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Acabamento

encadernação e enobrecimento
de produtos impressos

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Seu uso está autorizado para: Sérgio Rossi Filho

exemplar no: 0001

Américo Augusto Lunardelli


Sérgio Rossi Filho
2004

1
Acabamento
encadernação e enobrecimento de produtos impressos

© 2004 Américo Augusto Lunardelli e Sérgio Rossi Filho

Direitos desta edição reservados à


Américo Augusto Lunardelli Editora (Fantasia: Lunardelli Editora)

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Rua Camilo de Matos, 2389- Cj 34B - Jardim Paulista - Ribeirão Preto, SP
Fone: (016) 3967-4204

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Preparação do texto e revisões: os autores

Fotos: de propriedade dos autores ou cedidas a eles


Capa: Marcelo Vaz
Composição: os autores
Impressão: Gráfica e Editora Aquarela
Acabamento: Aquarius Acabamentos Gráficos e Armazém Especialidades Editoriais
Enobrecimento: UVPack Acabamentos Especiais

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Lunardelli, Américo A. e Rossi Filho, Sérgio


Acabamento - encadernação e enobrecimento de produtos impressos / Américo Augusto Lunardelli e
Sérgio Rossi Filho. Ribeirão Preto, SP: Lunardelli Editora, 2004.

ISBN 85-98264-01-6

1. Produtos impressos - Processos de acabamento


I. Rossi Filho, Sérgio. II. Título.

04-1628 CDD-769

Índices para catálogo sistemático:

1. Produtos impressos : Processos de acabamento :


Artes gráficas 769

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eletrônicos ou gravações, sem a permissão, por escrito, do editor. Os infratores serão punidos
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Impresso no Brasil/Printed in Brazil


1 3 5 7 9 8 6 4 2
01 03 04 02 00

Este livro foi composto


em Arial, corpo 12

4
Agradecimentos

Este livro começou a acontecer a partir da Muito obrigado


sugestão e do estímulo de um grande amigo e
um importante empresário gráfico brasileiro do Alberto Freitas, Alexandre de Carvalho Luz, Alfred Doetzer,
Ângelo Gambaro, Antônio Ugo, Arno Buss, Carlos Alberto
segmento editorial, Ariovaldo Capano, a quem Ruoppoli, Celso Viveiros, César Pires, Cláudio Vanni,
dirigimos o nosso mais sincero gesto de reco- Clóvis Marangoni Filho, Daniela Bethonico, Dieter Brandt,
nhecimento. Edith Beatriz Steiner Rocha, Eduardo Tosello, Elaine
Uma obra desta magnitude não acontece Almeida, equipe da Aquarela, equipe da Aquarius, equipe
apenas pela vontade, pela inteligência, pelo altru- da UVPack, equipe do Armazém, Fábio Marangoni, Flávio
Diniz, Flávio Machado, Flávio Sepulchre, Gianfranco
ísmo ou pelo esforço dos autores. É necessário Corno, Horácio Cancherini, Ismael Souza Júnior, Israel
um pouco mais do que garra e força de vontade. Correia Ribeiro, Joana Mattos, João Abade Filho, José
Para torná-la viável procuramos diversas Carlos Barone, José Carlos de Jesus, José Francisco
empresas fabricantes ou representantes de Matiazzo Casanova, Jovail Ferreira, Juscelino Prado,
Kim Markovich, Leandro Padovani, Luciana Zani, Luciano
equipamentos e de insumos para o setor de Alexandre Rozin, Luis Felix, Luiz Metzler, Marcelo
acabamento gráfico em busca de material cien- Marchetti, Marcelo Pimentel, Márcia Christovam, Márcio
tífico, ilustrações, serviços e apoio financeiro. Pompeo Campos Freire, Marco Antônio de Oliveira, Michel
Foi assim que descobrimos aqueles que Birnes, Nelson Vieira (Mazzola), Patrice Bernard, Paulo
realmente estão ao lado e a serviço da Indústria Marangoni, Paulo Ueda, Pablo Daldissoni, Rafael Lira
Abade, Raul Ferreira Gonçalves, Roberto Antonio
Gráfica brasileira. Fomos surpreendidos pela Lazzarato, Samuel Brändli, Serafim Alberto Coelho Bento,
presteza com que alguns parceiros se pron- Sérgio Bonotto, Sidnei Silva de Freitas, Tiago Lira Abade,
tificaram e se mobilizaram para tornar nosso Vitor Dragone
projeto possível e, nominalmente, registramos
aqui o nosso agradecimento. Empresas

Agfa Gevaert do Brasil, Alphaprint, Aquarius Acabamentos


Gráficos, Armazém Especialidades Editoriais, BDAgraf,
Os autores Braseq - Brasileira de Equipamentos, Brasil Hobby,
Caibal Manômetros e Termômetros, Cia Suzano de Papel
e Celulose, Cromos Tintas Gráficas, Crown Roll Leaf do
Brasil, Editora McGraw-Hill Interamericana do Brasil,
FEVA - Máquinas Ferdinand Vaders, Gráfica e Editora
Aquarela, Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos,
Heidelberg do Brasil, Hexasystems, Intergráfica Print &
Pack (IPP), J Mack Indústria e Comércio, KBA Brasil,
MBSET Industrial, Meccanotecnica, MPC Artes Gráficas,
Müller Martini Brasil, National Starch & Chemical, Nordson
do Brasil, PASA - Papelão Apucaraninha SA, PrintCom
Brasil, Real Graphics, Renz do Brasil, SPP - NEMO,
Ulderigo Rossi, UVPACK Acabamentos Especiais, W PM
- W estern Printing Machinery Company

5
6
Prólogo

O setor gráfico brasileiro investiu, nos os que menos treinam e menos se atualizam,
últimos anos, mais de US$ 6 bilhões em tornando, como conseqüência, os processos
equipamentos de pré-impressão, impressão, improdutivos e caros.
acabamento e conversão. Foi um investi- Este livro foi idealizado para ajudar a
mento expressivo, uma vez que o segmento melhorar esse quadro, servindo de fonte de
fatura cerca de US$ 5 bilhões por ano. informações para estudantes e operadores
Apesar do esforço, os resultados não de equipamentos e de orientação para
melhoraram na mesma proporção, visto que empresários, gerentes e supervisores que
houve um desbalanceamento entre a fatia participam do processo de decisão de inves-
destinada ao acabamento e aos outros seto- timentos das empresas.
res, penalizando o acabamento. Os sete primeiros capítulos discutem
Nossa experiência indica que, na os processos de acabamento e de enca-
maioria dos segmentos da Indústria Gráfica, dernação, incluindo o corte, a dobra, o
o acabamento é o setor que mais agrega alceamento, a costura, a colagem e a
valor aos produtos impressos, aumentando o encadernação; o oitavo capítulo discute os
impacto visual e a atratividade ao consumo. processos de enobrecimento ou comple-
Mesmo assim, por algum motivo, prefere-se mentação dos produtos como o enverniza-
investir em equipamentos de pré-impressão mento, a plastificação, a laminação, o corte-
e de impressão. O mesmo se pode dizer da e-vinco, a serrilha, o relevo, a estampagem a
mão-de-obra; os técnicos de processos e quente (hot-stamping), as dobras especiais
operadores de máquinas de acabamento são e outros.

7
Sumário

Agradecimentos 5
Prólogo 7
Sumário 9
Capítulo 1: Acabamento e Enobrecimento 21
1.1 História 21
1.2 Encadernação no Brasil 25
1.3 Introdução 27
Capítulo 2: Corte linear 31
2.1 Introdução 31
2.2 Descrição do funcionamento 32
2.2.1 Portafacas 33
2.2.2 O balancim 33
2.2.3 O esquadro 33
2.3 Material de corte 34
2.3.1 Papéis e Cartões 34
2.3.2 Materiais sintéticos 34
2.4. Faca 35
2.4.1 Qualidade do corte 35
2.4.2 Qualidade das facas 35
2.5 Afiação 36
2.6 Forças que atuam sobre a faca 36
2.6.1 Força vertical 36
2.6.2 Força frontal 37
2.6.3 Força horizontal 37
2.7 Ângulo de afiação 37
2.8 Troca de faca 37
2.9 Contrafaca 37
2.10 A pressão 38
2.11 Esquadro 39
2.11.1 Colocando em ângulo (faca x esquadros laterais) 39
2.11.2 Ajuste em paralelo (faca x esquadro móvel) 39
2.11.3 Ajuste da largura do corte das folhas inferiores da pilha 39
2.11.4 Ajuste do espaço entre o pente e a mesa 40
2.12 Problemas de corte 40
2.12.1 Corte maior ou menor das folhas inferiores da pilha 40
2.12.2 Corte ondulado 41
2.12.3 Corte escalonado 41
2.12.4 Corte côncavo na altura 41
2.12.5 Corte côncavo na largura da pilha 42
2.12.6 Formação de pirulito na folha refilada 42
2.12.7 Pó de corte 42
2.13 Soluções adicionais 43
2.13.1 Para melhorar o corte 43
2.13.2 Para melhorar o trabalho 44

9
2.14 Acessórios para a guilhotina linear 44
2.14.1 Elevadores de pilha 44
2.14.2 Mesa pneumática 44
2.14.3 Esquadro lateral dobrável 44
2.14.4 Esquadro giratório 45
2.14.5 Revestimento flexível para o balancim 45
2.14.6 Mesa vibradora 45
2.14.7 Balancim ajustável 45
2.14.8 Dispositivo de segurança com elevador para troca da faca 45
2.15 Exemplos de programação 46
2.16 Operando a guilhotina com segurança 47
2.17 Tabelas de Corte 48
2.17.1 Papel 49
2.17.2 Cartão 50
2.17.3 Plásticos 51
2.17.4 Borracha, Tecidos, Madeira e Metais 51
2.17.5 Materiais diversos 52
Capítulo 3: Dobra 55
3.1 Introdução 55
3.2 Influência do papel 55
3.2.1 Conteúdo de umidade 55
3.2.2 Gramatura 57
3.2.3 Composição 57
3.2.4 Tipo de acabamento superfícial do papel 58
3.3 Imposição das páginas 58
3.4 Princípio mecânico da dobra em folhas 61
3.4.1 Dobra com facas 62
3.4.2 Dobra com bolsas 62
3.5 Máquina dobradeira de facas 62
3.6 Máquina dobradeira de bolsas 63
3.7 Dobradeira combinada 65
3.8 Quadro comparativo entre os tipos de dobradeiras 66
3.9 Possibilidades de dobras em cada tipo de dobradeira 66
3.10 Denominação das folhas impressas e dos cadernos dobrados 67
3.11 Tipos de dobra 68
3.11.1 Dobras cruzadas 68
Dobra cruzada simétrica 68
Dobra cruzada assimétrica 68
3.11.2 Dobras em paralelo 68
Dobra paralela pelo centro 69
Dobra zig-zag 69
Dobra em carteira 69
Dobra janela 69
3.11.3 Dobras combinadas 70
3.11.4 Dobra com margem de pinça 70
3.12 Acessórios para dobradeiras 70
3.12.1 Alimentador 70
Alimentador plano 70

10
Alimentador rotativo 71
3.12.2 Sistemas de saída de cadernos 71
Saída em escama 71
Saída vertical 71
Saída com empilhador automático de fardos 72
Saída com cintador automático 72
Saída vertical para pequenos formatos 73
3.12.3 Prensas 73
3.12.4 Serrilhas 73
3.12.5 Vincos 73
3.12.6 Facas circulares 74
3.12.7 Unidade de produção dupla 74
3.12.8 Abafadores de ruído 74
3.13 Instruções complementares para o trabalho 75
3.13.1 Modelo do traçado e informações obrigatórias 75
3.13.2 Trabalho com papéis muito finos 75
3.13.3 Ajuste dos rolos de dobra 75
3.13.4 Sentido da fibra do papel para a dobra janela 76
3.13.5 Uso de esferas 76
3.13.6 Sincronismo da entrada da folha com o ciclo da faca 76
3.13.7 Ajuste do espaço da onda de dobra na bolsa 76
3.13.8 Regulagem dos rolos de dobra p/ papéis com diferenças de espessura 77
3.13.9 Ajuste dos rolos de dobra para dobra em zig-zag e em carteira 77
3.13.10 Dobra de caderno com 32 páginas c/ bolsa paralela à dobra cruzada 77
3.13.11 Dobra em cadernos de 12 páginas 77
3.13.12 Ajuste básico das dobradeiras 77
3.13.13 Prevenção de serrilhas tortas 77
3.13.14 Regulagens das correias transportadoras na troca de formato 77
3.13.15 Ajuste básico para as dobras zig-zag 78
3.13.16 Dobra em zig-zag e em carteira pelo sistema de dobra cruzadas 78
3.14 Instruções para ajustes das dobradeiras combinadas 78
3.15 Instruções para ajustes das dobradeiras de bolsas 79
3.16 Solução de problemas nas dobradeiras 79
3.16.1 Alimentador plano 80
3.16.2 Alimentador rotativo 81
3.16.3 Unidade de dobra de bolsas 82
3.16.3 Unidade de dobra de bolsas-continuação 83
3.16.4 Unidade de dobra combinada 83
3.16.4 Unidade de dobra combinada - continuação 84
3.16.5 Unidade de dobra adicional de faca 84
3.16.6 Saída em escama 85
3.16.7 Saída vertical 85
3.17 Cálculo da produção em dobradeiras de folhas 86
3.18 Dobradeira de fitas de papel (bobinas) 86
3.18.1 Dobradeira para jornais 87
3.18.2 Dobradeira comercial 88
3.18.3 Dobradeira com funil duplo 88
3.18.4 Dobra balão 89

11
3.18.5 Produção em coleta 89
3.18.6 Dobradeiras 3:2 90
3.19 Anexos 91
3.19.1 Esquemas de montagem para produção dupla em dobradeira de folhas 91
3.19.2 Esquemas de montagem para produção em dobradeira de bobinas 92
3.19.3 Solução de Problemas nas dobradeiras rotativas 95
Cadernos com orelha-de-cachorro 95
Variação na primeira dobra 95
Variação na segunda dobra 95
Variação na terceira dobra 95
Capítulo 4: Costura 99
4.1 Introdução 99
4.2 Tipos de costura 99
4.2.1 Costura lateral 99
4.2.2 Costura em sela 99
Costura com fio 100
Costura não-alternada ou simples 101
Costura alternada 101
Costura alternada combinada 101
Costura de solda (termocostura) 102
4.3 Princípios de operação de máquinas de costura 103
4.4 Novas tecnologias 105
4.5 Solução de Problemas 105
4.5.1 quebra esporádica do fio 106
4.5.2 quebra freqüente de um único fio 106
4.5.3 faltando ponto de costura 107
4.5.4 livro costurado muito largo 107
4.5.5 barras separadoras marcam o caderno 107
4.5.6 cadernos fora-de-registro 108
4.5.7 os cadernos não costuram no centro 108
4.5.8 quebra dos ganchos 108
4.5.9 nós na linha 108
4.5.10 caderno gruda no ajustador 109
4.5.11 o caderno cai na bandeja frontal 109
4.5.12 o caderno cai na bandeja traseira 109
4.5.13 meio caderno não abre 109
4.5.14 caderno cai fora da gaveta 109
4.5.15 gancho não segura o fio 110
4.5.16 pontos não selados e acabados corretamente 110
Capítulo 5: Encadernação com grampo 113
5.1 Introdução 113
5.2 Encadernação com grampo cavalete 113
5.3 Encadernação com grampo lateral 114
5.4 Características e componentes das grampeadeiras 115
5.4.1 Grampeadeira manual 115
5.4.2 Grampeadeira automática 115
Estação de alimentação 115
Folhas 115

12
Cadernos 117
Cabeçote grampeador 118
Guilhotina trilateral 119
Empilhador/compensador 119
5.5 Acessórios 119
5.5.1 Alimentador de capas 119
5.5.2 Insertadora 120
5.5.3 Outros acessórios 120
5.6 Solução de problemas nas grampeadeiras 120
5.6.1 Problemas na alceadeira 121
5.6.2 Problemas no alimentador de capas 121
5.6.3 Problemas no controle de espessura do produto 122
5.6.4 Problemas no cabeçote grampeador 122
5.6.5 Problemas na guilhotina trilateral 122
5.6.6 Sangramento no refile trilateral 123
Capítulo 6: Encadernação com lombada quadrada 127
6.1 Introdução 127
6.2 As variáveis do processo de encadernação 127
6.2.1 Papel 127
Características do papel 128
Tipo de fibra 128
Cargas 128
Colagem interna do papel 128
Espessura e gramatura 128
Sentido de fibra 129
Qualidade da superfície do papel 130
6.2.2 Tinta 130
6.2.3 Imposição das páginas 131
6.2.4 Corte linear 133
6.2.5 Dobra 133
6.2.6 Manuseio e estocagem dos cadernos 133
6.2.7 Capa 134
Facilidade para vincar 134
Resistência à delaminação 135
Resistência ao refile 135
Resistência à dobra 135
Características da superfície e do sentido de fibra 136
Gramatura 136
6.2.8 Adesivos 136
Tempo em aberto 138
Tempo de ligação 138
Tempo de espera fechado 138
Tempo de prensagem 138
Tempo de secagem 138
Tempo de cura 138
Adesivo de dispersão (cola fria) 138
Adesivo hot-melt 140
Adesivos reativos (PUR) 141

13
6.2.9 Métodos de preparação da lombada 142
Separação completa da lombada do caderno 142
Fresagem 142
Fresa com facas segmentadas 143
Disco de corte 143
Duplo disco de corte 143
Serra niveladora 144
Ranhurador 144
Desfibrador 145
Lixadeira 146
Escova 146
Tipo de máquina e velocidade de produção 147
Tipo de papel 147
Tipo de cola e processo de colagem 147
Praparação da lombada do caderno 148
Perfuração 148
Rasgo 149
Sistema flex-stable 149
Manutenção (permanência) da lombada do caderno 149
Colagem na dobra 150
6.2.10 Métodos de encadernação 150
Encadernação com cola fria em um estágio 150
Encadernação com hot-melt em um estágio 151
Encadernação com cola fria em dois estágios 153
Encadernação com hot-melt em dois estágios 154
Encadernação combinada em dois estágios 154
Encadernação combinada em três estágios 155
6.2.11 Colagem lateral 155
6.2.12 Aplicação da capa 157
6.3 Tipos de produtos 162
6.3.1 Brochura com dois vincos, sem colagem lateral 162
6.3.2 Brochura com quatro vincos e colagem lateral 162
6.3.3 Brochura com quatro vincos, colagem lateral e capa com orelhas (flaps) 156
6.3.4 Brochura Japão 162
6.3.5 Miolo colado com material de reforço e colagem lateral 163
6.3.6 Miolo colado com material de reforço, colagem lateral e colagem de guar-
das nos cadernos 163
6.3.7 Miolo colado com material de reforço, colagem lateral e guardas coladas no
material de reforço 164
6.3.8 Brochura Suiça 164
6.3.9 Encadernação Otabind 165
6.3.10 Encadernação Eurobind 165
6.3.11 Encadernação RepKover 165
6.3.12 Encadernação Libretto 165
6.3.13 Encadernação Tubebind 166
6.3.14 Brochura Kösel FR 166
6.4 Defeitos mais comuns na encadernação 166
6.4.1 Formação de bordas irregulares na preparação da lombada (fig.229) 166

14
6.4.2 Cabeça do miolo rasgada (fig.230) 167
6.4.3 Rugas na camada de cola (fig.231) 167
6.4.4 Lombada inclinada (fig.232) 167
6.4.5 Camada de cola em cunha (fig.233) 168
6.4.6 Camada de cola irregular (fig.234) 168
6.4.7 Filme de cola em forma de favo de mel (fig.235) 168
6.4.8 Penetração de cola entre as páginas (fig.236) 169
6.4.9 Adesivo insuficiente (fig.237) 169
6.4.10 Lombada deslocada para um lado (fig.238) 169
6.4.11 Lombada em forma de cabeça de prego (fig.239) 170
6.4.12 Lombada em forma de cogumelo (fig.240) 170
6.4.13 Lombada convexa (fig.241) 170
6.4.14 Cavidade na lombada (fig.242) 171
6.4.15 Rugas na lombada (fig.243) 171
6.4.16 Capa mal registrada (fig.244) 171
6.4.17 Miolo fora de esquadro (fig.245) 172
6.4.18 Falhas na camada da cola antes da aplicação da capa (fig.246) 172
6.4.19 Lombada invertida (fig.247) 172
6.4.20 Trilhos irregulares na capa (fig.248) 172
6.4.21 Cola lateral irregular (fig.249) 173
6.4.22 Formação de teias-de-aranha (fig.250) 173
6.4.23 Filme de cola lateral irregular (fig.251) 173
6.4.24 Sangramento do adesivo durante o corte trilateral (fig.252) 174
6.4.25 Bordas onduladas ou empenadas (fig.253) 174
6.4.26 Papel quebra na dobra (fig.254) 174
6.4.27 Baixa resistência à tração das páginas do miolo (fig.255) 174
6.4.28 Dilatação após o refile trilateral (fig.256) 175
6.4.29 Lombada danificada após o refile trilateral (fig.257) 175
6.4.30 Ruptura da coesão da camada do filme de cola (fig.258) 175
6.4.31 Separação total entre o filme de cola e o papel (fig.259) 175
6.4.32 Ruptura do papel (fig.260) 176
6.4.33 Adesivo PUR flui lentamente do aplicador 176
6.4.34 Adesivo PUR apresenta aspecto leitoso na aplicaão 176
6.4.35 Adesivo PUR torna-se leitoso no reservatório de aplicação 176
6.4.36 Adesivo PUR não recobre o rolo aplicador 176
6.4.37 Adesivo PUR transborda do reservatório de aplicação 176
6.4.38 Pouco ou nenhum adesivo PUR é aplicado na lombada do miolo 177
6.4.39 A viscosidade do adesivo PUR aumenta rapidamente no reservatório de
aplicação 177
6.4.40 Baixa resistência à tração das páginas do miolo colado com PUR 177
6.4.41 Adesivo PUR permanece incurado por longo tempo 177
6.4.42 O pote de adesivo PUR apresenta uma pele na superfície 177
6.4.43 Pote de adesivo PUR apresenta aspecto gelatinoso 177
6.4.44 Adesivo PUR apresenta coloração amarelada no reservatório 177
6.4.45 Nenhum adesivo PUR é aplicado na capa do produto 177
6.4.46 Quantidade incorreta de adesivo PUR é aplicada na capa do produto 177
6.4.47 Variação da posição do adesivo PUR na capa do produto 177
6.4.48 O adesivo PUR é aplicado em capas alternadas 178

15
6.4.49 Baixa qualidade do filme de PUR aplicado na capa do produto 178
6.4.50 Um filme plano e largo de PUR é aplicado na capa do produto 178
6.4.51 Bordas irregulares no fime de PUR aplicado na capa do produto 178
6.4.52 Falha no corte da camada de PUR aplicado na capa do produto 178
6.4.53 Sangramento da imagem no refile trilateral 178
6.5 Controlando a Qualidade 179
6.5.1 Correta limpeza da lombada após a fresagem 179
6.5.2 Distância e profundidade dos riscos 179
6.5.3 Superfície do dosador sempre limpa 180
6.5.4 Viscosidade da cola 180
6.5.5 Temperaturas 181
6.5.6 Espessura do filme de cola 181
6.5.7 Registro da capa 181
6.5.8 Pressão na lombada 181
6.5.9 Produto refilado 181
6.5.10 Resistência à tração das folhas do miolo 182
6.5.11 Resistência à flexão das folhas do miolo 183
6.5.12 Abertura plana das folhas do miolo 184
Método Otabind 184
Método FOGRA 184
6.5.13 Teste do metrô 185
6.5.14 Padrões de Qualidade 185
Resistência à flexão 185
6.6 Controle Estatístico do Processo 185
6.6.1 Sistema de classificação da qualidade 188
Defeitos críticos 188
Defeitos graves 188
Defeitos leves 188
6.7 Conservando o Processo 189
6.8 Anexos 190
6.8.1 Formato de produtos 190
6.8.2 Temperatura de aplicação dos adesivos 190
6.8.3 Espessura do filme de cola 190
6.8.4 Tempo de secagem/resfriamento 190
6.8.5 Reciclabilidade dos adesivos 190
6.8.6 Resistência ao frio/calor 190
6.8.7 Características de abertura plana 190
6.8.8 Comparação de custos entre adesivos 191
6.8.9 Fórmula para o cálculo de consumo de cola 191
6.8.10 Escolha do processo de encadernação em relação à brochura 191
6.8.11 Escolha do tipo de encadernação em relação ao produto brochura 192
6.8.12 Escolha do processo de encadernação em relação à capa dura 192
6.8.13 Escolha do tipo de encadernação em relação ao produto capa dura 192
Capítulo 7: Encadernação com capa dura 195
7.1 Introdução 195
7.2 Encadernação editorial 195
7.3 Preparação do miolo 197
7.3.1 Confecção do miolo 197

16
7.3.2 Colagem das guardas 197
7.3.3 Prensagem do miolo 199
7.3.4 Colagem da lombada 200
Colagem com emulsão 201
Colagem com hot-melt 201
7.3.5 Arredondamento e formação da lombada 201
7.3.6 Aplicação do material de reforço 201
7.3.7 Colacação do cabeceado 202
7.3.8 Tratamento das bordas 202
7.4 Confecção da capa 203
7.5 Gravação da capa 206
7.6 Capa flexível 206
Capa flexível x brochura 207
Capa flexível x capa dura 207
7.7 Encapamento 207
7.8 Colocação de sobrecapa 210
7.9 Defeitos mais comuns na encadernação com capa dura 210
7.9.1 Defeitos no arredondamento do lombo do miolo 212
7.9.2 Defeitos na colagem da gaze 213
7.9.3 Defeitos na colagem do cabeceado 213
7.9.4 Defeitos na montagem da capa dura 214
7.9.5 Defeitos na colagem da capa dura 215
7.9.6 Defeitos na prensagem do livro 216
Capítulo 8: Enobrecimento 219
8.1 Introdução 219
8.2 Definindo estratégias 207
8.2.1 Impressão 219
8.2.2 Pós-impressão 221
Técnicas de impressão pós-impressão 221
Impressão serigráfica 221
Impressão digital 221
Jato-de-tinta 221
Laser 222
Eletrografia 222
Magnetografia 222
Flexografia 222
Tipografia 222
Técnicas de acabamento pós-impressão em-linha 223
Perfuradores 223
Unidades de envernizamento 223
Impressão rotativa 223
Aplicador de emulsão 223
Sistema de corte-e-vinco rotativo 223
Cunjunto de barras angulares 224
Sistema de dobra e colagem para envelopes 224
Sistema de produção para produtos inclusos 225
Sistema para encarte de jornais, revistas e impressos comerciais 225
8.2.3 Acabamento 225

17
Corte troquelado 226
Corte-e-vinco 226
Facas de corte-e-vinco 227
Prensas de corte-e-vinco 230
Dobra 230
Dobradeira combinada 231
Dobradeira de bolsas 231
Coleiro 232
Bolsa de dobra janela 233
Unidade de refile e grampo 234
Unidade de dobra adicional 234
Dobra e colagem de cartuchos 234
Gravação a quente (hot-stamping) 235
Moldes de estampagem 236
Relevo (embossing) 236
Perfuração, serrilha, ilhó, arredondamento de canto, colocação de fitilho e
blocagem 237
Envernizamento 239
Classificação dos vernizes 239
Sistemas de envernizamento 240
Plastificação 243
Laminação 245
Encadernação com grampo ômega 248
Encadernação mecânica 248
Encadernação seletiva 249
Encarte de produtos 249
8.2.4 Papéis Especiais 250
8.3 Anexos 251
8.3.1 Impressão com dados variáveis 251
8.3.2 Amostras de produtos obtidos em dobradeiras 251
8.3.3 Amostras de dobras em dobradeira combinada 253
8.3.4 Amostras de dobras em dobradeira com bolsas 256
8.3.5 Amostras de dobras com aplicação de cola 259
8.3.6 Amostras de hot-stamping 260
Personalidades 263
Cronologia da História das Artes Gráficas 271
Glossário 283
Bibliografia 359
Índices 363

18
Acabamento e Enobrecimento

19
Divisor 1
iluminura - Manuscrito Medieval
crédito: www.english.upenn.edu/~traister

20
Capítulo 1
Acabamento e Enobrecimento

1.1 História encadernação em peças de couro costuradas


às páginas. As encadernações monásticas
Os primeiros livros eram escritos à mão eram simples. As folhas eram costuradas a
em rolos de papiro ou em tiras de papiro um forro da lombada e, por sua vez, costu-
enroladas num bastão; em seguida, folhas radas a uma capa de couro ou de pergaminho.
individuais de pergaminho ou velino eram Durante a Idade Média, as técnicas de
colecionadas em conjuntos de 24 folhas, decoração de páginas de livros com iluminu-
dobradas e fixadas formando um caderno, e ras manuscritas, com folhas de ouro e outras
recobertas com uma tira de couro na lombada, técnicas, passaram a ser aplicadas às capas
para proteger as páginas na costura. dos livros encadernados (fig.1). Couro, seda,
Durante o Império Romano, pastas de veludo e outros materiais eram utilizados
madeira revestidas de couro, chamadas de para revestir as capas, que eram decoradas
meia-encadernação, protegiam a frente e o com marfim, pedras, ouro e outros ornamen-
verso do códice; essa técnica prevaleceu até tos. Essas encadernações eram tão valiosas
a Idade Média quando os monges e escribas que mesmo aqueles que não sabiam ler as
dos monastérios começaram a fazer a colecionavam.
Figura 1: xilografias decoradas com iluminuras: (E) Chirurgi Magna; (C) Contos de Canterbury; (D) Livro de Kells.

21
Figura 2: encadernações preciosas (Fundação Biblioteca Nacional

22
Após a invenção da prensa tipográfica reduzidas de maneira significativa, com
(em 1456, com a impressão da Bíblia de 42 reflexos até os dias de hoje.
linhas de Gutenberg), as capas dos livros A primeira guilhotina surgiu em 1813,
passaram a ser decoradas com douração, graças ao inglês Edward, e consistia num
processo no qual eram utilizados instrumentos modelo aperfeiçoado de plaina em que a
aquecidos para fundir folhas de ouro às capas lâmina ou faca era dentada e cortava a resma
dos livros; moldes gravados eram empre- de papel ou o livro num movimento de vaivém.
gados para estampar desenhos e filetes. Em 1837, na França, foram construídas as
Uma técnica particular de decoração era a primeiras guilhotinas de facas fixas, pelo
estampagem cega, que consistia em dese- engenheiro Thirault. Em 1840, Edward paten-
nhar numa folha de papel, colocá-la sobre a teou um modelo de uma "máquina melhorada
capa do livro e traçar o desenho com instru- para cortar papel", na qual a faca era de corte
mentos aquecidos; para manter a folha de móvel. Em 1844 e em 1852, na França,
ouro plana, após a aplicação, o desenho era Massiquot patenteou uma guilhotina de roda
primeiro tratado com aguada, uma solução à e alavanca. Na Alemanha, a guilhotina de
base de clara de ovo, vinagre e óleo volátil. Hartman tinha ainda uma lâmina fixa, sendo a
Alguns encadernadores celebrizaram- mesa de papel móvel acionada por uma
se, a ponto de deixar seu nome na história do manivela. Também Krause trabalhava no
livro, como a encadernação aldina, ao estilo melhoramento das guilhotinas e construiu uma
de Aldo Manuzio, com douração, cercaduras com esquadro regulável de precisão em que
de filetes e decorada com florões e vegetais a faca, após cada corte, retornava ao seu
estilizados. ponto de partida por meio de uma manivela.
As técnicas de imposição de páginas Entre 1858 e 1859, a empresa Machinenfabrik
foram desenvolvidas após a invenção da August Frorum introduziu, na Alemanha, a
prensa tipográfica, cujo conceito consiste primeira guilhotina de alavanca dupla,com
em imprimir diversas páginas numa mesma separação após a pressão e o corte. Em
folha de papel, dobrá-la em forma de caderno 1877 surgiu a guilhotina trilateral da Krause
e refilar os excessos. O primeiro formato de com mesa rotativa. Em 1878, Wilheem
caderno foi o fólio, seguido do quarto e do Friedrich Heim construiu uma guilhotina com
oitavo. Atualmente, os cadernos têm até 64 o corte totalmente automático. Em 1890 foi
páginas ou mais. lançada uma guilhotina quadrilateral que
Foi após Gutenberg que a encaderna- permitia o corte de dois blocos de livro
ção passou a ser considerada uma arte e os simultaneamente. A fig.3 ilustra dois exem-
livros identificados com marcas de encader- plos de guilhotinas do século XIX.
nadores, particularmente na França e na Em 1839, Karl Alexander Hensel cons-
Holanda. Por volta de 1800, a encadernação truiu, na Alemanha, a primeira prensa de
em tecido, chamada de encadernação em douração. A máquina era toda feita de ma-
capa dura ou encadernação editorial, come- deira e trabalhava no princípio de balancim.
çou a surgir, e podia ser executada mecani- Karl Krause construiu um balancim de metal,
camente, causando revolta nos artistas e nos em 1846, para gravações a seco e dourações.
artesãos que faziam a encadernação manual. Em 1859, o mesmo Krause apresentou uma
Ao mesmo tempo em que a produção nova prensa, a non plus ultra, com capaci-
de livros era tremendamente aumentada pela dade de até 15 mil gravações por dia. Schelter
crescente mecanização da encadernação, a e Gieseck construíram, mais tarde, uma pren-
qualidade do papel (início da produção do sa automatizada, a Phönix, com capacidade
papel ácido) e da encadernação em si, foram para 900 dourações por hora, quase o dobro

23
Figura 3: guilhotina manual (E) e guilhotina a vapor (D)

alcançado pelas máquinas manuais. Em processo de encadernação de livros. Em


1847, o inglês Thomas Birchall, em Lancaster, 1870, nos Estados Unidos, Hugo Brehmer e
patenteou uma máquina para "dobrar papéis seu irmão August, naturais de Lübeck,
e jornais, que utilizava faca, rolos e fitas". Em criaram uma grampeadeira, possibilitando a
1849, o americano Edward Smith também produção em massa de brochuras. Na
patenteou uma dobradeira. Em 1851, o inglês seqüência, Brehmer instalou uma fábrica de
Black fabricou uma dobradeira, instalada no grampeadeiras em Leipzig-Plagwitz. Estas
Times, com capacidade para até duas mil grampeadeiras eram capazes de produzir
folhas por hora. A empresa suíça Martini, até dez vezes mais livros por dia do que uma
localizada em Frauenfeld, lançou o primeiro costureira manual.
modelo de máquina que costura e dobra Em 1851, surgiu a primeira máquina de
simultaneamente. costura com linha mecanizada por Singer.
Em 1892, Gustav Klein construiu o pri- Em 1856, o americano David Smith construiu,
meiro aparelho alimentador de folhas com o a pedido da editora Appleton & Co., uma má-
auxílio de chupetas de sucção, propiciando o quina de costura com linha que fez sucesso
surgimento das máquinas automáticas de no mercado após 1889.
dobra cruzada. O mesmo princípio é usado Com a mecanização da encadernação
para a instalação da garra de propulsão nas surgiu, no século 20, a encadernação por
tipográficas "Original Heidelberg Tiegel", colagem. Este processo trouxe consigo os
que, ainda hoje, executam trabalhos de corte- defeitos que torturam os encadernadores até
e-vinco. Em 1842, o encadernador inglês os dias de hoje, se o processo não for contro-
Thomas Richards, de Liverpool, registrou a lado e executado por equipe habilitada: os
patente de um equipamento para costurar livros são difíceis de abrir e de permane-
livros que trabalhava com agulhas e, em 1879/ cerem abertos, as folhas soltam aos poucos
1880, Baumfalk solicitou a patente para um ou se desprendem da lombada de uma vez,

24
simular os efeitos decorativos das antigas
encadernações, embora os métodos artesa-
nais continuem a ser utilizados nas obras de
luxo e em encadernações de reparo.

1.2 Encadernação no Brasil

A encadernação no Brasil, como em


qualquer parte do mundo, acompanhou a
introdução da imprensa através do processo
Figura 4: dobradeira (E) e máquina para formação da tipográfico.
lombada (D)
Os portugueses, espanhóis e italianos,
principalmente por intermédio da Companhia
a cola envelhece tornando o livro feio e preco- de Jesus, espalharam a tipografia pelas
cemente velho. terras recém descobertas (no conceito dos
As Figuras 4 e 5 mostram algumas colonizadores europeus) nos séculos 15 e
máquinas de acabamento do século 19. 16. No Brasil, entretanto, a tipografia só
A produção do livro e do jornal era feita chegou oficialmente no início do século 18,
nas mesmas oficinas, até o surgimento das mas foi proibido qualquer tipo de impressão,
rotativas próprias para jornais e, a partir desta em 1746, pelo Bispo do Rio de Janeiro,
fase, cada produto tomou seu rumo, sendo retornando somente no século 19 com a
criadas gráficas especializadas. Quanto à chegada da família real portuguesa. Em 13
encadernação, tanto podia ser executada de maio de 1808, foi criada a Impressão
internamente, na mesma gráfica que imprimiu Régia por ordem de D. João VI.
o livro, quanto podia ser terceirizada. O desenvolvimento maior da produção
Em alguns países, como o Japão, a de livros, jornais e outros impressos se deu
separação entre impressores e encaderna- no fim do século 19 e início do século 20,
dores é bem nítida, sendo raras as gráficas principalmente com a chegada de imigrantes
integradas. europeus e a industrialização da cidade de
Hoje em dia, a encadernação e o aca- São Paulo. O atual parque gráfico brasileiro
bamento são processos totalmente automa- possui o que há de mais moderno em tecno-
tizados, e os recursos disponíveis permitem logia gráfica, desde a pré-impressão até o

Figura 5: máquinas para arredondamento (E), gravação (C) e costura (D)

25
acabamento, mas a produção de livros e nal destes produtos (fig.6).
revistas em linhas automatizadas tem uma A falta de linhas automáticas de enca-
forte centralização no Estado de São Paulo, dernação em quantidade suficiente nos de-
basicamente na região metropolitana da ca- mais estados impede atualmente a produção
pital, tornando onerosa a distribuição nacio- regionalizada do Programa Nacional do Livro

tipo M A tip o M A
grampo 57 7 g ra m p o 66 6
hot-melt 0 24 ho t-m e lt 0 14
PUR 0 0 P UR 0 1
capa dura 38 0 ca p a d ura 73 0
emulsão e e m uls ã o e
0 0 0 1
hot-melt ho t-m e lt

tipo M A

grampo 69 9
hot-melt 0 30 tipo M A
PUR 0 2 grampo 302 21
capa dura 48 2
hot-melt 0 30
emulsão e
0 0 PUR 0 1
hot-melt
capa dura 105 0
emulsão e
0 0
hot-melt

M - equipamento manual tipo M A

A - equipamento grampo 53 107


semi-automático hot melt 0 59
ou automático
PUR 0 41
capa dura 43 15
emulsão e
0 3
hot-melt

Figura 6: distribuição geográfica das máquinas de encadernação no Brasil

26
Didático, acarretando, desta forma, um inves- O boneco de dobra é feito a partir de
timento expressivo do Ministério da Educa- uma folha em branco dobrada e numerada
ção com o frete. do mesmo modo como será produzida,
indicando a pinça, a margeação e outros
1.3 Introdução detalhes. Após refilado, o boneco permite
avaliar a quantidade de compensação neces-
O acabamento é uma das etapas mais sária devido ao empuxo, aos espelhos, aos
importantes do fluxo de produção gráfica. sangrados etc.
Dependendo do tipo de produto, é a etapa do O tipo de papel determina a comple-
processo que mais agregará valor. Se mal xidade do acabamento: quanto maior a gra-
planejado, contudo, poderá comprometer matura, menor o número possível de dobras
todo o trabalho anterior. do caderno; papel muito fino exige cuidados
As principais operações de encader- especiais; o corpo do livro depende do corpo
nação compreendem: o corte e o refile, a (espessura) do papel; o sentido de fibras do
dobragem, a perfuração, o colecionamento papel deve estar paralelo à lombada da
ou alceamento, a colagem, a grampeação e publicação etc. Nem sempre isto proporcio-
a costura. As principais operações de aca- na o melhor aproveitamento do papel. Na
bamento envolvem: a estampagem, a corte- encadernação mecânica, é recomendável
vincagem, o envernizamento, a laminação e que as fibras estejam perpendiculares à
a plastificação. lombada, visto ter maior resistência ao ma-
O planejamento do processo de aca- nuseio (rigidez, rasgo).
bamento começa na pré-impressão, quando Cadernos impressos em máquinas ro-
o formato e o estilo do produto são definidos. tativas ofsete com forno não devem ressecar,
Nessa etapa, um boneco de dobra, feito no para evitar o acúmulo de carga eletrostática,
mesmo tipo de papel que será impresso, rachaduras da dobra e variação dimensional.
permite avaliar que tipo de compensação Se for inevitável, o papel deve ser reumidi-
será necessária na montagem devido ao ficado ou vincado antes de ser dobrado. Uma
empuxo das páginas internas dos cadernos, vantagem das impressoras rotativas é per-
ao sangramento das fotos, às páginas espe- mitir serrilhar o papel na linha de dobra, para
lhadas etc. Conforme o tipo de encaderna- expulsar o ar armadilhado, ou umedecer a
ção (espiral, costurada, fresada e colada linha de dobra na própria máquina.
etc.), deve-se programar uma certa sobra de Após encadernado, o livro pode defor-
papel. O projeto das capas deve considerar mar se o papel dos diferentes cadernos apre-
que o sentido de fibras do papel fique para- sentar diferenças sensíveis de umidade. No
lelo à lombada, para evitar rachaduras nas momento do refilo trilateral, todos os cader-
dobras ou deformações no produto acabado. nos devem ter o mesmo conteúdo de umidade.
Durante a imposição das páginas, De acordo com o formato da impressora,
marcas de corte e dobra, cruzes de registro, o formato do papel e o formato dos equi-
marinheiros etc., são copiados a fim de pamentos de acabamento, a imposição das
facilitar o trabalho de acabamento e garantir páginas pode ter diferentes configurações.
maior precisão. A imposição é feita de tal As mais comuns incluem: folha inteira, múlti-
modo que a paginação, o registro de cores, plo, combinado, frente-e-verso, tira-e-retira
o registro frente-e-verso etc., sejam respei- e tira-e-retira-tombando.
tados. Cada tipo de marca indica a operação Algumas operações de acabamento
a ser executada, por exemplo: linha cheia in- podem ser executadas em-linha, isto é, na
dica refilo, linha pontilhada indica dobra etc. própria impressora ou em equipamentos a

27
ela acoplados, tais como: dobra, grampea-
ção, colagem, inserção, refile trilateral, corte-
e-vinco, serrilha e outras.
Nos capítulos que se seguem, todas
estas questões serão discutidas em detalhe,
incluindo os inter-relacionamentos e os possí-
veis desvios.

28
Corte linear

29
Divisor 2
guilhotina do século 19
crédito: 1. www.english.upenn.edu/~traister

30
Capítulo 2
Corte linear

2.1 Introdução As guilhotinas modernas são progra-


máveis e dotadas de acessórios que facilitam
Corte é a operação que consiste em a movimentação do papel, tais como: eleva-
dividir uma folha de papel em branco ou dores, mesa vibratória, colchão de ar e outros,
impresso em formatos menores, como ocorre contribuindo para aumentar a qualidade do
no caso da impressão em impressoras ½ corte e a produtividade.
folha (48 x 66 cm) a partir de papel de folha O corte é uma operação estratégica
inteira (66 x 96 cm). Refilo é a operação que para as gráficas que manuseiam o papel em
consiste em cortar o produto impresso no folhas, como a maioria das gráficas que
seu formato final, como no caso de livros e atuam nos segmentos promocional e de
revistas. Ambas as operações podem ser embalagens, pois dele depende o grau de
executadas em guilhotinas lineares (dotadas exatidão dos esquadros da folha, que são,
de facas retas). por sua vez, referência para as máquinas
As resmas e pilhas (skids) de papel impressoras, de dobra, de corte-e-vinco etc.
devem chegar à gráfica em perfeitas condi- Uma das etapas do processo menos
ções. A embalagem deve ser à prova de controlada pelos gráficos é o corte linear ou
umidade, as folhas devem estar cortadas em refilo que antecede a impressão. Na realidade,
esquadro e ter formato igual àquele que foi esta operação não deveria existir para as
definido no pedido de compra. máquinas de impressão com formatos de folha
Entretanto, algumas vezes, isto não inteira, isto é, com formatos igual ou superior a
acontece e o papel deve ser refilado numa 660 x 960 mm, pois significa desperdício de
guilhotina linear. A operação de refilo é tempo e de papel, além de contribuir com dois
executada quando: atributos a mais a ser controlados: o esquadro
da folha e o pó de papel decorrente do corte,
 o papel não tem o formato do serviço; que erroneamente são confundidos com pro-
 o papel não tem esquadro perfeito; blemas de ajuste do esquadro lateral da im-
 o trabalho é imposicionado em tira-e-retira pressora e com arrancamento de partículas da
ou tira-e-retira-tombando; superfície do papel.
 é necessário eliminar o excesso de papel A qualidade e a produtividade do corte
de certos produtos; linear dependem, inicialmente, de uma gui-
 a impressora tem formato menor do que o lhotina corretamente dimensionada para esta
formato das folhas; operação, ou seja: a abertura de boca da
 é necessário separar múltiplas unidades guilhotina deve ser ligeiramente superior ao
impressas na mesma folha. formato máximo da impressora. Por exemplo,

31
balancim porta-facas

mesa esquadro

monobloco

Figura 7: guilhotina linear (Wohlenberg - IPP)

para cortar folhas no formato 660 x 960 mm 2.2 Descrição do funcionamento


pode-se empregar guilhotinas com formato
igual a 1150 mm de boca. De modo geral, as guilhotinas, como
A largura da guilhotina linear pode ser são chamadas as máquinas que executam o
calculada em função do formato máximo de corte linear, são muito parecidas na sua
papel usado na máquina impressora: concepção e funcionamento. São constituídas
basicamente de um corpo único, com um
porta-facas, uma mesa plana e lisa, um
largura da guilhotina (LG) = [(LF)2 + (CF)2]1/2 calcador hidráulico (também conhecido como
balancim) e um esquadro móvel.

onde:

LF = largura máxima da folha


CF = comprimento máximo da folha

Usando o formato de folha do exemplo


anterior, tem-se:

LG = [(660)2 + (960)2]1/2 = 1165 mm

Uma guilhotina com 1150 mm de largu-


ra já é suficiente para refilar este formato de
papel. Figura 8: guilhotina linear

32
A estabilidade do equipamento é um Esta deve ser ajustada apenas uma vez para
fator muito importante para garantir a exa- cada tipo de papel.
tidão do corte, uma boa produtividade e uma Excesso de pressão do balancim pode
longa duração, por isso essas máquinas são marcar o papel, enquanto falta de pressão
construídas em monoblocos (fig.7e 8). pode comprometer a qualidade do corte.
Nas guilhotinas computadorizadas, o opera-
2.2.1 Porta-facas dor pode selecionar o ajuste de pressão do
balancim num menu exibido no monitor.
O porta-facas é movimentado por uma Os balancins hidráulicos são usados
barra de tração, ligado a um conjunto de en- para materiais difíceis e pilhas desuniformes.
grenagens, acionadas por um motor elétrico. Na altura normal de trabalho, o balancim é
Um dispositivo de tensionamento regulável rapidamente ajustado para qualquer tipo de
define a altura do curso da faca, enquanto um material, de acordo com uma escala precisa
excêntrico permite a regulagem do parale- de pressão. Materiais macios exigem pres-
lismo da mesma. são elevada e materiais rígidos baixa pressão
O porta-facas é acionado pressionando- do balancim. Papéis de média dureza, tal
se simultaneamente dois botões localizados como os papéis apergaminhados, podem
na parte frontal do equipamento. Esta dis- ser processados com ângulo de faca de 22°
posição dos botões de acionamento obriga e média pressão do balancim.
o operador a usar as duas mãos, evitando Antes de iniciar o ciclo de corte, o ope-
acidentes por distração ou por deixar, rador deve inspecionar as cruzes de registro,
inadivertidamente, a mão na linha de corte. visto que variações de registro podem afetar
a precisão do corte. A precisão do corte
2.2.2 O balancim depende da margeação das folhas, isto é, do
alinhamento de todas as folhas numa das
O balancim é uma barra metálica, para- bordas. As folhas da pilha devem ser ventila-
lela à faca, que desempenha duas funções: das manualmente e arrumadas em esquadro,
remover o ar aprisionado entre as folhas e para evitar que grudem entre si. O balancim
prender firmemente a pilha de papel durante assegura que as folhas não se movam durante
o corte (fig.9). o corte.
O balancim é acionado por um sistema
hidráulico, para baixo, deslizando sobre guias
laterais. Este acionamento é feito por um
pedal. O movimento para cima é feito por
ação de mola de compensação.

2.2.3 O esquadro

O esquadro é geralmente conectado a


um fuso e tem seu movimento de vaivém
comandado por polias tracionadas por cor-
reias ligadas ao motor elétrico. Pode-se
Figura 9: balancim da guilhotina linear também movimentar o esquadro manualmen-
As guilhotinas modernas compensam a te através de um volante instalado na parte
pressão do balancim. Após o corte, um sensor frontal do equipamento.
avalia e ajusta automaticamente a pressão. O esquadro, a exemplo do balancim,

33
também desliza sobre guias laterais, sendo  os materiais termoplásticos são sensíveis
que o fim de curso é determinado por senso- ao calor e, quanto mais alta a temperatura
res eletromecânicos. (fig.10) (nos limites definidos pelo fabricante do ma-
terial), mais fácil será o corte e menor o
esforço realizado pela faca e pela máquina.
Para materiais cuja temperatura é maior do
que a ambiente, deve-se isolar a pilha do
contato com a mesa de corte com uma folha
de cartão, por exemplo. A temperatura mais
favorável para o corte destes materiais é em
torno de 30ºC.
 devido ao aquecimento gerado pelo atrito
entre a faca e o material no momento do
corte, é produzida uma rebarba ou uma solda
do material. Este inconveniente pode ser
evitado, primeiramente pelo uso de uma faca
Figura 10: esquadro da guilhotina linear corretamente afiada e, em seguida, pela re-
dução da velocidade de trabalho da faca,
2.3 Material de corte isto é, pelo número de cortes.
 para cortar materiais rígidos, deve-se inter-
As guilhotinas podem ser usadas não calar uma folha de seda entre as de plástico,
só para cortar papéis e cartões, como mate- para evitar o rompimento dos mesmos.
riais sintéticos, folhas metálicas, fórmica,  o perfeito estado da faca é a condição
tecidos, borracha, couro etc. A discussão a fundamental para um corte correto. As facas
seguir considera o corte de materiais sinté- de aço especial têm uma duração muito maior
ticos e celulósicos (papéis e cartões). que as comuns. Os ângulos de afiação encon-
tram-se entre um mínimo de 18º a um máximo
2.3.1 Papéis e cartões de 22/28º de face dupla.
 a pressão do calcador deve ser ajustada
Para cada tipo de papel ou de cartão a para cada tipo de material. Devido à estrutura
ser cortado, deve-se examinar as seguintes lisa da superfície dos materiais sintéticos, a
variáveis: pressão é muito mais elevada do que a utili-
zada para cortar papel, para evitar o desliza-
- composição do material mento das folhas.
- superfície  a altura da pilha depende da espessura do
- altura da pilha material. Em média, pode-se considerar uma
- sentido do avanço altura de 45 mm para os materiais sintéticos.
- largura da folha Alguns exemplos incluem:
- PVC mole de 0,4 mm de espessura: 60 mm
Estes fatores, combinados, interferem - Astralon de 1,0 mm de espessura: 30 mm
no desempenho do corte da faca e serão - PVC duro de 0,6 mm de espessura: 50 mm
discutidos mais adiante.
quanto menor a altura da pilha
2.3.2 Materiais sintéticos mais preciso será o corte

As regras básicas para o corte de  as diferenças de espessura devem ser


materiais sintéticos são as seguintes: compensadas com uma chapa flexível de

34
cobertura, para que a pressão seja igualada zido. Estas facas são especificadas pela
por toda a pilha. Pode-se usar também uma ABNT como ABNT 01 (VND), com a seguinte
folha de cartão, de feltro ou de borracha co- composição química: C = 0,95%, Mn = 1,25%,
lada na parte inferior do calcador, se as dife- Cr = 0,50%, W = 0,50%, V = 0,12%, com
renças não forem muito pronunciadas. dureza 60 HRC com desvio máximo de 3%.
As facas de aço rápido são constituídas
2.4. Faca de um corpo de aço comum no qual se acopla,
por forja, na área do fio de corte, o aço rápi-
2.4.1 Qualidade do corte do. Uma composição muito usada é a que
contém W = 18%, Cr = 4% e V = 1%.
A qualidade do corte depende acen- As facas de aço sueco, que contêm um
tuadamente de uma faca resistente e perfeita maior teor de cromo, são constituídas de um
(reta). Além disso, o movimento da faca corpo de aço comum no qual se acopla, por
segue um ângulo em torno de 40º em relação forja, na área do fio de corte, o aço sueco.
ao plano do material a ser cortado (fig.11). O São recomendadas para o corte de materi-
corte oscilante se efetua da direita para a ais médios e duros, sintéticos, metálicos ou
esquerda ou vice-versa, de acordo com o similares. O tempo de duração destas facas
fabricante. é, no mínimo, 25% maior (fig.12).

facas de facas de
aço comum aço rápido

força de corte
Figura 11: descida da faca tempo
facacomum
faca de aço rápido faca inteiramente
2.4.2 Qualidade das facas faca de metal duro de aço

Figura 12: tipos de metais das facas


Em geral existem quatro tipos de facas:
As facas de metal duro têm constituição
 facas comuns ou standard similar às de aço sueco. São mais caras do
 facas de aço sueco (com um teor mais que aquelas porém duram muito mais. Exigem
elevado de cromo) cuidados extras na afiação, bem como con-
 facas de metal duro trafacas apropriadas.
 facas inteiramente de aço As facas inteiramente de aço são feitas
de liga especial e aplicam-se somente em
As facas standard são constituídas de casos especiais, pois são muito caras e difí-
um corpo em aço comum no qual se acopla, ceis de afiar.
por forja, na área do fio de corte, um aço de As propriedades exigidas dos aços para
liga mais dura. Estas facas são indicadas trabalhos de corte de papel são:
para o corte de materiais macios tais como:  elevada retenção de corte, ou seja,
papéis de cópia, papéis absorventes, papel capacidade de produzir elevado número de
de seda etc. Pode-se cortar também papéis cortes com boa qualidade entre retificações.
do tipo cuchê ou ofsete, todavia, o tempo de Sua obtenção depende basicamente de ele-
duração do fio de corte da faca é muito redu- vada dureza e da presença de cromo, vanádio,

35
tungstênio, molibdênio e outros.
 elevada estabilidade dimensional. As facas
com estabilidade dimensional apresentam
baixa deformação na têmpera. As deforma-
ções são classificadas em três tipos: [1] dis-
torções: produzidas por tensões térmicas na
têmpera; [2] alterações dimensionais: produ-
zidas por alterações estruturais, na têmpera
e processo de revenido, ou seja, um trata-
mento térmico feito pelo reaquecimento do
material em temperatura relativamente mais
baixa. O objetivo deste tratamento é obter-se
um material com maior resistência à fadiga.
[3] empenamento: devido ao projeto inade-
quado ou causado por um tratamento térmico Figura 13: afiadora de facas (HB - Heidelberg do Brasil)
menos cuidadoso.
As facas sem fio reduzem a qualidade  fixação absolutamente plana da faca
do corte, prejudicado por esforço inútil sobre durante a afiação.
a máquina (que chega a alcançar o triplo do
esforço normal) e aumentam os gastos com Os defeitos mais comuns provenientes
a reposição de facas, já que o desgaste é da afiação são os seguintes:
muito maior. As características de uma faca
sem corte são as seguintes:  a faca não corta o centro da folha inferior.
 área de corte áspera e desigual.  superaquecimento da faca, acarretando a
 área de corte com tom escuro. perda mais rápida do fio ou sua perda
 área de corte com rebarbas. imediata.
 bordas de corte grudadas.
 corte impreciso. A afiação de facas de metal duro só
 elevado acúmulo de pó de corte. pode ser feita por diamante. Não é reco-
mendável, em hipótese nenhuma, a afiação
2.5 Afiação manual devido ao alto risco de acidente que
envolve esta operação.
As condições para que uma faca per-
maneça afiada por um longo período de 2.6 Forças que atuam sobre a faca
tempo incluem a qualidade do metal e a
qualidade da afiação. As condições para As forças que atuam sobre a faca no
uma boa afiação são as seguintes (fig.13): momento do corte podem ser classificadas
da maneira indicada na figura 14.
 uma máquina de afiação de precisão e em
perfeito estado de funcionamento. 2.6.1 Força vertical
 um rebolo (pedra de afiação) limpo, retifi-
cado e com a granulação adequada ao A penetração da faca na pilha de papel
material a ser afiado. envolve uma carga orientada de cima para
 sistema de refrigeração da afiação eficaz. baixo. Por este motivo, o contato entre a faca
 ajuste correto da profundidade do passo e e o portafacas deve ser perfeito na sua parte
da velocidade de avanço. superior.

36
ou ranhuras, isto é sinal característico de um
portafaca ângulo de corte muito
agudo. Nestes casos,
pode-se utilizar uma
faca com dois ângulos
(duplo bisel), como por
exemplo, 20º e 24º,
pois o material a cortar
desliza melhor pelo
força vertical  ângulo principal agudo.
força frontal
2 - 4 mm Os diferentes ângulos
de afiação são obtidos
Figura 15: ângulo de junto aos fabricantes
afiação da faca de facas (fig.15).
f ac a

força horizontal 2.8 Troca de faca


Figura 14: forças que atuam sobre as facas no
momento do corte Esta operação envolve um risco elevado
de acidente, portanto, deve-se seguir rigoro-
2.6.2 Força frontal samente as instruções constantes no manual
de operação do equipamento. Esta operação
Na penetração da faca na pilha de papel, não admite improvisações e, na dúvida, deve-
devido ao formato em cunha do ângulo de se consultar o fabricante ou seu represen-
corte, ocorre uma carga que atua sobre o fio tante. Deve-se dedicar especial atenção à
da faca. Para compensar esta força, a faca caixa de transporte de facas e aos fios de
se apóia no calcador. rosca do suporte de sustentação da faca e
dos furos na faca.
2.6.3 Força horizontal
2.9 Contrafaca
Devido ao movimento oscilante do corte,
desenvolve-se uma carga lateral sobre a faca. Uma boa contrafaca é condição básica
Para compensar esta força, a faca deve estar para um corte perfeito. Existem os seguintes
corretamente fixada no portafacas por meio tipos:
de parafusos não-alinhados.  contrafaca de madeira de perfil quadrado:
preferentemente de madeira macia, usada
2.7 Ângulo de afiação somente para cortar material abrasivo (pode
ser utilizada oito vezes).
Os ângulos de afiação variam, de acor-  contrafaca de material plástico de perfil
do com o material a cortar, entre 16º e 24º. quadrado: presa à ranhura da mesa com ou
Para casos de cargas muito elevadas, o sem auxílio de ferramentas (pode ser utilizada
ângulo pode chegar até 30º. Um material até 16 vezes, porém é mais cara) (fig.16).
macio exige um ângulo menor do que um  contrafaca de material plástico plana, fixada
material duro. Quando se corta diferentes sobre um suporte de aço e facilmente inserida
tipos de papel e cartão, convém escolher um na ranhura da mesa. É mais barata e, portanto,
ângulo maior. Se, ao cortar um material duro, mais utilizada. Pode ser reutilizada até 8
a faca apresentar desvios para trás, dentes vezes. Deve ser resistente e elástica, não

37
ondulado, corte escalonado ou o corte
côncavo (fig.18).

