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MECANISMOS DE TOXICIDADE DOS FÁRMACOS
OS PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO TÓXICA DOS AGENTES NOCIVOS SÃO:
1) interferência com os sistemas enzimáticos (reversível, irreversível, síntese letal);
2) interferência com o transporte de oxigênio (carboxi-hemoglobina, metahemoglobina);
3) interferência com o sistema genético (ação citostática, carcinogênese, mutagênese e teratogênese);
4) interferência com as funções gerais das células (anestésica, neurotransmissão);
5) irritação direta dos tecidos (dermatite química, gases irritantes);
6) reações de hipersensibilidade (alergia química, fotoalergia, fotossensibilização).
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CONCEITOS BÁSICOS
FÁRMACO: designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de
propriedades farmacológicas. Em termos correntes, a palavra fármaco designa todas as substâncias utilizadas em
Farmácia e com ação farmacológica, ou, pelo menos, de interesse médico.
DROGA: Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, uma vez introduzida no organismo, modifica
suas funções.
TOXICIDADE: Capacidade inerente e potencial do agente tóxico de provocar efeitos nocivos em organismos
vivos.
EFEITO TÓXICO: é geralmente proporcional à concentração do agente tóxico a nível do sítio de ação (tecido alvo).
AÇÃO TÓXICA: Maneira pela qual um agente tóxico exerce sua atividade sobre as estruturas teciduais.
TÓXICO: Toxicidade ou toxidez é a qualidade que caracteriza o grau de qualquer substância nociva para um
organismo vivo ou para uma parte específica desse organismo como um órgão, o fígado, por exemplo, como um
veneno ou uma toxina produzida por um agente microbiano.
EFEITO TÓXICO: Reações provocadas por uma dose excessiva ou por acumulação anormal do fármaco no
organismo
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CONCEITOS BÁSICOS
INTOXICAÇÃO: É um processo patológico causado por substâncias endógenas ou
exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico, consequente das alterações bioquímicas
no organismo. Processo é evidenciado por sinais e sintomas ou mediante dados laboratoriais.
INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única- potência da droga) ou
múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num período de tempo
aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no
máximo 2 semanas. Estuda a relação dose/resposta que conduz ao cálculo da DL50.
INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições repetidas a substâncias
químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após administrações repetidas.
INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a doses
cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período prolongado, geralmente maior de 3
meses a anos.
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CONCEITOS BÁSICOS
ANTÍDOTO: Agente (medicamento ou produto químico) capaz de ANTAGONIZAR os efeitos tóxicos de substâncias.
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CONCEITOS BÁSICOS
FASES DA INTOXICAÇÃO: O processo de INTOXICAÇÃO pode ser desdobrado em 4 fases:
1. Fase de Exposição: É a fase em que as superfícies externa ou interna do organismo entram em contato com o
toxicante. Importante considerar nesta fase a via de introdução, a freqüência e a duração da exposição, as
propriedades físico-químicas, assim como a dose ou a concentração do xenobiótico e a susceptibilidade
individual.
2. Fase de Toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a
concentração do fármaco nos diferente tecidos do organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição,
o armazenamento, a metabolização/biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As
propriedades físico-químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim como a
velocidade de sua eliminação do organismo.
3. Fase de Toxicodinâmica: Compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação,
específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, o aparecimento de desequilíbrio homeostático.
4. Fase Clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis
mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o
organismo.
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CONCEITOS BÁSICOS
Posologia> Estuda o estabelecimento das doses, a sua frequência de administração e a duração dos
tratamento.
Dose> Quantidade de fármaco ou de medicamento que quando introduzido em um organismo é
capaz de produzir um efeito benéfico ou maléfico.
Dose de ataque: É a dose de um medicamento capaz de elevar rapidamente a concentração de um
fármaco na corrente sanguínea, a fim de que se obtenha o resultado terapêutico mais rapidamente.
Dose de manutenção: É a dose administrada em intervalos regulares capaz de manter a
concentração de um fármaco na quantidade desejada para que seja alcançado o efeito
terapêutico.
Dose mínima: É a menor dose eficaz de um fármaco que pode ser administrada a uma pessoa e pode
ser observado o resultado terapêutico.
