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Exame Biologia e Geologia 2022

1ª FASE
Prof. Carla Cruz
Biologia

Escola Básica e Secundária de D. Dinis


Prof. Carla Cruz
Comunidade + biótopo + interações dos seres com o meio

Unidade básica da vida


Escola Básica e Secundária de D. Dinis
Prof. Carla Cruz
Relações tróficas - Cadeia alimentar
NT – nível trófico (posição que
cada ser ocupa na cadeia
alimentar)

Matéria orgânica
--- Matéria inorgânica

Teia alimentar – conjunto


de cadeias alimentares
inter-relacionadas.
Numa teia alimentar, um
ser pode ocupar
diferentes níveis tróficos.

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Fonte de carbono e fonte de energia
Autotrófico Heterotrófico
Fonte de (carbono inorgânico: CO2; CO) (carbono orgânico:
carbono
compostos
Fonte de orgânicos)
energia
Fototrófico Fotoautotrófico Fotoheterotrófico
(energia solar) Realiza fotossíntese
Ex: bactérias raras
Ex: plantas, algas, bactérias
fotossintéticas/cianobactérias

Quimiotrófico Quimioautotrófico Quimioheterotrófico


(energia química
resultante da oxidação de Realiza quimiossíntese São os consumidores
compostos orgânicos ou
inorgânicos) Ex: bactérias sulfurosas, Ex: Homem
Escola nitrificantes,
Básica e Secundária deferrosas
D. Dinis
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FLUXO DE ENERGIA
O fluxo de energia, partindo do Sol, atinge todos os
níveis tróficos de um ecossistema.
Há perdas de energia de nível trófico para nível
trófico (nas suas atividades, na forma de calor e os
animais perdem energia através das fezes e urina).

O fluxo de energia num ecossistema é unidirecional.

CICLO DE MATÉRIA
Matéria Consumidores
orgânica

Produtor

Decompositor
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Causas da extinção de espécies:
• Destruição de habitats  desflorestação, poluição, incêndios…
• Sobreexploração  caça e pesca excessivas
• Proliferação de populações de espécies invasoras/exóticas (sempre que se
introduz uma espécie num local, é necessário que exista um predador para ela,
para não desequilibrar o ecossistema e é necessário assegurar que não elimina
espécies autóctones/endémicas, isto é, características desse local)

Consequências da extinção de espécies:


• Perda da biodiversidade
• Mudanças no equilíbrio dos ecossistemas…

Medidas de conservação de espécies:


• Anular, diminuir ou controlar as causas que provocam a extinção das
espécies
• Criar áreas protegidas
• Criar corredores ecológicos
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Célula procariótica (bactéria)

Cílios/ pilli/fimbrias

Ribossoma

(Com peptidoglicano)

Nucleóide (DNA disperso)

Célula procariótica  sem núcleo/sem invólucro nuclear; só tem organelos não membranares.
Os procariontes têm DNA circular (não associado a histonas/proteínas)
Os flagelos e cílios são prolongamentos
Escola da membrana
Básica e Secundária decelular
D. Dinis (função: locomoção).
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Célula eucariótica

Célula eucariótica  com núcleo/com Parede celular vegetal e algas  com celulose
invólucro nuclear; tem organelos Parede celular fungo  com quitina
membranares e não membranares. D. Dinis bactérias  com peptidoglicano
Parededecelular
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Organelos membranares
(limitados por uma membrana com estrutura idêntica à da
membrana celular):
• Retículo endoplasmático rugoso e liso
• Complexo de Golgi
• Mitocôndrias
• Cloroplastos
• Vacúolos
• Lisossomas

Organelos não membranares


(limitados por uma membrana com estrutura diferente da
membrana celular):
• Ribossomas – limitados por RNA ribossómico e proteínas; existe
em todas as células (os das procarióticas são mais simples)
• Centríolos – só em células animais
Nota: as células vegetais têm centros organizadores de microtúbulos em vez de centríolos
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Biomoléculas: compostos Inorgânicos
• Água
Coesão entre as moléculas da água (ligam-se por pontes de hidrogénio)

• Sais Minerais (iões)


Exemplo: cálcio, magnésio, ferro, etc.

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Reações em compostos orgânicos
• Reação de síntese/condensação  polimerização (monómeros polímero/macromolécula):
# liberta água (liberta 1 molécula de água por cada 2 monómeros que se ligam)
# consome energia/ATP  reação anabólica/endoenergética
Ex: fotossíntese, quimiossíntese, síntese proteica…

monómero monómero

polímero

• Reação de hidrólise  despolimerização (polímero/macromolécula  monómeros):


# consome água (consome 1 molécula de água por cada 2 monómeros que se separam)
# liberta energia/ATP  reação catabólica/exoenergética
Ex: respiração aeróbia, fermentação, digestão…

polímero

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monómero monómero
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Biomoléculas: compostos
orgânicos
Biomoléculas Constituintes Monómeros Polímeros Tipo de Função
Ligação

Glícidos ou C, O, H Monossacarídeos Oligossacarídeos (2 a 10 Reserva energética


hidratos de (Compostos ou oses monossacarídeos) (amido nas plantas e
carbono ternários)  Maltose: glicose + glicose Glicosídica glicogénio nos
Classificados quanto ao  Lactose: glicose + galactose animais)
nº de átomos de  Sacarose: glicose + frutose
carbono em: Estrutural
 Trioses – 3C; Polissacarídeos (mais de 10 (celulose na parede
 Tetroses – 4C; monossacarídeos) celular das células
 Pentoses – 5C;  Amido vegetais e quitina no
 Hexoxes – 6C;  Glicogénio exoesqueleto dos
 (...)  Celulose Polímeros de glicose
insetos e na parede
 Quitina
celular das células
Ex: Pentoses (ribose e dos fungos)
desoxirribose)
Hexoses (glicose,
frutose, galactose)

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Biomoléculas Constituintes Monómeros Polímeros Tipo de Função
Ligação

C, O, H Ácidos Gordos Gorduras: Energética


Lípidos (Compostos ternários) - monoglicerídeo (Um glicerol + 1 (energia calorífica)
Glicerol ácido gordo)
- diglicerídeo (Um glicerol + 2 ácidos
gordos)
- triglicerídeo (Um glicerol + 3 ácidos
gordos)
C,O,H,N,P Fosfolípido Estrutural
 Um glicerol Éster
(Constituinte da
 2 ácidos gordos
 Cabeça hidrofílica/ polar membrana celular)
 Um grupo de fosfato
(glicerol + grupo fosfato+
 Um composto com azoto
composto de azoto)

+
 Cauda hidrofóbica/ apolar
(2 ácidos gordos)

Molécula anfipática

Cabeça

Cauda

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Biomoléculas Constituintes Monómeros Polímeros Tipo de Função
Ligação
Prótidos C,O,H,N Aminoácidos (aa)  Péptidos ( Tem 2 a 99 Estrutural
(Compostos aminoácidos) (Estrutura da
quaternários Peptídica membrana
Grupo Amina Grupo Carboxilo(Ácido)  Proteínas ( 100 ou mais celular)
aminoácidos)
Transporte
Os péptidos/proteínas diferem no (Hemoglobina)
nº de aminoácidos, na sequência
H H OH
de aminoácidos, no tipo e Enzimática
N C C proporção de aminoácidos.
Defesa
H R (Radical) O As proteínas podem ter estrutura: (anticorpos)
 Primária  linear;
 Secundária  hélice ou
Hormonal
pregueada
(Insulina)
Há cerca de 20 aminoácidos diferentes, que  Terciária 
variam entre si no radical. enovelada/globular;
 Quaternária  2,3 ou 4
péptidos enovelados;
(Ver figura 29 da página 49)
As proteínas só são funcionais
com estrutura terciária ou
quaternária  estruturas
tridimensionais
Calor, radiação e variações do pH
podem destruir a estrutura
tridimensional da proteína, a qual
perde a sua função, ocorrendo
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desnaturação.
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Estruturas tridimensionais 
proteína funcional

Aminoácidos

Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária Estrutura


quaternária
Estrutura linear. Estrutura em hélice Cada polipeptídeo
ou pregueadas, espiralado ou Diferentes
sustentadas por pregueado sofre polipeptídeos
ligações nova condensação / de estrutura
ou pontes de enovela, sustentada terciária vão ligar-se
hidrogénio. por ligações por ligações de
de hidrogénio, hidrogénio, formando
adquirindo uma uma proteína de
Escola Básica e Secundária de D. Dinis composição
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e forma específica.
A célula e os seus constituintes
Prótidos  Ação enzimática
 As enzimas são proteínas, produzidas nas células, que catalisam/aceleram as
reações químicas que ocorrem no organismo, sendo biocatalisadores.

 A sua estrutura tridimensional confere-lhe uma forma específica que determina a


reação química que a enzima catalisa.
 As enzimas atuam sobre um dado reagente – o substrato – que se liga a uma
região específica da enzima – o centro ativo. A forma do centro ativo só permite a
ligação a determinados substratos e, consequentemente, as enzimas apresentam
especificidade.
 O nome da enzima tem uma terminação –ase e o inicio da palavra relaciona-se
com a molécula sobre a qual atua (ex.maltase) ou reação que catalisa
(ex.hidrolase).

As enzimas não se gastam nas reações que catalisam.


A sua ação é influenciada pela temperatura e pH. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Biomoléculas Constituintes Monómeros Polímeros Tipo de Função
Ligação
Nucleótido: Desoxirribonucleótido DNA Ligações Contém a
Ácidos Nucleicos C,O,H,P,N (Nucleótido de DNA) (Tem uma fosfodiéster informação
cadeia dupla (Ligações genética;
de entre os
P N nucleótidos nucleótidos Intervém
enrolada em da mesma na síntese
hélice) cadeia) proteica.
Grupo Fosfato Base azotada ( A,T,C,G)
Ligações/
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Pontes de
hidrogénio
Pentose ( desoxirribose )
(Ligações
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entre as bases
azotadas das
duas cadeias)
A T
C G
Nucleótido: ribonucleótido RNA Ligações Intervém
(Nucleótido de RNA) fosfodiéster na síntese
(Tem uma
(Ligações proteica
única cadeia
entre os
P N de
nucleótidos) nucleótidos
da mesma
cadeia)
Grupo Fosfato Base azotada ( A,U,C,G)

Pentose ( ribose )

Nota: Bases azotadas de anel simples / pirimídicas: Citosina (C); Uracilo (U); Timina (T)
Bases azotadas de anel duplo/ púricas: Adenina (A); Guanina (G)
As principais diferenças entre o DNA e o RNA são:
Adenina
 na pentose – desoxirribose no DNA, ribose no RNA.
Timina  uma das bases azotadas é diferente – timina no DNA,
Uracilo
uracilo no RNA.
Guanina  o RNA é formado por 1 cadeia polinucleotídica, o DNA
Citosina
é formado por 2 cadeias polinucleotídicas em hélice e
Base
antiparalelas(à extremidade 5’ de uma cadeia
nitrogenada corresponde a extremidade 3’ da outra cadeia).
Cromossoma

Hélice de DNA

Núcleo
Célula

No DNA, o número de bases de


anel simples é igual ao número
Ligação de hidrogénio
de bases de anel duplo.

Ligação Timina Adenosina


fosfodiéster

Os cromossomas
Guanina Citosina
Escola Básica e são constituídos por
Pares de bases
Secundária de D. Dinis DNA. nitrogenadas
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Estrutura da membrana celular:
modelo do mosaico fluído
Glicolípidos e glicoproteínas com
função de reconhecimento

Glicocalix

Proteínas transmembranares
– proteínas intrínsecas que
atravessam toda a bicamada
e com função de transporte
de substâncias

Proteínas transmembranares
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Proteínas e fosfolípidos da membrana
plasmática têm movimentos  NÃO têm
posições fixas
Movimento lateral dos fosfolípidos: Movimento de flip-flop dos fosfolípidos:

frequente raro

Movimento lateral das proteínas:

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Classificação dos meios

Meio Meio
Meios isotónicos
hipertónico hipotónico
(pouco
(igual concentração
(muito
concentrado de soluto)
concentrado em
soluto) em soluto)

- soluto

- água

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Gradiente de concentração
• É a diferença de concentração entre dois meios.

• As moléculas podem deslocar-se a favor do gradiente de concentração


(+  -) ou contra o gradiente de concentração (-  +).

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De acordo com o sentido do fluxo de substâncias:
• a favor do gradiente de concentração (osmose e difusão): da zona
onde há mais substância  menos substância

os meios ficam isotónicos

anula-se o gradiente de concentração

• contra o gradiente de concentração (transporte ativo): da zona onde


há menos substância  mais substância

os meios não ficam isotónicos

mantem-se o gradiente de concentração

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Transporte passivo e ativo
• Transporte passivo – a substância atravessa a membrana
a favor do gradiente de concentração e não utiliza
energia/ATP.
• Transporte ativo – a substância atravessa a membrana
contra o gradiente de concentração e utiliza energia/ATP.
Apenas há transporte ativo de soluto.

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Transporte passivo Prof. Carla Cruz Transporte ativo
Transporte mediado e
não mediado
Transporte não mediado – as substâncias
atravessam a membrana sem a intervenção
específica de proteínas transportadoras 
atravessam a membrana pelos fosfolípidos.

Transporte mediado – as substâncias


atravessam a membrana com
intervenção de proteínas membranares
transportadoras (ex:permease, ATPase).
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Transporte de água / Osmose 
transporte passivo
Há movimento de água a favor do gradiente de água (hipotónico  hipertónico), mas contra
o gradiente de concentração de soluto!

Normalmente, há difusão da
água através da bicamada
fosfolipídica da membrana

Transporte não mediado

Por vezes, há difusão da


água por pequenos poros
seletivos de proteínas
integradas (aquaporinas). Transporte mediado
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Osmose Meio extracelular / fora da célula

(mais água) (menos água)


Célula túrgida
Lise celular

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Na célula vegetal nunca há lise celular, nem alteração do volume celular devido à parede celular
Quando uma célula é colocada em água destilada, o meio extracelular é hipotónico e o interior
da célula é hipertónico.
Pressão/potencial osmótica e
potencial hídrico/de água
• Pressão osmótica/potencial osmótico –
tendência para receber água; maior no meio
hipertónico.
• Potencial hídrico ou potencial de água –
quantidade de água num meio; maior no meio
hipotónico.

+ Pressão osmótica (+ soluto) num meio X  +


entrada de água no meio X  - pressão osmótica/ +
potencial hídrico e + pressão de turgescência no
meio X
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Transporte de soluto  Difusão
simples e facilitada
• Difusão – o soluto atravessa a membrana a favor do
gradiente de concentração (hipertónico  hipotónico) e
não utiliza energia/ATP  transporte passivo
• simples – o soluto atravessa a membrana pela bicamada
fosfolípíca  transporte não mediado. EX. gases
• facilitada – o soluto atravessa a membrana usando
proteínas transportadoras (permeases)  transporte
mediado. Ex. a.a., glicose, iões

Permease

Soluto

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Difusão simples Prof. Carla Cruz Difusão facilitada
Transporte de soluto 
Transporte ativo
• O soluto atravessa a membrana contra o gradiente de
concentração (hipotónico  hipertónico) e utiliza
energia/ATP  transporte ativo
• O soluto atravessa a membrana usando proteínas
transportadoras (ATPases)  transporte mediado. Ex.
bomba de sódio-potássio

Bomba de sódio e potássio – um exemplo de transporte ativo.


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Transportes em quantidade -
endocitose
Endocitose  entrada
Meio extracelular

Vesícula
Meio intracelular endocítica

Transporte, para o interior da célula, de macromoléculas,


agregados de partículas, ou mesmo células.
Os materiais vão sendo envolvidos pela membrana plasmática, e
acabam por ficar, já no interior da célula, numa vesícula endocítica.
Gasta energia. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Pinocitose

Meio extracelular

Gotículas de
fluidos Invaginação da
membrana celular

Meio intracelular
Vesícula
pinocítica

Por invaginação da membrana são captadas gotículas de fluidos


que ficam confinadas a vesículas pinocíticas.
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Gasta energia. Prof. Carla Cruz
Fagocitose

Partícula
Pseudópodes sólida

Vesícula fagocítica
ou fagossoma
A membrana plasmática envolve células ou partículas sólidas de
maiores dimensões com prolongamentos ou expansões do
citoplasma, designados pseudópodes.
As vesículas resultantes designam-se vesículas fagocíticas.
Gasta energia. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Endocitose mediada por recetores

Meio intracelular Meio extracelular


Citoplasma
Vesícula
endocítica

Recetor Substância
membranar a endocitar

As macromoléculas ligam-se a recetores membranares antes de


entrarem na célula em vesículas endocíticas.
Gasta energia.
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Transportes em quantidade -
exocitose
Exocitose  saída

Meio extracelular

Meio intracelular
Vesícula
exocítica

As células libertam no meio envolvente substâncias armazenadas


em vesículas exocíticas.
Gasta energia. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Em resumo… Osmose – movimento da água
hipotónico  hipertónico

simples – pela bicamada


fosfolipídica
Transporte EX. gases, substâncias
passivo lipossolúveis
Difusão – movimento
de soluto
Pequenas hipertónico hipotónico
moléculas facilitada – por permeases
(proteínas da
membrana)
EX. glicose, a.a., iões

Movimentos
transmembranares
Transporte ativo – movimento de soluto,
por ATPases
hipotónico  hipertónico

Fagocitose
Partículas
Endocitose sólidas Endocitose mediada por
Macromoléculas Extracelular  intracelular recetores
ou Partículas
Transporte em dissolvidas
massa num fluido -
Exocitose pinocitose
Intracelular  extracelular
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Sistema Nervoso - Reação do organismo a
estímulos
Neurónios
sensitivos
Emite uma ou
Estímulo É recebido Recetor sensorial
mensagem aferentes
externo por (orgão dos sentidos) por

Recebida
nos
Órgão efetor Neurónios
Transmitida Emite uma Centros nervosos
(músculos ou a motores ou mensagem (cérebro ou
glândulas) eferentes por medula)

Resposta

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Neurónio – célula nervosa
DENDRITES

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Arborização terminal
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Transmissão do impulso nervoso no neurónio

Dendrites Corpo celular Axónio


Recebem os Recebe a Passa o sinal elétrico para as
estímulos informação dendrites ou corpo celular de outro
das dendrites neurónio ou para uma célula efetora.
e envia para
o axónio.

