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Universidade Politécnica - Á Politécnica

Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias

Psicologia Clínica

5º Semestre

Comportamento do aço

Siloyd Valdemiro Jaime

Quelimane
2022

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Siloyd Valdemiro Jaime

Comportamento do aço

Trabalho de pesquisa, apresentado como exigência


do programa de aulas da cadeira de Estruturas
Metálicas e Mistas do Curso de Licenciatura em
Engenharia Civil do Instituto Superior de
Humanidades Ciências e Tecnologias. Leccionada
pela:
Docente: Juca Figueiredo Suege

Quelimane
2022

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Índice
1. Introdução.......................................................................................................................6

1.1. Objectivos.................................................................................................................6

1.1.1. Objectivo Geral.................................................................................................6

1.1.2. Objectivos específicos.......................................................................................6

1.2. Metodologia..............................................................................................................6

1.3. Estruturação do Trabalho.........................................................................................7

2. Aço..................................................................................................................................8

2.1. Conceito....................................................................................................................8

2.2. Processo de fabricação.............................................................................................8

2.3. Propriedades do aço..................................................................................................9

2.3.1. Propriedades Mecânicas..................................................................................11

2.4. Tipos de aço e sua classificação.............................................................................12

2.5. Estruturas metálicas com aço.................................................................................12

2.6. Comportamento do aço nas estruturas....................................................................13

2.7. Diagrama de tensão e deformação..........................................................................13

2.7.1. As fases do diagrama de tensão-deformação..................................................14

2.8. Ensaio de cisalhamento..........................................................................................15

2.8.1. Normas para realização de ensaio de cisalhamento........................................15

2.8.2. Equipamento para realização do ensaio de cisalhamento...............................16

2.8.3. Ensaio de cisalhamento em Adesivos e Compósitos......................................17

2.9. Ensaio de tracção....................................................................................................17

2.9.1. Procedimento..................................................................................................18

2.9.2. Resultados.......................................................................................................19

2.9.3. Deformação Elástica.......................................................................................19

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2.9.4. Deformação Plástica.......................................................................................20

2.10. Aços para a construção civil...............................................................................20

2.10.1. Vantagens da utilização do aço na construção civil....................................20

3. Conclusão......................................................................................................................22

4. Referências bibliográficas.............................................................................................23

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Índice de figuras

Figura 1:Torre Eiffel – Paris, França....................................................................................11


Figura 2: Diagrama de tensão-deformação...........................................................................12
Figura 3: dispositivo de ensaio de cisalhamento de um eixo................................................13
Figura 4: dispositivos de ensaio de cisalhamento, utilizando lâmina móvel e sistema de
estampo.................................................................................................................................15

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1. Introdução

Este trabalho a borda sobre o comportamento do aço, mais concretamente o seu


conceito, tipos de aço, estruturas metálicas em aço, propriedades e respectivos diagramas
de tensão. Uso de aço na construção civil – a importância do uso do aço pode ser observada
na construção civil, principalmente, em substituição a elementos convencionais como o
betão. São conhecidas, atualmente, mais de 3 mil tipos de aços dos quais existe uma parte
designada especificamente para a construção civil, ou seja, só é usada para finalidades
construtivas. Nessa área de atuação do aço, ele pode ser empregado de duas maneiras: Nas
edificações, onde a base da estrutura é montada com componentes de aço, ou ele pode ser
empregado também, nas formas de armadura, complementando a estrutura de concreto
armado (MANDOLESI, 1981).

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Desenvolver um estudo sobre o comportamento do aço mais concretamente seu


conceito, propriedades, diagramas de tensão, tipos de aço entre outros factores.

1.1.2. Objectivos específicos

 Apresentar conceitos, características e propriedades relacionadas ao aço;


 Apresentar os diagramas de tensão/deformação correspondentes;
 Compreender melhor sobre o uso do aço na construção civil.

1.2. Metodologia

A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método descritivo,


esta opção justifica o facto do método escolhido permitir uma descrição clara e flexível em
relação as ideias que foram reunidas e analisadas neste trabalho. Enquanto procedimento, o
trabalho realizou-se por meio da observação directa e indirecta.