Dose máxima: É a dose máxima de um fármaco que pode ser administrada a um paciente na qual
não são observados efeitos tóxicos.
Dose tóxica: É a dose de um fármaco acima do dose máxima, que se for administrada a um paciente
onde já podem observados efeitos de toxicidade, é uma “overdose”.
Dose letal: É a quantidade de fármaco que se for administrada a um paciente leva à morte,
chamada “overdose”.
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CONCEITOS BÁSICOS
INTERAÇÕES ENTRE SUBSTÂNCIAS: A exposição simultânea a várias substâncias
pode alterar uma série de fatores (absorção, ligação protéica, metabolização e
excreção) que influem na toxicidade de cada uma delas em separado.
Assim, a resposta final a tóxicos combinados pode ser maior ou menor que a soma dos
efeitos de cada um deles, podendo-se ter:
Efeito Aditivo: efeito final igual à soma dos efeitos de cada um dos agentes envolvidos;
Efeito Sinérgico: efeito maior que a soma dos efeitos de cada agente em separado;
Potencialização: efeito de um agente é aumentado quando em combinação com outro
agente;
Antagonismo: efeito de um agente é diminuído, inativado ou eliminado quando se
combina com outro agente.
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TIPOS PRINCIPAIS DE INTOXICAÇÃO
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TIPOS PRINCIPAIS DE INTOXICAÇÃO
Intoxicação endógena: é
causada pelo acúmulo de
substâncias maléficas que
o próprio organismo
produz, como a uréia, mas
que costumam ser
eliminadas através da
ação do fígado e filtragem
pelos rins, e podem ser
acumuladas quando estes
órgãos apresentam uma
insuficiência. 12
TIPOS PRINCIPAIS DE INTOXICAÇÃO
A uréia (carbamida), é um composto químico orgânico e é
essencialmente o resíduo produzido pelo organismo após o
metabolismo das proteínas. Naturalmente, o composto
é produzido quando o fígado decompõe proteínas ou aminoácidos
e amônia; os rins transferem a ureia do sangue para a urina.
O consumo de grandes quantidades de proteínas, leva a uma
hiperfiltração nos rins por conta do excesso de uréia, ou seja, os
rins trabalham mais para excretar a ureia e isso pode, em longo
prazo, causar problemas como hipertensão, diabetes e inflamação
nos rins.
Ureia é uma substância produzida pelo fígado que permite analisar o
funcionamento não só do fígado, como também principalmente dos
rins. O exame de ureia serve para avaliar e monitorar a saúde destes
órgãos. Essa substância é resultado do nosso metabolismo reagindo
às proteínas ingeridas na alimentação.
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TOXICIDADE SISTÊMICA Glutationa: Antioxidante
hidrossolúvel, este conjugado
pode ser excretado pela bílis
HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA POR FÁRMACOS ou urina.
PARACETAMOL OU ACETAMINOFENO
Muitos fármacos são metabolizados no fígado, e alguns desses metabólitos podem causar lesão hepática.
Exemplo clinicamente significativo é o PARACETAMOL, amplamente usado como analgésico e antipirético.
Na clínica pela intoxicação se observa a elevação das trasaminases, náuseas, dor abdominal, hepatomegalia...
Tratamento: usa o N-ACETILCISTEÍNA, que possui ação semelhante a glutationa (possui ação agonista da
glutationa).
Enzimas Hepáticas
TGO/AST TGP/ALT
- TRANSAMINASE TRANSAMINASE
GLUTAMICO OXALACETICA GLUTAMICO PIRUVICA OU
OU ASPARTATO ALANINA
AMINOTRANSFERASE AMINOTRASFERASE
PARACETAMOL OU ACETAMINOFENO
Em sua faixa posológica terapêutica, ele é metabolizado predominantemente por duas
vias: glicuronidação (enzima glicuronil transferase) e sulfatação, resultando em metabólitos
prontamente excretados; uma pequena fração da dose também é excretada em sua
forma inalterada.
A ação da P450 transforma em um elemento tóxico, N-ACETIL-PBENZOQUINONA (NAPQI).