O estímulo nervoso é transmitido de porção em


porção do neurónio.

Na transmissão do impulso nervoso há transporte de moléculas através da membrana por


transporte ativo, difusão facilitada e exocitose.
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Impulso elétrico ao longo do neurónio
1º) Quando o neurónio está em repouso:
Bomba de Na+/K+ ativa
3Na+ Canais de K+
Canais de Na+
ATP fechados fechados

ADP + P ++++ ++++ ++++


- - - - - - - - - - - -
2K+ Axónio

- A bomba Na+/k+ está ativa. Através da bomba de Na+/k+ são lançados


para o meio extracelular três iões Na+ e para o meio intracelular 2 k+.
- A maior acumulação de iões Na+ na face externa do axónio leva a que
esta apresente carga global positiva. Na face interna do axónio a carga
global é negativa, devido à menor acumulação de catiões e à maior
acumulação de aniões.
- A face externa da membrana do axónio apresenta carga positiva e a face
interna apresenta carga negativa.
- Nesta situação estamos perante
Escola Básica um potencial
e Secundária de D. Dinis de repouso (da ordem dos -70
mV). Prof. Carla Cruz
2º) Quando chega o estímulo a uma zona do neurónio:

Canais de Na+ abertos 


Bomba de Na+/K+ ativa
difusão facilitada do Na+
3Na+
+ Na+ Canais de K+
ATP fechados
ADP + P - - - - - - - - - - - -
++++ ++++ ++++
2K+
- Na+ Axónio

- A bomba Na+/k+ continua ativa.


- Os canais de sódio abrem, permitindo que o sódio se movimente do meio
extracelular para o meio intracelular por difusão facilitada.
- A face externa da membrana do axónio adquire carga negativa e a face
interna adquire carga positiva, isto é, há despolarização.

- Como resultado da sua despolarização gera-se o potencial de ação (da


ordem dos +35 mV).
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3º) Quando o estímulo segue para a porção seguinte do neurónio, na
porção anterior verifica-se que:

Bomba de Na+/K+ ativa


3Na+ Canais de Canais de K+ abertos  difusão facilitada do K+
ATP Na+ fechados - K+
ADP + P
++++ ++++ ++++
- - - - - - - - - - - -
+ K+
2K+
Axónio

- A bomba Na+/k+ está ativa.


- Os canais de Na+ fecham e os canais de potássio abrem, permitindo que
o potássio se movimente do meio intracelular para o meio extracelular
por difusão facilitada.
- A face externa da membrana do axónio adquire carga positiva e a face
interna adquire carga negativa, isto é, há repolarização.

- Posteriormente, no final da repolarização, os canais de K+ fecham e a


bomba de Na+/K+ continuaEscola
ativa,
Básica egerando-se o potencial de repouso.
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Transmissão do impulso nervoso entre neurónios:
Sinapse química
Através de neurotransmissores
(proteínas)

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Seres heterotróficos
Têm como fonte de carbono os compostos orgãnicos (carbono orgânico); obtêm matéria orgânica a partir
do meio externo.

Digestão intracelular

Heterofagia

Lisossoma
Enzimas

Autofagia

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Digestão intracelular (heterofagia)

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Digestão extracorporal e intracorporal

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Digestão extracorporal
(exemplo: fungos e bactérias decompositoras)
São seres heterotróficos por absorção 
decompositores / microconsumidores

1º Produção
de enzimas
digestivas
Hifas pelas células
do fungo
4º Absorção das
micromoléculas para
2º Exocitose das enzimas as hifas do fungo
digestivas, para o exterior

3º As enzimas digestivas intervêm na digestão:


macromoléculas  micromoléculas
Digestão
Boca Intracorporal
(hidra e planária 
Entrada do alimento
enzimas enzimas
digestivas EXOCITOSE digestivas
tubo digestivo
incompleto):
DIGESTÃO
PARCIAL
(EXTRACELULAR)
Alimento parcialmente
digerido
1ºextracelular
ENDOCITOSE Cavidade (na cavidade
gastrovascular gastrovascular)

2ºintracelular
Micronutrientes Células da derme
Passam para células (que revestem a
contiguas onde não cavidade
ocorreu digestão
gastrovascular)
São seres heterotróficos por
Micronutrientes
ingestão  consumidores /
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macroconsumidores
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Tiflosole / Digestão
Prega dorsal
Ânus
Intracorporal
Boca
(minhoca  tubo
digestivo
Faringe
completo):

Intestino extracelular
Esófago (nos orgãos do tubo
digestivo)
Intestino Papo

Moela

São seres heterotróficos por ingestão  consumidores / macroconsumidores

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Digestão Intracorporal
(Homem  tubo digestivo completo):
extracelular (nos orgãos do tubo digestivo)
No interior do intestino do Homem há 3 camadas de pregas: válvulas coniventes
cobertas com vilosidades intestinais e estas, cobertas com microvilosidades 
aumentam a área de superfície do intestino  maior contacto entre nutrientes e
parede intestinal  maior absorção dos nutrientes para o meio interno (sangue e
linfa)

cobertas por

Microvilosidades

cobertas por
Vilosidades
intestinais
Válvula
conivente São seres heterotróficos por
Escola Básica e Secundária de D. Dinis ingestão  consumidores /
Prof. Carla Cruz macroconsumidores
Seres autotróficos
Têm como fonte de carbono o dióxido de carbono (carbono
inorgânico); produzem matéria orgânica a partir de matéria
inorgânica/mineral (seres produtores), por exemplo, através da
fotossíntese.

Seres fotoautotróficos
Utilizam energia
Fotossíntese (plantas, algas e
luminosa cianobactérias)

Seres autotróficos
Utilizam energia
química resultante Seres
de reações de quimioautotróficos
oxidação de Quimiossíntese (bactérias
compostos nitrificantes, ferrosas
inorgânicos de Fe, e sulfurosas)
N ou S

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Fotossíntese
Ocorre em cloroplastos nas plantas e algas.
Ocorre no citoplasma e em lamelas fotossintéticas (com clorofilas) nas bactérias
fotossintéticas (cianobactérias).

Estrutura do cloroplasto (em eucariontes)


Membrana externa
Tilacóides
(com clorofilas) Membrana interna

Estroma

DNA circular Ribossoma


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Pigmentos fotossintéticos
Radiações preferenciais para a fotossíntese
• Pigmentos fotossintéticos  clorofilas e
carotenóides
• Radiações preferenciais da fotossíntese 
radiações azul - violeta e laranja - vermelho

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ATP – principal transportador de energia na célula

Calor que
dissipa

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Oxidação - redução
• Oxidação – molécula oferece /cede eletrões e/ou
hidrogénios
• Redução – molécula recebe eletrões e/ou
hidrogénios (H+)

• NADP+ / NAD+ / FAD – moléculas que podem reduzir


(receber eletrões e hidrogénios)
• NADPH / NADH / FADH2 – moléculas
transportadoras de hidrogénios (podem oxidar /
ceder eletrões e hidrogénios)
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Fotossíntese: fase fotoquímica
Depende diretamente da luz.
Nas células eucarióticas vegetais ocorre ao nível da membrana dos tilacóides, onde estão as
clorofilas.
Nas células procarióticas ocorre em lamelas fotossintéticas (com clorofilas).

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Prof. Carla Cruz
Fotossíntese: fase química
Depende indiretamente da luz (necessita do ATP e do NADPH produzidos na fase fotoquímica).
É constituída pelo Ciclo de Calvin / Ciclo do carbono.
Nas células eucarióticas vegetais ocorre no estroma do cloroplasto.
Nas células procarióticas ocorre no citoplasma.

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Prof. Carla Cruz
Fotossíntese: fase química

1º Fixação do CO2

2º Desfosforilação do ATP e
oxidação do NADPH

3º Redução do CO2


4º Formação de compostos
orgânicos

Na fotossíntese:
(C6H12O6)

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Prof. Carla Cruz
Plantas avasculares e plantas
vasculares
• Plantas avasculares – plantas sem xilema e
floema  água movimenta-se por osmose e o
soluto por difusão ou transporte ativo, célula
a célula.
• Plantas vasculares  plantas com xilema
(transporta seiva bruta / água e sais minerais)
e com floema (transporta seiva elaborada /
água e compostos orgânicos).

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Prof. Carla Cruz
Xilema/elementos do vaso
xilema
floema/tubo crivoso
floema
Fruto ou Células de
gomo/rebento companhia
(vivas) auxiliam
- Células mortas.
- Sem paredes transversais
a separar as células do vaso. - Células vivas
- Parede totalmente - Com paredes
revestida por celulose e transversais a
Seiva separar as
Seiva bruta parcialmente por lenhina
elaborada células 
ou xilémica (substância impermeável). ou floémica
(água e sais placa crivosa
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(água e
minerais) compostos
orgânicos)
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Movimento unidirecional Movimento


bidirecional da
da seiva xilémica:
seiva floémica:
ascendente ascendente e
Raiz
descendente

Translocação: movimento de água e nutrientes na planta através de tecidos condutores (xilema e floema).
Constituição da folha
Epiderme superior
Cutícula (sem células
(cera impermeabilizante) fotossintéticas)

Mesófilo da folha
(tecido clorofilino/
células
Água e sais minerais fotossintéticas)
Água e compostos orgânicos/sacarose

Epiderme inferior
(sem células
fotossintéticas)
Xilema
Tecidos
Estoma Floema condutores
(ocorrem trocas
gasosas)

Cutícula
(cera impermeabilizante)

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Absorção radicular
(Entrada de água e solutos minerais para a raiz)
 A maior parte da água e de solutos necessários à planta são
absorvidos pela epiderme e, particularmente, pelos pêlos
radiculares.
 Os pêlos radiculares – extensões/prolongamentos das células da
epiderme da raiz  tornam a área de absorção da raiz muito
grande.
 O meio intracelular das células da raiz é hipertónico relativamente
à solução do solo.

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Transporte no xilema:
Hipótese da pressão radicular (em plantas de pequeno porte)
Hipótese da pressão radicular

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Ocorrências que condicionam a
absorção de água
• Solo alagado  tem menos O2  nas células da
raiz reduz a taxa de respiração celular/aeróbia 
menos produção de energia/ATP  menos
transporte ativo de sais  menos acumulação de
sais na raiz  não haverá entrada de muita água
na raiz  não se gera pressão radicular

• Solo com mais sais ( mais hipertónico)  diminui


a absorção de água
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Prof. Carla Cruz
Evidências da pressão radicular
Baseia-se na observação de dois factos:

EXSUDAÇÃO GUTAÇÃO

Ao cortar o
caule de uma
planta, observa-
se a saída de
um líquido
(seiva bruta). Formação de pequenas gotas
nas margens das folhas – a
água ascendeu até lá devido a
forças que se geraram nos
órgãos inferiores (raízes).
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Transporte no xilema:
Hipótese da tensão-coesão-adesão (em plantas de
grande porte)

1º Transpiração (células do mesófilo perdem


água por transpiração  défice de água nas
células do mesófilo  tensão negativa

2º Passa água do xilema da folha para as


células do mesófilo  tensão negativa
A água sobe em coluna desde a
no xilema da folha
raiz até às folhas devido à coesão
entre as moléculas de água (por

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3º Passa água do xilema do caule para o xilema da pontes de hidrogénio) e à
folha tensão negativa no xilema do caule adesão das moléculas de água às
paredes do xilema.

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4º Passa água do xilema da raiz para o xilema
do caule  tensão negativa no xilema da raiz

5º Absorção de água na raiz


Transporte no xilema:
Hipótese da tensão-coesão-adesão (em plantas de grande porte)

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Como é controlada a transpiração?

Cloroplastos

Núcleo

Célula guarda ou célula oclusiva Ostíolo

A quantidade de água perdida na transpiração das plantas é controlada pelos estomas,


estruturas integradas na epiderme das folhas.
Cada estoma apresenta uma abertura, o ostíolo, delimitada por duas células-guarda.
As células guarda são ricas em cloroplastos e as paredes celulares que limitam o
ostíolo são mais espessas e menos flexíveis que as paredes opostas.

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Abertura e fecho dos estomas
água
água

A abertura ou fecho do ostíolo (estoma) é


controlada pelo grau de turgescência das
células-guarda:

• Células guarda túrgidas – ESTOMA ABRE 


+ trocas de gases / + transpiração
água
água

• Células guarda plasmolisadas – ESTOMA


FECHA  - trocas de gases / - transpiração
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Fatores que afetam a abertura e fecho dos estomas

Movimento do potássio (K+)

TA

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difusão

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Quantidade de água disponível no solo
Alto teor - Abertura do ostíolo
Baixo teor (planta em stress hídrico) - Fecho do
ostíolo

Concentração de CO2 nos espaços intercelulares


Alta concentração - Fecho do ostíolo
Baixa concentração - Abertura do ostíolo

Temperatura do ar
Alta - Abertura do ostíolo, se não estiver em stress hídrico
Baixa - Fecho do ostíolo
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Humidade do ar
Alta humidade < gradiente de vapor de água entre o
interior e o exterior da planta  Fecho do ostíolo
Baixa humidade > gradiente de vapor de água entre o
interior e o exterior da planta  Abertura do ostíolo (se não
estiver em stress hídrico)

Vento
Quando a intensidade do vento é elevada, a planta transpira mais.
A maior transpiração leva à abertura dos estomas , se não estiver
em stress hídrico

Intensidade luminosa
Alta intensidade  > taxa de fotossíntese  >
quantidade de compostos orgânicos nas células guarda 
meio intracelular fica mais concentrado  > entrada de água
 células guarda túrgidas  Abertura do ostíolo
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Baixa intensidade - Fecho do ostíolo
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Fatores extrínsecos Condições ambientais Comportamento dos
estomas

Intensidade de luz / alta abre


Temperatura
baixa fecha
Concentração de CO2 alta fecha
(nos espaços entre as
baixa abre
células das folhas)
Concentração de iões no alta abre
interior das células
baixa fecha
guarda
existente abre
Vento
inexistente fecha
alta fecha
Humidade atmosférica
baixa abre
alto abre
Teor de água no solo
baixo fecha
Transporte no floema:
Hipótese do fluxo de massa
Célula de companhia
++ sacarose Fotossíntese
+ Frutose

+ -

(de + sacarose  - sacarose)


sob pressão e por difusão
Água + sacarose

- sacarose Frutose

+ ++

Célula de
(tubo crivoso) companhia
(raíz, fruto, gomo)
Ao longo do floema/tubo crivoso circula sacarose;
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Ao longo do floema há difusão da sacarose. Prof. Carla Cruz
Sistema circulatório
Aberto – Ex.
insetos Simples – Ex. peixes
Há mistura de sangue passa 1 vez
sangue com no coração.
linfahemolinfa Coração com 2
A hemolinfa só cavidades (1 aurícula
Sistema transporta e 1 ventrículo).
nutrientes. No coração circula
circulatório
sangue venoso.
Sangue arterial sai Incompleto – Ex. anfíbios
das branquias e répteis
lentamente para as Coração com 3 cavidades
células menos (2 aurículas e 1 ventrículo).
Fechado – eficaz
Ex. minhoca Há mistura parcial de
sangue venoso com
O sangue não sangue arterial menor
se mistura oxigenação do sangue
com a linfa arterialmenos eficaz
Duplo – sangue
passa 2 vezes no
coração  maior
velocidade Completo - Ex. aves e
sanguínea  mamíferos
sangue arterial Coração com 4 cavidades
chega + (2 aurículas e 2
rapidamente às ventrículos).
Nota: Seres simples (hidra e planária) não células mais
têm sistema circulatório. As células obtêm Não há mistura de sangue
eficaz. venoso com sangue
nutrientes por digestão extracelular e arterial  maior
intracelular e obtêm O2 diretamenteEscoladaBásica e Secundária de D. Dinis oxigenação do sangue
água. Prof. Carla Cruz arterialmais eficaz
Sistema circulatório aberto
A hemolinfa não está sempre encerrada em vasos, mas circula também nas cavidades
internas do organismo (lacunas).