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1.3. Estruturação do Trabalho

O presente trabalho foi dividido em três capítulos, constando no primeiro uma


introdução ao assunto deste trabalho, os conceitos iniciais, e ainda são listadas as principais
normas sobre o assunto, bem como os objetivos da pesquisa, descrição da metodologia, as
limitações e a descrição dos capítulos.

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2. Aço

2.1. Conceito

Aços são ligas ferro-carbono com teor de carbono de até 2% em peso. É de longe o
material mais amplamente empregado na fabricação de bens de consumo e bens de
produção, nas indústrias, na fabricação de máquinas, veículos automotores, na construção
civil, etc. O aço é utilizado para fabricar quase tudo, desde uma agulha de costura até
tanques de armazenamento de óleo. Além disso, as ferramentas, necessárias para construir e
fabricar esses artigos, são também fabricadas em aço.

2.2. Processo de fabricação

Como foi visto, as matérias primas básicas para a produção do aço são: minério de
ferro e carvão coque. A essas são adicionados o calcário, com função específica de retirar
impurezas.

Antes do início da produção do aço, o carvão mineral é queimado na coqueria e


transformado em blocos de aproximadamente mesmas dimensões, denominados coque ou
carvão – coque.

Como o ferro é raramente encontrado puro na natureza, usa-se o seu minério. Para
transformar o minério em ferro é necessário a sua queima. Para isso, quantidades pré-
definidas de minério, coque e calcário são colocadas na parte superior de um forno especial
denominado “alto-forno”. Na presença de calor esses materiais são fundidos, produzindo
ferro e impurezas.

O coque, em presença de um ar superaquecido introduzido sob pressão na parte


inferior do forno, queima e forma um gás que remove os óxidos do minério de ferro. O
calor da combustão liquefaz o calcário, o qual, combinados e com as impurezas do minério
de ferro, forma a escória, ao mesmo tempo em que funde o ferro contido no minério. A
carga no forno torna-se progressivamente viscosa e líquida.

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A escória, por ser mais leve, flutua sobre o ferro em fusão, chamado nesse estágio
de gusa. Os dois componentes são separados, a escória é destinada à produção de cimento e
o ferro gusa é despejado, ainda líquido, em um recipiente denominado Carro-Torpedo.

O ferro gusa possui alta percentagem de carbono (3,5% a 4%), absorvido do coque,
e não tem aplicação estrutural.

Para transformar a gusa em aço é necessário reduzir a quantidade de carbono. Para


isso o ferro gusa é misturado com aparas de aço (sucata) e calcário, e conduzido a um forno
em forma de barril, denominado “conversor”.

Oxigênio de alta pureza é introduzido no topo do forno a velocidade supersônica,


num fluxo com duração aproximada de 20 minutos. Durante esse processo, temperaturas
muito altas são atingidas, quando então, é queimado o excesso de carbono e eliminadas as
impurezas não absorvidas pelo calcário fundido.

Finalmente o aço é despejado em moldes denominados lingoteiras, resultando em


blocos de aço chamados lingotes ou tarugos.

A partir daí, o aço passa pelo processo de laminação a quente onde é transformado
em perfis ou chapas. Antes da laminação, o lingote passa pelo forno poço, onde sofre novo
aquecimento para facilitar o processo.

2.3. Propriedades do aço

Suas propriedades são de fundamental importância, especificamente no campo de


estruturas metálicas, cujo projeto e execução nelas se baseiam. Não são exclusivas dos
aços, mas, de forma semelhante, servem a todos os metais. Em um teste de resistência, ao
submeter uma barra metálica a um esforço de tração crescente, ela irá apresentar uma
deformação progressiva de extensão, ou seja, um aumento de comprimento. Através da
análise deste alongamento, pode-se chegar a alguns conceitos e propriedades dos aços:

 A elasticidade é a propriedade do metal de retornar à forma original, uma vez


removida a força externa atuante. Deste modo, a deformação segue a Lei de Hooke,
sendo proporcional ao esforço aplicado:

Þ = µ. E
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onde: Þ = tensão aplicada; e µ = deformação (E = módulo de elasticidade do
material – módulo de Young).