A glutationa pode conjugar-se com a NAPQI e, destoxificá-la, porém a superdosagem de
paracetamol provoca a falta por esgotamento das reservas de glutationa deixando a
NAPQI livre para atacar proteínas celulares e mitocondriais, resultando finalmente em
necrose dos hepatócitos.
A administração do ANTÍDOTO N-acetilcisteína (NAC) no momento apropriado (cerca de 10
h após a superdosagem de paracetamol) produz a restauração das reservas de glutationa,
podendo impedir a ocorrência de insuficiência hepática e morte.
Esse exemplo ressalta a importância da DOSE: embora o paracetamol seja usado com
segurança por milhões de indivíduos diariamente, o mesmo fármaco, quando tomado em
excesso, é responsável por cerca de 50% dos casos de insuficiência hepática aguda nos
EUA.
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TOXICIDADE SISTÊMICA
HEPATOTOXICIDADE INDUZIDA POR FÁRMACOS
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AGENTES TÓXICOS DE INTERESSE DA TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
E SEUS EFEITOS SOBRE O ORGANISMO
1) (fígado)
clorofórmio, tetracloreto de carbono, fósforo, cloreto de vinila, álcool etílico
2) (rins)
mercúrio, cádmio, cromo, hidrocarbonetos policíclicos, clorofórmio, tetracloreto de carbono
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AGENTES TÓXICOS DE INTERESSE DA TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
E SEUS EFEITOS SOBRE O ORGANISMO
4)
As - arsênio, Cd - câdmio, Pb – chumbo, Cu - cobre, Cr - cromo, Sn - estanho, Mn - manganês, Hg - mercúrio
5) (câncer)
benzidina, níquel, cromo, cloreto de vinila, benzeno, asbestos;
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PRINCIPAIS SINTOMAS DE TOXICIDADE
Como existem diversos tipo de substâncias tóxicas, há uma grande variedade de sinais e sintomas que
podem indicar uma intoxicação, as principais são:
Batimentos cardíacos acelerados ou ldentificados;
Aumento ou queda da pressão arterial;
Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas;
Suor intenso;
Vermelhidão ou ferimentos na pele;
Alterações visuais, como borramento, turvação ou escurecimento;
Falta de ar;
Vômitos;
Diarreia;
Dor abdominal;
Sonolência;
Alucinação e delírio;
Retenção ou incontinência urinária e fecal;
Lentificação e dificuldade para realizar movimentos.
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21
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
É um evento clínico em que os efeitos de um fármaco
são alterados pela presença de outro fármaco, alimento,
bebida ou algum agente químico ambiental.
Esta interação pode reduzir o efeito de um dos fármacos
ou potencializá-lo, o que pode causar efeitos
imprevisíveis no tratamento.
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INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA E TOXICIDADE
A possibilidade de um fármaco causar mais prejuízo do que
benefício a determinado paciente depende de muitos fatores,
incluindo idade, constituição genética, condições preexistentes,
dose do fármaco administrado e outros fármacos já em uso.
Ex: idosos ou crianças muito pequenas podem ser mais suscetíveis
aos efeitos tóxicos, devido às diferenças dependentes da idade
no perfil farmacocinético ou nas enzimas envolvidas no
metabolismo dos fármacos.
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Interação medicamentosa do tipo
MEDICAMENTO-MEDICAMENTO
Um exemplo comum de interação entre dois
medicamentos diferentes é a aquela ocorrida entre
antiácidos e anti-inflamatórios.
Os medicamentos antiácidos podem diminuir a absorção
dos anti-inflamatórios, reduzindo o seu efeito terapêutico.
Quando for iniciar um tratamento com anti-inflamatórios,
informe ao médico todos os medicamentos que utiliza,
inclusive os antiácidos.
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Interação medicamentosa do tipo
MEDICAMENTO-ÁLCOOL
O álcool é um depressor do sistema nervoso central, ou seja, diminui a atividade do cérebro,
alterando a ação de neurotransmissores (GABA, GLUTAMATO E SEROTONINA). A ingestão
exagerada de álcool pode aumentar a diurese, o que provoca desregulação da
concentração de eletrólitos no sangue, elevação da pressão arterial e alteração no
funcionamento do órgão.
