarbonato e dióxido de carbono permanecem anormais em termos absolutos.

Desidratação
É a perda excessiva de água e de sais, destacando se o sódio. É uma situação que pode
levar ao estado de choque necessitando de cuidados intensivos. A desidratação ocorre
com muita facilidade e rapidez caracterizando situações de grande importância médica.
Vômitos e diarréia caracterizam a principal causa de desidratação. O diabetes não
controlado e o uso abusivo de diuréticos também podem levar a desidratação na terceira
idade. A doença renal crônica também pode contribuir para a desidratação.
A sua manifestação é a sonolência, diminuição na eliminação de urina (oligúria) e
secura das mucosas (lábios, por exemplo).
O tratamento é a reposição líquida rápida que em algumas situações deve ser feita via
venosa. Esta reposição é constituída basicamente de água e sal. A correção do distúrbio
desencadeante é fundamental.

Distúrbio de temperatura
A temperatura ambiente tem grande importância principalmente na terceira idade na
terceira idade, quando o organismo diminui sua capacidade de se adaptar a longos
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períodos de exposição ao frio ou ao calor. A temperatura média de nosso corpo é de


36*C, com variação diária de + ou 0,6*C.

Hipotermia
A exposição prolongada ao frio pode levar uma situação denominada hipotermia,
quando ocorre queda da temperatura a níveis de 35*C. Esta situação pode ser acidental
e ocorre eventualmente em pessoas acamadas ou pessoas com muito pouca
movimentação e ingestão precária de alimentos. A pessoa em geral não sente o frio e
não se queixa, e também não há tremores. Em geral ocorre durante o sono. A situação
pode evoluir para graves consequências.

Hipertermia
O excesso de calor pode favorecer o acidente vascular cerebral e também pode levar a
um estado de fraqueza, com sonolência e sudorese abundante. Como também a
desidratação súbita do paciente.

Disfunção da tireoíde
A tireoide é uma glândula em formato de borboleta, localizada na base do pescoço, à
frente da traqueia e logo abaixo da cartilagem tireoide (mais conhecida como pomo de
adão). A glândula tireoide produz dois hormônios chamados triiodotironina e tiroxina,
mais conhecidos como T3 e T4, respectivamente. Esses hormônios são os responsáveis
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pelo metabolismo do corpo, ou seja, o modo como o organismo armazena e gasta


energia.
Hipertireoidismo = doença causada pela produção excessiva de hormônios
tireoidianos.
Hipotireoidismo = doença causada produção insuficiente de hormônios tireoidianos.
Sintomas do hipotireoidismo Aumento do volume da tireoide, chamado de bócio.
 Fraqueza, desânimo e cansaço fácil.
 Intolerância ao frio.
 Diminuição do suor.
 Perda de cabelo.
 Ganho leve de peso (hipotireoidismo não leva a grandes ganhos de peso).
 Pele seca. Unhas fracas.
 Dor nas articulações.
 Redução do paladar.
 Anemia
 Síndrome do túnel do carpo
 Constipação intestinal (prisão de ventre).
 Aumento do colesterol.
 Alterações da menstruação (para mais ou para menos). Infertilidade.
 Disfunção erétil
 Perda da libido.
 Redução dos pelos da sobrancelha.
 Hipertensão
 Inchaços (em casos mais graves).
 Coma (em casos graves e não tratados)
 Sintomas do hipertireoidismo
 Aumento do volume da tireoide, chamado de bócio (pode ocorrer tanto no
hipotireoidismo quanto no hipertireoidismo).
 Excesso de suor, mesmo em locais não tão quentes.
 Intolerância ao calor.
 Fraqueza das unhas.
 Coceira generalizada.
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 Pele ruborizada e úmida.


 Cabelos mais finos e fracos.
 Fraqueza muscular.
 Proptose ocular (olhos esbugalhados). Palpitações e arritmias cardíacas,
principalmente fibrilação atrial
 Colesterol baixo, principalmente o colesterol HDL.
 Hipertensão.
 Aumento da glicose no sangue.
 Baqueteamento digital (alargamento das pontas dos dedos).
 Cansaço durante esforços.
 Alterações da menstruação
 Diarreia Anemia.
 Aumento do volume diário de urina.
 Perda de peso.
 Aumento da sede e da fome.
 Osteoporose
 Irritabilidade e ansiedade.
 Depressão
 Amnésia.
 Insônia.
 Dificuldade de concentração.
 Tremores das mãos.
O bócio é o aumento de tamanho da tireoide, que pode ser notado como um
abaulamento na região anterior do pescoço. Pode ocorrer no hipotireoidismo e no
hipertireoidismo.
O bócio era um sinal muito comum até o início do século XX devido à deficiência de
iodo na alimentação (o iodo é um elemento necessário para a formação dos hormônios
tireoidianos). A partir da metade do século passado, o iodo foi adicionado ao sal de
cozinha, e desde então a sua carência deixou de ser uma causa comum de bócio e de
doenças da tireoide.
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Porém, doenças da tireoide que não estão relacionadas à falta de iodo, como a tireoidite
de Hashimoto e a doença de Graves, também podem cursar com bócio, principalmente
se não estiverem bem controladas.
Na maioria dos casos, o bócio é apenas um problema estético. Hoje em dia, com os
atuais tratamentos para as doenças da tireoide, dificilmente a glândula tireoide cresce o
suficiente para formar um bócio grande, que chegue a obstruir estruturas do pescoço,
levando a sintomas como falta de ar, tosse, rouquidão ou dificuldade para engolir. Para
o bócio causar sintomas de obstrução dos órgãos do pescoço, ele tem que estar muito
grande.

As principais causas de hipotireoidismo e hipertireoidismo são as doenças autoimunes


(aquelas em que o organismo indevidamente produz anticorpos contra ele mesmo a
destacar a Doença de Graves, no hipertireoidismo, e a Doença de Hashimoto, no
hipotireoidismo. A remoção cirúrgica da tireoide, ou a sua destruição por iodo
radioativo também são causas comuns de hipotireoidismo.
O diagnóstico, em geral, é feito com análises de sangue, através da dosagem dos
hormônios TSH e T4 livre.
O tratamento é feito com reposição de hormônios no hipotireoidismo, ou com drogas
que inibem a produção dos mesmos no hipertireoidismo.
Doenças autoimune
Uma doença autoimune é uma condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca
e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano.
Exemplos:
 Lúpus Vitiligo
 Diabetes do tipo 1
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 Esclerose múltipla
 Doença de Graves
 Hepatite autoimune
 Doença de Chron
 Psoríase
 Tireoide de Hashimoto
 Doença celíaca
 Artrite reativa
 Anemia perniciosa.

Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tipo de doença autoimune que o paciente tenha. O
objetivo das terapias, no entanto, possuem três objetivos distintos:
Reduzir os sintomas
Controlar o processo autoimune
Retomar o funcionamento normal do sistema imunológico, mantendo a capacidade
natural do corpo de combater os antígenos.
Complicações possíveis
Destruição de um ou mais tipos de tecidos do corpo Crescimento anormal de um órgão
Alterações na função de um órgão.
Uma doença autoimune pode, também, afetar um ou mais órgãos ou tipos de tecido,
principalmente:
Vasos sanguíneos
Tecidos conjuntivos
Glândulas endócrinas, como a tireoide e o pâncreas
Articulações
Músculos
Glóbulos vermelhos

Estado de choque
O choque acontece quando o fluxo de oxigênio para as células do corpo diminui ou para
por completo. Ele vai aumentando gradativamente e causando danos nos tecidos de
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acordo com sua extensão, até o momento em que o coração não recebe oxigênio
suficiente e para de bater, causando a morte.
Esta emergência pode ter diversas causas: grande perda de sangue, infarto, aceleração
do coração, queimaduras graves, traumatismos de crânio, tórax e abdômen,
envenenamentos, afogamento, choque elétrico, picadas de animais venenosos, mudança
brusca de temperatura e infecção. Se a vítima apresentar algum dos sintomas abaixo, é
necessário agir rapidamente, principalmente para tentar evitar que ela entre em choque.

Há vários tipos de choque:


-Choque Hipovolêmico
-Choque Cardiogênico
-Choque Septicêmico
-Choque Anafilático
-Choque Neurogênico
-Choque Distributivo
-Choque Misto

Causas
As causas podem ser várias: traumatismo externo ou interno, perfuração súbita de
órgãos, emoção, frio, queimaduras, intervenções cirúrgicas, etc. Todo acidentado pode
entrar em estado de choque, progressiva ou insidiosamente, nos minutos ou horas que se
seguem ao acidente.