Figura 18: balancim (calcador) da guilhotina (HB -


Figura 16: régua de fibra da guilhotina
Heidelberg do Brasil)

quebradiça, visto que isso reduziria a vida-


útil da faca. As regras fundamentais do ajuste da
Para as facas de metal duro são neces- pressão são as seguintes:
sárias contrafacas mais duras. As faces da  muito material para cortar: maior a pressão.
contrafaca devem ser perfeitamente retifi-  pouco material para cortar: menor a
cadas e paralelas, caso contrário haverá pressão.
perda de tempo com ajustes. A profundidade  material duro para cortar: menor a pressão.
do corte da faca deve ser apenas a neces-  material macio para cortar: maior a pressão.
sária para que a última folha da pilha seja
cortada com precisão. Deve-se sempre Com relação a estas regras deve-se
manter limpa a ranhura da mesa (fig.17). também ter em conta a altura da pilha e a
qualidade da superfície do material a ser
cortado:
 material duro com superfície lisa: maior a
pressão.
 material duro com superfície áspera: menor
a pressão.
 material macio com superficie lisa: maior
a pressão.
 material macio com superfície áspera:
menor a pressão.
A pressão pode variar entre 150 e 7000
daN (N = Newton, unidade do sistema métrico
Figura 17: tipos de contrafacas (Wohlenberg - IPP) internacional para a força; da = prefixo deca,
igual a 10). Para materiais macios, como
papéis muito finos e de baixa gramatura, um
2.10 A pressão excesso de pressão provocará uma defor-
mação na pilha a ser cortada. Em muitos
A precisão do corte é influenciada casos, a colagem de uma tira de papelão, de
essencialmente pela pressão do calcador. 4 a 5 mm de espessura, sob o balancim, na
Uma pressão errada pode causar um corte sua parte traseira, ajuda a igualar a pressão
maior ou menor nas folhas inferiores, corte na pilha.

38
Os materiais macios tendem a reter
muito ar entre as folhas, provocando o afas-
tamento da pilha em relação ao balancim no
momento do corte. Desta forma, as folhas da
parte superior da pilha serão cortadas num
formato menor do que aquelas que estão na
parte inferior (fig.19).

Figura 20: posição da faca x esquadros


(Wohlenberg - IPP)

Figura 19: qualidade do corte: excesso de ar (E) e


mm) e voltar a apertar o parafuso de trava.
corte correto (D) (HB - Heidelberg do Brasil)
Depois de efetuado um corte de prova, esta
Os materiais de média dureza, que com- operação deverá ser repetida até que o
preendem os papéis de impressão, devem esquadro fique perfeitamente paralelo à faca
ser cortados com uma pressão elevada, mas (fig.21).
evitando o deslocamento das folhas. Os mate-
riais duros, como os papéis de arte, cartões,
papelões e material plástico, devem ser cor-
tados com pressão leve e a faca com ângulo
mais obtuso ou com dois ângulos.

2.11 Esquadro
Figura 21: ajuste da faca x esquadro móvel
Como o corte linear é uma operação de (Wohlenberg - IPP)
precisão, o ajuste do esquadro deve ser
exato. As operações de ajuste do esquadro 2.11.3 Ajuste da largura do corte das
devem obedecer à seguinte seqüência: folhas inferiores da pilha (superfície da
mesa x encosto da pilha no esquadro
2.11.1 Colocando em ângulo (faca x móvel)
esquadros laterais)
A recomendação é carregar a máquina
A perfeita fixação da mesa com a com uma pilha alta, executar o primeiro corte,
máquina assegura a posição exata em ângulo girar a pilha em 180º e executar o segundo
reto (fig.20). corte. Retirar uma amostra do meio da pilha
e compará-la com a folha inferior da pilha. Se
2.11.2 Ajuste em paralelo (faca x esquadro houver diferença, ela será visual. Para corrigir,
móvel) deve-se elevar o pente do esquadro, por
meio das alavancas de aperto localizadas na
Conforme a necessidade de ajuste do parte posterior do esquadro, até que o espaço
esquadro, deve-se soltar o parafuso de trava, entre a mesa e o pente seja da ordem de 1,0
efetuar a regulagem através da alavanca com a 1,5 mm. Em seguida, fazer a regulagem de
escala (graduação em incrementos de 0,1 inclinação desejada (fig.22).

39
e avaliação das causas.

2.12.1 Corte maior ou menor das folhas


inferiores da pilha

Estes conceitos se referem à linha ver-


Figura 22: ajuste da largura do corte
tical do corte da faca
2.11.4 Ajuste do espaço entre o pente e a
mesa Corte maior: As folhas inferiores da pilha
são maiores (fig.24)
Recomenda-se colocar sob o pente, nas
suas extremidades, duas tiras do papel mais
fino a cortar. Abaixar o pente de tal forma que
não se possa remover as tiras de papel.
Assegurar que o pente nunca toque a super-
fície da mesa.
Estas regulagens, apesar de simples,
devem ser executadas por um operador trei-
nado pelo fabricante ou seu representante
(fig.23).

Figura 24: corte maior

c o r te m a io r

cau sas s o lu ç õ e s

p re s s ã o m u i to a lta re d u zi r a p re s s ã o

fa c a s e m c o rte tro c a r a fa c a

â n g u lo d o fi o i n c o rre to
tro c a r a fa c a
Figura 23: ajuste do espaço pente x mesa (m u i to a g u d o )
(Wohlenberg - IPP) b i s e l a o c o n trá ri o n o fi o
tro c a r a fa c a
d a fa c a

2.12 Problemas de corte p o s i ç ã o in c o rre ta d o c o rri g i r a p o s i ç ã o d o


e s q u a d ro e s q u a d ro

Por ação conjunta entre o material a Corte menor: As folhas inferiores da pilha
cortar, a pressão do balancim e a faca, pode são menores (fig.25)
ocorrer a produção de cortes incorretos que
c o rte m e n o r
se manifestam da seguinte forma:
causas s o lu ç õ e s
 corte maior ou menor das folhas inferiores. p re s s ã o m u i to b a i xa a u m e n ta r a p re s s ã o
 corte ondulado
â n g u lo i nc o rre to d o fi o
 corte escalonado (m u i to o b tu s o )
tro c a r a fa c a

 corte côncavo na altura e largura da pilha. s up e rfíc ie m u i to á s p e ra


re g u la r a p re s s ã o
o u i rre g u la r (g o fra d o )
A condição prévia para evitar estas p o s i ç ã o i n c o rre ta d o c o rrig i r a p o s i ç ã o d o
e s q u a d ro e s q ua d ro
irregularidades é um perfeito conhecimento

40
2.12.3 Corte escalonado

A superfície do corte apresenta-se


escalonada na altura. Ocorre muito freqüen-
temente em corte de separação de folhas e
em materiais de superfície áspera ou adesiva
(fig.27 e 28).

Figura 27: corte escalonado


Figura 25: corte menor

2.12.2 Corte ondulado

Este aspecto se apresenta pela linha


ondulada do corte e freqüentemente mostra
um sombreado muito chamativo na superfície
cortada (fig.26). Figura 28: corte escalonado em cartões
(Wohlenberg - IPP)

c o rte e s c a lo n a d o

causas s o lu ç õ e s

p re s s ã o m u i to a lta re d u zi r a p re s s ã o

c a ra c te rís ti c a d o re fa ze r a p i lh a c o m
m a te ri a l a ltura m e n o r
â n g u lo d o fi o m ui to
tro c a r a fa c a
a g ud o

2.12.4 Corte côncavo na altura

Figura 26: corte ondulado: (S) ondulação do papel; (I)


Se a pressão do calcador não for correta
ondulação do material impresso (Wohlenberg - IPP) na linha de corte, algumas folhas superiores
ficarão maiores. O corte fica perfeito após
igualar a pressão na pilha, mas logo se produz
c o rte o n d u la d o
um corte côncavo na linha vertical de corte
causas s o lu ç õ e s (fig.29).
m a te ria l a co rta r co loc a r cha p a fle xíve l no
irre g ula rm e nte p re nsa d o ca lca d o r

â ng ulo d o fio m uito a g ud o tro c a r a fa ca

fa c a m uito m a c ia tro c a r a fa ca
Figura 29: corte côncavo na altura

41
c o r te c ô n c a v o n a a ltu ra
folha não for retirada da pilha, provocará o
rompimento da blanqueta da impressora
cau sas s o lu ç õ e s ofsete. Este defeito ocorre devido à defici-
o m a te ria l nã o e s tá us a r um a c ha p a
ência de colagem do papel ou quando a
p re ns a d o na linha d e e s p e c ia l p a ra c a lç a r a contrafaca da guilhotina apresenta rebarbas
c o rte p ilha provocadas por desgaste ou quando a faca
a fa c a p e ne tra no já está sem corte (fig.31).
m a te ria l a nte s d e ha ve r re ta rd a r a d e s c id a d a
a lc a nç a d o a p re s s ã o fa c a
c o rre ta e m to d a a p ilha

p re s s ã o m uito fra c a a um e nta r a p re s s ã o

2.12.5 Corte côncavo na largura da pilha

Este conceito se refere à superfície de


corte da pilha e não ao fio côncavo da faca.
Este defeito está freqüentemente relacio-
nado com a maior ou menor pressão em
determinados pontos da pilha (fig.30).

Figura 31: pirulito

2.12.7 Pó de corte
linha de corte
Outro defeito freqüente é o pó de papel
Figura 30: corte côncavo na largura proveniente do corte. Este defeito aparece
na impressão como se fosse um arranca-
c o rte c ô n c a v o n a la rg u ra mento da camada superficial da folha, mas
trata-se de partículas que se desprendem do
cau sas s o lu ç õ e s papel após o corte executado com uma faca
cega. Isto é facilmente comprovado esfre-
a p ilha s ó e s tá
p re ns a d a no c e ntro
c a lç a r o b a la nc im c o m gando-se um pano de cor escura na lateral
um a c ha p a fle xíve l
(fig .3 0 à d ire ita ) da pilha refilada. O pano fica impregnado
a p ilha s ó e s tá c a lç a d a
c a lç a r o b a la nc im c o m
na s b o rd a s (fig .3 0 à
um a c ha p a fle xíve l
e s q ue rd a )

2.12.6 Formação de pirulito na folha


refilada

Um dos defeitos mais corriqueiros que


ocorre durante o manuseio do papel é o piru-
lito, uma delaminação do verso da folha devi-
do ao atrito do papel com a mesa da guilho-
tina, formando um pequeno tubo na última
folha da pilha. Este rolinho pode chegar a ter
alguns milímetros de espessura e, se esta Figura 32: pó de corte (faca circular)

42
com partículas que, se não forem removidas,
irão prejudicar a impressão.
A solução é cortar o papel com faca
afiada e trocá-la ao primeiro sinal de des-
prendimento de pó. Como paliativo, para
papel já refilado, pode-se limpar as bordas
da pilha com um tecido de algodão levemente Figura 34: balancim com espuma (Wohlenberg - IPP)
umedecido, que não desprenda fiapos. Pode-
se usar também uma escova com cerdas de
pêlo animal.
Se isto não for suficiente, as folhas
podem ser passadas na impressora com
leve pressão d'água, antes de imprimir, mas
esse recurso somente deve ser usado em
último caso de-vido ao seu alto custo. Este
tipo de defeito ocorre principalmente em pa-
péis revestidos (fig.32 e 33).

Figura 35: balancim com calços perfilados


(Wohlenberg - IPP)

Figura 33: pó de refilo

2.13 Soluções adicionais

Mediante soluções adicionais, é possí-


vel aumentar a qualidade do corte e facilitar
o trabalho do operador da guilhotina.

2.13.1 Para melhorar o corte

A chapa recobridora flexível do balancim


(calcador) é suficiente para a maioria dos
casos de diferenças de altura nas pilhas.
Pode-se usar cartão, borracha ou feltro Figura 36: balancim em cunha e corte em ângulo
(fig.34, 35 e 36). (Wohlenberg - IPP)

43
2.13.2 Para melhorar o trabalho

Existem acessórios, para cada tipo de


serviço, que facilitam o trabalho do operador.
Para o movimento mais rápido da pilha na
mesa da guilhotina, pode-se usar talco ou
produto similar. Para o melhor deslizamento
da faca no material, pode-se usar spray de Figura 38: elevador de pilha (Heidelberg do Brasil)
produtos à base de silicone. Para auxiliar o
corte de pilhas com grande formato, pode-se 2.14.2 Mesa pneumática
usar uma régua de madeira para apoiar o
material após o primeiro corte (fig.37). Para facilitar a movimentação das pilhas
de material a ser cortado, especialmente em
grandes formatos, a mesa pneumática é uma
madeira grande aliada. Este acessório é constituído
de apoio
basicamente de um colchão de esferas sus-
tentadas por ar comprimido, que permitem
um deslizar muito suave da pilha, indepen-
dentemente de seu peso (fig.39).

Figura 37: apoio de madeira (Wohlenberg - IPP)

Ao cortar folhas de etiquetas e rótulos,


pode-se também usar papelões de 3 a 4 mm
de espessura, em conjunto com um esquadro Figura 39: mesa pneumática (Heidelberg do Brasil)
de madeira, para facilitar a arrumação do
material já cortado. 2.14.3 Esquadro lateral dobrável

2.14 Acessórios para a Este acessório permite a carga da


guilhotina linear guilhotina pela parte traseira, independente-
mente do lado, mantendo o lado oposto como
Alguns acessórios foram desenvolvidos esquadro lateral. É utilizado em configura-
para melhorar a produtividade e atender aos
requisitos de segurança do trabalho.

2.14.1 Elevadores de pilha

Estes elevadores podem ser instalados


à direita , à esquerda ou em ambos os lados
da guilhotina, para facilitar a operação de
carga e descarga do material, otimizando
desta forma a produtividade do equipamento.
Por outro lado, além de evitar o trabalho pe-
sado, tão prejudicial à saúde dos operadores,
elimina a necessidade de auxiliares para
esta tarefa (fig.38). Figura 40: esquadro lateral dobrável (Heidelberg Brasil)

44
ções de alimentação automática do material no material a ser cortado ou para as pilhas de
a ser cortado (fig.40). papel ondulado (fig.43).

2.14.4 Esquadro giratório 2.14.6 Mesa vibradora

Este acessório permite corrigir peque- Este acessório aplica vibrações em alta
nos desvios de posicionamento da imagem freqüência na pilha de papel para facilitar a
impressa na folha em relação ao esquadro sua arrumação antes do corte (fig.44).
do papel (fig.41).

Figura 41: esquadro giratório (Wohlenberg - IPP)

Alguns equipamentos oferecem a


possibilidade de inclinação do esquadro em
relação à mesa de corte. Este recurso é útil
para a correção de cortes maiores ou meno-
res das folhas de baixo da pilha (fig.42).

Figura 44: mesa vibradora (Wohlenberg - IPP)

2.14.7 Balancim ajustável

Figura 42: esquadro inclinado (Wohlenberg - IPP) O balancim ajustável é composto por
segmentos móveis que podem ser regulados
2.14.5 Revestimento flexível para o para adequar-se às diferenças de altura da
balancim pilha a ser cortada (fig.45).

Este acessório, composto de material


flexível de cerca de 10 mm de espessura, é
usado para nivelar as diferenças existentes

Figura 45: balancim ajustável

2.14.8 Dispositivo de segurança com


elevador para troca da faca

Este dispositivo especial torna ainda


Figura 43: revestimento flexível do balancim mais seguro a troca de faca, sem danificar o
(Heidelberg do Brasil) fio ao montá-la, nem provocar risco de lesão

45
ao operador que, além disso, não precisa de Vantagem: girar a 90° e esquadrar duas tiras
auxílio de outro funcionário (fig.46). curtas
Desvantagem: dois giros de 180°

Figura 46: dispositivo de segurança para troca de faca


(Wohlenberg - IPP)

2.15 Exemplos de programação

A seguir, alguns exemplos de como


executar a programação para as guilhotinas
equipadas com programador eletrônico,
discutindo as vantagens e desvantagens em Figura 48: 6 cortes com 4 elementos
cada caso.
Ex empl o 3: Exe cu ta r 6 co rt es d e
Exemplo 1: Executar 6 cortes de sepa- separação de 4 elementos na folha (fig.49)
ração de 4 elementos na folha (fig.47)
Girar duas vezes a 90° e uma vez a 180°
Girar três vezes a pilha de papel a 90° Vantagem: girar a 90° e esquadrar duas tiras
Vantagem: nenhum giro de 180° curtas
Desvantagem: ter de girar e esquadrar duas Desvantagem: um giro de 180°
tiras largas

Figura 49: 6 cortes com 4 elementos


Figura 47: 6 cortes com 4 elementos
Dos três exemplos, esta é a progra-
Exemplo 2: Executar 6 cortes de sepa- mação mais indicada, pois tem a menor
ração de 4 elementos na folha (fig.48) desvantagem.

Girar duas vezes a pilha de papel a 90° e Exemplo 4: Executar 8 cortes de sepa-
duas vezes a 180° ração de 8 elementos na folha (fig.50)

46
operador, se as normas de segurança não
forem corretamente seguidas. Os fabricantes
de máquinas se preocupam em fornecer dis-
positivos de proteção e orientações de
segurança para esta atividade, com o objetivo
de torná-la segura e menos cansativa.
As guilhotinas automáticas são dotadas
de acionamento manual duplo para a descida
da faca, barreira de fotocélulas de infraver-
melho e circuito de controles de dupla cone-
xão. As guilhotinas mais antigas, que não
têm estes sistemas de segurança, devem
Figura 50: 8 cortes com 8 elementos estar de acordo com a Norma Regulamen-
tadora (NR) do Mistério do Trabalho e do
Vantagem: girar uma vez a 180° e as demais Emprego (MTE), NR 12, que trata da insta-
a 90° lação e das condições de uso de máquinas e
Desvantagem: esquadrar duas tiras longas equipamentos.
Algumas regras devem ser observadas
Exemplo 5: Refilar por todos os lados e não só na operação da guilhotina, mas de
dividir um impresso coletivo (fig.51) qualquer equipamento:

Vantagem: o esquadro da impressão é  não operar a guilhotina se não tiver o trei-


mantido durante muito tempo, com poucos namento adequado e a autorização neces-
giros da pilha de papel; guias adicionais de sária.
esquadro para um esquadramento cômodo  não carregar peso excessivo durante as
e preciso. operações de carga e descarga da guilhotina.
Lembrar-se que este trabalho não faz parte
das competições de levantamento de peso.
Esforços em demasia podem causar sérias
lesões na coluna, além de outros tipos de
lesões. Esta operação deve obedecer o
disposto na NR 17, Ergonomia, do MTE.
 inspecionar periodicamente o equipa-
mento em busca de sinais de desgaste ou
mal funcionamento.
 nunca limpar, lubrificar ou ajustar um equi-
pamento quando este estiver em operação.
 quando estiver fazendo reparos ou manu-
tenção no equipamento, assegurar-se que a
Figura 51: refile e corte de diferentes formatos máquina esteja na condição de "segurança"
para estas tarefas. Desligar a energia elétrica
2.16 Operando a guilhotina e colocar o aviso de "equipamento em manu-
com segurança tenção".
 nunca desativar os sistemas de proteção
A operação da guilhotina linear pode se do equipamento.
transformar numa tarefa de alto risco para o  verificar se exitem pessoas, ferramentas

47
ou peças perto ou encostadas no equipa- 2.17 Tabelas de Corte
mento, antes de operá-lo.
As tabelas a seguir fornecem orienta-
 as condições de iluminação, ruído e venti- ções para a confecção da faca, de acordo
lação do ambiente de trabalho devem estar com o material a ser cortado, a pressão
de acordo com as NR específicas do MTE. recomendada para o balancim e o uso de
revestimento no balancim quando necessário.
 as facas devem sempre estar acondi-
cionadas em caixas apropriadas para o seu
manuseio e transporte.

 controlar a vida-útil do bisel de corte para  primeiro ângulo de corte

evitar travamentos que podem causar danos  segundo ângulo de corte


ao equipamento. 
h altura do segundo
ângulo de corte
 quando tiver de aplicar ceras ou produtos 
de proteção na faca, utilizar dispositivos
apropriados (pincéis, almofadas de pano com h
cabo, borrifadores etc.) que evitam o contato
direto das mãos com a área de corte. Figura 52: detalhes de construção da faca

48
2.17.1 Papel
p res sã o
p ap e l fa ca a b h (m m ) b a la n cim
(d aN /kg )

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


pa pe l a rte 23 o 25 o 3 ,5 3 00 0 - 40 00
ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço
p ap el bíblia 24o - - 1 50 0 - 20 00 revestid o
ráp ido

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


p ap el m a ta-bo rrã o 19o - - 20 00 - 2 50 0
ráp ido ne ce ssário

co m p ensa r a ltura se
p ap el-ca rb ono aço rá pid o 22 o - - 8 00 - 1 00 0
ne ce ssário

pa pé is com sta nd ard e a ço


19o - - 40 0 revestid o
ca rb ono ráp ido

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


pa pe l pa ra fina d o 24o - - 32 0 0
ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


p ap el dúp le x 24 /26 o - - 30 00 - 3 50 0
ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço
pa pe l-fe ltro 24o - - 20 00 - 2 50 0 revestid o
ráp ido

sta nd ard e a ço
p a pe l fino 19o - - 3 00 0 - 40 00 revestid o
ráp ido

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


p ap el go m a do 24o - - 25 00 - 3 50 0
ráp ido ne ce ssário

im itaçã o sta nd ard e a ço


24o 26 o 3 ,0 40 00 - 4 50 0 -
pe rg am inho ráp ido

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


pa pe l m ono lúcid o 24o - - 3 50 0 - 40 00
ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


pa pe l m eta lizad o 24o - - 30 00 - 3 50 0
ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


pa pé is re ativos 24o - - 8 00 - 1 00 0
ráp ido ne ce ssário

co m p ensa r a ltura se
pa pe l-pe rga m inho aço rá pid o 24o - - 25 00 - 3 00 0
ne ce ssário

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


p ap el foto gráfico 24o - - 25 00 - 3 00 0
ráp ido ne ce ssário

pa pé is de sta nd ard e a ço
24o - - 25 0 0 revestid o
im p re ssão ráp ido

pa pé is de sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


19 /22 o - - 25 00 - 3 70 0
se gurança ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço
p ap el-e stêncil 19o - - 30 0 0 revestid o
ráp ido

p ap el sintético aço rá pid o 26 o - - 25 00 - 3 00 0 -

sta nd ard e a ço
pa pe l-tecid o 19o - - 20 0 0 revestid o
ráp ido
co m p ensa r a ltura se
pa pe l tra nslúcido aço rá pid o 24o - - 30 00 - 3 80 0
ne ce ssário

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


p ap el-veludo 19o - - 25 0 0
ráp ido ne ce ssário

sta nd ard e a ço co m p ensa r a ltura se


pa pé is de escrever 24o - - 25 00 - 3 00 0
ráp ido ne ce ssário

49
2.17.2 Cartão
pressão
cartão faca a b h (mm) balancim
(daN/kg)

compensar
cartão para caixas aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 altura se
necessário
compensar
cartão brístol aço rápido 24 o - - 2000 - 2500 altura se
necessário

cartão macio aço rápido 24 o - - 3000 revestido


compensar
cartão cromolux standard e aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 altura se
necessário
compensar
cartão-contêiner aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 altura se
necessário

cartão dúplex aço rápido 24 o - - 2500 -

cartão feltro standard e aço rápido 24 o - - 2000 - 2500 revestido

compensar
cartão fibra aço rápido 24/26 o - - 3000 - 3800 altura se
necessário
compensar
cartão finlandês aço rápido 19/22 o - 3,5 2000 - 3000 altura se
necessário
compensar
cartão cinza aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 altura se
necessário
compensar
cartão feito à mão aço rápido 24 o - - 3000 altura se
necessário
compensar
cartão-ficha standard e aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 altura se
necessário
compensar
cartão-couro standard e aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 altura se
necessário
cartão manilha aço rápido 24 o - - 3000 - 3500 -

cartão multiplex aço rápido 24 o - - 2500 -


compensar
cartão postal standard e aço rápido 24 o - - 2500 - 3500 altura se
necessário

cartão tríplex aço rápido 24 o - - 3000 -

50
2.17.3 Plásticos
p re s s ã o
p lá s tic o fa c a a b h (m m ) b a la n c im
(d a N /k g )

co m p e nsa r a ltura
a stra lo n a ço rá p id o 24 o - - 3000
se ne ce ssá rio
co m p e nsa r a ltura
a ce ta to a ço rá p id o 25 o - - 3000 - 3500
se ne ce ssá rio
co m p e nsa r a ltura
ce lo fa ne a ço rá p id o 23 o 25o 3 ,5 3000 - 4000
se ne ce ssá rio
co m p e nsa r a ltura
ce luló id e a ço rá p id o 23 o - - 2500 - 3000
se ne ce ssá rio
co m p e nsa r a ltura
ce lulo se a ço rá p id o 24 o - - 3000 - 4000
se ne ce ssá rio
co m p e nsa r a ltura
a ce ta to d e ce lulo se a ço rá p id o 25 o - - 3000 - 4000
se ne ce ssá rio

sta n d a rd e a ço co m p e nsa r a ltura


p o lie tile no 25 o - - 3000 - 4000
rá p id o se ne ce ssá rio

co m p e nsa r a ltura
P V C ríg id o a ço rá p id o 23 o 25o 3 ,5 3000 - 4000
se ne ce ssá rio

sta n d a rd e a ço co m p e nsa r a ltura


P V C fle xíve l 23 o - - 3000 - 4000
rá p id o se ne ce ssá rio

sta n d a rd e a ço co m p e nsa r a ltura


re ve stim e nto d e P V C 19 o 22o 3 ,5 3000 - 4000
rá p id o se ne ce ssá rio

co m p e nsa r a ltura
m a te ria l tra nsp a re nte a ço rá p id o 26 o - - 3000 - 3500
se ne ce ssá rio

2.17.4 Borracha, Tecidos, Madeira e Metais


p re s s ã o
m a te ria l fa c a a b h (m m ) b a la n c im
(d a N /k g )

s ta n d a rd e a ç o c o m p e ns a r a ltura s e
a lum ínio 24o - - 3000 - 3500
rá p id o ne c e s s á rio

s ta n d a rd e a ç o c o m p e ns a r a ltura s e
a lum ínio la m ina d o 24o - - 3000 - 3500
rá p id o ne c e s s á rio

lixa s a ç o rá p id o 24o - - 2500 - 3000 re ve stid o

s ta n d a rd e a ç o
c hum b o 24o - - 500 - 1500 re ve stid o
rá p id o

c ha p a d e a lum ínio s ta nd a rd 25o 28o 2 4500 re ve stid o

c o m p e ns a r a ltura s e
ca rtã o p re ns a d o a ç o rá p id o 24o - - 2500 - 3000
ne c e s s á rio

b o rra c ha m a c ia a ç o rá p id o 17o - - 150 < re ve stid o

c o m p e ns a r a ltura s e
b o rra c ha d ura a ç o rá p id o 24o - - 1500 <
ne c e s s á rio
c o m p e ns a r a ltura s e
te c id o s a ç o rá p id o 19o - - 150 <
ne c e s s á rio

fo lha -d e -fla nd re s a ç o rá p id o 19o - - 200 < -

m a d e ira c o m p e ns a r a ltura s e
a ç o rá p id o 19o 22o 3 ,5 1000 - 2000
c o m p e ns a d a ne c e s s á rio

zinc o a ç o rá p id o 19o - - 200 < re ve stid o

51
2.17.5 Materiais diversos

p re s s ã o
m a te ria l fa c a a b h (m m ) b a la n c im
(d a N /k g )

m a nta d e
s ta n d a rd e a ç o rá p id o 19o - - 1500 re ve s tid o
c e lulo s e

c o m p e ns a r
c o rtiç a s ta n d a rd e a ç o rá p id o 19o - - 1000 - 2000 a ltura s e
ne c e s s á rio

fe ltro s ta n d a rd e a ç o rá p id o 19o - - 1000 re ve s tid o

c o m p e ns a r
c o uro s ta n d a rd e a ç o rá p id o 24o - - 2000 - 3000 a ltura s e
ne c e s s á rio
c o m p e ns a r
linó le o a ç o rá p id o 24o - - 1800 - 2500 a ltura s e
ne c e s s á rio

e m b a la g e m a ç o rá p id o 24o - - 2500 - 3000 re ve s tid o

c o m p e ns a r
p a p e l g la s s ine a ç o rá p id o 24o - - 2000 a ltura s e
ne c e s s á rio

Observação: os dados constantes nestas tabelas são apenas referenciais, podendo ser
alterados conforme a necessidade do trabalho.

52
Dobra

53
Divisor 3
dobradeira do século 19
crédito: 1. www.english.upenn.edu/~traister

54
Capítulo 3
Dobra

3.1 Introdução tanto, ao dimensionar a dobradeira, deve-se


procurar sempre a máxima paginação por
A dobra é a operação de acabamento caderno, levando em conta o mercado e as
onde o produto começa a assumir sua forma limitações para cada tipo de papel (fig.53).
final. No caso de produtos como folhetos,
mapas e publicações com até 16 páginas, 3.2 Influência do Papel
esta pode ser a última etapa do processo de
fabricação. A dobra determina também como Algumas características do papel inter-
serão dimensionadas as linhas de encader- ferem diretamente no desempenho da dobra-
nação subseqüentes, dependendo do número deira e na qualidade do produto dobrado. O
de páginas que cada caderno pode conter. conteúdo de umidade, a gramatura, a compo-
A dobradeira ideal é aquela capaz de sição e o tipo de acabamento superfícial são
dobrar todas as páginas de uma publicação características que devem ser observadas,
numa única operação, porém as limitações tanto no controle do processo como no plane-
físicas impostas pelo papel impedem a sua jamento do produto, para evitar que surpresas
realização. desagradáveis surjam na hora da dobra.
Há algumas décadas, as impressoras
ofsete planas (alimentadas por folhas) produ- 3.2.1 Conteúdo de umidade
ziam grandes formatos (1200 x 1600 mm), e
foram abandonadas pelos produtores de O papel, como se sabe, tem muita afini-
livros e revistas devido à imensa dificuldade dade pela água, devido às propriedades de
com o registro das cores e os problemas de absorção das fibras de celulose. Esta carac-
rugas nas dobradeiras. A partir de meados terística faz com que os papéis apresentem
dos anos 90, estes grandes formatos voltaram variação no seu conteúdo de umidade, mes-
a ter espaço, graças às novas tecnologias mo após o processo impressão ofsete. Uma
introduzidas na pré-impressão e à automação quantidade excessiva ou reduzida de água
instalada nas impressoras e dobradeiras, na folha impressa provoca deformações que
tornando-se uma tendência irreversível, pois irão se transformar em rugas após a passa-
representa uma grande economia no pro- gem pelos elementos de dobra. Por outro
cesso de encadernação. lado, uma folha muito deformada irá causar
As impressoras rotativas oferecem problemas de alimentação numa dobradeira
configurações de até 48 e 64 páginas no automática.
formato A4 , sendo que configurações espe- Como o processo de troca de umidade
ciais, para impressão até duas cores, podem entre o ambiente e a folha de papel é muito
produzir cadernos com 128 páginas. Por- lento, as deformações são predominantes

55
Figura 53: dobradeira MBO (MBO - IPP)

nas bordas do papel. Se o ambiente estiver papel ficarão mais ressecadas que o centro
com a umidade relativa acima da umidade da folha, devido à perda de água para o
relativa do papel, as bordas sofrerão dila- ambiente, causando uma contração das
tação, com o aparecimento de ondulações fibras e produzindo um aspecto de prato ou
(fig.54). bacia (fig.55).

Figura 54: papel com as bordas onduladas Figura 55: papel com as bordas retesadas

Se o inverso ocorrer, ou seja, se o A condição ideal é que a umidade rela-


ambiente estiver mais seco, as bordas do tiva do papel esteja ligeiramente superior à

56
umidade relativa do ambiente (cerca de 5%), for suficientemente elevada; isto depende da
e que esta condição seja controlada até a umidade relativa do ambiente e do papel.
última etapa de trabalho no acabamento. Os papéis revestidos de baixa grama-
Além destas deformações, a umidade tura têm acentuada tendência a acumular
do papel interfere na sua resistência à dobra. cargas eletrostáticas, visto que a carga mine-
Quanto mais úmido estiver o papel, mais fácil ral e o revestimento do papel reduzem o seu
será a execução da dobra. Para evitar a conteúdo de umidade, uma vez que apresen-
formação de rugas, em situações onde não tam consideravelmente menos atração pela
seja possível a aplicação de serrilhas extra- água do que as fibras de celulose. Como o
toras de ar, um fio de água pode ser aplicado papel ressecado fica mais quebradiço, ocor-
por meio de dispositivo apropriado, tanto em re também um maior desprendimento de pó.
máquinas rotativas quanto nas dobradeiras A faixa de umidade relativa ideal do
de folha. O aumento do conteúdo de umidade ambiente para evitar o acúmulo da eletrici-
torna as fibras do papel mais flexíveis, faci- dade estática encontra-se entre 50% e 60%,
litando a execução da dobra. numa temperatura entre 20°C e 23°C. Como
Um conteúdo de aproximadamente 5% o controle das condições ambientais nem
de umidade no papel favorece a formação da sempre é viável, a alternativa mais indicada
dobra e proporciona uma baixa força de recu- é a instalação de dispositivos ionizadores,
peração da dobra, sem afetar muito a força para dissipar a carga eletrostática, e um per-
de união entre as fibras. Estas forças são as feito aterramento da máquina.
responsáveis pela formação do ângulo de
recuperação elástica da dobra, originado 3.2.2 Gramatura
entre as folhas de papel após a dobra devido
à tendência das fibras de retornarem à sua Gramatura é a massa do papel expressa
posição de repouso inicial. em gramas por metro quadrado (g/m2). A
A perda de umidade torna o papel que- rigidez e a resistência à dobra são proporcio-
bradiço na dobra. Outra conseqüência nais ao aumento da gramatura do papel,
danosa da baixa umidade é o acúmulo de portanto, mais do que uma dobra em papéis
eletricidade estática. Nas superfícies de acima de 130 g/m2 dificilmente é executável,
contato entre as folhas de papel existe uma principalmente as dobras cruzadas.
determinada compensação de cargas elé-
tricas. Quando da separação das folhas, as 3.2.3 Composição
cargas fluem em sentido contrário. Todavia,
se a separação for muito rápida e uma ou as De acordo com o tipo e a composição
duas folhas apresentarem baixa condutivi- do papel, as forças de recuperação de dobra
dade superficial, as cargas não terão tempo nos cadernos chegam a ser tão intensas que
suficiente para fluir. Neste caso, ambas as o caderno tende a abrir. O ângulo de recupe-
folhas ficam carregadas eletricamente, um ração elástica, mencionado anteriormente,
lado com carga positiva e outro com carga geralmente é mínimo para dobras paralelas,
negativa, dificultando ou mesmo impedindo aumentando ligeiramente nas dobras mistas,
sua separação. e se torna máximo nas dobras cruzadas.
Folhas carregadas com carga estática A formação da dobra e as forças de
dificultam a alimentação nas dobradeiras e, recuperação resultantes são influenciadas
principalmente, na entrada das estreitas pelo conteúdo de cargas minerais do papel,
bolsas de dobra. Esta carga estática pode pelo conteúdo de umidade, pelo sentido de
ser reduzida se a condutividade superficial fibra e pelo tipo de dobra. No caso de elevada

57
proporção de carga mineral, ocorre uma des- manipulação na dobradeira, devido à sua
truição das ligações entre as fibras ao se característica superficial, com o aparecimen-
formar a dobra e, por isso, as forças de recu- to de pontos brilhantes nas áres de contra-
peração são reduzidas e, com ela, também grafismo e de repinte nas áreas impressas.
se reduzem a elasticidade e a resistência da Enquanto os papéis revestidos com
dobra. Os papéis com reduzido conteúdo de acabamento brilhante possuem uma super-
carga mineral, nas mesmas solicitações de fície fechada, com orientação paralela dos
dobra, possuem elevada força de recupe- pigmentos da tinta cuchê, o papel fosco apre-
ração de dobra. Neste caso, deve-se executar senta uma estrutura superficial mais aberta,
uma prensagem adicional, para evitar a aber- orientada em três direções. Os papéis foscos
tura posterior do caderno. que foram tratados em calandra especial
Como visto, o aumento de umidade no possuem uma menor resistência ao atrito, já
papel favorece a formação da dobra e reduz que os pigmentos são fixados e alisados, o
a sua força de recuperação. Se a dobra for que reduz sua tendência a formar os pontos
paralela ao sentido de fibra do papel, as brilhantes e o repinte.
forças de recuperação serão menores do Muitas vezes esta característica dos
que no sentido perpendicular. Neste caso, a papéis foscos é confundida com problemas
pressão dos rolos de dobra deve ser ligeira- de secagem da tinta, mas isto se deve à
mente menor, para evitar um enfraquecimento maior rugosidade, o que provoca a difusão
do papel na linha de dobra. Ao se aumentar da luz e o conseqüente efeito de fosquea-
o número de dobras, especialmente no caso mento. Esta maior rugosidade superficial,
de dobras cruzadas, aumentam também as aliada à presença de componentes abrasivos
tensões no caderno. Por isso, a pressão nos na tinta cuchê, afetam sensivelmente a cama-
rolos de dobra deve ser ligeiramente aumen- da de tinta quando atritada. Recomenda-se a
tada para garantir uma dobra bem definida. realização de testes para a escolha da linha
A colagem superficial dos papéis não- de tinta mais adequada ao papel fosco, antes
revestidos é necessária para proporcionar o da impressão, caso contrário, o único remé-
grau de resistência superficial requerido no dio é a aplicação de um verniz protetor, o que
processo ofsete. Como conseqüência, a eliminaria o efeito visual da camada fosca.
porosidade do papel diminui, a ancoragem
da tinta aumenta, a rigidez aumenta e 3.3 Imposição das páginas
aumentam as resistências ao estouro e ao
rasgo. Colagem superficial em grau elevado A imposição, ou montagem, é a distri-
é prejudicial à qualidade da dobra, visto que buição das páginas de um caderno numa
ocorre adesão das fibras mais externas, folha aberta, de acordo com uma determinada
dificultando o seu movimento de flexão quando seqüência, para atender os requisitos de
o papel é dobrado. impressão e acabamento.
Na folha de montagem estão indicados
3.2.4 Tipo de acabamento superfícial do a àrea de mancha, a área de impressão, as
papel cruzes de registro, as marcas de corte, as
marcas de dobra, as margens para a pinça e
Os papéis revestidos com acabamento a referência do margeador da impressão
fosco representam alguma dificuldade de (fig.56).

58
área de mancha pinça pé
corte

lombada
mediana = frente
dobra
cruz de

frente

frente
registro cabeça cabeça

lombada
margeador papel

área de impressão pinça pé


Figura 56: traçado de imposição
Figura 58: identificação das margens de imposição
Para o processo de impressão ofsete,
que é um sistema indireto, a imagem na Para facilitar a identificação do caderno
chapa será legível. Para processos de im- durante as operações de acabamento, uma
pressão direta, como a tipografia e a flexo- vinheta de identificação pode ser impressa
grafia, a imagem na matriz será ilegível. na lombada. Esta vinheta pode ser uma marca
Para imagens que serão sangradas no colorida, com 2 mm de
corte final, deve-se deixar uma margem de largura e 5 mm de altu-
pelo menos 3 mm para o refile, para evitar a ra, impressa próximo da
ocorrência de filetes brancos, dependendo cabeça no primeiro ca-
do tipo de encadernação (fig.57). derno. As demais são
deslocadas em forma
de escadinha na medi-
da correspondente à
própria altura do cader- Figura 59: identificação
no (fig.59). dos cadernos (vinhetas)

Para efeito de controle visual ou de me-


dições feitas com densitômetros e espectro-
fotômetros, acrescentam-se tiras de controle
de reprodução e de impressão numa margem
do papel que será refilada no acabamento
final, geralmente no centro ou na contrapinça
Figura 57: imagens sangradas da folha (fig.60).

As margens de separação entre as


páginas são denominadas conforme sua
posição no caderno dobrado e devem ser
corretamente dimensionadas, para evitar o
sangramento da imagem impressa ou o
desperdício de papel. No exemplo, um cader-
Figura 60: escala de controle de cores
no de 16 páginas com três dobras cruzadas,
a mediana coincide com a frente do caderno Se a folha for impressa nos dois lados,
e as páginas estão dispostas cabeça com a primeira impressão é chamada de tirada
cabeça (fig.58). (geralmente o verso). A segunda entrada em

59
máquina, com o papel já impresso, é chamada 2 x 16 páginas, frente-e-verso virando, com
de retirada (geralmente a frente). Existem três dobras cruzadas.
duas maneiras de virar a folha de papel para
a segunda impressão: virando e tombando. Este traçado é usado quando o formato
Quando se vira a folha já impressa e se da folha a ser dobrada é a metade do formato
mantém o lado frontal (pinça), variando o do papel impresso. Os dois cadernos, idên-
lado de margeação lateral na impressora ticos, são separados no corte, antes da dobra,
(puxador), tem-se a impressão em virando. e os esquadros para a dobra estão no corte
Quando se vira a folha de papel já de separação (fig.63).
impressa e se mantém o puxador, variando-
se a pinça, tem-se a impressão em tombando
(fig.61). corte de
separação

Figura 61: tira-e-retira virando (E) e tombando (D)


(Heidelberg do Brasil)
Figura 63: 2x16 páginas F/V virando
A seguir, alguns exemplos de montagem
fente-e-verso, com traçados virando e tom- 2 x 16 páginas, frente-e-verso tombando,
bando. com três dobras cruzadas, formato paisagem
(fig.64).
1 x 16 páginas, frente-e-verso virando, com
três dobras cruzadas.

Este traçado é muito utilizado para im-


pressoras planas com largura em torno de
um metro. O formato do papel impresso tem
o mesmo formato da folha a ser dobrada e o
esquadro para a dobra é o mesmo usado
pela impressora (fig.62).
pinça
esquadro
Figura 64: 2x16 páginas F/V tombando

puxador
2 x 16 páginas, frente-e-verso virando, com
três dobras cruzadas, dois cadernos
diferentes (fig.65).

Outros esquemas de montagem encon-


verso
frente tram-se no anexo, no final desta publicação.
O esquema de montagem deve estar
Figura 62: 16 páginas F/V virando ajustado às possibilidades de dobras

60
mo de papel é compensado pelo ganho de
produtividade no alceamento e pela redução
do desperdício na encadernação. Esta mar-
gem de pinça também é usada em cadernos
abertos na cadeça, duplo-paralelo e proveni-
entes de impressoras rotativas, já que não
podem ser abertos somente com as chupe-
tas. A margem para a pinça deverá estar na
parte posterior do caderno, a menos que a
configuração da alceadeira determine que
seja na posição frontal.
 para livros, folhetos e folhetos grampeados,
Figura 65: 2x16 páginas F/V virando, 2 cadernos a margem de refile mínima deve ser de 3 mm
diferentes e, a margem para o pé e para a frente, 5mm.
Para imagens sangradas, o refile mínimo de-
existentes, ao tipo de papel e às operações verá ser de 3 mm.
de acabamento. Quanto maior a gramatura e  o refile mínimo para a fresagem da lombada
a espessura do papel, maiores serão as deve ser de 3 mm; para cadernos mais espes-
dificuldades para executar as dobras. A prá- sos, o refile deve ser aumentado para 4 mm,
tica recomenda algumas regras: para garantir a fresagem das folhas mais
 papéis e cartões até 250 g/m2 podem ser internas.
dobrados uma vez, com a aplicação prévia  para a encadernação de cadernos de
de vinco. quatro páginas com adesivos, não é feita a
 duas dobras cruzadas podem ser feitas compensação na lombada, já que este
em papéis de até 150 g/m2. caderno não é fresado.
 três dobras cruzadas podem ser realizadas  as capas para produtos encadernados
em papéis até 130 g/m2. com adesivos devem ser 2 ou 3 mm maiores
 quatro dobras cruzadas podem ser execu- do que a lombada, para evitar o sangramento
tadas em papéis até 100 g/m2. da cola após o encapamento.
 cadernos de quatro páginas devem ser  para cada produto deve-se fazer um boneco
alceados a cavalo nos cadernos intermedi- de montagem, utilizando o papel e os equi-
ários, quando encadernados com fio ou com pamentos de acabamento previstos, para
cola. Para produtos grampeados, este cader- verificar as possíveis dificuldades no proces-
no deve ser alceado internamente, para evitar so, as compensações de deslocamento de
o seu deslocamento na corrente transporta- páginas na montagem e determinar com
dora da grampeadeira. precisão o tamanho da lombada da capa.
 folhas soltas devem ser coladas nos ca-
dernos centrais, quando encadernados com 3.4 Princípio mecânico da
fio ou com grampo a cavalo. Para a encader- dobra em folhas
nação com grampo lateral e com cola, a folha
deve ser inserida numa posição central. Para o processo mecânico de dobra
 papéis muito porosos, leves ou flexíveis, em folhas, utilizam-se as técnicas de dobra
alimentados em alceadeiras automáticas, com facas e com bolsas. As máquinas podem
devem ser dobrados com margem de pinça ter apenas um princípio ou os dois combi-
com no mínimo 8 mm de largura. O acrésci- nados.

61
3.4.1 Dobra com facas

O princípio da dobra com facas envolve


uma lâmina, dotada de movimento vertical, e
dois rolos de dobra com rotação oposta. A
folha é transportada do alimentador à unidade
de dobra, até encontrar os esquadros frontais
e, após uma breve parada, introduzida entre
os rolos de dobra, impulsionada pela faca.
Figura 67: esquema de dobra com bolsa
Os rolos de dobra pressionam a folha, forman-
do a dobra. A capacidade deste processo
depende do movimento cíclico da faca. papel que passa entre eles, todavia, algumas
A separação entre os rolos de dobra dobras especiais necessitam regulagens
deve ser estabelecida pela espessura da diferentes.
folha que passa entre eles. Na dobradeira de A conexão entre as unidades de dobra
facas, existe uma faca para cada dobra, que é feita por meio de mesas munidas de roletes
deverá estar sempre disposta em ângulo transportadores inclinados e, estas, podem
reto com a anterior. Os rolos de dobra podem estar dispostas alinhadas ou perpendiculares
ser de aço recartilhado, de aço combinado entre si. Uma seqüência esquemática de
com borracha ou totalmente revestidos com dobra está representada na fig.68.
poliuretano (fig.66).
3.5 Máquina dobradeira de facas

Na máquina dobradeira de facas cada


dobra se forma pelo conjunto composto pela
faca e os dois rolos de dobra. Geralmente as
unidades de dobra estão dispostas em ângulo
reto e, com esta configuração, se realizam
apenas as dobras cruzadas.
Figura 66: esquema de dobra com faca O transporte dos cadernos, desde o
aparelho de alimentação até a primeira uni-
dade de dobra, é feito por meio de correias
3.4.2 Dobra com bolsas transportadoras, com varetas dispostas sobre
estas, dotadas de esferas ou roletes .
O princípio da dobra com bolsas envolve A precisão da dobra é determinada, em
uma bolsa e três rolos de dobra; os dois pri- primeiro lugar, pelo transporte em linha reta
meiros introduzem a folha na bolsa, até o da folha, pelo correto funcionamento dos es-
batente regulável, numa velocidade adequada quadros laterais e pelo tipo de papel utilizado.
às características de cada tipo de papel. Ao A precisão da dobra é consideravel-
encontrar o batente, a folha é freada e forma mente afetada por estes fatores e, por isso,
uma onda, a qual é puxada pelos rolos de a velocidade efetiva de produção também é
dobra, onde a dobra é formada (fig.67). reduzida em relação ao ciclo máximo da
Este sistema tem movimento contínuo, faca. A fig.69 mostra três esquemas clássicos
com capacidade para grandes produções. A de dobra cruzada com facas. Atualmente, as
separação entre os rolos de dobra é ajustada dobradeiras de facas são pouco utilizadas
de acordo com a espessura da folha de devido às suas limitações.

62
Figura 68: seqüência de dobras com dobradeira de bolsas

motivo, podem causar imprecisão na dobra.


Devido ao seu processo contínuo de
dobra, as velocidades de produção podem
alcançar 150 m/min; a produção efetiva, no
entanto, depende do comprimento da folha.
Figura 69: dobras cruzadas com facas: quádrupla alemã (E), Quanto menor o comprimento da folha, maior
quádrupla inglesa (C) e quádrupla internacional (D) a velocidade alcançada.
As unidades de dobra com bolsas são
3.6 Máquina dobradeira de bolsas acopláveis para ampliações sucessivas, po-
dendo ser utilizadas em conjuntos alinhados
O sistema de dobra com bolsas baseia- ou perpendiculares, ou como unidades inde-
se no princípio da ação rotativa dos rolos de pendentes, alimentadas manualmente ou por
transporte e dobra e também nos esquadros meio de um alimentador automático.
frontais fixos. Para a formação da dobra, a Estas possibilidades de combinação e
borda dianteira da folha toca no esquadro a multiplicidade de variações de dobras obti-
frontal da bolsa, enquanto os rolos transpor- das fazem da dobradeira com bolsas o sis-
tadores continuam girando, formando a onda tema mais completo para dobrar folhas na
de dobra que é tomada pelos rolos de dobra. indústria gráfica.
A precisão da dobra depende das O transporte das folhas entre as unida-
características do papel, do comprimento do des de dobra é feito por meio de mesas de
passo livre da bolsa e da velocidade de rota- alinhamento com roletes inclinados. Estes
ção dos roletes transportadores. Os papéis roletes forçam as folhas contra o esquadro
de baixa gramatura e pouca rigidez se defor- lateral, antes da entrada na bolsa seguinte.
mam na bolsa de dobra com maior facilida- Após cada unidade de dobra, pode-se
de do que os papéis mais rígidos e, por este instalar uma saída para cadernos dobrados,

63
Figura 70: dobradeira de bolsas (MBO - IPP)

Figura 71: esquema de dobra de bolsa

64
conforme cada necessidade. da espessura das folhas, usam-se esferas
Cada unidade de dobra pode estar equi- de aço ou de material sintético nas varetas,
pada com serrilhas, vincos e facas circulares, para ajustar, de forma segura, a folha até o
para extrair o ar no momento da prensagem esquadro lateral e conduzi-la à próxima uni-
do caderno, facilitar a dobra posterior e refilar dade de dobra.
o papel excedente. Pode-se incluir serrilhas, vincos e facas
Por outro lado, as dobradeiras de bolsas antes e depois do sistema de dobra com
são mais difíceis de acertar, tarefa que é bolsas. Esta dobradeira pode executar a
facilitada com a automação atualmente dis- dobra cruzada quádrupla e diversos tipos de
ponível. A fig.70 mostra uma configuração dobra adequados ao mercado editorial e
bastante utilizada nas dobradeiras com publicitário. Esta característica faz deste
bolsas e, a fig.71, um desenho esquemático modelo o preferido das gráficas editoriais no
desta. Brasil (fig.72).

3.7 Dobradeira combinada

Na dobradeira combinada estão reuni-


dos os princípios de dobra com facas e com
bolsas. Esta dobradeira apresenta as seguin-
tes características: pequeno espaço ocupado,
ajuste rápido, boa capacidade de dobra e
elevada produção.
A primeira unidade de dobra é dotada
de bolsas e, as unidades seguintes, de facas.
O transporte das folhas entre as unidades de
dobra é feito por meio de mesa com cintas
transportadoras, com varetas apoiadas sobre
elas. De acordo com a qualidade do papel e Figura 72: dobradeira combinada (Ulderigo Rossi)

65
3.8 Quadro comparativo entre os tipos de dobradeiras

c a ra c te rís tic a s c o m b in a d a s b o ls a s fa c a s

so m e nte d o b ra s
p o ssib ilid a d e d e d o b ra s m uito b o a e le va d a
c ruza d a s
p o ssíve l co m a
p o ss íve l co m o u se m insta la ç ã o d e uni d a d e
d o b ra s im ultâ ne a d e p o ssíve l na unid a d e d e
d isp o s itivo e s p e cia l p a ra a d ici o na l d e d o b ra
d o is e xe m p la re s d o b ra p a ra le la
d up la p ro d uçã o p a ra le la , a p ó s a
te rce ira d o b ra
us o d e unid a d e d e
sim sim ne nhum
d o b ra va ri á ve l
co m b ina çã o co m usa d o e m ca d e rno s
usa d o co m o q ua rta
sis te m a d e d o b ra m uito e s p e sso s c o m o nã o
d o b ra cruza d a
ind i vid ua l últim a d o b ra
uso d e a p lic a d o r d e a nte s d a unid a d e d e a nte s d a p rim e ira
nã o
a d e sivo s d o b ra p a ra le la unid a d e d e d o b ra
a nte s e d e p o i s d a 1 a a p ó s a se g und a
co lo ca ç ã o d e se rri lha s , unid a d e d e d o b ra e e m to d a s a s unid a d e s unid a d e d e d o b ra e
vi nco s e fa ca s d e p o is d a 1 a d o b ra d e d o b ra a ss im
cruza d a suce ss iva m e nte

te m p o d e a ce rto m é d io a b a ixo a lto m é d io a b a ixo

ca p a cid a d e d e
a lta a m é d ia a lta b a ixa
p ro d uç ã o
a lto d e p e nd e nd o d o
e s p a ço o cup a d o re d uzid o núm e ro d e unid a d e s d e m é d io
d o b ra

d o b ra cruza d a sim sim s im

d o b ra p a ra le la sim sim nã o

d o b ra zi g -za g sim sim nã o

d o b ra e m c a rte ira sim sim nã o

p o ss íve l co m
d o b ra co m b ina d a sim sim insta la çã o d e d o b ra
p a ra le la a d ici o na l

d o b ra ja ne la d up la sim sim nã o

co m a ce ssó ri o
d o b ra ja ne la tri p la co m a ce ss ó rio e sp e c ia l nã o
e sp e ci a l

3.9 Possibilidades de dobras em cada tipo bolsas possuem um grande número de varia-
de dobradeira ções em relação à dobradeira de facas. Antes
de investir, deve-se analisar detalhadamente
A possibilidade de realização de dife- as necessidades de dobra para escolher a
rentes tipos de dobras é determinada pela configuração mais adequada aos tipos de
capacidade de cada sistema de dobra e sua trabalho. O quadro seguinte apresenta algu-
disposição na dobradeira. Como visto ante- mas aplicações típicas para cada tipo de
riormente, as dobradeiras combinadas e de dobradeira (fig.73).

66
dobra paralela com
dobra uma ou mais
dobra cruzada
combinada unidades de dobra

simétrico assimétrico simétrico assimétrico simétrico assimétrico

dobra cruzada dobra cruzada dobra cruzada dobra cruzada dobra cruzada
com 8/16/32 com 12/24 com 8/16/32 e paralela com dobra zig-zag
com 8/16/32
páginas páginas páginas 12/24 páginas e em carteira
páginas

dobra cruzada dobra cruzada


dobra usual dobra zig-zag
com 8/16/32 e paralela com
em paralelo e em carteira
páginas 12/24 páginas

dobra combinada dobra combinada


em paralelo, zig- em paralelo, zig-
zag e em carteira zag e em carteira

dobradeira de faca dobradeira combinada dobradeira com bolsas

Figura 73: possibilidades de dobras em cada tipo de dobradeira

3.10 Denominação das folhas formato do caderno dobrado depende, neste


impressas e dos cadernos dobrados caso, do formato da folha impressa.
A unidade básica para o dimensiona-
As denominações folha, meia-folha, mento é um caderno com 16 páginas, usado
quarto de folha, oitavo de folha etc., não indi- como referência para os traçados de folhetos,
cam por si o formato, mas se referem ao livros e revistas. As denominações mais
número de dobras contidas e ao número de comuns, derivadas do caderno de 16 páginas
folhas resultantes num caderno dobrado. O são ilustradas na fig.74.

67
d en o m in aç ão d o cad ern o n ú m ero d e n ú m ero n ú m ero d e d e n o m in açã o
cad e rn o in d iv id u al d o b ras d e fo lh as p á g in a s b ib lio g rá fica

o itavo de ca derno (fo lha) 1/8 nenhum a 1 2 1o

q ua rto de cad erno 1/4 1 2 4 fó lio (2 o )

trê s-o ita vo s d e cade rno 3 /8 2 3 6 1 /4 de décim o se gundo (3 o )

m eio ca de rno 1/2 2 4 8 quarto (4 o )

três-quartos de ca derno 3 /4 3 6 12 1 /2 de décim o se gundo (6 o )

cade rno no rm a l 1 /1 3 8 16 o itavo (8 o )

ca de rno e m eio 1 1/2 4 12 24 d écim o se gundo (12 o )

cade rno d uplo 2 4 16 32 dé cim o sexto (1 6 o )

Figura 74: denominações de cadernos

3.11 Tipos de dobra Dobra cruzada simétrica

Devido aos diversos tipos de dobradei- Neste tipo de dobra, a folha é dobrada
ras e suas configurações, diferentes dobras sucessivamente pela metade mais comprida,
podem ser realizadas. podendo-se dobrar 2, 3 e 4 vezes, para pro-
O traçado deve ser ajustado a cada tipo duzir cadernos de 8,16 e 32 páginas.
de dobra prevista, para que, após as dobras,
as páginas fiquem na seqüência correta. Dobra cruzada assimétrica
A seguir, alguns tipos mais freqüentes
de dobras com suas características típicas. Neste tipo de dobra, a primeira unidade
dobra a folha em 1/3 ou 2/3 de seu lado mais
3.11.1 Dobras cruzadas comprido, produzindo cadernos de 12 ou 24
páginas.
As dobras cruzadas sempre estão em
ângulo reto entre si. Este tipo de dobra é 3.11.2 Dobras em paralelo
também conhecido por dobra de edição. Exis-
tem dois tipos de dobra cruzada: simétrico e Nas dobras em paralelo, as linhas de
assimétrico. dobra são sempre paralelas entre si. Existem

68
quatro tipos de dobras paralelas, que podem Dobra em carteira
ser combinadas: paralela pelo centro, zig-
zag, carteira e janela. Neste tipo de dobra, a folha é dobrada
duas ou mais vezes no mesmo sentido, envol-
Dobra paralela pelo centro vendo a folha interna. Esta dobra é popular-
mente conhecida como rocambole (fig.77).
Neste tipo de dobra, a folha é dobrada
em cada bolsa pela metade correspondente
ao comprimento de entrada (fig.75).

Figura 77: dobra em carteira

Dobra janela

Existem dois tipos de dobra janela:


Figura 75: dobra paralela pelo centro
dupla e tripla. A dobra janela dupla apresenta
Dobra zig-zag orelhas ou flaps, dobrados em ambos os
lados. Esta dobra pode ser executada em
Neste tipo de dobra, a folha é dobrada máquinas de bolsas ou combinadas, sem a
duas ou mais vezes em sentido alternado e ajuda de dispositivo especial. A dobra janela
com separações idênticas ou escalonadas. tripla tem , além das orelhas, uma dobra adi-
Esta dobra também é conhecida como sanfo- cional no centro (fig.78 esquerda).
na, acordeão ou Leporello (fig.76).

Figura 78: esquemas de dobras janela

Para sua perfeita execução, as orelhas


devem estar distanciadas entre si, pelo
menos, 30 mm. Esta dobra só pode ser
executada com um dispositivo especial, que
substitui uma das bolsas na unidade de dobra
Figura 76: dobra zig-zag (fig.79).

69
Figura 81: dobra com margem de pinça

3.12 Acessórios para dobradeiras

Vários acessórios podem ser acopla-


dos às dobradeiras, a fim de aumentar o seu
desempenho e as possibilidades de dobras.
Os acessórios de colagem e a dobra janela
tripla são mostrados no capítulo 8 - Enobre-
Figura 79: unidade de dobra janela (MBO - IPP)
cimento.
3.11.3 Dobras combinadas 3.12.1 Alimentador
As dobras combinadas envolvem várias O alimentador de folhas pode ser plano
dobras cruzadas e paralelas. O número de ou rotativo, conforme a necessidade do traba-
possibilidades de dobras é muito grande, lho de dobra a ser executada, como é mos-
dependendo da configuração da dobradeira. trado a seguir.
Alguns exemplos são mostrados na fig.80,
as quais são muito utilizadas em folhetos Alimentador plano
promocionais e em publicações editoriais.
Este alimentador é mais indicado para
trocas constantes da configuração de dobras
e com tiragens médias e curtas. Seu ajuste é
simples e rápido nas trocas de dobras ou de
Figura 80: dobras combinadas formato, de fácil operação com qualquer tipo
de papel e ocupa pouco espaço.
3.11.4 Dobra com margem de pinça As folhas são transportadas diretamente
da pilha para a mesa com as correias trans-
Alguns tipos de cadernos dobrados pre- portadoras inclinadas, que entregam o papel
cisam de uma margem de pinça para a alimen- corretamente alinhado na primeira unidade
tação automática nas alceadeiras de gram- de dobra. Um regulador automático de altura
peamento. Neste caso, deve-se deixar a parte mantém constante a distância entre o cabe-
posterior do caderno sobressalente, a qual çote rotativo e a borda posterior da pilha,
servirá de margem de pinça. O formato da mesmo com diferenças de altura na pilha de
folha de papel deverá ser maior, conforme papel, assegurando, desta forma, uma ali-
mostra o exemplo da fig.81. mentação segura e sem interrupções. As tro-

70
cas de pilha são agilizadas com o dispositivo 3.12.2 Sistemas de saída de cadernos
de pré-empilhamento, tornando o tempo de
carga o menor possível (fig.82). Existem diversos sistemas para a saída
dos cadernos dobrados, escolhidos conforme
a posterior utilização no acabamento, interfe-
rindo diretamente na produtividade da dobra-
deira. A condição básica é que os cadernos
estejam corretamente prensados e empilha-
dos (ou amarrados).