Álcool + dipirona
O efeito do álcool pode ser potencializado.
Álcool + paracetamol
Maior risco de hepatite medicamentosa, aumenta a toxicidade hepática do paracetamol,
provocando problemas no fígado do paciente.
Álcool + ácido acetilsalicílico
Maior risco de sangramentos no estômago, já que o ácido acetilsalicílico irrita a mucosa
estomacal.
Álcool + antibióticos
Possível que leve a vômitos, palpitação, cefaléia, hipotensão, dificuldade respiratória e até
morte. 25
Interação medicamentosa do tipo
MEDICAMENTO-BEBIDAS ALCÓOLICAS
Álcool + anti-inflamatórios
Maior risco de úlcera gástrica e sangramentos.
Álcool + antidepressivos
Aumento nas reações adversas e no efeito sedativo, além da diminuição na eficácia do
medicamento.
Álcool + calmantes (ansiolíticos)
Aumento no efeito sedativo. Há ainda uma maior probabilidade de coma e insuficiência
respiratória. Um exemplo disso é a substância benzodiazepina.
Álcool + inibidores de apetite
Tontura, vertigem, fraqueza, síncope, confusão mental e outros sintomas ligados aos sistema
nervoso central se tornam mais comuns.
Álcool + anticonvulsivantes
Maiores efeitos colaterais e risco de intoxicação. Também há uma diminuição na eficácia
contra as crises de epilepsia.
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Interação medicamentosa do tipo
MEDICAMENTO-ALIMENTO
O leite e os alimentos lácteos podem reduzir a absorção de Levotiroxina,
Fluorquinolona, Quinolona, Tetraciclina, Suplementos de ferro, o cálcio diminui
consideravelmente a absorção da droga, diminuindo o seu efeito terapêutico. Faça a
ingestão desses alimentos uma hora depois ou duas horas antes da administração.
A mistura das duas substâncias forma um quelato (molécula composta por átomos
metálicos) insolúvel no trato gastrintestinal, e associado aos cátions presentes em
derivados lácteos, diminui a absorção do antibiótico em cerca de 50% a 90%,
reduzindo a eficácia antimicrobiana por via oral.
27
Interação medicamentosa do tipo
MEDICAMENTO-EXAME LABORATORIAL
As bebidas alcoólicas podem aumentar a toxicidade
hepática do paracetamol, provocando problemas no
fígado do paciente. Não faça uso de bebidas alcoólicas
enquanto estiver em tratamento com paracetamol.
Anticoagulantes, como a varfarina, podem apresentar
um risco maior de causar hemorragia se utilizados com
alguns anti-inflamatórios. Vale ressaltar, que no caso da
varfarina é indispensável o acompanhamento de um
profissional de saúde para avaliar e monitorar o risco do
uso combinado a outros medicamentos e alimentos
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INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
MEDICAMENTO O QUE ACONTECE?
ANTIBIÓTICO + ANTIÁCIDO REDUZ EFEITO DO ANTIBIÓTICO
RIFAMPICINA + REDUZ O EFEITO DO ANTICONCEPCIONAL
ANTICONCEPCIONAIS
CORTICÓIDE + ANTICONCEPCIONAIS DOR DE ESTÔMAGO E AUMENTO DO RISCO DE SANGRAMENTO
MEDICAMENTO PARA EMAGRECER + AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL
ANTIDEPRESSIVO
INIBIDORES DE APETITE + ANSIOLÍTICO IRRITABILIDADE, CONFUSÃO MENTAL E TAQUICARDIA
ANSIOLÍTICOS + ESPINHEIRA SANTA DIMINUI A ABSORÇÃO
ANSIOLÍTICOS + VALERIANA AUMENTO O EFEITO DO CALMANTE, LETARGIA E QUEDA DE
PRESSÃO
AAS + GINKO BILOBA RISCO DE SANGRAMENTO
AZITROMICINA, BUSPIRONA, CAPTOPRIL, OS ALIMENTOS REDUZEM A ABSORÇÃO
CIPROFLOXACINO, ERITROMICINA,
LEVOTIROXINA, LINCOMICINA, NORFLOXACINO,
OBS: TOMAR 1HORA ANTES OU 2HORAS DEPOIS DA REFEIÇÃO.