Choque Hipovolêmico
É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de
sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e vômito.

Choque Cardiogênico
Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para
atender às necessidades metabólicas dos tecidos.

Choque Septicêmico
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Pode ocorrer devido a uma infecção sistêmica.

Choque Anafilático
É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando um indivíduo é
exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico.

Choque Neurogênico
É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função
nervosa. Este choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal
ou pelo uso de medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou depressores do
sistema nervoso central.

Choque Distributivo
É aquele caracterizado por queda do tônus vasomotor, com expansão do leito vascular
(vasodilatação) e hipovolemia relativa (retenção da volemia em vasos periféricos),
como acontece nos traumatismos graves (Choque Traumático), depressão do SNC, dor
intensa, bloqueadores ganglionares e anti-hipertensivos, retirada abrupta de líquido
ascítico (dilatação vascular "ex-vácuo"), e infecções graves com bactérias gram
positivas, por exemplo, (Choque Septicêmico).

Choque Misto
Quando dois ou mais fatores atuam em conjunto.

Vários sinais e sintomas predispõem ao choque, que facilitam a observação e análise


dos mecanismos.
Como reconhecer:
- Pele pálida, úmida, pegajosa e fria
- Orelhas, lábios e pontas dos dedos arroxeadas
- Suor na testa e nas palmas das mãos
- Fraqueza geral
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- Pulso rápido e fraco


- Sensação de frio
- Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil
- Pupilas dilatadas, agitação, medo
- Muita sede
- Visão nublada
- Náuseas e vômitos
- Confusão mental
- Perda total ou parcial de consciência
- Aceleração dos batimentos

Dores intensas
Toda dor é sinal de que algo está errado em nosso organismo. O incômodo se manifesta
por meio de sinais enviados pelos nervos ao cérebro, e este, por sua vez, se comunica
com o córtex (região do cérebro), onde então os sinais são interpretados como dor.
Não é raro sentirmos algum tipo de dor. Segundo estimativas da Associação
Internacional para o Estudo da Dor, conhecida pela sigla em inglês IASP,
aproximadamente 80% da população mundial sofrem com algum tipo de dor e 30%
sentem seus efeitos de forma crônica. Mas como podemos saber se estamos diante de
dores passageiras, como as musculares, ou diante de dores que podem se tornar crônicas
ou que são sinais de algum problema grave.
O importante é ficar atento ao quanto a dor incomoda, se a dor for incomum ou começar
a impossibilitar qualquer tarefa do dia a dia, é preciso procurar por ajuda médica com
urgência. Lembrar o que foi feito nos dias anteriores ao aparecimento da dor também
ajuda a avaliar seus riscos, dores nas pernas após andar de bicicleta ou nos braços após
começar um treino novo na academia tendem a ser musculares e devem passar em
poucos dias, mas se a dor não tem nenhuma explicação ou nunca foi sentida antes,
merece ser investigada.
Apesar de a maioria das dores ser tratável, é importante ficar atento a qualquer tipo de
incômodo que saia do habitual, principalmente aqueles que ocorrem de maneira súbita e
sejam acompanhados de sintomas como vômito, náusea, diarreia ou tonturas.
Veja abaixo alguns tipos de dores que não podem ser ignoradas:
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Dor de cabeça - Se ocorrer de maneira súbita e se tornar intensa em poucos segundos


pode ser sinal de ruptura ou distensão de um aneurisma cerebral. As cefaleias comuns,
geralmente, começam de maneira leve e a intensidade aumenta progressivamente em
minutos a horas.
Dores lombares - Quando não estão associadas a doenças da coluna vertebral, esforços
físicos ou posturas corporais inadequadas, podem ser sinal de cálculo (pedra) no rim,
aneurisma na aorta abdominal ou até mesmo câncer de próstata com metástase óssea.
Dores no tórax - Podem ser sinais de uma trombose no pulmão ou algum problema
no coração, como infarto e angina.
Dor abdominal - Se começa na parte superior do abdômen e vai descendo para a região
do umbigo, pode ser apendicite. Essa inflamação do apêndice intestinal, se não for
tratada rapidamente, pode provocar o rompimento e a necrose do apêndice, causando
infecção generalizada.
Dores nas pernas - Podem ser sinais de trombose. Esse tipo de coágulo sanguíneo,
quando se solta, pode seguir pelas veias e parar em uma artéria do pulmão, colocando a
vida da pessoa em risco.
O diabetes e o herpes-zoster são doenças que também costumam se manifestar a partir
de dores em diferentes partes do corpo. Com o passar dos anos, as pessoas com diabetes
podem ter danos nos nervos, sofrendo com dores, formigamentos ou perda de
sensibilidade em mãos, braços, pés e pernas. O herpes-zoster, por sua vez, se manifesta
principalmente com dores no tórax e na face.
Ciente do impacto que as dores têm na qualidade de vida das pessoas, ela foi implantada
como o como quinto sinal vital.

Hemorragia
É a perda de sangue em decorrência de um ferimento, que pode ser externo ou interno.
As causas da hemorragia são variadas e podem ir desde um corte com um caco de vidro
ou uma faca, até um traumatismo com uma contusão que abriu e sangrou.
A hemorragia pode levar ao estado de choque e à morte. Por isso, ao perceber uma
hemorragia é necessário estancar o sangue (no caso de uma hemorragia externa) e
chamar a emergência imediatamente.
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Como reconhecer:
Após uma queda, atropelamento ou mesmo durante uma gravidez de risco, suspeite de
hemorragia interna quando a vítima apresentar sintomas como:
- palidez
- sonolência
- suor excessivo
- frequência cardíaca acelerada
- contusões e manchas na pele
- dor na região abdominal
- vômito ou evacuação com sangue

Como agir:
- Pegue um pano esterilizado ou bem limpo e comprima o local do sangramento com
força (se não houver nenhum objeto que impeça a compressão ou que agrave o
sangramento).
- Caso haja um objeto encravado no corpo jamais tente retirá-lo. Ele pode estar
tamponando um vaso e, ao ser retirado, pode gera mais hemorragia.
- Não passe nenhuma substância no ferimento.
- Não eleve as pernas da vítima nem faça movimentos bruscos se houver risco de fratura
- Se suspeita de hemorragia interna, não dê nada para o paciente beber (esse, aliás, é um
erro muito comum em qualquer tipo de socorro)

Cuidados de enfermagem nas hemorragias


Na hemorragia interna:
- deitar o paciente, afrouxando suas roupas;
- manter o paciente aquecido;
- colocar na posição de trendelemburg, para manter a circulação dos órgãos vitais,
exceto na hemorragia craniana;
- não adiministrar. Nada pela v.o.;
- avisar ao médico, para possível hemotransfusão;
- controlar ssvv
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Na hemorragia externa:
- manter o paciente no leito, evitando que o mesmo veja o sangue.;
- fazer compressão com gases;
- fazer compressão das artérias;
- aquecer o paciente;
- controlar ssvv;
- se o sangramento foi na boca ou nariz, realiza a aspiração e lateralizar a cabeça.

Feridas
Existem dois tipos de feridas: as feridas visíveis causadas por um corte ou uma caída, e
feridas causadas por batidas, que não mostram imediatamente signos esternos.
A gravidade da cada uma delas depende da sua localização e de sua profundidade.
Podemos classificar as feridas em:
- Feridas incisas ou cortantes: provocadas por agentes cortantes, como faca, lâminas,
etc. As características deste tipo de feridas são o predomínio do comprimento sobre a
profundidade, bordas regulares e nítidas.
- Feridas corto-contusa: provocadas por um agente que não tem corte tão acentuado, a
força do traumatismo acaba causando a penetração do instrumento.
- Feridas pérfuro-contusas: ocasionadas por arma de fogo, com possibilidade de existir
dois orifícios, o de entrada e o de saída.
- Feridas do tipo escoriações: este tipo de lesão surge de forma tangencial à superfície
cutânea, com a retirada da pele.
- Feridas equimoses e hematomas: na equimose há rompimento dos capilares, mas sem
perda da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.
O tratamento de todas as feridas graves deve incluir medidas para prevenção ou redução
um possível shock.