Coração
tubular

artérias

Quando o coração relaxa, os ostíolos abrem a hemolinfa entra no


coração.
Quando o coração contrai, os ostíolos fecham e a hemolinfa sai pelas
artérias para lacunas.
A hemolinfa só transporta nutrientes e flui muito lentamente. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
Prof. Carla Cruz
Sistema circulatório FECHADO

Sem septo Septo incompleto

Circulação Circulação dupla incompleta Circulação


simples dupla
As aurículas contraem alternadamente: contração da aurícula completa
direita contração do ventrículo contração da aurícula
esquerda  contração do ventrículo
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Prof. Carla Cruz
Por que motivo a circulação dupla é mais eficaz
do que a circulação simples?
• Na circulação simples, o sangue arterial sai da superfície respiratória para as
células com baixa velocidade  menos eficaz.
• Na circulação dupla, o sangue arterial sai da superfície respiratória para o
coração e do coração sai em direção às células com elevada velocidade 
mais eficaz

Por que motivo a circulação completa é mais


eficaz do que a circulação incompleta?
• Na circulação incompleta há mistura parcial de sangue arterial com sangue
venoso  células recebem um sangue arterial menos oxigenado  menos
eficaz.
• Na circulação completa não há mistura de sangue arterial com sangue venoso
 células recebem um sangue arterial mais oxigenado  mais eficaz.
ORGANISMO TIPO DE ESTRUTURA DO CORAÇÃO TIPO DE PARTICULARIDADES
SISTEMA DE CIRCULAÇÃO
TRANSPORTE
HIDRA/ SEM ________ ________ Movimento de substâncias célula e célula e entre as células e o meio externo
PLANÁRIA SISTEMA DE ocorre por difusão, osmose e transporte ativo
TRANSPORTE
________ Há mistura de sangue com linfa  hemolinfa. A hemolinfa só transporta nutrientes
Coração tubular e com e não é responsável pelo transporte de gases respiratórios, pois a difusão é direta;
INSETOS ABERTO posição dorsal O vaso dorsal tem propriedades contrácteis e quando contrai impulsiona o fluido
para os vasos sanguíneos;
O regresso do fluido circulante ao coração faz-se quando o vaso dorsal relaxa e
através de orifícios – ostíolos.
A hemolinfa circula no coração e vasos, mas também circula em lacunas.
Vasos contrácteis ________ Existem dois vasos que transportam o fluido circulante a todas as partes do corpo –
localizados na zona vaso dorsal e vaso ventral – ligados por vasos laterais.
MINHOCA anterior do organismo –
coração laterais/arcos
aórticos
PEIXES Uma aurícula e um Simples No coração circula apenas sangue venoso – sangue vindo de todo o corpo e que se
ventrículo dirige para as brânquias;
O sangue, no seu trajeto pelo corpo, passa uma única vez no coração;
FECHADO O sangue arterial flui a baixa velocidade e pressão das brânquias para todas as partes
do corpo  pouco eficaz.
ANFÍBIOS Duas aurículas e um Dupla e Existe mistura parcial de sangue venoso e arterial ao nível do ventrículo;
ventrículo incompleta O sangue arterial que entra no coração apresenta uma pressão parcial de oxigénio
superior à do sangue arterial que sai do coração.
As duas aurículas não contraem simultaneamente, evitando a mistura total de
sangue.
RÉPTEIS Duas aurículas e um Dupla e O ventrículo com septo incompleto;
ventrículo incompleta Exceção: só nos crocodilos é que o septo é completo impedindo a mistura de sangue
venoso e arterial ao nível do coração.
AVES/ Duas aurículas e dois Dupla e Não existe mistura de sangue venoso e arterial ao nível do coração
MAMÍFEROS ventrículos completa A taxa metabólica destes animais é superior à dos peixes, anfíbios e répteis.
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Circulação sanguínea dupla
Circulação sistémica
Ventrículo Artéria Veias Aurícula
Células
esquerdo aorta cavas direita

Circulação pulmonar
Ventrículo Artéria Veias Aurícula
Pulmões
direito pulmonar pulmonares esquerda

Ciclo cardíaco
Diástole – Relaxamento do coração  sangue entra nas aurículas vindo das veias.
Sístole auricular – contração das aurículas  sangue passa das aurículas para os
ventrículos
Sístole ventricular – contração das ventrículos  sangue passa das ventrículos
para as artérias. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Velocidade e pressão sanguínea

Nos capilares, a
velocidade e
Pressão pressão
sanguínea sanguíneas são
Artérias Arteríolas Capilares Vénulas Veias
baixas  permite
trocas eficazes de
nutrientes e evita a
rutura dos finos
capilares
Magnitude

Velocidade
sanguínea

Área de
secção
Fluxo sanguíneo dos vasos
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Formação da linfa a partir do sangue

O2

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Ao nível dos capilares, junto às células, forma-se a linfa:
• Na parte arterial, sai do capilar algum plasma (com nutrientes e
oxigénio) e glóbulos brancos (por diapedese), formando a linfa
intersticial.
• A linfa intersticial banha diretamente as células, dando-lhes
nutrientes e oxigénio. Nas células ocorre metabolismo celular
(exemplo: respiração aeróbia), produzindo-se dióxido de carbono
e resíduos.
• O dióxido de carbono e resíduos são libertados para a linfa
intersticial.
• Uma parte desta linfa intersticial com dióxido de carbono e
resíduos vai para o capilar sanguíneo, tornando-o venoso; outra
parte vai para capilares linfáticos, originando a linfa circulante.
• A linfa circulante é drenada até às veias cavas.
Metabolismo celular
Metabolismo celular - conjunto de Anabolismo – reações de síntese de moléculas
reações que ocorrem nas células. As mais complexas a partir de moléculas mais simples
reações metabólicas são catalisadas/ implicando consumo de energia. Exemplo:
aceleradas por enzimas. Fotossíntese, Quimiossíntese, Síntese proteica a
partir de aminoácidos.

Catabolismo – reações de hidrólise em que


compostos químicos complexos são degradados
em moléculas mais simples com libertação de
Ana constrói, Catarina destrói energia.
Anabólica síntese, Catabólica hidrólise Exemplo: Oxidação da glicose na respiração
celular/aeróbia e na fermentação.
Metabolismo celular
Anabolismo: as moléculas mais simples são convertidas em moléculas mais complexas.
Este processo necessita de energia.

Energia
Catabolismo: as moléculas mais complexas são transformadas em moléculas mais simples.
Este processo liberta energia.

Energia
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Reações catabólicas (fermentação e respiração) com degradação/
oxidação da glicose Glicose
oxida
(oferece
eletrões)

Ciclo
de
Krebs

Cadeia transportadora de eletrões

O aceitador final de eletrões é é uma O aceitador final


molécula inorgânica : de eletrões O aceitador final de eletrões
é outra molécula inorgânica é uma molécula orgânica (ácido pirúvico)
(NO3-; SO42-; CO2)

Respiração Respiração
Fermentação
aeróbia anaeróbia

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Prof. Carla Cruz Processos anaeróbios (ocorrem na ausência de O2)
Seres aeróbios e seres anaeróbios obrigatórios e
facultativos

Seres aeróbios - seres que recorrem à respiração aeróbia como


modo de obtenção de energia. Ex.: animais e plantas.
Seres anaeróbios obrigatórios – seres que só podem recorrer à
respiração anaeróbia como único modo de obtenção de energia.
Ex: algumas bactérias e protozoários.
Seres anaeróbios facultativos – seres que produzem energia por
respiração aeróbia, caso o oxigénio esteja presente, mas na
ausência de oxigénio realizam fermentação. Ex: leveduras.
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Prof. Carla Cruz
Respiração
aeróbia e
fermentação
Membrana externa
Membrana interna

Matriz
mitocondrial
Cristas

Mitocôndria – organelo onde


ocorre a respiração aeróbia, em seres
eucariontes

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Local das etapas da Respiração Celular/aeróbia
num eucarionte e num procarionte
Numa célula eucariótica Etapa da respiração aeróbia Numa célula procariótica /
bactéria
Citoplasma/hialoplasma Glicólise Citoplasma/hialoplasma
Matriz mitocondrial Formação de Acetil-CoA Citoplasma/hialoplasma
Matriz mitocondrial Ciclos de Krebs Citoplasma/hialoplasma
Cristas mitocondriais Cadeia Respiratória/ Membranas internas
Fosforilação Oxidativa

Glicose Glicólise

Ácido pirúvico

Cadeia
transportadora
de electrões

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Balanço energético da respiração aeróbia e da fermentação
Glicólise
Glicose
• A respiração aeróbia é um
processo muito energético,
2 Piruvato
traduzido numa produção de
Hialoplasma
36 ou 38 moléculas de ATP,
por molécula de glicose
2 Acetil CoA
totalmente oxidada /
degradada. Produtos finais
Ciclo de
Krebs (H2O e CO2) pouco
energéticos.
Cadeia
respiratória
• A fermentação é um
processo pouco energético,
traduzido numa produção de
2 moléculas de ATP, por
Mitocôndria molécula de glicose
parcialmente oxidada /
degradada. Produtos finais
(etanol e ácido lático) muito
Escola Básica e Secundária de D. Dinis energéticos.
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Respiração celular e fermentação lática nos músculos

As células dos músculos, em complementaridade com a


respiração aeróbia, são capazes de recorrer à fermentação
lática numa situação de exercício físico intenso em que não
recebem oxigénio suficiente.
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Fosforilação oxidativa
• Ocorre em cadeias transportadoras de eletrões:

# na fase fotoquímica da fotossíntese # na cadeia respiratória da respiração


aeróbia

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Trocas gasosas nos animais
O movimento de gases respiratórios ao nível das superfícies
respiratórias ou a nível celular, ocorre sempre por difusão e esta
pode processar-se de duas formas:
Difusão direta
Se a superfície respiratória está em contacto com as células
(não há intervenção de um fluido circulatório).

Difusão indireta
Há um fluido especializado no transporte de gases
respiratórios de e para as células.

Trocas gasosas que ocorrem entre as


superfícies respiratórias e os fluidos circulantes.

Hematose
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Prof. Carla Cruz
ORGANISMO SUPERFÍCIE TIPO DE PARTICULARIDADES
RESPIRATÓRIA DIFUSÃO
HIDRA/PLANÁRIA SUPERFÍCIE DIRETA O movimento dos gases respiratórios faz-se por difusão, entre as células e o meio externo.
CORPORAL Captam diretamente da água o O2 e libertam o CO2
INSETOS TRAQUEIAS Apesar de existir sistema circulatório, como este é pouco eficiente, o movimento dos gases
(invaginações) DIRETA respiratórios faz-se desde o exterior até às células e no sentido contrário, através de traqueias. Os
gases entram por espiráculos (orifícios) existentes lateralmente na superfície corporal dos insetos.
As traqueias encontram-.se dispostas ao longo do corpo e ramificam-se em vasos de menores
dimensões – traquíolas.
MINHOCA TEGUMENTO A superfície corporal é mantida permanentemente húmida à custa da produção de muco por
glândulas especializadas. Tem hematose cutânea
PEIXES BRÂNQUIAS Mecanismo de contracorrente  o sangue circula nos capilares num sentido e a água circula fora
(evaginações) dos capilares em sentido contrário  mantém o gradiente de oxigénio entre o sangue e a água
INDIRETA
(assegura que o sangue encontre água com maior pressão parcial de oxigénio  desta forma, o
(Há um fluido
oxigénio passa sempre da água para o sangue  maior oxigenação do sangue. Tem hematose
especializado
branquial
no transporte
ANFÍBIOS TEGUMENTO E As principais superfícies respiratórias são os pulmões e em momentos de maior atividade
de gases
PULMÕES metabólica aumentam as trocas através da pele/tegumento (porque os pulmões são pouco
respiratórios
(invaginações) desenvolvidos). Tem hematose cutânea e pulmonar
de e para as
RÉPTEIS PULMÕES células) Tem hematose pulmonar
(invaginações)
AVES/MAMÍFEROS PULMÕES Apenas os mamíferos têm ao nível dos pulmões alvéolos – estruturas que asseguram uma elevada
(invaginações) área de trocas. Tem hematose pulmonar
Nas aves há mecanismo de contracorrente (o ar circula no sentido contrário ao do sangue)

Seres com sistema circulatório fechado têm difusão


Características das superfícies respiratórias:
indireta de gases!
Húmidas;
Pouca espessura; Geralmente, seres sem sistema circulatório (hidra e
Elevada área de contacto entre o meio interno e o meio externo; planária) ou com sistema circulatório aberto
Muito vascularizada/irrigada (apenas nos seres com difusão indireta) (insetos) têm difusão direta de gases!
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O2
O2 O2

Opérculo Brânquias/guelras

A hematose branquial nos peixes dá-se pelo MECANISMO DE


CONTRACORRENTE  Observa-se a circulação contrária entre o
sangue e a água.

• Mantém-se entre o sangue e a água um gradiente de pressão parcial de O2.


• Devido à diferente pressão de O2 entre a água e o sangue, o O2 vai passando,
por difusão, da água para o sangue.
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Prof. Carla Cruz
Replicação semiconservativa do DNA:
DNA  DNA
• A enzima DNA helicase desenrola a hélice da
molécula de DNA e quebra as pontes de
hidrogénio existentes entre as bases
complementares.
• A enzima DNA polimerase liga nucleótidos do
meio, por complementaridade de bases, aos
nucleótidos da cadeia-mãe.

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A DNA polimerase sintetiza DNA
complementar da cadeia original

A DNA helicase desenrola a


dupla hélice do DNA

5` 3`

3` 5` DNA original

A DNA polimerase sintetiza DNA


complementar da cadeia original
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Evidência da replicação semiconservativa

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Exercício:
1. Bactérias cultivadas durante várias gerações num meio de cultura contendo o
isótopo do nitrogénio 15N foram transferidas para um meio contendo o isótopo
14N. Ao fim de duas gerações neste meio, o DNA bacteriano será constituído por
(A) 25% de moléculas de DNA híbridas.
(B) 50% de moléculas só com o isótopo 14N.
(C) 100% de moléculas só com o isótopo 14N.
(D) 75% de moléculas de DNA híbridas.

2. Bactérias cultivadas durante várias gerações num meio de cultura contendo o


isótopo do nitrogénio 15N foram transferidas para um meio contendo o isótopo
14N. Ao fim de duas gerações neste meio, o DNA bacteriano será constituído por
(A) 25% de cadeias de 15N.
(B) 50% de cadeias de 14N.
(C) 100% de cadeias de 14N.
(D) 75% de cadeias de 15N.

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Síntese proteica
• O DNA tem vários genes.
Cada gene tem informação para a síntese de uma proteína.
• Célula procariótica  DNA com genes apenas com exões (porções
com informação)
• Célula eucariótica  No DNA, cada gene tem exões e intrões
(porções sem informação)

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Síntese proteica: transcrição
DNA  RNA

•A enzima RNA polimerase liga-


se à cadeia 3´5´ do DNA
desenrolando a hélice e
quebrando as pontes de
hidrogénio.
•A RNA polimerase inicia a síntese
do mRNA ou pré-mRNA de 5´3´, •A transcrição termina •A cadeia de mRNA ou
por complementaridade de bases, quando a RNApolimerase de pré-mRNA formada
a partir dos nucleótidos livres encontra o tripleto de desprende-se e a cadeia
existentes no meio (citoplasma ou finalização. de DNA volta a
núcleo). emparelhar-se.
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Prof. Carla Cruz
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Síntese proteica: processamento ou
maturação (apenas em células eucarióticas)
Processamento - O pré-mRNA sofre DNA

um processo de maturação em que os


intrões (sequências de nucleótidos sem
Pré-mRNA
significado na síntese proteica)
transcritos são removidos e os exões Processamento intrão
(sequências de nucleótidos que
especificam aminoácidos) são ligados exão
entre si  mRNA maturado/funcional mRNA

Núcleo

Migração do mRNA - O mRNA


funcional abandona o núcleo em
direção ao citoplasma. Citoplasma

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Cadeia de DNA 5´

Transcrição codogene codogene codogene codogene

Cadeia de mRNA

codão codão codão codão
Tradução

Péptido/proteína

a.a. a.a. a.a. a.a.

3 nucleótidos consecutivos de DNA constituem um tripleto (codogene), que


representa a unidade necessária à codificação de um a.a.

Cada grupo de 3 nucleótidos do RNA mensageiro que codifica um determinado


a.a. tem o nome de Codão. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Síntese proteica:
tradução Código genético
RNA  proteína Tabela de conversão de
codões (tripletos de
mRNA) em aminoácidos

Redundante /
Universal Não é ambíguo
degenerado

Regra geral, um codão


O mesmo aminoácido
corresponde ao
pode ser codificado Um codão só codifica
mesmo aminoácido
por mais do que um um aminoácido
em todos os seres
codão
vivos
Codão de iniciação: AUG (codifica Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Codões de finalização: UGA, UAG, UAA
o a.a. metionina
Informação genética VS código genético
• Diferentes seres têm diferente informação
genética.
• Diferentes seres têm igual código genético 
universalidade do código genético

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Tradução
Para a tradução é necessário:
• Ribossoma  com subunidade menor e subunidade maior;
• mRNA  contém a ordem dos codões a converter em a.a.
• tRNA  transporta 1 a.a. e tem um anticodão (tripleto de
nucleótidos complementar do codão);
• Aminoácidos
Etapas da tradução

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Tradução – 1ª Etapa - Iniciação

•A subunidade menor do ribossoma liga-se à extremidade 5’ do


mRNA.

• A subunidade menor do ribossoma desliza ao longo da


molécula de mRNA até encontrar o codão de iniciação – AUG.

• O tRNA transporta o a.a. metionina e liga-se pelo anticodão,


por complementaridade, ao codão de iniciação.

•A subunidade maior liga-se à subunidade menor do


ribossoma.
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Tradução – 2ª Etapa - Alongamento

•O ribossoma avança 3 bases ao longo do mRNA no sentido


5’ 3’.

•Um segmento de tRNA transporta um a.a. específico, ligando-


se ao codão.

•Estabelece-se uma ligação peptídica entre o a.a. recém-


chegado e a metionina.
•O ribossoma avança 3 bases ao longo do mRNA no sentido
5’ 3’.
•O processo repete-se ao longo da molécula de mRNA.
•Os tRNA, que se tinham ligado inicialmente, vão-se
desprendendo sucessivamente.
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Tradução – 3ª Etapa - Finalização

•O ribossoma encontra um codão de finalização (UGA,


UAG ou UAA). Como a estes codões não corresponde
nenhum tRNA, o alongamento termina.

•O último tRNA abandona o ribossoma.

•O péptido é libertado.

•As subunidades do ribossoma separam-se, podendo ser


recicladas.

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Exercício
Considera um péptido com 61 aminoácidos.

• Qual o nº ligações peptídicas desse péptido? 60


• Qual o nº de codões necessários para sintetizar esse
péptido? 62 codões (61 para os 61 a.a. + 1 codão de
finalização)
• Qual o nº de nucleótidos do mRNA necessários para
a síntese desse péptido? 186 (62 codõesx3
nucleótidos que há por codão)
• Qual o nº de tRNA’s / anticodões necessários para a
síntese desse péptido? 61
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Prof. Carla Cruz
Características da síntese proteica
• Complexidade – intervenção de vários agentes
• Rapidez – proteínas complexas produzidas em apenas alguns
minutos.
• Amplificação – transcrição repetida da mesma zona do DNA e
tradução repetida do mesmo mRNA, por vários ribossomas em
simultâneo (polissoma ou polirribossoma).

Polissoma ou
polirribossoma

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Mutações
(alterações
permanentes do
DNA)

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Génicas / Genéticas

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- alteração ao nível dos nucleótidos de um gene (substituição ou
remoção ou adição de pelo menos 1 nucleótido)
- Ocorre, principalmente, quando há erros na replicação do DNA

Induzidas
Espontâneas
(por agentes mutagénicos físicos – raios X, UV, gama – e
químicos – corantes alimentares, componentes do fumo
do tabaco

Como o código genético é redundante, a alteração de uma base pode codificar o mesmo
aminoácido; a proteína terá a mesma estrutura e função – mutação silenciosa.
Efeitos biológicos de erros decorrentes
na:
• Replicação – São transmissíveis aquando da
divisão celular, podendo afetar um grande
número de células; afetam de forma
permanente a proteína produzida.
• Transcrição e tradução – compromete apenas
uma proteína de uma determinada célula,
afetando temporariamente a biossíntese
celular.

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Mutações

Somáticas Germinais
- ocorrem ao nível das células - ocorrem ao nível das células sexuais
somáticas/não sexuais (células musculares, (gâmetas);
nervosas, etc.); - podem ser transmitidas à geração
- não se transmitem à descendência. seguinte.