OXITETRACICLINA, TETRACICLINA....
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INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
INTERAÇÃO GRAVIDADE EFEITO DA INTERAÇÃO
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INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Efeito antagonístico: surge quando se toma um antiácido
simultaneamente com um antiinflamatório - o pH do
estômago precisa ser ácido para absorver o anti-inflamatório,
diminuindo assim a absorção do medicamento.
Contraceptivos orais com antibióticos: os antibióticos
aceleram o metabolismo hepático dos anticoncepcionais,
aumentando consequentemente o risco da gravidez; os
antibióticos também reduzem a flora bacteriana
gastrointestinal residente, responsável pela degradação das
cápsulas dos contraceptivos orais, reduzindo a absorção do
fármacos.
32
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
O PRIMEIRO PASSO É CONHECER QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS EM UTIS, AS SUAS INDICAÇÕES,
AÇÕES NO ORGANISMO E POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS. CONFIRA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ALGUNS
DELES NA LISTA ABAIXO:
Adenosina: antiarrítmico indicado para taquiarritmia supraventricular. Age na excitabilidade e na
condutividade do estímulo elétrico. Tem como possíveis efeitos colaterais dor torácica, rush facial e cefaleia.
Alteplase: trombolítico utilizado no tratamento de tromboembolia pulmonar. Age na dissolução do trombo
em casos de obstrução de vasos sanguíneos. Tem como possíveis efeitos colaterais arritmias, sangramentos e
hipotensão.
Atropina: atua no sistema parassimpático em casos de bradicardia. Aumenta a condução do estímulo
elétrico e, consequentemente, da frequência cardíaca. Tem como possíveis efeitos colaterais calor, rubor,
taquicardia e palpitações.
Clopidogrel: trata-se de um antiagregante plaquetário que reduz eventos de aterosclerose, inibindo a
formação da agregação de plaquetas. Pode gerar sangramento.
Diazepam: benzodiazepínico indicado para sedação, crise convulsiva e como miorrelaxante e ansiolítico,
agindo no sistema nervoso central. Pode causar dependência química, ataxia, diplopia, tontura, amnésia e
ginecomastia em uso prolongado.
Diltiazem: utilizado para tratamento de hipertensão, atua nos canais de cálcio. Tem como possíveis efeitos
colaterais hipotensão e arritmias.
33
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
Dobutamina: é um cardiotônico não digitálico usado na correção do desequilíbrio hemodinâmico. Estimula
os receptores beta adrenérgicos do músculo cardíaco, aumentando a força de contração. Causa aumento
da frequência cardíaca.
Dopamina: droga vasoativa inotrópica e cronotrópica indicada para correção do desequilíbrio
hemodinâmico, aumentando o fluxo cardíaco e a pressão arterial. Tem a taquiarritmia como efeito
colateral.
Epinefrina: droga vasoativa indicada para reanimação cardiopulmonar, reações anafiláticas e asma. Age
na vasoconstrição periférica. Tem como efeitos colaterais a diminuição do débito urinário, visão turva e
fotofobia.
Fenitoína: anticonvulsivante que age no córtex motor, inibindo a propagação da crise de convulsão. Pode
causar ataxia, diplopia e depleção de ácido fólico.
Lidocaína: anestésico local e antiarrítmico. Age no sistema de condução elétrica do coração. Tem como
possíveis efeitos colaterais confusão mental e alteração do comportamento.
Manitol: diurético osmótico para tratamento de edema cerebral. Diminui o edema por diferença de
concentração. Pode causar desidratação, cefaleia, náuseas e vômito.
Noradrenalina: droga vasopressora indicada em casos de choque séptico e situações de baixa resistência
periférica. Tem como possíveis efeitos colaterais cianose de extremidades, hipoperfusão renal, mesentérica e
hepática.
Tramadol: hipnoanalgésico que atua nos receptores localizados no tálamo, hipotálamo e sistema límbico.
Pode causar depressão do sistema nervoso central e respiratório, constipação, náusea e vômitos.