Ao maior valor de tensão para o qual vale a Lei de Hooke, denomina-se limite de
proporcionalidade. Ao ultrapassar este limite, surge a fase plástica, onde ocorrem
deformações crescentes mesmo sem a variação da tensão: é o denominado patamar de
escoamento. Alguns materiais – como o ferro fundido ou o aço liga tratado termicamente –
não deformam plasticamente antes da ruptura, sendo considerados materiais frágeis. Estes
materiais não apresentam o patamar de escoamento.

 A plasticidade é a propriedade inversa à da elasticidade, ou seja, do material não


voltar à sua forma inicial após a remoção da carga externa, obtendo-se deformações
permanentes. A deformação plástica altera a estrutura de um metal, aumentando sua
dureza. Este fenômeno é denominado endurecimento pela deformação à frio ou
encruamento.
 Ductilidade é a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas antes
de se romper, daí sua grande importância, já que estas deformações constituem um
aviso prévio à ruptura final do material, o que é de extrema importância para
previnir acidentes em uma construção, por exemplo. A fragilidade, oposto à
ductilidade, é a característica dos materiais que rompem bruscamente, sem aviso
prévio (um dos principais fatores responsáveis por diversos tipos de acidentes
ocorridos em pontes e navios).
 A resiliência é a capacidade de absorver energia mecânica em regime elástico, ou
seja, a capacidade de restituir a energia mecânica absorvida. Já a tenacidade é a
energia total, plástica ou elástica, que o material pode absorver até a ruptura. Assim,
um material dúctil com a mesma resistência de um material frágil irá requerer maior
energia para ser rompido, portanto é mais tenaz.
 A fluência é mais uma outra propriedade apresentada pelo aço e metais em geral.
Ela acontece em função de ajustes plásticos que podem ocorrer em pontos de
tensão, ao longo dos contornos dos grãos do material. Estes pontos de tensão
aparecem logo após o metal ser solicitado por uma carga constante, e sofrer a
deformação elástica. Após esta fluência ocorre a deformação continua levando a

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uma redução da área do perfil transversal da peça (denominada estricção). Tem
relação com a temperatura a qual o material está submetido: quanto mais alta, maior
ela será, porque facilita o início e fim da deformação plástica. Nos aços, é
significativa para temperaturas superiores a 350°C, ou seja, em caso de incêndios.

 É importante citar ainda a fadiga, sendo a ruptura de um material sob esforços


repetidos ou cíclicos. A ruptura por fadiga é sempre uma ruptura frágil, mesmo para
materiais dúcteis.
 Por fim, temos a dureza, que é a resistência ao risco ou abrasão: a resistência que a
superfície do material oferece à penetração de uma peça de maior dureza. Sua
análise é de fundamental importância nas operações de estampagem de chapas de
aços.

2.3.1.Propriedades Mecânicas

O desempenho em serviço dos aços depende de suas propriedades mecânicas. Cada


aço, em função da sua composição química e da forma como foi processado, possui
propriedades mecânicas características. O conjunto de propriedades mecânicas de um aço
irá definir como esse material irá se comportar sob as solicitações mecânicas especificadas
em projeto para aquele componente.

As propriedades mecânicas dos aços dependem de sua microestrutura, que é


condicionada pela composição química e pela sequência de tratamentos termomecânicos e
tratamentos térmicos utilizados. essa interdependência entre processamento, estrutura,
propriedades e desempenho do produto pode ser representada por um tetraedro que mostra
estas ligações.

As propriedades mecânicas dos aços podem ser avaliadas por meio de diferentes
ensaios: tração, compressão, dureza, ensaio de impacto, etc.

De todos os ensaios usados para avaliar as propriedades mecânicas dos aços, o mais
útil é o ensaio de tração simples, em que um corpo-de prova é tracionado até a fratura em
um intervalo de tempo pequeno. Nesse ensaio a amostra é alongada sob tração uniaxial a

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uma velocidade constante. A carga necessária para alongar o corpo-de-prova é registrada
em função do tempo e do alongamento, obtendo-se, desta forma, uma curva carga
alongamento, característica do material ensaiado.

2.4. Tipos de aço e sua classificação

Existem, no mundo inteiro, milhares de tipos de aços, com composições químicas


registradas e patenteadas ou definidas por normas, classificados segundo sistemas de
numeração e codificação desenvolvidos em diferentes países, dando cobertura ao enorme
número de ligas existentes. Além disso, o número de opções para o consumidor de aço é
enorme, pois os aços podem ser oferecidos com diferentes tratamentos térmicos,
microestruturas, condições de conformação, geometrias e acabamento superficial.