Medidas a tomar
Primeiro à fazer antes de desinfetar uma ferida é lavar bem as mão com bastante sabão e
água....
Você poderá utilizar num curativo:
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Soro fisiológico para limpeza e como emoliente, soluções anti-sépticas; álcool iodado
com ação secante e cicatrizante e o éter que facilita o trabalho removendo a camada
gordurosa da pele. É necessário na hora de fazer um curativo: uma técnica asséptica no
manuseio do material estéril; movimentos de execução, mobilização e imobilização
segundo o caso. Existem diferenças dependendo no tipo de feridas, no caso das
mordeduras por exemplo, não devem ser suturadas, pois existe a possibilidade de estar
infectadas. Nas feridas por arma de fogo, deve-se lavar bem o interior do ferimento,
antes de suturar, mas se houverem dois orifícios, um deles poderá ser suturado. Uma
ferida causada por um prego deve ser limpa e não suturada, deve-se tomar cuidado com
a profilaxia do tétano.

Parada cardiorrespiratória

Parada cardiorrespiratória ou PCR é a interrupção da circulação sanguínea que


ocorre em consequência da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou
da presença de batimentos cardíacos ineficazes. Após uma PCR o indivíduo perde
a consciência em cerca de 10 a 15 segundos devido à parada de circulação sanguínea
cerebral.

Caso não haja retorno à circulação espontânea e o paciente não seja submetido
a ressuscitação cardiopulmonar, a lesão cerebral começa a ocorrer em cerca de 3
minutos e após 10 minutos de ausência de circulação as chances de ressuscitação são
próximas a zero.
Ritmos de parada cardiorrespiratória
A parada cardiorrespiratória pode ocorrer na presença de 4 ritmos cardíacos diferentes:
Fibrilação ventricular : ritmo de PCR mais frequente em PCR fora do hospital,
responsável por cerca de 80% dos episódios; caracteriza-se por um ritmo cardíaco
rápido, irregular e ineficaz;
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Taquicardia ventricular sem pulso.

Assistolia: ausência de ritmo cardíaco, nesse ritmo há interrupção da atividade elétrica


do músculo cardíaco;

Atividade elétrica sem pulso (AESP): nesse ritmo existe a presença de atividade elétrica
no músculo cardíaco porém os batimentos não são eficazes e não há circulação
sanguínea.

As causas da PCR são variadas, normalmente resultando de: choque


circulatório, choque séptico, trauma, doença cardiovascular entre diversas outras causas.

Desde a antiguidade diversos médicos perceberam a importância em elaborar um


tratamento para PCR, muitas técnicas foram criadas (p. ex. colocava-se a pessoa em
PCR em cima de um cavalo e o deixava trotar; colocava-se um barril em cima do peito
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da pessoa em PCR ...), todas elas tinham como base fundamental a compressão torácica.
Desde a década passada, entretanto, a American Heart Association (AHA) reuniu os
maiores pesquisadores do mundo para a formação de um protocolo de atendimento
universal; daí foi criada a reanimação cardiorrespiratória (RCP) e dois livros: o Basic
Life Support (BLS) e o Advanced Cardiac Life Support (ACLS). Esses protocolos
universalizaram o atendimento de emergência ao paciente cardiovascular grave.

Dados epidemiológicos:
 35% das mortes no Brasil são por causas cardiovasculares, resultando em 300
mil óbitos/ano(DataSUS);
 Nenhuma situação clínica supera a prioridade de atendimento da parada
cardiorrespiratória (PCR), em que a rapidez e a eficácia das intervenções
adotadas são cruciais para melhor resultado do atendimento.

Causas:
5H
 Hipovolemia;
 Hipóxia;
 Hipotermia;
 Hipercalemia e Hipocalemia;
 H+ acidose metabólica⁽³⁾.
5T
 Tamponamento cardíaco;
 Pneumotórax hiperTensivo;
 Tromboembolismo pulmonar;
 Trombose de coronária;
 Tóxico.
Sequência de atendimento na parada cardiorrespiratória (pcr)
 O atendimento da PCR é descrito na literatura como Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP), que compreende uma sequência de manobras e
procedimentos destinados a manter a circulação cerebral e cardíaca, e garantir a
sobrevida do paciente⁽⁴⁾.
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 As Diretrizes da American Heart Association (AHA) 2015, propõe novas


recomendações sobre a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento
Cardiovascular de Emergência (ACE). Uma das alterações, foi a utilização de
“Cadeias de Sobrevivência” distintas para pacientes que sofrem uma PCR no
ambiente intra ou extra-hospitalar. Essa alteração aconteceu devido as diferenças
existentes nos processos até que os pacientes sejam encaminhados à unidade de
cuidados intensivos, onde serão fornecidos os cuidados pós-PCR⁽⁴⁾.

Vigilância e prevenção
 Pacientes no ambiente hospitalar dependem de um sistema de vigilância
adequado a fim de prevenir a PCR, mas, caso a PCR ocorra, é preciso uma
interação harmoniosa dos vários departamentos e serviços da instituição e de um
time multidisciplinar de profissionais, que inclua médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, entre outros (time de resposta rápida).
 A nova diretriz preconiza o acionamento imediato do time de resposta rápida na
iminência de pacientes com deterioração clínica aguda, com o objetivo de
prevenir a PCRIH. Acredita-se que equipes treinadas na complexa coreografia
da ressuscitação pode diminuir a ocorrência de uma PCIH e caso ocorra,
aumenta a chance de um melhor desfecho no atendimento da PCR.

Reconhecimento e acionamento imediato do serviço médico de emergência


O profissional de saúde deve reconhecer a PCR:
 Avalie a responsividade: Chame o paciente pelo nome!
 Avalie a respiração e pulso simultaneamente por 10 segundos.
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 Em caso de detecção de ausência de responsividade, respiração (ou gasping) e


pulso, solicite a outro profissional, de forma clara e objetiva, que:
 Acione a equipe médica;
 Traga o carro de emergência;
 Traga o desfibrilador/DEA.
Geralmente, a instituição possui um protocolo para o acionamento da equipe médica ou
time de resposta rápida, um sistema de alerta imediato, por exemplo.
Após os comandos, iniciar imediatamente a Sequência de Atendimento C – A – B:
C: Compressões torácicas de alta qualidade;
A: Vias aéreas – abrir vias aéreas;
B: Boa ventilação – garantir via aérea avançada.

RCP imediata de alta qualidade


 Após o acionamento do serviço médico, deve-se iniciar as compressões torácicas
e ventilação em todos os pacientes adultos com PCR, seja por causa cardíaca ou
não cardíaca.

Compressões Torácicas de Alta Qualidade:


 Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), sem
flexionar os cotovelos;
 Frequência: 100 a 120 compressões/ minuto;
 Profundidade: mínima de 2 polegadas (5 cm) e máximo 2,4 polegadas (6 cm);
 Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não apoiar-se sobre o
tórax entre as compressões;
 Minimizar as interrupções nas compressões. Não interromper as compressões
por mais de 10 segundos;
 Colocar a prancha rígida embaixo do tórax do paciente, assim que disponível.

Relação Ventilação-Compressão adequada:


 Sem via aérea avançada:
 Realizar abertura de vias aéreas;
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 Ventilação numa relação: 30:2, ou seja, 30 compressões: 2 ventilações


(até a garantia de uma via aérea avançada);
 Com via aérea avançada:
 Compressões contínuas a uma frequência 100 a 120/ minuto e 1
ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto).
Rápida desfibrilação
 Assim que chegar o Desfibrilador Externo Automático (DEAs/DAEs): Verificar
o ritmo;
 Em caso de ritmo chocável (Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular
sem Pulso):
 Aplique 1 choque;
 Reinicie a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do
ritmo;
 Continue até que o Suporte Avançado de Vida assuma ou a vítima se
movimente.
 Em caso de ritmo não chocável:
 Reinicie a RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação
do ritmo;
 Continue até que o pessoal do SAV assuma ou até que a vítima se
movimente.
 A utilização do DEAs/DAEs no ambiente hospitalar, pode ser considerada para
facilitar a desfibrilação precoce (meta de administração de choques em tempo ≤
3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja
capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja
frequente. O DEA pode ser utilizado pelo Enfermeiro ou pela equipe de
enfermagem sob sua supervisão, na presença ou ausência do profissional
médico, conforme previsto no protocolo de Suporte Básico de Vida.
 Em alguns hospitais, não encontra-se disponível o DEA, somente o desfibrilador
manual, e, nesse caso, necessita que a equipe médica esteja disponível 24 horas,
tendo em vista que é um procedimento privativo do profissional médico e É
essencial que a equipe de enfermagem esteja atualizada e capacitada para a
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execução dos protocolos da instituição, entendendo suas particularidades, uma


vez que um bom atendimento pode determinar a sobrevivência do paciente.