Saída em escama

Este tipo de saída permite a entrega de


dois até sete cadernos em escama. A veloci-
dade da correia de transporte é variável, per-
mitindo diversos graus de separação entre
Figura 82: alimentador plano (MBO - IPP)
os cadernos, o que é muito útil para aplica-
ções de endereçamento. Os cadernos dobra-
Alimentador rotativo dos são entregues com a lombada para a
frente, com a vinheta de identificação bem
O alimentador rotativo é mais adequado visível, facilitando desta maneira o controle
para grandes tiragens e para formatos maio- da qualidade da dobra. São mais adequadas
res. Seu tempo de acerto é superior se com- para a produção de folhetos promocionais,
parado ao alimentador plano e também ocupa mas também podem ser usadas com cader-
mais espaço. Devido à pouca altura da mesa nos para publicações. Possuem contadores
de alimentação, permite um fácil carrega- para facilitar a tarefa de cintagem dos pro-
mento das folhas. As folhas são dispostas dutos. Estas saídas são as mais comuns nas
em escamas, sobre a mesa de alimentação, gráficas brasileiras (fig.84).
passam pelo tambor inversor e chegam ao
cabeçote rotativo, onde são introduzidas na
mesa com as correias transportadoras incli-
nadas. (fig.83).

Figura 84: saída em escama (Heidelberg do Brasil)

Saída vertical

Este tipo de saída possibilita a entrega


de até cinco cadernos, na posição vertical,
Figura 83: alimentador rotativo apoiados pela lombada. São ideais para

71
grandes tiragens e reduzem o esforço físico Saída com cintador automático
no recolhimento do produto. Possuem con-
tador que desloca lateralmente os cadernos Este tipo de saída é muito adequado
para facilitar o seu manuseio na seqüência para a produção de pequenos folhetos que
(fig.85). geram grande trabalho manual na cintagem.
Os folhetos são contados, prensados e cinta-
dos em-linha (fig.87).

Figura 85: saída vertical (Heidelberg do Brasil)


Figura 87: saída com cintador automático (Heidelberg do
Brasil)

Saída com empilhador


automático de fardos

Este tipo de saída é muito adequado


para grandes tiragens de cadernos de publi-
cações, pois automatiza a prensagem, a
confecção dos fardos e reduz o esforço físico
dos operadores (fig.86).

Figura 86: saída com empilhador automático de fardos Figura 88: saída vertical para pequenos formatos
(Heidelberg do Brasil) (Heidelberg do Brasil)

72
Saída vertical para do a formação de rugas e também servindo
pequenos formatos como abertura para aplicação de adesivos,
como no processo por estampo da lombada
Este tipo de saída é muito adequado (slot).
para dobras em impressos de formato peque- As serrilhas são montadas em eixos
no, tais como bulas, mostruários etc. Possui apropriados, antes ou depois das unidades
contador e pode receber até três produtos de dobras. O tipo de serrilha varia com a
(fig.88). qualidade do papel, geralmente as serrilhas
de menor passo com papéis mais finos; toda-
3.12.3 Prensas via, testes devem ser feitos para a escolha
do tipo mais adequado a cada caso (fig.90).
As prensas podem ser instaladas em-
linha com as saídas, prensando cada caderno
individualmente, ou ser estacionárias fora de
linha, prensando pacotes de cadernos a cada
vez. As prensas em-linha são usadas antes
de outros dispositivos de saída, como cinta-
deiras ou empacotadeiras, por exemplo. A
prensa estacionária faz o trabalho de prensa-
gem e formação do fardo simultaneamente
(fig.89).

Figura 90: serrilhas para uso com diferentes tipos de


papel (Heidelberg do Brasil)
Figura 89: prensa em-linha (E) e estacionária (D)
(Heidelberg do Brasil) 3.12.5 Vincos

3.12.4 Serrilhas Os vincos são utilizados para favorecer


a formação e a precisão da dobra em papéis
As serrilhas são ferramentas que pro- grossos ou antes da última unidade de dobra,
duzem aberturas na folha a ser dobrada, na nas dobradeiras de bolsas. São usados tam-
linha de dobra, para a redução das forças de bém para minimizar a quebra do papel (racha-
tensão do papel. As perfurações podem ser dura na linha de dobra), quando o sentido de
simples ou por corte em estampo, feitas com fibra está perpendicular à dobra e nos casos
ferramentas tipo macho e fêmea (faca e con- de aplicação de vernizes em capas de revis-
trafaca), favorecendo a formação da dobra. tas e em folhetos. Os vincos podem trabalhar
Estas aberturas pemitem a saída do ar no no sistema ferramenta vinco/contravinco
momento da prensagem do caderno, evitan- (faca) ou vinco/borracha (fig.91).

73
separadora adicional, para evitar o enrosco
da tira na dobradeira (fig.92).

3.12.7 Unidade de produção dupla

Para dobradeiras de bolsas de grande


formato, o uso deste dispositivo proporciona
um considerável aumento de produção em
trabalhos com 2x16 e 2x32 páginas. A folha
deve ser alimentada com o lado maior paralelo
à primeira unidade de dobra, onde recebe o
corte central de separação.
As mesas transportadoras, na seqüên-
cia, são equipadas com uma guia separadora
de produtos para conduzi-los de forma ade-
quada à próxima unidade de dobra. O dispo-
sitivo de saída deve estar dimensionado para
Figura 91: vincador e serrilhas (MBO - IPP)
esta produção dupla (fig.93).
3.12.6 Facas circulares

As facas circulares são usadas para


separar produtos, refilar pé/cabeça do pro-
duto final e retirar papel excedente. Para o
refile final são necessários, pelo menos, 6
mm, a fim de proporcionar um corte com qua-
lidade. O corte de tiras de papel excedente
deve estar compreendido entre 3 e 15 mm de
largura e as facas devem ter uma lâmina

Figura 93: unidade de produção dupla (MBO - IPP)

3.12.8 Abafadores de ruído

A legislação sobre saúde e segurança


no trabalho estabelece que ruídos acima de
85 decibéis, em exposições por 8 horas con-
tínuas, definem a condição do local de tra-
balho como insalubre, se não houver a elimi-
nação ou o controle da fonte e nem o uso de
equipamento de proteção individual por parte
Figura 92: faca circular (Heidelberg do Brasil) do operário.

74
As dobradeiras de folhas sem os aba- as etapas seguintes no acabamento, evitan-
fadores geram ruídos acima de 90 decibéis, do-se, desse modo, impressões que não
chegando até a 100 decibéis, dependendo atendam aos requisitos necessários à fina-
da velocidade e do tipo de papel. Portanto, lização do trabalho.
nestas condições de operação, a instalação A folha de impressão deve conter a re-
dos abafadores de ruído são obrigatórios ferência para o esquadro da dobra, a vinheta
para o cumprimento da legislação em vigor. de identificação do caderno escalonada na
O ruído é originado no momento da for- lombada, a numeração das páginas, as mar-
mação da dobra, entre os rolos de dobra, e cas de cortes e dobras, a margem de pinça,
não pelo golpe da folha de papel contra o ba- a marca do esquadro lateral da impressão, a
tente da bolsa. Os dispositivos fonoabsor- margem para fresado quando necessário e
ventes reduzem pela metade o nível de ruído outras informações importantes.
produzido nas dobradeiras (fig.94).
3.13.2 Trabalho com papéis muito finos

Os papéis muito finos dobram melhor


quando estão mais secos, pois, nesta condi-
ção, têm maior rigidez. Para o transporte das
folhas na mesa de correias inclinadas e nos
sistemas de dobras com facas, deve-se usar
a menor quantidade possível de esferas e as
mais leves. As aberturas para as esferas que
não estão ocupadas na barra de entrada
devem ser preenchidas com esferas de mate-
rial leve, para evitar que a folha se enrosque
nestas aberturas.
A velocidade de produção deve ser a
mais baixa possível, no início e, então, pode
ser aumentada, progressivamente, até o limite
Figura 94: abafador de ruído (MBO - IPP) imposto pelo papel.

3.13 Instruções complementares 3.13.3 Ajuste dos rolos de dobra


para o trabalho nas dobradeiras
As dobradeiras de folha possuem dis-
As orientações a seguir têm por objetivo positivos, instalados nas extremidades dos
facilitar o trabalho nas dobradeiras, evitando- rolos de dobra, que facilitam a sua regula-
se o prejuízo com traçados errados, perda de gem. Estes elementos são medidores de
papel, perda de tempo, retrabalhos e atrasos espessura providos de molas que, com a
na entrega dos serviços. inserção de folhas do papel a ser dobrado
naquela unidade, automaticamente ajustam
3.13.1 Modelo do traçado e informações a distância entre os rolos de dobra para a
obrigatórias espessura desejada.
Nestes dispositivos, deve-se inserir
O impressor deve receber um modelo sempre a folha dobrada e não tiras cortadas
do caderno dobrado para a conferência da do papel, pois existe uma diferença de espes-
paginação e a orientação sobre quais serão sura entre ambas.

75
Por exemplo, se nesta unidade for pas- Nas dobradeiras combinadas deve-se
sar entre os rolos a espessura de quatro colocar esferas na parte posterior do caderno,
folhas de papel, deve-se fazer duas dobras antes das unidades de faca, para que este
num pedaço da folha a ser dobrada e inserí- seja corretamente ajustado contra o esquadro
la no dispositivo de ajuste rápido; inserir frontal. Por outro lado, deve-se colocar pou-
quatro tiras deste mesmo papel resultará cas esferas no último terço do caderno, para
numa espessura menor (fig.95). evitar diferenças na dobra, rugas por esma-
gamento e serrilhas tortas.
Quanto menor for o número de esferas,
menor será a tração exercida sobre a folha, o
que evitará diferenças de dobra, principal-
mente nas unidades com bolsas. Para papéis
revestidos, brilhantes ou foscos, deve-se usar
poucas esferas, para evitar o repinte do im-
presso. De modo geral, o número de esferas
utilizadas aumenta com a espessura e a
gramatura do papel a ser transportado. Da
mesma forma, esferas mais leves com papéis
mais leves e finos.
Figura 95: dispositivo de ajuste rápido
3.13.6 Sincronismo da entrada da folha
3.13.4 Sentido da fibra do papel para a com o ciclo da faca
dobra janela
A folha alimentada na dobradeira deve
Para papéis até 90 g/m , a dobra janela ter tempo suficiente para se ajustar ao esqua-
2

pode ser realizada com o sentido de fibra dro frontal, antes de receber o impacto da
perpendicular à linha de dobra. Para papéis faca. Quando a folha encosta no batente, as
com gramatura acima de 90 g/m2, o sentido correias transportadoras devem continuar seu
da fibra deve estar paralelo à dobra. movimento por uns 60 mm, antes que a faca
empurre a folha entre os rolos de dobra. O
3.13.5 Uso de esferas sincronismo da entrada da folha com o ciclo
da faca é realizado de maneira simples e
Em geral, deve-se usar o menor número rápida por meio da regulagem do compri-
de esferas possível. As esferas de aço devem mento da entrada das folhas.
ser usadas como último recurso, geralmente
com papéis muito grossos e pesados ou em 3.13.7 Ajuste do espaço da onda de dobra
cadernos com muitas dobras. na bolsa
A durabilidade das correias transpor-
tadoras pode ser aumentada retirando-se as O espaço necessário para a formação
esferas que não sejam necessárias. Se a da onda de dobra na bolsa, bem como a
saída em escama de uma dobradeira com altura livre na entrada da bolsa, dependem
bolsas apresentar uma descontinuidade na do tipo de papel a ser dobrado. Quanto menor
entrega dos cadernos, deve-se acrescentar a espessura e mais flexível for o papel, menor
mais esferas após a última unidade de dobra. o espaço e a altura necessárias.

76
3.13.8 Regulagem dos rolos de dobra para 3.13.11 Dobra em cadernos de 12 páginas
papéis com diferenças de espessura
É preferível o uso de dobra zig-zag, se-
Para papéis impressos com diferenças guido de dobra cruzada, em vez da dobra em
sensíveis de carga de tinta ao longo da folha carteira, para evitar as rugas por esmaga-
e, por isso, com espessuras diferentes, os mento, tomando o cuidado para não exceder
rolos de dobra devem ser ajustados de ma- a gramatura e a espessura máxima para este
neira assimétrica, ou seja, mais afastados tipo de dobra. Para produtos grampeados,
no lado com maior carga de tinta (fig.96). deve-se deixar a margem de pinça com uns
8 mm de largura, para permitir a alimentação
automática nas alceadeiras que utilizam pin-
ças e chupetas para a abertura do caderno.

3.13.12 Ajuste básico das dobradeiras

Primeiramente, deve-se dobrar a folha


impressa manualmente conforme o traçado
especifica. Ajustar o aparelho e, a seguir,
cada unidade de dobra até a saída. Iniciar o
ajuste fino com velocidade baixa e corrigir a
Figura 96: regulagem dos rolos de dobra (Heidelberg primeira dobra cruzada após cada aumento
do Brasil) de velocidade.

3.13.9 Ajuste dos rolos de dobra para 3.13.13 Prevenção de serrilhas tortas
dobra em zig-zag e em carteira
Caso ocorram serrilhas tortas após a
Diferentemente da regra geral, os rolos unidade de dobra paralela, mesmo com a
de dobra devem ser regulados para a es- entrada correta da folha na bolsa, o desviador
pessura simples do papel. Os rolos de dobra, de folhas, após a última bolsa de dobra, deve
após a última dobra, devem estar regulados ser afastado para trás, na mesma proporção,
para a espessura total de papel que passa no mesmo lado em que a folha se adianta.
entre eles. Para tanto, deve-se colocar um pedaço de
papel-cartão, de espessura adequada, no
3.13.10 Dobra de caderno com 32 páginas lado oposto, corrigindo-se o desvio da serrilha
com a bolsa paralela à dobra cruzada sem alterar a regulagem da dobra.

Visto que não se pode perfurar a cabeça 3.13.14 Regulagens das correias trans-
do caderno com serrilhas, a dobra a ser exe- portadoras na troca de formato
cutada deve ser um triplo zig-zag. Para a
dobra cruzada deve-se aplicar serrilha, quan- Levantar os esquadros frontais das
do possível, ou então um vinco. As dobras dobras cruzadas, para deslocar as correias
somente paralelas não são adequadas, pois sem problemas de enrosco. As correias que
geram uma tensão excessiva no caderno, o se encontram embaixo das hastes porta-
que poderá causar rugas por esmagamento. esferas devem ser trocadas de posição com

77
as correias mais externas, de tempos em  ajustar o esquadro da segunda dobra cru-
tempos, para prolongar sua vida-útil. zada para a metade da largura da folha, ou
seja, para 25 cm. Colocar a folha no esquadro
3.13.15 Ajuste básico para dobras zig-zag e posicionar a faca na posição de repouso.
 ajustar as correias transportadoras usan-
Os esquadros frontais das bolsas de- do o caderno dobrado manualmente.
vem ser regulados para uma distância 0,1  colocar as lingüetas nos esquadros fron-
mm maior de uma bolsa para outra. Por tais das dobras cruzadas.
exemplo, para uma dobra tripla em zig-zag,  regular os esquadros laterais orientando-
deve-se ajustar o primeiro esquadro a 10,5 se pelas correias mais externas. As correias
mm, o segundo esquadro a 10,6 mm e o ter- não podem raspar nos esquadros em nenhum
ceiro esquadro a 10,7 mm. momento.
Esta regulagem deve ser feita na velo-  colocar as varetas amortecedoras e os
cidade de produção normal. Para papéis perfis de suporte do papel, para manter a
acima de 120 g/m2, é mais fácil executar a folha plana durante o transporte.
dobra nas últimas bolsas, evitando-se, desta  ajustar os rolos de dobra, recortando uma
maneira, a passagem pelos desviadores, o tira de uns 5 cm de largura do papel a ser
que poderia causar problemas durante a dobrado. Começar pela última unidade de
produção. dobra, ajustando os rolos pela espessura
total da folha dobrada. Lembrar-se de colocar
3.13.16 Dobra em zig-zag e em carteira a tira dobrada e não pedaços desta.
pelo sistema de dobras cruzadas  ajustar os rolos de dobra da primeira uni-
dade de faca para a metade da espessura
Se as dobras zig-zag e em carteira da folha dobrada.
forem cruzadas em relação às dobras ante-  ajustar os rolos de dobra da unidade de
riores, deve-se aplicar vincos na unidade de bolsa para 1/4 da espessura da folha dobra-
dobra imediatamente anterior, para garantir da, devendo-se ajustar o primeiro rolo de
maior precisão à dobra. dobra para a espessura da folha de papel.
 ajustar o detetor de folha dupla com a tira
3.14 Instruções para ajustes das de papel.
dobradeiras combinadas  colocar as serrilhas ajustando-as pelo cen-
tro da linha de dobra e instalar o separador.
Exemplo: dobra tripla cruzada  colocar os rolos transportadores na parte
externa do papel.
 verificar as dimensões da folha impressa  carregar a mesa alimentadora com as
(por exemplo 50x70 cm) folhas a ser dobradas e ajustar o cabeçote
 dobrar a folha manualmente. rotativo na borda posterior da folha.
 ajustar as correias transportadoras ao for-  ajustar o vácuo e o sopro de ar para o tipo
mato da folha. de papel utilizado.
 ajustar o esquadro da primeira bolsa para  introduzir uma folha na dobradeira até a
a metade do comprimento da folha, ou seja, mesa com as correias transportadoras in-
para 35 cm. clinadas.
 ajustar o esquadro da primeira dobra cru-  colocar a quantidade de esferas necessária
zada para a metade do comprimento da folha, e verificar a posição das varetas amortece-
ou seja, para 35 cm. Colocar a folha no esqua- doras.
dro e posicionar a faca na posição de repouso.  retirar a bolsa de dobra e transportar ma-

78
nualmente a folha pelos primeiros rolos de  ajustar a haste porta-esferas da segunda
dobra, até ficar visível sua borda dianteira. unidade de dobra e ajustar o esquadro da
 ajustar o perfil de entrada para um perfeito primeira bolsa para a metade da largura da
ângulo reto. folha, ou seja, para 25 cm.
 recolocar a bolsa de dobra e fazer avan-  colocar as varetas amortecedoras na
çar a folha até o esquadro frontal. Ajustar o segunda unidade de dobra.
ângulo reto do esquadro, se necessário.  instalar a serrilha, o desprendedor, os ro-
 fazer avançar a folha até o esquadro da los transportadores e os extratores.
primeira dobra cruzada.  ajustar o esquadro da terceira dobra cruza-
 colocar as esferas nas hastes correspon- da para 1/4 do comprimentoda folha, ou seja,
dentes. 17,5 cm.
 ajustar a primeira dobra cruzada, se neces-  repetir o procedimento da unidade anterior.
sário.  se houver dificuldade no transporte do ca-
 reajustar a altura das esferas na borda do derno da segunda para a terceira unidade de
papel e no esquadro lateral. dobra, remover algumas esferas.
 fazer avançar a folha até o esquadro da  ajustar os rolos de dobra em cada unidade
segunda dobra cruzada. de acordo com a espessura da folha que
 efetuar as correções necessárias, confor- passa entre eles.
me o procedimento anterior.  ajustar o detetor de folha dupla.
 verificar o sincronismo entre a entrada da  abastecer a mesa alimentadora com as
folha e o ciclo da faca de dobra. Ajustar, se folhas a serem dobradas.
necessário.  no caso de alimentador em escamas, co-
 ajustar a saída e regular o contador de locar pequenos maços de folhas na mesa de
cadernos. abastecimento, tomando o cuidado de enrolá-
 iniciar a produção aumentando progressi- las primeiro.
vamente a velocidade até o máximo permitido  ajustar o cabeçote rotativo na borda pos-
pelo papel. terior da folha.
 ajustar o vácuo e o sopro de ar para o tipo
3.15 Instruções para ajustes das de papel utilizado, de forma que sejam so-
dobradeiras de bolsas pradas de 10 a 15 folhas.
 ajustar o comprimento de entrada da folha
Exemplo: dobra tripla cruzada e a distância entre duas folhas consecutivas.
 ajustar a saída e regular o contador de ca-
 verificar as dimensões da folha impressa dernos.
(por exemplo 50x70 cm)  iniciar a produção aumentando progressi-
 dobrar a folha manualmente. vamente a velocidade até o máximo permitido
 ajustar as correias transportadoras ao for- pelo papel.
mato da folha.
 ajustar o esquadro da primeira bolsa para 3.16 Solução de problemas nas
a metade do comprimento da folha, ou seja, dobradeiras
para 35 cm.
 após a primeira unidade de dobra, colocar Diversas causas, como por exemplo,
a serrilha na linha de centro da segunda um acerto malfeito, as características do pa-
dobra cruzada. Instalar o desprendedor. pel e da tinta, entre outras, podem ocasionar
 ajustar os rolos transportadores na borda problemas técnicos na produção das dobra-
do papel e os rolos extratores. deiras de folhas.

79
Para solucionar estes problemas, deve- A seguir, tabelas com alguns dos pro-
se, primeiramente, conhecer as característi- blemas mais comuns, suas prováveis causas
cas destes defeitos e, com isto, determinar e as solução indicadas.
as causas prováveis.

3.16.1 Alimentador plano


a l i m e n t a d o r p l a n o

fa lh a causa s o lu ç ã o

a ling üe ta d o s e ns o r a s c e rd a s s e p a ra d o ra s e s tã o na a b a ixa r a s c e rd a s e s ub ir o s s o p ra d o re s , e
p e ne tra na p ilha d e p o s iç ã o e rra d a e tra b a lha m c o m m uito re d uzir o s o p ro d e a r p a ra s e p a ra r d e 4 a 8
fo lha s s o p ro d e a r fo lha s
o b o c a l a s p ira d o r nã o e s tá
a jus ta r a p o s iç ã o , c o lo c a r o s a né is d e b o rra c ha
p o s ic io na d o c o rre ta m e nte na b o rd a d a
no c a b e ç o te e d im inuir o vá c uo
fo lha (vá c uo e xc e s s ivo )
o c a b e ç o te
a s p ira d o r p e g a o c a b e ç o te a s p ira d o r d e ve e s ta r 1 m m a c im a d a
a jus te ve rtic a l inc o rre to
d ua s fo lha s d e um a p ilha d e fo lha s
ve z o u a s p ira d e a s ub id a a uto m á tic a d a m e s a nã o o m ic ro inte rrup to r d o c a b e ç o te e s tá c o m d e fe ito
fo rm a irre g ula r func io na c o rre ta m e nte e d e ve s e r tro c a d o o u re p a ra d o
a s c e rd a s s e p a ra d o ra s e s tã o m a l c o rrig ir a p o s iç ã o d a s c e rd a s e re d uzir o s o p ro
p o s ic io na d a s e tra b a lha m c o m m uito a r de ar
a s fo lha s e s tã o tinta úm id a o u re file fe ito c o m fa c a ve ntila r a p ilha d e p a p e l e a um e nta r o s o p ro d e
g rud a d a s cega ar
vá c uo ins ufic ie nte no c a b e ç o te o u o s ve rific a r o vá c uo o u utiliza r o c a b e ç o te d o
o c a b e ç o te ro ta tivo
a né is d e b o rra c ha d o c a b e ç o te a lim e nta d o r ro ta tivo , q ue é m a is p o te nte , e
nã o a s p ira a fo lha
p re nd e m a fo lha re m o ve r o s a né is d e b o rra c ha
o s e ns o r d e fo lha
a jus ta r o s e ns o r p a ra a e s p e s s ura c o rre ta d a
d up la a c io na c o m o s e ns o r e s tá m a l a jus ta d o
fo lha e re a p e rta r a c o ntra p o rc a
um a fo lha

a c ha p a d e g uia e s tá m uito a fa s ta d a a jus ta r c o rre ta m e nte a c ha p a d e g uia


a fo lha p á ra na
p o uc a s e s fe ra s no p e rfil d e e ntra d a c o lo c a r m a is e s fe ra s
m e s a d e e ntra d a
p a s s o d e a s p ira ç ã o m uito c urto a um e nta r o p a s s o d e a s p ira ç ã o

m á q uina b lo q ue a d a
a o e fe tua r-s e a tro c a , nã o s a iu a p o s ic io na r a a la va nc a d e m a no b ra no ze ro o u
na s ub id a rá p id a d e
a la va nc a d e ins e rç ã o d e s ub id a rá p id a g ira r o vo la nte lig e ira m e nte
p ilha
o tra ns p o rte d e
a lim e nta ç ã o nã o s e a tra va d e m a no b ra p e rm a ne c e
lim p a r a s uje ira c o m p ro d uto a p ro p ria d o
d e s c o ne c ta o u e s te e ng a ta d a
nã o s e re a liza
a b o rd a d ia nte ira d a a jus ta r a p o s iç ã o d a ling üe ta (a p ro s iç ã o c o rre ta
ling üe ta d e s e p a ra ç ã o m uito a lta
fo lha s e d o b ra é p a ra le la à c ha p a d e e ntra d a )
a s fo lha s infe rio re s
a jus ta r a p o s iç ã o d a ling üe ta (a p ro s iç ã o c o rre ta
s ã o a lim e nta d a s ling üe ta d e s e p a ra ç ã o m uito b a ixa
é p a ra le la à c ha p a d e e ntra d a )
s im ulta ne a m e nte
a s fo lha s nã o s ã o
a m a ng ue ira o u o c o rp o d a vá lvula nã o
p e g a s p e lo c o rrig ir a s c o ne xõ e s e lim p a r o ê m b o lo d a
e s tá c o ne c ta d o a o c a b e ç o te , o u o
c a b e ç o te vá lvula
ê m b o lo d a vá lvula e s tá tra va d o
a lim e nta d o r
a s m o la s d e tra ç ã o e s tã o s o lta s o u a
s ub id a a uto m á tic a re c o lo c a r a s m o la s e tro c a r a c a na le ta
c a na le ta d e d e s liza m e nto e s tá g a s ta
d a p ilha nã o
func io na ve rific a r a m o la d e re c up e ra ç ã o e a s funç õ e s d e
a b o b ina e s tá tra va d a
m o vim e nto e p a ra d a d o a lim e nta d o r
a jus ta r a p o s iç ã o d o c a b e ç o te e c o rrig ir a a ltura
a b o rd a p o s te rio r d a o c a b e ç o te a s p ira d o r e s tá p o s ic io na d o
d a b a rra d e a s p ira ç ã o (a p o s iç ã o no rm a l d a s
fo lha é ra s p a d a p e la m uito d e ntro d a fo lha o u a b a rra d e
c hup e ta s é d e 2 a 4 m m a c im a d a p ilha , s e m o
ling üe ta s e p a ra d o ra a s p ira ç ã o e s tá m uito b a ixa
s o p ro d e s e p a ra ç ã o )

80
3.16.2 Alimentador rotativo

alime ntad or ro tativo

falha causa solução

o m a n d o r o t a t i vo no m o t o r r e d ut o r
d o a l i m e n t a d o r e s t á n um a p o s i ç ã o e s c o lh e r um a ve l o c i d a d e m a i s a l ta
d e ve l o c i d a d e le nt a
o tr a n s p o r t e d a s
o r e g u l a d o r e s t á d e fe i tu o s o o u
f o lh a s é m u i t o le n t o v e r i f i c a r a t e ns ã o n o r o t o r
d e s a ju s ta d o

e s c o v a s d e c a r vã o d o m o t o r
t r o c a r a s e s c o va s
d e s g a sta d a s
a e n t r a d a d a f o lh a o c o m uta d o r e s c a lo na d o p a ra a
no p e rfi l d e a s p i r a ç ã o d a s f o l h a s e s tá
c o r r i g i r p a r a u m v a lo r m a i o r
e n tr a d a é m u i to a j u s t a d o p a r a u m va lo r m u i to
c urta b a i xo
a d i s tâ nc ia e ntre p a r a a s m á q ui n a s d e b o l s a s ,
o c o m uta d o r e s c a lo na d o p a ra a
a s f o lh a s na e s c o lh e r u m a s u c e s s ã o m e no r ; na s
s u c e s s ã o d a s f o lh a s e s t á a ju s t a d o
e n tr a d a é m u i to c o m b i n a d a s , a s u c e s s ã o d e ve s e r
p a r a u m va lo r m u i t o e le va d o
g r a nd e maior
o a li n ha m e n t o d a s
f o l ha s n o p e r f i l d e
o i nt e r va lo d a a s p i r a ç ã o é m u i t o
e n tr a d a é r e d u zi r o i n t e r v a l o d e a s p i r a ç ã o
lo ng o
d e fe i tuo s o p a ra o s
fo rm a to s g ra nd e s
a e n tr a d a d a s
a vá lv ul a e s t á t r a va n d o l i m p a r a vá l vu l a
f o l ha s é d e f e i t u o s a
o s so p ra d o re s d i a nte i ro s e stã o a ju s t a r a p o s i ç ã o e r e d u zi r o s o p r o
m u i t o b a i xo s e s o p r a n d o c o m d e a r, a b a i xa r o p i s a d o r e c o lo c a r
m ui ta fo rç a o s a né i s d e b o r r a c h a n o c a b e ç o te
o v á c u o é e x c e s s i vo p a r a p a p é i s
r e d uz i r o vá c u o
porosos
o s r o le t e s f i n a i s e s t ã o m u i t o
f o l h a s d u p la s
d i s t a nt e s d a b o r d a p o s t e r i o r d a a j us t a r o s r o l e t e s fi n a i s
f o l ha
o s s o p r a d o r e s la te r a i s t ê m p o u c o
a u m e n t a r o a r e a b a i xa r o p i s a d o r
a r e e s tã o m u i to b a i x o s
a p i l ha d e p a p e l e s tá m u i t o
a j u s t a r a p i l ha d e p a p e l
a d i a nta d a
f o l h a s d u p la s a e s ca m a nã o e stá b e m fe i ta na
r e f a ze r a p i lh a d e p a p e l n a m e s a
i n te r m i t e n t e s m e s a a li m e n ta d o r a
a s g u i a s la t e r a i s e s t ã o m u i t o
a fa sta r a s g ui a s la te ra i s
a p e r ta d a s

o s ro le te s fina is nã o e stã o so b re
a j us t a r o s r o l e t e s fi n a i s
a s f o lh a s ju n t a m - s e a s c i n t a s tr a n s p o r t a d o r a s
n a m e s a i nf e r i o r a s c o r r e i a s t r a n s p o r ta d o r a s e s t ã o a fa s ta r a s c o rre i a s p a ra a s b o rd a s
m u i t o c e n t r a li za d a s la te ra i s
a s fo lh a s s e s e p a r a m d ur a n t e o
va r i a r a a lt u r a d a p i lh a d e p a p e l
tra nsp o rte

81
3.16.3 Unidade de dobra de bolsas

unidade de dobra de bolsas

falha causa solução

borda frontal do papel com muita trocar a primeira bolsa por um desviador
a folha não entra na ondulação na primeira bolsa e realizar a dobra na terceira bolsa
bolsa
em todas as bolsas avançar a parte inferior da bolsa

a folha não pode vergar-se, pois o espaço


afastar a parte inferior da bolsa
de dobra é reduzido
os rolos de dobra estão travados ou sujos
limpar e destravar os rolos de dobra
a folha não sai da de tinta
bolsa a altura livre de entrada na bolsa é muito
aumentar a altura livre de entrada na bolsa
pequena
o caderno ficou muito espesso após utilizar uma unidade de faca adicional
dobrado para a última dobra

o transporte na mesa instalar o dispositivo de descarga na


caderno com elevado acúmulo de carga
de roletes da segunda saída da primeira unidade de dobra e
eletrostática
unidade é defeituoso umidificar o ambiente de trabalho
ou o caderno não entra as varetas amortecedoras estão muito
na bolsa ajustar as varetas amortecedoras
baixas
o perfil de entrada não está em ângulo reto
ajustar o ângulo do perfil de entrada
com os rolos de dobra
a folha bate com muita força no perfil de diminuir a quantidade de esferas ou
rugas por entrada, envergando-se colocar esferas mais leves
amassamento após a
primeira dobra o esquadro da bolsa não está paralelo à
corrigir o esquadro da bolsa de dobra
borda frontal da bolsa
os rolos de dobra estão muito justos para afastar os rolos conforme a espessura do
o caderno caderno
o perfil de entrada e o esquadro frontal reajustar o ângulo entre o perfil de entrada
não estão em ângulo reto entre si e o esquadro frontal
os rolos de dobra e o eixo porta-serrilha ajustar os rolos de dobra e o eixo porta-
serrilha torcida após a estão mal ajustados serrilha
primeira dobra
os desviadores não estão bem ajustados ajustar corretamente os desviadores

acertar a borda inferior da bolsa na


a borda inferior da bolsa está inclinada
posição zero
se os cantos estiverem levantados, recuar
o desviador superior de maneira uniforme
os cantos da folha
em ambos os lados e, se estiverem
estão levantados ou os desviadores estão muito baixos
abaixados, recuar o desviador inferior
abaixados
calçando-o com cartão, sem modificar o
ajuste básico dos desviadores

82
3.16.3 Unidade de dobra de bolsas-continuação

u n ida d e d e d o b ra d e b o lsa s

fa lh a cau s a so lu çã o

a vareta de a mo rtecim ento, a pós a


cantos levantad os no lado corrigir a p osição d a vareta d e
prim eira unida de d e d obra, e stá muito
frontal ab erto do s ca de rnos a mo rtecim ento
p ara d entro
a se pa ra çã o d os cad erno s na a sa íd a d a prime ira unida de de d ob ra
sincroniza r a s velocid ad es nas
m esa d e roletes inclina dos é está m uito rá pida ou a se gunda
unid ad es de do bra
insuficiente unid ade de dob ra está m uito le nta
a justa r o e squad ro da b olsa de do bra,
dob ra dup la, m esmo com o esq ua dro d a bo lsa está m uito alto usa r outra serrilha o u se rrilhar no lado
vinco ou serrilha o u muito ba ixo o po sto, pa ra aume nta r a estab ilid ade
do ca derno
colocar esfe ra s m ais pe sada s e alinhar
o ca derno não pa ssa correta me nte
o pe rfil pa ra q ue forme um âng ulo reto
pe lo pe rfil d o a lime ntad or
do bra to rcida com o s rolos d e do bra
ajusta r o vinco na unida de de d ob ra
o vinco fica to rcido
anterior

3.16.4 Unidade de dobra combinada

u nid ad e d e d o b ra co m bin ad a

falh a c au sa so luç ão

a fo lha trom b a na prim eira o po nto de a sp ira çã o do alim entad or retro cede r o p onto de aspiração d o
fa ca está m uito a va nça do a lim e nta do r
a fa ca toca na fo lha ante s q ue o po nto de a sp ira çã o do alim entad or
reg ular a asp iraçã o do a lim entado r
esta a lcance o e squadro e stá atrasado
o dete tor d e folhas am a ssa das, ap ós a co loca r o d eteto r de folha s a m assad as
a m áquina pá ra quando a unida de d e bo lsas, está m uito b aixo na po siçã o correta
folha entra na do bra co m faca
a folha se le va nta na perfuraçã o instalar o de sp re nd ed or d e folhas

retira r algum a s e sfera s, nã o colocar


a folha enve rga no esqua dro e xcesso de esferas ou esferas m uito
e sfe ra s na m etad e ante rior do cad erno
da d obra cruzada pe sa das
e usar p oucas esferas de a ço
a folha salta para trá s quando colocar esferas ou ce rd as de a po io na
p apé is p esad os
bate no esquad ro extrem id ade poste rior do cad erno

ro lo s d e do bra ajusta dos com p ouca re gula r corre ta m ente a pressão d os


pressão ro lo s d e do bra
a faca não está pa ra le la a os ro lo s d e ace rtar o pa ra le lism o d a faca e m
serrilha to rta a pós a p rim e ira dob ra relação a os ro lo s d e do bra
do bra a faca não e stá centra liza da e m centra liza r a fa ca em relação a os ro lo s
relaçã o ao s rolos de d obra de dob ra
o m o vim e nto vertica l d a faca e stá
regular o m ovim ento vertica l da faca
e rrado
d ife re nça s d e com p rim e nto
ajuste incorre to do esquad ro frontal reg ula r correta m ente o esquad ro frontal
nas do bras cruzad as

83
3.16.4 Unidade de dobra combinada-continuação

u n id ad e d e d o b ra co m b ina d a

falh a ca us a so lu çã o

diferença d e com prim ento nas


a juste incorreto do e squad ro fronta l re gular co rretam ente o esquad ro fronta l
dob ra s cruza das
o esquad ro la tera l co m mo la e stá na
corrigir a p osição d o esq uadro lateral
os esq uadros laterais não sã o p osição errad a
tocad os pe la folha o cade rno p atina no s rolos de dob ra a justar os ro lo s d e d obra p ara a
a nte rio re s esp essura d o cad erno
a justar o e sq uadro late ral de acordo
a juste do esqua dro la teral inco rre to
co m o fo rm ato d os cad erno s
ajusta r a sa íd a pa ra um a altura maio r; a
não é corre ta a p osição vertica l d a
a saída em ca ixa não está b ord a p osterior d o cad erno de ve fica r
saída
corre ta emb aixo do s rolos de do bra

as chapa s de rete nçã o estã o tra va das so ltar as chapa s de rete nçã o

a cruz de avanço está travad a lubrifica r a cruz de ava nço

po uca s esferas nos pe rfis a crescenta r ma is e sferas

co loca r p erfis pa ra o supo rte d o


a entrega do s ca dernos pe la s faltam p erfis p ara o supo rte d o cad erno
cad erno
corre ias tra nsp ortado ra s nã o
está corre ta ajuste inco rreto d os ro le tes ajustar co rretam ente o s rolete s

ajustar os roletes pa ra a esp essura d o


ajuste inco rreto d os ro le tes
p ap el

3.16.5 Unidade de dobra adicional de faca

unidade de dobra adicional de faca

falha causa solução

a sucessão dos cadernos está muito


o caderno passa sobre a faca reduzir a velocidade
rápida

os rolos de dobra estão muito afastados ajustar os rolos de dobra

embolamento de cadernos na aumentar o espaço entre os


pouca separação entre os cadernos
faca cadernos

o micro está mal ajustado corrigir o ajuste do micro

84
3.16.6 Saída em escama

saída em escama

falha causa solução

a seção de entrega está muito alta corrigir a altura da seção de entrega


inclinar a mesa de saída de forma
a mesa de saída está horizontal
correta
os cadernos não formam a ajustar a velocidade até que os
escama velocidade inadequada
cadernos formem a escama
os roletes de transporte estão muito
ajustar corretamente os roletes de
afastados em relação à saída dos
transporte
cadernos
aumentar a pressão dos rolos de
os cadernos caem um dentro papel rígido com muita força de
dobra e inclinar ligeiramente a mesa
do outro recuperação
de entrega
os cadernos passam sobre as acúmulo de cadernos nas varetas
afastar as varetas cerca de um-terço
varetas do perfil de retenção e enquanto as correias continuam o seu
do formato do caderno
caem da seção de entrega transporte

3.16.7 Saída vertical

s a íd a v e rtic a l

fa lh a causa s o lu ç ã o

a ve lo c id a d e d a p re ns a é
o s c a d e rno s e ntra m to rc id o s
m e no r e m re la ç ã o à a u m e nta r a ve lo c id a d e n a p re n s a
na p re ns a e m lin ha
d o b ra d e ira
a jus ta r a p re s s ã o d o p rim e iro p a r d e
ro lo s d e p re n s a g e m p a ra um p o uc o
fo rm a ç ã o d e ru g a s no ro lo s d e p re ns a g e m m a l a c im a d a e s p e s s ura d o c a d e rn o , e
c a d e rn o a p ó s a p re ns a g e m re g ula d o s a p re s s ã o d o s e g und o p a r d e ro lo s
d e p re ns a g e m p a ra 4 0 % a 6 0 % d a
e s p e s s u ra d o c a d e rno
c o rrig i r a ve lo c id a d e d a m e s a
ve lo c id a d e i na d e q u a d a
e s c a m a irre g ula r n a m e s a i nfe rio r
i nfe rio r d e e ntre g a d o s c o rrig ir o s ro le te s d e tra ns p o rte
c a d e rno s o s ro le te s d e tra ns p o rte e s tã o
d e ixa nd o -o s m a is p ró xim o s a o s
m uito s e p a ra d o s
ro lo s d e p re ns a g e m
c a d e rn o s e nrug a d o s n o te ns ã o d a s c o rre ia s
re d u zir a te ns ã o na s c o rre i a s
ta m b o r d e in ve rs ã o s up e rio re s é m uito a lta
o ro le te lim ita d o r d e fo rm a to a jus ta r c o rre ta m e nte o ro le te
d is p o s iç ã o irre g ula r d o s e s tá m a l a ju s ta d o lim ita d o r d e fo rm a to
c a d e rn o s na m e s a a s c o rre ia s s up e rio re s e c o rri g ir a p o s i ç ã o d a s c o rre ia s e
e m p ilh a d o ra in fe rio re s nã o e s tã o a linha r o s p e rfis d e a p o io c o m a
e xa ta m e nte s up e rp o s ta s b o rd a e xte rna d o c a d e rno
p o s iç ã o e rra d a d a s c inta s d e c o rrig ir a p o s iç ã o d a s c i nta s d e
fa rd o s m a l fo rm a d o s
fixa ç ã o fixa ç ã o

85
3.17 Cálculo da produção em Existem dois tipos básicos de dobra-
dobradeiras de folhas deiras: perpendicular à fita ou paralela à fita
de papel. Estes dois tipos têm diversas confi-
A produção efetiva nas dobradeiras, gurações, como o uso de várias fitas simulta-
como em qualquer máquina gráfica, é influ- neamente e a dobra transversal contínua sem
enciada por diversos fatores, tais como, a corte. A dobra paralela ao longo da fita é feita
velocidade mecânica do equipamento, o for- por um dispositivo triangular, conhecido como
mato da folha, o tipo de papel, a carga de funil (fig.97).
tinta, a carga estática e outros. Para efeito de
planejamento, pode-se considerar uma pro-
dução de 70% da velocidade mecânica máxi-
ma como meta a ser alcançada no dia-a-dia.
As dobradeiras de faca e combinada
têm sua velocidade determinada pelo ciclo
das facas, dada em ciclos por hora, convertida
diretamente em cadernos por hora. Já as
dobradeiras de bolsas têm sua velocidade
expressa em metros/minuto, calculada pela
seguinte fórmula:

velocidade de produção = cadernos/hora


VP = {[Vmm÷(Cf + Sf)]x60}

onde:

Vmm = velocidade da dobradeira em m/min;


Cf = comprimento da folha, em metros;
Sf = separação entre as folhas, em metros;

Por exemplo:
Figura 97: funil da dobradeira
Vmm = 90m/min; Cf = 0,87m; Sf = 0,05m;
Velocid. produção = {[90÷(0,87 + 0,05)]x60} O funil é feito de uma chapa metálica
Velocidade de produção = 5.869 cad/h triangular, com bordas arredondadas, inclina-
da em relação ao plano da fita. A fita envolve
3.18 Dobradeira de fitas de o funil e a dobra é formada pelos rolos de
papel (bobinas) dobra logo abaixo do nariz do funil. Várias
fitas podem ser dobradas simultaneamente.
Um dos atrativos da impressão em fitas O bico do funil é geralmente arredondado, ou
ou bobinas de papel é a capacidade de pro- possui uma mola, para evitar o corte da fita
dução de diversos tipos de produto na mesma de papel. Para reduzir o atrito com o papel e
impressora, tais como jornais, revistas e prevenir o repinte da impressão, o funil é per-
cadernos com uma grande variedade de furado e ligado a um sistema de ar comprimi-
dobras. Para cada caso, uma configuração do, formando um colchão de ar sobre o qual
de dobradeira é escolhida, junto com diversos o papel flutua.
acessórios, para atender aos requisitos do A dobra transversal é feita em conjunto
produto final. com o corte da fita. O sistema mais simples,

86
como o usado em jornais, é o cilindro de fitas são pressionadas contra o rolo por role-
corte e dobra, no qual o papel é introduzido tes com carga de molas, para assegurar uma
por uma lâmina rotativa entre dois rolos de entrada correta das fitas no funil. Após passa-
dobra. A dobra transversal normalmente é rem pelo funil, as fitas são prensadas pelos
feita nos cilindros com lâmina de dobra e rolos de dobra, os quais são ajustáveis para
morcete, usadas em revistas e livros. Esta a quantidade de fitas de papel utilizadas. Na
dobra é muito mais precisa do que no sistema seqüência, as fitas dobradas são introduzidas
anterior e também é mais adequada para as nos cilindros de corte e dobra.
dobras em duplo paralelo (fig.98). A lâmina de corte é presa por sapatas
de náilon e realiza o chamado cut-off a cada
revolução. O cilindro de dobra tem o dobro
do diâmetro do cilindro de corte e contém as
contrafacas, feitas geralmente de borracha
sintética. No momento do corte, a borda do
papel é agarrada por agulhas, que retiram a
folha da posição de corte. Quando a folha
Figura 98: esquema de dobra duplo-paralelo completa meia volta em torno do cilindro de
dobra, é solta pelas agulhas e introduzida
As dobras transversais contínuas, cha- entre os rolos de dobra, imediatamente abai-
madas concertinas, utilizadas principalmente xo do cilindro, completando desta forma a
em formulários contínuos, podem ser feitas dobra tablóide do jornal. Após os rolos de
sem o corte da fita num dispositivo que dobra dobra, os cadernos caem nas aranhas e são
o papel em zig-zag, de modo que as folhas depositados nas correias transportadoras
fiquem orientadas em direções opostas. Este (fig.100).
tipo de dobra, com este dispositivo, só é
possível em velocidades baixas de produção
(fig.99).

Figura 99: dispositivo de dobra zig-zag Figura 100: dobradeira para jornais

3.18.1 Dobradeira para jornais Um contador irá separar um caderno


marcador, deslocando-o lateralmente com
As dobradeiras para jornais trabalham um golpe, ou separando-o dos anteriores,
geralmente com mais de uma fita de papel, facilitando, desta forma, o empacotamento.
que são reunidas no rolo acima do funil. As Como a lombada do jornal tem espessura

87
maior do que a frente, os maços são colo- funil
cados uns sobre os outros, alternadamente,
facão
para compensar esta diferença. Os maços roletes de
tração
devem ter quantidades iguais para permitir
também um controle simples e rápido no pro-
serrilha
cesso de distribuição.
30
3.18.2 Dobradeira comercial cilindro
20 10
cilindro cilindro
A fita de papel pode ser cortada em
tiras antes de entrar no funil. Estas tiras são lâmina de dobra
reunidas em um feixe por meio de barras Figura 102: dobradeira combinada de impressoras
angulares e cada uma delas é corretamente rotativas
alinhada antes do corte e da dobra (fig.101).
Para efetuar a dobra em duplo paralelo,
mais um cilindro deve ser incorporado na se-
gunda unidade de dobra (fig.103).

Figura 101: barras angulares (diagonais)


Figura 103: dobradeira para duplo-paralelo (MAN - IPP)
Até oito tiras de papel podem ser do-
bradas numa única dobradeira, e mantidas
unidas por meio de um conjunto de rolos de 3.18.3 Dobradeira com funil duplo
formação e dobra, e são por estes introdu-
zidas na unidade de corte e segunda dobra.
Antes da segunda unidade de dobra, podem
ser aplicadas serrilhas, ou perfurações burst
para a preparação da lombada do caderno.
Para os cadernos de revistas e livros
utilizam-se três cilindros nesta etapa. O pri-
meiro é o cilindro de corte, similar ao usado
nas dobradeiras de jornais. O segundo cilin-
dro contém as agulhas, as contrafacas e as
lâminas de dobra que introduzem o papel nos
morcetes. O terceiro cilindro pode depositar
o caderno na esteira transportadora ou enviá-
lo para a terceira unidade de dobra cruzada,
feita pelo facão (fig.102). Figura 104: dobradeira de duplo funil

88
Esta configuração é utilizada em má-
quinas de jornais, impressoras de capas ou
similares com dupla circunferência de cilindro
de impressão. O conceito é introduzir as fitas
de papel numa única dobradeira, para au-
mentar a paginação do caderno final. A fita
ou fitas de um lado da impressora passam
primeiramente pelo funil e, após o rolo de
dobra, são transferidas para o outro conjunto
de roletes (fig.104 e 105).

Figura 106: dobra balão

Figura 105: funil duplo


ferência. Os funis superiores recebem as
Para formatos tablóide, têm-se um pro- fitas de papel, fazem a primeira dobra e as
duto único com paginação dobrada, mas transfere para os funis inferiores. Nestes, as
para folhas avulsas têm-se o mesmo produto fitas são reunidas antes da segunda dobra.
em dupla produção. O número de folhas avulsas é igual ao número
de funis auxiliares. Capas, suplementos e
3.18.4 Dobra balão encartes comerciais pré-impressos em bobi-
nas podem ser alimentados diretamente nos
O termo dobra balão é usado para defi- funis, diversificando, desta forma, a produção
nir a configuração de dobradeira para jornais do jornal.
com quatro ou mais funis de dobra, dispostos
verticalmente em pares, lembrando a forma 3.18.5 Produção em coleta
de um balão quando as fitas de papel passam
por ela (fig.106). A produção em coleta significa a reu-
Esta configuração é usada em impres- nião, na mesma dobradeira, de cadernos se-
soras de jornais e similares, para a produção parados, quando a paginação do produto é
de várias seções de folhas avulsas numa menor do que a capacidade do cilindro de
única entrada de máquina. Este sistema impressão. Um caso comum é a repetição
necessita dois ou mais funis auxiliares, além do mesmo caderno no cilindro de dupla cir-
do funil duplo na impressora de dupla circun- cunferência na impressão de jornais.

89
Para a operação em coleta, um conjunto Um cilindro maior transporta muito me-
de agulhas do cilindro de dobra é retirado lhor o papel, com menos chance de distorção
enquanto um adicional é colocado no cilindro e ondulação, principalmente em formatos
de corte. As agulhas de coleta, no cilindro de grandes. Altas velocidades podem ser alcan-
corte, pegam o primeiro caderno e o mantém çadas com menores rotações.
preso ao cilindro até chegar à posição de Para a configuração de dobradeiras de
corte novamente. Ao mesmo tempo, as agu- revistas e livros, a relação 3:2 refere-se à
lhas do cilindro de dobra pegam o segundo proporcionalidade dos diâmetros dos cilin-
caderno, e também o primeiro, antes da dobra dros de transferência e de morcete, respecti-
transversal. Assim, têm-se uma dupla produ- vamente. Para uma alta paginação, a relação
ção com a metade da velocidade da máquina. 5:4 pode ser usada e, se ainda for insuficiente,
pode-se usar uma dupla coleta em produção
3.18.6 Dobradeiras 3:2 tripla do mesmo produto, com três ou seis
unidades de impressão (fig.107).
Nem todas as dobradeiras possuem a
configuração onde o cilindro de corte tem o
perímetro exato do formato do produto (cut- Figura 107: dobradeira 3:2 (MAN - IPP)
off), e o cilindro de dobra tem o dobro deste
formato. A configuração 3:2 é apropriada
para altas velocidades, quando há variação
do número de páginas a dobrar, em produ-
ções diversas e quando o formato de página
é variável.
Na variação 3:2, o perímetro do cilindro
de corte é duas vezes o formato do produto,
e o perímetro do cilindro de dobra é três
vezes o cut-off. Em ambos os casos, a quan-
tidade de agulhas, facas e contrafacas é
proporcional. O dobro de facas e contrafacas
significa uma vida-útil maior antes da troca.

90
3.19 Anexos

3.19.1 Esquemas de montagem para


produção dupla em dobradeira de folhas Duas vezes 16 páginas em formato retrato
(caderno editorial) (fig.109)
Duas vezes 8 páginas em formato retrato
(fig.108)

Figura 108: 2x8 páginas retrato Figura 109: 2x16 páginas retrato

Duas vezes 16 páginas, pé/cabeça, em duplo paralelo (fig.110)

Figura 110: 2x16 páginas duplo-paralelo

91
3.19.2 Esquemas de montagem para produção em dobradeira de bobinas

16 páginas em formato retrato 202 x 266 mm, bobina 840 mm e corte 578 mm, acabamento
com grampo. Paginação do primeiro caderno de 3 a 10 e 19 a 26. (fig.111)

Figura 111: 16 páginas retrato

92
Exemplo de ficha de registro de traçados

93
Configurações comuns para dobradeiras em rotativas comerciais

Dobradeira padrão Equipamento padrão de dobra Equipamento opcional de dobra


1a cruzada Facão Delta Facão 1a e 2a cruzada Corte/Coleta

Dobradeira opcional com barras angulares

Dobradeira opcional com mini funil

94
3.19.3 Solução de problemas nas dobra- Variação na segunda dobra
deiras rotativas
v a r ia ç ã o n a s e g u n d a d o b ra

Cadernos com orelha-de-cachorro causas s o lu ç õ e s

a ju s tá -la s p a ra a
Uma ou mais folhas são dobradas para a s lâ m i na s d e d o b ra
m e s m a a ltu ra o u
e s tã o c o m a ltu ra s
trás pela correia de transporte, na aresta pos- d i fe re n te s
s u b s ti tui r a p e ç a
d e fe i tu o s a
terior do pé do caderno .
ve ri fi c a r a p re s s ã o d e
a b a nd a d e p a p e l nã o
p e g a d a d a s a g u lh a s e
o relh a-d e-cach o rro e s tá s u fi c i e n te m e n te
s u b s ti tuí-la s , s e
p re s a p e la s a g u lha s
n e c e s s á ri o
cau sas so lu çõ es
ve ri fi c a r o c o n tro le d e
pressão excessiva das o c o m p ri m e n to d o c o rte te n s ã o d a b a n d a e /o u
aliviar a pressão até d o c a d e rn o e s tá ve ri fi c a r o s is te m a d e
correias neste lado do
desaparecer o problem a va ri a n d o d e v i d o à fre i o d a b o b i n a . A
caderno
va ri a ç ã o d e te n s ã o d a te ns ã o d e ve s e r
trocar a correia por outra com b a nd a d e p a p e l a ju s ta d a p a ra c a d a
correia com emenda
a colagem da em enda tip o d e p a p e l
ao contrário ou sem
correta, isto é, sem saliências
acabamento
no local da colagem
escovas de encosto do Variação na terceira dobra
afastar as escovas até
caderno m uito
desaparecer o prolem a
apertadas
variação na terceira dobra

A primeira, a segunda e a terceira dobra causa soluções


do caderno variam acima da especificação da verificar a pressão das
dobradeira. Cada dobradeira possui um correias de transporte
padrão de variação, especificado no manual e ajustar, se
de operação, que deve ser monitorado com o necessário.
auxílio de marcas impressas no caderno.
verificar a qualidade da
superfície das correias
Variação na primeira dobra e substituí-las, se
necessário
variação na primeira dobra
verificar se a solução
de silicone não está
causas soluções muito concentrada e/ou
com excesso de carga
as roldanas de apoio da o caderno não encosta
ajustar a posição das
banda de papel, localizadas corretamente no ajustar a solução para
roldanas para a
sobre o rolete de entrada esquadro frontal a concentração
extremidade da banda
do funil, não estão recomendada pelo
de papel e aplicar a
posicionadas corretamente,
pressão adequada a fornecedor e/ou
provocando, desta forma, a
cada tipo de papel diminuir a quantidade
oscilação lateral da banda
aplicada
ajustá-los para a posição
os controladores de verificar o sincronismo
correta nas
movimento lateral da banda
extremidades da banda do movimento do facão
de papel (web guides) não
e verificar seu de dobra à procura de
estão corretamente
funcionamento folgas, eliminando-as
posicionados ou não estão
adequado. Se se existirem, para
funcionando
necessário, substituí-los reconduzir o
os rolos formadores e/ou os equipamento às suas
ajustá-los de acordo com condições originais de
rolos da primeira dobra
o tipo de papel
estão mal regulados uso

95
96
Costura

97
Divisor 4
máquina de costura do século 19
crédito: Heidelberg do Brasil

98
Capítulo 4
Costura

4.1 Introdução sela. Estas técnicas também são conhecidas


pelos nomes dos fabricantes dos equipa-
O processo de encadernação costura- mentos utilizados, ou seja: Singer, Smyth e
da consiste em unir cadernos alceados com McCain.
linha, produzindo livros resistentes e duráveis,
tais como enciclopédias, livros de arte, livros 4.2.1 Costura lateral
de referência, bíblias e livros de capa dura
em geral. A abertura do livro é fácil e comple- A costura lateral consiste em prender
tamente plana, sendo, por isto, o método pre- os cadernos com linha ao longo da lateral do
ferido para a preparação do miolo em enca- livro, paralelamente à lombada, como nas
dernações com capa dura, mas também pode publicações grampeadas na lateral, produ-
ser usado em revistas e catálogos, embora o zindo um bloco resistente mas que não se
aspecto econômico deva ser muito bem ana- mantém plano quando aberto.
lisado nestes casos (fig.112). A costura lateral manual é empregada
em reparos de livros no processo mecânico
com um só fio, também chamada de costura
McCain, onde uma agulha introduz um fio de
linha através de furos perfurados por brocas,
criando um padrão quadrangular de costura.
No processo com fio duplo, conhecido como
costura Singer, utiliza-se um sistema seme-
lhante ao das máquinas de costura caseiras,
exceto os furos, que são perfurados por bro-
cas, por onde a agulha penetra.

4.2.2 Costura em sela

A técnica de costura em sela consiste


Figura 112: produtos costurados (Müller Martini)
em unir os cadernos de uma publicação com
fios, através da linha de dobra da lombada,
4.2 Tipos de costura produzindo um bloco que pode ser facilmen-
te aberto e permanecer plano.
Existem duas técnicas para costurar O processo é similar ao grampo à ca-
cadernos: a costura lateral e a costura em valo, mas os termos à cavalo, cavalete ou em

99
sela são raramente utilizados como referência unidas, bem como junta os demais cadernos
a este tipo de costura. num único bloco. Vários pares de furos, vari-
Existem dois processos de costura em ando entre dois e seis, são feitos ao longo da
sela: a costura com fio e a costura de solda. lombada do caderno, por onde passarão as
agulhas e os ganchos para realizar a costura.
Costura com fio O princípio da costura com fio é es-
quematizado na fig.113. Os cadernos são
A costura em sela pode ser feita num perfurados, de baixo para cima, pelos per-
único caderno, chamada costura Singer em furadores; na seqüência, a agulha e o gancho
sela, ou interligando todos os cadernos da (que fez um giro de 180°) penetram nestes
publicação, conhecida como costura Smyth, furos e retornam para trás uns 2 ou 3 mm.
uma técnica empregada universalmente. Este retorno irá criar a laçada do fio, que é
Na costura Smyth, o fio é conduzido por pega pelo laçador (jacaré), e carrega o fio
diversas linhas paralelas feitas no centro da além da posição do gancho, mantendo-o es-
lombada de cada caderno e também através ticado. Esta laçada, agora, é agarrada pelo
dos cadernos seguintes. Esta conexão de gancho durante seu movimento de subida e
fios mantém as páginas de cada caderno passa por dentro da laçada anterior. O laçador

Figura 113: seqüência de costura: furo (A), passagem do fio (B), puxada do fio (C) e laçada (D) (Müller Martini)

A B

C D

100
retorna à sua posição inicial e o gancho gira Esta deformação da lombada irá dificul-
180° novamente, pronto para novo ciclo. tar a colocação da capa, bem como a estética
Existem três tipos de costura com fio: do produto acabado.
 costura não-alternada ou simples A fig.116 mostra um desenho esque-
 costura alternada mático deste tipo de costura. Geralmente
 costura alternada combinada empregam-se de 3 a 5 costuras por caderno,
mantendo-se distâncias iguais entre o pé e
Costura não-alternada ou simples a cabeça para o início do fio.