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Cromossomas de procariontes e
eucariontes
• Procarionte: só • Eucarionte: possui
possui DNA DNA associado a
histonas (proteínas)

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Estrutura dos cromossomas
Não duplicado Duplicado
• Quando a célula não está em
divisão cada cromossoma é
constituído apenas por uma
molécula de DNA, isto é um
cromatídeo;
• Quando a célula entra em divisão
Centrómero
em cada cromossoma a molécula
Centrómero
de DNA duplicada, e o
cromossoma passa a ser formado
por dois cromatídeos, ligados por
uma estrutura sólida e resistente
chamada de centrómero.

Cromatídeos irmãos iguais


cromatídeo

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Cromossomas homólogos

Células haplóides e diplóides

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Ploidia e variabilidade
• Ser diplonte  tem células diplóides (2n) 
células com cromossomas homólogos 
maior variabilidade genética  maior
capacidade de adaptação/evolução

• Ser haplonte  tem células haplóides (n) 


células sem cromossomas homólogos 
menor variabilidade genética  menor
capacidade de adaptação/evolução
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Ciclo celular Mitose

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(1 célula origina 2 células
geneticamente iguais)

(Divisão do núcleo) (Divisão do citoplasma)

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Próximo da Meta Ana Telefona Prof. Carla Cruz
Interfase antecede a mitose e a meiose
• G1 – Biossíntese (formação de compostos orgânicos),
formação de organelos  crescimento celular; cada
cromossoma tem 1 cromatídeo/1 molécula de DNA.

• S – duplicação do DNA (por replicação semiconservativa)


e dos centríolos das células animais; cada
cromossoma tem 2 cromatídeos/2 moléculas de DNA.

• G2 – Biossíntese (formação de compostos orgânicos)


 crescimento celular; cada cromossoma tem 2
cromatídeos/2 moléculas de DNA.
DNA descondensado durante a interfase Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Mitose e citocinese
1º - Prófase
- Condensação/enrolamento/espiralização 2º - Metáfase
da cromatina  cromossomas ficam - Os cromossomas atingem o máximo de
curtos e grossos, visíveis ao MOC; encurtamento/condensação;
- Os centríolos começam a migrar para - O fuso acromático completa o seu
pólos opostos  formação do fuso desenvolvimento e os microtúbulos
acromático ou fuso mitótico; proteicos ligam-se ao centrómero dos
- desorganização da membrana/invólucro cromossomas;
nuclear e os nucléolos desaparecem. - Os cromossomas dispõem-se no plano
- Cada cromossoma tem 2 cromatídeos. equatorial com os centrómeros nesse
plano  placa equatorial.
- Cada cromossoma tem 2 cromatídeos.
3º - Anáfase
- Clivagem/cisão/corte dos centrómeros, separando-se
os cromatídeos de cada cromossoma;
- encurtamento dos microtúbulos proteicos levando à
ascensão dos cromatídeos-irmãos para os pólos da
célula.
- Cada cromossoma tem 1 cromatídeo.
4º - telofáse
- O invólucro nuclear reorganiza-se à
volta de cada grupo de cromossomas;
- Reaparecimento dos nucléolos;
- Dissolução do fuso acromático;
- Os cromossomas descondensam-se e
a célula fica com 2 núcleos .
- Cada cromossoma tem 1 cromatídeo.

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Controlo do ciclo celular
O DNA controla todas as atividades celulares, incluindo a divisão
celular

Apoptose = morte celular


programada; depende da ativação
de genes Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Cancro/tumor resulta de mutações
Gene que controla a Gene que controla o
apoptose ciclo celular

Mutação Mutação

Proteína mutante de Proteína mutante de


controlo da apoptose controlo do ciclo celular

Perda do controlo do
Pode não ocorrer ciclo celular
apoptose

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TUMOR
Diferenciação celular

Após a fecundação forma-se um ovo ou zigoto, que é uma célula totipotente, isto é, uma célula com
capacidade para originar todas as outras células.
O ovo/zigoto sofre mitoses sucessivas e origina um agregado de células todas iguais, ou seja,
células indiferenciadas  células pluripotentes
Das células indiferenciadas / estaminais que existem no indivíduo:
-umas são células multipotentes, isto é, células indiferenciadas que se podem diferenciar em diferentes
tipos de células de um mesmo tecido. Ex: na medula óssea há células estaminais que se podem
diferenciar em hemácias, leucócitos e plaquetas.
-outras são células unipotentes, isto é, células indiferenciadas que se podem diferenciar num único tipo
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de células. Ex:nos testículos há células estaminais que
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Carla diferenciam apenas em espermatozóides.
Diferenciação celular resulta da diferente
expressão de genes/genes ativos
• O gene X está ativo  está a ocorrer síntese de
uma proteína cuja informação está nesse gene X.

• Células diferentes têm diferentes genes a serem


expressos/ diferentes genes a serem transcritos
(diferentes genes ativos)  formam diferentes
proteínas  diferenciação celular a partir de
células indiferenciadas
- Células diferenciadas têm alguns genes ativos (expressam
apenas alguns genes).
- Células totipotentes podem ativar todos os genes.
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Clonagem de vegetais

Clonagem de animais

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Reprodução assexuada e sexuada

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Processos Principais características Exemplos
Tipos de Bipartição Seres vivos
Um indivíduo divide-se em dois com dimensões
unicelulares e em
reprodução semelhantes.
invertebrados
assexuada O progenitor perde a identidade. como as anémonas

Gemulação Surgem no progenitor expansões / saliências / Leveduras, corais,


protuberâncias (gomos ou gemas), que crescem e se hidra de água doce
destacam. Cada gomo origina um novo indivíduo 
progenitor mantém-se.
Esporulação Formação de células reprodutoras – esporos – que, ao Bolor do pão e da
fruta
germinarem (mitoses e diferenciação), originam novos
indivíduos.
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Partenogénese Processo através do qual o óvulo se desenvolve, por


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mitoses e diferenciação, originando um novo ser, sem ter Abelhas


havido fecundação. Os seres resultantes da
partenogénese são haplóides ou diplóides, podendo ser
machos (abelhas), fêmeas ou de ambos os sexos.
Fragmentação Divisão do corpo do progenitor em fragmentos e cada um
Estrela-do-mar
deles regenera as partes em falta, dando origem a um
novo ser.
Multiplicação Semelhante à fragmentação; uma parte da planta, como
vegetativa Plantas
uma porção de caule, folha, ou raiz, pode dar origem à
planta completa.
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Reprodução assexuada por
divisão múltipla ou esquizogonia
• Núcleo sobre várias mitoses (sem citocinese)
 posteriormente o citoplasma divide-se
originando várias células

mitose mitose mitose citocinese

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Meiose

Divisão I
Reducional
Separa
cromossomas
homólogos
Divisão II
Equacional
Separa
cromatídeos
irmãos

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citocinese

2n 2n
n

Máximo de condensação
dos cromossomas

2 células
1 par de cromossomas haplóides
homólogos = 1 bivalente ou
Escola Básica e Secundária de D. Dinis  díada
díada cromossómica ou celular
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tétrada cromatídica
I
n n n n n n n

n n n n n n n

4 células
haplóides 
tétrada celular

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Divisão I  Separação de cromossomas homólogos

Divisão II  Separação de cromatídeos irmãos


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Fenómenos que contribuem para a variabilidade
genética das espécies na reprodução sexuada
Reprodução
sexuada

Meiose Fecundação

Colocação aleatória
dos cromossomas União aleatória
homólogos no plano dos gâmetas
equatorial(metafase I)
e separação aleatória
dos cromossomas
homólogos(anafase I)

Crossing-over
(profase I) Escola Básica e Secundária de D. Dinis
Prof. Carla Cruz
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Prof. Carla Cruz
Mutações
Cromossómicas

Estruturais Numéricas
(alteração no nº de
cromossomas)

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Mutações cromossómicas numéricas
Resultam de erros na anáfase I ou na anáfase II:
Erro na anafase I
Erro na anafase II

Pelo menos um dos pares de


cromossomas homólogos não é
Um dos cromossomas não é clivado/ num
separado  afeta todos os
cromossoma não há separação dos
gâmetas/esporos
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cromatídeos  poderá afetar apenas 2 dos
Prof. Carla Cruz quatro gâmetas/esporos
REPRODUÇÃO SEXUADA

FECUNDAÇÃO
(união dos gâmetas
feminino e masculino)

Nos animais os gâmetas Nas plantas os gâmetas


são produzidos em são produzidos em
Gónadas Gametângios

Ovários Testículos Arquegónios Anterídios


(gónadas (gónadas (gametângios (gametângios
femininas) masculinas) femininos) masculinos)

produzem produzem produzem produzem


oócitos espermatozóides oosferas anterozóides

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NOS ANIMAIS

Hermafroditas
Unissexuados
(têm os 2 orgãos sexuais)
(só possui 1 orgão sexual)

Insuficiente Suficiente
Fecundação Fecundação
externa interna
Fecundação cruzada Auto-fecundação
(em meio húmido) (menor variabilidade genética)
(maior variabilidade genética)

Fecundação
interna
Fecundação Fecundação
externa interna

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NAS PLANTAS

Unissexuadas Hermafroditas
(plantas dióicas) (plantas monóicas)

NAS PLANTAS com flor


Antera
Filete

produzem grãos de pólen

Estigma

Estilete

Ovário

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Prof. Carla Cruz produzem óvulos
NAS PLANTAS com flor

para que ocorra reprodução é necessária a

POLINIZAÇÃO
transporte de grãos de pólen
para os carpelos

Polinização direta Polinização cruzada


(menor variabilidade genética) (maior variabilidade genética)

Agentes de polinização
Ciclos de vida de reprodução sexuada
Ciclo de vida - Sequência de
acontecimentos que se
verificam na vida de um ser
vivo, desde que se forma até
que produz descendência.

Apresenta dois fenómenos Zigoto


complementares,
meiose fecundação
fecundação e meiose.

Difere de acordo com o


momento de ocorrência da
Oócito
meiose.
Espermatozóide

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Prof. Carla Cruz
Em todos os ciclos de vida há
alternância de fases nucleares – Fase diplóide ou diplofase
uma fase haplóide (entidades com
núcleo haplóide) alterna com uma
fase diplóide (entidades com núcleo
diplóide), devido à meiose e à
fecundação:

• Por fecundação, células haplóides Zigoto


(gâmetas) transformam-se em
meiose fecundação
células diplóides (ovo/zigoto)
n  2n
haplofase diplofase

Oócito
• Por meiose, células diplóides
transformam-se em células Espermatozóide

haplóides Fase haplóide ou haplofase


2n  n
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diplofase haplofase Prof. Carla Cruz
Ciclo de vida haplonte
n
(algumas algas, alguns fungos…)
n
- Indivíduo adulto é haplonte
n n
- Haplofase mais desenvolvida
2n  apenas o zigoto possui 2n

n - Meiose pós-zigótica  pode


Haplofase Diplofase originar esporos

Meiose pós-zigótica

Há alternância de fases nucleares, devido à:


• meiose: 2n (diplófase)  n (haplófase)
• fecundação: n (haplófase)  2n (diplófase)
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Prof. Carla Cruz
Ciclo haplonte, em que a meiose pós-zigótica originou esporos

zigotos

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Prof. Carla Cruz
Ciclo de vida diplonte
(animais, algumas algas…)
2n

- Indivíduo adulto é diplonte


Meiose pré-gamética

2n - Diplofase mais desenvolvida


 apenas os gâmetas
Meiose pré-gamética possuem n
Haplofase
- Meiose pré-gamética
Fecundação
2n
2n
Diplofase

Há alternância de fases nucleares, devido à:


• meiose: 2n (diplófase)  n (haplófase)
• fecundação: n (haplófase)  2n (diplófase) Escola Básica e Secundária de D. Dinis
Prof. Carla Cruz
Ciclo de vida haplodiplonte
(plantas, algumas algas, alguns fungos…)

- Há 1 indivíduo haplonte
(gametófito) e 1 indivíduo
diplonte (esporófito)

- Haplofase e diplofase com


igual desenvolvimento

- Meiose pré-espórica

 Há alternância de
gerações:
• Geração esporófita:
estruturas com 2n
• Geração gametófita:
estruturas com n

 Gâmetas obtêm-se Há alternância de fases nucleares, devido à:


por mitose • meiose: 2n (diplófase)  n (haplófase)
• fecundação: n (haplófase)  2n (diplófase)
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Prof. Carla Cruz
Esporos em reprodução assexuada e
em reprodução sexuada
Células do esporângio Células do esporângio Zigoto

Meiose Meiose
Mitose pré-espórica Pós-zigótica

Esporos Esporos Esporos


geneticamente geneticamente geneticamente
iguais diferentes diferentes

Reprodução
assexuada Reprodução Reprodução
(esporulação) sexuada sexuada
(ciclo (ciclo
haplodiplonte) haplonte)

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ESQUEMAS / CICLOS

Ciclo haplonte Ciclo diplonte Ciclo haplodiplonte


TIPO DE MEIOSE Meiose pós-zigótica Meiose pré-gamética Meiose pré-espórica
PLOIDIA DO INDIVÍDUO Normalmente, o adulto é diplonte
ADULTO Haplonte Diplonte (esporófito) diplófase ligeiramente mais
desenvolvida. Ex: feto/polipódio.
O adulto pode ser haplonte (gametófito)
haplófase ligeiramente mais desenvolvida.
ex: musgo
ESTRUTURAS HAPLÓIDES
(n) Gâmetas, indivíduo adulto Gâmetas Esporos, gametófito, gametângios, gâmetas
ESTRUTURAS DIPLÓIDES
(2n) Ovo / zigoto Ovo/zigoto, embrião, indivíduo Ovo/zigoto, esporófito, esporângio, célula-
adulto mãe dos esporos
ALTERNÂNCIA DE FASES Sim Sim Sim
NUCLEARES Haplófase mais desenvolvida Diplófase mais desenvolvida Haplófase e diplófase bem desenvolvidas,
podendo uma delas ser ligeiramente mais
desenvolvida
ALTERNÂNCIA DE Não Não Sim
GERAÇÕES A geração esporófita (2n) alterna com a
geração gametófita (n)
EXEMPLOS Algumas algas e alguns fungos Maioria dos animais, algumas Maioria das plantas, algumas algas, alguns
Escola Básica
algas e Secundária de D. Dinis fungos
Prof. Carla Cruz
Seres com reprodução sexuada e
assexuada
• Têm reprodução sexuada quando a época é
desfavorável  maior variabilidade genética
 maior capacidade de sobrevivência

• Têm reprodução assexuada quando a época é


favorável  permite obter mais seres em
pouco tempo e gasta menos energia
coloniza um meio rapidamente

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Prof. Carla Cruz
Como evoluíram os seres vivos?
Seres unicelulares procariontes
Adquiriram: Hipótese autogénica
• Núcleo Hipótese endossimbiótica
• Organelos membranares

Seres unicelulares eucariontes


Agregados coloniais
Especialização/diferenciação celular
Células com diferente estrutura
Células com diferente função dependentes entre si

Seres multicelulares eucariontes

Escola Básica e Secundária de D. Dinis


Prof. Carla Cruz
Evolução procarionte  eucarionte
Hipótese autogénica
 Inicialmente, em algumas células procarióticas
ocorreram invaginações da membrana plasmática.
 Algumas dessas invaginações armazenaram o DNA,
formando um núcleo.
 Outras membranas evoluíram no sentido de produzir
organelos semelhantes ao retículo endoplasmático.
 Posteriormente, algumas porções do material
genético (DNA) abandonaram o núcleo e evoluíram
sozinhas no interior de estruturas membranares
(vesículas). Desta forma, formaram-se organelos
como as mitocôndrias e os cloroplastos.

Modelo Autogénico foi rejeitado porque pressupõe que


o material genético do núcleo, das mitocôndrias e dos
cloroplastos seja igual…. …o que não é verdade!
Mitocôndrias e cloroplastos têm DNA circular e o DNA
do núcleo é linear.
Escola Básica e Secundária de D. Dinis
Prof. Carla Cruz
Hipótese endossimbiótica
 Algumas células procarióticas de maiores
dimensões incorporaram procariontes de
menores dimensões, os quais não sofreram
digestão, estabelecendo assim uma relação de
simbiose e tornando-se dependentes uns dos
outros.
- Procariontes aeróbios conseguiram viver no
interior da célula procariótica de maiores
dimensões, estabelecendo-se relações de simbiose
(não sendo digeridos), dando origem a
mitocôndrias.
- Procariontes fotossintéticos conseguiram viver no
interior da célula procariótica de maiores
dimensões, estabelecendo-se relações de simbiose
(não sendo digeridos), dando origem a
cloroplastos.
Escola Básica e Secundária de D. Dinis
Prof. Carla Cruz
Hipótese endossimbiótica
Este modelo, não explica o aparecimento do
núcleo o que leva os cientistas a irem ao
encontro do modelo autogénico para explicar
este acontecimento.

Este modelo explica assim a aparecimento de


mitocôndrias e cloroplastos a partir de
bactérias, pelo que terão que existir
semelhanças entre as bactérias, cloroplastos e
mitocôndrias

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Prof. Carla Cruz
Argumentos a favor da hipótese endossimbiótica
• atualmente, continuam a verificar-se alguns casos de simbiose entre
bactérias (procariontes) e protozoários (eucariontes), entre outros
• as mitocôndrias e os cloroplastos têm dimensões e forma muito
semelhantes às de alguns procariontes atuais
• as mitocôndrias e os cloroplastos produzem as suas próprias
membranas internas e replicam-se por um processo semelhante à
fissão binária, que ocorre nas bactérias
• as mitocôndrias e os cloroplastos têm o seu próprio material
genético, apresentando uma molécula de DNA circular, sem
histonas (semelhante ao DNA da maioria dos procariontes atuais e
muito diferente do DNA nuclear)
• os ribossomas dos cloroplastos e mitocôndrias são mais semelhantes
aos ribossomas dos procariontes do que aos ribossomas das células
eucarióticas
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Prof. Carla Cruz
DNA mitocondrial e dos cloroplastos
• DNA mitocondrial e dos cloroplastos teve
origem em DNA bacteriano  DNA
mitocondrial e dos cloroplastos = DNA de
procariontes

sem intrões

sem processamento
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Prof. Carla Cruz
Síntese proteica a partir de DNA nuclear e
mitocondrial ou de cloroplastos
DNA nuclear DNA mitocondrial ou de
(com exões e intrões) cloroplastos
(com exões)
transcrição transcrição

Pré-mRNA (com exões e intrões)


mRNA (com exões)
Processamento /
maturação

mRNA (com exões) tradução

tradução

Péptido/proteína Péptido/proteína

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Evolução Seres unicelulares independentes
unicelular 
multicelular
Colónias/agregados coloniais de seres unicelulares independentes

Especialização/diferenciação gradual de seres/células

Seres/células tornam-se diferentes estruturalmente

Especialização/diferenciação gradual de seres/células

Seres/células tornam-se diferentes estrutural e funcionalmente 


tornam-se dependentes funcionalmente entre si

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Ser multicelular Prof. Carla Cruz
Vantagens da multicelularidade
• Grande diversidade de formas com adaptação a
diferentes ambientes.
• Aumento do tamanho sem comprometer a eficácia
das trocas com o meio externo.
• Maior especialização com proporcional eficácia na
utilização de energia. Todas as células têm baixa taxa
metabólica mas, no conjunto, permitem que o
tecido/órgão/organismo tenha um elevado
metabolismo.
• Maior independência em relação ao meio ambiente
com manutenção das condições do meio interno.
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Prof. Carla Cruz
Fixismo vs evolucionismo
• Fixismo  as espécies são
imutáveis / não evoluem.