Suporte avançado de vida e cuidados pós pcr


Suporte avançado de vida
 O SAV engloba recursos adicionais como monitorização cardíaca, administração
de fármacos, desfibriladores, equipamentos especiais para ventilação,
marcapasso e cuidados após o retorno a circulação espontânea.
 A desfibrilação manual é utilizada no Suporte Avançado de Vida (SAV), em que
a equipe multiprofissional está presente, incluindo o Médico, e existe
equipamento disponível, preferencialmente desfibrilador manual bifásico, o
choque inicial é aplicado de forma única, na energia máxima do DEA ou do
desfibrilador manual disponível (360 J no aparelho monofásico ou 180 a 220 J
no aparelho bifásico).
 Entenda a diferença entre a Desfibrilação e a Cardioversão, que eventualmente
causam dúvidas nos profissionais:
 Cardioversão elétrica: procedimento eletivo no qual se aplica o choque
elétrico de maneira “sincronizada”, ou seja, a descarga elétrica é
liberada na onda R, no período refratário da despolarização cardíaca.
Está indicada no tratamento de taquiarritmias como a Fibrilação atrial
(FA) flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias
com complexo largo e com pulso.
 Desfibrilação elétrica: procedimento terapêutico que consiste na
aplicação de uma corrente elétrica contínua “não sincronizada” no
músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras
musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias
graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e
o controle do ritmo cardíaco.
 Enquanto o médico assume a responsabilidade quanto ao desfibrilador,
estabelecimento de uma via aérea avançada e orientações sobre os
medicamentos a serem administrados (dose e frequência), a equipe de
enfermagem necessita prestar assistência de forma organizada:
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 Enfermeiro: controle do carro de emergência (preparo das medicações)


e do tempo (intervalo entre as medicações e manobras de ressuscitação
cardiopulmonar);
 Técnico de enfermagem responsável pelo paciente: à beira leito,
administrando as medicações solicitadas pelo médico;
 Técnico de enfermagem auxiliar (“dupla”): assistência ao médico na
execução da compressão torácica e suporte para demais atividades que se
fizerem necessárias;
 O fisioterapeuta realiza os cuidados com a via aérea e ventilação
(AMBU/ventilador mecânico), conforme orientação médica.
Medicamentos mais utilizadas na PCR:
 Epinefrina – vasopressor para ressuscitação, pode ser utilizada logo após o
início da PCR devido a um ritmo não chocável;
 Lidocaína e Amiodarona – ambas são indicadas para evitar recorrência da
fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso;
 Difosfato de Adenosina – A adenosina é recomendada como segura e
potencialmente eficaz para o tratamento e o diagnóstico inicial da taquicardia de
complexo largo monomórfica regular indiferenciada. (2010)
 Beta bloqueadores – indicada para tratamento pós-PCR por FV ou TVSP, pois
está relacionado com maior probabilidade de sobrevivência. No entanto, devem
ser avaliados caso a caso, pois podem ocasionar uma grave instabilidade
hemodinâmica, exacerbar a bradiarritmia e insuficiência cardíaca. Alguns
pacientes que já eram cardiopatas e faziam uso de Beta-bloqueadores antes, pode
ser indicado manter a prescrição para melhor prognóstico.
É importante salientar que as drogas vasoativas são de suma importância para o sucesso
na RCP, mas, para que o paciente não tenha uma nova PCR, é preciso reverter
a causa da PCR com medicamentos específicos. Por exemplo, hipocalemia, com
reposição de potássio. Por isso, faz-se necessário que a equipe conheça a evolução
clínica de cada paciente para que consiga atuar com segurança, aumentando a chance de
sobrevida do paciente.
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Outra intervenção:
 RCP extracorpórea: pode ser considerada entre determinados pacientes com
PCR que não tenham respondido à RCP convencional inicial, em ambientes em
que se possa implementá-la. Alguns estudos mostraram melhora da
sobrevivência, com bons desfechos neurológicos. Como a ECPR requer muitos
recursos e é cara, considere-a apenas quando o paciente tiver uma probabilidade
razoavelmente alta de benefícios, como em casos que o paciente espera por um
transplante cardíaco.
Novo parâmetro para identificação do fracasso na ressuscitação:
 ETCO2: Se após 20 minutos de RCP, o paciente intubado não conseguir obter
um ETCO2 superior a 10 mmHg por capnografia, pode ser um indicativo de
fracasso na reanimação, mas esse parâmetro não pode ser utilizado de forma
isolada para interromper os esforços de ressuscitação. Lembrando que somente o
médico pode indicar a parada da reanimação, no entanto, cabe a todos os
profissionais participantes avaliarem juntos.
Cuidados pós-PCR
 Principais objetivos iniciais e subsequentes dos cuidados pós-PCR:
 Otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais após o
RCE;
 Transportar/transferir para um hospital apropriado ou UTI com completo
sistema de tratamento pós-PCR;
 Identificar e tratar SCAs e outras causas reversíveis;
 Controlar a temperatura para otimizar a recuperação neurológica;
 Prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos. Isto inclui evitar
ventilação excessiva e hiperóxia.
 Angiografia: deve ser realizada em caráter de emergência para todos os
pacientes que apresentem supradesnivelamento do segmento ST no ECG e para
os pacientes hemodinâmica ou eletricamente instáveis sem supradesnivelamento
do segmento ST, para os quais haja suspeita de lesão cardiovascular.
 Controle direcionado de temperatura: Todos os pacientes adultos comatosos
(sem resposta sensata a comandos verbais) – induzidos ou não – devem ser
submetidos ao Controle Direcionado de Temperatura (CDT) pós parada, tendo
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como meta manter a temperatura entre 32 e 36ºC, durante no mínimo 24 horas,


para diminuir o risco de danos neurológicos. Após uma PCR o paciente tem uma
limitação de oxigênio em órgãos nobres, com a diminuição da temperatura,
diminui o metabolismo e o consumo de oxigênio, possibilitando um melhor
desfecho neurológico.
 Continuação do controle de temperatura além de 24 horas: É aconselhável
evitar a febre em pacientes comatosos após o CDT, para evitar danos
neurológicos.
 Metas hemodinâmicas após Ressuscitação:
 PA sistólica ideal: acima de 100 mmHG (associado a uma melhor
recuperação);
 É aconselhável evitar e corrigir imediatamente PA sistólica menor que
90 mmHg e PAM menor que 65 mmHg durante os cuidados pós parada,
pois a hipotensão está associada ao aumento da mortalidade e à redução
da recuperação funcional;
 Nenhuma constatação ou exame pode prever com 100% de certeza, a
recuperação neurológica após a PCR. Após o desaparecimento dos
efeitos da hipotermia e dos medicamentos, provavelmente os exames
(ECG, TC, RM, reflexo pupilar, etc) fornecerão uma previsão precisa do
desfecho.
 Prognóstico pós PCR:
 A avaliação do prognóstico de um desfecho neurológico ruim, por meio
de exame clínico em pacientes não tratados com CDT é de no mínimo 72
horas após a PCR, podendo ser ainda maior se houver suspeita de que
ainda haja efeito residual da sedação, podendo confundir o exame
clínico;
 Em pacientes tratados com CDT, em que a sedação ou paralisia possa
confundir o exame clínico, é aconselhável aguardar até 72 horas após o
retorno à normotermia para só então prever o desfecho.