Este tipo também é conhecido por


costura brochura, usado na maioria dos livros
costurados devido a sua simplicidade, ne-
cessitando de apenas uma agulha, um gan-
cho e um laçador. agulha gancho laçador nó fio
Figura 116: esquema de costura não-alternada ou simples

Costura alternada

Esta técnica de costura exige três per-


furadores, uma agulha e dois ganchos. Os
fios da costura são posicionados alternada-
mente, com alinhamento após cada costura,
minimizando os problemas de inchamento e
deformação da lombada.
Este tipo de costura é usado principal-
mente em produtos impressos com papéis
de gramatura mais elevada, grandes for-
matos e produtos espessos e pesados como
bíblias, catálogos e enciclopédias.
Figura 114: miolo costurado com costura simples (MM) A fig.117 mostra um desenho esque-
mático deste tipo de costura e pode ser
A costura simples é identificada inter- identificado internamente no livro acabado
namente no miolo acabado pelo alinhamento por um furo sem fio em cada costura.
dos fios, o que provoca um indesejado
aumento da espessura na lombada, prin-
cipalmente em papéis revestidos e em livros
com alta paginação (fig.114 e 115).

agulha gancho laçador nó fio

Figura 117: costura alternada

Costura alternada combinada

A costura alternada combinada é


Figura 115: deformação na lombada preferida em relação à alternada simples

101
porque os ajustes são menores, pois envolve Uma alternativa para aumentar a produ-
remover apenas um perfurador do pente de tividade em livros com vários cadernos é uti-
perfuradores (fig.118). lizar a costura sem o ponto falso, que faz a
ligação entre dois miolos consecutivos
(fig.119).
Para assegurar a durabilidade, o pri-
meiro e o último cadernos têm o fio colado
por um bico aplicador ou o fio é revestido de
poliéster e soldado na lombada do caderno.
Estas operações são realizadas auto-
agulha gancho laçador nó fio maticamente nas modernas máquinas de
costura, bastando ao operador programá-las.
Figura 118: costura alternada combinada
Na costura do miolo, a ausência do ponto
falso aumenta a produtividade da costura,
A distância entre os furos e o compri-
principalmente em produtos com até 5 cader-
mento da costura devem ser igualmente
nos (17% a mais de produção).
maiores. Seu uso é para o mesmo tipo de
produto mencionado na costura alternada e,
Costura de solda (termocostura)
este tipo, é identificado internamente na
lombada do livro por apenas um furo, na ca-
A costura de solda, ou falsa costura, é
beça ou no pé, sem fio de costura.
uma técnica empregada em dobradeiras,
onde um dispositivo especial aplica um fio
de poliéster na lombada do caderno, de den-
tro para fora, antes da última dobra.
Na seqüência, as extremidades do fio
são soldadas na lombada pela ação de
pressão e calor. Existe uma variante deste
processo que utiliza fio colado com adesivo
hot-melt de secagem rápida (fig.120).

Figura 120: costura de solda (termocostura) (Heidelberg


do Brasil)

A tabela a seguir apresenta as vanta-


gens e devantagens do uso deste processo.
A costura de solda pode ser considerada
uma solução intermediária entre a técnica de
Figura 119: costura com ponto falso (superior) e sem costura com fio e as técnicas de preparação
ponto falso (inferior) (Müller Martini) da lombada na encadernação.

102
costura de solda (termocostura)

vantagens desvantagens

a cabeça e o pé da
alto custo do equipamento
lombada ficam fechados
produto com qualidade os cadernos são limitados
similar à costura com linha a 16 páginas
maior aproveitamento do espessura máxima do
papel miolo limitada a 20 mm
a parte plastificada do fio
não há refile de fresagem causa deformação na
lombada
não há preparação da
lombada
permite alimentação
automática da
encadernadora

Figura 121: gaveta alimentadora da máquina de


4.3 Princípios de operação de costura (Müller Martini)
máquinas de costura

As máquinas de costura podem ser


semi ou completamente automáticas. Nas
máquinas semi-automáticas, a alimentação
dos cadernos é feita manualmente, um a um,
enquanto o comando para o transporte dos
cadernos, a furação e a costura são feitos
pelo acionamento de um pedal. Desta forma,
a produção está condicionada ao ciclo de
alimentação manual dos cadernos e à fadiga
do operador durante a jornada de trabalho.
Após ter-se completado o ciclo de cos-
tura de alguns miolos, a separação entre eles
é feita manualmente por meio de uma tesoura Figura 122: alimentação de cadernos vertical
ou de um estilete. Numa máquina automática,
todo o processo ocorre sem a intervenção
do operador, que cuida do abastecimento
dos cadernos na gaveta alimentadora e su-
pervisiona as operações previamente progra-
madas no comando central.
Os cadernos são alimentados em
gavetas, em geral inclinadas (fig.121 a 124),
para diminuir o atrito entre eles, de onde são
levados por correias transportadoras, e
abertos por chupetas, até a sela da máquina,
um pouco antes da unidade de costura
(fig.125). Figura 123: alimentação dos cadernos em escama

103
permite a abertura sem problemas de qual-
quer tipo de dobra executada. Os cadernos
são levados até a unidade de costura onde
são perfurados, costurados, separados e o
excesso de fio é cortado e recolhido em reci-
piente apropriado (fig.126).

Figura 124: transporte e abertura dos cadernos

Figura 126: unidade de costura (Müller Martini)

O miolo costurado e separado é entre-


gue apoiado pela parte frontal numa esteira
de transporte em direção à saida, que pode
ser em direção ao alimentador, onde o ope-
rador poderá recolhê-lo e colocá-lo em es-
trados, ou encaminhado para um empi-
lhador/compensador automático (fig.127).
Figura 125: chupetas de abertura dos cadernos da
Müller Martini

Sensores óticos podem ser instalados


na gaveta para identificar a presença de
folhas brancas no lugar do caderno impresso,
de grandes variações de carga de tinta na
impressão do caderno (impressão lavada ou
muito carregada) e a seqüência correta do
alceamento. Sensores de nível indicam, por
meio de sinais luminosos ou sonoros, quan-
do o operador deve proceder a um novo
abastecimento de cadernos.
Figura 127: empilhador (Meccanotecnica - Alphaprint)
O transporte é feito pela lombada do
caderno, para permitir sua abertura ao meio Antes da operação de encapamento,
no momento da chegada na sela. Esta aber- seja em capa dura ou capa flexível, o miolo
tura é feita por até oito chupetas aspiradoras, deve ser prensado para reduzir o inchamento
sendo quatro localizadas na parte superior provocado pelos pontos de costura e extrair
e quatro na parte inferior. Esta configuração o ar interno.

104
A velocidade das máquinas de costura
é medida em ciclos por minuto. Cada ciclo
une um caderno a outro e ao grupo de ca-
dernos já costurados. As máquinas semi-
automáticas operam na faixa de 40 a 60
ciclos por minuto, dependendo da habilidade
do operador e do tempo de duração da jor-
nada antes da parada para descanço e/ou
revezamento. Já as máquinas automáticas
operam em velocidades superiores a 200
ciclos por minuto. Se for considerada a pro-
dução de um livro com 10 cadernos, uma má-
quina automática pode produzir acima de
1200 livros por hora. Estas máquinas podem
produzir tiragens curtas com a mesma Figura 128: sistema Ventura Müller Martini
eficiência de tiragens longas, devido ao alto
grau de automação e à memorização dos Este sistema elimina o conjunto mecâni-
acertos anteriormente realizados, proces- co do laçador, diminuindo, desta maneira, as
sando uma ampla gama de papéis, formatos paradas de máquina devido aos problemas
e tipos de dobra. com a manuteção destas peças, além de
Os controles computadorizados páram eliminar o gasto com a reposição da laçadeira
o equipamento quando falta um caderno ou e o tempo necessário para o acerto desse
quando ocorre o embolamento, assegurando dispositivo.
a qualidade do trabalho e evitando danos em
seus componentes. 4.5 Solução de problemas
Deve-se evitar a costura de cadernos
de quatro páginas, pois o risco de rasgo da As soluções de problemas apresen-
lombada é elevado, principalmente em pa- tadas nesta seção poderão eventualmente
péis mais rígidos. Estes cadernos devem ser ser específicas para um equipamento, mas
colados ou alceados a cavalo em outros o conceito geral serve também para os de-
cadernos. mais equipamentos automáticos de costura
com fio.
4.4 Novas tecnologias Em caso de mal funcionamento do
equipamento: [a] verificar se o livro/revista
Um interessante sistema para formação está corretamente programado; [b] conferir
de laçada com ar comprimido foi lançado em os ajustes da máquina; [c] verificar na lista
2002 pelo fabricante suiço Müller Martini. de problemas e soluções as ações a serem
Neste processo, dois tubetes pneumá- tomadas; [d] acertar corretamente o sincro-
ticos são empregados para a formação da nismo da máquina. Se após estas providên-
laçada da linha, que é puxada, na seqüência, cias os problemas persistirem, consultar a
pelo gancho. O sentido do ar comprimido assistência técnica do fabricante.
pode ser pré-selecionado no painel de co- As operações não incluídas na lista a
mando, sempre da esquerda para a direita seguir devem ser executadas somente por
no ponto simples ou alternando os sentidos pessoal qualificado pelo fabricante do equi-
para o ponto salteado (fig.128). pamento.

105
Após as intervenções técnicas have- este pode ter sido erroneamente inserido.
rem sido completadas, e antes de restartar o
equipamento: [a] verificar manualmente se a Causa 2:
seqüência sincronizada está correta; [b] exe-  quebra do fio após a laçada da costura.
cutar o procedimento de partida; [c] efetuar
os ajustes de formato; [d] aumentar a veloci- Soluções:
dade gradualmente, observando se a máqui-  verificar se não existe nenhuma borda afi-
na comporta-se corretamente em todos os ada no cabeçote de costura por onde passa
estágios. a linha.
 certificar-se que o fio não corte imediata-
4.5.1 Quebra esporádica do fio mente quando passa pela lâmina da faca.
 assegurar que a posição dos ganchos de
Verificar primeiro se os fios quebram: separação, no momento da separação, esteja
[a] durante a costura do livro ou [b] apenas correta e que eles não enganchem à direita
após a costura, por exemplo: no primeiro ou ou à esquerda da lançadeira. Verificar tam-
no segundo caderno. bém se não existem riscos nos ganchos.
 excesso de pressão no freio de sustentação
Causa 1: do livro; este deve sair suavemente pela es-
 quebra do fio durante a costura do livro. teira de saída.
 pressão insuficiente no rolo de pressão da
Soluções: dobra.
 certificar-se que a tensão da linha não es-
teja muito elevada. Os fios devem estar livres 4.5.2 Quebra freqüente de um único fio
entre os carretéis e as agulhas.
 quando a barra de freio dos fios estiver Como anteriormente, verificar primeiro
fechada, verificar se a tolerância entre o pino se os fios quebram: [a] durante a costura do
e a guia não é superior a 0.1 mm. Reajustar, livro ou [b] apenas após a laçada da costura.
se necessário.
 remover a placa da sela e verificar se a Causa 1:
distância entre os condutores e as agulhas  quebra do fio durante a costura do livro.
(antes do movimento dos condutores) e a
distância entre as agulhas e os condutores Soluções:
(quando este último estiver atrás das agulhas)  se o fio quebrado for aquele da cabeça ou
está correta. do pé, verificar a posição das facas na saída
 segurar firmemente o eixo do condutor e acertá-la se necessário. A penetração das
com as mãos, à esquerda onde este se junta facas de corte deve ser de 0,5 mm em cada
à alavanca de arraste; movimentá-lo para lateral do livro.
cima e para baixo, para frente e para trás,  remover a placa da sela e verificar se não
para verificar se não existe folga na bucha existem rebarbas afiadas ou riscos nos con-
esquerda. Se houver alguma folga, esta será dutores.
entre a bucha de bronze e as duas laterais.  verificar se não existem rebarbas afiadas
Desmontar o grupo da bucha e, após limpá- ou riscos no cabeçote de costura da placa da
lo e remontá-lo, reajustar a abertura do calço sela.
de modo que a lateral e o conjunto estejam no
mesmo nível. Causa 2:
 verificar a passagem correta do fio, pois  quebra do fio após a laçada da costura.

106
Soluções: 4.5.4 Livro costurado muito largo
 trocar o gancho, a agulha ou a linha.
 verificar se não existe nenhuma borda Soluções:
afiada no cabeçote de costura por onde passa  ajustar a tensão do fio no seu limite de
a linha. quebra.
 certificar-se que o fio não corte imediata-  posicionar a barra puxadora de modo que
mente quando este passa pela lâmina da esta puxe apenas o suficiente para passar a
faca. posição das barras separadoras.
 assegurar que a posição dos ganchos de  apertar as facas de entrega, mas não em
separação, no momento da separação, esteja excesso, ou o efeito será o oposto do espe-
correta e que eles não enganchem à direita rado.
ou à esquerda da lançadeira. Verificar  reduzir a velocidade das correntes denta-
também se não existem riscos nos ganchos. das das facas de entrega.
 assegurar-se que a mesa de saída esteja
4.5.3 Faltando ponto de costura paralela ao livro.
 inserção incorreta do fio. Passar o fio pela
Soluções: posição correta.
 certificar-se que a tensão da linha não es-  pouca pressão das facas laterais. Ajustá-
teja muito elevada. Os fios devem estar livres las para uma penetração de 0,5 mm em cada
entre os carretéis e as agulhas. lateral do miolo.
 segurar firmemente o eixo do condutor  pouca pressão no freio; aumentar a pressão
com as mãos, à esquerda onde este se junta do freio.
à alavanca de arraste; movimentá-lo para  pouca pressão de dobra; aumentar a pres-
cima e para baixo, para frente e para trás, são de dobra.
para verificar se não existe folga na bucha  pouca tensão no fio; aumentar a tensão no
esquerda. Se houver alguma folga, esta será fio de costura.
entre a bucha de bronze e as duas laterais.  pouca pressão no rolo formador do raio da
Desmontar o grupo da bucha e, após limpá- lombada; aumentar a pressão no rolo.
lo e remontá-lo, reajustar a abertura do calço  para papéis com gramaturas inferiores a
de modo que a lateral e o conjunto estejam no 40 g/m2, utilizar o ponto alternado.
mesmo nível.  no ponto alternado, montar os compensa-
 fio inserido errado. Verificar a passagem dores de fio.
correta do fio.
 assegurar que a posição dos ganchos de 4.5.5 Barras separadoras marcam o
separação, no momento da separação, esteja caderno
correta e que eles não enganchem à direita
ou à esquerda da lançadeira. Verificar tam- Soluções:
bém se não existem riscos nos ganchos.  abrir as facas de entrega.
 se o fio quebrado for aquele da cabeça ou  remover o adesivo das barras separadoras
do pé, verificar a posição das facas na saída superiores e da sua passagem. Assegurar-
e acertá-la, se necessário. A penetração das se que as barras estejam retas.
facas de corte deve ser de 0,5 mm em cada  aumentar a velocidade das correntes den-
lateral do livro. tadas das facas de entrega.
 excesso de pressão no rolo de pressão da  posicionar a barra puxadora de modo a
dobra. Ajustar a pressão do rolo de pressão deixar uma distância maior entre ela e as
para a posição zero. barras separadoras.

107
4.5.6 Cadernos fora-de-registro traseiro estão alinhados (o traseiro deve estar
ligeiramente deslocado no cabeçote). Se o
Causa 1: caderno for alto, utilizar os dois registros da
 cadernos ligeiramente fora-de-registro cabeça.
(entre 2 e 10 mm).  assegurar-se que o caderno caia correta-
mente do cabeçote na sela fixa e que as
Soluções: pinças de fixação não alterem a posição do
 assegurar-se que a correia inferior esteja caderno.
corretamente posicionada e que ela sempre  se os cadernos permanecerem altos na
gire conforme o registro superior. Não devem sela fixa, usar o ajustador para abri-los
existir traços de tinta na correia. (pressão leve).
 verificar se a correia superior gira livre-
mente e está isenta de traços de tinta. 4.5.8 Quebra dos ganchos
 verificar também se o parafuso de ajuste
da primeira polia está para baixo, de modo a Soluções:
ter boa tração.  assegurar-se que as facas de entrega não
cortem o livro.
Causa 2:  verificar a parte interna dos cadernos para
 cadernos muito fora-de-registro (mais de certificar-se que não existam riscos no nível
20 mm). dos furos dos ganchos. Isto normalmente indi-
ca que a tensão do fio é muito alta e que o
Soluções: gancho dobra em direção à saída, ou que os
 assegurar-se que a velocidade e a pressão livros não estão se movendo suficientemente
para a qual o volante acelerador está ajustado rápidos na saída.
estão corretas e que as duas polias estejam  reduzir a tensão da linha e aumentar a velo-
em boas condições. cidade das correntes e das facas de entrega.
 verificar a altura do volante acelerador in-  instalar as agulhas de perfuração neces-
ferior. Este deve estar cerca de 0,4 mm mais sárias que não estiverem instaladas.
alto que a sela fixa.  trocar a lançadeira se estiver torta e tocan-
 verificar a altura do dosador. Deve existir do as agulhas e os ganchos.
uma distância de 2,5 a 3,0 mm entre o dosa-  ver itens 4.5.1 a 4.5.3.
dor e a parte superior da sela.
 abaixar a guia do lado interno da sela 4.5.9 Nós na linha
móvel. Algumas vezes sua vibração impede
a passagem livre dos cadernos. Soluções:
 a costura parece ruim e há dificuldade em
4.5.7 Os cadernos não costuram no centro separar os blocos. Isto é normalmente cau-
sado pelo deslizamento do papel no ponto
Soluções: onde o fio entra ou sai do caderno.
 assegurar-se que a velocidade do ace-  verificar a posição das facas laterais e
lerador não esteja muito rápida (os cadernos reduzir a tensão da linha (às vezes, o pro-
não devem bater contra o registro). blema é causado por tensão excessiva).
 limpar todos os resíduos de cola embaixo  aplicar uma leve pressão no ajustador, a
do cabeçote de costura e do dosador. fim de abrir a dobra ligeiramente na parte tra-
 verificar se o registro lateral e o registro seira e permitir maior agilidade à linha.

108
4.5.10 Caderno gruda no ajustador prando a chupeta (na posição vertical) com
um forte jato de ar.
Soluções:  assegurar-se que o gancho da quarta chu-
 verificar se as pinças do alimentador libe- peta superior prenda o caderno até que o
ram os cadernos corretamente sobre a sela. dedo separador entre no centro do caderno.
Se necessário, corrigir o sincronismo. O sincronismo do gancho pode ser variado
 verificar a altura do volante do ajustador. girando-se o bastão que conecta o excêntrico
Deve existir pelo menos 3 mm entre os volan- ao solenóide.
tes superior e inferior. Verificar também o  as chupetas que pegam o caderno devem
sincronismo: o volante vem para baixo quan- estar a cerca de 5 mm da cabeça e do pé. Se
do a cabeça do caderno passou 5 a 8 cm. os cadernos que compõem o livro tiverem
 assegurar-se que o dedo separador entra formatos diferentes, assegurar-se que este-
perfeitamente no centro do caderno e que a jam todos posicionados corretamente e que
frente do caderno está bem aberta quando os livros estejam nivelados na cabeça antes
ele cai na sela. Se necessário, ajustar a pres- de ser carregados na gaveta.
são de ar no separador.
4.5.13 Meio caderno não abre
4.5.11 O caderno cai na bandeja frontal
Soluções:
Soluções:  verificar se as chupetas não abrem mais
 verificar se as chupetas não abrem mais vezes do que deveriam ou peguem mais do
vezes do que deveriam ou peguem mais do que uma folha por vez. Para evitar isso, usar
que uma folha por vez. Para evitar isto, usar os sopradores e as placas nas chupetas.
os sopradores e as placas nos succiona- Assegurar-se que o caderno esteja alinhado
dores. nas pinças e que o canto da cabeça não bata
 assegurar que o caderno esteja alinhado contra as chupetas ao passar sob elas.
nas pinças e que o canto da cabeça não se  as chupetas que pegam o caderno devem
choque contra as chupetas ao passar sob estar a cerca de 5 mm da cabeça e do pé. Se
elas. os cadernos que compõem o livro tiverem
 se a abertura inferior estiver programada, diferentes formatos, assegurar-se que sejam
assegurar-se que a chupeta correspondente todos levantados corretamente e que os livros
funcione corretamente. Se deixar de abrir, o estejam nivelados na cabeça antes de ser
gancho do quarto succionador superior pode depositados na gaveta.
levantar o caderno todo.
 assegurar-se que o dedo separador entre 4.5.14 Caderno cai fora da gaveta
no centro do caderno pelo menos 25 mm e
que a frente do caderno esteja pelo menos Soluções:
25 mm além do topo da sela fixa quando a  assegurar-se que o vibrador esteja fun-
parte traseira é liberada. cionando e que os pontos de separação não
estejam muito afastados acima da placa
4.5.12 O caderno cai na bandeja traseira carregadora.
 verificar a sucção e assegurar-se que os
Soluções: guias da gaveta não sejam muito estreitos.
 verificar se a sucção da chupeta progra-  verificar o vácuo da sucção. Se for muito
mada é suficientemente forte. Se não for, fraco, limpar os dutos, os tubos, as válvulas e
limpe os dutos, desconectando o tubo e so- os filtros da bomba.

109
 verificar a parte traseira do primeiro cader- Montar uma agulha de perfuração para cada
no contra a gaveta após extrair um caderno. agulha de costura e para cada gancho.
Se o caderno dobrar as chupetas, abrir o ar  agulhas de costura, ganchos ou lançadeira
comprimido sobre os suportes do caderno danificados. Verificar e trocar se necessário.
na gaveta para reduzir o atrito com o caderno
que foi removido da pilha. 4.5.16 Pontos não selados e acabados
corretamente (para máquinas com solda
Atenção: de linha)
 o ar comprimido aberto também elimina a
tendência de marcar os cadernos recém-im- Soluções:
pressos.  pouco ar de sopro nos ganchos. O gancho
pode pegar um ponto pela segunda vez des-
4.5.15 Gancho não segura o fio locando-o dos elementos aquecedores.
 muito ar de sopro. O ponto é deslocado em
Soluções: linha reta para baixo, ficando distante dos
 fio colocado errado. Verificar a passagem elementos aquecedores. O excesso de ar
correta do fio. também pode reduzir a temperatura dos ele-
 lançadeira não está montada na sua posi- mentos aquecedores.
ção. Colocar a lançadeira.  temperatura incorreta. Ajustar a tempera-
 seleção incorreta do tipo de ponto. Certi- tura para o intervalo de 90ºC ± 15%.
ficar-se que o ponto escolhido está correta-  linha inadequada para a soldagem. É fun-
mente selecionado no programa. damental que a linha tenha as seguintes
 gancho montado 180º fora de sua posição. características: 25% de algodão com reves-
O lado plano do gancho deve coincidir com o timento de 75% de poliéster, com o ponto de
lado plano do porta-gancho. fusão no intervalo de temperatura especifi-
 falta a agulha de perfuração (vazador). cado no item acima.

110
Encadernação com grampo

111
Divisor 5
grampeadeira manual
crédito: Luciano Rozin

112
Capítulo 5
Encadernação com grampo

5.1 Introdução Os produtos feitos com grampo lateral,


geralmente livros e catálogos, têm dificuldade
Um dos métodos mais comuns de enca- para se manter abertos, devido à forte pres-
dernação é a grampeação, processo muito são do grampo na lombada, mas apresentam
utilizado na produção de revistas, folhetos, elevada resistência ao arrancamento das
cadernos escolares e livretos, onde dois ou páginas. Apesar da dificuldade na abertura,
mais cadernos, com ou sem capa, são fixados ainda são encontrados livros escolares com
pela aplicação de um ou mais grampos de este tipo de encadernação.
arame. A capa pode ser um caderno separa-
do ou parte integrante do primeiro caderno, 5.2 Encadernação com
chamada de capa inclusa ou auto-capa. grampo cavalete
As grampeadeiras operam pelo mesmo
princípio dos grampeadores de escritório e Nas grampeadeiras de sela automáti-
podem ser manuais ou automáticas. A apli- cas (fig.130), os cadernos são colecionados
cação do grampo pode ser feita na linha de sobre uma corrente (sela ou baioneta) trans-
dobra da lombada, chamada de grampo em portadora, abertos pelo centro, uns sobre os
sela ou cavalete, ou seguindo uma linha pa- outros, na seqüência correta, incluindo os en-
ralela à lombada, num processo conhecido cartes e a capa. O conjunto, então, é preso
como grampo lateral (fig.129). por grampos de arame que perfuram a linha
de dobra da lombada.
Geralmente se aplica dois grampos es-
paçados simetricamente ao longo da lomba-
da. O arame é alimentado a partir de um
carretel, automaticamente cortado na medida
desejada, pressionado por um cabeçote para
atravessar a dobra da lombada a partir da
capa ou do caderno mais externo, dobrado
Figura 129:grampo lateral (E) e grampo a cavalo (D)
para dentro de modo que suas pernas pren-
A encadernação feita com grampo a dam as páginas, quando o grampo é fechado.
cavalo é chamada de lombada canoa. O pro- Na grampeadeira manual, os cadernos
duto encadernado abre facilmente quando o são colocados sobre uma barra regulável,
papel da capa e do miolo são bastante flexí- também chamada de sela, cavalo ou baioneta.
veis e podem apresentar problemas de aber- O grampo pode ter formato bojudo, cha-
tura com papéis mais rígidos. mado ômega ou arquivo, utilizando-se um

113
Figura 130: encadernadora com grampo (Heidelberg do Brasil)

cabeçote especial, para a encadernação em O encaixe de cadernos (inserção) deve


pastas com argolas, geralmente distanciados ser planejado de tal modo que o caderno de
80 mm entre si e eqüidistantes do centro da menor número de páginas envolva um ca-
lombada (ver: fig.362 na pag.248). derno maior, para facilitar sua alimentação
A encadernação com grampo a cavalo na alceadeira. Folhas soltas (volantes), de-
permite abrir o produto na forma plana, desde vem ser coladas num caderno antes do refile.
que o papel esteja com a fibra paralela à O arame deve ser de seção circular, em
lombada e a gramatura e a rigidez não sejam aço galvanizado, inoxidável, latão, cobre ou
elevadas. A espessura máxima normalmente alumínio. A espessura do produto e a rigidez
é limitada a 7 mm. A Norma Brasileira para a do papel determinam a bitola do arame. A
produção de livros didáticos determina um tabela abaixo dá uma indicação para esta
máximo de 96 páginas (para papel ofsete escolha:
com 75 g/m2), mas, na produção de revistas
é comum encontrar exemplares com mais de
b ito la d o a ra m e d iâ m etro (m m ) p a g in a çã o
120 páginas grampeadas, com a gramatura
variando entre 60 e 90 g/m2.
no 2 6 0 ,5 0 8 a 40
Como os cadernos são encaixados uns
dentro dos outros, deve-se fazer uma com-
no 2 5 0 ,5 5 44 a 1 2 8
pensação para o deslocamento das páginas
centrais, para evitar diferenças estéticas ou
no 2 4 0 ,6 0 132 a 160
sangria das imagens e dos textos.
Para evitar surpresas durante a fase de
encadernação, recomenda-se fazer modelos
(bonecos) com o papel a ser usado, antes de 5.3 Encadernação com
montar as páginas para a impressão. Quando grampo lateral
o tipo de papel mudar, deve-se fazer outro
modelo para checar o alinhamento dos cen- Uma forma econômica de encadernar
tros das páginas. produtos espessos é a grampeação lateral,
Os cadernos são alimentados na alcea- que pode ter até 50 mm de espessura.
deira pela lombada e, na seqüência, chupetas Nas grampeadeiras laterais, os cader-
abrem o caderno pela parte posterior, que é nos são colecionados como na encadernação
presa por pinças. Os cadernos depositados com adesivos. Os grampos atravessam os
na corrente são transportados com a cabeça cadernos numa linha paralela bem próxima à
contra o batente desta. Por este motivo, a lombada. A alceadeira da grampeadeira
parte posterior deve ter uma margem para a lateral transporta as folhas ou cadernos de
pinça de pelo menos 8 mm, senão a alimen- modo que a lombada fique alinhada com os
tação automática não será possível. cabeçotes grampeadores. Os cadernos,

114
apoiados pela face, são margeados na
cabeça e na lombada, antes da grampeação.
Pinos ou pinças da corrente de transporte
empurram os cadernos em direção ao cabe-
çote grampeador.
Na encadernação com grampo lateral,
a margem interna das páginas deve ter um
espaço reservado para os grampos. Além
do maior desperdício de papel, tem a des-
vantagem de não permitir uma abertura fácil
e plana, o que limita cada vez mais seu uso.
Como não exige dobra na lombada, é ade-
quada para a produção de blocos a partir de
folhas soltas.
O grampo utilizado deve ter a seção
quadrada, devido ao maior esforço a que é
submetido durante a perfuração do papel. Figura 131: grampeadeira manual (Luciano Rozin)
Dependendo da espessura do produto, o
grampo pode ser aplicado em um lado, para 5.4.2 Grampeadeira automática
produtos mais finos, ou em ambos os lados,
no caso de produtos mais espessos. Neste As grampeadeiras automáticas inclu-
caso, os grampos penetram além do meio da em, numa configuração básica, estações de
espessura total do miolo. Esta técnica tem alimentação de cadernos (alceadeiras), cabe-
sua utilização limitada à produção de livros çotes grampeadores, guilhotinas trilaterais e
didáticos com no máximo 208 páginas, para empilhadores/compensadores. Os modelos
papéis ofsete com 75 g/m2, de acordo com a se dividem em pequeno (alimentado por fo-
Norma Brasileira em vigor. lhas ou cadernos), médio e grande porte. Os
pequenos são adequados para produções
5.4 Características e componentes de até 5 mil exemplares/hora, os médios
das grampeadeiras para até 10 mil exemplares/hora e os grandes
para 20 mil exemplares/hora (fig.132).
As grampeadeiras podem ser manuais
ou automáticas. Estação de alimentação

5.4.1 Grampeadeira manual Como visto, as grampeadeiras podem


alimentar folhas ou cadernos.
As grampeadeiras manuais são cons-
tituídas de um cabeçote grampeador e uma Folhas
sela de grampeamento (fig.131). O aciona-
mento do cabeçote é feito por meio de um Para a alimentação de folhas, existem
pedal. Os produtos grampeados são deposi- basicamente dois modelos de grampeadei-
tados em uma caixa e refilados fora de linha ras. O primeiro é composto por vários esca-
em guilhotinas lineares ou trilaterais. ninhos (fig.133) onde são alimentadas peque-
São usadas para pequenas tiragens, nas quantidades de folhas. Esta configuração
para grandes formatos ou para produtos com é usada para a produção de revistas e manu-
formato diferenciado. ais de baixa paginação, onde se combinam

115
Figura 132: linha automática de grampo (Müller Martini)

116
Figura 133: grampeadeira alimentada por folhas em
escaninhos (Heidelberg do Brasil)

duas ou mais estações. O outro modelo é do-


tado de mesas alimentadoras com grande
quantidade de folhas, usado para a produção Figura 135: gaveta plana (Heidelberg do Brasil)
de cadernos de baixa paginação (fig.134).

Figura 134: grampeadeira alimentada por mesa


alimentadora de folhas (BDAgraf)

Cadernos

Cada caderno é alimentado numa gave-


ta separada, que emprega pinças mecânicas
e chupetas com vácuo para abri-los antes de
depositá-los na corrente de transporte. Figura 136: gaveta inclinada (Heidelberg do Brasil)
As gavetas podem ser alimentadas com
os cadernos na posição vertical ou horizontal. Pinos espaçados a intervalos regulares
As gavetas verticais são os modelos mais ao longo da corrente de transporte empurram
comuns, mas apresentam dificuldades de os cadernos que, ao passar sob as próximas
alimentação com cadernos de baixa grama- gavetas, recebem outros cadernos, sobre-
tura e principalmente os encartes de 2 e 4 postos aos anteriores, incluindo encartes e
páginas. Quando o uso de encartes e de capa (esta na última gaveta antes do grampo).
papéis de baixa gramatura forem freqüentes, O número de gavetas da alceadeira depende
recomenda-se a instalação das gavetas hori- do número de cadernos que compõem o pro-
zontais, que são mais caras mas compensam duto (fig.137). As configurações de alcea-
pelo ganho em produtividade. As figuras 135 deiras podem conter dezenas de gavetas,
e 136 exibem uma seqüência de abertura principalmente nas produções personalizadas
dos cadernos para os dois tipos de gavetas. e regionalizadas de revistas.

117
Cabeçote grampeador

Para evitar a grampeação de produtos


com falta ou excesso de elementos existe,
antes do cabeçote grampeador, um detetor
de espessura de produto. Os produtos defei-
Figura 137: configuração de alceadeira (Heidelberg) tuosos são rejeitados antes da guilhotina e
podem ser novamente alceados. Produtos
Quando o número de gavetas é insufici- não-alinhados também são desviados nesta
ente, alguns cadernos podem ser pré-alcea- seção por um dispositivo apropriado. Um
dos, produzindo cadernos com 20, 22 ou 24 sinal luminoso ou sonoro avisa o operador
páginas (cadernos desbalanceados) ou 32, quando ocorrem falhas.
48 ou 64 páginas (cadernos múltiplos). Os cabeçotes são alimentados de ara-
Encartes soltos também podem ser in- me por carretéis, dispostos sobre ou ao lado
seridos a partir das gavetas, com o auxílio de do grampeador. O grampo é formado a partir
ar comprimido, antes do grampo. Eletricidade do corte de um pedaço do arame, que é intro-
estática ou pingos de cola prendem os en- duzido na seção de formação e, em seguida,
cartes no caderno apropriado. empurrado contra a lombada do produto.
As gavetas dispõem de sensores ele- Após perfurá-la, o grampo é prensado contra
tromecânicos ou fotocélulas para controlar a um bloco dobrador, para dobrar suas pernas
alimentação dos cadernos. Se um caderno com as pontas orientadas em sentidos opos-
falhar numa das gavetas, o produto é rejeitado tos (fig.139).
sem parar a máquina.
O abastecimento das gavetas geral-
mente é feito de forma manual, com o muni-
ciador desmanchando os fardos prensados,
ajeitando os maços de cadernos e colocando-
os na gaveta. Esta solução atende as neces-
sidades da maioria das tiragens, mas, em
casos de tiragens excepcionalmente altas,
dispositivos de abastecimento automático
podem ser instalados (fig.138).

Figura 139: cabeçote grampeador (Müller Martini)

O tamanho da coroa (a parte visível do


grampo na lombada) é determinado pelo de-
senho do equipamento. A profundidade do
grampo (comprimento das pernas) pode ser
Figura 138: abastecimento automático (Müller Martini) ajustada conforme a espessura do produto.

118
Guilhotina trilateral encaminhados para a seção de cintagem e,
daí, podem ser empilhados em estrados para
A operação de refile consiste em cortar a expedição.
o produto em seu formato final. O corte tri-
lateral abre as dobras da frente, do pé e da
cabeça do produto e remove o excesso de
papel. Os produtos são transportados por
esteiras até o alimentador da guilhotina trila-
teral, onde roletes pressionadores removem
o ar aprisionado e compactam as dobras. Ao
entrar na unidade de corte, um mecanismo
margeia os produtos e os mantêm presos
contra um batente; então, a borda frontal é
presa e a faca correspondente faz o primeiro
corte. A seguir, são transportados para a uni-
dade de refile do pé e da cabeça.
Quando duas ou mais publicações são Figura 141: empilhador/compensador (Müller Martini)
produzidas em paralelo, facas separadoras
adicionais são utilizadas. Geralmente a es- 5.5 Acessórios
pessura máxima de refile nestas guilhotinas
é de 15 mm. (fig.140). Os acessórios e equipamentos auxilia-
res servem para conferir maior versatilidade
aos equipamentos e eliminar etapas no pro-
cesso, visto que são acoplados em-linha.

5.5.1 Alimentador de capas

Este dispositivo vinca e dobra capas


automaticamente, alimentando-as na corrente
de transporte. A unidade é localizada após a
Figura 140: guilhotina trilateral (Heidelberg do Brasil)
última gaveta de cadernos e antes da seção
Empilhador/compensador de inspeção de produtos. Roletes de vinco e
prensagem dão acabamento à dobra da
Este dispositivo, que geralmente é for- lombada. (fig.142).
necido como opcional, substitui de 4 a 5 auxi-
liares na operação de empacotamento, em
velocidades de até 6 mil exemplares/hora.
Acima desta produção, este dispositivo pas-
sa a ser obrigatório.
O empilhador/compensador, como diz
o nome, acumula produtos em quantidades
previamente definidas, e monta maços, inver-
tendo a posição da lombada, para evitar a
deformação do pacote final (fig.141). A con-
tagem da produção também é realizada nesta Figura 142: alimentador de capas (Heidelberg do
etapa. A seguir, os pacotes formados são Brasil)

119
5.5.2 Insertadora rando-as por código postal, as quais são
empacotadas em grupos. Estes equipamen-
As insertadoras fixam encartes em pro- tos são úteis quando as linhas automáticas
dutos por meio de adesivos; cartões, cupons, de encadernação não possuem este recurso.
sachês, volantes, envelopes, folhetos e outros (fig.144).
materiais são facilmente presos à primeira
ou à última página do caderno de revistas e
livros. Maiores detalhes no capítulo 8: Eno-
brecimento.

5.5.3 Outros acessórios

Perfuradores de múltiplos furos utilizam


matrizes de 2 ou 4 punções para perfurar
folhetos, calendários e livretos, após o refilo
trilateral, minimizando o tempo e o custo da
perfuração fora-de-linha (fig.143). Figura 144: classificação postal (Müller Martini)

Sistemas de remoção de aparas dota-


dos de dispositivos de transporte pneumático
de pressão, positiva ou negativa, removem o
pó e as aparas de papel, conduzindo-os para
uma central de aparas, de onde serão poste-
riormente descartadas.

5.6 Solução de problemas nas


grampeadeiras
Figura 143: perfuração (Heidelberg do Brasil)
Embora muitas vezes os problemas que
Equipamentos automáticos de classifi- ocorrem nas grampeadeiras e as soluções
cação postal reduzem os custos de postagem encontradas sejam muito dependentes da
através de leitura de etiquetas impressas ou tecnologia instalada no equipamento, algu-
coladas nas capas das publicações, sepa- mas situações são comuns a todos.

120
5.6.1 Problemas na alceadeira

a lc e a d e ira

p ro b le m a causa s o lu ç ã o

ve ri fi c a r o s c o m p re s s o re s

vá c uo d o s i s te m a d e a lim e nta ç ã o e s tá ve ri fi c a r e ntup im e nto o u d a no s na s


fa lha na
d e fi c i e nte c hup e ta s d e s uc ç ã o
a li m e nta ç ã o
d o c a d e rno
ve ri fi c a r e ntup i m e nto o u va za m e nto s
na g a ve ta
no s tub o s d e a li m e nta ç ã o

p o s i ç ã o d a b a rra d e c hup e ta s m ui to b a i xa a jus ta r a p o s iç ã o d a b a rra d e c hup e ta s

e s q ua d ro e s tá m ui to b a i xo a jus ta r a p o s i ç ã o d o e s q ua d ro

c a d e rno c a i a um e nta r a p re s s ã o d a s ro d a s d e
p re s s ã o d a s ro d a s d e tra ns p o rte i ns ufic i e nte
fo ra d a tra ns p o rte
c o rre nte d e
p i nç a d e a li m e nta ç ã o d o c a d e rno e s tá s e m a jus ta r a p re s s ã o na p i nç a d e
tra ns p o rte
p re s s ã o a li m e nta ç ã o d o c a d e rno

p o s i ç ã o d a p i nç a d e a b e rtura d o c a d e rno
a jus ta r a p inç a d e a b e rtura d o c a d e rno
e s tá m ui to a b e rta

5.6.2 Problemas no alimentador de capas

a lim e n ta d o r d e c a p a s

p ro b le m a causa s o lu ç ã o

vá c uo d o s is te m a d e
ve rific a r o s c o m p re s s o re s
a lim e nta ç ã o e s tá d e fi c ie nte

ve ri fic a r e ntup im e nto o u d a no s na s


ve rific a r e ntup im e nto o u c hup e ta s d e s uc ç ã o
fa lha na a lim e nta ç ã o d a c a p a d a no s na s c hup e ta s d e
ve rifi c a r e ntup im e nto o u
s uc ç ã o
va za m e nto s no s tub o s d e
a lim e nta ç ã o

p o s i ç ã o d a b a rra d e c hup e ta s a jus ta r a p o s iç ã o d a b a rra d e


m uito b a ixa c hup e ta s

d im i nuir a p re s s ã o d o vá c uo
a s c hup e ta s p e g a m m a i s d e vá c uo d o s is te m a d e
um a c a p a a lim e nta ç ã o e s tá m uito fo rte
p o s ic i o na r a s a g ulha s d e s e p a ra ç ã o

p re s s ã o d a s p inç a s d e s i g ua l a jus ta r a p re s s ã o na s p inç a s

p e g a d a d a s p inç a s
a d o b ra d a c a p a e s tá to rta a jus ta r a p o s iç ã o d a s p inç a s
ins ufic i e nte

a tra s o na li b e ra ç ã o d o vá c uo re g ula r o te m p o d e vá c uo

a d o b ra d a c a p a e s tá fo ra d o c a p a e nro s c a nd o na s g uia s
a jus ta r a p o s iç ã o d a s g uia s la te ra is
vi nc o la te ra is

121
5.6.3 Problemas no controle de espessura do produto
espessura do produto

problema causa solução

a roda de medição está


o controle de espessura não
desalinhada em relação à roda alinhar as rodas pelos seus centros
reconhece cadernos finos
inferior

5.6.4 Problemas no cabeçote grampeador

grampeador

problema causa solução

rodas de avanço estão sem aumentar a pressão nas rodas de


o arame não está avançando
pressão avanço

rodas de avanço com muita diminuir a pressão nas rodas de


o arame está muito amassado
pressão avanço

corte irregular do arame faca de corte cega trocar ou afiar a faca

o grampo permanece aberto matriz de dobra está muito baixa levantar a matriz de dobra

propulsor pode estar quebrado nas


trocar o propulsor
pontas

o grampo está quebrado regular a altura das asas do


asas do dobrador desreguladas
dobrador

tamanho do arame é curto aumentar o tamanho do arame

5.6.5 Problemas na guilhotina trilateral


trila te ra l

p ro b le m a cau sa s o lu ç ã o

a rra s ta d o re s d a c o rre nte d e


a li nha r o s a rra s ta d o re s
e ntra d a e s tã o d e s a li nha d o s

d i fe re nç a d e p re s s ã o e ntre a s a jus ta r a p re s s ã o e ntre a s


o c o rte e s tá fo ra d e e s q ua d ro
c o rre i a s d e e ntra d a c o rre i a s d e e ntra d a

o s e s q ua d ro s e s tã o fo ra d e a jus ta r a p o s i ç ã o d o s
p o s iç ã o e s q ua d ro s c o m o g a b a ri to

122
5.6.6 Sangramento no refile trilateral

sangramento

causas soluções

a variação de dobra está acima do especificado substituir os cadernos defeituosos

a margem de refile deve ser de no mínimo 3 mm.


Para papéis muito espessos e pesados, como os
a margem de refile está muito justa para a papéis revestidos acima de 115 g/m2 a margem
espessura do produto de refile deve ser de pelo menos 5 mm
fazer um boneco antes de produzir o produto e
verificar a margem mínima de refile necessária
a imposição das páginas não levou em conta a
compensação do deslocamento da imagem entre fazer um boneco do produto antes da produção e
o caderno mais externo e o mais interno, que compensar na montagem o deslocamento
pode chegar a mais de 5 mm, dependendo do observado
papel e da quantidade de cadernos

as facas de corte estão cegas trocá-las por um conjunto novo e afiado

o ângulo de corte das facas está incorreto (muito trocar as facas por um conjunto com o ângulo de
obtuso), provocando um corte maior do que o corte recomendado pelo fabricante do
esperado equipamento
assegurar que os cadernos fiquem alinhados pela
os cadernos não estão perfeitamente alinhados no cabeça, junto ao esquadro da corrente de
momento do grampeamento transporte, antes de receberem os grampos na
lombada

123
124
Encadernação com
lombada quadrada

125
Divisor 6
livros com lombada quadrada
acervo da Biblioteca Mário de Andrade

126
Capítulo 6
Encadernação com
lombada quadrada

6.1 Introdução 6.2 As variáveis do processo


de encadernação com
O processo bastante utilizado na enca- lombada quadrada
dernação de livros, revistas, listas e catálo-
gos, conhecido como lombada quadrada, Os fatores críticos do processo podem
envolve a aplicação de um ou mais adesivos ser resumidos nos seguintes itens:
sobre a lombada refilada, perfurada ou costu-
rada que recebe, na seqüência, uma capa  o papel
de papel ou de papel-cartão. Esta tecnologia  a tinta
também é conhecida pelos diversos tipos de  a imposição de páginas
preparação da lombada do caderno, tais  o corte linear
como: fresado, burst, slot e outros.  a dobra
De maneira geral, durante o projeto de  o manuseio e a estocagem dos cadernos
um produto gráfico, as variáveis de processo  a capa
do acabamento gráfico não são levadas em  os adesivos
consideração, fato que invariavelmente pro-  os métodos de preparação da lombada
voca conseqüências traumáticas nesta fase,  os métodos de encadernação
como impossibilidade de executar a dobra  a colagem lateral
prevista, excesso de rugas nos cadernos,  a aplicação da capa
deformações do miolo ao receber a cola,
capa muito fina ou muito grossa em relação 6.2.1 Papel
ao miolo, riscos diversos, processamento
manual em lugar do automatizado previsto e A qualidade do papel é um dos princi-
muitas outras não-conformidades observa- pais fatores influentes na encadernação com
das no dia-a-dia nas salas de acabamento lombada quadrada. Apenas algumas poucas
das gráficas. informações sobre a qualidade dos papéis
Visando minimizar estas ocorrências, permitem ao usuário elaborar uma produção
apresenta-se, a seguir, uma descrição das sem riscos, embora exista um amplo espectro
principais variáveis do processo de encader- de tipos e processos na produção do papel.
nação com lombada quadrada, seus eventos Muitos resultados de pesquisas, bem
de controle e, por fim, um sistema simplifica- como a experiência de instituições confiáveis
do de controle estatístico de processo para estão disponíveis, todavia, não são suficien-
auditar a qualidade dos produtos acabados. temente usadas na prática.

127
A experiência acumulada deve ser totalmente por fibras recicladas não é ade-
usada em conjunto: teoria e prática. quado para a encadernação com lombada
quadrada devido a sua baixa adesividade.
Características do papel
Cargas
O papel é composto basicamente de
fibras de celulose entrelaçadas. O pequeno Os pequenos espaços entre as fibras
espaço entre as fibras é preenchido com são preenchidos com cargas minerais como
cargas minerais, dependendo da finalidade caulim, carbonato de cálcio, talco etc., visan-
de cada tipo de papel. do aumentar a opacidade do papel e obter
A prática demonstra que o pré-requisito uma superfície mais fechada possível. Estas
para uma boa encadernação com lombada cargas dificultam a colagem e são difíceis
quadrada é ter um papel com mais fibras e de remover no processo de preparação da
menos cargas. lombada. Papéis com maior teor de carga
A qualidade da encadernação é afeta- mineral são menos adequados à encader-
da pelas seguintes características do papel: nação com lombada quadrada. Papéis com
 tipo de fibra maior teor de cinzas oferecem menor resis-
 cargas tência à dobra e, portanto, possuem menor
 colagem interna ângulo de recuperação elástica. O maior
 espessura e gramatura conteúdo de umidade favorece a formação
 sentido de fibra da dobra, com baixa força de recuperação.
 qualidade da superfície
Colagem interna do papel
Tipo de fibra
O papel para impressão ofsete deve ter
As fibras de celulose usadas na produ- colagem interna e superficial, para reduzir a
ção do papel podem ser classificadas como: absorção e facilitar, desta forma, a impres-
 longa: comprimento médio de 2 a 5 mm são e a escrita. Os papéis para escrever são
 curta: comprimento médio de 0,5 a 1,5 mm geralmente colados só na superfície; já os
No Brasil, geralmente se usa papéis papéis ofsete são colados internamente e na
para impressão feitos a partir de celulose de superfície, melhorando sua estabilidade
fibra curta, proveniente do eucalipto. Os dimensional, a resistência ao rasgo, a printa-
papéis de fibra longa, derivada do pinus, são bilidade e reduzindo a tendência ao despren-
geralmente usados na fabricação de emba- dimento de pó.
lagens, sacolas etc.
Existe uma relação de dependência en- Espessura e gramatura
tre o tipo de fibra do papel e a habilidade
para a colagem. Os papéis com fibra longa Os papéis não-revestidos têm grama-
são mais facilmente colados do que os tura menor em relação aos papéis revestidos
papéis de fibra curta, porque seu corpo não de mesma espessura. A gramatura não
é destruído na preparação da lombada e por determina necessariamente a espessura do
possuírem menor quantidade de carga mine- papel, mas sim o seu volume específico, ou
ral. Papéis reciclados dependem da quanti- corpo (bulk). Gramaturas maiores e maiores
dade de fibras recicladas na mistura; quanto espessuras tornam o papel mais rígido e isto
maior a quantidade, menor a capacidade de provoca uma tensão maior na camada de
aderência dos adesivos. Um papel composto adesivo na lombada. Como regra geral, não

128
se deve utilizar papéis para o miolo com gra- (a) ao segurar entre os dedos duas tiras re-
matura acima de 130 g/m2. tangulares de papel, cortadas nas direções
vertical e horizontal da folha, a tira com sen-
Sentido de fibra tido de fibra paralelo ao lado menor sofrerá
maior curvatura (fig.146).
O sentido de fibra é de extrema impor-
tância para a encadernação com lombada
quadrada, mas costuma ser ignorado pelos
projetistas gráficos.
As páginas devem ser impressas de
maneira que o sentido das fibras fique
sempre paralelo à lombada do caderno. Os
produtos confeccionados com o sentido de
fibra perpendicular à lombada apresentam
páginas mais rígidas, mais difíceis de virar
e mais onduladas, provocando uma tensão
maior na camada do adesivo, além de faci-
litar a penetração de adesivo entre as pági-
nas. Esta característica torna-se crítica em
papéis revestidos com área de impressão Figura 146: sentido de fibra do papel
muito próxima à lombada. As forças de recu- (b) ao umedecer um dos lados de um pedaço
peração de dobra são menores nas dobras de papel, ocorre encanoamento na direção
paralelas à fibra do papel do que nas dobras paralela ao sentido de fibra.
perpendiculares, pois as fibras permanecem (c) ao rasgar o papel nas direções vertical e
intactas (fig.145). horizontal, este rasga mais facilmente e de
maneira mais uniforme no sentido paralelo
às fibras (fig.147).

Figura 145: sentido de fibra do papel

Deve-se evitar a mistura de cadernos


com diferentes sentidos de fibra, pois podem
provocar alterações no formato (sentido pé-
cabeça ou lombada-frente) após o corte final.
Isto é explicado pela propriedade das fibras Figura 147: sentido de fibra do papel
de celulose de aumentarem ou diminuirem o
seu diâmetro de quatro a cinco vezes mais (d) com papéis de alta gramatura e cartões,
que o seu comprimento, quando absorvem o sentido de fibra pode ser determinado pela
ou perdem umidade do ou para o ambiente. resistência à dobra em ambas as direções;
Para determinar o sentido da fibra do papel a menor resistência à dobra é paralela ao
existem os seguintes testes práticos: sentido das fibras.

129
Qualidade da superfície do papel tip o d e p a p e l g ra m a tu ra c o la g e m

A melhoria da superfície do papel favo- a té 9 0 g /m 2 bo a


rece o aumento da qualidade de impressão,
c uchê b rilho L 2 até 11 5 g /m 2 s ufic iente
mas papéis revestidos não são eficientes
para a encadernação com adesivos. Nos últi- a c im a d e 11 5 g /m 2 crítica
mos 30 anos, a espessura da camada cuchê
a té 1 0 0 g /m 2 bo a
praticamente dobrou, causando alterações
profundas no processo de encadernação c uchê fo sco L 2 a té 1 3 5 g /m 2 s ufic iente
com lombada quadrada.
a cim a d e 13 5 g /m 2 crítica
A camada cuchê brilhante ou fosca, por
ter base mineral, não se constitui em suporte a té 1 0 0 g /m 2 m uito b o a
de boa colagem. Outro fator que afeta a cola-
gem é a característica termoplástica da tinta não -re ve stid o a té 1 3 5 g /m 2 bo a

cuchê. O calor gerado na preparação da a cim a d e 13 5 g /m 2 c rítica (*)


lombada causa a plastificação dos aditivos
da camada cuchê, praticamente selando a 1 00 % re cicla d o ina de q uad a
borda do papel.
re ciclad o p o uc o re c ic la d o s ufic iente
Dependendo do tipo de superfície, o pa-
pel pode ser mais ou menos adequado à m uito re c ic la d o frac a
encadernação com lombada quadrada. Os
(*) papéis com baixa lisura e alta porosidade
problemas que costumam acontecer no pro-
podem ser usados com boa colagem. A
cesso podem ser divididos entre os mate-
tabela leva em conta que a direção da fibra
riais e as tecnologias dos equipamentos.
deve ser sempre paralela à lombada.
Devido à ampla gama de suportes e
processos de impressão, ainda existe muito
6.2.2 Tinta
risco e pouca confiabilidade sobre a capa-
cidade de adesão. A prática mostra que uma
A constituição físico-química das tintas
clara separação de papéis que são mais
e dos vernizes interfere diretamente na enca-
adequados ou não à colagem é muito difícil
dernação com lombada quadrada. As tintas
de estabelecer devido às características
para impressão ofsete são compostas de
complexas deste processo, pois existem
pigmentos, resinas e aditivos.
diferenças de comportamento entre os diver-
Os pigmentos dão cor e contraste ao
sos tipos de adesivos. De toda forma, uma
impresso, a resina serve para fixar o pigmen-
classificação que leva em conta a gramatura
to ao papel e os aditivos facilitam a transfe-
e o tipo de superfície pode ser tabulada, con-
rência, promovem a secagem, aumentam a
forme mostra a tabela:
resistência à abrasão etc.
Após a impressão, um fino filme de tinta
Regra geral:
se forma na superfície do papel, bloqueando
“papéis mais leves
seus poros, total ou parcialmente. Este filme
e porosos são mais
contém óleos e ceras que irão reduzir em
facilmente
maior ou menor grau, dependendo da área
colados do que
impressa, a colagem das páginas.
papéis mais
A secagem completa do filme de tinta
pesados e fechados”.
impresso em ofsete a frio (coldset) poderá
levar algumas horas, dependendo das condi-

130
ções do ambiente, do tipo de papel, do tipo Na impressão em máquina rotativa com
de tinta, das condições da solução de molha- forno (heatset), os problemas com os óleos
gem e da carga de tinta impressa. Para evitar minerais não existem, se forem totalmente
problemas na encadernação, deve-se deixar evaporados durante a passagem pelo forno.
os cadernos impressos estocados por um Todavia, como o calor reduz muito a umidade
período de 24 a 48 horas. do papel, tem-se os seguintes problemas na
Os óleos minerais, presentes nas tintas encadernação:
para impressão ofsete em papel revestido,  dificuldade de adesão do hot-melt reativo
são os maiores inimigos da boa adesão e, (PUR)
na maior parte dos casos, seu efeito só é  deformação do produto devido à absorção
percebido vários dias ou semanas após a de umidade após a encadernação.
encadernação. Para prevenir problemas, O uso indiscriminado de pó antirrepinte
recomenda-se controlar a carga de tinta im- é outro fator que impede uma correta ade-
pressa, a fim de evitar um excedente de óleo, rência do adesivo na superfície do papel im-
e utilizar adesivos com alta resistência aos presso.
óleos minerais.
Os produtos encadernados com adesi- 6.2.3 Imposição das páginas
vos e que serão embalados em filmes plás-
ticos selados em túneis com aquecimento A imposição ou montagem é a disposi-
aumentarão o risco de defeitos, pois as par- ção na qual as páginas são arranjadas numa
tículas de óleo mineral permanecerão ativas folha impressa e a maneira de fazê-la afeta
por um elevado período de tempo num ambi- diretamente as operações no acabamento.
ente fechado e quente. Esta etapa deve estar baseada em
Excetuando-se as resinas de poliure- experiências anteriores e depende do amplo
tano (PUR), não existe um adesivo hot-melt conhecimento dos processos de impressão
totalmente resistente ao óleo mineral. e de acabamento envolvidos.
A tabela abaixo mostra a influência da Se a primeira regra na encadernação
presença do óleo mineral, ao longo do tempo, com lombada quadrada é ter o sentido de
na qualidade da encadernação. Estes testes, fibras do papel sempre paralelo à lombada,
efetuados pela FOGRA, mostram que uma a segunda regra é: menos cadernos e
superfície totalmente impressa em papel maior paginação.
revestido poderá ter sua eficiência de cola- Deve-se aproveitar a capacidade má-
gem reduzida em até 70% após algumas xima das impressoras e reduzir o número de
semanas. cadernos a ser manuseados. Isto reduz o
desperdício de papel e o número de gavetas
resistência à
evento necessárias à encadernação; portanto, o
tração (N/cm)
equipamento é mais barato e o tempo neces-
papel revestido sem impressão 7,3 sário para a impressão e a dobra é reduzido.
papel revestido impresso na Com menor número de cadernos, menor é a
4,9
lombada probabilidade de paradas no alceamento e
papel revestido impresso na maior a produtividade na encadernadora.
lombada após três semanas (23oC 3,1 Uma maior paginação por caderno
e 50% UR) pode causar rugas e deslocamento das pá-
papel revestido impresso na ginas internas (empuxo). Para minimizar as
lombada após seis semanas (23oC 2,1 rugas, deve-se escolher a configuração ade-
e 50% UR)
quada de dobradeira, dando preferência às

131
dobras paralelas em relação às cruzadas, identificando a pinça da impressora e o
feitas por faca, e utilizando serrilhas. Para margeador.
compensar o deslocamento, recomenda-se Os limites de formato das máquinas
fazer um boneco para determinar a nova impressoras e das máquinas de acabamento
posição de cada página. Esta compensação devem ser observados. Encartes de duas
deve ser aplicada no traçado de montagem páginas são difíceis de colar e nunca devem
de filmes ou nos programas eletrônicos de ser o primeiro ou o último caderno, pois o
imposição (CTP). transporte do miolo ao longo do processo de
Existem algumas situações onde a lom- encadernação invariavelmente levará à per-
bada não é paralela à fibra, a menos que a
da de uma parte destes encartes e, quando
perda de papel seja muito grande. Este é o
processados em máquinas automáticas de
caso de produtos com formato fechado 205
alta velocidade, devido ao seu baixo peso,
x 275 mm, impressos em ofsete plana com
largura de 1040 mm e acabamento em lom- simplesmente voarão.
bada quadrada. Este caderno terá 16 pági- Os cadernos complementares à pagi-
nas, para um formato de folha de 570 x 870 nação, tais como 8 páginas e 4 páginas,
mm, e a imposição indicada na fig.148. deverão ser posicionados como cadernos
intermediários, para melhor colagem. Um en-
carte que seja menor que o miolo também
não deve ser o primeiro ou o último caderno,
pois irá prejudicar a colocação da capa.
No traçado da capa, recomenda-se
deixar uma reserva no pé de pelo menos 5
mm, para evitar o sangramento da cola após
o encapamento, senão o adesivo irá sujar o
produto e o equipamento.
Algumas encadernadoras possuem
restrições a tipos de dobras e cartões res-
posta, portanto, é preciso certificar-se com
o operador da máquina antes da montagem.
Figura 148: imposição das páginas x sentido de fibra do
papel Dobras invertidas, com folhas fechadas à
direita, no pé do caderno, não podem ser en-
As margens mínimas para refile e fresa cadernadas automaticamente, pois o trans-
são de 3 mm e a margem de pinça deve ter porte dos cadernos é feito pela dobra da
10 mm. No caso de impressão rotativa, este cabeça, no sentido esquerda/direita.
produto terá a fibra paralela à lombada. Deve-se evitar cadernos com fibra
Deve-se evitar a montagem de cader- perpendicular à lombada nas extremidades
nos cuja espessura ultrapasse a 2,5 mm, pois do miolo, pois, nesta região, a camada de
certamente haverá problemas na dobra, na cola tende a ser mais fina e o caderno solta-
costura com linha e na encadernação. se mais facilmente.
A lombada pode ser identificada com O evento de controle de processo, nesta
o número do caderno e o nome da obra. É fase, é uma prova heliográfica, no caso de
recomendável disponibilizar para o impres- filmes, ou uma plotagem, no caso de CTP.
sor e o operador do acabamento uma folha Recomenda-se conferir as margens de refile
traçada e um boneco do produto dobrado, e a paginação de cada caderno.