• Evolucionismo  as espécies são


mutáveis /evoluem
EX. Lamarckismo
Darwinismo
Neodarwinismo

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Unidade evolutiva: indivíduo
Meio  induz a mudança no indivíduo Lamarckismo
Modificações do ambiente / meio
originam

Novas necessidades adaptativas nos indivíduos (o ambiente cria a necessidade)

Novos comportamentos / esforços adaptativos

• Uso: desenvolvimento de órgãos


Lei do uso e desuso
• Desuso: atrofia de órgãos

Surgem novas características / características adquiridas

Lei da herança /
transmissão dos Transmissão de novas características aos descendentes
carateres adquiridos (ao longo das gerações)
Alteração da população
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Prof. Carla Cruz
Unidade evolutiva: população
Meio  seleciona os mais aptos Darwinismo
Variabilidade intraespecífica na população (indivíduos da mesma espécie e com diferentes
características)

Modificações do ambiente / meio

Luta pela sobrevivência

Não favorece os Seleção natural (o ambiente seleciona) Favorece os indivíduos


indivíduos com as com as características
Sobrevivência diferencial
características menos mais vantajosas /mais
vantajosas /menos aptos aptos

Reproduzem-se menos Reprodução diferencial Reproduzem-se mais

Eliminação / extinção Transmissão das características


dos indivíduos menos mais favoráveis à descendência
aptos (ao longo das gerações)
Escola Básica e Secundária de D. Dinis Alteração da população
Prof. Carla Cruz
Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução
(Darwinismo + Genética)
Variabilidade genética na população devido a mutações e recombinação genética (meiose e
fecundação)
Modificações do ambiente / meio

Luta pela sobrevivência

Não favorece os indivíduos Seleção natural (o ambiente seleciona) Favorece os indivíduos


portadores dos genes portadores dos genes
responsáveis pelas responsáveis pelas
características menos Sobrevivência diferencial características mais vantajosas
vantajosas

Reproduzem-se menos Reprodução diferencial Reproduzem-se mais

Menor transmissão de Maior transmissão dos genes


genes à descendência responsáveis pelas características
favoráveis à descendência
Nota: Se o ser se reproduzir apenas por (ao longo das gerações)
reprodução assexuada, a variabilidade
genética é devida apenas aEscola Básica e Secundária de D. Dinis
mutações.Prof. Carla Cruz Alteração do fundo genético da população
 A meiose e a fecundação originam variações
da mesma característica.

 Só as mutações originam novas características.

Fonte primária de variabilidade

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Prof. Carla Cruz
Argumentos a favor da evolução:
Anatomia comparada

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Prof. Carla Cruz
Orgãos homólogos, análogos e vestigiais
• Homólogos: estruturalmente idênticos; ancestral comum; sujeito a
pressões seletivas diferentes; evolução divergente  função
diferente ou igual

Baleia Gato Cavalo Ancestral comum

• Análogos: estruturalmente diferentes; ancestrais diferentes;


sujeitos a pressões seletivas iguais; evolução convergente  igual
função

Ancestrais diferentes

• Vestigiais: estruturas atrofiadas e sem significado fisiológico aparente em


certos seres vivos, mas que se encontram desenvolvidas e têm significado
funcional em outros organismos doemesmo
Escola Básica Secundária degrupo
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Argumentos a favor da evolução:
paleontológicos
• Formas intermédias ou sintéticas fósseis que apresentam
características que existem, na atualidade, em pelo menos
dois grupos de seres vivos.
• Fósseis de transição – permitem reconstruir gradualmente a
evolução das espécies; estão a meio na evolução de um grupo
para outro.

Tem características de ave e de


réptil
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Argumentos a favor da evolução:
bioquímicos
- Existem 3 processos que permitem fazer uma comparação bioquímica
entre seres (e consequentemente estabelecer uma relação
filogenética/de parentesco), sendo estes:
# Análise das proteínas: Maior semelhança das proteínas/aminoácidos
 maior grau filogénico (parentesco/proximidade evolutiva)
# Análise do DNA: maior emparelhamento de bases entre as cadeias de
DNA de diferentes espécies (DNA hibrido)  maior parentesco
Ser A Ser B Ser C

DNA’s híbridos
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Número de aminoácidos diferentes na hemoglobina, em relação ao humano Prof. Carla Cruz
Argumentos a favor da evolução:
embriológicos
• Ao comparar embriões de diferentes seres, quanto mais semelhantes eles forem mais
próximos serão, em termos evolutivos

Argumentos a favor da evolução:


citológicos
• Todos os seres vivos têm células  tiveram um ancestral comum
• Seres com células mais idênticas têm maior proximidade evolutiva.

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Sistemas de classificação dos seres vivos
Sistema de
classificação

Prático Racional
Baseado na utilidade para o Baseado em características dos
Homem seres vivos
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Horizontal Vertical
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Não tem em conta o fator tempo/a Tem em conta o fator tempo/a


evolução (fixista) evolução (evolucionista)

Artificial Natural / Fenéticas


Atende a poucas Filogenética
características dos Atende a muitas
seres características dos seres
Pré-Lineana Pós-Lineana
Pré-Darwiniana Pós-Darwiniana
Classificação filogenética/vertical 
árvores filogenéticas

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Como agrupar os seres vivos?
Atualmente a hierarquia taxonómica inclui 7 categorias taxonómicas, designadas
taxa (no singular: taxon).

Os principais taxa utilizados são: Reino

Reino Filo (animas) /Divisão (plantas)


Classe
Ordem
Filo (Divisão, em plantas) Família
Género
Classe Espécie

Ordem
Família
Género

Espécie

Lembra-te:
Rapazes Feios Com Olhos Feios Ganham Espinhas
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Rapazes Fabulosos Com Ordenados Fabulosos Ganham Esposas Prof. Carla Cruz
Cada categoria
Categorias taxonómica

Maior número de seres


superiores superior inclui

Maior diversidade
diferentes

Menor afinidade
categorias
taxonómicas que
ficam
imediatamente
abaixo.

Quando dois
seres
pertencem, por
exemplo, ao
mesmo Género
Categorias irão pertencer à
inferiores mesma Família,
Ordem, Classe,
Filo e Reino.

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Prof. Carla Cruz
Regras de nomenclatura
• A designação dos grupos é feita em latim, porque é uma língua morta;

• O nome da espécie é binominal (consistindo de duas palavras). Sendo:


# a primeira escrita com inicial maiúscula e corresponde ao nome do
género;
# a segunda com inicial minúsculas e é o restritivo específico (ou epíteto
específico).

Exemplo: Homo sapiens


Género Restritivo específico

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Quando a espécie tem subespécie, a designação é trinominal, sendo:
• as duas primeiras palavras, o nome da espécie;
• a terceira palavra um restritivo subespecífico, escrito com inicial
minúscula.

Exemplo: Homo sapiens sapiens


Género Restritivo Restritivo subespecífico
específico

Espécie

Subespécie
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Prof. Carla Cruz
• Todos os taxa do género ao reino têm designação uninominal, escrevendo-se com inicial
maiúscula;
• O nome da família tem a terminação –idae, nos animais, e a terminação –aceae, nas
plantas;
• Os nomes da subespécie, espécie e género escrevem-se em itálico, ou sublinhados quando
manuscritos;
• À frente do nome da espécie ou da subespécie, pode-se escrever, com letra normal, o
nome do cientista que atribuiu o nome à espécie e, separado por uma vírgula, a data da
publicação.

Exemplos:
Canis familiaris L., 1758 (cão);
Zea mays Lineu, 1758 (milho)

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Divisão em reinos de Whittaker
modificado
• 5 Reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animalia)

• Baseia-se em 3 critérios:
- Organização celular (procarionte ou eucarionte;
unicelular ou multicelular)
- Modo de nutrição (autotrófico ou heterotrófico
por absorção ou heterotrófico por ingestão)
- Interação no ecossistema (produtor ou
microconsumidor ou macroconsumidor)

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Ver diapositivo seguinte
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Reino Fungi
Eucarionte
Multicelular pouco
diferenciado; alguns
unicelulares (levedura)
Heterotrófico por absorção
Microconsumidor

Reino Protista
Eucarionte
Maioria unicelular; alguns multicelulares de reduzida diferenciação
Autotrófico (fotossíntese)  ex. algas
Heterotrófico por absorção
Heterotrófico por ingestão
Produtor
Microconsumidor
Macroconsumidor

Reino Monera
(apenas bactérias)
Procarionte
Todos unicelulares Critérios:
Autotrófico (fotossíntese ou quimiossíntese) Organização celular
Heterotrófico por absorção Modo de nutrição
Produtor Interação no ecossistema
Microconsumidor
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Divisão em 3 Domínios e 6 Reinos de
Woese
• 6 Reinos (Eubacteria, Arqueobacteria, Protista, Fungi,
Plantae e Animalia)
• 3 Domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya.

+ complexas

+ simples

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Exercícios:
1. A proposta de um sistema de classificação dos seres vivos em três domínios (Bacteria, Archaea e
Eukarya), como alternativa ao sistema de classificação de Whittaker modificado, baseia-se no facto de…
(A) haver maior diversidade nos eucariontes do que nos procariontes.
(B) existirem diferenças significativas entre os dois grupos de procariontes.
(C) as bactérias serem um grupo ancestral de todos os outros seres.
(D) os eucariontes terem características celulares diferentes das dos outros seres.

2. Sturnus vulgaris e Sturnus unicolor são nomes científicos de estorninhos, existentes em Portugal, que
pertencem à Reino
(A) mesma espécie e ao mesmo género. Filo
(B) mesma família, mas não à mesma ordem. Classe =
(C) mesma espécie, mas não à mesma classe. Ordem
(D) mesma família e à mesma ordem. Família
Género =
Espécie
3. Na designação Alytes cisternasii, o termo Alytes representa
(A) a espécie e cisternasii o restritivo específico.
(B) o nome genérico e cisternasii a espécie.
(C) a espécie e cisternasii o nome genérico.
(D) o nome genérico e cisternasii o restritivo específico.
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Geologia
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Troca energia mas as trocas de matéria
não são significativas.

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Rochas sedimentares
• Originam-se à superfície / em condições
subaéreas do planeta, a partir da alteração de
outras rochas pré-existentes (magmáticas,
metamórficas ou mesmo sedimentares).

Sedimentogénese Diagénese

Compactação
Meteorização Deposição ou e
Erosão Transporte Cimentação
ou alteração sedimentação
desidratação
1.º Meteorização – alteração física ou química das rochas.
2.º erosão – Remoção de partículas. Agentes erosivos: vento, água da
chuva, dos rios e do mar, seres vivos.
3.º transporte – Agentes: vento, água da chuva, dos rios e do mar,
seres vivos.
Granulometria

maior
menor

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4.º sedimentação – Em camadas sobrepostas (estratos),
horizontais e paralelos, sobretudo em ambiente aquático, calmo e
quando o agente de transporte perde energia.

5.º diagénese / litificação – Para originar rochas consolidadas. Há:


compactação  desidratação  cimentação

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Rochas magmáticas / igneas
• Resultam da solidificação ou cristalização de
material em fusão ou magma.
Rocha plutónica ou intrusiva Rochas vulcânica ou extrusiva
Resulta da consolidação do Resulta da consolidação do
magma em profundidade magma à superfície ou
próximo dela

Arrefecimento lento Arrefecimento rápido

Toda a rocha cristaliza com A rocha tem cristais pouco desenvolvidos


cristais desenvolvidos e visíveis (microcristais)e pode possuir uma pasta
à vista desarmada  sem cristais/amorfa 
TEXTURA GRANULAR ou TEXTURA AGRANULAR ou
FANERÍTICA Escola Básica e Secundária
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AFANÍTICA
Rochas metamórficas
• Formam-se em profundidade e resultam da alteração estrutural
e mineralógica de rochas pré-existentes em estado sólido (sem
ocorrência de fusão).
Metamorfismo de contacto Metamorfismo regional
Ocorre junto a uma intrusão magmática Ocorre em zonas de colisão de placas e
 auréola de metamorfismo. base de bacias de sedimentação.
Fatores de metamorfismo: calor e fluídos Fatores de metamorfismo: calor e pressão
Rochas com textura não foliada Rochas com textura foliada

Rocha Rocha Rocha


metamórfica metamórfica metamórfica

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Ciclo das rochas ou ciclo litológico

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horizontalidade inicial

Princípios de
estratigrafia: continuidade lateral
Principio da…
sobreposição

identidade
Fósseis de
Relativa paleontológica
idade
(em rochas
sedimentares)

interseção
Datação das
rochas
inclusão
Absoluta ou Decaimento
radiométrica radioativo:
(em rochas isótopos pai 
magmáticas) isótopos filho
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D
A
T
A
Ç
Ã
O
R
E
L
A
T
I
V
A
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Fóssil de idade
Fóssil de ser com:
• curta distribuição estratigráfica (viveu pouco tempo)
• larga distribuição geográfica

• Trilobites – viveram no • Amonites – viveram no


Paleozóico (+ antiga) Mesozóico (- antiga)

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Datação absoluta ou radiométrica
(em rochas magmáticas)
• Uma rocha, quando se forma, adquire sempre uma certa quantidade de isótopos
radioativos (U, K, C, etc).
• Com o passar do tempo, estes isótopos tornam-se instáveis e vão-se desintegrando,
transformando-se em átomos estáveis.
• Os isótopos instáveis são chamados isótopos-pai.
• Os átomos estáveis que resultam da desintegração são designados isótopos-filho.

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O tempo necessário para que metade dos isótopos-pai se transforme em isótopos-filho é
chamado de tempo de semivida.

• Quando a rocha se forma tem:


100% Isótopo pai e 0% Isótopo filho

• A rocha com 1 semivida tem:


50% Isótopo pai e 50% Isótopo filho

• A rocha com 2 semividas tem:


25% Isótopo pai e 75% Isótopo filho

• A rocha com 3 semividas tem:


12,5% Isótopo pai e 87,5% Isótopo filho

No decaimento radioativo, a velocidade de conversão de átomos-pai (instáveis) em


átomos-filho (mais estáveis) é constante / regular, isto é, de semivida em semivida,
a rocha perde metade da quantidade de isótopo pai que possuía.
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Cálculo da idade absoluta
• Começar por determinar a percentagem de isótopos-pai e de
isótopos-filho presentes numa rocha ou mineral.
• Posteriormente, determinar o número de semividas que a rocha
ou mineral possui.
• Conhecendo o tempo de semivida do isótopo radioativo, isótopo-
pai que está a ser usado, chegar-se-á a um valor para a idade dessa
rocha.

Exercício:
O sistema isotópico Hf-W (háfnio-tungsténio) caracteriza-se por ter um período de
semivida de 9 Ma, logo, o tempo necessário para a desintegração de 75% de
háfnio é
(A) 36 M.a. (B) 18 M.a. (C) 13,5 M.a. (D) 9 M.a.
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Rocha antiga Rocha recente
- isótopo-pai + isótopo-pai
+ isótopo-filho - isótopo-filho
Razão isótopo-pai/isótopo-filho:

<
Isótopo-pai – Isótopo-pai +

Isótopo-filho + Isótopo-filho –

Razão isótopo-filho/isótopo-pai:

>
Isótopo-filho + Isótopo-filho –

Isótopo-pai – Isótopo-pai +

Exercício de datação absoluta:


As rochas vulcânicas submarinas mais antigas apresentam, para um determinado elemento
_______, uma razão de isótopos-pai/isótopos-filho _______ do que as rochas vulcânicas
submarinas mais recentes.
(A) instável … maior (B) instável … menor (C) estável … maior (D) estável … menor
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Tempo geológico
O tempo geológico / 4600 M.a.
atualidade divide-se em éons, os éons em
eras, as eras em períodos e os
períodos em épocas.
Estes momentos são marcados
por extinções ou expansões de
seres.

Extinção dos
dinossauros

Extinção de muitas
espécies marinhas

Expansão da vida
marinha

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Princípios do raciocínio geológico:
Catastrofismo, uniformitarismo e neocatastrofismo
• Catastrofismo – mudanças geológicas resultam de catástrofes e
são rápidas, pontuais e não cíclicas.

• Uniformitarismo – Assenta no:


- Princípio do gradualismo - a maioria das mudanças geológicas
são lentas e graduais.
- Princípio do atualismo ou das causas atuais – “O Presente é a
chave do Passado” – A interpretação dos processos passados é
feita com a ajuda dos processos atuais
- Os fenómenos geológicos repetem-se no tempo e no espaço 
mudanças geológicas são cíclicas

• Neocatastrofismo – Atualmente aceite e assenta mais nos


pressupostos do Uniformitarismo mas considera que
fenómenos catastróficos podem
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e Secundária de D. Dinismudança da Terra.
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Deriva Continental
Teoria de Wegner.
Considerava a existência de um supercontinente (Pangea) e um oceano (Pantalassa), o qual
fraturou e originou os continentes atuais.
Antes da Pangea existiram outros supercontinentes (exemplo: Rodínia)

Argumentos a favor da Deriva Continental

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Morfologia dos fundos oceânicos

Exercício:
Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de zonas da superfície da Terra
que se encontram, ao progredir para Oeste, a partir da região de Santo Tirso.
A. Dorsal oceânica. B. Planície abissal. C. Plataforma continental. D. Talude continental. E. Zonas
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continentais emersas E, C, D, B, A
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Teoria da tectónica de placas

• A litosfera encontra-se dividida em várias placas, as placas litosféricas


ou placas tectónicas, sobre as quais assentam os continentes e os
oceanos
• As placas litosféricas movem-se umas em relação às outras sobre uma
parte do manto superior, quente e semifluido/plástico, a astenosfera,
onde há correntes de convecção, que arrastam as placas litosféricas e,
consequentemente, fazem mover os continentes.
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Correntes de convecção e fundos
oceânicos

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Exercícios:
1. As correntes de convecção no interior do manto são resultantes da
(A) subdução da litosfera nas fossas oceânicas.
(B) variação térmica a diferentes profundidades.
(C) ascensão de magma ao nível dos riftes.
(D) diminuição da densidade na litosfera.