Crise Convulsiva
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Uma convulsão ocorre quando há uma atividade elétrica anormal do cérebro. Essa
atividade anormal pode passar despercebida ou, em casos mais graves, pode produzir
uma alteração ou perda de consciência acompanhada de espasmos musculares
involuntários que é definido como crise convulsiva ou convulsão. As convulsões
geralmente vêm de repente e variam em duração e gravidade. A convulsão pode ser um
evento único ou acontecer repetidas vezes. Crises recorrentes caracterizam o
diagnóstico de epilepsia.
As crises epilépticas podem afetar um ou os dois lados do cérebro. Os sintomas podem
durar de alguns segundos a muitos minutos por episódio. Algumas sensações ocorrem
como sinais de alerta para uma convulsão que vai acontecer. Essas incluem:
 Sentimentos súbitos de medo ou ansiedade
 Sentir-se mal do estômago
 Tontura
 Alterações na visão.
Esses sintomas podem ser seguidos de uma crise, em que a pessoa pode:
 Perder a consciência, seguida por confusão
 Ter espasmos musculares incontroláveis
 Babar ou espumar pela boca
 Cair
 Ficar com um gosto estranho na boca
 Cerrar os dentes
 Morder a língua, que pode sangrar
 Ter movimentos oculares rápidos e súbitos
 Fazer ruídos estranhos, como grunhidos
 Perder o controle da função da bexiga ou intestino
 Mudar de humor repentinamente.
Tipos de Convulsão:
Existem vários tipos de convulsão. Algumas crises são associadas a lesões cerebrais,
como aquelas causadas por traumas no crânio. Com o tratamento, pode haver controle
dessas crises.
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Crises generalizadas
Acontece quando os dois lados do cérebro são afetados pelo ataque. Os tipos de
convulsão generalizada mais comuns incluem:
Crises de ausência (pequeno mal): esses ataques têm poucos sintomas físicos,
geralmente se manifestam deixando a pessoa com o olhar perdido por alguns segundos.
Você não consegue chamar atenção da pessoa durante esse tempo.
Tônico-clônicas (grande mal): tem associação com a perda súbita de consciência. A fase
tônica de caracteriza por endurecimento dos músculos, já a fase clônica envolve
movimentos repetitivos e rítmicos que envolvem ambos os lados do corpo ao mesmo
tempo. A crise tônico-clônica generalizada também é chamada de crise convulsiva ou,
simplesmente, convulsão.
Convulsões focais
As crises focais (ou parciais) são divididas em parciais simples, parciais complexas e
aquelas que evoluem para crises generalizadas secundárias. A diferença entre as crises
simples e complexas é que, durante crises parciais simples, os pacientes mantêm a
consciência; durante crises parciais complexas, eles perdem a consciência.
Crises parciais simples são subdivididas em quatro categorias de acordo com a natureza
de seus sintomas: motor, autonômico, sensorial ou psicológica. Os sintomas motores
incluem movimentos como espasmos e rigidez. Os sintomas sensoriais decorrentes de
crises envolvem sensações estranhas que afetam qualquer um dos cinco sentidos (visão,
audição, olfato, paladar ou tato). Sintomas autonômicos afetam o sistema nervoso
autônomo, que controla as funções dos nossos órgãos, como o coração, estômago,
bexiga, intestinos. Portanto, sintomas autonômicos incluem batimento cardíaco
acelerado, dor de estômago, diarreia e perda de controle da bexiga. Crises parciais
simples com sintomas psicológicos são caracterizadas por várias experiências
envolvendo a memória (a sensação de déjà-vu), emoções (como o medo ou prazer), ou
outros fenômenos psicológicos complexos.
Crises parciais complexas, por definição, incluem comprometimento da consciência. Os
pacientes parecem estar "fora de contato" ou "olhando para o espaço" durante essas
crises. Também pode haver sintomas chamados automatismos. Automatismos
consistem em movimentos involuntários, mas coordenados, que tendem a ser sem
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propósito e repetitivo. Automatismos comuns incluem estalar os lábios, morder e se


remexer.
O terceiro tipo de crise parcial é aquele que começa como uma crise focal e evolui para
uma convulsão generalizada. Em cerca de dois terços dos pacientes com epilepsia
parcial, convulsões as crises podem ser controladas com medicamentos. As crises
parciais que não podem ser tratadas com as drogas podem muitas vezes ser tratadas
cirurgicamente.

Causas
Todos os tipos de convulsão são causados pela atividade elétrica desorganizada e súbita
do cérebro. Entre as causas mais frequentes estão:
 Níveis anormais de sódio ou glicose no sangue
 Infecção cerebral, incluindo meningite
 Lesão cerebral que ocorre ao bebê durante o parto ou nascimento
 Problemas cerebrais que ocorrem antes do nascimento (defeitos cerebrais
congênitos)
 Tumor cerebral
 Asfixia
 Abuso de drogas
 Choque elétrico
 Febre (especialmente em crianças pequenas)
 Febre alta
 Lesões na cabeça
 Doença cardíaca
 Doenças relacionadas ao calor (ver intolerância ao calor)
 Drogas ilícitas, como o pó de anjo (PCP), cocaína, anfetaminas
 Insuficiência renal ou hepática
 Nível baixo de açúcar no sangue
 Fenilcetonúria (PKU), que pode provocar ataques em bebês
 Envenenamento
 AVC
 Toxemia de gestação
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 Uremia relacionada à insuficiência renal


 Pressão sanguínea muito alta (hipertensão maligna)
 Picadas e ferroadas de animais peçonhentos
 Utilização de drogas ilícitas, como cocaína e anfetaminas
 Suspensão de álcool após ter ingerido grandes quantidades na maioria dos dias
 Suspensão de certas drogas, incluindo alguns analgésicos e pílulas para dormir
 Suspensão de benzodiazepínicos.
Às vezes, a convulsão não tem causa identificada. Esses casos são chamados de crises
idiopáticas. Geralmente ocorrem em crianças e adultos jovens, mas podem ocorrer em
qualquer idade. Pode haver um histórico familiar de epilepsia ou convulsão.

Primeiros socorros
Se você testemunhar uma convulsão, tente manter a calma e antes de qualquer coisa
chame um serviço de emergência. Preste muita atenção para o que acontece durante e
após a crise.

Durante uma convulsão:


 Proteja a pessoa de uma lesão
 Tentar repousar a pessoa suavemente no chão, caso ela dê sinais de que irá cair
 Tente afastar os móveis ou outros objetos que possam ferir a pessoa durante a
convulsão
 Se a pessoa que está tendo uma convulsão já está no chão quando você chegar,
coloque algo macio sob sua cabeça
 Não force nada, incluindo os dedos, na boca da pessoa. Colocar algo na boca da
pessoa pode causar ferimentos a ele ou ela, como dentes lascados ou uma
mandíbula fraturada. Você também poderia ser mordido
 Vire a pessoa para o seu lado, com a boca para baixo, a menos que a pessoa
resista a ser movida
 Não tente soltar ou chacoalhar a pessoa
 Se a pessoa vomitar, vire a pessoa para o lado.
Preste muita atenção ao que a pessoa está fazendo para que você possa descrever a
convulsão para o resgate ou médico:
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 Que tipo de movimento do corpo ocorreu?


 Quanto tempo durou a convulsão?
 Como a pessoa agiu imediatamente após o ataque?
 Existem lesões?

Após uma convulsão:


 Verifique se a pessoa sofreu lesões
 Se a pessoa está tendo dificuldade para respirar, use o dedo para limpar
suavemente a boca de qualquer vômito ou saliva
 Afrouxe roupas apertadas em volta do pescoço e da cintura da pessoa
 Forneça uma área segura, onde a pessoa possa descansar
 Não dê nada para ela comer ou beber até que a pessoa esteja totalmente acordada
e alerta
 Fique com a pessoa até que ela esteja acordada e familiarizada com o ambiente.
 A maioria das pessoas vai ficar sonolenta ou confusa após uma convulsão.
Uma pessoa que teve uma convulsão não deve dirigir, nadar, subir escadas, ou operar
máquinas até que tenha visto um médico.

Fraturas
Um osso pode se quebrar quando recebe um forte golpe direto ou quando submetido a
umestresse extremo. Ele pode se fraturar no local do impacto ou indiretamente, por
meio de transmissão de força para o osso. As fraturas são classificadas como abertas (há
uma ferida que revela fratura) ou fechadas (onde a pele fica intacta). As fraturas têm
como sintomas a dor, a incapacidade para executar determinados movimentos,
hematomas e, em alguns casos, deformidade da área fraturada. As fraturas expostas
podem ser acompanhadas por sangramento intenso e, por vezes, um estado de choque: a
vítima fica pálido e tonta, têm o pulso e a respiração acelerados e pode desmaiar.
A vítima deve ser transferida para o hospital com auxílio de socorro especializado para
feridos. Em caso de fraturas abertas, é essencial prevenir de infecções e hemorragias.
Deve-se cobrir a fratura com várias compressas de gaze estéreis, que são fixados com
uma bandagem e o membro deve ser imobilizado. Se o ferido reclama de dor nas costas,
pescoço, pelve ou quadril, ele deve ser deixado na posição que lhe é mais confortável.
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Acima de tudo, em caso de fraturas a pessoa não deve mover-se. Deve-se deixar reto o
eixo cabeça-pescoço-tronco, o ferido deve ser imobilizado com mantas em ambos os
lados do tronco, na pélvis e no pescoço. Enquanto se espera o socorro chegar, cubra a
vítima e controle a respiração e o pulso. Se a fratura acontece em um membro de
extremidade, ele deve ser mobilizado na posição em que se encontra, assim como as as
juntas superiores e inferiores, com a ajuda de uma faixa, ou um objeto rígido e alongado
(uma tábua, por exemplo). Não dê comida ou bebida a um ferido, pois em caso
de cirurgia ele deve estar em jejum.