Entretanto, os aços podem ser classificados em uns poucos grupos maiores, de


acordo com sua composição química, aplicações, formas e acabamentos superficiais.

Com base na composição química os aços podem ser agrupados em três categorias
principais: aços carbono, aços de baixa-liga e aços de alta-liga.

Os aços carbono são de longe os mais produzidos, constituindo cerca de 90 % da


produção mundial.

Eles são geralmente agrupados em aços de alto carbono C>0,5%; médio carbono
0,2% < %C < 0,49%; aços de baixo-carbono com teores entre 0,05% e 0,19%; aços de
carbono extra-baixo com 0,015% < %C < 0,05% e aços de ultrabaixo carbono com %C <
0,015 %. Os aços carbono são também definidos como contendo menos que 1,65% Mn, 0,6
%Si e 0,6% Cu, com o teor total dos outros elementos não excedendo 2%.

2.5. Estruturas metálicas com aço

Desde as primeiras pontes metálicas até os edifícios mais modernos atualmente, a


utilização do aço nas construções tem sido cada vez mais aplicada, devido ao seu aspecto
arrojado e eficiente para muitos tipos de obra. A Torre Eiffel (Figura 1) é um exemplo,
construída em 1889 em Paris, é uma das estruturas metálicas que mais trouxe a ideia de
modernidade e inovação para o mundo. É formada por 18000 peças, totalizando 1700

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toneladas de aço com altura de 300 metros, atraindo muitos turistas de todo o mundo
(MANDOLESI, 1981; PARREIRAS, 2001).

Figura 1:Torre Eiffel – Paris, França.

Fonte: primeiras construções em aço: https://www.vix.com/pt/bbr/ciencia/3517/5-


curiosidades-sobre-a-torre-eiffel-a-dama-de-ferro-dos-franceses

2.6. Comportamento do aço nas estruturas

É ne um diagnóstico dos esforços aos quais a sua estrutura estará submetida depois de
terminada. Todas as edificações precisam suportar ventos, peso próprio e uma série de
esforços internos e externos que devem ser considerados, principalmente conforme a
quantidade de pavimentos da construção.

Portanto, é necessário uma análise cuidadosa sobre o comportamento da sua estrutura de


aço e a análise da viabilidade da utilização desse material.

2.7. Diagrama de tensão e deformação

O diagrama tensão-deformação também é usado para determinar a capacidade de


carga estática do aço para molas. O diagrama tensão-deformação representa o
comportamento de tensão do aço mola até a fratura durante o teste de tração. Para o
projetista, o diagrama de tensão-deformação é uma importante especificação de projeto,
pois ele pode ler a partir deste diagrama quanta força a chapa de aço ou fita de aço para

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molas pode absorver durante a conformação para a produção de molas moldadas, grampos
de mola, grampos de mola, molas de contato e arruelas de mola até a deformação
permanente.

2.7.1.As fases do diagrama de tensão-deformação

Com as quatro fases do diagrama de tensão-deformação, pode-se ler o limite de


deformação elástica (ponto de rendimento “Rp”), o limite de deformação plástica
(resistência à tração “Rm”), a faixa de pescoço e o limite de ruptura.

Figura 2: Diagrama de tensão-deformação

Fonte: Acervo pessoal

Na fase de deformação elástica, o aço da mola é esticado proporcionalmente (linha


reta de Hooke) à tensão aplicada. Esta deformação é também chamada de deformação
linear-elástica ou proporcional. O alongamento percentual é exibido no eixo horizontal e a
tensão correspondente no eixo vertical. Este comportamento de deformação dos materiais
foi descrito já em 1768 pelo estudioso inglês Robert Hooke em Hooke’s Law. Quando se
atinge o máximo de deformação elástica em que o aço da mola retorna à sua posição
original sem deformação, isso é chamado de ponto de rendimento (Rp). A força de
rendimento é um limite flutuante. Além deste ponto de rendimento, a deformação ainda

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ocorre nas fases seguintes, mas aqui a tensão é maior do que o aumento da tensão,
resultando em deformação plástica e agarrando-se à fratura.