2. As correntes de convecção do interior da Terra, associadas aos movimentos das placas


litosféricas, resultam do facto de
(A) o estado físico dos materiais mantélicos variar com a profundidade.
(B) o calor interno se distribuir uniformemente por todo o planeta.
(C) a densidade dos materiais mantélicos diminuir com o aumento da temperatura.
(D) a composição mineralógica influenciar a rigidez das rochas

3. Explique de que modo o decaimento radioativo dos materiais do interior da Terra


influencia a existência de correntes de convecção no manto.
• Uma das fontes de calor interno da Terra é o decaimento radioativo, ou seja, o
decaimento radioativo dos materiais do interior da Terra liberta energia/calor;
• Com o aumento de temperatura, os materiais tornam-se menos densos e ascendem;
junto à superfície, os materiais vão arrefecendo, tornam-se mais densos e ocorrem
movimentos descendentes. Esta movimentação dos materiais do interior da Terra, devida
a diferenças de temperatura, corresponde às correntes de convecção.
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Limites de placas tectónicas ou litosféricas
Limite conservativo
Limite ou transformante
divergente

As placas deslizam uma em relação à outra.


Não há formação nem destruição de crosta/
litosfera.
Ocorre ao nível do rifte ( divergência de placas Há apenas atividade sísmica.
 estiramento/distensão crustal)
Há formação de nova crosta/ litosfera.
Com atividade vulcânica e sísmica.
Leva ao afastamento de continentes.

Nota: Há riftes oceânicos e riftes continentais


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(ex. Rifte africano)
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Limite convergente Limite convergente Limite convergente
Convergência placa
continental – placa Convergência placa Convergência placa oceânica
oceânica continental – placa continental – placa oceânica

A placa oceânica mais densa A placa oceânica mais


mergulha por baixo da placa As placas continentais
antiga mergulha por
chocam formando-se
continental  zona de uma cadeia montanhosa
baixo da outra  zona
subducção/ fossa oceânica  (há orogenia).
de subducção/ fossa
cadeia montanhosa e cones oceânica. Poderá
Há destruição de crosta/
vulcânicos alinhados na placa formar cadeias de ilhas
litosfera.
 arco insular
continental Há atividade vulcânica e
Há destruição de
Há destruição de crosta/ litosfera. sísmica.
crosta/ litosfera.
Há atividade vulcânica e sísmica. Há atividade vulcânica
e sísmica.

Formação de montanha (orogenia) 


espessamento crustal Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Zona de subducção: qual a placa que subducta?
Na zona de subducção, a placa que contém vulcões e/ou epicentros é a placa que NÃO
SUBDUCTA / NÃO MERGULHA

 Placa Africana
subducta/ mergulha
por baixo (sob) da placa
Euro-asiática

Sentido de
mergulho
da placa

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Arco insular/arco vulcânico  ilhas paralelas
à zona de subducção e com idade idêntica

 Arco vulcânico = arco


insular = ilhas alinhadas
resultantes da
subducção, fusão e
formação de magma
andesítico / intermédio
 com idades idênticas

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Métodos
de estudo
da
geosfera

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Gravidade mais baixa no rifte
• No rifte, a ascensão de magma menos denso que o
material envolvente  anomalia gravimétrica menos
positiva
• O basalto formado, rico em minerais ferromagnesianos
(densos)  anomalia gravimétrica mais positiva

Rifte
de magma
Ascensão

Basalto mais frio e denso Basalto mais frio e denso

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rifte
basalto
Polaridade Polaridade
normal inversa

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Prof. Carla Cruz
 Gradiente Geotérmico: variação da temperatura com a
profundidade (ºC/km).

 Grau Geotérmico: número de metros que é necessário


aprofundar para que a temperatura aumente 1ºC (m/ºC).

 Fluxo térmico: dissipação do calor por unidade de superfície


e por unidade de tempo.

Nota: Gradiente geobárico – variação da pressão com a profundidade.

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Prof. Carla Cruz
Variação da temperatura no interior
da Terra
A temperatura aumenta com a profundidade.
A variação da temperatura por Km é cada vez menor

Gradiente geotérmico diminui com a profundidade.

Grau geotérmico aumenta com a profundidade.


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Prof. Carla Cruz
Variação da temperatura na superfície
da Terra
• Fluxo térmico elevado (riftes; zona com vulcão
ativo; zona com vulcanismo secundário –
fumarolas, géiseres e nascentes termais)

• Gradiente geotérmico elevado

• Grau geotérmico baixo


Rifte

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Variação da temperatura na superfície
da Terra
• Fluxo térmico baixo (zona sem vulcanismo;
zona de subducção)

• Gradiente geotérmico baixo

• Grau geotérmico elevado

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Vulcanismo

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(menores)
maiores

ou cúpula

Nota: A caldeira pode ser preenchida


Escola Básica e Secundária de D. Dinis com água das chuvas, do degelo 
Prof. Carla Cruz lagoa.
Tipos de atividade vulcânica
• Efusiva  escorrência de lava  cone baixo e largo (de lava solidificada)
• Mista  ora efusiva ora explosiva  cone com camadas alternadas de lava e
piroclastos
• Explosiva  emissão de piroclastos  cone alto de vertentes inclinadas (de
piroclastos)

Composição / teor
em sílica
(+ sílica + viscoso)
Viscosidade do
magma
Dependem (+ viscoso + explosivo) Temperatura
essencialmente (+ temperatura + fluido)
da(o)
Teor em gases
(+ gás + explosivo)
Teor em água
(+ água + fluido)

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Prof. Carla Cruz
Magma básico Magma intermédio Magma ácido
45 a 50% de silica; cerca de 60% de silica; cerca de 70% de silica;
(- gases) (+ gases)
fluído Menos fluído viscoso
Temperatura elevada Temperatura intermédia Temperatura mais baixa
Origem mantélica
Origem: crosta oceânica Ascende em
Ascende em zonas de Rifte (vindo da
regiões de choque entre uma placa Origem: crosta continental Ascende em
astenosfera) (vulcanismo interplaca) e
continental e uma oceânica ou entre 2 regiões de choque entre 2 placas continentais
pontos quentes/plumas térmicas
oceânicas  zonas de subducção (vulcanismo interplaca)
(vindo da camada D’’/manto inferior)
(vulcanismo interplaca) ;
(vulcanismo intraplaca) ;
Atividade explosiva:
- sem escoadas de lava
Atividade mista: -com explosões com piroclastos
- escoadas de lava que alternam com - piroclastos de queda (resultam da
Atividade efusiva:
explosões  cone mais alto de lava solidificação da lava que é projetada): cinzas
- escoadas de lava
solidificada e piroclastos, em camadas (<), lapilli/bagacina, bombas/blocos (>)
-sem explosões sem piroclastos
alternadas - piroclastos de fluxo (piroclastos em
- cone baixo e largo de lava
movimento pelo cone): nuvens ardentes
solidificada
ou (cinzas misturas com gases incandescentes),
correntes de lama (piroclastos misturados com
Atividade explosiva água da chuva ou do degelo)

- cone alto de piroclastos


A lava básica ao solidificar pode
formar:
- lavas encordoadas ou pahoehoe
(com forma de corda  lava muito A lava ácida pode solidificar:
fluída) - na chaminé vulcânica  agulha vulcânica
- lavas escoriáceas ou aa (com - na cratera  doma ou cúpula
aspeto áspero)
- lavas em almofada ou pillow-lava
(associadas a vulcões subaquáticos)
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Prof. Carla Cruz
Hotspot origina cadeia de cones vulcânicos/ilhas com
idades diferentes

Hotspot – vulcanismo intraplaca

- Pluma térmica (coluna de material menos


denso oriundo do manto inferior/camada D’’)
bate na litosfera, no ponto quente, que é fixo.
- A placa litosférica move-se  cadeia de cones
vulcânicos/ilhas
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Prof. Carla Cruz
N
NO

SE
S

Ilha + antiga

Ilha + nova

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Prof. Carla Cruz A placa desloca-se de SE para NO
Sismos

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Prof. Carla Cruz
Causas dos sismos

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Prof. Carla Cruz
Teoria do ressalto elástico (explica a
ocorrência de um sismo)
• As rochas estão sujeitas a forças (devido aos
movimentos tectónicos/devido ao movimento do magma/
devido ao abatimento de uma cavidade) e acumulam
tensão/energia;
• Quando a rocha ultrapassa o limite de
resistência/elasticidade, há ocorrência de uma
falha/rutura das rochas e o movimento brusco dos
blocos;
• Aquando do movimento brusco dos blocos (ressalto)
há libertação de energia sob a forma de calor e ondas
sísmicas, ocorrendo o sismo.
Nota: Em falhas ativas / falhas já existentes é ultrapassada a força de atrito
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Prof. Carla Cruz
ou foco

Classificação dos sismos quanto à profundidade do foco:

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Prof. Carla Cruz
Por interferências das ondas P e S

São ondas
longitudinais
As partículas São ondas transversais
vibram As partículas vibram perpendicularmente à direção de propagação da
paralelamente à onda.
direção de
propagação da
onda.

+ rigidez  + velocidade

+ densidade  -velocidade

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Prof. Carla Cruz
Ondas superficiais ou Longas

Permite observar o momento


de chegada das ondas à
estação sismográfica (1º ondas
P; 2º ondas S e 3º ondas
superficiais)

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Prof. Carla Cruz
Determinação da distância epicentral

 Uma vez que as ondas P são mais


rápidas do que as ondas S, quanto
mais distante do epicentro se
encontrar a estação, maior é o
intervalo de tempo entre a chegada
das ondas P e S (S-P).

• A localização do epicentro pode ser determinada baseando-nos na


diferença de tempo de chegada das primeiras ondas “P” e das
ondas “S” (S-P) às diferentes estações.

• Os geofísicos construíram gráficos e tabelas que permitem saber,


a partir do tempo que separa a chegada das ondas P da chegada
das ondas S (S-P), a distância de um local ao epicentro.
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Determinação da distância epicentral pelo traçado de
circunferências

• Obtenção e análise de 3 sismogramas de 3 estações sismográficas


distintas.

• Analisar cada um dos sismogramas e determinar o intervalo S-P.

• Através de gráficos ou tabelas concluir qual a distância da estação


sismográfica ao epicentro, tendo em conta o intervalo S-P.

• Converter a distância, em quilómetros, em centimetros à escala da carta.

• Com a régua, abrir o compasso até aos centimetros obtidos no ponto


anterior.

• Traçar as circunferências e o ponto de interseção das 3 circunferências


corresponde ao epicentro.
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Profundidade dos focos sísmicos
• Limite divergente/rifte  focos superficiais (até 70
km)

• Limite conservativo/transformante  focos


superficiais (até 70 km) ou focos intermédios (de 70
a 300 km)

• Limite convergente em zona de subducção  focos


superficiais (até 70 km), intermédios (70 a 300 km) e
profundos (mais de 300km)

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Exercício:

A atividade sísmica sentida no arquipélago das Aleutas apresenta focos com


diferentes profundidades. Explique este facto com base no contexto tectónico da
região central do arco insular.
• A região central do Arco Insular corresponde a um limite de convergência de placas,
ocorrendo subdução de uma delas;
• O contacto entre as duas placas ocorre ao longo de diferentes profundidades,
acumulando tensões a diferentes profundidades, que geram sismos em diferentes locais
de contacto.
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Tsunami ou maremoto ou rás de maré
• Epicentro no fundo do mar
• Movimento de blocos na vertical  elevação da massa de água
 onda gigante

Nota: Falhas de desligamento  movimento horizontal de blocos 


não há elevação da massa de água  não há onda gigante

Exercício:
Na Indonésia, em 2004, ocorreu um tsunami decorrente de um sismo interplacas
associado a uma falha inversa. Após os sismos de Samatra de 2012, associado a uma falha
de desligamento, foi emitido um aviso de alerta de tsunami. No entanto, apenas se
verificaram ondas de um metro junto a costa.
Explique o facto de não se ter formado um tsunami após os sismos de Samatra de 2012.
• relação entre a falha de desligamento e o movimento horizontal, no sismo de 2012;
• referência à ausência de deslocamento vertical de uma massa de água que pudesse
originar um tsunami. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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ESCALA de MERCALLI modificada ESCALA de RICHTER

Avalia a intensidade de um sismo, isto é, Avalia a magnitude de um sismo, isto


os estragos causados. é, a quantidade de energia libertada
no foco ou hipocentro.

Instrumentos de trabalho: inquéritos Instrumentos de trabalho:


realizados às populações e observação do sismogramas
grau de destruição.

Fechada/finita (varia de grau I a XII). Aberta (atualmente até 9, mas pode


aumentar)
Qualitativa (avalia estragos) e Subjetiva Quantitativa e Objetiva
(estragos dependem do tipo de
construção, tipo de solo, distância ao
epicentro…)
Exprime-se em numeração romana Exprime-se em numeração árabe

Para um sismo há várias intensidades Para um sismo há uma magnitude


(quanto + próximo do epicentro maior a
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intensidade) Escola
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Isossistas
A escala de Mercalli permite traçar isossistas, que são linhas curvas, imaginárias que
unem/limitam os pontos do terreno onde o sismo ocorreu com a mesma intensidade.
O seu mapeamento resulta numa carta de isossistas.

• As isossistas não se representam ou são


representadas a tracejado quando numa
zona não há dados para determinar com
certeza a intensidade do sismo  zona de
baixa ou nenhuma densidade
populacional. Ex. oceano, ilha deserta
• As isossistas, normalmente, não são
linhas concêntricas, porque os materiais
rochosos atravessados pelas ondas
sísmicas são heterogéneos.
• O epicentro localiza-se, geralmente, na
região central da isossista de maior
intensidade.

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Magnitude dos sismos em função do material
do plano de falha de uma falha ativa

• Quando no plano de falha há material com


pouco atrito (pouca fricção)  sismos
frequentes e de fraca magnitude

• Quando no plano de falha há material com


muito atrito (muita fricção)  sismos pouco
frequentes e de elevada magnitude

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Superfícies de
descontinuidade
+ rigidez dos materiais  +
velocidade das ondas P e S

+ densidade dos materiais  -


velocidade das ondas P e S

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Ondas S no núcleo interno?

Camada D’’
✎Porção do manto inferior junto
ao núcleo externo, onde haverá
interação entre o material dessas
camadas;
✎fonte das plumas térmicas.

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Zona de sombra
Zona na superfície da
Terra onde não se
detetam/registam ondas
sísmicas diretas.

No núcleo externo
líquido/ descontinuidade
de Gutenberg:
• Ondas P são refratadas
• Ondas S são refletidas

Zona de sombra das ondas P: 103º


a 143º
Zona de sombra das ondas S: 103º
a 103º ou 103º a 180º
Zona de sombra sísmica (não são
detetadas ondas P nem S diretas):
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103º a 143º Prof. Carla Cruz
Estrutura interna da Geosfera
Modelo Químico – baseado na
Modelo Físico – baseado nas composição química dos materiais.
propriedades físicas dos materiais.

(plástica)

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Movimentos horizontais da litosfera
Estão associados:
• à formação das dorsais oceânicas, cuja acumulação de
material origina um deslizamento da litosfera sobre a
astenosfera

• ao efeito de tração causado pela placa que subducta


por ação da gravidade (setas 1), puxando (setas 2) a
restante placa

• ao efeito das correntes de convecção do manto (setas 1


1), arrastando a placa litosférica que se encontra por
cima (setas 2)

2 2
1 1
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Movimentos verticais da litosfera

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Propriedades dos minerais

Pode ser igual ou diferente da cor do mineral; minerais


alocromáticos têm a mesma risca; para verificar a risca
usa-se uma placa de porcelana.

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Rochas sedimentares
Rochas sedimentares
consolidadas

1º - Meteorização
• Meteorização física ou mecânica – fragmentação da rocha  a
rocha fratura ou alarga fissuras que já possui. Predomina em
climas frios e áridos.

• Meteorização química – alteração na composição química e


mineralógica (alguns minerais são destruídos e outros formados)
 minerais instáveis nas novas condições ambientais em que se
encontram originam minerais mais estáveis. Predomina em
climas quentes e húmidos.

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Atmosfera com mais CO2 provoca:

• Aumento da acidez do meio

Diminuição do pH do meio

• Aumento da temperatura da atmosfera

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Tipos de meteorização física:
• Ação da água - As rochas dilatam por hidratação e contraem por desidratação,
fraturando.
• Ação do gelo ou crioclastia - A água que penetra nas fraturas e poros da rocha
congela, aumentando o seu volume. O gelo exerce pressão que aumenta as
fissuras já existentes (ou origina novas fendas).
• Ação da temperatura ou termoclastia - a rocha dilata quando a temperatura
aumenta e contrai quando diminui  fraturação.
• Ação dos seres vivos – Por exemplo, as raízes são responsáveis pelo
aparecimento e alargamento de fendas.
• Crescimento de minerais ou haloclastia - A água que está nos poros e fraturas
das rochas contém sais dissolvidos que podem precipitar, originando cristais que
ao se desenvolverem, exercem forças expansivas  desagregação da rocha.
• Descompressão à superfície/ alivio de tensão/ esfoliação - As rochas formadas
em profundidade, sob grande pressão, expandem, fraturam e formam diacláses
(fraturas) quando são aliviadas do peso das rochas suprajacentes/de cima.

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Tipos de meteorização química:
Agentes de meteorização química: água; água ácida (água com CO2); oxigénio
atmosférico; substâncias produzidas pelos seres vivos.
• Dissolução - Reação dos minerais com água ou com água ácida, resultando iões
livres/solúveis em solução. O mineral desaparece.
Exemplo de dissolução: carbonatação
carbonato de cálcio/calcite + água ácida  iões solúveis

• Hidrólise - O mineral reage com água ácida originando um novo mineral.


