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Desaromatização a furfural

1 A desaromatização a furfural consiste na extração de compostos aromáticos polinucleados de altos pesos


moleculares por um solvente específico; nesse caso, o furfural, e é um processo típico da produção de
lubrificantes, uma vez que esses compostos aromáticos causam altas variações de viscosidade nos óleos, que
são indesejáveis para esses lubrificantes, que precisam manter suas propriedades independentemente da
variação de temperatura de processo. Portanto, ao retirar os compostos aromáticos, há uma menor variação
da viscosidade em função da temperatura. (42s)

2 O Índice de Viscosidade (IV) é a propriedade que ilustra a variação da viscosidade em função da


temperatura. Quando menor a variação da viscosidade com a temperatura, maior o IV. Logo, esse processo de
refino tem por finalidade aumentar o Índice de Viscosidade. (20s)
3 A desaromatização é um processo que se assemelha à desasfaltação, apresentando seções de extração,
recuperação do solvente do extrato e recuperação do solvente do rafinado. Apresenta também a etapa de
purificação do solvente, que consiste na retirada de água e resíduos oleosos do furfural. (21s)

4 No passado, a desaromatização de lubrificantes era feita utilizando o fenol como solvente. Com o aumento
da utilização do furfural, a utilização do fenol entrou em obsolescência.
O furfural, 2-furanocarboxialdeído, furaldeído, 2-furanaldeído, fural ou furfuraldeído, de fórmula molecular
C5H4O2, é um aldeído heterocíclico límpido e incolor que, quando exposto ao oxigênio, sofre oxidação e
torna-se castanho-avermelhado. (39s)

Peso molecular 96.08 g/mol

Ponto de ebulição 162 °C

Ponto de fusão -37 °C

Solubilidade 83 mg/ml a 20 °C

densidade 1,16 g/cm3

5 O processo de desaromatização começa pela desaeração do óleo base, partindo para etapa de extração.
Desta etapa, o produto de fundo (extrato) segue para recuperação do solvente, bem como o produto de topo
(rafinado). O solvente recuperado é purificado para seu reciclo.O produto principal é o óleo desaromatizado.
Ele é estocado para seu posterior processamento. Já o extrato aromático, subproduto desse processo, é um
óleo viscoso e pesado, que pode ser utilizado como óleo extensor de borracha sintética. (38s)

Bibliografia:
RIBEIRO, Paulo Roberto et al. Furfural - da biomassa ao laboratório de química orgânica. Quím. Nova, São
Paulo , v. 35, n. 5, p. 1046-1051, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422012000500033.
Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422012000500033&lng=en&nrm=iso.
acesso em 11 Dez. 2020.

Registo de Furfural na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA. Disponível em:


https://gestis-database.dguv.de/data?name=025010. Acesso em 11 Dez. 2020.
MARIANO, Jacqueline Barboza. Impactos ambientais do refino de petróleo. 2001. Tese (mestrado em
ciências em planejamento energético) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001.

amarelo = meramente expositivo no video

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