132
6.2.4 Corte linear rachas de pressão, desgaste dos rolamentos
e perda de pressão das molas.
O corte é usualmente a primeira opera- Para controlar a variação da dobra, em
ção antes da impressão e requer precisão dobradeiras de folhas ou em máquinas rota-
na sua execução. Ver capítulo 2 para maiores tivas, deve-se utilizar sempre as marcas es-
detalhes e informações. calonadas (fig.149). Para cadernos a ser
encaixados, a marcação deve estar na cabe-
6.2.5 Dobra ça do caderno e, para cadernos alceados, a
marcação é feita na lombada. No caso de
A dobra é a operação que geralmente encartes de quatro páginas
causa os maiores problemas no acabamen- em miolo costurado, estes
to, pois, nesta fase, a folha da impressora devem ser encaixados em
plana ou um pedaço da banda de papel da outro caderno e não devem
rotativa transforma-se no caderno para o a- ser o primeiro ou o último
cabamento final. caderno no miolo.
As folhas impressas devem ser coloca- Figura 149: marcas escalonadas
das no alimentador da dobradeira com o mar- na lombada
geador da impressora como esquadro frontal
e o lado da pinça como esquadro lateral. Tanto para cadernos provenientes de
Deve-se evitar o refile desnecessário rotativas como para dobradeiras de folhas,
da folha impressa, pois a precisão da dobra é fundamental que estes cadernos estejam
tende a diminuir nestes casos. É importante bem prensados e amarrados em pacotes. Ver
assegurar-se que a tinta esteja absolutamen- capítulo 3, para maiores detalhes e informações.
te seca antes da dobra, para evitar o acú-
mulo nos rolos de dobra, que suja a folha, 6 .2 .6 M an us ei o e es to ca ge m do s
dificulta a dobragem e causa a conseqüente cadernos
perda de material, além de provocar a parada
da máquina para limpeza. O manuseio dos cadernos, quando feito
O excesso de pó antirrepinte também incorretamente, pode causar uma redução
adere na rolaria, causando o deslizamento de até 50% no desempenho de uma enca-
das folhas e a variação da dobra, como dernadora automática, devido a cadernos
também causa uma parada extra de máquina mal prensados, amassados e deformados.
para limpeza. Os elementos de prensagem devem ter
O dobrador deve ser consultado sobre o mesmo formato do caderno, para propor-
as dobras não usuais ou de alta paginação, cionar a pressão adequada. Estes elemen-
a fim de evitar problemas com rugas ocasio- tos devem ser rígidos o suficiente para não
nadas pelas bolsas de ar. se deformarem no instante da prensagem e
O controle da regulagem dos rolos evita permitir um empilhamento adequado, além
rugas, rasgos e marcas devido ao excesso de ser o mais leve possível, para facilitar o
de pressão, e dobras tortas devido à pouca manuseio e não onerar os custos.
pressão. Recomenda-se utilizar os gabaritos O empilhamento no palete deve ser feito
próprios das dobradeiras para garantir a de tal modo que os fardos superiores não
pressão correta. Se não estiverem funcionan- danifiquem os fardos inferiores. A tensão de
do corretamente, é preciso verificar a causa amaração deve ser tal que não permita que
e reparar o problema. Geralmente, os pro- os cadernos do interior do fardo possam ser
blemas são causados por desgaste das bor- movimentados (fig.150).

133
 facilidade para vincar
 resistência à delaminação
 resistência ao refile
 resistência à dobra
 características da superfície e sentido da
fibra
Figura 150: cadernos mal acondicionados (E) e  gramatura
pacotes bem amarrados (D)
Facilidade para vincar
No empilhamento de paletes é preciso
assegurar que o palete superior esteja perfei-
Durante o processo de vincagem, as
tamente assentado sobre o palete inferior.
camadas mais externas da capa são tensio-
Os paletes de cadernos não devem ser
nadas (curvatura do vinco) e as mais internas
estocados em ambiente úmido nem exposto
são empurradas em conjunto, formando o
à luz solar, evitando, desta forma, a troca de
vinco; isto causa um estresse considerável
umidade dos cadernos com o ambiente,
no cartão; entretanto, os discos macho e
apesar do fardo prensado protegê-los razoa-
fêmea de vincagem podem ser precisamen-
velmente.
te ajustados para cada espessura de cartão
Cada palete deve ser adequadamente
(fig.151).
identificado, para evitar a mistura indesejada
de produtos na encadernação. Todo o cuida-
do é pouco no manuseio e estocagem, já que
cadernos mal prensados ou em mal estado
são responsáveis por 80% das paradas em
uma linha de encadernação automática.
Como orientação geral, manter a tem-
peratura do ambiente em torno de 22 a 25°C
e a umidade relativa do ar entre 50 e 60%.
Grandes variações de temperatura e umida-
de irão danificar os cadernos e dificultar a
encadernação.
Figura 151: discos de vincagem (MBO - IPP)
6.2.7 Capa
Um ajuste incorreto pode causar a que-
As capas de brochuras são constituí- bra da superfície, principalmente em cartões
das de cartão, cartolina ou papel espesso, revestidos e envernizados. Como regra ge-
que podem ser impressos, gravados, enver- ral, as curvaturas 2 e 3 (positivas) ficam do
nizados ou laminados, contendo de 2 a 8 lado de fora da capa, já os vincos ornamen-
vincos. A capa é geralmente refilada com o tais 1 e 4 ficam do lado de dentro (negativo).
miolo do livro, mas, nas capas com orelhas, Já que as ferramentas de vincagem são
o miolo deve ser primeiramente refilado na montadas em eixos diferentes, vincos posi-
parte frontal. tivos e negativos podem ser produzidos con-
A capa protege e fornece estabilidade forme a necessidade de cada trabalho.
ao miolo do livro e, ao mesmo tempo, é o Quanto maior a espessura do cartão da
meio de transporte para o conteúdo. capa maior será a força de recuperação de
Na escolha do material para a capa dobra e, neste caso, um vinco positivo apre-
deve-se levar em consideração: sentará resultados muito melhores para uma

134
dobra feita no mesmo sentido deste vinco do Resistência à delaminação
que um vinco negativo, onde a dobra é feita
no sentido contrário. Isto se deve ao fato das A resistência à delaminação é a habili-
camadas do cartão permanecerem inteiras dade do material da capa de resistir à sepa-
numa dobra com sentido contrário ao vinco ração das camadas que o compõe, durante
negativo, o que possibilita a atuação da força o refile da lombada, nas suas extremidades.
de recuperação da dobra quando cessa o A resistência à delaminação afeta a
movimento de dobragem. formação da dobra na lombada do livro.
Este fator é essencial para o bom Quanto maior a resistência, menor a tendên-
funcionamento do efeito "dobradiça" dos cia de formação de dobras enrugadas.
vincos ornamentais. Quando a dobra é feita Dobras na lombada também podem ocorrer
no mesmo sentido de um vinco positivo, a devido ao excesso de pressão e ao corte
tensão interna no cartão provoca o rompi- inadequado durante o refile trilateral.
mento de suas camadas, anulando, desta Se os cartões forem colados durante o
forma, a força de recuperação de dobra. processo de fabricação, a umidade da cola
Este tipo de vinco pode resolver a tendência
reduzirá a resistência à delaminação. Os
de abertura das orelhas das capas (fig.152).
cartões prensados possuem uma resistência
maior à delaminação.
O uso de hot-melt na colagem da capa
ao miolo ajuda a reduzir, a longo prazo, a re-
sistência à delaminação da capa devido à
migração de seus componentes oleosos.

Resistência ao refile
Figura 152: dobra no mesmo sentido do vinco (E) e dobra
no sentido contrário (D) A resistência ao refile é sinônimo de
corte livre de rebarbas e fibras, sem ruído
pronunciado. Durante o refile, partículas de
A distância entre os vincos deve ser papel, tinta, verniz ou plástico da laminação
precisamente ajustada em relação à espes- podem se desprender da camada do cartão.
sura do miolo do livro. Se for muito grande, Geralmente cartões não-revestidos têm
dobras enrrugadas aparecerão durante o maior resistência ao refile, enquanto cartões
refile trilateral e, se a capa for vincada com mais refinados estão sujeitos a maiores pro-
uma distância muito apertada, a lombada se blemas durante o corte. Facas afiadas são
tornará côncava. absolutamente essenciais para um corte
Nas brochuras com quatro vincos, a limpo.
abertura da capa pode ser melhorada se os
vincos ornamentais 1 e 4 forem aplicados Resistência à dobra
com pressão ligeiramente elevada, caso
contrário, o esforço de abertura poderá Resistência à dobra é a força que se
causar uma ruptura do filme de cola devido opõe à ação de dobragem da folha de cartão
ao aumento de carga entre as páginas 2 e 3. na condição elástica. O sentido de fibra da
Em cartões pesados, com espessa camada capa afeta a alimentação e o transporte na
cuchê, os vincos podem ser feitos em vinca- encadernadora automática, assim como a
deiras fora de linha. vincagem, a dobra e o alinhamento.

135
Se a rigidez do cartão for elevada, pro- e s p e s s u ra d o m io lo g ra m a tu ra d a c a p a (g /m 2 )
blemas de enrosco podem ocorrer no ali-
mentador e no transporte da capa. A rigidez a té 5 m m 1 5 0 - 18 0

do cartão deve ser ajustada ao produto e isto 6 - 10 mm 200 - 220


torna-se problemático quando se deseja uma
capa grossa para um miolo fino, já que a des- 11 - 1 5 m m 250 - 270

proporção entre as duas partes tem um efeito a cim a d e 1 5 m m 300 - 350


negativo na encadernação e na abertura do
livro.
A espessura e a resistência à dobra da
Características da superfície e do capa também devem ser consideradas.
sentido de fibra Particularmente em produtos promocionais,
observa-se o não cumprimento destas regras
É possível uma sólida ligação entre a e, por isso, uma dificuldade maior no manu-
capa e a lombada do livro; o elemento deci- seio das capas. Para capas acima de 200
sivo nesta equação é a superfície interna da g/m2, deve-se usar 4 vincos e colagem lateral.
capa. Enquanto cartões não-revestidos pos-
suem o melhor pré-requisito para uma ótima 6.2.8 Adesivos
combinação, substratos com camada cuchê,
envernizados ou laminados na parte interna Adesivos são materiais não-metálicos
apresentam problemas consideráveis de que têm a característica de unir permanente-
colagem. mente o mesmo ou diferentes materiais pela
As capas envernizadas ou laminadas estabilidade interna (coesão) e pela colagem
devem ser vincadas na lombada e na área superficial (adesão).
de colagem lateral. O sentido de fibra deve As partes a serem coladas são chama-
estar sempre paralelo à lombada do livro, das de substratos ou aderentes. Coesão é a
principalmente quando existir cadernos com força de atração de moléculas semelhantes
o sentido de fibra perpendicular à lombada. devido à força da gravidade. A força da gra-
vidade atua na força de coesão interna de
Gramatura materiais sólidos ou fluidos.
A solidificação interna do filme de cola
A gramatura, junto com a espessura e é determinada pelo atrito das ligações das
a resistência à dobra, é uma variável impor- menores partículas contra elas mesmas. Em
tante na escolha do tipo de capa. Esta deve outras palavras, coesão também pode ser
ser ajustada ao formato e à espessura do chamada de força adesiva no filme de cola.
miolo do livro. Adesão é a força de atração gravitacional
Produtos com capas muito espessas entre moléculas diferentes. A força de ade-
ou rígidas são difíceis de abrir. Durante a são torna-se efetiva na superfície entre o
abertura, a superfície da lombada quebra ou filme de cola e o substrato. A cola líquida
a capa começa a desprender-se da lomba- assenta sobre uma superfície irregular, como
da. As capas flexíveis possuem a necessária num entalhe, naquilo que pode ser chamado
mobilidade na área da lombada. A tabela de adesão mecânica. A colagem em super-
seguinte mostra uma referência de grama- fícies lisas é chamada de adesão específica.
turas em relação à espessura do miolo do Estas forças de adesão, conhecidas
livro. como forças de Van der Waals, são efetivas

136
entre o miolo do livro e o filme de cola, bem o filme de cola aplicado e o substrato. Um
como entre o filme de cola e a capa ou o adesivo disperso ou derretido pode umectar
material de revestimento (fig.153 e 154), mas melhor uma superfície se o ângulo for inferior
apenas em pequenas distâncias. a 20° (fig.155).

específico  papéis não-revestidos e com pouca cola-


gem superficial: boa umectação.
adesão  papéis com boa colagem superficial, cu-
range efetivo range efetivo chê fosco e brilhante: média umectação.
mecânico
de adesão de coesão
 papéis com alta camada cuchê e enverni-
Figura 153: adesão e coesão (Müller Martini) zados: sem umectação.

A tensão superficial do adesivo pode


ser reduzida pela redução da viscosidade ou
pelo aumento da temperatura do líquido ade-
Figura 154: área de contato entre o substrato e o rente. Junto com a tensão superficial, a polari-
adesivo (Müller Martini)
dade da superfície do substrato também
afeta a adesão. A impressão pode ajudar o
O princípio da adesão é a atração mole-
envernizamento. A siliconização altera as ca-
cular resultante de ligações covalentes pri-
racterísticas da superfície tornando-a não-
márias e depende de um contato íntimo entre
polar e dificultando, assim, a umectação.
as superfícies, daí a importância de uma boa
Uma adesão aparente pode ser parcial-
umectação para a aderência do adesivo.
mente alcançada, mas a redução da força
Chama-se umectação a capacidade de
de adesão pode ocorrer após alguns meses
um adesivo cobrir uma área maior possível
como um defeito a longo prazo.
do substrato no momento da colagem. A
O processo de formação do filme de
possibilidade de umectação depende tanto
cola ocorre tanto fisicamente, pela evapora-
da tensão superficial do adesivo quanto da
ção dos materiais de dispersão ou pelo res-
tensão superficial do substrato. O adesivo
friamento do hot-melt, como por uma reação
umecta o substrato apenas se a sua tensão
química. Com a reação química, ocorre a for-
superficial for menor que a do substrato a ser
mação de ligações cruzadas na camada de
umectado. Se a tensão superficial do subs-
hot-melt que, ao contrário da ligação física,
trato for muito alta, o adesivo fica impossi-
não pode ser desfeita (fig.156).
bilitado da umectação e a cola aplicada se
contrai na forma esférica. A umectabilidade
pode ser avaliada pelo ângulo formado entre

Figura 156: formação de ligações cruzadas: reação


química (E) e reação física (D) (Müller Martini)

No processo de colagem, o adesivo


está na forma líquida durante a fase de apli-
cação, seja como dispersão, como hot-melt
ou como solução e, até a formação final do
Figura 155: tensão superficial do adesivo filme, passará pelas seguintes fases:

137
 tempo em aberto do tempo de acabamento, que é o processo
 tempo de ligação de secagem e solidificação do adesivo.
 tempo de espera fechado Nesta fase, o filme de cola alcança a solidez
 tempo de prensagem necessária para o acabamento dos produtos
 tempo de secagem colados, tais como, corte trilateral, empilha-
 tempo de cura mento e embalagem, sem comprometer a
qualidade.
Tempo em aberto
Tempo de cura
É o período de tempo durante o qual a
cola aplicada permanece pegajosa, ou seja, Este é o intervalo de tempo no qual o
ainda não formou um filme fechado. filme de cola alcança a máxima adesão e a
máxima coesão, levando-se em conta a umi-
Tempo de ligação dade relativa do ambiente. Os testes de
resistência nos produtos encadernados com
No fim do período de tempo em aberto, lombada quadrada só podem ser aplicados
a cola aplicada já mostra uma certa união e, após este período de tempo. A resistência
esta fase de formação do filme é chamada final é alcançada após 48 horas, para colas
de tempo de ligação, durante o qual os ma- de dispersão, aproximadamente 24 horas,
teriais devem ser unidos e ainda podem ser para colas hot-melt e acima de 36 horas,
deixados sem pressão. para colas hot-melt reativas.
O tempo de estocagem dos adesivos,
Tempo de espera fechado mantidas as condições especificadas pelo
fabricante para a temperatura e a umidade
Dentre outros fatores, este período de relativa do ar, deve ser a seguinte:
tempo é afetado principalmente pelo tempo
em aberto. O tempo decorrido a partir da  adesivos de dispersão: máximo 6 meses
combinação dos materiais até o início da  adesivos hot-melt: de 6 a 12 meses
prensagem é definido como tempo de espe-  adesivos hot-melt reativos: 6 a 12 meses
ra fechado e não deve ser excedido em
nenhuma circunstância, caso contrário, a Adesivo de dispersão (cola fria)
confiabilidade da adesão não será assegu-
rada. O adesivo de dispersão é um composto
homogêneo constituído de um material sóli-
Tempo de prensagem do, a resina acetato de polivinila (PVAc), dis-
perso num meio líquido, a água, que recebe
Este é o espaço de tempo no qual um amaciante e outros aditivos. A difusão da luz
objeto colado deve ser mantido sob pressão. no adesivo de dispersão faz com que a cola
A extensão e a força da pressão devem ser se pareça com leite, mas, após a secagem,
controladas, para que uma superfície sufi- o filme de cola torna-se transparente.
ciente de contato ocorra entre o filme de cola Geralmente, a composição da cola de
e os substratos. dispersão é 60% de PVAc, 30% de água e
10% de aditivos. Devido à polimerização,
Tempo de secagem moléculas de acetato de vinila ainda estão
presentes nas partículas de PVAc. Estas par-
Imediatamente após a prensagem, tem tículas recebem colóides protetores, como o
início o tempo de secagem, também chama- álcool polivinílico (PVA) ou derivados de

138
celulose, e são mantidas imobilizadas para ção de partículas grossas, resultantes da
que, na fase líquida, não se unam nem se união entre as partículas de PVAc devido à
sedimentem. quebra do colóide de proteção. Esta forma-
Como as substâncias à base de PVAc ção, semelhante ao processo de formação
são quebradiças, recebem um amaciante do filme de cola, é irreversível.
para adquirir a elasticidade necessária ao O consumo de adesivo de dispersão,
processo de encadernação. Os amaciantes dependendo do tipo de superfície do papel,
servem praticamente como agentes desli- da espessura do miolo e do perfil reto dese-
zantes entre grupos individuais de moléculas, jado, geralmente está entre 400 e 600 g/m2
conferindo ao filme de cola a flexibilidade (0,4 a 0,8 mm de espessura do filme de
necessária. O amaciamento pode ser interno, adesivo).
num processo químico chamado copolime- A aplicação do adesivo de dispersão
rização, ou externo, que é um processo físico, é fortemente influenciada pela temperatura
onde os amaciantes agem mecanicamente do ambiente. Para temperaturas abaixo de
entre as moléculas (fig.157). 18°C, a secagem é muito mais lenta e, para
temperaturas acima de 25°C, existe a ten-
dência à formação de pele, por isso, deve-
se filtrá-lo antes da aplicação.
A diluição do adesivo é limitada e de-
pende de instruções do fabricante. Geral-
mente, a diluição máxima é de 3%, sendo
que, acima disto, a perda de viscosidade é
muito grande. Já está disponível no mercado
um novo tipo de adesivo de dispersão, que
é uma dispersão de finas partículas de hot-
melt, com secagem mais rápida que as dis-
persões convencionais e com excelentes re-

van tag en s d a co la fria d esvan tag en s

longo tem po de secagem,


excelente aderência às
em processamento não
fibras do papel
autom ático
excelente característica de alto investimento em
abertura plana (lay-flat) secadores em-linha (IV )
Figura 157: amaciamento por copolimerização: amaciante mantém a borda de
químico (superior) e amaciante físico (inferior) (Müller Martini) colagem um edecida formação de ondas em
cadernos com fibra
boas características para invertida
No processo físico, os amaciantes arredondam ento
podem, em determinadas condições de longo período de vida-útil
calor excessivo do ambiente, migrar para fora do produto acabado limpeza freqüente dos
do adesivo. m enor consum o de cola coleiros
por unidade
Devido à presença de água, os adesi-
vos de dispersão podem sofrer congelamen- m enor preço por kilo
desperdício considerável
to em temperaturas próximas a 0°C e, depen- boa resistência ao frio e devido à form ação de pele
ao calor
dendo do tipo de formulação, o efeito pode
ser irreversível, daí a necessidade de estoca- não em ite vapores
uso limitado com papéis
gem de acordo com as recomendações do permite encadernação revestidos
m anual
fabricante. O congelamento provoca a forma-

139
sultados de adesão em apenas um estágio resfriamento mais rápido da cola e, portanto,
de aplicação. não exige esteiras muito longas, pois reduz
As vantagens e desvantagens dos ade- a sujeira de cola durante o corte trilateral; o
sivos de dispersão são mostradas na tabela risco de queima e carbonização do adesivo;
da página anterior. o consumo de energia; a exaustão de fumos
no ambiente de trabalho; além de reduzir
Adesivo hot-melt significativamente o risco de queimaduras
nos operadores e, ainda, reduzir o resseca-
Os adesivos hot-melt são colas sólidas mento do papel que, por sua vez, diminui as
em temperatura ambiente, isentas de sol- rugas na lombada e a deformação do miolo,
ventes sintéticos ou de água, constituídos de principalmente em papéis com o sentido de
misturas heterogêneas de resinas termoplás- fibra invertido.
ticas sintéticas e aditivos. A formulação bá- A temperatura certa permite ao adesivo
sica inclui uma resina adesiva, uma resina alcançar a viscosidade necessária para uma
coesiva (polímero) e aditivos como ceras, umectação adequada na primeira etapa do
pigmentos e anti-oxidantes. processo de colagem. Como a temperatura
A resina adesiva fornece a pegajosi- afeta intensamente a viscosidade, deve-se
dade (tack), a adesão específica e a visco- manter o intervalo de temperatura sob estrito
sidade. O polímero contribui para a adesão, controle, pois, temperaturas menores fazem
a dureza e a força do filme de cola, a flexibili- aumentar muito a viscosidade, reduzindo a
dade do filme ao frio e a resistência ao calor. umectação, e temperaturas acima do limite
As ceras controlam a viscosidade, o tempo superior queimam as resinas, destruindo sua
em aberto, a velocidade de endurecimento, capacidade de adesão.
reduzem o tack superficial, controlam o tack Correntes de ar em direção ao coleiro
a quente e reduzem a adesão. Os pigmentos devem ser evitadas e também não se deve
têm a função específica de conferir cor ao permitir que a cola fique muito tempo sem
filme de cola. Os antioxidantes retardam o uso na temperatura de aplicação. A tempe-
processo de envelhecimento da cola, aumen- ratura do pré-aquecedor deve estar, como
tando sua resistência à oxidação. Os com- regra geral, entre 30 e 40°C abaixo da tempe-
postos orgânicos naturais dão ao hot-melt ratura de aplicação. Quanto maior o consumo
um tom que varia do amarelo ao marrom. de cola, mais próxima estará a temperatura
Estes adesivos podem ser clareados do pré-aquecedor da temperatura de apli-
com a adição de pigmentos brancos. O hot- cação.
melt pode ser praticamente transparente, A formação do filme de cola ocorre du-
para algumas aplicações, utilizando-se, nes- rante o seu resfriamento e, por isso, o amole-
te caso, resinas sintéticas incolores. O ade- cimento e a solidificação são processos
sivo é fornecido granulado de acordo com o reversíveis, ou seja, se o filme de hot-melt
pré-aquecedor utilizado. aplicado a um produto for submetido a tem-
O intervalo de temperatura de amoleci- peraturas próximas do seu ponto de amole-
mento do hot-melt encontra-se entre 50 e cimento, a adesão do substrato à cola torna-
90°C, enquanto a temperatura de aplicação, se instável. Se o filme de cola hot-melt for
conforme sua fabricação, varia entre 170 e submetido a temperaturas próximas ao ponto
190°C. de congelamento, se tornará quebradiço.
Atualmente, já existe no mercado adesi- Devido à rápida solidificação do hot-
vos com temperatura de aplicação entre 120 melt, a capa ou o material de revestimento
e 140ºC. Esta menor temperatura permite um devem ser aplicados dentro do tempo de

140
abertura. Dependendo da formulação, o tem- Uma produção em-linha eficiente só é
po, nesta fase, varia entre 3 e 40 segundos; alcançada com adesivos hot-melt de seca-
após este tempo, a umectação necessária gem rápida. Os adesivos hot-melt de origem
não será mais alcançada e, conseqüente- animal são utilizados basicamente para a
mente, a adesão não será perfeita. montagem de capas e na colagem do reforço
O tempo de abertura varia conforme a da lombada nas linhas de capa dura, devido
formulação do adesivo, a temperatura de ao seu baixo custo e à baixa temperatura de
aplicação, o volume de adesivo aplicado, a aplicação, entre 50 e 70°C. A tabela apre-
temperatura do produto e a temperatura am- senta as vantagens e as desvantagens do
biente. Se comparado aos adesivos de dis- adesivo hot-melt.
persão, o hot-melt demonstra menor habili-
dade de adesão, porém, uma boa prepara- Adesivos reativos (PUR)
ção da lombada e uma confiável remoção de
pó são de suma importância para uma boa Estes produtos são adesivos hot-melt
colagem. compostos de pré-polímero de poliuretano e
O tipo de papel é o fator decisivo para aditivos, com grupos terminais NCO reativos
se alcançar altos valores de resistência do à água, formando ligações cruzadas e trans-
filme de cola. Papéis não-revestidos ou com formando-se em película duroplástica irrever-
baixo peso de revestimento apresentam sível. Esta característica lhe confere resistên-
menores problemas técnicos na adesão do cia elevada à temperatura, ao congelamento
que os papéis revestidos ou brilhantes. e a solventes.
Devido a esta característica, recomenda-se, O ponto de aplicação situa-se entre 120
antes da escolha do papel, um teste de e 150°C e o adesivo pode ser aplicado em
adesão, para evitar surpresas. coleiros especiais, ou por meio de bicos inje-
tores na unidade de alimentação de capas,
vantagens do hot-melt desvantagens
por exemplo. O filme de cola endurece por
controle rígido da temperatura resfriamento, assim como o hot-melt comum,
alta velocidade de
produção baixa adesão com as fibras pode ser acabado em-linha, tomando-se o
do papel cuidado de não movimentá-lo em demasia,
baixo tempo de abertura do produto é mas alcança sua cura completa somente
resfriamento dificultada pelo efeito grampo
após alguns dias.
reduzida vida-útil do produto Como a reação de polimerização se ini-
devido à baixa flexibilidade do
filme de cola cia ainda na embalagem, é importante verifi-
baixa formação de ondas car com o fabricante qual é o tempo máximo
em cadernos com fibra sensível às tintas de
invertida impressão de estocagem para este adesivo.
reduzida resistência ao frio e
A película de cola do PUR proporciona
ao calor os melhores resultados de encadernação
baixa umectação das folhas nos dias de hoje, sendo indicado nas cola-
externas gens de papéis revestidos ou que exijam alta
não precisa de limpeza emissão de fumos e odor resistência ao manuseio. Apesar de tudo,
manual do coleiro este ainda não é o adesivo ideal.
maior consumo de adesivo
em relação à cola de Um dos problemas do PUR são os va-
dispersão
pores contendo isocianato, que podem ser
maior custo por kg tóxicos se houver um superaquecimento no
lombada sem deformação não permite encadernação coleiro aplicador. Portanto, deve-se evitar
manual
qualquer contato destes fumos com os olhos,

141
a pele e o aparelho respiratório. A tabela aplicação da cola, exceto nos pequenos
abaixo apresenta as vantagens e as desvan- equipamentos de encadernação dotados de
tagens do PUR. apenas uma unidade de refile com facas seg-
mentadas.
van tagens d o PU R desvantagens A profundidade do refile da lombada é
excelente adesão às fibras
longo tem po de cura determinada pela espessura do caderno e
do papel
pela precisão da dobra. É importante inspe-
excelente resistência cionar os cadernos, para verificar a variação
m ecânica do produto elevado custo por kg
acabado da dobra e determinar corretamente a profun-
excelente característica de necessita de aplicador ou didade da lombada a ser cortada. A fig.158
abertura plana (lay-flat) coleiro especial mostra que, se houver cadernos com pagina-
elevada estabilidade ao necessita de treinam ento ções muito diferentes no miolo, deve-se to-
calor e ao frio para equipe operacional
mar cuidado especial com a compensação
elevada vida-útil do necessita de limpeza das páginas do caderno mais fino, pois
produto acabado cuidadosa no coleiro
corre-se o risco de sangrar as suas páginas.
inerte às tintas de exaustão perigosa de
im pressão vapores com isocianato
não provoca penetração longo tem po de avaliação 64 páginas 16 páginas
de cola em páginas da qualidade da
totalm ente impressas encadernação
espessura mínima do filme
de cola (0,2 a 0,3 mm ) corte

corte
6.2.9 Métodos de preparação da lombada

Os métodos de encadernação com lom- Figura 158: profundidade do corte da lombada (Müller
Martini)
bada quadrada podem ser divididos em três
tipos: A margem normal, quando as páginas
estão abertas, é de 3 mm. Se o caderno não
 separação completa da lombada do caderno.
estiver bem prensado, ocorrerá uma defor-
 preparação parcial da lombada do caderno.
mação quando for realizado o refile, o que
 manutenção da lombada do caderno.
provocará a penetração da cola entre as
Separação completa da páginas. Isto só pode ser evitado com uma
prensagem muito bem feita dos cadernos,
lombada do caderno
logo após a dobra (fig.159)
Esta técnica pode ser executada de
duas formas: fresagem e preparação da lom-
bada; sistema Fan flex.

Fresagem
corte corte

A técnica de fresagem da lombada é a abertura entre cadernos caderno mal


prensado

mais freqüentemente usada na encaderna- Figura 159: deformação dos cadernos (mal prensados)
ção com lombada quadrada. As páginas do (Müller Martini)
caderno são separadas completamente pelo
corte da lombada dobrada e, em seguida, O refile da lombada pode ser feito de
recebem uma preparação adicional para a três maneiras:

142
 fresa com facas segmentadas de até 80 mm. O pó deve ser recolhido em
(dust milling head). filtros-manga ou em sistemas de exaustão
 disco de corte (shredder head) pneumáticos. Não se deve deixar resíduos
 duplo disco de corte (twin-shredder head) de pó no sistema de corte pois o aquecimen-
to causado pela fresagem pode incendiá-los.
Fresa com facas segmentadas
Disco de corte
As facas segmentadas são parafusa-
das em um disco de suporte e arranjadas de O disco de corte possui, nas bordas,
tal forma que o corte da lombada seja rugoso, dentes soldados que refilam perfeitamente
expondo fibras de ligação (fig.160). a lombada do caderno, deixando uma super-
fície lisa e homogênea (fig.161).

pó do papel
faca segmentada
refile do caderno

Figura 161: disco de corte (Müller Martini))

Devido a isso, após o corte, é necessá-


rio uma preparação da lombada com outra
ferramenta. A altura máxima de refile é de 5
mm, sendo que a espessura máxima do
miolo é de 60 mm. Produtos espessos e
Figura 160: fresa com faca segmentada (Müller Martini)
altas velocidades de produção necessitam
de disco de corte duplo. A afiação do disco
Geralmente, os pequenos equipamen-
pode ser feita na própria máquina. Não se
tos de encadernação, devido ao pouco espa-
deve deixar os resíduos de refile no sistema
ço disponível, usam esta ferramenta que, ao
de corte pois o aquecimento provocado pela
mesmo tempo, refila e expõe fibras para a
fresagem pode incendiá-los.
colagem, mas é amplamente usada em todos
os tipos de equipamentos de encadernação
Duplo disco de corte
com lombada quadrada.
A afiação da fresa deve ser feita fora
É composto de dois discos, alinhados
de máquina, como um conjunto completo. O
em paralelo, que atacam a lombada do ca-
alinhamento radial das facas deve ser feito
derno na direção perpendicular ao seu deslo-
com gabarito próprio fornecido pelo fabrican-
te. Os parafusos das facas segmentadas
devem ser apertados com um torquímetro, na
tensão recomendada pelo fabricante. A altura
máxima de refile é de 5 mm, sendo que a disco A disco B

espessura máxima do miolo é de 60 mm. Em disco A disco B


casos especiais, para fresas de alta velo-
cidade, chega-se a espessuras de lombada Figura 162: duplo disco de corte (Müller Martini)

143
camento. Cada disco atua em uma das meta- devem estar ajustadas para o tipo de papel
des da espessura total do miolo a ser refilado a ser colado.
(fig.162). A preparação da lombada só será efi-
A altura máxima de refile é de 5 mm, ciente se não provocar o enfraquecimento ou
sendo que a espessura máxima do miolo é a destruição das fibras de ligação na borda
de 60 mm. A afiação do disco pode ser feita do caderno. Além da própria fresa com facas
na própria máquina. segmentadas, existem mais quatro ferra-
Uma variação deste sistema é o duplo mentas para expor a quantidade adequada
disco de corte não-alinhado, em cada lado do de fibras para a colagem:
miolo, cada disco refilando metade do caderno
(fig. 163 e 164).  serra niveladora (levelling saw)
 ranhurador (notched head)
 desfibrador (fiber-rougher head)
 lixadeira (sanding disc)
 escova (ring brush)

Serra niveladora

A serra niveladora é dotada de um gran-


de número de dentes de corte e, como seu
Figura 163: duplo disco de corte não-alinhado
nome diz, esta ferramenta compensa cortes
(Heidelberg do Brasil)
de lombada irregulares ou quando a lomba-
da necessita expor fibras após o refile com
o disco de corte (fig.165).

Figura 165: serra niveladora (Müller Martini))

Figura 164: esquema de refilo do duplo disco de corte O refile máximo é de 1 mm de altura e
não-alinhado (Heidelberg do Brasil) a afiação pode ser feita em máquina. Não
se deve deixar os resíduos de refile no
Não se deve deixar os resíduos de refile sistema de corte pois o aquecimento provo-
no sistema de corte, pois o aquecimento cado pela fresagem pode incendiá-los.
provocado pela fresagem pode incendiá-los.
A preparação da lombada deve ser Ranhurador
adequada ao produto a ser colado e é tão
importante na encadernação quanto a cola Sempre que se deseja um efeito de
aplicada. Todos os métodos de preparação grampo, a ferramenta ranhuradora passa a
servem para otimizar o contato entre a cola ser absolutamente necessária (fig.166). Uma
e o papel, e as várias técnicas disponíveis das aplicações mais comuns são os catálo-

144
gos telefônicos, devido ao seu grande volume Desfibrador
de páginas.
Esta ferramenta foi introduzida no mer-
cado com o objetivo de produzir uma superfí-
cie de colagem mais adequada com papéis
escovas revestidos (fig.168).

ranhurador

Figura 166: ranhurador (Müller Martini)


vídea
desfibrador anel de escovas
Para os sistemas de colagem com
PUR ou dois estágios com emulsão e hot-
melt, por exemplo, o ranhurador não pode ser
aplicado, pois reduz a qualidade da cola-
gem com a destruição das fibras. O ranhu-
rador só deve ser usado quando for estrita-
mente necessário e seja assegurado que as
canaletas da ranhura sejam completamente
Figura 168: desfibradores (Müller Martini)
preenchidas pela cola, para evitar as des-
vantagens do efeito da perfuração.
A distância entre as canaletas deve ser O desfibrador deve sempre ser usado
de, pelo menos, 4 mm e a profundidade deve após o refile da lombada pela fresa com
estar entre 0,3 e 1,5 mm. A distância entre facas segmentadas ou pelo disco de corte
as canaletas é obtida pela variação da velo- e, também, após o tratamento feito pela serra
cidade de rotação da ferramenta ou pelo niveladora e pelo ranhurador.
número de facas ranhuradoras utilizadas
(fig.167).
0,3 - 1,5 mm

6 - 8 mm

fibras expostas

Figura 167: dimensões das ranhuras e distância entre as


canaletas

A distância ideal deve estar entre 6 e 8


mm. O ranhurador é inclinado em 15° em
relação à lombada, para que a toque apenas
uma vez. Não se deve deixar os resíduos de
refile no sistema de corte pois o aquecimento
provocado pela fresagem pode incendiá-los. Figura 169: desfibramento (Müller Martini)

145
Com o desfibrador não se percebe a Não se deve deixar os resíduos de refile no
formação de manchas na camada cuchê ou sistema de corte pois o aquecimento provo-
de cargas na lombada, além de uma melhor cado pela fresagem pode incendiá-los.
preparação da lombada dos cadernos
posteriores, devido à rotação contrária desta Escova
ferramenta (fig.169).
As facas de corte têm suas pontas As escovas, em geral, são combinadas
revestidas com vídia, o que garante uma com o desfibrador, o ranhurador ou a lixadeira
longa vida-útil para desfibrar papéis reves- e fazem a última operação antes da aplica-
tidos. Não se deve deixar os resíduos de ção da cola. As escovas são constituídas de
refile no sistema de corte pois o aquecimento cerdas de fibra de náilon ou de aço, as quais
provocado pela fresagem pode incendiá-los. são utilizadas tanto para remover os restos
de papel da preparação, quanto otimizar a
Lixadeira exposição de fibras da lombada (fig.171).

A lixadeira tem partículas de vídia


pulverizadas em sua superfície (fig.170).

resíduos de papel

Figura 171: escova (Müller Martini)

Uma boa encadernação só será alcan-


çada se nenhum resíduo de pó de papel
permanecer na lombada. Não se deve deixar
os resíduos de escovação no sistema de
preparação da lombada, pois o aquecimento
provocado pela fresagem pode incendiá-los.
Figura 170: lixadeira (Müller Martini)

A lixadeira pode ser usada para nivelar


e expor fibras no lugar da serra niveladora.
Na preparação da lombada de livros de
bolso, geralmente feitos com papéis de alto
corpo e/ou baixa gramatura, pode-se utilizar
duas lixadeiras, girando a favor e contra o
deslocamento do miolo. Com papéis de gra-
matura maior e bem mais colados, a lixadeira
tem pouca utilidade. Sua principal desvan-
tagem é o aparecimento de manchas na
lombada causadas pela mistura de fibras,
cargas e revestimento, pois sua superfície é Figura 172: ferramenta combinada: fresa com faca
rapidamente impregnada destes materiais. segmentada-ranhurador (Müller Martini)

146
Para encadernadores com espaço limi- ção para que a lombada tenha a qualidade
tado, utilizam-se estações de preparação adequada a uma boa encadernação.
combinadas, com duas ou três ferramentas
montadas em conjunto (fig.172). Tipo de papel

A escolha das ferramentas e suas com- Como visto anteriormente, o papel re-
binações na preparação da lombada depen- vestido requer um cuidado especial na pre-
de dos seguintes fatores: paração da lombada para uma boa colagem.
O desfibrador, desenvolvido em meados da
 tipo de máquina e velocidade de produção. década de 90, tem se mostrado a ferramenta
 tipo de papel. mais eficaz nestes casos. Os papéis de alto
 tipo de cola e processo de colagem. corpo, muito usados em livros de bolso, não
podem ser ranhurados, pois a ferramenta
Tipo de máquina e velocidade destrói as suas fibras. Estes papéis devem
de produção ser processados com uma ou duas lixadei-
ras, sendo que a segunda deve ter a rotação
As pequenas máquinas de encaderna- contrária à primeira.
ção, com velocidades de até 3500 exempla-
res por hora, são equipadas com apenas Tipo de cola e processo
uma unidade de refile. A fresa com facas de colagem
segmentadas é a ferramenta utilizada. Estes
equipamentos conseguem ótimas prepara- Para aplicações com adesivo hot-melt,
ções de lombada devido à baixa velocidade usa-se geralmente o ranhurador, em um ou
de produção. Para se conseguir um efeito dois estágios de aplicação. O ranhurador
de grampo pronunciado é necessário a insta- pode ser usado em aplicações com colas de
lação de fresa combinada com ranhurador. dispersão, dispersão/hot-melt e PUR ape-
Os equipamentos de média produção, nas em casos excepcionais. O desfibrador
com velocidades de até 7400 exemplares é utilizado com qualquer tipo de processo ou
por hora, podem ser equipados com fresa de adesivo.
ou disco de corte. Para produções de tira- As tabelas seguintes apresentam as
gens grandes, é preferível o disco, pois gera sugestões de ferramentas de preparação da
aparas recicláveis em vez de pó (não reci- lombada, conforme o tipo de produto, o tipo
clável e poluente atmosférico). Podem ser de cola e o tipo de papel.
equipados com uma estação de preparação
li vro de brochura li vros de
revi sta revi sta
com ferramentas combinadas ou com duas produto
bolso papel
LWC
arte cuchê
catálogo
papel ofsete e bri lho e
estações separadas, com ou sem ferramen- ofsete LWC
MWC
fosco
rotogravura

tas combinadas. fresa/di sco


OK OK OK OK OK
de corte
As máquinas de alta velocidade, entre
serra
10 mil e 18 mil exemplares por hora, só po- ni veladora
OK OK OK OK OK

dem ser equipadas com o disco de corte, ranhura ranhura


ranhurador não OK OK
rasa profunda
devido às questões econômica e ambiental
expostas acima. Para produtos muito espes- desfi brador não OK OK OK OK

sos, são necessários discos duplos. Como li xadei ra


uso
não não não não
li mi tado
a velocidade de produção é alta, podem ser
escova OK OK OK OK OK
necessárias até três estações de prepara-

147
produto PVAc hot-melt PUR PVAc/HM Preparação parcial da
fresa/disco
lombada do caderno
OK OK OK OK
de corte

serra
OK OK OK OK
A preparação parcial da lombada do
niveladora
caderno pode ser feita pelas seguintes
ranhurador ranhura rasa OK uso limitado uso limitado técnicas:
desfibrador OK OK OK OK  perfuração (slot)
lixadeira uso limitado não não não
 rasgo (burst)
 sistema flex-stable
escova OK OK OK OK

cuchê Perfuração
produto ofsete cuchê fosco rotogravura
brilho

fresa/disco
OK OK OK OK
Nesta técnica executa-se, nas dobra-
de corte
deiras de folhas, perfurações na lombada
serra dos cadernos e, estes, podem ser encader-
OK OK OK OK
niveladora
nados sem a preparação da lombada. Este
ranhurador não ranhura rasa OK ranhura rasa
processo retira pedaços de papel da lomba-
desfibrador uso limitado OK OK OK da e a abertura no caderno serve como uma
lixadeira uso limitado não não não
âncora para o adesivo, que preenche as
aberturas, unindo todas as páginas num
escova OK OK OK OK
único bloco (fig.174).

anel de ligação
Sistema Fan flex

Este sistema, também conhecido pelo


nome de Lumbeck, é baseado no desloca-
mento de folhas sob a ação de ventiladores
(fig.173). perfuração

Figura 174: perfuração da lombada (Müller Martini)

A abertura deve estar livre de qualquer


Figura 173: sistema fanflex (Müller Martini) resíduo de pó e é executada por uma ferra-
menta de estampo com um
Para utilizar este processo, o miolo deve perfil de leque, de dentro
ser constituído de folhas soltas, de cadernos para fora da dobra, aumen-
com dobras em zig-zag ou com orelhas. Pela tando, assim, a área de
ventilação em ambos os lados do miolo, ocor- colagem (fig.175).
re uma ligeira separação das folhas, aumen-
tando a área de colagem, enquanto o miolo Figura 175: abertura em leque
(Müller Martini)
recebe a aplicação de cola fria.
Esta técnica não é aplicada em equipa- O estampo é executado na última
mentos automáticos, mas disponível apenas dobra. Esta técnica é utilizada para enca-
como ferramenta para produção de peque- dernações com dois estágios de colagem
nas tiragens em sistemas semi-automáticos. (sistema two shot).

148
Rasgo caderno. Esta técnica é utilizada para enca-
dernações com dois estágios de colagem
No sistema de perfuração da lombada (sistema two shot).
com rasgo, uma ferramenta de corte é insta-
lada na impressora rotativa ofsete, antes da Sistema flex-stable
segunda dobra, em perfeito sincronismo com
o corte do caderno, executando um corte na Este sistema de encadernação de catá-
lombada sem a retirada de qualquer pedaço logos foi desenvolvido há muitos anos e,
do papel. Neste processo, a dobra do facão hoje, é praticamente obsoleto. Nele, as
deve estar muito bem ajustada, para evitar dobras na lombada do livro são cortadas,
um afastamento das folhas internas do ca- deixando-se uma margem de aproximada-
derno, o que provocaria falha na aplicação mente 30 mm no pé e na cabeça (fig.178).
de cola (fig.176).
cartolina

cola
capa

tecido de reforço

Figura 176: dobra correta (E) e dobra errada (D)

As rebarbas devem ser evitadas tro-


Figura 178: sistema flex-stable (Müller Martini)
cando-se, sempre que necessário, a serrilha
de rasgo. A perfuração estará correta quan-
A profundidade do corte é suficiente
do se puder ver claramente a luz através dela.
para receber uma camada de adesivo hot-
Antes da aplicação da cola fria, o miolo
melt, e um pedaço de cartolina. A seguir,
deve ser refilado com o disco de nivelamento,
aplica-se uma camada de hot-melt e coloca-
para retirar as fibras protuberantes da lom-
se o tecido de reforço e a capa.
bada (fig.177). Deve-se tomar cuidado para
A encadernação obtida desta forma
não refilar a lombada e separar as folhas do
tem um forte efeito grampo na lombada. Foi
bastante usada para catálogos muito espes-
sos e enciclopédias.
Este sistema necessita de um equipa-
mento especialmente construído para esta fi-
nalidade.

Manutenção (permanência)
da lombada do caderno

Existem três técnicas para manter a


Figura 177: fibra protuberante na lombada lombada do caderno na encadernação:

149
 costura de solda (capítulo 4) Neste processo, os produtos em geral secam
 costura com fio (capítulo 4) naturalmente, sem o uso de unidades seca-
 colagem na dobra doras. Os produtos devem ser prensados
com todo o cuidado e deixados secar antes
Colagem na dobra do refile final. A cola pode ser aplicada ma-
nualmente, em produções artesanais ou em
Nesta técnica, aplica-se cola na lomba- encadernadoras para pequenas tiragens
da de cadernos individuais nas dobradeiras equipadas com coleiro com dois rolos aplica-
das impressoras rotativas ou em dobradeiras dores ou, muito raramente, com o uso de es-
de folhas (fig.179). Na encadernação com cova (fig.180).
lombada quadrada, estes cadernos podem
ser processados como tendo falsa costura
ou lombada parcialmente preparada.

linha de dobra
linha de corte
cola
A - primeiro rolo aplicador
B - distância entre o primeiro rolo e a lombada = 0.2 - 0.5 mm
esquadro
C - distância entre o segundo rolo aplicador e a lombada = 1.2 - 2.0 mm
D - segundo rolo aplicador
E - lâmina dupla raspadora
Figura 179: colagem na dobra (Heidelberg do Brasil) F - distância entre a lâmina raspadora e a lombada
G - abertura do dosador do primeiro rolo aplicador = B + 0.1 - 1.0 mm
H - abertura do dosador do segundo rolo aplicador = C + 0.5 - 1.0 mm
Devido à colagem lateral das páginas,
a abertura pode ficar comprometida com
papéis mais rígidos. Esta técnica não é muito
utilizada na encadernação com lombada
quadrada.

6.2.10 Métodos de encadernação

Os métodos de encadernação podem


ser classificados como segue:
 encadernação com cola fria em um estágio.
 encadernação com hot-melt em um estágio.
A - rolo aplicador
 encadernação com cola fria em dois estágios B - distância entre o rolo e a lombada = 1 mm
 encadernação com hot-melt em dois estágios. C - escova
D - distância entre a escova e a lombada = + 2 mm de penetração
 encadernação combinada em dois estágios. E - abertura do dosador do rolo aplicador = B + 1.0 - 2.0 mm

Figura 180: ajuste do coleiro de cola fria com dois rolos


Encadernação com cola fria e com um rolo e escova (Müller Martini)
em um estágio
Os ajustes indicados são apenas su-
As vantagens e desvantagens desta gestões para facilitar o acerto do trabalho,
técnica já foram detalhadas anteriormente. mas podem variar de produto para produto

150
e de máquina para máquina. Estes ajustes Este é o processo mais empregado na
devem ser feitos com a ajuda de gabaritos encadernação com lombada quadrada e é
calibrados e registrados em ficha técnica aplicado basicamente em produtos descar-
apropriada, para futuras aplicações. No caso táveis ou de baixa vida-útil (fig.181).
da escova, devido a intensa formação de ca- Os ajustes indicados são apenas su-
roços, esta deve ser mantida constantemente gestões para facilitar o acerto do trabalho,
limpa. Para isso, deve-se trabalhar com pelo mas podem variar de produto para produto
menos uma escova em revezamento e trocar e de máquina para máquina. Estes ajustes
as cerdas quando mostrarem sinais de perda devem ser feitos com a ajuda de gabaritos
de flexibilidade e/ou redução excessiva de calibrados e registrados em ficha técnica
tamanho. apropriada para futuras aplicações.
O controle da temperatura é fundamen-
Encadernação com hot-melt tal, para assegurar a qualidade da colagem.
em um estágio Este controle pode ser feito com termômetro
de contato, introduzido diretamente no colei-
ro, ou com termômetro infravermelho, que faz
a leitura sem contato e não necessita de
limpeza (fig.182).

A - primeiro rolo aplicador


B - distância entre o primeiro rolo e a lombada = 0 - 0.5 mm
C - distância entre o segundo rolo aplicador e a lombada = 1.2 - 2.0 mm
D - segundo rolo aplicador
E - nivelador (spinner)
F - espessura do filme de cola após o nivelamento = 0.6 - 1.0 mm
G - abertura do dosador do primeiro rolo aplicador = B + 0.1 - 1.0 mm
H - abertura do dosador do segundo rolo aplicador = C + 0.5 - 1.0 mm
Figura 182: termômetro de contato (E) e termômetro
infravermelho (D) (Brasil Hobby)

Neste coleiro, a cola é aplicada por dois


rolos, com ajuste de altura separado, girando
na mesma direção do deslocamento do mio-
lo. O nivelador (spinner) é um rolo aquecido
que nivela o filme de cola. Todas as regula-
gens podem ser feitas durante a produção.
A lâmina dosadora, com controle ex-
cêntrico, permite que o comprimento de apli-
cação da cola seja ajustado conforme o com-
primento do miolo do produto. Nas capas
cuja margem excedente é muito pequena ou
Figura 181: ajuste dos rolos em coleiro hot-melt (MM) inexistente em relação à lombada do miolo,

151
este ajuste é fundamental, para evitar o
desperdício de adesivo e a sujeira no equi-
pamento e no produto.
Geralmente, os coleiros são revestidos
de material não-aderente e os rolos aplica-
dores são tratados com camada anodizada.
O nivelador é feito de aço rígido. É muito
importante evitar trabalhar com temperaturas
diferentes das especificadas pelos fabrican-
tes, para não perder a qualidade na colagem
e evitar a degradação do adesivo.
Nos equipamentos mais recentes, os
controles são totalmente automatizados, o
que facilita manter a temperatura na faixa
A - rolo aplicador
recomendada durante a produção. O nive- B - distância entre o rolo aplicador e a lombada = 1.0 - 1.5 mm
lador geralmente trabalha numa temperatura C - adesivo
D - miolo
entre 5°C e 10°C acima da temperatura do E - spinner
F - espessura do filme de cola após o nivelamento = 0.3 - 0.5 mm
coleiro, possibilitando um nivelamento sem G - abertura da lâmina dosadora = B + 0.1 - 0.5 mm
fios e mantendo o filme de cola aplicado em Figura 183: coleiro PUR - Nordson
"aberto" para receber a capa.
Para a aplicação de PUR, devido a sua Seu desenho permite uma possível
característica de reação com a umidade, expansão para dois rolos aplicadores e a
alguns cuidados especiais devem ser obser- adaptação de bicos injetores. O coleiro, o
vados: rolo aplicador e o spinner são revestidos de
 o sistema deve ser selado desde o recipi- uma camada protetora.
ente da cola até o coleiro ou o sistema de Um coleiro com dois rolos aplicadores
aplicação. para PUR foi desenvolvido pela Müller Martini
 o coleiro deve ser revestido de uma cama- para ser usado em produções com alta velo-
da especial que dispensa a limpeza após cidade (fig.184).
uma interrupção na produção.
 o estoque de cola deve ser o menor possí-
vel, para evitar perdas devido à polimeriza-
ção dentro do recipiente e também reduzir o
desperdício ao final do uso.
 o coleiro, os rolos aplicadores, o spinner
e as lâminas raspadoras devem ser facilmen-
te removíveis, para uma limpeza geral ao final
da produção.

O uso do PUR proporcionou o desen-


volvimento de coleiros e sistemas especiais A - primeiro rolo aplicador
B - distância entre o primeiro rolo aplicador e a lombada = 0.5 mm
para sua aplicação. Um coleiro com um só C - distância entre o segundo rolo aplicador e a lombada = 2.0 mm
D - segundo rolo aplicador
rolo aplicador foi desenvolvido pela Nordson E - spinner
F - espessura do filme de cola após o nivelamento = 0.3 - 0.5 mm
e pode ser adaptado em vários modelos de G - abertura da lâmina do primeiro rolo aplicador = B + 0.1 - 1.0 mm
encadernadoras existentes no mercado H - abertura do dosador do segundo rolo aplicador = C + 0.1 - 1.0 mm

(fig.183). Figura 184: coleiro PUR Müller Martini

152
Para minimizar o contato entre o adesi-
vo de PUR e o ar, foi desenvolvido o sistema
de aplicação por bicos injetores, que propor- miolo

ciona as seguintes vantagens: cabeçote aplicador


capa

 espessura muito fina do filme de cola - eixo motriz


inferior a 0,3 mm.
 redução do desperdício de cola.
 as paradas de produção não interferem Figura 186: aplicação de PUR na capa com bico
no seu funcionamento. injetor (Müller Martini)
 não existe a formação de espuma como
Encadernação com cola fria
no coleiro.
em dois estágios
 o isolamento perfeito deste sistema mini-
miza a polimerização indesejada da cola.
Neste sistema, duas colas de disper-
 redução ao mínimo da limpeza do sistema.
são, com viscosidades diferentes, são apli-
cadas na lombada do miolo. A primeira, com
Estes sistemas podem ser montados
viscosidade baixa, tem a função de umectar
para aplicação na lombada ou na capa do
e ancorar os cadernos ao filme de cola. A
produto; não são adequados para lombada
segunda, com viscosidade alta, é aplicada
com ranhura, rasgo, costura de solda, costu-
em camada mais espessa, para garantir a
ra com fio e produtos com ranhuras profun-
resistência adequada da lombada (fig.187).
das. A aplicação do PUR na lombada com
bico injetor proporciona uma melhor adesão
entre o miolo e a cola, mas apresenta difi-
culdades no controle da espessura do filme
de cola e na aplicação da cola lateral
(fig.185). Figura 187: segundo estágio com cola fria (M.Martini)

Após a primeira aplicação, o filme de


cola é secado por lâmpadas infravermelhas
injetor de cola (IV), para evitar que o adesivo penetre entre
as páginas dos cadernos no momento da
tampa
regulável
segunda aplicação. A emissão de radiação
infravermelha, com comprimento de onda
entrada curto, entre 1,2 e 2,4 mm ou com comprimen-
de cola
to de onda médio, no limite da emissão infra-
vermelha, entre 2,3 e 2,4 mm, é feita por
Figura 185: aplicação de PUR na lombada com bico lâmpadas brilhantes. Para aumentar a
injetor (Müller Martini) intensidade do efeito da radiação usam-se
defletores de material polido (fig.188).
A aplicação do adesivo PUR na capa é
um processo relativamente novo e observa-
se resultados melhores de colagem quando
se aplica o PUR sobre uma outra camada
seca de adesivo de dispersão na lombada
(fig.186). Figura 188: secador infravermelho (Müller Martini)

153
A eficácia da secagem depende do tipo segunda camada, que é feita de um adesivo
de material a ser secado e das suas proprie- de viscosidade maior e de alta pega, para
dades físicas, tais como: absorção, reflexão reforçar a lombada e prender a capa
e permeabilidade à radiação. Como a seca- (fig.190).
gem forçada provoca perda de flexibilidade,
a aplicação do segundo filme de cola visa
reduzir esta limitação.
Para o refile final em-linha, a segunda
camada de adesivo deve secar auxiliada por
um dispositivo emissor de alta freqüência
(AF), composto de dois eletrodos com pola- Figura 190: coleiro de hot-melt com dois estágios
(Müller Martini)
ridades distintas. Este emissor converte a
corrente elétrica em alta freqüência (27,12 O uso deste tipo de processo tem au-
MHz). Uma resistência é criada em oposição mentado muito porque permite alcançar um
ao campo de alta freqüência, entre os dois bom resultado na encadernação sem aumen-
eletrodos, e a rápida troca de polaridade no tar muito o consumo de cola. Dependendo
campo de AF provoca uma intensa alteração da velocidade do equipamento, a distância
estrutural nas moléculas do adesivo (fig.189). entre os coleiros não deve ser inferior a 60
cm; de qualquer forma, a configuração do
equipamento é que irá determinar a posição
exata dos coleiros.

Encadernação combinada
Figura 189: secador de alta freqüência (Müller Martini) em dois estágios

Esta alteração faz com que as molécu- Utiliza-se a combinação de uma emul-
las oscilem, gerando calor no interior do filme são como primer e um hot-melt na segunda
de cola e provocando uma rápida evapora- camada. Os dois tipos de cola devem ser
ção da água. compatíveis em sua composição química,
Alguns cuidados com a emissão de ra- produzindo, desta forma, um filme de cola
diação de alta freqüência devem ser toma- homogêneo.
dos, visando atender as normas existentes, Este processo permite uma boa aber-
pois as emissões de AF interferem em equi- tura plana e é muito utilizado nos Estados
pamentos vizinhos. Geralmente instala-se Unidos na produção de livros com papel
uma gaiola de Faraday para evitar a propa- revestido e não-revestido, com capa mole ou
gação do campo de AF. A cola que seca dura.
desta forma também perde flexibilidade e o A emulsão deve secar antes da aplica-
produ-to resultante não possui uma abertura ção do hot-melt e, para isto, pode-se usar
plana ideal. gás, AF ou IV. Os sistemas com gás e AF
são muito caros e necessitam de secadores
Encadernação com hot-melt muito compridos para altas produções. O sis-
em dois estágios tema de secagem mais usado atualmente é
o IV, pois permite produções de até 12 mil
Utiliza-se, como primer, um adesivo de exemplares por hora com secadores de até
baixa viscosidade e alta pega, para umectar seis metros de comprimento, quando o equi-
a lombada e proporcionar boa ancoragem à valente em gás pode chegar a 8 metros de

154
comprimento. O hot-melt usado neste pro- camada, onde a eficiência da colagem é
cesso é à base de borracha e não pode ser inversamente proporcional à espessura da
usado nos outros processos mencionados camada cuchê. As técnicas vistas anterior-
anteriormente. Os processos mais conheci- mente preparavam a lombada do miolo,
dos são os seguintes: expondo as fibras do papel para a colagem.
Este novo processo provoca a adesão pela
 Twinflex R, National Starch & Chemicals Ltd. penetração, através da camada de revesti-
 DISP - O - Fusion, da Henkel KG mento, de um pré-primer, que causa a sepa-
 Full - Dri, da Fuller GmbH ração do revestimento cuchê do papel-base.
 Combiflex, da Planatol GmbH A partir daí, o processo é semelhante ao du-
plo estágio com emulsão e hot-melt. Aplica-
Todos estes processos promovem uma se o primer na lombada sobre o pré-primer,
secagem rápida do primer para permitir seca-se o primer com lâmpadas IV e aplica-
altas produções e utilizam uma escova ou se um PUR de polimerização rápida, cuja
lâminas raspadoras (veja figuras 180 e 181) resistência à tração pode ser avaliada em
após o coleiro da emulsão e secagem com poucos minutos.
infravermelho (fig.191). O produto resultante deste processo
possui alta resistência ao arrancamento das
páginas, excelente abertura plana e é apli-
cado no mesmo equipamento utilizado para
o duplo estágio de emulsão e hot-melt. O
PVAc esc ova infravermelho hot-melt PUR é aplicado por bicos injetores na capa
Figura 191: encadernação em dois estágios combinada do produto (fig.192).
(Müller Martini)

As vantagens deste processo podem


ser resumidas como segue:

 pode ser usado com papéis revestidos


desde LWC até MWC;
 grande resistência da lombada;
 boa abertura plana;
 alta velocidade de produção: até 12 mil
exemplares por hora;
 menor deformação da lombada compara-
do à cola fria;
Figura 192: encadernação combinada em três estágios
 menor consumo de energia em relação à (Nacional)
Alta Freqüência;
 boa capacidade de arredondamento da 6.2.11 Colagem lateral
lombada;
A colagem lateral é feita imediatamente
Encadernação combinada após a colagem da lombada e é obrigatória
em três estágios em capas acima de 200 g/m2 ou quando
exigida pelo produto. A função da colagem
Esta técnica foi desenvolvida especi- lateral é prender a capa, para formar uma
almente para papéis revestidos com tripla dobradiça, com auxílio, na maioria das vezes,

155
de vincos, e para tornar o produto estetica- Se a lombada tiver um filme de hot-melt
mente mais atraente. Pode-se usar cola de aplicado, os discos aplicadores devem ser
dispersão, hot-melt ou PUR, com disco apli- posicionados ligeiramente acima da linha da
cador ou com bico injetor. Com a cola de dis- lombada (fig.195).
persão, é comum o uso do disco aplicador,
conforme mostra a fig.193

PVAc PVAc

HM
Figura 195: lombada com hot-melt e lateral com PVAc
(Müller Martini)

Para os adesivos hot-melt e PUR utili-


Figura 193: colagem lateral (Müller Martini) zam-se os discos e os bicos injetores. A apli-
cação é feita por dois discos aplicadores
A colagem é feita por dois discos apli- angulares, com a dosagem de cola controla-
cadores horizontais, com a dosagem de cola da por lâminas dosadoras, que estão mergu-
controlada por lâminas dosadoras. A cola lhados dentro do coleiro. Os discos aplicado-
deve ser aplicada com o menor contato pos- res podem ter de 3 a 12 mm de espessura.
sível com o miolo do produto. O excesso de Se a lombada tiver um filme de cola de PVAc
cola existente é removido pela lâmina dosa- aplicado, os discos aplicadores devem ser
dora. posicionados ligeiramente acima da linha da
Os discos aplicadores podem ter es- lombada (fig.196).
pessuras de 2 a 16 mm e todo o sistema pode
ser rapidamente desmontado e limpo após
a sua utilização. Se a lombada tiver um filme
de cola de PVAc aplicado, os discos aplica-
dores devem ser posicionados ligeiramente
abaixo da linha da lombada (fig.194).