Exemplo de hidrólise: caulinização
Feldspato + água ácida  caulinite/argila

• Hidratação - O mineral incorpora água aumentando de volume  facilita a


remoção de partículas.

• Oxidação - O mineral com ferro reage com o oxigénio originando óxidos de ferro.
Mineral com ferro + oxigénio  óxidos de ferro
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Meteorização
física e química
do granito:

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Como explicar o aparecimento de argilas em
zonas com rochas magmáticas?

• Devido a meteorização química por hidrólise/caulinização:


feldspato + água ácida  caulinite (argila)

• A caulinite/argila é um mineral de neoformação (não existia


na rocha pré-existente; substitui o feldspato)

Nota: A argila pode ficar vermelha se tiver ferro que oxide (oxidação)  rocha
magmática alterada terá cor avermelhada / acastanhada.

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Meteorização do
calcário:

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Como explicar o aparecimento de argilas em
zonas com rochas carbonatadas (calcários)?
• Devido a meteorização química por dissolução/carbonatação:
carbonato de cálcio/calcite + água ácida  iões solúveis

• Os calcários têm calcite, mas também podem conter argilas. A


água ácida solubiliza/dissolve a calcite mas não dissolve a
argila, a qual fica acumulada no local. A argila se tiver
minerais de ferro oxidação  ferro oxidado (óxidos de
ferro) insolúvel em água, que precipita no meio em que se
encontra  coloração avermelhada das argilas  terra rossa

• A argila é um mineral herdado(já existia nos calcários que


estavam no local).
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2º - Erosão
• Remoção dos fragmentos resultantes da meteorização.
• Agentes erosivos: água, vento, gelo, seres vivos, gravidade, etc.

 As partículas mais fáceis de


erodir/remover são as
areias.
 As partículas silte e argila
apresentam uma grande
força de coesão, pelo que
oferecem muita resistência
à fricção e, portanto,
somente são erodidas para
velocidades superiores.

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3º - Transporte
• Os materiais resultantes da erosão são, em regra, transportados para outros
locais.
• Agentes de transporte: água, vento, gelo, seres vivos, gravidade, etc.
• Durante o transporte sofrem modificações como arredondamento (+
arredondados), granotriagem/granosseleção (bem calibrados) e na
granulometria (redução de tamanho).

Tipos de transporte
 Deslizamento/arrastamento/rolamento  balastros/ calhaus/ seixos
 Saltação  areias
 Suspensão  silte e argila

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4º - Sedimentação / deposição
• Ocorre quando o agente transportador perde energia ou devido ao aparecimento de um
obstáculo e os materiais transportados ficam depositados  formação de sedimentos.
• Os sedimentos depositam-se em ambiente calmo terrestre ou em ambiente aquático (preferencial)
 bacias de sedimentação
• A deposição dá-se, geralmente, em camadas sobrepostas – estratos, horizontais e paralelas.

Exercício de sedimentação:
As areias de estuário
depositaram-se _______
das argilas e dos siltes
marinhos da unidade IVa, o
Água com mais velocidade areias que permite deduzir que
houve _______ da energia
Água praticamente parada argilas e silte
do agente de transporte.
(A) antes … uma diminuição
(B) depois … uma diminuição
(C) antes … um aumento
(D) depois … um aumento

D
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5º - Diagénese

Rochas sedimentares
consolidadas

50 a 60% de água
Cimento (silte
ou argila)

< volume
< porosidade
> densidade
10 a 20% de água Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Não consolidada
Rochas sedimentares detríticas

Siltitos e argilitos

Resultam da diagénese de silte e


argila, respetivamente
Consolidada

Argilas e argilitos são


impermeáveis quando saturados
Submetidos a de água
maior
transporte

Diagénese completa
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Prof. Carla Cruz Diagénese incompleta (sem cimentação)
Rochas sedimentares quimiogénicas

Formam-se quando a água ácida


com calcite perde acidez (CO2),
devido a diminuição da pressão
atmosférica, aumento da
temperatura do ambiente ou
diminuição da agitação da água,
levando à precipitação da
calcite/ carbonato de cálcio.

Ambiente cársico = ambiente


calcário

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Rochas sedimentares biogénicas
Possuem restos de seres vivos.
Exemplos:

• Calcário conquífero  com conchas


• Calcário recifal  com restos de corais
• Carvão  com restos de vegetais
• Petróleo  com restos de plâncton (seres
microscópicos)

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Carvão Petróleo
Deposição de restos de vegetais (plantas Deposição de seres planctónicos (de
superiores) acumulados no fundo de pequenas dimensões) no fundo de mares
pântanos, lagunas, em ambiente continental pouco profundos.
Sobre os restos de vegetais depositam-se Sobre o plâncton depositam-se sedimentos
sedimentos finos  condições tornam-se finos  condições tornam-se anaeróbias
anaeróbias
Os restos vegetais (turfa) vão afundando Os restos de plâncton vão afundando
(subsidência), estando sujeitos a maior (subsidência), estando sujeitos a maior
pressão e temperatura pressão e temperatura
Durante a subsidência há ação bactérias Durante a subsidência há ação de bactérias
anaeróbias (na ausência de O2) o de anaeróbias (na ausência de O2)  formação
material/sedimento (turfa) sofre de hidrocarbonetos líquidos (petróleo/crude)
incarbonização (perda de água e de voláteis e e hidrocarbonetos gasosos (gás natural)
enriquecimento relativo em carbono) 
formação de carvões
Armadilha
petrolífera

Carvão
betuminoso

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Armadilhas petrolíferas: dobra, rocha armazém
e rocha cobertura
Anomalia gravimétrica negativa

Argila / argilito <d


permeáveis (arenito)

>d
Rochas porosas e

(Rocha onde se forma o


petróleo e o gás natural)

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Fósseis e tipos de fossilização

Todo ou quase todo o ser vivo fica


conservado, mesmo as suas partes moles.
- Os fósseis Mumificação Após a morte, o ser vivo é envolvido por uma
ou substância como o âmbar ou o gelo
formam-se em (mumificação) que permite a sua
rochas conservação conservação.
sedimentares.
- O ser vivo tem Ocorre a substituição da matéria orgânica
que ser envolvido por matéria mineral, mantendo o volume e
por sedimentos forma. Ex: esqueletos
finos.
- Em rochas
metamórficas de
baixo grau de
metamorfismo,
que se formam a
partir de rochas
sedimentares,
podem surgir
fósseis
deformados,
São vestígios da atividade locomotora
devido à pressão.
(pegadas), nutritiva (fezes e estômagos) e
reprodutiva (ovos) dos seres vivos impressos
Escola Básica e Secundária de D. Dinis nas rochas.
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Datação relativa das rochas sedimentares

Princípio da Princípio da
interseção inclusão
Toda a Todo o material
estrutura (filão, que está
intrusão incluído numa
magmática, camada é mais
falha) que antigo que o
interseta material dessa
camadas é camada que o
mais recente. engloba.

Exemplo de fósseis de
idade: trilobites
Paleozóico; amonites
 Mesozóico

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Idade relativa da intrusão magmática
• Intrusão magmática E é mais recente que as
camadas A, B, C, D que interseta  princípio
da interseção

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Idade relativa do doma salino
• Sal é mais antigo que as camadas A, B que
interseta:
1º Formação da camada de salgema
2º Deposição sequencial das camadas A, B, C, D
3º Salgema sob pressão ascende  doma salino ou
diapiro (+ recente que as camadas que interseta)
D D D
C C C
B B B
A A A

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Ambientes de formação / fácies das
Fácies
rochas sedimentares
continental Fácies de
transição

Estuário /
foz

Ambiente lacustre = lago Fácies


Ambiente fluvial = rio marinha
Para identificar o paleoambiente / fácies
(ambiente de formação de uma rocha):
• Fósseis de fácies: viveram muito tempo (ampla
distribuição estratigráfica) e com curta distribuição
geográfica  viveram em ambientes específicos.
Ex: corais águas quentes e pouco profundas

• Marcas nas rochas (ripple marks/marcas de


ondulação, pegadas, fendas de dessecação…)
Aplicação do princípio do atualismo: as
condições de formação da rocha atualmente são
iguais às do passado
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Prof. Carla Cruz
Transgressão e regressão marinha
• Degelo subida do nível do mar 
Transgressão marinha / avanço do mar /
regressão da linha de costa

• Glaciação descida do nível do mar 


Regressão marinha / recuo do mar /
transgressão da linha de costa

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Como saber numa série estratigráfica (série de
estratos) se a sua formação ocorreu num momento
de transgressão ou de regressão marinha
• Se ocorrer transgressão marinha:
Sedimentos marinhos / litorais
Sedimentos finos Detritos marinhos/litorais

Detritos lagunares

Detritos continentais/fluviais Sedimentos continentais


Sedimentos grosseiros

• Se ocorrer regressão marinha:


Sedimentos grosseiros Detritos continentais/fluviais
Detritos lagunares

Sedimentos finos Detritos marinhos/litorais

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Rochas magmáticas ou ígneas
Podem ser:

• Rochas extrusivas ou vulcânicas

• Rochas intrusivas ou plutónicas

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Influência da pressão, da temperatura e
do teor em água na formação de magmas
• A pressão tende a manter os átomos juntos na malha
cristalina: + Pressão  - facilidade em fundir

• O aumento da temperatura faz romper as ligações entre os


átomos: + Temperatura  + facilidade em fundir
• A água baixa a temperatura de fusão dos minerais:
+ água  + facilidade em fundir
Para cristalizar o magma:
- Arrefecimento do magma;
ou
- Aumento da pressão;
ou
- Perda de água (eleva o ponto de fusão)

Para fundir a rocha:


- Aumento da temperatura;
ou
- Diminuição da pressão;
ou
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- Hidratação (baixa o ponto de fusão)
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Magma
Magma basáltico/básico Magma andesítico/ intermédio Magma riolítico/ ácido
ultrabásico
<45% de sílica 45 a 50% de sílica cerca de 60% de sílica 70% ou + de sílica
(- - gases) (+ Fe e Mg) (- Fe e Mg)
Muito fluído Fluído (- gases) Menos fluído Viscoso (+ gases)
Temperatura muito
elevada Temperatura elevada Temperatura intermédia Temperatura mais baixa

Origem: manto Origem: crosta oceânica


Ascende em regiões de choque entre uma placa
Origem: manto Ascende em zonas de Rifte (vindo continental e uma oceânica ou entre 2 oceânicas 
da astenosfera / manto superior zonas de subducção  vulcanismo interplaca; Origem: crosta continental
plástico)  vulcanismo - Os sedimentos que estão sobre a crosta/placa
interplaca oceânica contêm água e quando a placa oceânica Ascende em regiões de choque entre 2
e hotspot/pontos quentes/plumas mergulha arrasta esses sedimentos hidratados ricos placas continentais  vulcanismo
térmicas (vindo da camada D’’ / em sílica a água diminui o ponto de fusão do interplaca
manto inferior)  vulcanismo material, o qual funde a uma temperatura e
intraplaca; profundidade mais baixas, e enriquece em sílica,
formando o magma intermédio.

Pode originar: Pode originar:


Peridotito  Basaltos
Pode originar: Pode originar:
(extrusiva/vulcânica)
 Andesitos (extrusiva)  Riólitos (extrusiva)
 Gabros
 Dioritos (intrusiva)  Granitos (intrusiva)
(intrusiva/plutónica)
Andesito e diorito têm igual composição química e Riólito e granito têm igual composição
Basalto e gabro têm igual
mineralógica e diferente textura química e mineralógica e diferente textura
composição química e
mineralógica e diferente textura

Rocha melanocrata (escura)  Rocha leucocrata (clara)  tem +


Rocha
tem + minerais máficos (com Mg Rocha mesocrata (cor intermédia)  tem = minerais félsicos (com Feldspato e Silica;
melanocrata
e Fe; olivina, piroxena, anfíbolas e quantidade de minerais máficos e félsicos feldspatos - plagióclases e feldspato
biotite) potássico - moscovite e quartzo)

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Atividade explosiva:
Atividade mista:
- sem escoadas de lava
Atividade efusiva: - escoadas de lava que alternam com explosões 
-com explosões com piroclastos
Atividade efusiva - escoadas de lava cone de tamanho intermédio de lava solidificada e

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- piroclastos de queda: cinzas (<),
-sem explosões sem piroclastos piroclastos
lapilli/bagacina, bombas/blocos(>)
- cone baixo e largo de lava
- piroclastos de fluxo: nuvens ardentes =
solidificada ou
cinzas + gases incandescentes
correntes de lama = piroclastos + água
Atividade explosiva
- cone alto e inclinado de piroclastos

A lava básica ao solidificar pode


formar:
- lavas encordoadas ou pahoehoe A lava ácida pode solidificar:
(aspeto de corda) - na chaminé vulcânica  agulha
- lavas escoriáceas ou aa (aspeto vulcânica
áspero) - na cratera  doma ou cúpula
- lavas em almofada ou pillow-lava
(vulcões subaquáticos)
Formação de um magma intermédio
numa zona de subducção
Questão: Explique a ocorrência de
um elevado número de vulcões ativos
na região da Indonésia representada
na Figura 1.

• referência à localização da Indonésia na proximidade de uma extensa zona de


subdução (placa Indo-australiana subducta/mergulha por baixo/sob a placa de
Sunda);

•relação do aumento de temperatura dos materiais em profundidade que leva à


fusão das rochas e da hidratação que baixa o ponto de fusão dos materiais;

• referência à formação de magmas e à ascensão dos materiais fundidos.


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Formação de um magma ácido numa
zona de fecho de mar
Questão: A Orogenia Varisca deu origem a uma cadeia montanhosa, semelhante aos
Himalaias, que veio a culminar na formação do supercontinente Pangeia.
Explique, tendo em conta o contexto tectónico descrito, a formação dos magmas que deram
origem às rochas aflorantes na região da mina da Freixiosa .

• referência à existência de um limite convergente (ou colisão, ou


choque) entre duas placas continentais;
• relação da diminuição da temperatura de fusão das rochas com a
presença de água (ou com a libertação da água contida em alguns
minerais);
• relação entre a fusão das rochas da crusta (ou da placa) continental
(ou dos granitos, ou de rochas ricas em sílica) e a formação de
magmas ricos em sílica (ou de magmas ácidos, ou de magmas
riolíticos, ou de magmas que originam granitos)
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Minerais polimorfos e isomorfos
• Minerais polimorfos: diferente estrutura cristalina
e igual composição química.
Ex: grafite e diamante
minerais índice (andaluzite, cianite/distena,
silimanite)

• Minerais isomorfos: igual estrutura cristalina e


diferente composição química.
Ex: anortite (cálcio) e albite (sódio)
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(Há cristalização fracionada
Séries de Bowen temperatura a que é mais estável)
 cada mineral solidifica à

Félsicos (claros)

Máficos (escuros)

Félsicos (claros)

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Albite – Algarve – Na/sódio – Sul

Oh Pá Adoro Biologia

Feldspato potássico – Moscovite – Quartzo


Fogo a Professora é Mesmo Querida
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Elevado ponto de
cristalização / fusão

Baixo ponto de
cristalização / fusão

• Olivina e anortite cristalizam/solidificam 1º

• Quartzo funde 1º
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Os minerais formados a altas temperaturas são menos estáveis quando submetidos às
condições de meteorização que ocorrem na superfície terrestre. As olivinas e as piroxenas
alteram-se mais facilmente, ao contrário do quartzo que é o mais resistente.

Séries de cristalização de Bowen Séries de meteorização

Olivina Estáveis a temperaturas Menos resistentes à superfície / a


Olivina temperaturas baixas
elevadas
Anortite
Piroxena Piroxena Anortite

Diminuição da estabilidade
Anfíbola
Ordem de cristalização

Anfíbola
Biotite
Albite Albite
Biotite
Feldspato potássico
Estáveis a Mais resistentes à
temperaturas baixas Feldspato potássico Moscovite superfície / a
Quartzo temperaturas baixas
Moscovite

Quartzo Escola Básica e Secundária de D. Dinis


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Meteorização química: oxidação
Meteorização química: hidrólise / caulinização
Mineral Fe +O2  óxidos de ferro
Feldspato + água ácida  caulinite (argila)

Minerais com ferro e


magnésio

feldspatos

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A rocha magmática cristaliza a dois
tempos
Textura agranular

• Tem que ter cristais desenvolvidos e microcristais/


massa sem cristais

Os cristais desenvolvidos formaram-se devido a um


arrefecimento lento do magma mais em profundidade.
Os microcristais/ a massa amorfa formaram-se devido a
um arrefecimento rápido do magma mais à superfície.
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3 MAGMAS E TANTAS ROCHAS MAGMÁTICAS !!! COMO ???
 Uma vez formados, os magmas tendem a evoluir quimicamente,
através de um conjunto de processos designados DIFERENCIAÇÃO
MAGMÁTICA.
 Só assim se explica que os granitos, por exemplo, possam resultar
quer da consolidação de magmas riolíticos, quer basálticos.

DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA
 Alteração da composição química do magma inicial, à medida que ocorre o
arrefecimento.

CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA ASSIMILAÇÃO MAGMÁTICA

DIFERENCIAÇÃO GRAVÍTICA MISTURA DE MAGMAS


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Num magma original/parental básico, a temperaturas
elevadas formam-se cristais de olivina, piroxena e anortite,
que, por serem densos, se separam do restante magma

Este magma residual mais


ácido pode migrar para Gabro
um contexto físico
O magma residual fica assim rico em sílica, sódio e
diferente daquele em
potássio porque a maior parte do cálcio, ferro e
que se geraram os
magnésio já se esgotou
primeiros cristais (de
olivina, piroxenas e Magma básico
anortite), podendo
Granito
origina um granito:
originar, a temperaturas
mais baixas, minerais
cristalização
como o feldspato fracionada +
potássico, moscovite e
separação gravítica
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sienito granito

gabro

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Exemplo de resposta:
• O magma parental básico começa a cristalizar, a
temperaturas elevadas, originando a formação
de minerais ferromagnesianos e plagióclases
cálcicas. Estes minerais dão origem a um gabro.
• O magma residual fica empobrecido em Ferro,
Magnésio e Cálcio e com um enriquecimento
relativo em Sílica, alumínio, potássio e sódio.
• Este magma residual separa-se dos minerais
formados e origina, a temperaturas mais baixas,
os minerais característicos de um diorito/granito.
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Assimilação magmática +
Cristalização fracionada
Reação do magma com as rochas
envolventes/encaixantes: se o magma se encontrar
a uma temperatura superior à do ponto de fusão
dos minerais das rochas envolventes, funde-os e,
ao incorporá-los, altera a sua composição.