2.8. Ensaio de cisalhamento

O ensaio de cisalhamento consiste na aplicação de uma força perpendicular ao eixo


longitudinal do corpo, esta força aplicada no plano da seção transversal é chamada de
cortante.

Reagindo a esta força, o material desenvolve em sua seção transversal uma


resistência ao cisalhamento, é exatamente essa resistência, que pode ser determinada
através do presente ensaio, simultaneamente a medição da deformação sofrida pelo eixo,
conforme ilustrado na figura 1.

Comumente, três tipos de materiais são ensaiados, materiais rígidos, adesivos e


compósitos. Sendo que nesses dois últimos, o objetivo é forçar as camadas em direções
opostas, a fim de deslizá-las umas sobre as outras, dessa forma é possível testar a
resistência ao cisalhamento das camadas laminadas e juntas.

Figura 3: dispositivo de ensaio de cisalhamento de um eixo

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2.8.1. Normas para realização de ensaio de cisalhamento

A resistência ao cisalhamento é relacionada à geometria do material, por isso o ensaio é


frequentemente realizado em produtos acabados.

Por exemplo, pinos, rebites, parafusos, cordões de solda, barra e chapas. Em geral,
não há normas técnicas para especificação dos corpos de prova, quando necessário, a
empresa desenvolve seus próprios procedimentos e modelos para o ensaio.

No caso de compósitos e adesivos, existem diversas normas ASTM e ISO que


normalizam o estudo e procedimentos de ensaio de matrizes poliméricas (ASTM D4255),
de conjuntos rígidos (ASTM C273, ISSO 4587), da laminação de compósito (ASTM D732)
da adesão de adesivos em plásticos, metais ou até em madeiras (ASTM D905, D1002,
D3528).

2.8.2. Equipamento para realização do ensaio de cisalhamento

Para a realização do ensaio de cisalhamento pode-se utilizar a máquina universal de


ensaios, apenas devem ser adaptados alguns dispositivos e acessórios em função do que se
pretende ensaiar.

A máquina de ensaios pode ser hidráulica ou eletromecânica, sendo que a segunda é


mais adequada para o controle de velocidade, devido ao sistema de motor elétrico e caixa
de redução.

Os resultados podem ser influenciados por altas velocidades de aplicação de carga,


por isso, essa aplicação deve ser lenta e controlada.

Quanto aos dispositivos utilizados, para o ensaio de pinos, rebites, juntas soldadas e
parafusos o dispositivo é simplificadamente ilustrado na Figura 1, é possível observar as
duas regiões de cisalhamento do eixo inserido entre três chapas, as zonas de cisalhamento
surgem quando o dispositivo é tracionado ou comprimido, gerando forças cortantes no eixo
ensaiado, que com o andamento do ensaio e a elevação dessa força, tende a romper.

Quando se espera ensaiar barras presas ao longo de seu comprimento, mantendo


uma extremidade livre, utiliza-se o dispositivo da Figura 2, composto por uma chapa fixa
para sustentar o corpo de prova e a outra é móvel, atuando como uma guilhotina.

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Por fim, outro dispositivo bastante utilizado é o estampo para corte (Figura 3), a fim
de determinar a força que provoca ruptura da seção transversal do corpo ensaiado, ou seja,
tensão máxima de cisalhamento.

Figura 4: dispositivos de ensaio de cisalhamento, utilizando lâmina móvel e sistema de estampo.

2.8.3. Ensaio de cisalhamento em Adesivos e Compósitos

O ensaio de cisalhamento é amplamente utilizado para medir a força de ligação de


adesivos quando forçados a deslizar duas chapas coladas uma sobre a outra. Em geral, o
ensaio é conduzido em duas chapas sobrepostas unidas pelo adesivo, que são tracionadas
causando uma tensão cisalhamento na junta.

A força aplicada para tracionar os corpos aumenta linearmente durante o ensaio até
a ruptura da união, os dados de carga e de deslocamento são medidos para construção de
um gráfico.

Durante o ensaio é necessário garantir que a força de tração seja aplicada


perpendicularmente a união ao longo de todo o ensaio, ou seja, a posição da junta
sobreposta não deve variar, e também, deve-se garantir que não haja escorregamento da
fixação da chapa na máquina.