PVAc

HM

Figura 196: lombada com PVAc e lateral com hot-melt


PVAc PVAc (Müller Martini)

Se a lombada tiver um filme de hot-melt


PVAc aplicado, os discos aplicadores devem ser
posicionados ligeiramente abaixo da linha
Figura 194: lombada e lateral com PVAc (M. Martini) da lombada (fig.197).

156
Um fio de cola é espalhado a partir de
uma distância de 4 a 5 mm do bico em rela-
ção ao miolo e, a seguir, é pressionado por
chapas laterais (fig.199).
Este sistema economiza cola, mas não
é tão preciso quanto o sistema de discos e
HM tende a provocar uma certa deformação na
lombada devido a um excesso de cola apli-
HM
cado.

Figura 197: lombada com hot-melt e lateral com hot-melt 6.2.12 Aplicação da capa
(Müller Martini)
Para garantir um bom acabamento do
O coleiro tem a posição vertical ajustá- produto e uma elevada produção na linha de
vel. Utilizam-se adesivos hot-melt com baixa encadernação, deve-se tomar alguns cuida-
viscosidade, longo tempo de abertura -míni- dos na aplicação da capa ao miolo.
mo de 20 segundos - e alta pega, que for- Nas encadernadoras com lombada
mam uma fina camada de cola aplicada com quadrada, as capas são alimentadas ou por
o mínimo contato possível. Esta cola geral- pilha (fig.200 e 201) ou em escama (fig.202),
mente seca após o refile trilateral. dependendo do modelo da máquina, e rece-
A aplicação de cola lateral com bico bem vincos antes da colagem ao miolo.
injetor (fig.198) é feita em sistema fechado.

Figura 198: bico injetor (Müller Martini)

Figura 200: alimentador de capas vertical (Kolbus-IPP)

Figura 199: prensagem da capa ao miolo (M.Martini) Figura 201: alimentação de capas por pilha (HB)

157
boa encadernação, e afetam diretamente a
qualidade da colagem. Uma pressão exces-
siva na lombada causará o sangramento do
adesivo e poderá deslocar a capa, da mes-
ma forma que a pressão insuficiente.
O tambor deve ser mantido limpo e livre
de restos de cola, senão estes serão transfe-
ridos para a próxima capa. Deve-se aplicar
regularmente emulsão de silicone para
retardar a aderência do adesivo sobre o
Figura 202: alimentação de capas em escama (HB) tambor.
O registro da capa é feito por meio de
O espaçamento, a profundidade e a lar- correntes ou de esteiras transportadoras que
gura dos vincos devem ser cuidadosamente posicionam a capa entre o tambor e a lom-
ajustados para a espessura do miolo e o tipo bada. Os puxadores guiam a capa sob as
de capa utilizado. gavetas transportadoras, em sincronismo
As capas podem ser vincadas a partir com o miolo do produto. Os esquadros fron-
de 100 g/m2 e, abaixo desta gramatura, rara- tais ajustam a capa ao miolo, enquanto a
mente são vincadas. Produtos com colagem mesa de prensagem sobe em direção à
lateral devem ser vincados com pelo menos lombada.
4 vincos (veja item 6.2.7). O processo de prensagem serve para
As capas são aplicadas ao miolo por unir a capa ao miolo, com a pressão na lom-
meio de um tambor na estação de prensa- bada e nas laterais do produto (fig.204 e
gem de capas. O tambor é ajustado vertical- 205). Este movimento sincronizado da esta-
mente e as capas devem deslizar sobre ele ção de pressão permite que o tempo de pres-
(fig.203). são seja alongado. O ajuste correto do valor
da pressão e do tempo permitem alcançar
um perfil ideal da lombada.

ajuste da capa

início da prensagem

Figura 203: tambor aplicador da capa (Heidelberg do


Brasil) prensagem

A pressão correta sobre a lombada e a


lateral do miolo são fundamentais para uma Figura 204: prensagem da lombada (Müller Martini)

158
Figura 205: prensagem da capa (Heidelberg do Brasil)

O procedimento para a verificação da


altura da mesa é o seguinte:
 posicionar, sobre a mesa, o miolo do pro-
duto sem adesivo e colocar, entre a mesa e Figura 207: distância entre a lombada e a chapa da
o miolo, uma tira de 3 cm de largura do papel lombada (Müller Martini)
da capa;
 picotar a mesa para o seu ponto mais alto. Para produtos muito espessos, são ne-
 retirar as tiras e observar a marca (fig.206). cessárias duas estações de pressão, uma
atrás da outra. Nas encadernadoras com
secagem por AF, uma estação de prensa-
gem deve ser colocada antes desta unidade
de secagem.
A chapa de fundo de prensagem lateral
nunca deve ser ajustada e deve estar sempre
paralela às gavetas transportadoras do
miolo. Esta chapa nunca deve estar dentro
da região da lombada, pois isto causa uma
deformação conhecida como "cabeça-de-
prego" (veja: 6.4.11).
A chapa lateral externa é ajustável, para
Figura 206: regulagem da mesa de prensagem da capa
acomodar a variação da espessura da lom-
(Müller Martini) bada. A regulagem correta é aquela que
produz uma lombada quadrada sem pressão
Ambas as tiras devem ter a mesma excessiva. Um produto mal prensado será
marca, caso contrário, a mesa deve ser regu- deformado e enrugado no corte trilateral.
lada. Em algumas máquinas, a chapa da lom- Deve-se assegurar que as chapas de pres-
bada não pode ser regulada, de forma que o são nunca fiquem desalinhadas, caso contrá-
corte, a fresagem, a colagem e o tambor de rio, a lombada ficará em forma de cunha
aplicação da capa devem ser ajustados para (veja: 6.4.5).
acomodar a distância entre a lombada e a Deve-se fazer um ajuste na pressão
chapa da lombada. Deve-se deixar um espa- quando todos os cadernos tiverem suas
ço suficiente apenas para a capa e o adesivo extremidades abertas, na cabeça ou no pé,
(fig.207). especialmente no caso de papéis pesados.

159
A mesa de prensagem da capa não Em alguns casos, não será possível tra-
deve ser usada como uma prensa esmaga- balhar com a velocidade máxima do equipa-
dora do livro, mas apenas para formar um mento, portanto, deve-se encontrar a veloci-
perfil de lombada reto. Se houver colagem dade adequadada examinando o produto
lateral aplicada, a pressão deverá ser sufi- antes do corte. Se a temperatura da lombada
ciente para alisar o fio de cola e transformá- ainda estiver muito alta, será preciso diminuir
lo numa fina tira. a velocidade.
Quando os produtos forem liberados Recomenda-se observar o refile para
pelas gavetas transportadoras, devem ser ver se a faca ou o balancim causaram algum
transportados pela lombada o maior intervalo tipo de deformação na lombada. Se houver
de tempo possível, para evitar a deformação dano, o adesivo ainda poderá estar muito
da capa e da lombada. Eles devem ser tom- mole para o corte. As condições da guilhotina
bados o mais suavemente possível e deixa- deverão ser checadas periodicamente, para
dos resfriar antes do refile trilateral. que não interfiram na qualidade do produto.
Se o refile for feito em-linha, a esteira O sistema de pressão do balancim e a
deve ter o comprimento suficiente para per- qualidade das facas devem ser monitorados
mitir que o produto chegue em condições de constantemente. Ao menor sinal de deforma-
corte, na velocidade necessária à produção ção da lombada, deve-se trocar o conjunto
(fig.208). de facas por outro em estado de novo
(fig.209).
A

Figura 208: esteira para a secagem do hot-melt

Figura 209: refile trilateral: vista geral (A), corte lateral


(B) e detalhes da faca lateral (C) (Müller Martini)

B C

160
Figura 210: esquema de encadernação com lombada quadrada (Kolbus - IPP)

Figura 211: esquema de encadernação com lombada quadrada (Kolbus - IPP)

161
Um sinal característico de faca cega é de cola na lombada e a capa é aplicada sem
o rasgo da capa no pé e na cabeça do pro- vincos (fig.212).
duto. É importante controlar a qualidade da
afiação e sua vida-útil, assim como medir o 6.3.2 Brochura com quatro vincos e
ângulo de corte da faca, com um transferidor, colagem lateral.
após a afiação, e também a altura útil do cor-
te, com um paquímetro. É o brochura mais produzido, seja como
Não é prudente fazer economia na com- livro, revista ou catálogo (fig.213).
pra de facas. Recomenda-se utilizar sempre
as facas indicadas pelo fabricante da guilho-
tina. Na operação de troca de facas, seguir
rigorosamente os procedimentos de segu-
rança, pois o risco de acidentes graves neste
momento é muito alto. cola vinco capa miolo
Figura 213: brochura com 4 vincos e colagem lateral
6.3 Tipos de produtos
6.3 .3 Bro chura com quatro vinc os,
As várias técnicas de encadernação colagem lateral e capa com orelhas (flaps)
com lombada quadrada permitem obter
produtos com a capa colada na lombada, É um tipo muito usado para livros, cuja
miolos preparados para encadernação com orelha pode estar projetada, nivelada ou
capa dura ou capa flexível e capa não colada recuada em relação ao miolo (fig.214).
na lombada. Os tipos mais comuns, com a
capa colada, são os seguintes:

 brochura com dois vincos, sem colagem


lateral.
 brochura com quatro vincos e colagem
lateral.
 brochura com quatro vincos, colagem
lateral e capa com orelhas (flaps).
 brochura Japão

6.3.1 Brochura com dois vincos, sem Figura 214: brochura com 4 vincos, colagem lateral e capa
colagem lateral com orelha nivelada (superior) e orelha recuada (inferior)

Éste é o tipo mais simples de produto 6.3.4 Brochura Japão


colado, em geral descartável, produzido com
capas leves. O miolo recebe uma camada Neste sistema, cola-se guardas nos
cadernos externos do miolo e a capa é
colada na sua extremidade frontal com a
guarda (fig.215) por meio de um coleiro
adicional, localizado na estação de alimen-
tação de capas. Este sistema é muito usado
cola capa miolo no Japão e também é conhecido por “bordas
Figura 212: brochura simples coladas”.

162
cola lateral do reforço cola lateral da guarda encadernação ou na encadernadora, por
meio de um acessório adequado.
miolo
reforço
gaze cola da guarda guardas
guarda
capa
Figura 215: brochura Japão (Müller Martini)

Os tipos mais comuns de miolos prepa-


rados para receber capa dura ou flexível são Figura 217: miolo com material de reforço, colagem
os seguintes: lateral e colagem de guardas (Müller Martini)
 miolo colado com material de reforço e
Geralmente as guardas são feitas de
colagem lateral.
papel mais grosso do que o utilizado para o
 miolo colado com material de reforço, cola-
miolo, mas podem ser feitas do mesmo tipo
gem lateral e colagem de guardas nos
de papel, desde que se tome os devidos
cadernos.
cuidados na aplicação da capa dura. A parte
 miolo colado com material de reforço, cola-
interna, colada ao miolo, é chamada propria-
gem lateral e guardas coladas no material
mente de guarda e, a parte externa, ainda
de reforço.
solta, que será colada na capa dura, é cha-
mada de espelho.
6.3.5 Miolo colado com material de reforço
A função da guarda é manter unidos a
e colagem lateral
capa e o miolo. Se a lombada do miolo não
for refilada na encadernadora, então a
É usado em catálogos com papéis
guarda deverá ser alinhada com a lombada
cuchê e em miolos muito pesados. O mate-
(fig.218).
rial de reforço pode ser tecido (tecido não-
tecido, morim etc), crepe ou gaze (fig.216).

gaze

2 - 3 mm

guarda alinhada
com a lombada

Figura 216: miolo com material de reforço e colagem


lateral (Müller Martini)

6.3.6 Miolo colado com material de


max 0.5

reforço, colagem lateral e colagem de cola


guardas nos cadernos
Figura 218: guarda alinhada com a lombada (Müller
É usado para miolos a ser encapados Martini)
com capa dura ou flexível (fig.217). Os
cadernos externos recebem a colagem de Se a lombada for refilada, a guarda
um caderno de 4 páginas, chamado de deve ser colada com um afastamento entre
guarda, que pode ser colado manualmente, 0,5 e 6 mm da linha de refile, para evitar seu
em equipamento próprio fora de linha da corte acidental (fig.219).

163
Todos estes produtos tem, em comum,
max. 6.0 +/- 0.25
min. 0.5 +/- 0.25
uma excelente abertura plana, devido ao fato
de não haver colagem da lombada, e podem

2 - 3 mm
ser produzidos por colagem com cola fria,
em um ou dois estágios, com dois estágios
combinada, com PUR ou com miolo costura-
do com fio. A diferença entre eles vai depen-
der da configuração dos equipamentos e da
qualidade exigida. Recomenda-se não
ultrapassar a espessura de 25 mm no miolo

max. 0.5
pelo fato da lombada não ser muito rígida.

margem de refile
6.3.8 Brochura Suiça
Figura 219: guarda com afastamento (Müller Martini)
A brochura Suiça pode ser caracteri-
6.3.7 Miolo colado com material de zada pelo fato de ter o miolo colado apenas
reforço, colagem lateral e guardas coladas na terceira capa. Esta brochura é utilizada
no material de reforço em publicações leves e de alta qualidade. O
miolo é colado na terceira capa pela cola-
Neste caso, as guardas são coladas gem lateral na sua parte posterior, com uma
previamente no material de reforço, em equi- altura de camada acima do reforço da lom-
pamento apropriado, e alimentadas como bada ou pela aplicação de hot-melt com bico
uma capa na encadernadora (fig.220). injetor na terceira capa (fig.221). A capa
guardas pode ser flexível ou dura, podendo incluir
orelhas e bordas maiores do que o miolo.
guardas
capa

cola lateral
reforço reforço
cola

reforço capa

Figura 220: guardas coladas no material de reforço


(Müller Martini)
Figura 221: brochura Suiça e aplicação de hot-melt (MM)
Os tipos mais comuns de produtos com
capa não-colada na lombada são: 6.3.9 Encadernação Otabind

 brochura Suiça Este sistema de encadernação foi de-


 encadernação Otabind senvolvido na Finlândia e é produzido em
 encadernação Eurobind equipamento especialmente construído para
 encadernação RepKover isto. A lombada pode ser refilada, perfurada
 encadernação Libretto ou costurada e colada com cola fria em um
 encadernação Tubebind ou dois estágios. Aplica-se um reforço à
 brochura Kösel FR lombada e, através do coleiro lateral, este é

164
aplicado na primeira e na última página do A abertura do livro provoca um desloca-
miolo. Um bico injetor aplica, fora da área mento da lombada em direção à terceira
do material de reforço, um filete de cola, para capa (fig.224).
a fixação da capa. A capa recebe seis
vincos, para permitir uma abertura plana do 6.3.11 Encadernação RepKover
livro (fig.222). Este tipo de acabamento tem
ótima aplicação em livros escolares devido O sistema RepKover é patenteado pela
a sua excelente abertura plana. Otabind. Neste sistema, aplica-se, em outro
equipamento, uma tira de reforço na parte
interna da capa. O miolo deve ser colado com
PVAc ou PUR, para garantir uma boa aber-
tura plana. A capa é colada normalmente e
capa deve ter quatro vincos (fig.225).
cola
reforço

capa
cola
0
1 vinco 0
4 vinco
reforço
capa 20 vinco 30 vinco

Figura 222: encadernação Otabind (Müller Martini) reforço reforço

cola do reforço
6.3.10 Encadernação Eurobind
cola lateral

Este sistema é muito similar ao proces- cola da lombada

so Otabind, porém possui cinco vincos em Figura 225: encadernação RepKover (Müller Martini)
vez de seis. A segunda capa é colada entre
o primeiro e o segundo vinco. A terceira capa 6.3.12 Encadernação Libretto
é colada entre o quarto e o quinto vinco
(fig.223). Este sistema de encadernação foi lan-
reforço çado no mercado pela companhia Buchbin-
0
1 vinco 5 vinco derei Schlatter AG. A capa é completamente
0

cola cola coberta por um reforço de papel, com o ta-


manho ajustado de acordo com a espessura

reforço 40 vinco
20 vinco 30 vinco

Figura 223: encadernação Eurobind (Müller Martini)

papel de reforço

cola capa 20 vinco 30 vinco


reforço
capa 0
1 vinco 40 vinco

Figura 224: deslocamento da lombada (Müller Martini) Figura 226: encadernação Libretto (Müller Martini)

165
do miolo do livro. Esta operação é feita em
capa
equipamento apropriado. A capa recebe
quatro vincos e é aplicada normalmente em
qualquer encadernadora. O produto tem guarda
abertura semelhante a um de capa dura e é
utilizado em publicações de alta qualidade miolo
(fig.226). O miolo pode ser colado com PVAc
ou PUR ou costurado com fio.
cola lateral
6.3.13 Encadernação Tubebind

Este sistema é relativamente recente no


mercado e necessita de equipamento ade- reforço
quado para a sua produção. Uma “luva” de
papel é formada entre a estação de alimen- poliéster
tação de capa e a estação de prensagem, e
colada sobre a capa. Na seqüência, capa e Figura 228: brochura Kösel FR (Müller Martini)
miolo são colados e prensados. A luva adere
à lombada do livro e forma uma brochura sem
colagem da capa na lombada (fig.227). 6.4 Defeitos mais comuns
na encadernação

capa A maior parte dos defeitos na encader-


nação com lombada quadrada provém de
miolo
ajustes mal executados na preparação do
trabalho. A seguir, uma série dos defeitos
mais comuns, suas prováveis causas e seus
luva de papel
efeitos resultantes.

Figura 227: encadernação Tubebind (Müller Martini) 6.4.1 Formação de bordas irregulares na
preparação da lombada (fig.229)
6.3.14 Brochura Kösel FR

Este sistema foi desenvolvido na Ale- cau sas 1 efeitos solu ções
manha, por Kösel, e é similar ao sistema ajuste incorreto ajustar a pressão
Otabind. A capa é vincada oito vezes e do disco de fraca adesão na no disco
pressão traseiro parte posterior posterior até
colada na região dos vincos mais externos. em relação à do produto eliminar o
O miolo tem as guardas coladas nos cader- fresa problema
nos e o reforço é aplicado envolvendo a lombada com
utilizar sempre
lombada e as laterais do miolo (fig.228) ferramentas mal formato de
ferramentas
afiadas ou tortas cabeça-de-prego
Para produtos acima de 20 mm de em um lado
afiadas
espessura de miolo, recomenda-se a apli- camada de cola
cação de uma fita de poliéster na lombada. altura excessiva irregular e baixa diminuir a altura
Em alguns casos, a aparência fica compro- de fresagem qualidade de de fresagem
colagem
metida devido aos oito vincos.

166
causas 3 efeitos soluções

temperatura da aumentar a
cola ou do baixa adesão temperatura do
dosador muito da capa coleiro e/ou do
baixa dosador
ajustar a altura do
dosador para as
altura incorreta camada de
posições
do dosador cola irregular
recomendadas no
Figura 229: borda irregular (Müller Martini) ítem 6.2.10
lombada mal manter o dosador
dosador sujo
6.4.2 Cabeça do miolo rasgada (fig.230) acabada sempre limpo
aumentar a
pouca cola no baixa
causas 2 efeitos soluções quantidade de cola
segundo rolo qualidade de
no segundo rolo
aplicador colagem
rasgo da capa utilizar fresas aplicador 
fresa mal afiada
no corte trilateral sempre afiadas
disco de
pressão frontal baixa qualidade ajustar a pressão
ajustado da colagem no disco frontal
6.4.4 Lombada inclinada (fig.232)
incorretamente devido à camada até eliminar o
em relação à irregular de cola problema
fresa causas 4 efeitos soluções

diminuir a manter a mesa


m esa niveladora lom bada refilada
velocidade da velocidade da niveladora
livro mal desalinhada torta
máquina muito máquina até sem pre alinhada
acabado
alta eliminar o
discos de
problema ajustar os discos
pressão frontal e
cam ada de cola de pressão até
traseiro
irregular desaparecer o
ajustados
problem a
incorretam ente
lombada com aum entar a
baixa pressão
form ato de pressão na
da gaveta
cabeça-de-prego gaveta
transportadora
em um lado transportadora

ajustar o dosador
dosador não
para a posição
está paralelo à lombada mal
correta ou
gaveta acabada
substituí-lo por
transportadora
uma peça nova
Figura 230: cabeça do miolo rasgada (Müller Martini)

6.4.3 Rugas na camada de cola (fig.231)

Figura 231: rugas na camada de cola (Müller Martini) Figura 232: lombada inclinada (Müller Martini)

167
6.4.5 Camada de cola em cunha (fig.233) c a u s as 6 e fe ito s s o lu ç õ e s

te m p eratura d e a um e nta r a
causas 5 efeitos so luçõ es c ola a p lica d a
a p lica çã o m uito te m p e ra tura no
p a rcia lm e nte
pressão ajustar a gaveta b a ixa co le iro
cam ada
insuficiente na transportadora para te m p eratura d o fra ca ad e s ão a um e nta r a
de cola
cabeça do aumentar a pressão na d o sa d o r m uito no m io lo e na te m p e ra tura no
irregular
caderno cabeça do caderno b a ixa ca p a d o sa d o r
pressão da fraca a justar o do s ad o r
gaveta adesão na aumentar a pressão na d os a do r ajusta d o
b a ixa d e a c ord o co m a s
transportadora cabeça e gaveta transportadora m uito a b a ixo d o
q ua lid a d e ins truçõ e s do íte m
insuficiente no pé m io lo
6 .2 .1 0
m iolo não níve l d e co la a um e nta r a
alinhado na baixa ajustar a mesa prod uto m a l
m uito b a ixo no q ua ntid a d e d e co la
gaveta qualidade niveladora ac a ba d o
co le iro no co leiro
transportadora
a um e nta r a
prensa da capa p o uc a co la b a ixa q ua ntid a d e d e co la
livro mal ajustar a prensa da
não está ap lic ad a q ua lid a d e ap lic a da na
acabado capa
alinhada lo m b a d a
a jus ta r o s e gund o
s eg und o ro lo ro lo a p lica d or d e
b a ixa
ap lic ad o r m uito a co rd o c o m as
q ua lid a d e
b a ixo ins truçõ e s do íte m
6 .2 .1 0
e sva zia r o co le iro ,
b a ixa lim p á -lo e p re e nchê -
s uje ira no c ole iro
q ua lid a d e lo co m no va ca rg a
d e co la
tro ca r p o r um
ad e sivo de m á b a ixa
p ro d uto c o m m e lho r
q ualid a d e q ua lid a d e
d e se m p enho
b a ixa tro ca r p o r um no vo
visco sid a d e o u b a ixa lo te o u p o r um
Figura 233: camada de cola em cunha (Müller Martini) de g ra d a çã o d o q ua lid a d e p ro d uto c o m m e lho r
a d e sivo d e se m p enho
6.4.6 Camada de cola irregular (fig.234)
6.4.7 Filme de cola em forma de favo de mel
(fig.235)

causas 7 efeitos so luções

manter a capa e o
umidade na baixa miolo com o teor de
capa e no miolo colagem umidade abaixo de
10%
utilizar a faixa de
baixa
temperatura temperatura
resistência ao
errada da cola recomendada pelo
frio e ao calor
fabricante
tempo de trocar por uma cola
baixa
abertura muito com o tempo de
qualidade
baixo abertura mais alto
nível de cola aumentar a
baixa
muito baixo no quantidade de cola
qualidade
coleiro no coleiro
baixa aumentar a
baixa
temperatura no temperatura no
qualidade
Figura 234: camada de cola irregular (Müller Martini) dosador dosador

168
6.4.9 Adesivo insuficiente (fig.237)
causas 9 efeitos soluções

baixa adesão aumentar a


pouca cola no
no miolo e na quantidade de
coleiro
capa cola no coleiro
ajuste incorreto dos
baixa seguir as
rolos aplicadores,
resistência ao instruções do
do spinner e/ou das
frio e ao calor ítem 6.2.10
lâminas dosadoras
seguir as
temperatura errada
livro mal recomendações
no dosador
Figura 235: cola favo-de-mel (Müller Martini) (spinner)
acabado do fabricante da
cola
6.4.8 Penetração de cola entre as páginas
(fig.236)
causas 8 e fe ito s s o lu ç õ e s

a justa r a a ltura d o
m io lo m uito b a ixo a um e nto m io lo na ga ve ta
na g a ve ta d o e fe ito tra nsp o rta d ora a té
tra nsp o rta d o ra g ra m p o d e sa p a ra c e r o
p ro b le m a
dim inuir a
q ua ntid ad e d e c o la
m uita c ola no
livro m a l no p rim e iro rolo
p rim e iro ro lo
a ca b a d o ap lic a d o r a té
ap lic a d o r
d e sa p a re c e r o
p ro b le m a
a justa r o p rim eiro
inva sã o d e
p rim e iro ro lo ro lo a p lica d o r d e
co la na s
a p lica d o r m uito a co rd o co m a s
á rea s
p e rto d o m io lo ins truçõ e s d o íte m
im pre ssa s
6.2 .1 0
tro c ar p o r um a c o la
co m visc o sid a d e
visco s id a d e d a co la b a ixa m a is a lta o u
m uito b aixa q ua lid a d e dim inuir a
te m p e ra tura d o
co le iro
Figura 237: adesivo insuficiente (Müller Martini)
ta m b o r d a c a p a b a ixa d im inuir a altura d o
m uito a lto q ua lid a d e ta m bo r d a ca p a
6.4.10 Lombada deslocada para um lado
e xce ss o d e p re ss ão d im inuir a p re s sã o
na e sta çã o d e
b a ixa
na e sta çã o de (fig.238)
q ua lid a d e
p re ns a ge m p re ns a g e m

Figura 236: cola entre as páginas (Müller Martini) Figura 238: lombada deslocada (Müller Martini)

169
causas 10 efe ito s s o lu ç õ e s 6.4.12 Lombada em forma de cogumelo
a juste inc orre to (fig.240)
ajusta r o d isco
d o d is co d e
tras e iro a té ca u s a s 1 2 e fe ito s s o lu ç õ e s
pres sã o tra se iro lo mb a d a irre g ula r
d e sa p a re ce r o
e m rela çã o à a justa r a m e sa
p ro ble ma mio lo muito
fre sa p ro b le ma s no nivela do ra a té
ba ixo na g a ve ta
refile trila te ra l d esa pa ra cer o
fre sa p ro b le m as no ma nte r a fre sa tra nsp o rta d ora
p ro b le m a
de s alinha d a c om e mp ilha m ento se m p re a linha da
a g a ve ta p ara o re file co m a ga ve ta a ltura e xce ssiva a rra nca m e nto
tra nsp o rta do ra trila te ra l tra nsp o rta do ra dim inuir a a ltura do
d o ta mb o r d a em ca pa s
ta m b or d a ca p a
ma nte r a m e sa ca pa enve rniza d as
nive lad o ra a justar o s ro lo s
m e sa nivela do ra livro ma l
se m p re a linha da rolo s a p lica d o re s a p lica d o re s d e
d es a linha d a a ca b a d o livro ma l
co m a ga ve ta a p erta d o s co ntra a co rd o co m a s
tra nsp o rta do ra a ca b ad o
a lo mb a d a instruçõe s d o ítem
6 .2 .1 0
6.4.11 Lombada em forma de cabeça de muita p re ssã o
d iminuir a p re ssã o
prego (fig.239) na e sta ção d e
b a ixa na e sta çã o d e
p re nsag e m e na
q ua lid a d e p re nsa g em e na
c a u s a s 11 e fe ito s s o lu ç õ e s cha pa d a
cha p a da lo m ba d a
lo m ba d a
a justa r a m e sa
m io lo m uito ajusta r a d istâ ncia
p ro b lem a s no nive la d o ra a té d istâ ncia e ntre
b a ixo na g a ve ta b a ixa e ntre o s vincos a té
re file trila te ra l d e sa p a ra c er o vinco s m uito
transp o rta d o ra q ua lid a d e d esa pa ra cer o
p ro b le m a g ra nde
p ro b le m a
a ltura e xce s siva a rra nca m ento
d im inuir a a ltura do a justa r a a ltura d a
d o ta m b o r d a e m ca p a s p re nsa d a
ta m bo r d a ca p a b a ixa prensa até
ca p a e nve rnizad a s lom b a da m uito
q ua lid a d e d esa pa re cer o
ba ixa
ajus ta r o s ro lo s p ro b le m a
ro lo s a p lic ad o re s a plica d o re s d e
livro m a l
a p e rta d o s co ntra a co rd o co m a s
a c a ba d o
a lo m b a d a ins truçõ e s d o ítem
6 .2 .1 0
m uita p re ss ã o na
d im inuir a p re s sã o
e sta çã o d e
b a ixa na e sta çã o d e
p rensa g e m e na
q ua lid a d e p re ns ag e m e na
chap a d a
c ha p a d a lo m b ad a
lo m b a d a
a justa r a d istâ ncia
d is tância e ntre
b a ixa e ntre o s vinco s a té
vinc os m uito
q ua lid a d e d e sa p a ra c er o
g ra nde
p ro b le m a
a jus ta r o Figura 240: lombada em forma de cogumelo (MM)
s incro nis m o d a
p res sã o la te ra l b a ixa
p res sã o la tera l a té
a tra sa d a q ua lid a d e 6.4.13 Lombada convexa (fig.241)
d e sa p a re c er o
p ro b le m a

Figura 239: lombada cabeça-de-prego (Müller Martini) Figura 241: lombada convexa (Müller Martini)

170
causas 13 efeitos soluções 6.4.15 Rugas na lombada (fig.243)
baixa adesão
camada de na parte ajustar a altura do causas 15 efeitos soluções
cola mal frontal e dosador até refile diminuir a pressão
nivelada posterior do desaparecer o problema pressão lateral
trilateral lateral até desaparecer
produto muito apertada
ruim o problem a
ajustar o dosador de ajustar a altura da
ajuste prensa da má
livro mal acordo com as prensa da lom bada até
incorreto do lom bada muito aparência
acabado instruções do ítem desaparecer o
dosador baixa do produto
6.2.10 problem a
vincos muito diminuir a distância ajustar a mesa
má aparência miolo muito alto título do
afastados na entre os vincos até niveladora até
do produto na gaveta produto
capa desaparecer o problema desaparecer o
transportadora ilegível
ajustar a altura do problem a
altura do
baixa dosador de acordo com baixa dim inuir a altura da
dosador fresa muito alta
qualidade as instruções do ítem qualidade fresa
muito baixa
6.2.10
baixa trocar o papel da capa
pressão ajustar o sincronismo da capa muito fina
baixa qualidade por um m ais espesso
lateral pressão lateral até
qualidade
adiantada desaparecer o problema ajustar o sincronism o
tem po de
baixa da pressão lateral até
prensagem pressão lateral
baixa diminuir a pressão na qualidade desaparecer o
excessiva no adiantado
qualidade gaveta transportadora problem a
miolo
tem po de trocar por uma cola
baixa
abertura m uito com tem po de abertura
6.4.14 Cavidade na lombada (fig.242) qualidade
baixo m ais alto

causas 14 efeitos soluções

pressão muito
baixa adesão diminuir a pressão na
alta na gaveta
da capa gaveta transportadora
transportadora
rasgo da
tempo de utilizar uma cola com
capa durante
abertura muito tempo de abertura
o corte
baixo mais alto
trilateral

vincos muito aumentar a distância
aparência do
próximos entre os vincos
produto
diminuir a pressão
pressão lateral baixa Figura 243: rugas na lombada (Müller Martini)
lateral até desaparecer
muito alta qualidade
o problema
fresa sem
baixa
manter a fresa sempre 6.4.16 Capa mal registrada (fig.244)
corte ou muito afiada e nivelada com
qualidade
inclinada a lombada do miolo
causas 16 efeitos soluções

separar em lotes com


título do
diferenças no tamanhos mais
produto fora
corte da capa homogêneos para
de centro
minimizar o problema
ajustar a alimentação
alimentação
das capas até
da capa mal má aparência
desaparecer o
ajustada
problema
ajustar os esquadros
esquadros baixa
até desaparecer o
mal ajustados qualidade
problema
Figura 242: cavidade na lombada (Müller Martini)

171
ca u s a s 18 efe ito s s o lu ç õ es

utiliza r a faixa d e
te mp e ratura muito ca p a te mp eratura
b aixa no coleiro enrug ad a re co me nd ad a p e lo
fa brica nte d a co la
m ante r o d osa d o r
d os ad o r (sp inn e r)
b a ixa limp o e na
co m b a ixa
a de sã o d a te mp eratura
te mp e ra tura ou
ca p a re co me nd ad a p e lo
sujo
fa brica nte d a co la
Figura 244: capa mal registrada (Müller Martini)
b a ixa a ume ntar a
po uc a co la no
a d esã o no quantida d e d e co la
co le iro
6.4.17 Miolo fora de esquadro (fig.245) m io lo no co le iro
suje ira na s ma nte r a s lâ minas
causas 17 efeitos soluções livro ma l
lâm ina s do sa d o ras se mp re
a ca b a do
d os ad o ra s limp a s
fresa não está cabeça-de-prego manter a fresa
nivelada em um lado nivelada
6.4.19 Lombada invertida (fig.247)
disco ou chapa
manter o disco
de apoio não baixa adesão causas 19 e fe ito s s o lu ç õ e s
ou a chapa de
estão paralelos nas primeiras ou
apoio paralelos
com o lado nas últimas b aixa p re ss ão a um e nta r a
com a gaveta b a ixa a d e sã o no
interno da gaveta páginas na g a ve ta p re s sã o na g a ve ta
transportadora p é e na ca b e ça
transportadora tra nsp o rta d o ra tra nsp o rta d o ra

ajustar os rolos ba ixa re sistê nc ia m a nte r o


pouco adesivo fo lg a no s
aplicadores de à tra ç ã o d e e q uip am e nto em
a né is o u no
nas primeiras ou má aparência do p á g ina s no sua s c o nd iç õ e s
acordo com as trilho
nas últimas produto p rod uto o rig ina is d e us o
instruções do
páginas
ítem 6.2.10 m anter a unid a d e
unid ad e d e
p ro d uto m a l de co rte se m pre
c o rte
a c a ba d o a linha d a c o m o
d es a linhad a
m io lo

Figura 245: miolo fora de esquadro (Müller Martini) Figura 247: lombada invertida (Müller Martini)

6.4.18 Falhas na camada da cola antes da 6.4.20 Trilhos irregulares na capa (fig.248)
aplicação da capa (fig.246) causas 20 efeito s soluções

ajustar a m esa
miolo muito fraca adesão da
niveladora até
alto na gaveta capa no centro
desaparecer o
transportadora da lombasa
problema
fresa muito produto mal dim inuir a altura da
alta acabado fresa
ajustar a altura da
prensa da prensa da
lom bada muito baixa qualidade lom bada até
baixa desaparecer o
Figura 246: falhas na camada de cola (Müller Martini) problema

172
6 .4 .2 2 Fo rm aç ão d e te ia s- de -a ra nh a
(fig.250)
c a u s as 2 2 e fe ito s s o lu ç õ e s

fo rm a çã o a um enta r a te m p e ra tura no
vis co sid a d e d e fio s a o co le iro e /o u no d o s a d or e
m uito alta lo ng o d a tro c a r o a d e sivo p or um
m á q uina co m m e lho r d e se m pe nho

te m p e ra tura ba ixa a um enta r a te m p e ra tura no


m uito b a ixa q ua lid a d e c o le iro e /o u no d o sa d o r

má d im inuir a q ua ntid a d e d e
e xce s so de
a p a rê ncia c o la até d e sa p a re ce r o
co la
do p ro d uto p rob le m a

Figura 248: trilhos na capa (Müller Martini)

6.4.21 Cola lateral irregular (fig.249) Figura 250: teias-de-aranha (Müller Martini)

causas 21 efeitos soluções 6.4.23 Filme de cola lateral não alisado


ajustar os discos
(fig.251)
discos colagem
aplicadores até
aplicadores mal lateral c au s as 2 3 efeito s s o lu ç õ es
desaparecer o
ajustados irregular
problema
ajusta r a a ltura
ap licad ores de
ajustar os bicos d os ap licad o res
bicos cola latera l m uito lomb a da
baixa aplicadores até d e cola late ral até
aplicadores mal a ltos em relaçã o à incha da
qualidade desaparecer o d esap are cer o
ajustados p rensa d a cap a
problema p rob le ma

lom bada com produto a umentar a


te mpe ratura da lomb a da
formato de mal ver ítem 6.4.11 temp e ratura da
co la muito b aixa ama ssa da
cabeça-de-prego acabado cola

prensa m al ajustar a prensa até dificuld ad e s d e tro ca r a co la po r


ajustada ou má desaparecer o temp o de a b ertura e mpilha mento o utra com te mpo
desalinhada com aparência problem a e m antê-la muito ba ixo no refile d e ab e rtura ma is
a gaveta do produto alinhada com a gaveta trilatera l a lto
transportadora transportadora

Figura 249: cola lateral irregular (Müller Martini) Figura 251: filme de cola lateral não alisado (MM)

173
6.4.24 Sangramento do adesivo durante o
corte trilateral (fig.252)
c au sa s 2 4 efe ito s s o lu ç õ e s

a justa r o co rte d e co la
b a ixa
co rte d e cola no s a plicad o re s a té
q ua lid a de no
m a l ajusta do d e sa p are ce r o
re file trila te ra l
pro b le m a

tem p o d e b a ixa dim inuir a ve lo cid a de


re sfria m ento q ua lid a de do na e ste ira de
m uito curto p ro duto re sfria me nto
ve lo cid ad e da Figura 253: bordas onduladas
m á a p arê ncia dim inuir a ve lo cid a de
m á quina
do p rod uto d a m á quina
muito a lta
6.4.26 Papel quebra na dobra (fig.254)
tem p o d e trocar a co la p o r o utra
p ro d uto ma l
ab e rtura co m tem p o d e a b ertura
a ca b a do ca u sa s 26 efe ito s s o lu ç õe s
muito a lto m a is curto
temp era tura e xc essiva cama da diminuir a
d iminuir a q ua ntid a d e
limp e za no fo rno da cuchê te mpe ratura no
e xce sso d e d e co la la te ra l a té
freq üente da imp resso ra rota tiva q ueb rad iça forno
co la la teral d e sa p are ce r o
fa ca
pro b le m a ba ixa reumid ifica ção b aixa insta lar siste ma
d o pa pe l ap ós o fo rno q ualid ad e de re umidificaçã o
a d e sivo
limp e za tro ca r p o r um a de sivo d a imp resso ra na do bra na imp resso ra
la te ra l d e
freq üente da co m tem p o d e a b ertura
pega
fa ca de finid o
pe rm ane nte

Figura 252: sangramento do adesivo (Müller Martini) Figura 254: papel racha (quebra) na dobra

6.4.25 Bordas onduladas ou empenadas 6.4.27 Baixa resistência à tração das


(fig.253) páginas do miolo (fig.255)
causas 27 efeitos solu çõ es
causas 25 efeitos soluções
baixa resistência à utilizar P UR, cola
tração devido ao baixa fria ou sistema de
dilatação
papel ressecado diminuir a excesso de papel adesão do dois estágios para
freqüente do reciclado na miolo minimizar o
após a impressão temperatura de
papel, composição do papel problema
devido à temperatura secagem no
provocando a
elevada na secagem forno instalar sistema de
ondulação
reumidificação na
alta temperatura de
instalar dificuldade impressora ou
secagem provocando
baixa reumidificação de adesão utilizar sistema de
má aparência sistema de o ressecamento do
do P UR dois estágios para
após o forno da papel
do produto reumidificação minimizar o
impressora
na impressora problema

174
c au sa s 29 e feitos so luç õ es

aum e nta r a pre ssão


b aixa p ressão na na p re nsa de ca pas
lom b ad a fo fa
prensa d e cap as a té o pro ble m a
de sap are cer

utiliza r o s â ngulo s
d esco lam e nto
â ngulo d a fa ca reco m enda do s p elo
pa rcia l d a
m uito alto fa bricante d a
lom ba da
g uilhotina trila tera l

tend ência à
prod uto m a l utilizar ca rtõ es de
de lam inaçã o d o
a cab ad o q ualida de sup erio r
cartão d a capa
b aixa re sistência
m á ap arência utilizar ca rtõ es de
à um ida de d o
do p rod uto q ualida de sup erio r
Figura 255: baixa resistência à tração cartão d a capa

6.4.28 Dilatação após o refile trilateral 6.4.30 Ruptura da coesão da camada do


(fig.256) filme de cola (fig.258)
causas 28 efeitos soluções causas 30 efeitos soluções

excesso de dilataçã o instalar um amolecimento da utilizar colas com


tem peratura no excessiva do sistema d e camada de filme ruptura parcial ou ponto de
forno da mio lo em reumid ificação hot-melt devido ao total do filme de cola amolecimento
im pressora rotativa relação à capa na imp ressora calor mais elevado
dilataçã o evitar sentidos utilizar colas com
papéis com diferente entre de fibra de p apel recristalização do ruptura parcial do ponto de
d iferentes sentido s capa e miolo e d iferentes no hot-melt filme de cola amolecimento
de fibra entre cadernos m iolo e entre mais elevado
do miolo capa e miolo
excesso de utilizar colas com
ruptura parcial ou
amaciante na cola menor teor de
total do filme de cola
fria amaciante
secagem do filme manchas brancas climatizar o
de cola abaixo de que causam a ambiente em
20oC e/ou com a ruptura parcial ou regiões muito
umidade muito alta total do filme de cola frias

Figura 256: dilatação após o refile

6.4.29 Lombada danificada após o refile


trilateral (fig.257) Figura 258: ruptura do filme de cola (Müller Martini)

6.4.31 Separação total entre o filme de cola


e o papel (fig.259)

Figura 257: lombada danificada Figura 259: separação entre a cola e o papel (MM)

175
causas 31 efeitos soluções 6.4.33 Adesivo PUR flui lentamente do
processo de aplicador
separação
colagem
total entre o utilizar colas com maior cau sas 33 soluções
efetuado após o
filme de cola tempo de abertura
tempo de
e o papel verificar a temperatura no
abertura da cola viscosidade
reservatório e, se estiver correta,
fazer testes de muito alta
problemas de separação consultar o fabricante do adesivo.
colagem para a
rejeição entre as total entre o
escolha do adesivo temperatura verificar a temperatura no
superfícies filme de cola
adequado, antes de muito baixa reservatório
colantes e o papel
iniciar a produção

utilizar as regulagens
separação 6.4.34 Adesivo PUR apresenta aspecto
umectação informadas no ítem
total entre o
inadequada do 6.2.10 ou trocar o leitoso na aplicação
filme de cola
papel adesivo por outro de
e o papel
melhor desempenho
causa 34 solução
separação utilizar a faixa de
temperatura de espuma introduzida no pote durante trocar o pote por
total entre o temperatura
aplicação o carregamento do adesivo um novo.
filme de cola recomendada pelo
incorreta
e o papel fabricante da cola
condições
ambientes
separação manter o ambiente nas 6.4.35 Adesivo PUR torna-se leitoso no
total entre o condições
desfavoráveis ao reservatório de aplicação
filme de cola recomendadas pelo
processo de
e o papel fabricante da cola
adesão
causas 35 soluções

temperatura do pote m uito verificar a temperatura no


baixa reservatório

separação do adesivo
devido à alta velocidade este aspecto é norm al
6.4.32 Ruptura do papel (fig.260) da m áquina

causas 32 efeitos soluções 6.4.36 Adesivo PUR não recobre o rolo


esta é a situação
aplicador
mais comum . Se
forças de coesão e papel do
tiver dúvidas da causas 36 soluções
adesão da cola são m iolo rasga
qualidade do
m aiores do que as quando verificar a temperatura no
papel, fazer testes viscosidade muito
forças de coesão submetido a reservatório. S e estiver correta
de resistência em alta.
do papel tração consultar o fabricante do adesivo.
m odelos antes de
iniciar a produção nível muito baixo de
completar o reservatório.
cartão da fazer testes de P UR no reservatório.
capa resistência em lâminas dosadoras
forças de coesão e
delam ina ou m odelos antes de não ajustadas ou reajustar as lâminas. Verificar o
adesão da cola são
rasga iniciar a produção operando funcionamento dos sensores.
m aiores do que as
quando e/ou utilizar um incorretamente.
forças de coesão
submetido a cartão de
do cartão da capa
testes de qualidade
durabilidade superior.
6.4.37 Adesivo PUR transborda do reser-
vatório de aplicação durante a produção
causas 37 soluções

temperatura muito verificar a temperatura no


baixa. reservatório.

contaminação com a cola lateral deve ser


cola lateral. aplicada após o adesivo P UR.

nível muito alto de P UR verificar o sensor de nível do


Figura 260: ruptura do papel (Müller Martini) no reservatório. reservatório.

176
6.4.38 Pouco ou nenhum adesivo PUR é 6.4.42 O pote de adesivo PUR apresenta
aplicado na lombada do miolo uma pele na superfície
c au s a s 3 8 s o lu çõ e s causa 42 solução
ve rifica r a altura d o ro lo penetração de umidade no aquecer o pote e
ro lo a p lica do r muito ba ixo
ap lica d or. pote de adesivo. remover a pele.
rea jus ta r as lâ mina s
lâm ina s d osa d o ras
do sa d ora s e ve rific ar o s
a justa da s inco rreta me nte
se nso res .
6.4.43 Pote de adesivo PUR apresenta
aspecto gelatinoso
re ajustar a a ltura d o ro lo
ro lo do sa d or muito a lto
d os ad o r.
causa 43 solução
ve rifica r a te mp e ratura d o
ro lo d o sa do r muito frio. drenar o adesivo até que a
ro lo d o sa do r. contaminação do
parte gelificada saia por
va ria çã o d e g ave ta p ara ve rificar a a ltura d a s pote por umidade
completo.
ga ve ta g a veta s d e tra nsp orte .

rolo a plica d o r nã o g ira no


ve rifica r o ro lo a p lic ad o r.
6.4.44 Adesivo PUR apresenta coloração
re serva tório . amarelada no reservatório de aplicação
6.4.39 A viscosidade do adesivo PUR causa 44 solução
aumenta rapidamente no reservatório de
superaquecimento do verificar a temperatura do
aplicação
reservatório reservatório.
causa 39 solução

falha no sistema de drenar o reservatório até que o 6.4.45 Nenhum adesivo PUR é aplicado na
aquecimento da cola adesivo escoe normalmente. capa do produto
6.4.40 Baixa resistência à tração das causas 45 soluções
páginas do miolo colado com adesivo PUR o computador da cola deve
aplicador desligado
c au s as 4 0 s o lu ç õ e s estar no modo início (start).

p o uco fotocélulas
usa r o d e sfib ra do r o u a lixa de ira verificar as fotocélulas.
d e sfib ra m e nto desligadas.
p a ra p re p a ra r a lo m b a da d o m iolo .
d a lo m b ad a .
ar comprimido verificar as conexões a as
fa ze r ra nhura s na lo m b a da . desligado válvulas pneumáticas.

p o uca a um e nta r a ve lo c id a d e do ro lo
p e netra ç ã o d e ap lic a d or o u a um e nta r a p re ss ã o no 6.4.46 Quantidade incorreta de adesivo
P UR na p rim e iro ro lo a p lic a do r no PUR é aplicada na capa do produto
lom b a d a . re s erva tó rio .
a um e nta r a p re s sã o no a p lic ad o r d a causas 46 soluções
c a p a.
velocidade de verificar a velocidade da bomba
bombeamento do e ajustar para a largura de
6.4.41 Adesivo PUR permanece incurado adesivo incorreta. aplicação desejada.
por longo tempo
causas 41 s o lu çõ es filtros entupidos. verificar e trocar, se necessário.

re ume d e ce r o s ca d e rno s
imp re ssos e m ro ta tiva s 6.4.47 Variação da posição da aplicação do
p ap é is d o mio lo e/o u d a com fo rno adesivo PUR na capa do produto
ca pa muito seco s. pe rm itir que o s p ap é is da
ca p a re to rne m à sua c a u s as 4 7 s o lu ç õ e s
umid ad e no rma l.
fa lha no g e ra do r d e ve rifica r e rep a ra r.
os p ro d uto s fo ra m de ixa r os p ro d uto s em lo ca l p uls os .
g ua rd a d o s e m lo ca l co m co m te m pe ra tura sup e rio r a
ba ixa te mp e ra tura , lo g o 1 6 ºC po r, p e lo me no s, 2 4 suje ira nas fo toc é lula s. lim p a r a s fo to cé lula s.
a p ó s a e nca d e rna ção . ho ra s.

177
6.4.48 O adesivo PUR é aplicado em capas 6.4.52 Falha no corte da camada de adesivo
alternadas PUR aplicado na capa do produto
causas 52 solu ções
causas 48 soluções
altura incorreta do ajustar para a posição
ajuste do atraso da aplicação é cabeçote aplicador . correta.
superior a uma capa e ao reajustar.
espaçamento entre elas. vazamento de adesivo no reparar o vazam ento ou
aplicador. trocar o aplicador.
comprimento da aplicação da cola é
maior que uma capa e o espaçamento reajustar suporte da capa instalado ajustar o suporte para a
entre elas. incorretamente. posição correta.

6.4.53 Sangramento da imagem no refile


trilateral
6.4.49 Baixa qualidade do filme de adesivo
ca u s a s 53 s o lu çõ es
PUR aplicado na capa do produto
a va ria ç ão d e d o b ra
s ub stituir o s ca d e rno s
e stá a cim a d o
d e fe ituo so s
causa 49 solução e sp e cifica d o
a m a rg e m d e refile de ve se r
cabeçote aplicador muito alto em relação de no m ínim o 3 m m ; p a ra
à capa, provocando a formação de abaixar o p ro d utos m uito e sp e ss os ,
gotas, interrupção do filme de cola e cabeçote. a m a rg e m d e refile a cim a d e 3 0 m m , a m a rg e m
extremidades irregulares. e stá m uito p e que na d e re file d e ve se r p e lo m e no s
p a ra a e sp e ss ura d o de 5 mm
prod uto fa ze r um b o ne c o a nte s d e
p ro duzir o p ro duto e ve rific a r
a m arge m m ínim a d e re file
6.4.50 Um filme plano e largo de adesivo ne c es sá ria
PUR é aplicado na capa do produto as fa ca s d e c o rte tro cá -las p o r um c o njunto no vo
e stão ce g a s e a fia d o
causa 50 solução o â ng ulo d e c orte d as
fa c as e s tá inco rre to troc a r a s fa ca s p o r um
cabeçote aplicador muito baixo em (m uito o b tuso ), co njunto c om o â ng ulo d e
relação à capa, provocando a p ro vo ca nd o um co rte co rte re co m e nd a d o p e lo
levantar o m a io r d o q ue o fa bric a nte d o e q uip a m e nto
formação de um filme largo e plano, o
cabeçote. e sp e ra do
corte traseiro impreciso e gota no
início da aplicação. a s se g ura r q ue os c a de rno s
fiq uem alinha d o s p ela
ca b e ça , junto a o pino d a
c o rre nte d e tra nsp o rte e p e la
lo m b a d a , na m e s a d e
a linha m e nto , a nte s d a
p re pa ra ç ã o d a lom b a d a e da
6.4.51 Bordas irregulares no fime de o s ca d e rnos nã o e stã o p os terio r co la g e m
p e rfe ita m ente
adesivo PUR aplicado na capa do produto a linha d o s no m o m e nto verifica r o p o sicio na m e nto
da co la g e m d o s p inos d a co rre nte de
tra nsp o rte , o nivela m e nto d a
causa 51 solução m e sa d e a linha m e nto e a
p re s sã o d a s m o las na s
cabeçote aplicador não está g ave ta s d e tra nsp o rte
ajustar o cabeçote
paralelo à capa, deixando uma
paralelamente à capa. a justa r o u s ub stituir a s p eç a s
das bordas laterais irregular. d e fe ituo sa s

178
6.5 Controlando a Qualidade 6.5.1 Correta limpeza da lombada após a
fresagem
Neste capítulo apresenta-se alguns tes-
tes de avaliação da qualidade da encader- Retirar um miolo, após a operação de
nação, e também alguns aspectos da Norma fresagem e antes da estação de aplicação
Brasileira para produção de livros didáticos de cola, e examinar detalhadamente a lom-
devido a sua grande importância na produ- bada. Esta deve estar corretamente refilada,
ção gráfico/editorial brasileira. com perfil reto e sem resíduos de papel
Em equipamentos automáticos de en- (fig.261).
cadernação com lombada quadrada, qual-
quer problema de produção poderá causar
um grande prejuízo, pois o custo, nesta etapa,
é o maior em toda a cadeia produtiva.
Por este motivo, um programa de quali-
dade assegurada deve ser implementado
nas operações de acabamento, para prevenir
a ocorrência dos diversos defeitos citados
anteriormente.
Em equipamentos que não dispõem de
nenhum controle automático, os dispositivos
chamados CAB, em inglês Computer Aided
Binding, que, numa tradução livre, seria algo
como encadernação auxiliada por computa- Figura 261: lombada limpa e reta
dor, os cuidados com os ajustes e a verifica-
ção contínua dos parâmetros de qualidade Pode-se fazer um teste prático de ava-
devem ser redobrados. Os parâmetros a liação da quantidade residual de pó na
serem avaliados na encadernação com lom- lombada, colando uma fita adesiva colorida,
bada quadrada são os seguintes: por exemplo vermelho-escuro, na lombada,
 correta limpeza da lombada após a logo após a fresagem e a limpeza e antes
fresagem; da aplicação da cola. Remover a fita e colar
 distância e profundidade dos riscos; numa placa de vidro limpa. Examinar a fita
 superfície do spinner sempre limpa; com um conta-fios e verificar a presença de
 viscosidade da cola; pó de papel (pedaços de fibra de celulose,
 temperaturas; cargas minerais etc.).
 espessura do filme de cola;
 registro da capa; 6.5.2 Distância e profundidade dos riscos
 pressão na lombada;
 produto refilado; A distância entre os riscos da lombada
 resistência à tração das folhas do miolo; deve ser medida com uma régua de aço. A
 resistência à flexão das folhas do miolo; profundidade dos riscos deve ser avaliada
 abertura plana das folhas do miolo; com um conta-fios dotado de escala em
 teste do metrô; décimos de milímetro (fig.262).

179
deflexão de uma mola causada pela resis-
tência do material ao movimento de rotação,
no sentido horário, de um sensor de cisalha-
mento, numa velocidade previamente esco-
lhida.

Figura 262: conta-fios com escala (E) e profundidade


do risco (D) (Müller Martini)

6.5.3 Superfície do dosador sempre limpa

Esta avaliação é visual e deve ser feita


periodicamente. Ao menor sinal de acúmulo
de sujeira no spinner recomenda-se proce-
der imediatamente à limpeza necessária
(fig.263).

Figura 264: viscosímetro Brookfield (Braseq -


Brasileira de Equipamento)

Quanto maior a velocidade, em rota-


ções por minuto (rpm), menor é a faixa total
de viscosidade a ser medida. Quanto maior
Figura 263: dosador limpo (Kolbus - IPP) fisicamente for o sensor de cisalhamento,
menor será a faixa de viscosidade medida e
6.5.4 Viscosidade da cola vice-versa.
Para manter a amostra de cola hot-melt
Esta avaliação pode ser feita por com- ou PUR na temperatura desejada, o viscosí-
paração visual do comportamento da cola metro possui um dispositivo controlador da
quando agitada no coleiro. Ela pode estar temperatura da amostra.
mais grossa ou mais fina do que o usual, A viscosidade dos adesivos hot-melt a
dependendo das temperaturas de amole- 160ºC varia de 3000 a 7000 mPa.s e dos
cimento e de aplicação (no caso de adesivos adesivos PUR, nas mesmas condições, entre
hot-melt e PUR), das condições ambientes 5000 e 6000 mPas.s. Os adesivos de disper-
e da contaminação do coleiro. são, dependendo do tipo de aplicação, na
A medida da viscosidade deverá ser temperatura de 20ºC, têm viscosidade entre
feita em laboratório, em condições padroni- 1000 e 150 mil mPas.s. Como referência, a
zadas. O viscosímetro utilizado para esta viscosidade da água a 20ºC é 1 mPas.s.
medição é do tipo Brookfield (fig.264), cuja Para maiores detalhes sobre o ensaio
medida da viscosidade é resultante da de medição de viscosidade de adesivos hot-

180
melt pode-se consultar a norma ASTM D-
cola
2669-87 - Método Prático para determina-
ção da viscosidade aparente de graxas de
petróleo com aditivos (hot-melt). Na dúvida,
deve-se consultar o fornecedor, pois ele po-
derá medir com precisão a viscosidade da
cola nas condições de amolecimento e de
aplicação. papel

6.5.5 Temperaturas Figura 266: escala do conta-fios (Müller Martini)

É recomendável monitorar as seguintes 6.5.7 Registro da capa


temperaturas:
 amolecimento no pré-aquecedor. Verificar regularmente o correto posi-
 aplicação no coleiro. cionamento da capa em relação à lombada,
 no dosador. tanto na altura quanto na centralização
 temperatura ambiente. (fig.267).

Termômetros digitais de contato ou in-


fravermelho (fig.265) permitem medir a tem-
peratura dos adesivos com precisão.

Figura 267: registro da capa

6.5.8 Pressão na lombada


Figura 265: termômetro de contatto (E) e termômetro
infravermelho (D) (Hexasystems)
Fazer uma inspeção visual e verificar
se a lombada está perfeitamente reta, sem
6.5.6 Espessura do filme de cola rugas ou deformações. Pode-se também
pressionar o polegar, deslizando-o pela lom-
O filme de cola seco é avaliado com um bada e sentindo, desta forma, como está o
conta-fios dotado de escala (fig.266), avali- contato entre a capa e a lombada. Se houver
ando-se a cola no pé e na cabeça, regular- bolhas ou falhas na aplicação da cola, isto
mente, nos produtos refilados. Pode-se fazer poderá ser detectado pelo tato.
um teste destrutivo em alguns produtos,
cortando a lombada ao meio, longitudinal e 6.5.9 Produto refilado
transversalmente, e medindo-se a variação
de espessura do filme de cola ao longo da Verificar se o produto está isento de su-
lombada. Ver, em anexo, as espessuras jidades, deformações na capa, na lombada
recomendadas para cada processo. e no miolo, rasgos, com penetração da cola

181
entre as páginas do miolo, se a cola lateral Os parâmetros devem ser controlados
não ultrapassa o vinco, se os textos ou as em cada etapa do processo e, se tudo estiver
imagem impressas não estão sangrados dentro do esperado, o resultado dos testes
pelo corte, se a paginação está correta, se de arrancamento de páginas irá apenas con-
a capa não está invertida ou trocada em rela-firmar a boa encadernação. Além disso, é
ção ao miolo e se o formato está dentro das importante, para efeito de comparação, que
especificações do cliente. estes testes sejam efetuados sempre no
Pode-se medir o formato do produto mesmo intervalo de tempo após a produção.
com uma régua de aço. Arrancar a capa e No teste de resistência à tração (pull
verificar a quantidade de fibras aderidas na test), uma folha do miolo é submetida à ten-
lombada. Se for inferior a 90%, o processo são de uma carga, de modo crescente e sua-
de encadernação está errado. ve, até que haja o rompimento da camada
Todos os demais atributos são avalia- de cola ou da folha de papel. Este teste
dos por comparação; portanto, deve-se soli- mede a força de adesão entre o filme de cola
citar o maior número possível de informações e as folhas de papel do miolo.
sobre o produto, antes de iniciar o processo A resistência ao arrancamento da folha
de encadernação. Não fazer a encadernação é calculada em N/cm. A FOGRA recomenda
sem conhecer o grau de expectativa do que sejam medidas as resistências de cinco
cliente em relação à qualidade do produto. folhas escolhidas aleatoriamente ao longo
Registrar estes parâmetros para futuras do miolo. Destes valores, extrai-se a média
produções. Lembrar-se que o importante é aritmética simples, que será dividida pelo
ter sempre o cliente de volta e não o produto.
comprimento da lombada. Anotar este valor
numa ficha contendo as informações do tipo
6.5.10 Resistência à tração das folhas do de papel do miolo e da capa, do tipo de cola,
miolo do processo de impressão utilizado e do pro-
cesso de encadernação e suas variáveis,
Para produtos encadernados com cola além do equipamento e do operador.
fria, deve-se esperar pelo menos 18 horas As folhas arrancadas deverão ter suas
antes de executar este ensaio. Em alguns bordas analisadas cuidadosamente e estas
casos, dependendo das condições do ambi- informações devem ser tabuladas para uso
ente, a secagem completa pode exigir 36 futuro como comparativo. Não existe um pa-
horas. Para colas hot-melt, os testes podem drão internacional para os valores de resis-
ser iniciados uma hora após a encaderna- tência à tração, mas alguns modelos são
ção, porém a força máxima de adesão pode muito conhecidos:
demorar cerca de 24 horas para ser atingida.  Padrão FOGRA
Para PUR, os testes podem ser efetuados a  Padrão Britânico
partir de duas horas após a encadernação,  Padrão Americano
mas os valores serão inferiores aos testes O mercado brasileiro adotou o padrão
efetuados após 36 horas. estabelecido pela Norma NBR14869 -
Qualquer que seja o adesivo, é preciso Especificações Técnicas para a Produção
esperar um certo período de tempo para de Livros Didáticos, que está baseado no
conhecer o grau de adesão das páginas do padrão FOGRA. Estes padrões estão dispo-
miolo, mas isto não significa que a máquina níveis mais adiante.
deverá ficar parada esperando o resultado Um aparelho muito usado para os tes-
dos testes. tes de tração é mostrado na fig.268.