Luxações
Ocorre quando duas extremidades ósseas de uma articulação se desviam e perdem o
contato entre elas. As articulações que mais frequentemente sofrem luxações são os
membros superiores: ombro, cotovelo, dedos. Os sintomas incluem dor e deformidade
da articulação afetada. Luxações pode ser acompanhado por fraturas.
Para tratar uma luxação, se você não tem experiência, não tente nunca colocar o
membro deslocado de volta no lugar. Quando esta manobra é mal feita ou de forma
abrupta, pode danificar os tecidos que circundam a articulação. É importante remover
jóias ou qualquer outro objeto que possa causar compressão antes que ocorra
o inchaço do membro. Para ajudar a imobilizar o local deslocado na sua posição usa-se
uma tipoia: fixe o braço contra o peito (no caso de luxação no ombro ou no cotovelo),
ou por meio de uma tala (no caso de luxação no dedo).
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Entorse
Ela ocorre devido a uma distensão violenta dos ligamentos (tecidos em torno das
articulações), que pode estar simplesmente distendido (entorse leve) ou rasgado (entorse
grave).
A entorse se manifesta por uma inflamação dolorosa da articulação, o que aumenta
quando se tenta movê-lo. Em caso de entorse, deve-se instalar o ferido o mais
confortavelmente possível e pedir ajuda. Se a entorse ocorreu recentemente, é
aconselhável colocar uma compressa fria sobre o ferimento até que a dor desapareça.
Em seguida, a articulação deve ser imobilizada com uma bandagem elástica ou clássica.
Os tenistas são particularmente propensos a entorses. Para evitá-los, deve-se respeitar as
regras de aquecimento antes do exercício e devem usar bandagens elásticas sobre as
articulações.
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Choque elétrico

Saber o que fazer em caso de choque elétrico é importante porque um choque elétrico
pode provocar desde uma pequena queimadura no local do contato, até uma paragem
cardíaca e respiratória.
Os primeiros socorros em caso de choque elétrico incluem:
 Cortar ou desligar a fonte de energia;
 Afastar a vítima da fonte elétrica através de materiais não condutores e secos
como a madeira, o plástico, panos grossos, borracha;
 Chamar uma ambulância ou SAMU ligando para o 192;
 Se a vítima estiver inconsciente e não estiver respirando, iniciar SBV;
 Se a vítima estiver inconsciente mas estiver respirando, deitá-la de lado, em
posição lateral de segurança;
 Aguardar a chegada da ajuda médica.
As chances de salvamento da vítima eletrocutada diminuem com do tempo e a partir do
4º minuto de ter recebido o choque elétrico as chances de sobrevivência são inferiores a
50%.
É importante tanto para quem trabalha com eletricidade como para qualquer pessoa, que
está passível de tomar um choque, conhecer e aplicar as técnicas de emergência em caso
de choque elétrico.
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Picadas de animais peçonhentos


Primeiros-socorros
Para atender uma vítima da maneira correta, siga todas as etapas listadas abaixo o mais
rápido possível:
– Lave o local da picada apenas com água ou com água e sabão;
– Hidrate o acidentado com goles de água;
– Não corte ou fure o local da picada;
– Mantenha o local afetado voltado para cima;
– Encaminhe o acidentado rapidamente ao serviço de saúde mais próximo;
– Não faça torniquete no local da picada.

Tipos de acidentes
Conheça as diferentes classificações de acidentes ocasionados pelos animais
peçonhentos.

Acidentes causados por cobra


Acidente botrópico (é causado por serpentes do grupo das jararacas): provoca dor e
inchaço no local da picada. Em alguns casos pode gerar manchas arroxeadas e
sangramento pelos orifícios da picada, além de sangramentos em gengivas, pele e urina.
Este acidente pode evoluir causando infecção e necrose na região da picada e também
insuficiência renal.
Acidente laquético (é causado por surucucu): este tipo de acidente apresenta quadro
similar ao acidente botrópico, mas também provoca vômitos, diarréia e queda da
pressão arterial.
Acidente crotálico (causado por cascavel): neste acidente o local da picada não tem
sinal evidente de lesão e a vítima tem sensação de formigamento. O acidentado tem
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dificuldade em manter os olhos abertos, apresenta aspecto sonolento, tem visão turva ou
dupla e possui dores musculares generalizadas. Além desses sintomas, a vítima também
apresenta urina escura.
Acidente elapídico (é causado por coral verdadeira): neste tipo de acidente não é
possível notar alteração importante no local da picada. A vítima tem quadro com visão
borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.
Os acidentes com cobra também podem ser gerados por serpentes não peçonhentas. Por
sua vez, o veneno das espécies peçonhentas não é transmitido em todos os casos.

Acidentes causados por escorpião


As espécies de escorpião classificadas como de importância médica existem em todo o
Brasil. A picada causa dor no local atingido e apresenta evolução na maioria dos casos.
As crianças podem ter manifestações graves em razão do envenenamento.
Em caso de picada, recomenda-se fazer compressas mornas e utilizar analgésicos para
aliviar a dor até o acidentado chegar a um serviço de saúde. O atendimento médico irá
determinar se a vítima precisa ou não receber soro.

Acidentes causados por aranha


Existem três tipos de aranhas de importância médica no Brasil. Conheça suas
características:
Aranha Loxosceles (conhecida como “aranha-marrom”): essa espécie é considerada
importante causa de acidentes no sul do país. A picada costuma acontecer quando a
aranha é comprimida, portanto a vítima geralmente é atingida quando está dormindo ou
se vestindo. Os locais mais comuns da lesão são tronco, abdome, coxa e braço.
Phoneutria (conhecida como “armadeira”, “aranha-da-banana”, “aranha-macaca”): a
maioria dos registros de acidentes dessa espécie é concentrada na região sudeste,
sobretudo em abril e maio. A picada costuma acontecer quando a vítima calça o sapato
ou a bota.
Latrodectus (conhecida como “viúva-negra”): essa espécie é encontrada com
predominância no litoral nordestino. Ela provoca acidentes leves e moderados, além de
gerar contrações musculares, agitação e sudorese na vítima.
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As aranhas caranguejeiras e as tarântulas, bastante comuns, não causam


envenenamento. Já as espécies que fazem aquelas teias nos cantos das casas também
não são perigosas.

Acidentes causados por taturanas ou lagartas


As espécies de taturanas ou lagartas consideradas nocivas são aquelas em formas larvais
de mariposas com cerdas pontiagudas que carregam as glândulas do veneno. Os
acidentes costumam acontecer quando a pessoa encosta em árvores onde estão as
lagartas. Na grande maioria dos casos o acidente é benigno. O contato provoca dor e
queimação, com pequeno inchaço e vermelhidão. Somente o gênero Lonomia é possível
causar envenenamento com hemorragias à distancia e evoluções como insuficiência
renal.

Soros para tratamento


Os soros para tratar picadas de animais peçonhentos são produzidos no Brasil pelo
Instituto Butantã (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e Instituto Vital
Brasil (Rio de Janeiro). A produção é comprada pelo Ministério da Saúde e distribuída
às Secretarias de Estados de Saúde de todo o país. Desta forma, o soro é disponibilizado
sem custos aos acidentados.