Para compósitos, laminados são fixados entre barras de fixação, que quando
tracionadas, distribuem uma tensão cisalhante nos laminados.

Os resultados do ensaio fornecem informações comparativas sobre a qualidade da


preparação do laminado, o empilhamento das camadas, a porosidade e defeitos do
compósito e parâmetros externos em geral.

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2.9. Ensaio de tracção

Em um ensaio de tração, um corpo de prova ou provete é submetido a um esforço


que tende a alongá-lo ou esticá-lo até à ruptura. Geralmente, o ensaio é realizado num
corpo de prova de formas e dimensões padronizadas, para que os resultados obtidos possam
ser comparados ou, se necessário, reproduzidos. Este é fixado em uma máquina universal
de ensaios que aplica esforços crescentes na sua direção axial, sendo medidas as
deformações correspondentes. Os esforços ou cargas são mensurados na própria máquina e
normalmente o ensaio ocorre até a ruptura do material (ensaio destrutivo).

2.9.1.Procedimento

Dispositivo usado para conduzir ensaios tensão-deformação por tração. O corpo de


prova é alongado pelo travessão móvel; uma célula de carga e um extensômetro medem,
respectivamente, a magnitude da carga aplicada e o alongamento.

Com esse tipo de ensaio, pode-se afirmar que praticamente as deformações


promovidas no material são uniformemente distribuídas em toda a sua extensão, pelo
menos até ser atingida uma carga máxima próxima do final do ensaio e, como é possível
fazer com que a carga cresça numa velocidade razoavelmente lenta durante todo o teste, o
ensaio de tração permite medir satisfatoriamente a resistência do material. A uniformidade
da deformação permite ainda obter medições para a variação dessa deformação em função
da tensão aplicada. Essa variação, extremamente útil para o engenheiro, é determinada pelo
traçado da curva tensão-deformação a qual pode ser obtida diretamente pela máquina ou
por pontos. A uniformidade termina no momento em que é atingida a carga máxima
suportada pelo material, quando começa a aparecer o fenômeno da estricção ou da
diminuição da secção do provete, no caso de matérias com certa ductilidade. A ruptura
sempre se dá na região mais estreita do material, a menos que um defeito interno no
material, fora dessa região, promova a ruptura do mesmo, o que raramente acontece.

A precisão de um ensaio de tração depende, evidentemente, da precisão dos


aparelhos de medida que se dispõe. Com pequenas deformações, pode-se conseguir uma
precisão maior na avaliação da tensão ao invés de detectar grandes variações de
deformação, causando maior imprecisão da avaliação da tensão. Mesmo no início do

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ensaio, se esse não for bem conduzido, grandes erros podem ser cometidos, como por
exemplo, se o provete não estiver bem alinhado, os esforços assimétricos que aparecerão
levarão a falsas leituras das deformações para uma mesma carga aplicada. Deve-se portanto
centrar bem o corpo-de-prova na máquina para que a carga seja efetivamente aplicada na
direção do seu eixo longitudinal.

2.9.2.Resultados

Diagrama tensão-deformação obtido por meio de um ensaio de tração. Num ensaio


de tração, obtém-se o gráfico tensão-deformação, no qual é possível analisar o
comportamento do material ao longo do ensaio. Do início do ensaio, até a ruptura, os
materiais geralmente passam pelas seguintes etapas:

 Tensão máxima de tração;


 Tensão de escoamento;
 Tensão de ruptura;
 Região de encruamento;
 Região de "estricção".

2.9.3. Deformação Elástica

Para a maioria dos metais que são solicitados em tração e com níveis de tensão
relativamente baixos, a tensão e a deformação são proporcionais de acordo com a relação
abaixo.

Esta é a conhecida lei de Hooke uniaxial e a constante de proporcionalidade “E” é o


módulo de elasticidade, ou módulo de Young.

As deformações elásticas não são permanentes, ou seja, quando a carga é removida,


o corpo retorna ao seu formato original. No entanto, a curva tensão-deformação não é
sempre linear, como por exemplo, no ferro fundido cinzento, concreto e polímeros.

Até este ponto, assume-se que a deformação elástica é independente do tempo, ou


seja, quando uma carga é aplicada, a deformação elástica permanece constante durante o
período em que a carga é mantida constante. Também é assumido que após a remoção da

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carga, a deformação é totalmente recuperada, ou seja, a deformação imediatamente retorna
para o valor zero.