182
manômetro do manômetro  dividir o resultado por 10 para ter a carga
ar comprimido de carga expressa em N/cm (Newton/cm), já que
Newton é a unidade padrão de força no
Sistema Internacional de Unidades.
Nota: A unidade kp (kilopound) era a
antiga unidade de força: 1 kp = 1 kg x gn, onde
kg é a unidade internacional de massa e gn
é a constante para a aceleração gravitacio-
haste do pistão nal. Com isto, tem-se: 1 kp = 9,80665 kg x
de tração
m/s2. Como a definição de força é o produto
barra de
arraste da massa pela aceleração, no sistema inter-
nacional tem-se o seguinte: Força = massa
x aceleração, ou: 1 Newton (N) = kg x m/s2.
barra de
travamento
Daí, 1 kp = 9,80665 N.
produto Voltando ao ensaio, anotar os valores
das cinco medidas (recomendação FOGRA)
e calcular a média aritmética dividindo a
Figura 268: aparelho para teste de tração de páginas
soma dos valores por 5. Se observar a trans-
formação de bar em kp e depois em N/cm,
O produto a ser analisado é colocado pode-se simplesmente dividir o valor em bar
aberto na posição horizontal; a seguir é preso pelo comprimento da lombada, para ter o
pela barra de travamento e uma de suas valor da carga, ou mais exatamente 98% do
folhas é presa na barra de arraste, ligada à valor correto. Como a diferença é pequena,
haste do pistão de tração. A folha deve ser na prática pode-se usar este último processo
cuidadosamente enrolada na barra de para calcular o valor da resistência à tração,
arraste, para evitar que se solte durante a sem ofender muito os princípios das leis da
aplicação da carga. Um sistema de lingüeta Física.
de travamento impede o desenrolar da folha
durante a tração. A carga, então, é aplicada 6.5.11 Resistência à flexão das folhas do
e um ponteiro indicador no manômetro vai miolo
registrar a tensão máxima alcançada.
Se o valor for dado em psi, ou seja, em No ensaio de flexão, uma folha, tensio-
libras por polegada quadrada (em inglês, nada usualmente com 1 N/cm em equipa-
pounds per square inch), dividindo-o pelo mento apropriado, é movimentada para
comprimento da lombada, expresso em frente e para trás até que ocorra o seu des-
polegadas, tem-se a carga de ruptura em prendimento da camada de cola. O número
libras/pol. Para converter para N/cm, é só de ciclos ou flexões é anotado por um
multiplicar este valor por 1,8. Se o valor for contador. Num aparelho bastante conhecido,
dado em bar, procede-se à seguinte conver- o produto é preso na base e uma de suas
são de unidades: folhas é presa no tensionador e movimentada
 multiplicar o valor em bar por 9,80665, num ângulo de 120°, simulando o desfolhar
para obter o resultado em kp/cm2 (1 kp = executado pelo leitor (fig.269).
9,80665 bar); A velocidade do movimento é cons-
 dividir este valor pelo comprimento da lom- tante e pode ser ajustada por meio de um
bada em cm, para ter a carga expressa em variador de velocidade. Usualmente, o valor
kp/cm; empregado neste ensaio, conforme a reco-

183
Método Otabind
tensionador
O produto é testado em três partes: nas
variador de primeiras cinco folhas, no meio e nas últimas
velocidade
produto 5 folhas. O produto é aberto e pressionado
levemente para baixo até permanecer plano,
sem apresentar uma tendência de retorno à
posição fechada (fig.271).

trava

Figura 269: aparelho para teste de resistência à flexão

mendação do fabricante do aparelho, é de Figura 271: método Otabind (Müller Martini)


40 ciclos por minuto.
Se o produto não tiver uma boa aber- Método FOGRA
tura plana, este ensaio não poderá ser exe-
cutado, já que o ponto de flexão da borda da O produto é aberto pelo meio e colo-
folha não se movimentará dentro de um ângu- cado numa superfície plana e horizontal com
lo aproximado de 120° (fig.270). a capa para cima. Um peso de 100 gramas
é colocado no meio da lombada e a distância
F = ponto de flexão
entre a superfície e o meio da lombada é me-
da folha F quase 0 dida com uma régua de aço (fig.272)
0

Figura 270: abertura do livro: adequada para o teste


(E) e não adequada (D) (Müller Martini)

Os valores recomendados, de acordo


com cada padrão, estão disponíveis em Figura 272: método FOGRA
anexo. Como este ensaio costuma apre-
sentar uma dispersão muito grande nos
resultados, além de demorar bastante tempo O mesmo procedimento é repetido
na sua conclusão, o número de flexões para um peso de 300 gramas. Quanto menor
costuma ser limitado a um valor pré-fixado a distância e menor for o peso, maior a ten-
de algumas centenas de ciclos. dência de abertura plana.

6.5.12 Abertura plana das folhas do miolo 6.5.13 Teste do metrô

Para avaliar esta variável das enca- Este teste também é baseado em as-
dernações com lombada quadrada, pode-se pectos subjetivos do produto. As brochuras
usar dois métodos práticos, que, obviamen- são dobradas para trás, num ângulo de 360°.
te, envolvem aspectos muito subjetivos: A encadernação e o material da capa podem

184
ser avaliados, como a formação de rugas e Resistência à tração - padrão Britânico:
a possibilidade de rasgos ao longo da lom- qualquer ad esivo (U K ) nível de qualidad e
bada. Apenas os produtos de boa abertura
até 5,0 N/cm inaceitável
plana podem ser avaliados desta maneira
de 5,0 a 7,25 N/cm regular
(fig.273).
de 7,25 a 9,0 N/cm boa

acima de 9,0 N/cm muito boa

Resistência à tração - padrão Americano:


qualquer adesivo (U SA) nível de qualidade

até 2,0 lb/in inaceitável

de 2,0 2,5 lb/in regular

de 2,5 a 3,5 lb/in boa

de 3,5 a 4,0 lb/in muito boa

acima de 4,0 lb/in excelente

Resistência à tração - padrão Brasileiro -


NBR 14869:
qualquer adesivo (BR) nível de qualidade

até 4,5 N/cm inaceitável

de 4,5 a 6,2 N/cm regular

de 6,2 a 7,2 N/cm boa

acima de 7,2 N/cm muito boa

Figura 273: teste do metrô


Destes, o mais rigoroso é o padrão Bri-
6.5.14 Padrões de Qualidade tânico e o menos rigoroso é o Americano. O
padrão Brasileiro é baseado no padrão
Resistência à tração - padrão FOGRA: FOGRA para adesivos hot-melt.

hot-melt (FOGRA) nível de qualidade Resistência à flexão


até 4,5 N/cm inaceitável
As recomendações para este teste são
de 4,5 a 6,2 N/cm regular
de, pelo menos, 100 flexões. O limite superior
de 6,2 a 7,2 N/cm boa de avaliação sugerido para encadernações
acima de 7,2 N/cm muito boa é de 1000 flexões, pois, a partir daí, o teste
não tem muito sentido.
emulsão e PUR (FG) nível de qualidade

até 5,5 N/cm inaceitável 6.6 Controle Estatístico do Processo

de 5,5 a 6,5 N/cm regular A discussão a seguir fornece um mo-


de 6,5 a 7,5 N/cm boa delo prático para a elaboração de cartas de
controle de processo por atributos na enca-
acima de 7,5 N/cm muito boa
dernação com lombada quadrada. Não se

185
pretende, aqui, discorrer sobre a teoria do A representação gráfica é construída a
controle estatístico de processo, entretanto, partir da porcentagem (p) plotada, por exem-
convém ressaltar sua importância como fer- plo, no eixo vertical e a amostragem ou uma
ramenta auxiliar na melhoria contínua da qua- unidade de tempo no eixo horizontal. A amos-
lidade dos processos. Alguns pontos de tragem, neste caso, não precisa ser neces-
referência: sariamente constante (fig.274).
 controle de produtos gráficos acabados
por atributos (rugas, manchas etc.);
 gráficos de controle da porcentagem não-
conforme, de unidades não-conforme e do
número de não-conformidades por unidade
e por amostras.
Considere-se a seguinte situação: de
uma produção de livros foram retiradas 25
amostras, com 50 exemplares cada, cujo nú-
mero de livros defeituosos, conforme critério
previamente estabelecido, foi anotado na
tabela a seguir. Figura 274: porcentagem de livrosdefeituosos
livros com
%
livros com
% Uma variação para este gráfico é subs-
amostra algum amostra algum
defeituosa defeituosa
defeito defeito tituir o valor das ordenadas (p) pelo número
1 3 0,06 14 2 0,04 de livros defeituosos (d), que pode ajudar a
2 1 0,02 15 2 0,04
visualizar os problemas. Outra vantagem é
que não requer nenhum cálculo (fig.275).
3 4 0,08 16 7 0,14

4 6 0,12 17 3 0,06

5 5 0,10 18 4 0,08

6 3 0,06 19 1 0,02

7 3 0,06 20 6 0,12

8 3 0,06 21 3 0,03

9 2 0,04 22 5 0,10

10 4 0,08 23 2 0,04

11 5 0,10 24 4 0,08

12 4 0,08 25 5 0,10

13 5 0,10 Figura 275: número de defeitos por unidade

Este gráfico é usado quando o número


A porcentagem ou fração defeituosa de amostras é constante. Pode-se calcular a
(p) é o resultado da divisão do número de média (P) da porcentagem defeituosa (p)
peças defeituosas (d) pelo número total de pela seguinte fórmula:
peças da amostra (n), ou seja: p = d/n.
A carta de controle da porcentagem P = d/ n
não-conforme não especifica o atributo
defeituoso, mas informa que defeitos existem O conjunto deve ser de 25 amostras de
na amostra, sendo uma ferramenta válida tamanho n e os limites de controle são dados
para localizar a fonte de defeitos. pelas fórmulas:

186
Na carta C, ou carta de controle, a média
LSC = P + 3 [P ( 1 – P )/n]1/2
foi calculada pela fórmula:
LIC = P – 3 [ P ( 1 – P )/n]1/2 C = c/k

onde: LSC é o Limite Superior de Controle e onde, c é a quantidade total de não confor-
LIC o Limite Inferior de Controle. midades em todas as amostras e k o número
de amostras. Os limites de controle são:
Quando o valor calculado para o LIC for
negativo, deve-se adotar o valor LIC = 0. No LSC = C + 3 (C)1/2
exemplo acima tem-se:
LIC = C – 3 (C)1/2
P = 92/1250 = 0,074
Considere-se a seguinte situação
e os limites de controle são: (amostras com 5 unidades cada):
q u an tid ad e q u an tid ad e
amo stra amo stra
1/2 d e d efeito s d e d efeito s
LSC = 0,074 + 3 x [0,074 x 0,926/50] =
= 0,074 + 0,111 = 0,185 1 11 14 6

2 4 15 9
LIC = 0,074 – 0,111 = 3 7 16 10
= – 0,037 (negativo) = 0 (fig.276) 4 6 17 7

5 9 18 3

6 3 19 4

7 5 20 65

8 8 21 2

9 13 22 15

10 4 23 4

11 5 24 12

12 8 25 6

13 6

O gráfico C (fig.277) mostra um pro-


cesso fora de controle, pois vários pontos se
encontram fora dos limites calculados.
Figura 276: limites de controle para a porcentagem
defeituosa (p)

Como todos os pontos estão dentro


dos limites, diz-se que este processo está
sob controle. Analisando a quantidade de
não-conformidades durante a produção,
pode-se ter dois tipos de gráfico, um para
todos os defeitos da amostra e outro para os
defeitos em um produto ou lote. Neste caso,
os defeitos ou não-conformidades não rejei-
tam o produto, mas apenas reduzem ligeira-
mente o seu valor. Figura 277: quantidade de defeitos da amostra

187
A carta U indica os defeitos por unida- los estatísticos é ter sempre em mente que,
de e requer uma amostragem muito maior do para alcançar o padrão de qualidade exigido,
que a carta C. com o menor custo possível, deve-se conhe-
A média do número de defeitos por uni- cer profundamente os defeitos que se mani-
dade de cada grupo é representado por: festam durante a produção e estabelecer um
método de prevenção e controle.
U = c/ n

onde c é o número de não conformidades e


n o tamanho do grupo; os limites de controle
são:

LSC = U + [3 (U)1/2/(N)1/2]

LIC = U – [3 (U)1/2/(N)1/2]

onde N é o tamanho médio do grupo amos-


trado. Outro exemplo:
Figura 278: limites do número de defeitos
quantidade tamanho da quantidade tamanho da
amostra amostra
de defeitos amostra de defeitos amostra

1 11 7 14 9 4 6.6.1 Sistema de classificação da qualidade


2 4 3 15 10 6
Com o propósito de se estabelecer um
3 7 7 16 7 4
procedimento claro para o fornecimento de
4 6 4 17 3 2
produtos gráficos, pode-se classificar os
5 9 5 18 4 3 defeitos (ou não-conformidades) da seguinte
6 3 3 19 5 4 maneira:
7 5 7 20 6 5

8 8 5 21 3 5
Defeitos Críticos
9 13 6 22 15 7
São aqueles que impedem o uso pleno
10 4 4 23 4 4
do produto, tais como, falta de capa ou de
11 5 5 24 12 6 cadernos do miolo. Estes defeitos não são
12 8 4 25 6 4 admitidos na amostra e, caso ocorram, é
13 6 3 motivo de rejeição ou escolha total do lote.

assim: Defeitos Graves

U = 173/117 = 1,48 def./unid. São aqueles que prejudicam a qualida-


de, tais como manchas, que dificultam a lei-
os limites são: tura, apesar de permitir seu uso pleno.

LSC=1,48+[3(1,48) 1/2/(4,6801/2] = 3,17 Defeitos Leves


1/2 1/2
LIC=1,48-[3(1,48) / (4,68) ] = 0
Estes defeitos podem ou não ser apon-
O gráfico da fig.278 mostra um processo tados pelos clientes como, por exemplo, o
sob controle. Mais importante do que os cálcu- corte levemente torto de um produto.

188
O cálculo do total de defeitos pode ser devem ser treinados para executar estas
feito usando a equação de Besterfield (Dale tarefas com segurança e exatidão.
H. Besterfield, Quality Control, 1979): Os equipamentos de proteção individual
(EPI), necessários para cada atividade,
U = 10 uc + 5 ug + 1 ul devem estar disponíveis. Somente ferramen-
tas e materiais indicados pelo fabricante
O número de defeitos ou não-conformi- devem ser utilizados. Não se deve tripular a
dades em função do tempo pode ser acom- máquina e pôr o equipamento em risco usan-
panhado por uma carta de controle e servir do materiais não recomendados, apenas
de parâmetro de qualidade para a produção, porquê são mais baratos.
bem como ser usado como referencial de Criar fichas técnicas para cada equipa-
aceitação para os clientes. mento, com todas as informações necessá-
rias para o seu controle.
6.7 Conservando o Processo Anotar cada ocorrência, identificando o
local, o tipo de evento, o tipo de reparo, o
Além de controlar as variáveis e os executante, quantas horas foram consumidas
atributos do processo através de medições e os gastos com peças e serviços. Sempre
na produção, observações nos produtos e que for necessário o reparo especializado,
ensaios em laboratório, é preciso assegurar procurar o técnico indicado pelo fabricante.
o correto funcionamento dos equipamentos Um operador bem treinado pode exe-
utilizados. Equipamentos mal conservados, cutar pequenas atividades, como troca de
com os recursos de regulagens comprome- algumas peças (rolamentos, correias etc.) e
tidos, fatalmente comprometerão a qualida- fazer a medição de variáveis do equipamento
de final do produto. (temperatura, ruído, corrente, tensão etc.). A
Para cuidar do equipamento de forma máquina, na maioria das vezes, informa ao
correta não são necessários grandes inves- operador quando alguma coisa não vai bem.
timentos em pessoas ou em sistemas infor- Medições de temperatura nos locais adequa-
matizados, mas um pouco de bom senso e dos, ruídos nas partes móveis e nos motores,
seguir as recomendações contidas no manual vibrações em mancais, traduzem a linguagem
de operação de cada máquina. O conceito, da máquina tanto para o operador como para
aqui, é conservar e não reparar. o especialista em manutenção. Estes recur-
Importante: a questão não é simples- sos não são caros e permitem ao operador
mente treinar muito ou pouco a equipe mas, uma integração maior com seu instrumento
antes de tudo, planejar cuidadosamente o de trabalho.
programa de treinamento, para evitar des- Ao menor sinal de anomalia, proceder à
perdício de tempo e dinheiro. investigação e, se for o caso, o reparo, antes
Antes de mais nada, é preciso verificar que um dano maior venha a ocorrer.
se o equipamento está em suas condições Investir no operador é a maneira mais
normais de uso. Se tiver algum problema, barata de conservar o equipamento; aliás,
deve-se contatar o fornecedor do equipa- ninguém conhece melhor o equipamento do
mento e pedir uma análise. A partir daí, fazer que ele.
os reparos recomendados, se necessário, e Um equipamento bem cuidado, limpo e
as limpezas e lubrificações constantes no lubrificado produz em sua condição normal
manual. Estas tarefas têm periodicidade durante muitos anos, com custo de manuten-
diária, semanal, quinzenal, mensal, bimensal, ção total (preventiva e corretiva) mínimo. Não
trimestral, semestral e anual. Os operadores se deve considerar que um equipamento só

189
quebra quando muito usado. Os estudos dos 6.8.4 Tempo de secagem/resfriamento
especialistas em sistemas de manutenção
indicam que uma máquina pode apresentar adesivo secagem/resfriamento
problemas de funcionamento mesmo recém emulsão - secagem natural 4 - 8 horas
saída da fábrica, portanto, não se deve eco- emulsão - secagem AF 3 - 4 minutos
nomizar hoje o dinheiro que irá gastar muitas
vezes mais no futuro. cola animal 3 minutos

primer hot-melt 2 - 3 minutos


6.8 Anexos primer emulsão 1,5 - 2 minutos

hot-melt convencional 1 - 1,5 minutos


6.8.1 Formato de produtos
hot-melt arredondável 2 - 3 minutos
Nos usos técnicos, comerciais e indus- PUR 2 - 3 minutos
triais, os formatos dos produtos tendem a
seguir as normas DIN A4/A5/A6. Para pro-
dutos editoriais não existem regras rígidas
e os formatos podem variar entre as séries 6.8.5 Reciclabilidade dos adesivos
A, B e C.
adesivo reciclabilidade
formato série A série B série C
a camada de adesivo é
D IN (mm) (mm) (mm)
completamente separada do papel
PUR
4 210 x 297 250 x 353 229 x 324 e tratada posteriormente em
sistema adequado
5 148 x 210 176 x 250 162 x 229
a camada de adesivo é
6 105 x 148 125 x 176 114 x 162 completamente separada do papel
hot-melt
e tratada posteriormente em
sistema adequado
6 .8 .2 Tempe ra tu ra d e ap li ca çã o do s algumas substâncias permanecem
adesivos emulsão
em fibras secundárias, daí o papel
reciclado ser usado principalmente
adesivo temperatura de aplicação na fabricação de papelão
a cola animal contém proteínas que
emulsão temperatura ambiente
exigem muito oxigênio; a reciclagem
cola animal deve ser feita em sistemas com
cola animal 70 - 80 oC
tratamento de água antes da
hot-melt 160 - 180 oC descarga no ambiente

PUR 120 - 130 oC

6.8.3 Espessura do filme de cola 6.8.6 Resistência ao frio/calor

adesivo espessura do filme de cola (mm) resistência resistência ao


adesivo
emulsão 0,1 - 0,3 ao frio (oC) calor (o C)

cola animal 0,5 - 0,8 emulsão até - 4 o até + 60 o


primer hot-melt 0,5 - 0,8

primer emulsão 0,3 - 0,5 hot-m elt até - 20 o até + 40 o

hot-melt 0,5 - 0,8


PUR até - 40 o até + 80 o
PUR 0,2 - 0,4

190
6.8.7 Características de abertura plana 6.8.9 Fórmula para o cálculo de consumo de
cola
adesivo abertura plana

emulsão excelente L = comprimento da lombada, em mm


D = espessura do miolo, em mm
sistema com dois
muito boa
F = espessura do filme de cola (mm)
estágios emulsão/hot-melt PE = peso específico da cola (g/cm 3)
boa a muito boa, dependendo PE emulsão = 1 g/cm 3
PUR PE hot-melt » 1 g/cm 3
da espessura do filme
PE PUR » 1 g/cm 3
razoável em papéis não-
hot-melt flexível
revestidos
miolo do produto
hot-melt ruim
L F D
6.8.8 Comparação de custos entre adesivos

Figura 279: dimensões do produto


adesivo custo (euro/kg)

emulsão 2,5
Consumo: = (L.D.F.PE) ÷ 1000 = g/produto

cola animal 2,0 - 2,5 Exemplo:


hot-melt 2,5 - 3,5
L = 275 mm, D = 25 mm, F = 0,5 mm.
sistema PVA/hot-melt 5,0 C = (275 x 28 x 0,5 x 1) ÷ 1000
PUR 9,5 - 11,0
C = 3,85 gramas/produto

6.8.10 Escolha do processo de encadernação em relação ao produto brochura


íte m p ro c e s s o d e e n c a d e rn a ç ã o

1 e s tá g io 2 e s t á g io s 1 e s t á g io 2 e s t á g io s 2 e s t á g io s
p r o d u to PUR
h o t- m e lt h o t -m e lt P VA c PVAc P V A c /h o tm e lt

p a p e l jo rn a l xx xxx 0 x xx xx

b ro c h u ra xx xx 0 xx x xx 0

c a tá lo g o
xx xxx 0 xx xx 0
te le fô n i c o
b ro c h u ra
0 x x x xx xxx
e sp e cia l
c a tá lo g o
x xxx 0 0 x 0
m a la -d i re ta

a g e nd a 0 x xx xxx xx xxx

li v ro d i d á ti c o 0 x xx xxx x xx xxx

m a nua l d e
0 0 x xx xx xxx
m á q uina

onde:
XXX = recomendado
XX = pode ser usado
X = uso com restrições
0 = não recomendado

191
6.8.11 Escolha do tipo de encadernação em relação ao produto brochura
ítem tipo de encadernação
costura falsa brochura
produto fresagem rasgo otabind repkover libretto
com fio costura suiça
papel jornal xxx 0 0 0 0 x 0 0
brochura xxx 0 0 xx 0 0 0 0
catálogo
xxx 0 0 0 0 x 0 0
telefônico
brochura
xx xxx x 0 xxx xxx xx xxx
especial
catálogo
xxx 0 0 0 0 0 0 0
mala-direta
agenda xx xxx xx x 0 xx x xx
livro
xx xxx xx xxx 0 xx xx xx
didático
manual de
xx xx x x xx xxx xx xxx
máquina

6.8.12 Escolha do processo de encadernação em relação ao produto capa dura


íte m p ro c e s s o d e e n c a d e rn a ç ã o
1 e s tá g io 2 e s tá g io s 1 e s tá g io 2 e s tá g io s 2 e s tá g io s
p ro d u to PUR
h o t-m e lt h o t-m e lt P VA c P VAc P V A c /h o t-m e lt
livro s x x xx xxx xxx xx
livro s d e
0 xx x xx xx xxx
a rte
a g e nd a s 0 0 x xxx xxx xxx
m a nua is d e
x xx xx xxx xxx xxx
m á q uina
livro s infa ntis 0 x x xx xx xxx

6.8.13 Escolha do tipo de encadernação em relação ao produto capa dura


íte m tip o d e e n c a d e rn a ç ã o
p ro d u to fr e s a g e m c o s tu ra c o m fio fa ls a c o s tu ra ra s g o
li vro s xx xxx xx xx
li vro s d e a rte xx xxx 0 0
a g e nd a s xx xxx xx x
m a nua i s xx xx xx x
livro s i nfa ntis x xxx xx xx

192
Encadernação com
capa dura

193
Divisor 7
máquina de arredondamento e formação da lombada do século 19
cortesia: IPP

194
Capítulo 7
Encadernação com
capa dura

7.1 Introdução alguns milímetros além dos cortes da frente,


do pé e da cabeça.
O processo de encadernação com capa A encadernação com capa dura pode
dura é o mais antigo da indústria gráfica. Sua ser subdividida em três categorias: enca-
origem remonta há muitos séculos e foi o dernação de obra, encadernação de biblio-
principal processo de encadernação até o teca e encadernação editorial.
surgimento da encadernação com adesivos A encadernação de obra destina-se a
e capas flexíveis, que ganharam mercado pequenas quantidades de exemplares, utili-
pelo seu custo menor. O processo continua zando o processo manual, para os livros que
sendo a referência quando se produz livros não podem ser produzidos em máquinas auto-
duráveis, tais como enciclopédias e livros de máticas, tais como os livros de grande formato,
arte (fig.280). livros e bíblias encapados com couro ou meio-
pano, com aplicação de painéis decorativos
e outros acabamentos.
A encadernação de biblioteca inclui ser-
viços especiais de pré-encadernação, reen-
cadernação e reparo de livros feitos para
bibliotecas, geralmente em pequenas quan-
tidades e usando o processo manual.

7.2 Encadernação editorial

A encadernação editorial consiste na


produção de livros de capa dura em grandes
quantidades, em equipamentos automáticos
ou semi-automáticos, com tiragens raramente
Figura 280: códice (Biblioteca Mário de Andrade)
inferiores a mil exemplares, que é o caso do
O processo de encadernação com capa mercado brasileiro.
dura consiste em revestir o miolo do livro com As operações mais importantes dos
uma capa feita de papelão rígido coberto processos de encadernação com capa dura
com papel, tecido, couro ou materiais sinté- ou semi-rígida estão esquematizadas a
ticos. A capa é produzida numa etapa sepa- seguir e compreendem as seguintes etapas:
rada da confecção do miolo e seu formato é  corte e refile das folhas, se necessário,
maior do que o corpo do livro, projetando-se para o formato correto.

195
 dobra das folhas em cadernos de 4, 8, 16,
32 ou 64 páginas.
 colagem das guardas no primeiro e último
cadernos.
 alceamento dos cadernos na seqüência
correta.
 costura ou colagem dos cadernos alceados.
 prensagem do bloco do miolo, para reduzir
a deformação da lombada causada pela
dobra e pela costura.
 colagem do lombo, para evitar o desloca-
mento dos cadernos nas operações que se
seguem.
 corte trilateral da frente, da cabeça e do pé
do bloco (fig.281).

Figura 283: formação da lombada arredondada (MM)

 colagem do reforço da lombada, para


aumentar a rigidez e manter a posição dos
cadernos no miolo, e do cabeceado, para
adorno (fig.284).

Figura 281: miolo do livro com capa dura (Kolbus - IPP)

 arredondamento e formação da lombada,


se necessário; o arredondamento torna a
lombada convexa; a formação força a lom-
bada, do centro para as extremidades, para
formar um ombro contra o qual o papelão da
capa se apoia (fig.282 e 283). Figura 284: colagem e reforço da lombada (Kolbus - IPP)

 armação da capa, com retângulos de pa-


pelão revestidos de papel, tecido ou outro
material, numa operação paralela; a capa
tem um formato maior do que o miolo, para
deixar uma seixa de uns 3 mm.
 gravação da capa ou impressão de textos
e motivos decorativos em relevo, hot-stamp-
ing, serigrafia etc.
Figura 282: arredondamento (E) e formação (D) da  fixação da capa no miolo através da cola-
lombada do miolo do livro gem das guardas à capa (fig.285).

196
miolo com PUR, a colagem do miolo com
PVAc, a colagem em dois estágios com
PVAc e hot-melt e o duplo estágio com hot-
melt.
A escolha entre as técnicas de colagem
depende do tipo de papel usado no miolo,
pois a cola PVAc não é recomendada para a
colagem de papéis revestidos.
A costura é muito utilizada em tiragens
menores, já que sua baixa velocidade de
produção não chega a inteferir muito nos
custos e no prazo de fabricação.
Para tiragens altas, com qualquer tipo
de papel, a colagem com PUR é o método
mais adequado. O duplo estágio com hot-
melt também pode ser utilizado com qualquer
tipo de papel, mas sua abertura plana é de
Figura 285: fixação da capa dura ao miolo (Kolbus - IPP) qualidade inferior ao PUR.

 colocação de sobrecapa ou inserção do 7.3.2 Colagem das guardas


livro em caixa apropriada.
As guardas são folhas dobradas, para
7.3 Preparação do miolo formar um caderno de quatro páginas, geral-
mente em papel mais grosso que o utilizado
A preparação do miolo envolve sua para o miolo, coladas no primeiro e no último
confecção, que é a reunião dos cadernos cadernos para servir de ligação com a capa,
num único bloco, a colagem das guardas, a seja ela dura ou flexível. Às vezes, as guardas
prensagem, a colagem da lombada, o refile são a primeira e a última folhas do miolo,
trilateral, o arredondamento da lombada, chamadas de guardas inclusas, mas a quali-
quando necessário, a colagem do material dade da adesão entre o miolo e a capa fica
de reforço e a aplicação do cabeceado. Estas muito reduzida, além de aumentar o desper-
operações podem ser feitas integralmente dício durante a aplicação da capa dura.
em-linha ou etapa por etapa, que é a maneira Como os papéis usados no miolo geral-
mais comum, pois poucas gráficas possuem mente têm até 90 g/m2, estes não resistem
a encadernadora do miolo integrada com a muito bem à grande quantidade de adesivo,
linha de encadernação com capa dura e, necessária para a aplicação da capa dura, e
também, uma linha completa com capa dura, acabam enrugando ou formando bolhas, que
com as fases de prensagem até a colocação comprometem a qualidade do produto final,
da capa nos livros. além de sua resistência ao rasgo não ser
adequada ao peso das capas e do miolo.
7.3.1 Confecção do miolo As guardas podem ser coladas manu-
almente, utilizando-se emulsões com longo
O miolo do livro de capa dura deve ser tempo em aberto, ou ainda amidos e dextri-
de fácil abertura e permanecer plano depois nas. As colas de amidos e dextrinas têm o
de aberto. As técnicas mais recomendadas inconveniente de possuírem um baixo teor de
são a costura convencional, a colagem do sólidos, o que leva para o papel uma grande

197
quantidade de água, provocando deforma- temperatura na secagem durante a impres-
ções e, conseqüentemente, rugas nas guar- são, especialmente se a colagem de guardas
das após a prensagem do miolo. for executada na seqüência. Com emulsões,
Nas antigas máquinas de colagem de observa-se uma dilatação com formação de
guardas, com um disco aplicador dentro de ondas ou encanoamento; com hot-melt, a
um recipiente, a única barreira contra o goteja- colagem será mais forte, de tal forma que,
mento do adesivo era sua tixotropia. Quando quando eventualmente o papel absorver um
a rotação parava, o adesivo começava a en- pouco de umidade, estas ondas serão nota-
grossar, reduzindo sua tendência a fluir. das. Deve-se asseguar que o hot-melt seja
Pastas de amido ou misturas de emul- de alto padrão, para que resista ao contato
sões são geralmente muito lentas na seca- com os óleos que migram das tintas impres-
gem; isto ajuda a obter excelentes colagens sas após algum tempo.
se os materiais forem facilmente coláveis. O As guardas podem ser coladas auto-
problema maior com as pastas é o seu baixo maticamente em máquinas especialmente
teor de sólidos e a quantidade de água em dedicadas, chamadas coladeiras de guardas
contato com o papel. (fig.286), ou aplicadas no miolo, nas encader-
As emulsões são usadas com guardas nadoras de lombada quadrada.
difíceis, papéis pesados e em máquinas rá-
pidas com extrusoras. Estas garantem uma
penetração maior da colagem. A emulsão
deve ser de baixa viscosidade, para ser bom-
beada sem problemas e reduzir a tendência
ao entupimento dos bicos aplicadores. A
baixa viscosidade pode ser combinada com
um alto teor de sólidos, para reduzir a quan-
tidade de água que passa através do papel.
Emulsões geralmente não aderem bem Figura 286: coladeira de guardas (Kolbus - IPP)
em superfícies com muita carga de tinta, es-
pecialmente com tintas oleosas, que tendem
a sangrar se não estiverem completamente As coladeiras de guardas podem colar
secas; os adesivos hot-melt são usados individualmente os cadernos ou o miolo do
nestes casos. As máquinas de colar guardas livro. Para papéis revestidos, utiliza-se bicos
e encartes, adaptadas para o uso de hot- aplicadores de hot-melt em vez dos discos
melt, podem trabalhar em velocidades muito aplicadores de emulsão.
altas. A adesão em papéis com muita carga No caso das encadernadoras de lomba-
de tinta ou de revestimento é muito boa. da quadrada, as guardas podem ser alceadas
Os adesivos hot-melt não contêm água como um caderno normal, quando não há a
e, portanto, ajudam a reduzir qualquer ten- preparação da lombada, como nos casos de
dência de encanoamento ou deformação do colagens em dois estágios. Quando houver a
papel. O encanoamento ou a formação de preparação da lombada, como no caso da
ondas na primeira e na última páginas nem colagem com PUR, as guardas são coladas
sempre se deve ao adesivo da colagem de por meio de bicos aplicadores de cola insta-
guardas; isto também pode ser atribuído ao lados logo após a alceadeira e antes da
sentido de fibra do papel ou ao excesso de encadernadora (fig.287).

198
primido uniformemente em ambos os lados.
No caso de lombadas com adesivos, a pren-
sagem é realizada pelos discos da estação
de prensagem da encadernadora, antes da
preparação da lombada e da aplicação do
adesivo, e somente na sua lateral (fig.288 e
289).

pressão na
lateral da
lombada

pressão na
superfície
da capa

Figura 288: prensagem do miolo

Figura 287: bicos aplicadores de cola (superior) e colagem


dasguardas(inferior) (Nordson)

Recomenda-se usar para as guardas


papéis ofsete ou papéis revestidos de um só
lado, acima de 120 g/m2, para evitar a for-
mação de rugas e o rasgo da guarda no
manuseio do livro .

7.3.3 Prensagem do miolo

Após a aplicação da costura, o bloco do


livro é prensado ao longo das laterais da lom-
bada (nipping) ou em toda a superfície das
capas (smashing). Esta pressão remove o
excesso de ar e reduz o inchamento provoca-
do pela dobra da lombada e pelos pontos de
costura.
Na estação de prensagem, o livro é ali-
mentado com a lombada para baixo e é com- Figura 289: prensagem da lombada (Kolbus - IPP)

199
7.3.4 Colagem da lombada Isto pode ser observado na formação
da película de cola pela presença de bolhas
O objetivo desta operação é colar os e espaços vazios no vale entre dois cadernos
cadernos costurados para formar um bloco (fig.290).
de livro firme para as operações posteriores A emulsão escolhida para a colagem
da encadernação com capa dura. da lombada deve ser testada levando-se em
No caso de lombada arredondada, os conta as próximas operações na encaderna-
cuidados nesta aplicação deverão ser maio- ção; para lombadas retas, uma camada rígida
res, pois o arredondamento poderá causar o pode ser desejada mas, para o arredonda-
rompimento da camada de adesivo e a conse- mento e a fixação, o adesivo deve ser capaz
qüente separação dos cadernos do miolo. de executar estas operações com sucesso.
O adesivo escolhido deve ter: baixa vis- Papéis muito rígidos, como os revestidos,
cosidade com alto teor de sólidos, para poder poderão sofrer penetração de adesivos pelos
fluir entre os cadernos mas não penetrar nos furos da costura e, como conseqüência, per-
furos da costura; habilidade para conservar o manecerão abertos após a encadernação.
arredondamento; compatibilidade com o
adesivo de revestimento; a habilidade de ser Colagem com emulsão
facilmente limpo pelas escovas da lombada
e não permitir que os livros bloquem quando A colagem da lombada geralmente é
empilhados. feita com emulsão de PVAc e o produto deve
Se não for possível utilizar uma emulsão ser escolhido em função dos seguintes
para a colagem externa, então, pode-se apli- aspectos:
car um hot-melt na lombada, sem usar uma  tipo de aplicação;
folha de papel como "capa falsa", ou utilizar  processo de secagem;
máquinas adaptadas para o uso deste adesi-  operações de acabamento seguintes.
vo, para que o arredondamento seja possível Os livros a ser arredondados devem ter
e a adesão do material de reforço não fique um filme flexível mas firme de emulsão e um
prejudicada. material de revestimento, quando usado, alon-
O problema principal na colagem da gável. Se o adesivo tiver que ser bombeado
lombada é a espessura da camada de ade- para um coleiro e depois escoar para um
sivo. A emulsão deve formar uma pele grossa tubo de aplicação, este deverá ser estável
sobre a lombada dos cadernos e não deixar sob pressão e ter viscosidade suficientemen-
uma borda rígida de adesivo entre dois cader- te baixa para fluir. Se o adesivo não for bom-
nos consecutivos, mas não deve ser muito beável e não escoar, então o fluxo poderá ser
espessa, pois o filme poderá ser rompido maior e o adesivo penetrará muito entre os
durante o processo de arredondamento. cadernos e nos furos da costura. Por outro
lado, se a camada engrossar, haverá falta de
adesivo na lombada.
As máquinas de colagem com rolos
aplicadores distribuem a emulsão pela lom-
bada do livro e necessitam um adesivo de
alto tack para fixar o material de revestimento
não irá e resistir ao inchaço da lombada.
irá dividir dividir Quando um secador infravermelho ou
de alta freqüência é utilizado, a escolha da
Figura 290: película de cola na lombada (Müller Martini) emulsão é crítica devido ao forte aquecimento

200
provocado pela vibração das moléculas, e
esta deve resistir a uma queda do nível de
tack durante este aquecimento; é muito im-
portante também que tenha capacidade de
resistir ao inchamento, para evitar a formação
de uma lombada defeituosa. A temperatura
de 60°-70°C é geralmente registrada quando
o livro sai do túnel de secagem. Esta tempe-
ratura deve ser reduzida à temperatura ambi-
ente antes do refile trilateral. Se a secagem
não for completa, a adesão do hot-melt para
a colagem do material de reforço da lombada
e do cabeceado será deficiente ou nula.

Colagem com hot-melt

A colagem da lombada com hot-melt é


Figura 291: arredondamento da lombada (Müller Martini)
utilizada quando os furos da costura são gran-
des e também em papéis revestidos, de gra-
matura elevada e com elevada carga de tinta.
O adesivo deve ter boa elasticidade, mas um
arredondamento perfeito só se consegue com
um pré-aquecimento da lombada, apesar de
existirem bons adesivos para arredondamen-
to a frio, porém com qualidade inferior àquele.
Uma camada espessa de hot-melt dificultará
o arredondamento e a colagem do material
de reforço da lombada e do cabeceado.

7.3.5 Arredondamento e formação da Figura 292: máquina para arredondamento e formação


da lombada (Kolbus - IPP)
lombada

A operação de arredondamento da 7.3.6 Aplicação do material de reforço


lombada consiste em torná-la convexa, a fim
de melhorar a estrutura do livro, através da Existem dois tipos básicos de proces-
passagem do bloco do livro entre dois roletes sos, descritos a seguir:
rotatórios que giram em direções opostas, 1. O bloco do livro é preso entre esteiras,
deslocando os cadernos centrais. com a lombada do livro voltada para baixo. O
A formação da lombada consiste em livro se move sobre um rolo aplicador de cola
prensar o bloco e forçar a lombada para fora, animal. O rolo, cujo perfil acompanha o arre-
criando dobradiças que proporcionam maior dondamento, pode ser trocado ou virado de
flexibilidade e permanência à obra, deixando forma que a aplicação cubra a lombada arre-
a lombada mais larga do que o corpo do livro, dondada.
servindo de ombro para apoio dos papelões Um raspador, de mesmo perfil do rolo
das capas (fig.291 e 292). aplicador, é usado para controlar a camada

201
de adesivo. A primeira aplicação é de uma cador de perfil semelhante à lombada, num
cola animal flexível mas firme, com 60 a 70% coleiro próprio. Um rolo de borracha de sili-
de sólidos.O produto deve ter tack suficiente cone, especialmente talhado, transfere o ade-
para fixar a gaze ou o material de reforço, até sivo para baixo, sobre a lombada do livro vol-
alcançar o segundo rolo aplicador, que aplica tada para cima. A gaze é então colada e uma
uma camada adicional de adesivo. Este ade- camada adicional de adesivo recebe o refor-
sivo geralmente deve ser diluído para reduzir ço de kraft.
o nível de tack, porém mantendo a resistência Os principais critérios para a seleção
ao arrancamento do material de revestimento. de adesivo para estas máquinas são o tack
Um papel kraft ou crepe marrom é usado adequado e a ausência de formação de fios,
para reforçar a lombada do livro. O bloco do para produzir um filme seco, firme e aderente
livro segue para um rolo molhador que pres- à lombada. Emulsões especiais de adesivo
siona o reforço, a fim de colá-lo firmemente têm sido desenvolvidas para substituir a tra-
(fig.293 e 294). dicional cola animal nesta operação, não
apenas para se ter mais consistência na vis-
cosidade, no tack e na qualidade da colagem,
mas para aumentar a expectativa de vida-útil
do livro, especialmente em ambientes quen-
tes. O hot-melt animal forma filmes quebra-
diços com o passar do tempo e possui baixo
ponto de amolecimento.

7.3.7 Colocação do cabeceado

As tiras de cabeceado são fixadas so-


bre o papel de revestimento, no pé e na cabe-
ça do miolo, usando uma emulsão que tenha
boa aderência em tecidos sintéticos e de
Figura 293: equipamento para aplicação do reforço de algodão.
gaze na lombada (Kolbus - IPP)
Os aplicadores são geralmente bicos e
fornecem adesivos que possuem alta pega,
velocidade de secagem inicial rápida e vis-
cosidade entre 2 mil e 6 mil cP (centipoises).
O adesivo não pode danificar a manguei-
ra de polietileno e deve ser de fácil limpeza,
de maneira que o sistema possa ser lavado
rápida e eficientemente.

7.3.8 Tratamento das bordas

As bordas do miolo (cortes) do livro


Figura 294: equipamento para aplicação do cabeceado podem receber aplicações de tintas ou pelí-
da lombada (Kolbus - IPP) culas para embelezamento e proteção contra
a poeira. A aplicação mais comum é o corte
2. Num segundo tipo de unidade de revesti- dourado, onde uma película de laminado dou-
mento, o adesivo é alimentado por um apli- rado é transferida, à quente, para o corte do

202
livro, que recebeu previamente uma camada-
base apropriada; geralmente bíblias, agen-
das, livros infantis e enciclopédias recebem
este tratamento (fig.295).

Figura 297: faca circular (Kolbus - IPP)

As folhas de papelão são cortadas


primeiramente em tiras, numa cortadeira de
facas circulares, que são posteriormente
recortadas em outra cortadeira para o formato
final da capa.
As folhas de papelão devem ser enco-
mendadas no formato ideal, com aproveita-
Figura 295: tratamento dos cortes (Müller Martini)
mento de 4 ou mais pedaços por folha, para
evitar o desperdício de material (fig.298).
7.4 Confecção da capa

O objetivo do processo de montagem


da capa é produzir uma proteção do miolo do
livro que permaneça aberta horizontalmente
e resista ao empenamento.
A capa do livro é confeccionada enquan-
to os cadernos estão sendo transformados
no miolo. Os retângulos de papelão que for-
mam as capas e a lombada são cortados
antes de ser alimentados na montadora de
capas (fig.296 e 297).

Figura 296: cortadeira de papelão (Kolbus - IPP) Figura 298: primeiro corte do papelão (Kolbus - IPP)

203
Para livros arredondados, a lombada O revestimento recebe a cola do cilin-
da capa é formada com maculatura ou cartão dro aplicador e, em seguida, os retângulos
flexível, visando acompanhar a curvatura do de papelão são depositados sobre ele por
miolo. As cortadeiras de papelão podem um conjunto de chupetas de transporte
trabalhar separadas ou montadas numa única (fig.300).
linha de produção (fig.299).

Figura 300: chupetas de transporte da capa (Kolbus - IPP)

Figura 299: linha completa para o corte do papelão A mesa onde se encontra depositado o
(Kolbus - IPP) revestimento se desloca para baixo e réguas
fazem o acabamento da vira (fig.301). A se-
Para formar a capa, os retângulos de guir, a capa passa por rolos de pressão e cai
papelão são fixados ao material de revesti- na esteira de saída (fig.302).
mento com adesivo hot-melt animal. O reves-
timento é cortado em formato maior do que
os retângulos, nos quatro lados, e o excesso
é virado e colado na parte interna do papelão.
Para dar acabamento à vira do revestimento,
os quatro cantos são cortados numa cantea-
deira. O revestimento impresso em papel
geralmente recebe uma proteção de verniz
ou laminação, para aumentar a vida-útil da
capa e enobrecer o produto final. Figura 301: montadora da capa dura (Kolbus - IPP)
Os papéis utilizados no revestimento
devem ter gramatura igual ou maior que 120
g/m2, para que o mesmo tenha estabilidade
ao ser alimentado nas máquinas de montar
capas. O sentido da fibra deve estar paralelo
ao lado maior do revestimento da capa, para
prevenir problemas no abastecimento da mon-
tadora de capas. Os papéis revestidos devem
ter a camada cuchê apenas num dos lados
(L1), para possibilitar a colagem do revesti-
mento, pois o adesivo utilizado tem base
aquosa. Figura 302: montagem da capa dura (Kolbus - IPP)

204
Os adesivos animais de boa qualidade da lombada se mova e não causando proble-
não têm odor desagradável e não são afeta- mas de empenamento.
dos pelas variações de temperatura, manten- Adesivos com viscosidade em torno de
do o seu tack, não permitindo que o reforço 300 cP a 155°C, que serão aplicados em
temperaturas em torno de 60°C, com alto
papelão poder de gelificação e sem formação de fios,
adesivo
revestimento
são os preferidos para ser usados em máqui-
lombada nas convencionais de montagem de capas
flexível
(fig.303).
formação
rolos de da capa As máquinas com velocidades superio-
pressão
res a 120 capas por minuto necessitam de
esteira um tipo diferente de cola animal, com baixa
de saída
viscosidade e reduzido tempo de abertura.
Figura 303: máquina monta-capas para 50 ciclos/minuto
A seguir, alguns esquemas de máquinas
(Kolbus - IPP) de montar capas existentes (fig.304 e 305).

Figura 304: máquina de montar capas para 85 ciclos/minuto (Kolbus - IPP)

205
Figura 305: máquina monta capas para 65 ciclos/minuto (Kolbus - IPP)

7.5 Gravação da capa

Após a montagem da capa, esta pode


ser gravada com relevo, hot-stamping ou
receber a impressão serigráfica de textos e
logotipos (fig.306 e 307).

Figura 307: gravadora de capas (Kolbus - IPP)

Figura 306: gravação de capas (Kolbus - IPP)

Como o nome sugere, a capa flexível é


7.6 Capa flexível feita de cartão impresso, de gramatura em
torno de 250 g/m2 e material flexível, que possa
Uma das últimas novidades no setor de ser manipulado em folhas, semelhante ao
acabamento editorial foi o desenvolvimento da utilizado em livros de capa mole (brochuras),
capa flexível, uma alternativa elegante e econô- porém com requintes da encadernação em
mica, intermadiária entre a brochura e a capa capa dura, tais como: guardas, seixas, debruns,
dura, lançada na Europa com o nome de capa orelhas e outros recursos que valorizam o pro-
integral. duto (fig.308).

206
do livro, além dos excessos (seixas) que se
projetam além dos cortes do miolo. Estetica-
mente, a capa flexível é mais nobre e elegante,
aumentando o impacto visual do produto e o
ensejo ao consumo.

Capa flexível x capa dura

O processo de montagem da capa dura


envolve o recorte e a colagem de retângulos de
papelão nas pastas da capa, enquanto a capa
flexível dispensa esta operação, deixando o
Figura 308: capa flexível
produto mais leve e reduzindo o custo de pro-
O projeto gráfico-visual da capa flexível dução.
deve considerar um excesso de 16 mm na Nos países Europeus, principalmente
cabeça, no pé e na frente da capa, visto que França, Itália e Espanha, a capa flexível vem
será debruada, tal como ocorre no desenho da sendo extensivamente utilizada na encaderna-
capa dura. Esse excesso inclui também as ção de obras de referência, guias turísticos,
seixas de cerca de 3 mm. catálogos de arte e dicionários. No Brasil, os
A capa flexível admite os mesmos re- primeiros a empregar a capa flexível foram os
cursos empregados nas encadernações tradi- editores de livros de literatura e ficção. Além
cionais, ou seja: envernizamento UV (com ou destes, outros produtos que se encaixam com
sem reserva), plastificação, laminação (fosca perfeição à nova tecnologia são os relatórios
ou brilhante), relevo, gravação com hot-stamp- anuais e os portfólios.
ing e outros. Não há limitações. Além disso, é Acredita-se que a encadernação com
possível incluir orelhas, desde que se observe capa flexível experimente um rápido crescimen-
os limites da máquina encadernadora. Por to nos próximos anos, seja para reduzir o custo
exemplo: considerando um equipamento de da encadernação em capa dura ou aumentar a
580 mm de largura máxima e um livro de for- qualidade da encadernação em capa mole. O
mato igual a 160 x 230 mm, com 30 mm de lom- leitor, assim como os demais consumidores,
bada, o projeto da capa deverá considerar 350 estão se mostrando cada vez mais críticos e
mm (2 x 160 + 30 mm) mais 32 mm (seixas + exigentes, o que deve estimular os projetistas
debruns), ou 382 mm, sobrando 198 mm para gráficos a pensar em fórmulas coerentes com
distribuir entre as orelhas. as novas necessidades de consumo.
O cartão ou material flexível é recortado
por meio de corte-e-vinco e seus debruns ou 7.7 Encapamento
viras são colados em dobradeira/coladeira
especialmente projetada para esta finalidade. O processo de encapamento envolve
A partir daí, a capa está pronta para a enca- duas operações: colagem da capa e prensa-
dernação manual ou automática. gem. A primeira consiste em colar as páginas
externas das guardas às faces internas das
Capa flexível x brochura capas, de tal modo que as bordas das capas
(seixas) projetem-se além das bordas das
Tecnicamente falando, a diferença bá- guardas quando ambas são pressionadas
sica entre a brochura e a capa flexível é que com o livro fechado.
esta última possui guardas coladas ao miolo As máquinas que executam esta ope-

207
ração são divididas, conforme a aplicação As principais características do adesi-
de adesivo, entre os antigos potes com emul- vo são o fluxo e a baixa resistência ao cisa-
são, semi-automáticos, e os novos sistemas lhamento na aplicação, mas também deve
aplicadores de adesivo com bombeamento ser capaz de vazar ou gotejar, permitindo seu
ou recirculação (fig.309 e 310). uso em alguns potes antigos. O adesivo deve
estar sem pele e, com a ajuda de um pano
úmido ou de um filme plástico, manter-se
aberto de um dia para outro na produção. As
máquinas automáticas com recirculação
operam bombeando adesivos com viscosi-
dade entre 1500 e 3500 cPs, entre a lâmina
de raspagem e o rolo aplicador. O excesso
de adesivo retorna ao reservatório por meio
de um tubo. Pode-se restringir o fluxo para
evitar excesso no tubo de retorno e também
para que o adesivo não recircule enquanto
não estiver sendo usado e, com isto, perder
Figura 309: alimentação de capas (Kolbus - IPP) umidade para o ambiente.
O adesivo deve ser testado quanto a
sua estabilidade ao bombeamento, bem
como na colagem dos diversos materiais. O
adesivo também não deve estar completa-
mente colado antes de entrar na unidade de
prensagem, enquanto, após a pressão, deve
arrancar fibras do papel.
Máquinas especiais de encadernação
de alta produção, nas quais a aplicação de
adesivo é feita por meio de um estêncil ou
matriz, distribuem a cola sobre a capa. O
adesivo deve ter tack adequado, mas não
Figura 310: encapamento (Kolbus - IPP) deve formar pele ou engrossar no coleiro.
Uma máquina de alto desempenho é capaz
Na encadernação, o adesivo deve ter de encadernar 2540 livros de lombada plana
boa colagem, ausência de bolhas, tanto no por minuto e o adesivo deve colar sobre o
papelão como no material de revestimento. material plástico da laminação. O adesivo
O adesivo deve ter a habilidade de fluir através correto proporciona uma colagem comercial
da gaze (musselina) ou do material de re- aceitável. Deve-se inspecionar amostras pelo
vestimento, e não deve afetar ou ser afetado menos após três meses da fabricação.
pelos revestimentos à base de PVC. É importante garantir uma colagem cor-
Deve-se fazer testes para assegurar reta entre a gaze, a guarda e a capa do livro;
que o adesivo e o revestimento sejam compa- esta é a colagem da junção e, o adesivo deve
tíveis. Máquinas antigas e semi-automáticas ser muito bem aplicado nas laterais do miolo,
necessitam de um adesivo pastoso, de alta na altura do seu ombro, para evitar o despren-
viscosidade, com elementos tixotrópicos: dimento da capa. A correta colagem da jun-
viscosidade entre 10 mil e 18 mil cP e teor de ção deve fixar e provocar o arrancamento de
sólidos entre 28 e 61% são usuais. fibras após a encadernação.

208
A colagem pode ser feita com emulsões
ou com hot-melt. Quando se usa hot-melt, a
colagem não deve estar exposta à pressão
ou ao calor. A escolha do adesivo hot-melt
correto ajudará a reduzir a temperatura na Figura 313: prensagem do livro encapado (Kolbus - IPP)
colagem, mas preferencialmente, deve-se
executar a colagem a frio. Os adesivos hot- Cada conjunto de placas pressiona o
melt devem ser de um tipo especial, escolhido livro com pressão elevada, tanto na capa
com cuidado, pois alguns podem manchar como na junção (fig.314).
(fig.311 e 312).

Figura 314: prensagem da capa dura (Kolbus - IPP)

O livro é transportado com a lombada


para baixo, portanto, o suporte do livro deve
Figura 311: colagem lateral do miolo (McGraw-Hill) ter o mesmo perfil da lombada (fig.315).

Figura 312: colagem correta (E) e errada (D) (McGraw-Hill)

A prensagem faz parte do processo de


secagem do adesivo das capas. Um conjunto
de placas aquecidas pressionam o livro para
assentar as capas nas juntas (fig.313). Figura 315: transporte do livro na prensa (Müller Martini)

209
Figura 316: linha completa para encadernação com capa dura (Kolbus - IPP)

As operações, desde a prensagem do instalar um equipamento automático para esta


miolo até a prensagem do livro encapado, função tem resultado antieconômico na maio-
podem ser reunidas numa única linha de ria dos casos. (fig.317 e 318).
produção, para elevado desempenho e para A sobrecapa geralmente é feita de papel
garantir uma ótima qualidade na encader- revestido de um só lado, com tratamento
nação, já que os manuseios e empilhamentos superficial, impresso do lado com revesti-
inexistem nesta configuração (fig.316). mento cuchê, contendo orelhas para envolver
a borda frontal do livro e com o mesmo formato
7.8 Colocação de sobrecapa do livro no sentido pé-cabeça.
Papéis não-revestidos especiais, com
O processo de colocação de sobrecapa, texturas e impressos em serigrafia ou com
em geral, é manual, pois nem sempre este gravação em hot-stamping, são excelentes
complemento é necessário ou solicitado; daí opções para o enobrecimento do livro.

210
Figura 317: linha automática para colocação da sobrecapa (Kolbus - IPP)

Figura 318: colocação da sobrecapa (Müller Martini)

211
7.9 Defeitos mais comuns na encadernação com capa dura

As tabelas a seguir contêm uma série de defeitos que ocorrem com freqüência na
encadernação com capa dura.

7.9.1 Defeitos no arredondamento do lombo do miolo

arredondamento

defeito causa solução

em livros costurados ou colados: reduzir a


excesso de cola aplicada na lombada. camada de cola aplicada até obter o
resultado desejado..

em livros costurados ou colados: aumentar


pouca ou nenhuma cola aplicada na
a camada de cola até obter o resultado
lombada
desejado.

material de reforço muito rígido para o utilizar materiais de reforço recomendados


arredondamento. para o arredondamento.
lombada não está
arredondada ou perde adesivo muito rígido para o em livros colados: usar adesivos de
o arredondamento arredondamento. dispersão ou hot-melt flexível.
algum tempo depois. aumentar a pressão até obter o resultado
pouca pressão no arredondamento.
desejado.

ferramenta de arredondamento muito usar a ferramenta adequada para cada


maior do que a lombada. espessura de lombada.

aumentar a pressão até obter o resultado


pouca pressão na formação da lombada.
desejado.

ferramenta de apoio incorreta na prensa utilizar a ferramenta certa para cada perfil
do livro. de livro.

em livros costurados ou colados: reduzir a


excesso de cola aplicada na lombada.
camada de cola aplicada.

adesivo muito rígido para o em livros colados: usar adesivos de


arredondamento. dispersão ou hot-melt flexível.

lombada racha durante reduzir a pressão até obter o resultado


excesso de pressão no arredondamento.
o arredondamento. desejado.

ferramenta de arredondamento muito usar a ferramenta adequada para cada


justa para a lombada. espessura de lombada.

excesso de pressão na formação da reduzir a pressão até obter o resultado


lombada. desejado.

212
7.9.2 Defeitos na colagem da gaze
c o la g em d a g az e

d e feito ca us a so lu çã o

ve rificar se a tem pe ra tura d e ap licaçã o está aba ixo do


tem p o e m ab erto m uito curto reco m end ad o pe lo fabricante d o ad esivo .
do a de sivo ho t-m elt utilizado .
tro car o lo te e co nsultar o fab ricante d o ad esivo.

ve rificar se a tem pe ra tura d e ap licaçã o está acim a d o


reco m end ad o pe lo fabricante d o ad esivo .
a gaze nã o ad ere na viscosida de m uito ba ixa d o
tro car o lo te e co nsultar o fab ricante d o ad esivo.
lom b ad a. ad esivo ho t-m elt utiliza do .
e xcesso d e ág ua na p re paraçã o do ad esivo h ot-m e lt
anim al.

tro car o lo te e co nsultar o fab ricante d o ad esivo.


ba ixa p eg a do ade sivo ho t-
m elt utiliza do . e xcesso d e ág ua na p re paraçã o do ad esivo h ot-m e lt
anim al.

ve rificar se o sistem a de a lim entação autom ática d a


gaze e stá funciona ndo co rretam ente.

falha na alim e nta ção d a g aze . ve rificar se a e m end a da bo bina não enroscou na faca
lo m b ada sem g aze. de co rte .

faca d e co rte ce ga.

falta d e m a teria l. co lo car outra bob ina de ga ze.