Transporte de acidentados
O transporte de acidentados é um determinante da boa prestação de primeiros
socorros. Um transporte mal feito, sem técnica, sem conhecimentos pode provocar
danos muitas vezes irreversíveis à integridade física do acidentado. Existem várias
maneiras de se transportar um acidentado. Cada maneira é compatível com o tipo de
situação em que o acidentado se encontra e as circunstâncias gerais do acidente. Cada
técnica de transporte requer habilidade e maneira certa para seja executada. Quase
sempre é necessário o auxílio de outras pessoas, orientadas por quem estiver prestando
os primeiros socorros.
De uma maneira geral, o transporte bem realizado deve adotar princípios de segurança
para a proteção da integridade do acidentado; conhecimento das técnicas para o
transporte do acidentado consciente, que não pode deambular; transporte do acidentado
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inconsciente; cuidados com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e técnicas e


materiais para cada tipo de transporte.
Em muitos tipos de transporte teremos de contar com o auxílio de um, dois ou mais
voluntários. Para estes casos a técnica correta também varia de acordo com o número de
pessoas que realizam o transporte. O transporte de vítimas é assunto que suscita
polêmicas. Devemos tentar troca de informações entre pessoas que tenham experiências,
no intuito de transformá-las em exemplos úteis. Além disto, trata-se de assunto em que
a proficiência depende quase que exclusivamente de prática e habilidade física. É
importante praticar o máximo possível, até que se tenha certeza de que não restam
dúvidas.
Algumas regras e observações genéricas e teóricas devem ser aprendidas e
conscientizadas por todos, independentemente de suas habilidades físicas para realizar o
transporte de um acidentado. Apesar de não ser de nossa competência é conveniente que
conheçamos algumas práticas relativas à atividade de resgate de vítimas de acidentes.

Resgate
A própria existência da atividade de primeiros socorros estabelece implicitamente o
atendimento do acidentado no próprio local da ocorrência de uma
emergência, acidente ou problema clínico. Muitas vezes, dadas às proporções e
circunstâncias em que ocorrem outros eventos, existe perigo para quem está socorrendo
e para as vítimas.
Se um acidentado, por exemplo, está se afogando, ou exposto a descargas
elétricas, gases e outras substâncias tóxicas,inflamáveis ou explosivas e corrosivas, o
primeiro cuidado a ser tomado é o resgate do mesmo. Quem socorre deverá ser capaz de
identificar a quantidade e a qualidade dos riscos que se apresentam em cada caso e saber
como resolver o problema, evitando expor-se inutilmente. É preciso também ter
consciência da necessidade de agir rigorosamente dentro de seus limites e de sua
competência. Nos casos de resgate de vítimas de acidentes, só depois de efetuado o
resgate é que podemos assumir a iniciativa de prestar os primeiros socorros.
Independentemente da atuação do pessoal da segurança, se existir, quem for socorrer
deverá estar sempre preparado para orientar ou realizar ele mesmo o resgate. É preciso
estudar com atenção as noções de resgate que estão contidas nos itens sobre choque
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elétrico, incêndio, gases e substâncias tóxicas. Deve ainda ter sempre consigo
informações e números de telefones dos hospitais, serviços de ambulância e centro de
informações tóxico-farmacológicas.
O transporte de acidentados ou de vítimas de mal súbito requer de quem for socorrer o
máximo cuidado e correção de desempenho, com o objetivo de não lhes complicar o
estado de saúde com o agravamento das lesões existentes.
Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e transporte de acidentados, assegurar-se
da manutenção da respiração e dos batimentos cardíacos; hemorragias deverão ser
controladas e todas as lesões traumato ortopédicas deverão ser imobilizadas. O estado
de choque deve ser prevenido. O acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser
transportado, sem orientação médica ou de pessoal especializado, nos casos de extrema
urgência ou iminência de perigo para o acidentado e para quem estiver socorrendo-o.
Enquanto se prepara o transporte de um acidentado, acalmá-lo, principalmente
demonstrando tranquilidade, com o controle da situação.
É necessário estar sereno para que o acidentado possa controlar suas próprias sensações
de temor ou pânico. É recomendável o transporte de pessoas nos seguintes casos:
• Vítima inconsciente.
• Estado de choque instalado.
• Grande queimado.
• Hemorragia abundante, Choque.
• Envenenado, mesmo consciente.
• Picado por animal peçonhento.
• Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral.
• Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros inferiores.
O uso de uma, duas, três ou mais pessoas para o transporte de um acidentado depende
totalmente das circunstâncias de local, tipo de acidente, voluntários disponíveis e
gravidade da lesão. Os métodos que empregam um a duas pessoas socorrendo são ideais
para transportar um acidentado que esteja inconsciente devido a afogamento, asfixia e
envenenamento.
Este método, porém, não é recomendável para o transporte de um ferido com suspeita
de fratura ou outras lesões mais graves. Para estes casos, sempre que possível, deve-se
usar três ou mais pessoas.
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Para o transporte de acidentados em veículos, alguns cuidados devem ser observados.


O corpo e a cabeça do acidentado deverão estar seguros, firmes, em local acolchoado ou
forrado. O condutor do veículo deverá ser orientado para evitar freadas bruscas e
manobras que provoquem balanços exagerados. Qualquer excesso de velocidade deverá
ser evitado, especialmente por causa do nervosismo ou pressa em salvar o acidentado. O
excesso de velocidade, ao contrário, poderá fazer novas vítimas. Se for possível, deve
ser usado o cinto de segurança.
Antes de remover um acidentado, os seguintes procedimentos devem ter sido
observados:
•Restauração ou manutenção das funções respiratória e circulatória,
•Verificação de existência e gravidade de lesões
•Controle de hemorragia
•Prevenção e controle de estado de choque
•Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse.
Para o transporte, cuidar para que se use veículo grande e espaçoso, a ser dirigido por
motorista habilitado. Além disto:
•Acompanhar e assistir o acidentado durante o transporte, verificando e mantendo a
função respiratória e circulatória, monitorizando o estado de consciência e pulso,
sempre que for necessário, solicitado ou na ausência de pessoal de saúde especializado
para realizar estas ações.
•Orientar o motorista para evitar freadas súbitas e manobras que provoquem balanços.
•Assegurar o conforto e segurança do acidentado dentro do veículo transportador.
•Sempre que possível anotar e registrar, de preferência em papel, todos os sinais e
sintomas observados e a assistência que foi prestada. Estas informações devem
acompanhar o acidentado, mesmo na ausência de quem o socorreu, e podem vir a ser de
grande utilidade no atendimento posterior.
Métodos de Transporte - uma pessoa só socorrendo

Transporte de Apoio
Passa-se o braço do acidentado por trás da sua nuca, segurando-a com um de seus
braços, passando seu outro braço por trás das costas do acidentado, em diagonal.
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Este tipo de transporte é usado para as vítimas de vertigem, dedesmaio, com ferimentos
leves ou pequenas perturbações que não os tornem inconscientes e que lhes permitam
caminhar.

Transporte ao Colo
Uma pessoa sozinha pode levantar e transportar um acidentado, colocando um braço
debaixo dos joelhos do acidentado e o outro, bem firme, em torno de suas costas,
inclinando o corpo um pouco para trás. O acidentado consciente pode melhor se fixar,
passando um de seus braços pelo pescoço da pessoa que o está socorrendo. Caso se
encontreinconsciente, ficará com a cabeça estendida para trás, o que é muito bom, pois
melhora bastante a sua ventilação.

Usa-se este tipo de transporte em casos de envenenamento ou picada por animal


peçonhento, estando o acidentado consciente, ou em casos de fratura, exceto da coluna
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vertebral.

Transporte nas Costas


Uma só pessoa socorrendo também pode carregar o acidentado nascostas. Esta põe os
braços sobre os ombros da pessoa que está socorrendo por trás, ficando suas axilas
sobre os ombros deste. A pessoa que está socorrendo busca os braços do acidentado e os
segura, carregando o acidentado arqueado, como se ela fosse um grande saco em suas
costas.
O transporte nas costas é usado para remoção de pessoas envenenadas ou com
entorses e luxações dos membros inferiores, previamente imobilizados.

Transporte de Bombeiro

Primeiro coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida,ajoelha-se com um só


joelho e, com as mãos passando sob as axilas do acidentado, o levanta, ficando agora
de pé, de frente para ele.
A pessoa que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas mãos
na cintura do acidentado e com a outra toma o punho, colocando o braço dela em torno
de seu pescoço. Abaixa-se, então, para frente, deixando que o corpo do acidentado caia
sobre os seus ombros.
A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as coxas, na altura da
dobra do joelho, e segura um dos punhos do acidentado, ficando com a outra mão livre.
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Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves. É
um meio de transporte eficaz e muito útil, se puder ser realizado por uma pessoa ágil e
fisicamente capaz.