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PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS CLASSIFICADOS POR AÇÃO FARMACOLÓGICA- UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO (UPA):
35
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS CLASSIFICADOS POR AÇÃO FARMACOLÓGICA- UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO (UPA):
36
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS CLASSIFICADOS POR AÇÃO FARMACOLÓGICA- UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO (UPA):
37
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS CLASSIFICADOS POR AÇÃO FARMACOLÓGICA- UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO (UPA):
38
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS CLASSIFICADOS POR AÇÃO FARMACOLÓGICA- UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO (UPA):
39
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS CLASSIFICADOS POR AÇÃO FARMACOLÓGICA- UNIDADE DE PRONTO
ATENDIMENTO (UPA):
40
PRINCIPAIS FÁRMACOS UTILIZADOS NA
ENFERMAGEM
MEDICAMENTO DA PORTARIA 344/98
41
42
RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL PARA
PSICOTRÓPRICO
43
RECEITUÁRIO DE CONTROLE ESPECIAL
44
CELULAR: (12) 98808-5764
EMAIL: ludmillaaraujo@gmail.com
45
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Bibliografia Básica
CLAYTON, Bruce, Stock, Yvonne N, Cooper, Sandra. Farmacologia na prática de enfermagem. 15ª. Edição, Elsevier Editora Ltda, 2012.
KATZUNG, B.G.; Masters SB; Trevor AJ. Farmacologia Básica e Clínica. 13ª edição. Rio de Janeiro. McGraw-Hill, 2017.
RANG, H. P.; Dale, M. M.; Ritter, J. M.; Flower, R. J.; Henderson G. Rang & Dale. Farmacologia. 7ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 2012.
Bibliografia Complementar
ALBERTS, B.; Johnson, A.; Lewis, J.; Ralf, M.; Roberts, K.; Walter, P. Biologia Molecular da Célula. 5ª edição. Porto Alegre, Artmed, 2010.
BARROS, E. Medicamentos de A a Z: 2014-2015. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
BRUNTON, L.L; Chabner BA; Knollmann BC. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12.ed. Rio de Janeiro, McGrawHill, 2012.
LULLMANN H, Mohr K, Hein L, Bieger D. Farmacologia: texto e atlas. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
MICHELLE A. Clark, Richard Finkel, Jose A. Rey, Karen Whalen. Farmacologia ilustrada - 5.ed. Porto Alegre RS, Artmed, 2013.
46
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
47
FARMACOLOGIA - 1
1º Bimestre 2º Bimestre
Conceitos em Farmacologia; Mecanismo de ação de fármacos (celular e
molecular);
Relevância do conhecimento em
farmacologia para o profissional de Farmacologia dos Antimicrobianos;
enfermagem;
Classes de Antimicrobianos;
Terminologia em farmacologia e recordando
Farmacologia da Inflamação;
conceitos;
Classes de anti-inflamatórios;
Vias de administração de medicamentos;
Farmacologia da Coagulação;
Farmacocinética: absorção, distribuição,
metabolismo e excreção; Medicamentos que atuam na coagulação;
Farmacodinâmica: interação fármaco- Farmacologia dos Antilipêmicos;
receptor; Medicamentos Antilipêmicos
Principais fármacos utilizados e os possíveis Cálculos aplicados a Enfermagem
efeitos colaterais e toxicidade sistêmica.
48
FARMACOLOGIA - 2
1º Bimestre 2º Bimestre
Farmacologia dos Sistemas Fisiológicos Específicos: Farmacologia do Sistema Cardiovascular;
1. FARMACOLOGIA OCULAR Farmacologia do Sistema Endócrino;
2. FARMACOLOGIA DERMATOLÓGICA Farmacologia do Sistema Digestório e
Respiratório;
3. FARMACOLOGIA DA CONTRACEPÇÃO E
FARMACOTERAPIA DE DISTÚRBIOS GINECOLÓGICOS Cálculos Aplicados a Enfermagem.
E OBSTÉTRICOS
4. FARMACOLOGIA TOXICOLÓGICA AMBIENTAL:
CARCINÓGENOS E METAIS PESADOS
Farmacologia do Sistema Nervoso Central;
Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo.
49