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Exercício
70% sílica
Minerais com baixo ponto fusão (quartzo,
moscovite, feldspato potássico)

50% sílica
Fluído
Temperatura
muito elevada

Pelas observações efetuadas em Yellowstone, os cientistas receiam que


possam ocorrer, num futuro próximo, erupções explosivas com consequências
devastadoras.
Explique a possível ocorrência de erupções explosivas, tendo em conta que a
atividade vulcânica em Yellowstone se deve à existência de um ponto quente.
• Um ponto quente é alimentado por magma
basáltico (que origina erupções efusivas);
• Yellowstone é uma região continental, constituída
por rochas ácidas (ricas em sílica);
• Ao ascender, o magma basáltico incorpora
material de origem continental, que torna a
mistura mais viscosa, promovendo erupções
explosivas.
Mistura de magmas + Cristalização fracionada
• Pode ocorrer uma mistura total de 2 magmas
diferentes  resulta em um magma diferente,
intermédio dos dois.
• Os magmas podem ser imiscíveis, pelo que um
dos magmas ao ascender passa pelo depósito com
o outro magma diferente e arrasta alguns minerais
já formados neste magma situado mais acima.

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Exercício
A atividade vulcânica tem consistido na extrusão de lava e em
eventos explosivos menores, verificando-se, raramente,
grandes erupções explosivas, como a Minoica (cerca de 1600
a.C.), que parece ter resultado de um processo complexo de
ascensão e mistura de magmas. Aquela erupção levou ao
colapso parcial de uma ilha, formando-se o pequeno
arquipélago de Santorini, cujas ilhas ficaram cobertas de
cinzas e de pedra-pomes. As análises químicas e de
microscópio petrográfico de amostras da pedra-pomes de
Santorini revelaram um teor em sílica superior a 70% e a
presença de cristais de plagióclases cujo núcleo central
contém um teor de 58% a 88% de anortite (plagióclase
cálcica).

Explique, de acordo com os dados do texto, a formação da


pedra-pomes de Santorini.
• referência à formação de pedra-pomes a partir de um
magma rico em sílica (ou de um magma ácido, ou de um
magma com 70% de sílica, ou de um magma riolítico, ou de
lava rica em sílica);
• referência à formação de cristais com elevada percentagem
de anortite (ou de plagióclase cálcica, ou de cristais de
anortite) a partir de um magma pobre em sílica (ou de um
magma básico, ou de um magma basáltico, ou de um magma
mantélico, ou de um magma andesítico, ou de um magma
intermédio);
• relação entre a existência de pedra-pomes com cristais com
elevada percentagem de anortite (ou de plagióclase cálcica) e
a possível mistura de magmas.
Metamorfismo
• Processo lento
• Ocorre em profundidade
• A transformação da rocha pré-existente em rocha metamórfica ocorre em estado
sólido.
• Ocorre em zonas de colisão de placas (zonas de subdução ou áreas de formação
de cadeias montanhosas) , na base das bacias de sedimentação ou próximo de
intrusões magmáticas.
• Frequentemente as rochas metamórficas encontram-se dobradas, o que sugere
uma génese num estado de deformação dúctil.

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Fatores de metamorfismo

PRESSÃO/TENSÃO

Litostática ou Aumenta o
Não litostática ou dirigida Reações
não dirigida efeito da
químicas pressão e
Formação da Desintegração temperatura
Terra de elementos Movimentos tectónicos
radioativos compressivos, distensivos Pressão
ou de cisalhamento Recristalização
exercida pelas
rochas

Fricção por Intrusões


movimentos magmáticas Numa única Em todas as
orogénicos direção direções

Sem foliação
Recristalização Foliação
Mineralogia do metamorfismo
Os minerais das rochas metamórficas podem:
• reaparecer - durante a recristalização como
resultado das reações entre diferentes minerais
da rocha inicial.

À superfície
feldspato Meteorização química (caulinização)
caulinite / argila
Estável a elevada Estável a baixa
temperatura e pressão temperatura e pressão

Em profundidade
argila feldspato
Metamorfismo
Estável a baixa Estável a elevada
temperatura e pressão temperatura e pressão

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Os minerais das rochas metamórficas podem:

• permanecer – são estáveis numa gama ampla


de condições de pressão e temperatura
minerais herdados
Exemplo: quartzo, calcite.

• ser característicos das rochas metamórficas


 minerais índice

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Minerais índice
• Andaluzite, cianite/distena e silimanite são polimorfos
• Exclusivos das rochas metamórficas
• Indicam o grau de metamorfismo
• caracterizam as condições de pressão e temperatura presentes quando a
rocha se formou (paleobarómetros e paleotermómetros )

Baixo grau de
metamorfismo
Grau de metamorfismo

Cianite / Distena
Alto grau de
crescente

metamorfismo

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ISÓGRADAS
São linhas que limitam locais de igual grau de metamorfismo 
locais com igual mineral índice

Rochas metamórficas com diferentes Rochas metamórficas com diferentes


minerais índice  diferente grau de minerais índice  diferente grau de
metamorfismo metamorfismo
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Metamorfismo de contacto
- Resulta da instalação de uma intrusão de magma a alta
temperatura em rochas pré-existentes auréola de
metamorfismo.
- Fatores de metamorfismo: calor e fluídos de circulação
- Rochas com textura não foliada ou granoblástica

Rocha pré-
existente:

(com calcite)

Rocha
metamórfica na
auréola de
metamorfismo: (com calcite)
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Exercício
Relaciona a dimensão da auréola metamórfica
verificada nos calcários e nos argilitos com as
características das referidas rochas.
- O argilito, por metamorfismo de contacto, origina corneanas e o calcário
origina mármore.
- Os fatores de metamorfismo associados ao metamorfismo de contacto são o
calor e os fluídos de circulação.
- O argilito é uma rocha impermeável quando saturada de água, pelo que a
extensão de argilito atravessada pelos fluídos de circulação será reduzida.
Assim, a extensão da auréola com corneanas será estreita.
- O calcário é mais permeável, pelo que a extensão de calcário atravessado
pelos fluídos de circulação é maior. Assim , a extensão da auréola com
mármore será maior.

Nota. Os mármores e quartzitos não são exclusivos do metamorfismo de contacto,


podendo resultar de metamorfismo regional, causado pela convergência de placas
litosféricas. Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Metamorfismo regional
• Devido a colisão de placas ou no fundo de bacias de sedimentação.
• Fatores de metamorfismo: calor e tensão dirigida (não litostática)
• Rochas com textura foliada
Tipo de Grau de Rocha Rocha pré- Granularidade Fissilidade /
foliação metamorfismo metamórfica existente Fissibilidade
(capacidade
para partir
em lâminas)

Ardósia
Clivagem Baixo
Filito
argilito - +
Xistosidade Médio Micaxisto argilito

Bandado
gnaissico Elevado Gnaisse granito ou
argilito + -
Os mármores e os quartzitos também podem resultar de metamorfismo regional, por ação de
pressão.
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Prof. Carla Cruz Acho Fixe Marrar Geologia
Deformações nas rochas
• Deformação elástica – reversível
• Deformação plástica – irreversível
• As rochas podem ter:
# comportamento / regime frágil – é mais rígida; quando ultrapassa
o limite de resistência/elasticidade parte  falha
# comportamento / regime dúctil – é mais plástica; quando
ultrapassa o limite de resistência  dobra
• As rochas, de um modo geral, são frágeis. Uma rocha:
+ à superfície (< temperatura) é + frágil
Em profundidade (> temperatura) é + dúctil
Com + água/+ hidratada é + dúctil
Com – água/- hidratada é + frágil
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Elementos das falhas (deformação descontínua)

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Atitude da falha = inclinação + direção

Rejeito

Plano horizontal
que interseta o
plano de falha

Plano de falha

Direção: O – E ou E – O
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Tipo Posição do
Tipos de falhas
teto Força
de
causadora
Rejeto Local de ocorrência
FALHA e do muro

Separação de placas continentais ou oceânicas

O teto
NORMAL

desce
FALHA

relativa-
mente ao
Distensiva Vertical
muro

Ex. Rifte Valley Africano


Colisão de placas tectónicas

O teto
INVERSA

Compres-
FALHA

sobe
Vertical
relativa-
mente ao
siva
muro
Ex. Himalaias e Andes

Blocos têm Falhas transformantes de zonas oceânicas


FALHA DE

movimentos
DESLIGA-

de
MENTO

horizontais,
paralelos à cisalha- Horizontal
direção do
plano de
mento
falha
Falha normal

Orientação da falha  NNE – SSO


Direção do plano de falha  NNE – SSO
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Direção das forças  ONO – ESE
Falha inversa

Orientação da falha  NNE – SSO


Direção do plano de falha  NNE – SSO
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Direção das forças  ONO – ESE
Falha de desligamento

Orientação da falha  NNE – SSO


Direção do plano de falha  NNE – SSO
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Direção das forças  NNE – SSO
Falhas em imagens com vista em
profundidade
Falhas inversas – o teto
sobe em relação ao muro

Só se observam deslocações de rochas na vertical

Falhas normais ou inversas devido à atuação de forças distensivas ou


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compressivas, respetivamente. Prof. Carla Cruz
Falhas em imagens aéreas

Só se observam deslocações de rochas na horizontal

Falhas de desligamento devido à atuação de forças de cisalhamento


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Exercício direção da falha

As falhas assinaladas na Figura com as letras X e Y apresentam uma


direção aproximada
(A) E – O e inclinam no mesmo sentido. C
(B) E – O e inclinam em sentidos diferentes.
(C) N – S e inclinam em sentidos diferentes.
(D) N – S e inclinam no mesmo sentido.
Elementos das dobras (deformação contínua)

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Atitude da dobra = inclinação + direção

Direção

O–E
E–O

Flanco da
dobra Inclinação
Plano horizontal
que interseta o
flanco da dobra

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Tipos de dobras
Nome Características
Antiforma Dobra cuja abertura/concavidade está
Quanto
voltada para baixo antipático
à posição
Sinforma Dobra cuja abertura/concavidade está
no espaço voltada para cima simpático

Dobra Dobra cuja abertura se encontra


neutra lateralmente

Nome Características
Quanto à Anticlinal No núcleo encontram-se as rochas
disposição mais antigas
da
sequência Rochas mais antigas
estratigrá
fica Sinclinal No núcleo encontram-se as rochas
(idade dos mais recentes Rochas mais recentes

estratos)

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• Quando as camadas mantêm a sua posição inicial (antigo em baixo e
recente em cima):
 antiforma é anticlinal Núcleo mais recente
 sinforma é sinclinal.

Núcleo mais antigo

• Quando as camadas invertem a sua posição inicial (recente em baixo e


antigo em cima): Núcleo mais antigo
 antiforma é sinclinal
 sinforma é anticlinal.

Núcleo mais recente


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• Orientação da dobra: SO – NE
• Direção das forças: SO – NE
• Direção da dobra: SE - NO
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Orientação da dobra  NE – SO
Direção das forças  NE – SO
Escola Básica e Secundária de D. Dinis Direção da dobra  NO – SE
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Inclinação do plano de falha ou do plano axial da
dobra

O plano axial do anticlinal de Valongo apresenta uma inclinação…


(A) para NE
(B) para SO
(C) para NO
(D) para SE
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Exercício

1. As forças tectónicas que geraram o sinclinal de Penha Garcia terão sido


(A) distensivas, de direção NE-SO.
(B) compressivas, de direção NE-SO.
(C) compressivas, de direção NO-SE.
(D) distensivas, de direção NO-SE.

2. O sinclinal de Penha Garcia tem orientação_____ e direção _____.


(A) NE-SO … NO-SE
(B) NE-SO … NE-SO
(C) NO-SE ... NE-SO
(D) NO-SE … NO-SE
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Recursos

• Recurso hidrogeológico (aquíferos)  recurso


renovável
• Recursos minerais recursos não renováveis
• Recursos energéticos  recursos renováveis
(energia eólica, solar, das marés, geotérmica…)
ou recursos não renováveis (carvão, petróleo, gás
natural, energia nuclear)

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Recurso hidrogeológico - Aquíferos
• Formação geológica porosa e permeável que acumulam água
subterrânea.
• Porosidade - Relação entre a entre o volume dos espaços vazios e
o volume total da amostra (%)  permite armazenamento de
água.
Mal calibrado Bem calibrado

• Permeabilidade - Capacidade de movimentação da água num dado


aquífero  permite a circulação de água.
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Recurso hidrogeológico - Aquíferos

•Em rochas detríticas: a água circula através


de poros

• Em rochas ígneas/magmáticas e
metamórficas : a água circula em fendas,
falhas.

•Em calcários: a água circula em cavidades


formadas pela dissolução química
(carbonatação) da calcite do calcário, em
água ácida.

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Zonas de um aquífero

O nível freático varia em


função da precipitação e da
taxa de consumo da água
Escola Básica e Secundária de D. Dinis do aquífero.
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Tipos de aquíferos

Há dois tipos de
aquíferos:

• Aquífero livre;

• Aquífero cativo
ou confinado

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Tipos de aquíferos

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Sobreexploração de aquíferos:
Salinização

A sobreexploração dos aquíferos em zonas costeiras pode levar à


entrada de água salgada no aquífero e consequente
contaminação do mesmo.
Recursos minerais
Clarke – concentração média de um determinado elemento químico na crosta
terrestre e exprime-se em partes por milhão (ppm) ou gramas por tonelada
(g/ton)

Jazigo / jazida mineral – local no qual um determinado elemento químico existe


numa concentração muito superior ao seu clarke.

Minério – material que é aproveitável e com interesse económico.

Ganga ou estéril – material sem valor económico que está associado ao


minério.

Escombreiras – depósitos superficiais da ganga junto às explorações mineiras.

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Combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão)

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Energia geotérmica
Consiste em água que transporta calor para a superfície.

• Aproveitamento / jazigo de alta entalpia  águas a


temperatura superior a 150ºC  centrais geotérmicas
(produção de eletricidade a partir do calor interno)
Ex: Açores. Estão perto do rifte onde o fluxo térmico /
gradiente geotérmico é elevado.

• Aproveitamento / jazigo de baixa entalpia  águas a


temperatura igual ou inferior a 150ºC  águas
termais ou águas para aquecimento.
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Grupo experimental
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Variáveis
• Variável independente/experimental: variável em estudo,
que o investigador manipula/faz variar propositadamente.

• Variável dependente: resultados obtidos. Aquilo que o


investigador quantifica (ex. crescimento, massa, nº de
seres…)

• Grupo controlo: Grupo onde não há exposição às condições


variáveis. Geralmente, representam a situação normal.

• Fatores de fiabilidade: permitem confiar nos resultados (ex.


repetir a experiência; usar muitos seres em cada montagem,
usar dispositivos com o mesmo tamanho; usar seres com
igual grau de desenvolvimento…)
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Fases do Método Científico
• Observação
• Problema: Colocado na interrogativa. Diz
respeito a uma questão, cuja experiência visa
dar resposta.
• Hipótese: colocada sob a forma de uma
afirmação. Pode ser apoiada ou rejeitada pelos
resultados obtidos na experiência.
• Experiência
• Análise dos resultados
• Conclusão Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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Análise de gráficos
Produz os 2 ácidos e mais ácido
lático do que acético
Analisar
quantidades
produzidas

Produz apenas 1 ácido, o ácido


lático

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Análise de gráficos

Mais tarde

Mais cedo

Analisar quando iniciou a produção

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Grupos experimentais
• Explique de que modo os resultados obtidos
na experiência rejeitam ou apoiam a hipótese

Analisar resultados
Referir se a hipótese é rejeitada ou apoiada
Grupos experimentais
• Explique, de acordo com os resultados obtidos
na experiência , a variação de…

Analisar resultados
Referir se aumenta ou diminui
Grupos experimentais
• Explique de que modo algo pode afetar....

Explicar a situação
Referir se aumenta ou diminui / beneficia ou
prejudica
Microscópio Ótico Composto (MOC)

Condensador

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Microscópio Ótico Composto (MOC)

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Características do MOC
Imagem ampliada, simétrica e invertida (duplamente invertida) 
quando se desloca a preparação num sentido, o objeto desloca-se em
sentido contrário
Ampliada
Antes (Valor da ampliação da ocular X Valor da
ampliação da objetiva)

Simétrica
Depois
Invertida
Virtual
Desloca-se em
sentido oposto ao
objeto
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Microscópio Ótico Composto

• Primeira focagem feita com parafuso


macrométrico
• Quanto maior for a ampliação da objetiva, menor
é a área do objeto observada  observa-se com
maior pormenor

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Focar a imagem no Microscópio
• Ajustar o espelho / Acender a luz
• Baixar a platina (com o parafuso macrométrico)
• Colocar a preparação na platina
• Subir a platina (com o parafuso macrométrico) até
aproximar da objetiva de menor ampliação
• Olhar através da ocular e afastar lentamente (com
o parafuso macrométrico) a platina até aparecer a
imagem
• Focar a imagem com o parafuso micrométrico
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TERMOS
• Culminar  terminar
• Subjacente / sob  por baixo de
• Sobrejacente/suprajacente / sobre  por cima de
• Subaéreo  à superfície
• Emerso  fora de água; Imerso  dentro de água
• Estiramento da crosta  a crosta “estica” (nos limites
divergentes)
• Espessamento da crosta  crosta mais espessa (nos limites
convergentes)
• Clasto  sedimento / detrito
• Refutar  negar/não apoiar/rejeitar
• Corroborar  apoiar
• Cisão/clivagem  corte
• Segregação/disjunção de cromossomas  separação de
cromossomas Escola Básica e Secundária de D. Dinis
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TERMOS equivalentes
• Glucose = glicose
• Glúcido = glícido
• Piruvato = ácido pirúvico
• Citoplasma = citosol = hialoplasma
• Glóbulos vermelhos = hemácias = eritrócitos
• Crusta = crosta

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Conselhos

• Se usas lentes de contacto leva óculos na mochila


para o caso de ser necessário.

• Relógio não Smartwatch

• Responde a cada grupo na totalidade.


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Bom exame

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