Transporte de Arrasto em Lençol


Seguram-se as pontas de uma das extremidades do lençol, cobertor ou lona, onde se
encontra apoiada a cabeça do acidentado, suspende-se um pouco e arrasta-se a
pessoa para o local desejado.

Manobra de Retirada de Acidentado, com Suspeita de Fratura de Coluna, de um


Veículo.
A pessoa que for prestar os primeiros socorros, colocando-se por trás passa as mãos sob
as axilas do acidentado, segura um de seus braços de encontro ao seu tórax, e a arrasta
para fora do veículo, apoiando suas costas nas coxas, como pode ser visto na sequencia
de procedimentos mostrados na figura a seguir.
Esta manobra deve ser feita apenas em situações de extrema urgência.
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Intoxicação
Intoxicação é a introdução de uma substância tóxica no organismo. As intoxicações
podem ocorrer por medicamentos e por substâncias químicas. Existem vários tipos de
intoxicação, mas os acidentes em geral ocorrem com a ingestão de excesso de
medicamentos ou por substâncias químicas.

Tóxico
Um tóxico é qualquer substância, que, quando ingerida, inalada, absorvida ou aplicada
na pele, lesa o corpo através de sua ação química. Os tóxicos podem penetrar por
qualquer via, mas as mais comuns, pela ordem de frequência, são a digestiva, a
respiratória e a cutânea.
Fatores importantes do processo de intoxicação:
Tempo de exposição - quanto maior for o tempo em que a pessoa ficou exposta aos
produtos químicos, maiores serão as possibilidades deste produto causar danos à sua
saúde.
Concentração do agente - quanto maior for a concentração do agente químico, maior
será a chance de poder causar um efeito danoso à saúde.
Toxicidade - algumas substâncias são mais tóxicas que outras, se comparadas a uma
mesma concentração.
natureza da substância química – se é um gás, um líquido, vapor, etc.
susceptibilidade individual - algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a
determinados agentes químicos.

AGENTES TÓXICOS
· Alimentos estragados ou que sofreram contaminação química;
· Produtos de limpeza;
· Remédios - sedativos e hipnóticos;
· Plantas venenosas;
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· Alucinógenos e narcóticos;
· Bebidas alcoólicas;
· Inseticidas, raticidas, formicidas;
· Soda cáustica;
· Derivados de petróleo;

Intoxicações Exógenas
As intoxicações são, na sua maioria, acidentais, mas resultam também de tentativas de
suicídio e, mais raramente, de homicídio.
Não existem muitos antídotos (antagonistas específicos dos venenos) eficazes, sendo
muito importante identificar a substância responsável pelo envenenamento o mais breve
possível. Caso isso não seja possível no início, posteriormente devem ser feitas
tentativas de obter informações (e/ou amostras) da substância e das circunstâncias em
que ocorreu o envenenamento.
Um veneno pode penetrar no organismo por diversos meios ou vias de administração, a
saber:
Ingerido - Ex.: medicamentos, substâncias químicas industriais, derivados de petróleo,
agrotóxicos, raticidas, formicidas, plantas, alimentos contaminados (toxinas).
Inalado - gases e poeiras tóxicas. Ex.: monóxido de carbono, amônia, agrotóxicos, cola
à base de tolueno (cola de sapateiro), acetona, benzina, éter, GLP (gás de cozinha),
fluido de isqueiro e outras substâncias voláteis, gases liberados durante a queima de
diversos materiais (plásticos, tintas, componentes eletrônicos) etc.
Absorvido - inseticidas, agrotóxicos e outras substâncias químicas que penetrem no
organismo pela pele ou mucosas.
Injetado - toxinas de diversas fontes, como aranhas, escorpiões, ou drogas injetadas com
seringa e agulha.

Sinais e sintomas de intoxicação


· Alterações respiratórias, tais como espirro, tosse, queimação na garganta, sufocação.
· Náuseas.
· Vômito.
· Dor abdominal.
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· Diarréia.
· Salivação.
· Suor excessivo.
· Extremidades frias.
· Lacrimejamento e irritação nos olhos.
· Midríase ou miose (alterações na pupila).
· Convulsões.
· Inconsciência.

Depressores do Sistema Nervoso Central


Álcool - o mais comum, freqüentemente associado a intoxicações por outras drogas.
Barbitúricos - Gardenal, Luminal, Nembutal, etc.
Sedativos - Dormonid, Rohipnol, Halcion, etc.
Tranqüilizantes menores - Valium e Diempax (diazepan), Librium, Lorax, Lexotan, etc.

Sinais e sintomas
A intoxicação por esse grupo de drogas revela sintomatologia semelhante. A vítima
apresenta-se sonolenta, confusa e desorientada, agressiva ou comatosa; pulso lento,
pressão arterial baixa, reflexos diminuídos ou ausentes, pele em geral pálida e seca e
pupilas reagindo lentamente à luz.
Durante o atendimento, fale com a vítima, procure mantê-Ia acordada, reavalie-a com
freqüência e esteja atento para a hipoventilação e os vômitos, pois ela, por ter os
reflexos diminuídos, está mais propensa a aspirar.
Substâncias do tipo Anfetamina ("arrebites, bolinhas")
Anfetamina, Dextroanfetamis, Metanfetamina, MDMA ("Ecstasy"), MDEA ("Eve"),
MDA.

Manifestações Clínicas:
- Náuseas, vômito, palpitações, taquicardia;
- Pressão arterial elevada;
- Taquipnéia;
- Ansiedade e nervosismo;
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- Irritabilidade, insônia, agitação;


- Percepções visuais errôneas, alucinações auditivas;
- Ansiedade, depressão, paranóia;
- Hiperatividade;

Tóxicos ingeridos
Os tóxicos ingeridos podem ser corrosivos. Os tóxicos corrosivos incluem agentes
alcalinos e ácidos que podem provocar destruição tecidual após entrar em contato com
mucosas.
Produtos alcalinos: desinfetantes, detergentes, limpadores de forno.
Produtos ácidos: Detergentes, produtos de limpeza de piscina, polidores, removedores
de ferrugem.

Intoxicação por drogas


As manifestações clínicas de um cliente com intoxicação por drogas variam com a
droga utilizada, mas os princípios subjacentes de tratamento são essencialmente
idênticos. As metas do tratamento para um paciente que sofreu uma intoxicação por
drogas são o suporte das funções respiratória e cardiovascular, estimular a depuração do
agente e fornecer a segurança para o paciente e equipe.

Narcóticos
Cocaína, heroína,morfina,codeína,derivados sintéticos (metadona, maperidina),
fentanil.

Manifestações Clínicas:
- Alteração da frequência cardíaca e PA;
- convulsões;
- Euforia seguida de ansiedade, tristeza e insônia, alucinação, psicose;
- Pupilas dilatadas;

Os primeiros socorros para os casos de intoxicação são diversos, por existirem diversos
casos de intoxicação. O que tem em comum é o fato de ter de se agir rapidamente,
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levando para a ajuda especializa rapidamente e se possível levar o frasco ou embalagens


para uma identificação mais rápida do produto. As intoxicações podem ser causadas por
remédios, drogas, produtos químicos, alimentos, etc. Elas também ocorrem por
inalação, ingestão contato.

- Principais Sintomas
Inalação: respiração acelerada, tosse e olhos irritados.
Ingestão: mudança na cor dos lábios, dor, sono, confusão mental, diarreia, convulsões e
cheiros estranhos no corpo ou na boca.
Contato: Manchas na pele, coceira, dor de cabeça e olhos irritados.

Como agir
Intoxicação por contato: lavar o local com água corrente. Se a intoxicação atingiu os
olhos, lave com água corrente por 15 minutos e cobri-los com pano limpo. Após limpar
o local, levar imediatamente para atendimento médico.
Intoxicação por ingestão: tente descobrir a fonte da intoxicação (em caso de remédios
e produtos químicos a bula pode ter instruções de como agir), não faça respiração boca a
boca.
Intoxicação por inalação: leve a vítima para um local arejado e encaminhe para o
atendimento médico.

Intoxicação alimentar: nesses casos é preciso deixar a pessoa vomitar e evacuar


quantas vezes forem necessárias. 20 minutos após o vômito, faça a vítima beber água de
coco ou alguma bebida isotônica, para evitar a desidratação. Se os sintomas não
diminuírem em 24 horas, busque ajuda médica. Normalmente a intoxicação alimentar é
curada em três dias e sem o auxilio de remédios.

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