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Centro de Desenvolvimento de Materiais Metálicos - CDMatM
Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972 – sala K5-09
São Bernardo do Campo – SP – Brasil – 09850-901
tel: +55 11 43532900 ext. 2173 - fax: +55 11 41095994
Projeto de Pesquisa
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Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Magnabosco
Candidata: Nathalia Correia Lopes, n° FEI 11.106.959-7
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Engenheiro metalurgista – EPUSP – 1993.
Mestre em engenharia – EPUSP – 1996.
Doutor em engenharia – EPUSP – 2001.
Professor do Departamento de Engenharia Mecânica da FEI, rodrmagn@fei.edu.br
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i. e x e
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RESUMO DO PROJETO
Palavras-chave:
1. Ensaios mecânicos
2. Ensaios de compressão
3. Comportamento mecânico
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I. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
F ∆L
S= (1) e= (2)
Ao Lo
Tensão e deformação como descritas nas equações 1 e 2 são chamadas de convencionais, uma vez
que para o seu cálculo convenciona-se o uso da área da seção transversal a direção de solicitação
(Ao) e de um comprimento inicial de referência (Lo). Implícito a esta convenção há o erro de não
considerar a redução de área de seção transversal à direção da solicitação para compensar o
aumento de comprimento, além de não considerar que o comprimento inicial de referência pode variar
ao longo do tempo, numa seqüência de solicitações. Todavia, as definições de tensão e deformação
convencionais são de extrema utilidade prática na engenharia. Os problemas advindos das
convenções adotadas são corrigidos com as definições de tensão e deformação verdadeiras,
indicadas nas equações 3 e 4, onde A e L representam respectivamente a área e o comprimento no
instante da aplicação da força F:
F L
σ = (3) ε = ln (4)
A Lo
Ao Ao
e= −1 (5) ε = ln (6)
A A
Supondo agora que além da premissa de volume constante respeite-se o fenômeno de deformação
uniforme (ou seja, todo o material sujeito à força F de tração alonga-se do mesmo modo em todo o
seu comprimento), é possível deduzir as equações 7 e 8 que relacionam as tensões e deformações
convencionais e verdadeiras:
Para materiais metálicos a curva tensão-deformação convencional obtida num ensaio monotônico de
[1]
tração (cuja principal norma para execução em materiais metálicos é a ASTM E 8M-04 ) pode ser
dividida em três regiões onde eventos distintos de deformação ocorrem. Indicadas na Figura 1 são
elas:
1. Região de deformação elástica, ou seja, a aplicação de uma solicitação mecânica gera
deformação que deixa de existir quando a solicitação é retirada, retornando o material às suas
dimensões originais. Nos materiais metálicos, a variação de tensão em função da deformação
correspondente é linear.
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σ σ n
ε = εe + ε p = + (9)
E H
onde ε é a deformação verdadeira total imposta, εe e εp são respectivamente as parcelas elástica e
plástica da deformação verdadeira total, σ é a tensão normal verdadeira aplicada, E é o módulo de
elasticidade ou de Young, H é o coeficiente de resistência e n é o expoente de encruamento do
material.
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4.Fc .h ho
σc = (10) ε c = ln (11)
π .Do2 .ho h
Outros fatores que influenciam o comportamento mecânico de um material metálico sujeito a esforços
de tração ou compressão são a temperatura (que aumentada pode levar a diminuição da força
necessária para a deformação por permitir processos de recuperação e recristalização da
microestrutura, reduzindo a densidade de discordâncias) e a taxa de deformação (que aumentada
leva a aumento da força necessária para a deformação por dificultar o movimento de discordâncias), e
[4]
é descrita pela equação 12 :
dε 1 dh v d
ε= = . = (12)
dt h dt h
onde vd é a velocidade de deslocamento imposta durante o ensaio. Nota-se que a taxa de deformação
é diretamente dependente da velocidade de deslocamento, e que, para manter a taxa de deformação
constante num ensaio de compressão, a velocidade de deslocamento deve ser constantemente
reduzida.
II.1. Objetivos
O objetivo geral do presente trabalho é determinar o comportamento mecânico de alumínio comercial
através de ensaios de compressão de cilindro. Como objetivos específicos, pretende-se: i) comparar
os ensaios de tração e compressão como métodos para a determinação do comportamento
mecânico; ii) desenvolver os métodos de ensaio de compressão a temperatura ambiente, a
temperaturas sub zero e a temperaturas superiores à ambiente e iii) investigar a influência da
temperatura de ensaio e da velocidade de deslocamento na determinação do comportamento
mecânico de alumínio comercial em ensaio de compressão.
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(a) (b)
Figura 3: (a) corpo-de-prova para ensaios de tração; (b) corpo-de-prova para ensaios de compressão.
II.2.2. Métodos
Inicialmente serão conduzidos ensaios de tração e compressão à temperatura ambiente com
velocidade de deslocamento de 1mm/min, para comparação das curvas tensão-deformação
verdadeiras obtidas pelos dois métodos. Na seqüência, ensaios de compressão serão conduzidos a
-70°C, 25°C, 100°C, 300°C e 500°C a quatro diferentes velocidades de deslocamento (1, 5, 10 e 30
mm/min), para a investigação da influência da temperatura de ensaio e da velocidade de
deslocamento na determinação do comportamento mecânico. Todos os ensaios mecânicos serão
conduzidos na máquina universal de ensaios MTS do CDMatM, que conta com forno para
aquecimento das amostras até 1400°C, e dispositivo para condução de ensaios a -70° sob banho de
álcool etílico absoluto e gelo seco. Serão realizados 3 ensaios por condição, e será avaliada a
variação da taxa de deformação em função da altura e deformação impostas ao corpo-de-prova, em
cada ensaio de velocidade de deslocamento constante.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ASTM E 8M-04, Standard test methods for tension testing of metallic materials [Metric]. ASTM –
American Society for Testing and Materials, Philadelphia, USA, 2004, Committee E-28, p. 1-24.
2. DOWLING, N. E., “Mechanical behaviour of materials”, Prentice Hall, New Jersey, USA, 2. ed.,
1999, p. 108-135.
3. ASTM E09-89, Standard test methods of compression testing of metallic materials at room
temperature. ASTM – American Society for Testing and Materials, Philadelphia, USA, 2000,
Committee E-28, p. 1-9.
4. DIETER, G. E., “Mechanical Metallurgy”, McGraw Hill, London, Eng, SI Ed., 1988, p. 519-532.
5. DOWLING, N. E., “Mechanical behaviour of materials”, Prentice Hall, New Jersey, USA, 2. ed.,
1999, p. 136-139.