2.9.4. Deformação Plástica

Acima de uma certa tensão, os materiais começam a se deformar plasticamente, ou


seja, ocorrem deformações permanentes. O ponto no qual estas deformações permanentes
começam a se tornar significativas é chamado de limite de escoamento (ou tensão de
cedência).

2.10. Aços para a construção civil

Os aços fabricados pelo sistema Usiminas para a construção civil podem ser
divididos em duas categorias:
a) Com fins estruturais: destinados principalmente a fabricação de perfis soldados e eletro
soldados (colunas e vigas) e perfis leves para o sistema Steel Frame.
b) Sem fins estruturais: destinados a fabricação de telhas, tapamentos laterais, esquadrias e
tubos para estruturas especiais.

2.10.1. Vantagens da utilização do aço na construção civil

O aço possui diversas vantagens quanto a sua utilização, tai como: relativo baixo
custo, apresenta boa resistência, material sustentável, reciclável, fácil de ser utilizado, etc.
(RIBEIRO, 2002; ROSSO, 1980).

Flexibilidade do aço
A estrutura metalina manifesta-se notadamente indicada nas ocorrências onde há
indigência de adequações, ampliações, reformas e alteração de ocupação de construções.
Além disso, torna mais simples o caminho de utilidades como água, ar condicionado,
eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc. (RIBEIRO, 2002).

Compatibilizado com outros materiais

O método construtivo em aço é compatível com qualquer outro tipo de material de


fechamento, tanto vertical como horizontal, permitindo os materiais mais convencionais,

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como tijolos e lajes moldadas, até os componentes pré-fabricados, como lajes e painéis de
concreto (ROSSO, 1980).

Menor prazo de execução


A produção da estrutura com a execução das fundações, ter a possibilidade se de
trabalhar em diversas frentes de serviços ao mesmo tempo, a diminuição de formas e
escoramentos, entre outros pontos, tornam o uso do aço mais propício, reduzindo assim, em
até 40% no tempo de execução quando comparado com outros materiais (FERREIRA,
1998).
Sustentabilidade
O aço é um material 100% reciclável, e as estruturas podem ser desmontadas e
reaproveitadas a qualquer momento. Como a questão do meio ambiente está sendo bastante
debatida, é necessário que se procure materiais com essa característica (PARREIRAS,
2001).

Boa exatidão construtiva


Nas estruturas de concreto a precisão é medida em centímetros, já nas estruturas em
aço, a medida passa a ser em milímetros, proporcionando uma maior precisão. Isso garante
uma estrutura nivelada, facilitando algumas atividades, como o assentamento de esquadrias,
a instalação de elevadores na construção, além de reduzir com materiais de revestimento
(FERREIRA, 1998).

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3. Conclusão

Com a realização deste trabalho pode se concluir que atualmente são conhecidos mais
de 3 mil tipos de aço, dos quais existe uma parte destinada exclusivamente as
especificidades exigidas pela construção civil. Nessa área de atuação, o aço pode ser
empregado de duas formas: nas edificações (onde a estrutura base é montada com
componentes de aço) ou na forma de armaduras, complementando a estrutura de betão
armado. Foi notável que o aço vem sendo utilizado cada vez mais no ramo construtivo. Pois
as suas vantagens propiciam para os arquitetos, engenheiros e construtores novas
ferramentas e formas de construir.

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4. Referências bibliográficas

Callister, Jr .Ciência e Engenharia de Materiais – uma Introdução, Willian D. LTC 5.


edição.

Ferreira, O.L. (1998) O uso adequado do aço e sua contribuição na racionalização da


construção. 206p. Dissertação de Mestrado - FAU/UFRJ - Rio de Janeiro.

Parreiras, A.O. (2001) O Aço e a Construção Civil no Brasil: Um Estudo do Sistema


Construtivo Metálico. 222p. Dissertação de Mestrado - FAU/UFRJ - Rio de Janeiro.

Ribeiro, M.S. (2002) A industrialização como requisito para a racionalização da


construção

Sérgio Augusto de Souza, Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos, Fundamentos


teóricos e práticos. 5º. Edição.

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