7.9.3 Defeitos na colagem do cabeceado


ca b ec ea d o

d efe ito ca u sa so lu çã o

tem po em a be rto do ade sivo de


tro car o a desivo p or outro m a is a de qua do .
dispe rsã o utilizad o é m uito curto .

cab ecea do não ade re ba ixa pe ga do a de sivo de


na lo m b ad a disp ersã o utiliza do e m relaçã o ao tro car o a desivo p or outro m a is a de qua do .
tecid o-ba se .

b icos ap lica do re s e ntupido s. m a nter os bico s se m p re lim p os.

ve rifica r se o siste m a de a lim enta çã o a utom á tica


d o ca bece ad o e stá funcio nando corre tam ente.

lom ba da se m fa lha na alim e nta ção do ca be cea do . verificar se a e m e nd a d a b obina não e nro scou
cab ece ad o. na fa ca de corte.

trocar a fa ca de corte se e stiver ceg a.

falta d e m a terial. coloca r o utra b ob ina de cab ecea do .

ve rifica r se o siste m a de a lim enta çã o a utom á tica


falha na a lim entaçã o d o p ape l d e d o p ap el d e refo rço está funciona nd o
lom ba da se m p ap el de refo rço . corre tam ente.
refo rço
trocar a fa ca de corte se e stiver ceg a.

falta d e m a terial. co lo car o utra bo bina d e p ap el d e refo rço .

verificar se a te m p era tura de aplicaçã o e stá


a ba ixo d o reco m e nd ad o p elo fab rica nte do
ad esivo.
p ap el d e refo rço nã o te m po em ab erto m uito curto d o
a de re na lom b ad a ad esivo ho t-m elt utilizad o. tro car o lote e consulta r o fa bricante d o a de sivo.

evita r o excesso d e á gua na prepa ra ção do


ad esivo hot-m elt anim a l.

213
7.9.4 Defeitos na montagem da capa dura

montagem da capa dura

defeito causa solução

papelão cortado com tolerância de


formato acima do especificado. refilar o papelão no formato correto.
máquina de montar capas
pára constantemente por
papelão ondulado na gaveta de manter o papelão plano no momento da
problemas na alimentação
alimentação. alimentação.
do papelão.
variação de espessura do papelão utilizar papelão com mínima variação de
acima da tolerância especificada. espessura.

manter o material de revestimento plano no


material de revestimento tende a momento da alimentação.
enrolar na gaveta de alimentação.
material de revestimento com a fibra
máquina de montar capas perpendicular à lombada.
pára constantemente por
material de revestimento tende a
problemas na alimentação material de revestimento com a fibra
enrolar depois de aplicado o
do material de revestimento. perpendicular à lombada.
adesivo.

falha no sistema de alimentação verificar se o sistema de alimentação


automática do material de automática do material de revestimento
revestimento. está funcionando corretamente.

máquina de montar capas


pára constantemente por bobina de maculatura com baixa substituir por material adequado ao
problemas na alimentação resistência à tração. trabalho.
da maculatura da lombada.

verificar se a temperatura de aplicação


está acima do recomendado pelo
fabricante do adesivo.
viscosidade muito baixa do adesivo
trocar o lote e consultar o fabricante do
hot-melt utilizado.
adesivo.

evitar o excesso de água na preparação


do adesivo hot-melt animal.

trocar o lote e consultar o fabricante do


baixa pega do adesivo hot-melt adesivo.
material de revestimento não
utilizado. evitar o excesso de água na preparação
adere ao papelão.
do adesivo hot-melt animal.

verificar se a temperatura de aplicação


está abaixo do recomendado pelo
tempo em aberto muito curto do fabricante do adesivo.
adesivo hot-melt utilizado.
trocar o lote e consultar o fabricante do
adesivo.

material de revestimento com lado


utilizar material de revestimento adequado
de colagem com baixa porosidade
ao trabalho.
ou revestido.

214
7.9.5 Defeitos na colagem da capa dura

colagem da capa dura

defeito causa solução

falta cola nos coleiros laterais. manter o nível de cola adequado nos coleiros.

cola ressecada nos coleiros


manter a cola sempre fresca nos coleiros.
laterais.

verificar se a temperatura de aplicação está


tempo em aberto muito curto do abaixo do recomendado pelo fabricante do
adesivo hot-m elt utilizado. adesivo.
falha na colagem lateral da
gaze. trocar o lote e consultar o fabricante do adesivo.

verificar se a temperatura de aplicação está


viscosidade muito baixa do acima do recomendado pelo fabricante do
adesivo hot-m elt utilizado. adesivo.

trocar o lote e consultar o fabricante do adesivo.

baixa pega do adesivo hot-m elt


trocar o lote e consultar o fabricante do adesivo.
utilizado.

capa com curvatura incorreta na manter a curvatura adequada por meio do


falha na alimentação da gaveta alimentadora. dispositivo especial para abaular as capas.
capa dura colocar os apoios adequados para cada
apoios de transporte incorretos.
espessura de capa.

reduzir a quantidade de cola até eliminar o


cola sangra na aplicação excesso de cola aplicada nas problema.
da capa sobre a guarda. guardas.
verificar o ajuste dos rolos aplicadores laterais.

reduzir a quantidade de cola até eliminar o


excesso de cola aplicada nas problema.
guardas.
verificar o ajuste dos rolos aplicadores laterais.

usar como guarda papéis com pelo menos 120


formação de rugas nas papel usado como guarda é g/m 2 ou com rigidez equivalente a esta
guardas muito fino e mole para esta gramatura. Papéis com gramaturas inferiores ou
finalidade. muito finos e moles são muito difíceis de colar
sem apresentarem algum tipo de ruga.

cola de dispersão com baixo


utilizar a cola adequada ao trabalho.
teor de sólidos.

refazer a capa. Verificar o formato do


revestimento, a abertura das canaletas do vinco
capa montada num formato
e o tamanho da vira do revestimento. C onferir o
menor do que o especificado.
capa muito justa no miolo formato da capa com o miolo prensado antes de
iniciar a montagem.

miolo prensado com pouca utilizar uma pressão correta e constante para o
pressão. miolo. Anotar este valor para uso futuro.

refazer a capa. Verificar o formato do


revestimento, a abertura das canaletas do vinco
capa montada num formato
e o tamanho da vira do revestimento. C onferir o
capa muito folgada no maior do que o especificado.
formato da capa com o miolo prensado antes de
miolo iniciar a montagem.

miolo prensado com muita utilizar uma pressão correta e constante para o
pressão. miolo. Anotar este valor para uso futuro.

215
7.9.6 Defeitos na prensagem do livro

prensagem

defeito causa solução

falha na entrada do livro na prensa, Verificar o sistema de alimentação


atrasando ou adiantando. automática do livro na prensa.

baixa temperatura nos vincos da verificar o sistema de aquecimento dos


livro prensado fora de prensa. vincos.
posição;
má formação dos baixa pressão nos vincos da prensa. verificar o sistema de pressão dos vincos.
vincos da capa. abertura muito estreita das canaletas refazer a capa aumentando a abertura das
dos vincos. canaletas.

vincos do livro muito afastados. verificar a regulagem dos vincos.

alta pressão da prensa nos vincos. verificar o sistema de pressão dos vincos.
rasgo no vinco da capa
vincos do livro muito encostados. verificar a regulagem dos vincos.

216
Enobrecimento

217
Divisor 8
Schedel, Hartmann, 1440-1514.
Encadernação em couro trabalhado, com ferragens.
Acervo da Biblioteca Mário de Andrade

218
Capítulo 8
Enobrecimento

8.1 Introdução 8.2 Definindo estratégias

Os processos pós-impressão e de aca- O enobrecimento do produto impresso


bamento é que definem realmente o que um pode ser efetuado na impressão, nas opera-
produto impresso é. Esta é uma questão já ções pós-impressão, no acabamento ou
estabelecida há muito tempo mas, hoje em através do uso de materiais diferenciados,
dia, o número de técnicas disponíveis torna como suportes especiais.
isto cada vez mais verdadeiro. O resultado
é que a seção de acabamento está deixando 8.2.1 Impressão
de ser apenas o primo pobre das demais
áreas da indústria gráfica, e sua importância Na impressão ofsete, plana ou rotativa,
estratégica é cada vez mais aparente, sendo pode-se agregar valor utilizando técnicas de
atualmente o diferencial entre uma empresa reticulagem diferenciadas ou por meio de
e outra. tintas especiais combinadas com as tintas
Devido à grande quantidade de impres- de escala, partindo-se do princípio de que
soras adquiridas nos últimos anos, o merca- as técnicas de criação de perfis de impres-
do brasileiro, seja nas capitais ou no interior são para cada impressora já estejam imple-
dos estados, tem experimentado a amarga mentadas, e que o controle do processo seja
situação do excesso de oferta de prestação uma realidade.
de serviços de impressão colorida. Todavia, Na retícula convencional de 120 linhas
este aumento da capacidade de impressão por cm, o ponto de 5% tem aproximadamente
não veio acompanhado de recursos de aca- o mesmo tamanho do ponto de 1% da retícula
bamento que possibilitassem ao gráfico ofe- de 60 linhas/cm. Isto significa que, com
recer novos produtos ao cliente. A conse- retículas de maior lineatura, deve-se redobrar
qüência é fácil de se prever: preços cada vez o cuidado na escolha do processo de
mais baixos, quando não subsidiados, e em- gravação da matriz, na escolha dos materiais
presas com sua sobrevivência comprome- e no ajuste das condições da impressora.
tida devido à concorrência predatória. As plotadoras de chapas (CTP) atuais
Uma das formas de superar estas difi- possuem uma resolução máxima de 100
culdades, além de torcer para o crescimento linhas/cm e também gravam retículas esto-
do PIB, é investir em técnicas para a criação cásticas, sendo uma alternativa muito inte-
de especialidades que agreguem valor ao ressante para evitar-se as dificuldades de
produto impresso. Pode-se afirmar, sem reprodução do processo convencional para
medo de errar, que a especialização é uma as retículas de alta freqüência. Para retículas
das únicas saídas para algumas gráficas. acima de 100 linhas/cm, recomenda-se o uso

219
de chapas waterless, com as quais se pode Estes recursos de reticulagem podem
obter lineaturas acima de 200 linhas/cm. ser aplicados em folhetos promocionais,
Estas chapas podem ser gravadas tanto no encartes de revistas, capas de revistas, livros
processo convencional (chapas Toray) como de arte, livros de culinária, rótulos, embala-
em CTP (chapas Presstek PEARL dry). A gens, cartazes, catálogos de tecidos, catálo-
técnica de impressão com chapas waterless gos de jóias, catálogos de perfumes e outros
requer impressoras adaptadas para tanto, produtos sofisticados.
mas garantem uma ótima estabilidade du- No caso de tintas especiais, uma ou
rante a impressão, além de um melhor con-
mais cores de escala (preto, ciano, magenta
traste, pois permite uma reprodução com
e amarelo), são substituídas por tintas metá-
maior carga de tinta combinada com um
licas, perolizadas ou luminescentes. Estas
baixo ganho-de-ponto (fig.319).
tintas também podem ser impressas como
cores especiais além da quadricromia con-
vencional (cores extra-trinárias).
Esta técnica tem uso limitado devido à
baixa carga de tintas obtida pelo processo
ofsete, mas pode ser usada com muito su-
cesso em folhetos promocionais, cartazes e
anúncios diversos. Os melhores resultados
são obtidos em papéis revestidos.
Um novo tipo de tinta foi desenvolvido
recentemente pela Basf, denominada
Ultraking Paliocolor ®. Trata-se de um novo
conceito de tinta de impressão, pois não
contém pigmentos ou corantes. Sua base são
Figura 319: waterless (Toray Real Graphics) polímeros cristalinos líquidos colestéricos,
isto é, líquidos que possuem camadas de
As chapas gravadas no processo con- moléculas orientadas em uma única direção.
vencional também permitem a reprodução de Esta estrutura orientada reflete apenas
retículas de alta freqüência e estocástica, luz de um certo comprimento de onda. Se o
porém exigem um rigoroso controle no pro- ponto de observação do objeto impresso
cesso devido ao maior ganho-de-ponto e à muda, o comprimento de onda da luz refle-
dificuldade com o balanço água-tinta
tida também muda. A cor depende da cor do
Lembrete: “os papéis não-revestidos
substrato e das cores das camadas aplica-
têm uso limitado para retículas com maior
das do Paliocolor. Um fundo preto refletirá
lineatura ou estocástica”.
Outra técnica muito interessante é a pouca ou nenhuma luz, enquanto um substrato
seleção com mais do que quatro cores pri- branco refletirá uma grande fração do espec-
márias. Neste caso, pode-se usar 5 ou mais tro visível.
cores, dependendo do número de unidades Esta combinação de luz refletida mais
de impressão disponíveis no equipamento. as cores do Paliocolor, que variam do preto-
Esta técnica permite alcançar uma maior azulado ao verde-esmeralda e do vermelho-
gama de cores, tornando as cores secundá- cobre ao turquesa brilhante, fornece uma
rias mais limpas e brilhantes, conferindo uma série enorme de tons do mais cintilante ao
aparência única ao impresso. mais discreto (fig.320 e 321).

220
devido às características próprias de cada
equipamento e dos substratos utilizados.

Impressão serigráfica

Esta técnica de impressão pode ser


usada para imprimir uma ou mais cores num
produto já impresso, onde uma carga muito
alta de uma tinta especial ou de um verniz
seja necessária.
Figura 320: estrutura do cristal líquido colestérico Impressão de logos, molduras e deta-
(PrintCom Brasil)
lhes com tintas metálicas, perolizadas, fosfo-
rescentes, luminescentes, emulsões de
microcápsulas contendo aromas de per-
fumes e de alimentos, gel de pó facial etc.,
podem fazer a diferença em cartazes, capas
de revistas e de livros, cartões postais e de
felicitações, folhetos, mostruários e outros
produtos.
Os melhores resultados são obtidos em
papéis revestidos e mais rígidos e espes-
sos, que suportam melhor a grossa camada
de tinta serigráfica.
Este processo permite a produção de
Figura 321: impressão com tinta colestérica (PrintCom
lotes personalizados, podendo ser usados
Brasil)
dispositivos manuais e máquinas semi ou
A tinta Paliocolor seca por indução de completamente automatizadas, em tiragens
luz UV e não permite a aplicação de úmido pequenas e médias.
sobre úmido. Esta técnica tem grande poten-
cial de aplicação em rótulos e embalagens. Impressão digital

8.2.2 Pós-impressão É possível utilizar as técnicas de jato-


de-tinta, laser, eletrografia e magnetografia
As técnicas pós-impressão podem ser em produtos pré-impressos ou não, para a
aplicadas em-linha ou não, na impressora ou inclusão de dados variáveis.
em máquinas de acabamento dedicadas, em
produtos previamente impressos. Jato-de-tinta

Técnicas de impressão Existe uma grande variedade de siste-


pós-impressão mas de impressão com jato-de-tinta. Para o
objetivo desse trabalho, considere-se o sis-
Pode-se utilizar recursos de impressão tema de um bico e o sistema de bicos de
serigráfica, digital, flexográfica e tipográfica. arraste. O sistema de um bico de impressão
O processo de impressão rotogravura apre- tem um mecanismo de controle para defletir
senta restrições de uso para complementar o fluxo da gota de tinta que forma o ponto,
impressões feitas em ofsete e vice-versa, variando sua quantidade.

221
O deslocamento lateral, combinado pó, em folhas ou em bobinas de papéis re-
com o movimento linear do suporte ou do vestidos ou não, com gramaturas, dependen-
objeto, permite a impressão de caracteres e do da rigidez do substrato, até 250 g/m2 e
imagens. Vários bicos podem ser combina- substratos plásticos ou laminados metálicos.
dos para a impressão simultânea de várias A produção pode alcançar 8 mil folhas por
linhas de texto. hora no formato A3+, com resolução de até
É muito utilizado para a personalização 800 dpi. A versatilidade destes equipamen-
de produtos em encadernadoras automá- tos permite a produção de uma ampla gama
ticas de livros e revistas e numa ampla gama de produtos com até 7 cores.
de produtos que necessitam numeração e/
ou identificação, numa linha de produção ou Magnetografia
não, tais como bilhetes de loteria, bilhetes
de transporte, cartões de uso geral, convites, Este processo permite a impressão a
encartes, talões de cheque, relatórios e ex- uma cor, com baixa resolução (200 dpi), em
tratos bancários, manuais de instrução com bobinas de papel até 120 g/m2, com veloci-
itens personalizados etc. dade de 400 páginas A4 por minuto. Pode
O conjunto de bicos emite uma cortina ser usado para a impressão de manuais de
contínua de tinta e permite a impressão com produtos e livros.
maior resolução, podendo ser usado para
imprimir código de barras, logomarcas e Flexografia
outras imagens em bobinas de papéis reves-
tidos muito brilhantes e filmes plásticos opa- Pode-se adicionar unidades de im-
cos e translúcidos, que são usados para pressão flexográfica em impressoras ofsete
decorar pontos-de-vendas, em outdoors, planas e rotativas para permitir a aplicação
backligths, na decoração de veículos etc. de tintas especiais e vernizes com reserva
ou total.
Laser Esta é uma ótima solução para o eno-
brecimento de rótulos e embalagens cartona-
As impressoras a laser utilizam um das. É possível, também, aplicar numeração
toner em pó e podem imprimir, em média com este processo, geralmente em impres-
resolução (600x600 dpi), uma ou quatro cores soras rotativas.
de arquivos dtp ou ps. Usam folhas no forma-
to 364 x 521 mm, de papéis não-revestidos Tipografia
até 120 g/m2, imprimindo no máximo 100
ppm. Podem ter acabamento em-linha como Os numeradores de impacto imprimem
dobra, grampo a cavalo e lombada quadrada pelo processo tipográfico. Estes dispositivos
colada com hot-melt. Podem combinar até mecânicos de numeração e aplicação de
4 tipos diferentes de papéis no mesmo códigos de barra podem ser instalados em
produto e são muito utilizadas para a produ- qualquer tipo de impressora ofsete plana ou
ção de catálogos, livros de pequena tiragem, rotativa, sendo mais utilizados em máquinas
folhetos etc. planas monocolores com formato máximo de
500 x 700 mm.
Eletrografia São utilizados na confecção de bilhetes
de passagens, talonários de notas fiscais,
Este sofisticado processo de impres- tíquetes, ingressos de espetáculos, artigos
são digital pode imprimir toner líquido ou em de papelaria etc.

222
Técnicas de acabamento envelopes e um sistema de produção para
pós-impressão em-linha produtos inclusos.

Alguns recuros de acabamento para o Aplicador de emulsão


enobrecimento de produtos impressos
podem ser aplicados em dispositos monta- O aplicador de emulsão é uma unidade
dos em-linha com as impressoras planas ou de impressão instalada antes ou depois do
rotativas ofsete, tais como perfuração, enver- forno, para a aplicação de tintas especiais
nizamento, aplicação de emulsão, corte-e- removíveis, emulsão contendo microcápsulas
vinco, colagem de envelopes e outros. com fragrâncias, gel para pó facial, cola para
envelopes, verniz UV, verniz à base d’água,
Perfuradores tintas fluorescentes etc.
O cilindro aplicador anilox pode ser tro-
Estes dispositivos podem ser fixados cado, dependendo da substância a ser apli-
nos cilindros de contrapressão das impres- cada. Para a secagem do verniz UV, utiliza-
soras ofsete para serrilhar, furar e cortar. se um conjunto de lâmpadas apropriadas.
Podem ser usados em-linha, numa unidade Se a unidade for instalada após o forno, um
não utilizada da impressora, ou fora de linha, sistema com ar aquecido é instalado como
em outro equipamento. São muito úteis na unidade secadora. Pode ser aplicado na par-
produção de encartes, malas diretas, blocos te superior (lado feltro) e/ou inferior da banda
de anotações, talonários etc. de papel (fig.323).

Unidades de envernizamento

São unidades adicionais acopladas às


impressoras, que podem envernizar com
reserva, com clichês flexográficos, ou sem
reserva, com cilindros apropriados. Pode-se
usar vernizes à base d'água, vernizes ofsete
comuns e UV. Estas configurações são
usadas na produção de rótulos, embalagens,
capas de revistas, cartazes etc (Fig.322).

Figura 323: aplicador


de emulsão (WPM)

Sistema de corte-e-vinco rotativo


Figura 322: unidade de verniz em-linha (MAN - IPP)
Unidade contendo faca e contrafaca
Impressão rotativa para realizar corte e vinco na fita de papel.
Pode-se aplicar linhas de contorno, perfura-
É possível instalar um sistema aplicador ções, picotes, cortes em curva, alto-relevo,
de emulsões, uma ferramenta de corte-e- vincos etc., em papéis, filmes plásticos, teci-
vinco rotativo, um conjunto de barras angu- dos não-tecidos, espumas, papéis lamina-
lares, um sistema de dobra e colagem para dos e colados, cartões e papelões. É usada

223
para uma grande variedade de produtos pro- Muitas vezes, este conjunto de barras
mocionais, embalagens, rótulos, etiquetas, está combinado com um segundo funil, de
envelopes etc. (fig.324). formato igual ou menor, na dobradeira da
rotativa (fig.326). Exemplos de sistemas de
barras angulares e do funil adicional estão
no anexo, no final deste capítulo.

Figura 324: corte-e-vinco rotativo (Müller Martini)

Nas máquinas rotativas de corte-e-


vinco, a faca cilíndrica gira apoiada num
Figura 326: dobradeira com duplo funil (KBA)
cilindro contrafaca. Para bandas acima de
500 mm, a operação de corte-e-vinco é feita
separadamente. Primeiro, um conjunto de Sistema de dobra e colagem
ferramentas cilíndricas executa o vinco e, em para envelopes
seguida, outro conjunto faz o corte.
Este sistema é composto de um con-
Conjunto de barras angulares junto de barras angulares e um equipamento
para aplicação de cola e outras emulsões
Sistema de barras dispostas em vários
ângulos, que podem cortar e combinar a ban-
da de papel de várias maneiras, aumentan-
do, desta forma, a variedade de produtos na
mesma dobradeira (fig.325).

Figura 325: barras angulares (WPM) Figura 327: sistema de produção de envelopes (WPM)

224
especiais. O rolo aplicador de cola é seg- Os produtos principais são introduzidos
mentado, permitindo a aplicação simultânea na encartadeira por meio de pinças que os
de mais de uma substância. O sistema foi transportam pela lombada. O produto é então
desenvolvido especialmente para o mercado aberto pela sua orelha anterior, por meio de
de malas diretas (fig.327). Exemplos destes pinça ou por chupeta de aspiração e mantido
produtos estão no anexo desta publicação. aberto por pinças nos dois lados.
Os encartes são coletados por uma
Sistema de produção para esteira transportadora, formando um pacote
produtos inclusos único que é introduzido no produto principal.
Este processo ocorre em baixa velocidade,
Este sistema tem a capacidade de diminuindo as possibilidades de falhas na
produzir envelopes, ou sacos fechados e intercalação. Os pacotes de encartes incom-
selados, contendo folhetos e encartes. Esta pletos são rejeitados antes da inserção e
característica de produto-contendo-produto podem ser realimentados em suas respecti-
é muito interessante para o mercado promo- vas gavetas. O produto já encartado é trans-
cional e de mala direta (fig.328). Amostras portado, por meio de esteiras com pinças e
destes produtos estão no anexo desta mantendo a dobra na parte inferior, para um
publicação. empacotador automático, onde são feitos os
pacotes das encomendas para a distribui-
ção ao consumidor. Os produtos encartados
incompletos são rejeitados antes de entra-
rem na esteira de transporte. A velocidade
de produção varia de 15 mil exemplares,
para equipamentos com alimentação ma-
nual, até 32 mil exemplares, para equipamen-
Figura 328: produção de produtos inclusos (WPM) tos com alimentação automática (fig.329).

Sistema para encarte de jornais,


revistas e impressos comerciais

Estes sistemas substituem a operação


manual de encarte de produtos em jornais,
revistas e impressos comerciais que muitas
vezes se constitui num fator limitante em ter-
mos de prazo e custo do serviço. Estes equi-
pamentos podem inserir até 40 encartes em
tablóides com até 96 páginas, jornais com
até 64 páginas e revistas com até 240
páginas. Estes encartes podem ser uma folha
de papel com, no mínimo, 120 g/m2, ou jornais Figura 329: sistema para encarte de jornais, revistas e
com até 64 páginas e tablóides com até 96 impressos comerciais (Müller Martini)
páginas. Podem ser montados para receber
alimentação em-linha de jornais, revistas e 8.2.3 Acabamento
encartes ou como um sistema estacionário,
com abastecimento manual nas gavetas dos As técnicas de acabamento para o
produtos principais e dos encartes. enobrecimento do produto impresso podem

225
ser aplicadas em operações de corte troque- Esta técnica é utilizada em rótulos,
lado, corte-e-vinco, dobra, gravação à quente etiquetas, quebra-cabeças, pratos e copos
(hot-stamping), relevo, perfuração, serrilha, de papel e em produtos que exijam cortes
ilhó, arredondamento de canto, colocação de não-lineares e irregulares. Uma aplicação
fitilho, blocagem, envernizamento, plastifica- muito especial é na elaboração dos índices
ção/laminação, encadernação com grampo de dedos e de separadores de páginas em
ômega, encadernação mecânica e encader- catálogos, livros, bíblias etc., que pode ser
nação seletiva. executado em folhas soltas ou no miolo do
produto (fig.331).
Corte Troquelado
Corte-e-Vinco
O processo de corte troquelado é exe-
cutado pela pressão de uma ferramenta va- O processo de corte-e-vinco é um méto-
zada especial, contendo o desenho do corte do de estampagem que combina as opera-
desejado, sobre oa folha ou uma camada de ções de corte e vincagem numa única etapa,
folhas impressas (fig.330). empregando facas especiais, em máquinas
automáticas.
O corte-e-vinco pode ser executado em
máquinas tipográficas adaptadas ou em
equipamentos especialmente fabricados
para esse fim. A faca de corte-e-vinco consis-
te de uma base de madeira, cortada a laser,
onde os fios de corte e de vinco são encai-
xados.
Algumas cartonagens costumam montar
suas próprias facas, ou terceirizar o serviço,
e fazem a corte-vincagem em máquinas es-
pecializadas. Além de cortar e vincar, estas
máquinas permitem abrir janelas e colar
celofane ou plástico, furar, serrilhar, aplicar
hot-stamping e fazer outras operações
Figura 330: troqueladora (Heidelberg do Brasil) (fig.332).

Figura 331: exemplo de corte troquelado Figura 332: máquina de corte-e-vinco

226
Facas de corte-e-vinco prancha. As ferramentas de corte, vinco e
perfuração (serrilha) são curvadas e encai-
Os três componentes de uma faca de xadas nos trilhos entalhados na madeira.
corte-e-vinco são: a faca metálica de corte, a
borracha que circunda a faca e a base de
madeira (fig.333).

facas de corte fio de vinco


Figura 334: desenho da faca de corte-e-vinco

Além do compensado, os painéis po-


dem ser de fibra (resina epóxi e celulose),
permaplex e duramar (epóxi reforçado com
suporte fibra de vidro), ou uma liga de aço e plástico
com construção tipo sanduíche.
Algumas recomendações básicas, para
contrafaca garantir o melhor resultado, incluem: evitar
Figura 333: componentes da faca de corte-e-vinco ângulos agudos; preferir encontros arredon-
dados; evitar aparas estreitas, difíceis de
As facas de corte-e-vinco são confec- ejetar, com largura superior a 5 mm; quando
cionadas de acordo com o desenho de cada inevitável, o desenho da faca deve ser feito
trabalho, e são divididas em duas categorias: de modo a produzir um perfil cônico.
simples e múltipla. A simples é usada para O tipo de material de que são feitos os
trabalhos tipo display, onde um único item ou fios de corte e vinco é um dos fatores deter-
diversos itens diferentes são combinados minantes da qualidade do processo. A altura
numa única folha. As facas múltiplas são usa- do fio é 23,8 mm para cartão, porém, outros
das para embalagens de cartão e outros pro- valores, variando de 22,2 a 24,1 mm,
dutos, onde diversos itens semelhantes, de costumam ser utilizados.
mesmo formato, são impressos na mesma A dimensão da lâmina de corte depende
folha. da espessura e do tipo de material a ser
No método mais comum de confecção cortado. Para folhas de 0,6 a 1,5 mm, a lâmi-
de facas de corte-e-vinco, o leiaute da faca na deve ter 1,07 mm (3 pontos) e para cartão
(fig.334) é desenhado numa tábua de madeira ondulado, 0,7 mm (2 pontos).
compensada de 16 ou 18 mm de espessura, Para corte de folhas de espessura su-
composta de 11 a 13 camadas, conhecida perior a 0,6 mm recomenda-se lâminas bifa-
como prancha ou painel. Um instrumento cetadas, com ângulo de corte mais fechado,
cortante, a laser ou jato d’água, é usado para reduzindo o efeito de canto e facilitando a
recortar o padrão de encaixes da faca na sua penetração no cartão.

227
Em geral, os fios de corte são especifi- A espessura das lâminas de vincagem
cados de acordo com a sua espessura, o tipo depende da espessura da folha. Para folhas
de bisel e a dureza do material a ser corte- de 0,2 a 0,6 mm, a lâmina deve ser de 0,7 mm
vincado. A espessura depende da natureza (2 pontos) e, para folhas de 0,6 a 0,8 mm, 3
do material e do contorno (desenho). Para pontos (1,07 mm).
materiais muito duros e rígidos recomenda- A dureza do fio de vincar é cerca de 40
se uma faca mais espessa, porém aumentan- HCR/Rockwell. Sua altura depende da altura
do os raios das curvas (tabela). da faca de corte, da espessura do cartão e
do tipo de contraparte utilizada (altura da
fio de corte
espessura do material a faca – espessura do cartão – espessura resi-
ser co rtado
dual da contraparte). Em geral, utiliza-se fio
0,53334 mm (1,5 pontos) casos especiais de 0,71 mm para cartão de até 400 g/m2 (0,6
0,71120 mm (2,0 pontos) acima de 0,65 mm mm). As espessuras mais comuns são 0,5 a
2,0 mm.
0,7 a 1,7 mm (cartão
1,06680 mm (3,0 pontos)
corrugado) As contrapartes formam canais no inte-
rior dos quais os fios de vincar pressionam o
1,42240 mm (4,0 pontos) acima de 1,8 mm
material, produzindo um calombo no ponto
2,10820 mm (6,0 pontos) casos especiais de dobragem. Não se deve colocar contrapar-
tes nas perfurações, para não deformar o
As tolerâncias de espessura variam de cartão, o qual poderia enroscar no alimen-
±0,015 mm, para o intervalo entre 1 e 3 pon- tador da dobradeira-coladeira. A qualidade
tos, a ±0,02 mm, para fios de corte mais do vinco depende de vários fatores, dentre
espessos. O ângulo do bisel varia entre 50° e os quais: a densidade do material, a quali-
58º para cartuchos e etiquetas auto-adesivas. dade/estrutura do material, a camada impres-
O meio-corte é feito com uma faca mais sa e a umidade do material.
curta, capaz de cortar apenas a primeira ca- Em 90% dos casos os resultados são
mada de um suporte laminado, tal como um bons nas condições mostradas na tabela:
papel auto-adesivo, mantendo o papel-base espessura x profundidade do canal.
intocado. A parte não cortada corresponde a
40-50% da espessura total do cartão. espessura do cartão profundidade do canal

Para reduzir o pó originado por atrito


até 0,43 mm 0,4 mm
entre a faca e o cartão, o bisel da faca deve
ser recoberto com materiais cerâmicos ou 0,43 a 0,53 mm 0,5 mm
titânio, por meio de processos químicos ou
eletromecânicos. A dureza do material pode 0,53 a 0,63 mm 0,6 mm
variar de 32 a 49 HRC/Rockwell.
acima de 0,63 mm 0,7 mm
A vida-útil das facas é reduzida quando
se emprega pressão excessiva. As facas de
material cerâmico são mais duráveis, porém As canaletas devem ter espessura maior
quebradiças. Em qualquer processo de corte, quando perpendiculares às fibras do papel,
a faca deve penetrar no material, resultando aproximadamente 1,5 vezes a espessura da
em desgaste por fricção. folha a ser vincada mais a espessura da lâ-
O vinco tem a finalidade de facilitar a mina de vincagem. Quando paralela às fibras,
dobragem do cartão, reduzindo a tensão das a canaleta é 0,1 mm mais estreita. A largura
camadas do cartão no ponto de dobra e, por- do canal pode ser calculado conforme a se-
tanto, a sua resistência à dobra. guinte expressão:

228
largura do canal = (espess. cartão x 1,5) corte, excedendo apenas 0,5 mm a altura da
+ espessura do fio de vincar faca.
A borracha deve ter resiliência excelen-
As borrachas têm duas funções básicas: te, assim como elasticidade e flexibilidade.
prender o material até que a faca de corte a A 15 mil batidas por hora a borracha tem 0,3
contate e ejetar o material da matriz. Estas segundos para recuperar a sua espessura
devem exceder a altura das facas em 1,2 – original antes de ser novamente comprimida.
1,6 mm. Se a borracha marcar o impresso, As borrachas não devem tocar as lâmi-
como no caso de verniz UV, pode-se usar nas, caso contrário não poderão deformar-
borracha mais macia, porém as tiras devem se corretamente e poderão causar a ruptura
ser mais largas (fig.335). dos piques. Recomenda-se deixar um espaço
de 2 mm entre a lâmina de corte e a borracha,
onde são feitos os piques.
A dureza das borrachas deve ser de 50
Shore (compacta) no local dos piques; 35 a
40 Shore (esponjosa) no local das lâminas
de corte e 50 Shore nos entalhes.
A espessura das folhas de calço deve
ser 0,1 ± 0,01 mm. Suas características in-
cluem: incompressibilidade, resistência à
Figura 335: borrachas de ejeção umidade, estabilidade dimensional e regula-
ridade de espessura.
As borrachas de ejeção devem ser 1,5 A serrilha tem diferentes funções: facili-
mm mais altas do que as facas de corte. Os tar o destaque, substituir o vinco (para facilitar
principais requisitos das borrachas incluem: a dobra) e facilitar a colagem. O comprimento
boa compressibilidade (para não aumentar do corte e da ponte (pique) podem ser vari-
a pressão), elasticidade (para evitar danos ados.
na unidade de corte ou marcas no cartão), Existem dois tipos de pontos de união:
compatibilidade com as colas e baixa for- os que mantêm os corpos unidos e os que
mação de vácuo. Visto que estas qualidades seguram as aparas aos corpos. Os piques
são parcialmente contraditórias, deve-se es- são feitos por curtas interrupções nos fios de
colher a melhor relação de compromisso. corte, abertos com discos finos.
Em geral, recomenda-se dureza de 35 Shore No sentido contrário às fibras, os piques
para cartão e papelão ondulado, 20 Shore são quatro vezes mais resistentes do que no
para etiquetas e 40 Shore para máquinas sentido paralelo. Com cartões, os piques de-
rotogravura. vem ter 0,6 a 0,8 mm de largura. A profundi-
Quando não existir pontos de união, ou dade dos piques deve ser 0,1 mm maior do
piques, a dureza da borracha pode ser de 35 que a espessura do material. Como regra
Shore, excedendo em 1,2 – 1,6 mm a altura geral, deve-se deixar dois piques nos pontos
da lâmina de corte, com tiras de 7 a 8 mm de onde dois corpos se unem, o mais afastados
largura. Na borda de pinça, a borracha deve possível um do outro; se não forem suficientes,
ter 55 – 60 Shore, apenas na parte interna do pode-se acrescentar um terceiro no meio.
desenho. No caso de furos ou cortes (slots) Todos os corpos devem ter os picotes
pequenos (inferior a 6 mm), usar borracha na mesma posição. Os lados curtos das abas
natural com 60 Shore, com abertura de no de colagem não devem ser picotados. Os pi-
máximo 1 mm entre a borracha e a faca de cotes das aparas devem ser menores, visto

229
que não transmitem forças de tensão. A cete, o movimento de abrir e fechar é reali-
fig.336 apresenta alguns produtos feitos com zado pelos dois planos (fig.337).
corte-e-vinco. As prensas cilíndricas possuem uma
mesa plana, onde a faca de corte-e-vinco é
montada, e um cilindro que comporta a contra-
faca. O cilindro gira sobre a faca, produzindo
uma folha corte-vincada a cada revolução.
As prensas reciprocantes são mais
comuns do que as máquinas cilíndricas, po-
dendo alcançar velocidades de até 9 mil bati-
das por hora.
As antigas prensas tipográficas de pla-
tina costumam ser adaptadas para opera-
ções de relevo, estampagem e corte-e-vinco
(fig.338).
Figura 336: produtos corte-vincados (Heidelberg do
Brasil)

Prensas de corte-e-vinco

As máquinas de corte-e-vinco em folhas


classificam-se em duas categorias: de pla-
tina e cilíndrica. A prensa de platina opera
pelo mesmo princípio das prensas de estam-
pagem - uma mesa prende a faca de corte-e-
vinco e a outra prende a contrafaca. Quando
as duas são pressionadas entre si, com o
material a ser corte-vincado posicionado no Figura 338: impressora tipográfica (Heidelberg do Brasil)
meio, ocorre a corte-vincagem.
Nas prensas reciprocantes, uma mesa As máquinas modernas em-linha podem
permanece estacionária (fixa) enquanto a alcançar velocidades de 18 mil batidas por
outra se move contra ela. Nas mesas de mor- hora.

Dobra

As dobras são feitas em-linha nas má-


quinas rotativas e em máquinas de dobra de
folhas. Os recursos de enobrecimento para
as dobradeiras em-linha já foram abordados
anteriormente e, neste capítulo, pretende-se
apenas detalhar como elaborar novos produ-
tos a partir das dobradeiras de folha.
Atualmente, usam-se somente as do-
bradeiras combinadas de bolsas e facas e
as de bolsas. As dobradeiras só de facas
não são mais usadas devido a sua limitação
Figura 337: prensa de corte-e-vinco plana para a confecção de produtos.

230
Em geral, não se aproveitam totalmen- - 24 páginas em dobra zigzag dupla mais
te as possibilidades de variação nas dobra- 2 dobras cruzadas
deiras, devido à falta de conhecimento bási-
co dos diferentes tipos de dobras que se 1/3 da folha na primeira bolsa, 1/3 na
pode executar. segunda bolsa, duas dobras cruzadas.
Pode-se também serrilhar a última dobra,
Dobradeira combinada caso o produto final seja uma encadernação
com lombada quadrada fresada. A perfura-
Como se viu no capítulo referente à ção com serrilha reduz a força de recupera-
dobra, as dobradeiras combinadas têm, na ção da dobra, minimizando, desta maneira,
primeira unidade, um conjunto de 4 ou 6 bol- os problemas de enrosco na alceadeira.
sas em paralelo, seguidas de três unidades Conforme o tipo e a gramatura do papel, até
de faca, dispostas sempre perpendiculares a prensagem do caderno pode ser evitada
entre si. Apesar da limitação desta configura- (fig.340).
ção, pode-se aumentar a gama de produtos
conforme os exemplos a seguir:

- 12 páginas com dobra zig-zag dupla


mais uma dobra cruzada

1/3 da folha na primeira bolsa, 1/3 na


segunda bolsa, uma dobra cruzada. Com
este tipo de dobra não se formam rugas
devido à prensagem do caderno, pois este
está aberto nos dois lados. Para cadernos
com margem de pinça, a dobra cruzada deve
estar deslocada em relação ao centro na Figura 340: 24 páginas em zig-zag mais duas dobras
mesma proporção (fig.339). Pode ser usada (Heidelberg do Brasil)
para folhetos promocionais e pequenos Outros exemplos de dobras podem ser
mapas. encontrados no Anexo desta publicação.

Dobradeira de bolsas

Estas dobradeiras podem ser configu-


radas com 2 ou 3 unidades de dobra, cada
uma contendo de 2 a 6 bolsas. As unidades
de dobra com bolsas são individuais, poden-
do ser montadas tanto em paralelo quanto
em cruz com a unidade anterior, o que au-
menta consideravelmente o leque de produ-
tos que podem ser executados neste tipo de
dobradeira.
Para mapas, pode-se montar de 8 a 16
bolsas de dobra em uma única unidade. Se
Figura 339: 12 páginas em zig-zag mais uma dobra necessário uma dobra cruzada final, utiliza-
cruzada (Heidelberg do Brasil) se um dispositivo individual de faca.

231
Outros exemplos de dobras podem ser reduzida, o que pode ser útil nas operações
encontrados no Anexo desta publicação. posteriores de acabamento.
Em combinação com o conjunto de
- 24 páginas em dobra carteira dupla mais facas rotativas, pode-se obter um produto
2 dobras paralelas em cruz acabado a partir da dobradeira. Esta é uma
alternativa interessante para folhetos e
1/3 da folha na primeira bolsa, 1/3 da pequenas brochuras onde não se exige alta
folha na terceira bolsa, dobra em cruz na qualidade. Este acessório é montado antes
segunda unidade de dobra, com 1/2 da folha da primeira unidade de dobra e os rolos de
na primeira bolsa e 1/4 na segunda bolsa dobra devem ter ranhuras de pelo menos 8
(fig.341). mm de largura e uns 2 mm de profundidade,
para evitar o repinte de cola nesta unidade
de dobra.
Os coleiros dispõem de bico aplicador
que abre e fecha de acordo com o compri-
mento desejado do fio de cola, de aproxi-
madamente 1 mm de largura. Este compri-
mento é ajustado no painel de controle e uma
fotocélula controla a entrada e o comprimento
da folha a ser colada.
Além da colagem do caderno, com dois
ou mais bicos coladores, pode-se produzir,
por exemplo, envelopes para fotografias e
outros tipos de estojo.
O ajuste da dobradeira é feito sem o
dispositivo colador, e somente após o acerto
ter sido completado é que o mesmo é conec-
Figura 341: 24 páginas em dobra carteira dupla (HB) tado. O sentido de deslocamento da folha
deve ser sempre paralelo ao sentido da cola-
Aplica-se serrilha a cerca de 2 mm de gem, para evitar a formação de ondulações.
distância da cabeça do caderno, para mini- A cola deve ter viscosidade média e tempo
mizar a formação de rugas na prensagem. em aberto relativamente curto, para que a
Esta configuração é usada também para 32 colagem seja feita da maneira mais rápida
páginas. Pode-se usar como produto final possível.
grampeado ou como caderno para outros A seguir, alguns exemplos desta apli-
tipos de encadernação. cação. Outros exemplos de dobras podem
ser encontrados no Anexo desta publicação.
Coleiro
- 16 páginas em dobra carteira
Um dispositivo especial de colagem (rocambole) mais 1 dobra cruzada
pode ser adaptado na dobradeira combina-
da e na dobradeira de bolsas para produzir 1/4 da folha na primeira dobra paralela,
cadernos colados de 8, 12 e 16 páginas, sem 1/4 da folha na segunda dobra paralela, 1/4
interferir no desempenho da máquina. O da folha na terceira dobra paralela e uma
caderno colado tem sua espessura final dobra cruzada pelo meio (fig.342).

232
Bolsa de dobra janela

A dobra janela é muito utilizada em


impressos promocionais, capas de revistas
grampeadas e encartes de revistas e livros.
Esta bolsa adicional pode ser adaptada nas
dobradeiras combinadas e nas dobradeiras
com bolsa, em unidades com pelo menos 4
bolsas. A bolsa de dobra janela é montada
no lugar da segunda bolsa de dobra superior.
Na primeira bolsa de dobra inferior, instala-
se um dispositivo de desvio do caderno e,
na segunda bolsa inferior, uma fotocélula de
Figura 342: 16 páginas em dobra carteira dupla mais uma controle do desviador (fig.344).
dobra cruzada (Heidelberg do Brasil)

- envelope para fotografia com dobra


carteira e colagem

1/3 da folha na primeira dobra paralela


e 1/3 na segunda dobra paralela. Observar
que a aba do envelope não tem 1/3 do
comprimento da folha, mas o suficiente para
fechá-lo. Utilizam-se dois bicos que aplicam
a cola nas bordas externas da folha e esta
deve estar em seu formato final (fig.343).

Figura 344: unidade de dobra janela (HB)

Os rolos de dobra 1, 2 e 3 são ajusta-


dos para a espessura simples do papel, o
rolo 4 para a espessura de duas folhas do
papel e o rolo 5 e os rolos portafacas colo-
cados a seguir, para 8 vezes a espessura do
papel. No caso de ocorrer dobras duplas,
deve-se aumentar ligeiramente a distância
entre os rolos de dobra.
Figura 343: envelope para fotografia (Heidelberg do Brasil) A distância mínima entre as orelhas
deve ser de 3 mm e, quanto maior esta sepa-
ração, menores os problemas de se executar
Recomenda-se o uso de papéis não- esta dobra. Papéis abaixo de 115 g/m2 ou
revestidos ou revestidos com acabamento papéis muitos flexíveis representam muita
fosco, e com gramatura e rigidez adequadas, dificuldade na execução deste tipo de dobra
para que a colagem seja mais eficaz. (fig.345).

233
Dobra e colagem de cartuchos

Os cartões e papelões, após a opera-


ção de corte-e-vinco, podem ser fechados
em cartuchos e caixas para acondiciona-
mento de alimentos e bebidas, produtos de
limpeza, perfumes, cosméticos, produtos far-
macêuticos, artigos de vestuário, eletroele-
Figura 345: esquema de dobra janela trônicos, brinquedos, presentes etc. Estas
embalagens podem ser simples, somente
Unidade de refile e grampo com a impressão e o corte-e-vinco, ou rece-
berem gravação à quente, relevo, laminação
Pode-se acoplar a qualquer dobradeira e outros efeitos.
uma unidade para grampear e refilar produ- O fechamento pode ser feito com adesi-
tos até 48 páginas (fig.346). vos de emulsão sintética, natural e hot-melt,
e é realizado tanto manualmente, em peque-
nas tiragens para produtos de artesanato,
como automaticamente para as grandes ti-
ragens industriais.
As máquinas automáticas aplicam a cola
e fecham as abas coladas pelo deslocamento
do cartão, em suaves movimentos helicoidais
contínuos (fig.348).
Figura 346: unidade de refile e grampo (HB)

Unidade de dobra adicional

Pode-se acoplar a qualquer dobradeira


uma unidade de dobra de faca adicional, para
complementar configurações de alta pagi- Figura 348: fechamento esquerda/direita (Heidelberg do
nação (fig.347). Brasil)

O transporte do cartão é feito por meio


de esteiras e roletes tranportadores, podendo
ter ou não guias de apoio. Os cartões enverni-
zados ou laminados podem apresentar pro-
blemas para a colagem com adesivos de
dispersão e, nestes casos, o uso de hot-melt
seria o mais recomendado, mas nem sempre
o equipamento dispõe desta facilidade.
Dependendo do tipo de produto (cartu-
cho/caixa) e seu uso final, a aplicação de ser-
rilha na área de colagem pode resolver o
problema, desde que testes de qualidade da
colagem sejam feitos previamente. Por outro
Figura 347: unidade de dobra de faca adicional (HB) lado, se o projeto do produto permitir, as

234
operações de envernizamento e laminação pressionar uma matriz aquecida (clichê),
podem ser feitas com reserva para a colagem contendo o motivo que se deseja reproduzir,
e, daí, o uso de colas de dispersão será viá- contra uma fita metalizada posicionada so-
vel. Outra alternativa, dependendo do tipo de bre o suporte, numa prensa de estampagem,
dobradeira-coladeira utilizado, é a aplicação transferindo a película metálica para o supor-
de discos de lixa ou de fresa sobre o cartão, te. O processo pode ser combinado com rele-
para remover os revestimentos aplicados e vo, recebendo a designação de estampagem
expor suas fibras para a colagem. em relevo.
Os cartuchos mais comuns são os tipos No passado, antes do desenvolvimento
simples e com fundo automático. O cartucho da técnica de hot-stamping, os produtos eram
simples é aquele com uma única aba colada, decorados com purpurina e pós metálicos
mantendo o fundo e a tampa abertos. O car- (bronze), aplicados com máquinas especiais.
tucho de fundo automático tem, além da aba Capas de livros, embalagens de cartão
lateral, o fundo com as suas partes coladas e cartões de felicitações são produtos que
(fig.349). costumam receber relevo e estampagem,
produzindo um efeito brilhante muito atraente.
Os laminados plásticos estão disponí-
veis em diversas cores, incluindo ouro, prata
e cores metálicas (vermelho, verde, azul etc).
Outras opções incluem imitação de madeira,
cores pigmentadas com acabamento fosco
ou brilhante, holografias e outros.
As prensas de estampagem podem ser
Figura 349: cartucho simples (E) e cartucho de fundo
automático (D) (Heidelberg do Brasil) antigos prelos tipográficos de platina adap-
tadas, ou equipamentos especialmente dedi-
As caixas mais comuns são as de quatro cados (Fig.351 e 352).
pontos e as de seis pontos. As caixas de
quatro pontos formam a tampa e o fundo se-
parados, enquanto a de seis pontos tem a
tampa e o fundo conjugados (fig.350).

Figura 351: prensa cilindro-cilindro (Heidelberg do Brasil)

Figura 350: caixa de quatro pontos (E) e de seis pontos (D)

Gravação à quente
(hot-stamping)

O processo de decoração com lamina-


dos metálicos (hot-stamping) consiste em Figura 352: prensa plano-plano

235
As máquinas de hot-stamping podem Exemplos de produtos com hot-stamp-
ser do tipo plano sobre plano, cilindro sobre ing podem ser encontrados no Anexo desta
plano e cilindro sobre cilindro. As máquinas publicação.
plano sobre plano e plano sobre cilindro são
usadas para pequenas e médias tiragens, Moldes de estampagem
enquanto as máquinas cilindro sobre cilindro
são especialmente desenvolvidas para as A matriz é o elemento crítico dos proces-
tiragens maiores, podendo alcançar veloci- sos de relevo e estampagem. Os moldes são
dades acima de 10 mil folhas por hora. peças metálicas cortadas em pantógrafos,
Os sistemas de cilindro sobre plano e gravados com ácido ou burilados à mão com
cilindro sobre cilindro são limitados para a ferramentas especiais (Fig.353).
gravação com relevos baixos. Esta técnica,
desenvolvida na Alemanha no início do século
molde de um nível
20, é usada largamente na indústria de rótulos
e embalagens e tem sido usada na área de
segurança como elemento antifalsificação, molde multinível
para garantir a autenticidade dos produtos,
como protetor de marca e na detecção de molde chanfrado
fraudes. As películas utilizadas são filmes de
poliéster metalizado ou transparente com alto molde esculpido
índice de refração, em várias espessuras.
Os recursos utilizados são as hologra-
molde plano
fias em duas (2D) ou três dimensões (3D), os
gráficos pixelizados, os dispositivos de varia-
Figura 353: moldes de estampagem
ção ótica (OVD em inglês), tintas sensíveis à
radiação UV, tintas sensíveis à radição infra-
vermelha, vernizes sensíveis à radiação ele- Metais como o magnésio, o cobre e o
tromagnética e selos de proteção. latão são os materiais mais freqüentemente
As holografias em 2D são produzidas a empregados na confecção dos moldes de
partir de traços; já as holografias 2D/3D são estampagem. Se o desenho envolver múlti-
compostas por traços e/ou fotos e apresentam plos níveis ou uma aparência esculpida, ou
seu efeito quando inclinadas, mostrando am- se a tiragem for longa, é necessário empregar
pla variação de textura, brilho e cor. moldes de latão.
Os gráficos pixelizados, com imagens Para tiragens curtas e desenhos pouco
e padrões representados por pixels, são complicados, um molde de magnésio, mais
muito utilizados nas embalagens de varejo. barato, pode ser utilizado. Os moldes mo-
Os dispositivos de variação ótica são obtidos dernos são cortados a laser em sistemas
pela aplicação de laser contínuo em chapa assistidos por computador (CAD/CAM).
fotossensível, podendo criar linhas finas, ima-
gens micro e nanografia, imagens ocultas Relevo (embossing)
visíveis com outro laser e imagens animadas.
As tintas sensíveis à radiação UV, infraver- Relevo é o resultado do efeito de pres-
melho e verniz de proteção eletromagnética são controlada aplicada a um suporte colo-
são visíveis somente com sensores apropri- cado entre dois moldes: um fêmea, feito de
ados. Os selos de proteção, em vinil ou papel, latão ou de fotopolímeros, e um contramolde
são destruídos por completo quando retira- (macho), feito de papel-machê ou plástico
dos. moldado (fig.354).

236
No processo de alto-relevo, uma matriz
(cunho) é montada contra uma fôrma aqueci-
contrafôrma da presa à mesa da prensa de estampagem.
Uma contramatriz (contracunho) é montada
em registro. Quando ambas são pressiona-
suporte
das contra o suporte a ser estampado, forma-
se uma imagem em relevo. A estampagem
pode também ser feita com moldes frios,
fôrma
mas o processo a quente é o mais comum.
(fig.355).
Figura 354: molde de relevo-seco
A estampagem a quente emprega ma-
O relevo torna o impresso mais atraente, teriais coloridos, metálicos, iridescentes, ho-
aumentando o apelo ao consumo. Além do lográficos etc., transferidos por meio de uma
apelo estético, o relevo é usado na escrita matriz aquecida pressionada contra o supor-
em Braille. te. A temperatura varia entre 80 e 160ºC. Na
O processo de relevo pode ser integrado estampagem a frio, o material é pressionado
ao processo de corte-e-vinco. Existem dois entre duas matrizes, macho e fêmea.
processos de estampagem mais utilizados: As matrizes podem ser metálicas ou
o relevo cego (sem tinta ou laminado) e a plásticas (Nylonprint/bakelite). A altura ou pro-
estampagem a quente (hot-stamping), com fundidade do relevo depende do tipo de car-
laminados coloridos ou metalizados. tão. Visualmente, os melhores relevos são
O relevo pode ser bidimensional (dois aqueles com perfil curvo. O cartão não deve
níveis) ou tridimensional (vários níveis). No ser muito seco, para não rachar ou rasgar. O
primeiro, todas as áreas em alto ou em baixo- equipamento pode ser uma prensa tipográfica
relevo têm a mesma altura. O processo de adaptada ou uma máquina especialmente
estampagem envolve moldes que produzem dedicada, onde o contramolde força o suporte
uma imagem em alto-relevo ou baixo-relevo contra a depressão do molde.
em papel ou cartão. O relevo é muito usado na produção de
cartuchos, cartões, etiquetas, capas e mate-
rial de papelaria de alta qualidade, onde o
efeito confere ao produto um acabamento
atraente e fino.

Perfuração, serrilha, ilhó,


arredondamento de canto,
colocação de fitilho e blocagem

As técnicas de perfuração, serrilha,


colocação de ilhó e arredondamento de
cantos, são geralmente feitos por máquinas
operadas manualmente ou semi-automáticas
Figura 355: relevo-seco (fig.356).

237
As máquinas de arredondar cantos ser-
vem para acabar blocos de livros, geralmente
de capa dura, índices de dedo, cartões, cartas
de baralho etc. (fig.357).

Figura 356: serrilhadeira (E) e furadeira (D) (JMAC)

O método de perfuração é muito utili-


zado na encadernação de folhas soltas, em
fichários ou amarradas com cordões. A geo-
metria dos furos pode ser redonda ou retan-
gular, feitos com punção ou broca.
Vários cabeçotes e contrapunções po-
dem ser utilizados para fazer múltiplos furos. Figura 357: arredondamento de canto (Müller Martini)
O número de folhas perfuradas de cada vez
depende da espessura do papel. A colocação de fitilho é feita em livros
A serrilha, também chamada de picote, de capa dura, para servir como marcador de
consiste de uma série de perfurações feitas página (fig.358). Pode também ser colocado
no papel, em partes que devem ser desta- em cartões, calendários etc., como elemento
cadas, tal como em cupons, canhotos, bilhetes decorativo. Sua aplicação pode ser manual
etc., facilitando o rasgo ao longo da linha per- ou feita em máquinas apropriadas para isto.
furada. Existem duas formas de perfuração:
de furo redondo (round hole) e segmentada
(sloted hole). As duas podem ser combina-
das no mesmo produto.
As serrilhadeiras podem aplicar diver-
sas linhas de serrilha na mesma folha, depen-
dendo do número de cabeçotes (pentes) dis-
poníveis. Conforme a espessura do papel, a
alimentação pode ser unitária ou em grupos.
A linha de picote pode ser reta ou curva.
Quando feita em-linha, apresenta limitações.
Os melhores resultados são obtidos com
chapas de corte-e-vinco.
Figura 358: marcador de páginas (Müller Martini)
Ilhó é um pequeno anel que reforça os
furos feitos no papel, para evitar que rasguem, A blocagem é um método prático e eco-
aplicado em calendários, pastas de elástico, nômico de encadernação de folhas soltas,
folhas soltas para arquivo de argola, etiquetas quando necessário destacá-las uma a uma,
e produtos encordoados. As operações de através da aplicação de um adesivo numa
perfuração e colocação do ilhó podem ser das bordas, geralmente na cabeça do bloco.
separadas ou concomitantes, dependendo Se desejado, a última folha pode ser de car-
do equipamento empregado. tão rígido.

238
Envernizamento

Todos os produtos impressos, incluindo


aqueles que são estampados, gravados ou
corte-vincados, podem ser decorados ou pro-
tegidos com vernizes. Produtos que serão
intensivamente manipulados, como catálo-
gos e livros, podem ser envernizados ou plas-
tificados para fins de proteção, enquanto
outros são revestidos por razões puramente
estéticas. Outros, como as embalagens de
alimentos, recebem vernizes funcionais (se- Figura 359: impressora serigráfica com secador UV
lante ou protetor).
Os vernizes podem ser aplicados com São usadas também impressoras ofse-
reserva (apenas em algumas áreas localiza- te monocolores para a aplicação de vernizes
das) ou cobrir toda a superfície da folha (sem à base d’agua, à base de resina e UV. Em
reserva). qualquer caso, os impressos a ser enverni-
De modo geral, a aparência dos pro- zados não devem receber pó antidecalque.
dutos impressos pode ser melhorada por
meio de aplicação de vernizes e revestimen- Classificação dos vernizes
tos. Além de mais atraentes, os produtos
ganham proteção. Os vernizes protetores, Um verniz é um filme transparente apli-
que conferem ao impresso resistência ao cado sobre uma folha impressa para imper-
atrito, podem ser aplicados em suportes de meabilizar e torná-la brilhante. Os vernizes
diferentes naturezas e estão disponíveis em utilizados em artes gráficas são classificados
três tipos: vernizes à base de resinas (secam em: bases, laquês, vernizes barreira e verni-
por oxidação entre 30 minutos e 2 horas); zes de sobreimpressão.
vernizes à base de glicol (secam entre 20 e As bases, como o nome sugere, são uti-
30 minutos) e vernizes à base d’água. A se- lizadas para tratar o suporte antes da impres-
cagem pode ocorrer em temperatura ambi- são, ou preparar a superfície para receber
ente ou ser auxiliada por calor ou IR. outro tipo de verniz. Os laquês são vernizes
Os vernizes podem ser de base aquosa funcionais que proporcionam efeitos prote-
ou ultravioleta (UV); podem ou não amarelar tores e decorativos. Os vernizes barreira são
o impresso; podem ou não ter brilho e podem utilizados na indústria de alimentos para pro-
ser aplicados em-linha (através do sistema mover resistência à umidade, ao oxigênio e
de molhagem ou tintagem da impressora à luz ultravioleta. Os vernizes de sobreim-
ofsete, ou numa unidade especial) ou fora- pressão de alta e baixa viscosidade aumen-
de-linha (como operação de acabamento em tam o brilho e protegem os impressos que
equipamento dedicado). Quando aplicado serão muito manuseados.
na impressora, seu custo é similar à impres- O uso de métodos de aplicação em-
são de uma cor extra. linha é crescente nos principais processos
Pode-se usar envernizadeiras de folhas, de impressão, como resultado direto da ne-
compostas de uma unidade aplicadora e um cessidade de reduzir o desperdício e o custo
túnel de secagem, para envernizamento sem do manuseio de materiais, aumentando a
reserva, ou impressoras serigráficas para a eficiência da produção. O envernizamento
aplicação com reserva (Fig.359). em-linha refere-se à aplicação contínua feita

239
logo após a impressão, na própria impres- qualquer tipo de papel ou cartão, para confe-
sora ou em equipamentos de acabamento rir uma razoável resistência à abrasão, à
dedicados. água e a produtos químicos. Após a aplica-
ção, sua superfície pode ser colada e gravada
Sistemas de envernizamento à quente. São aplicados por cilindros, com
camada seca variando entre 2 a 5 g/m2.
Existem quatro tipos de sistemas de Os vernizes à base de resina podem
envernizamento usados em artes gráficas: ser semelhantes às tintas ofsete, que secam
sistema aquoso, sistema à base de resinas, por oxidação, ou são dispersões que secam
sistema ultravioleta e sistema de feixe de por extração dos solventes.
elétrons (electron beam). Os vernizes ultravioleta contêm ativado-
Os vernizes aquosos (à base de água) res que causam a polimerização dos ligantes
foram desenvolvidos para atender aos apelos e solventes após a exposição a uma fonte de
ambientais, em oposição aos vernizes à base luz UV. A secagem (cura) é instantânea. Po-
de derivados de petróleo. São formulados dem ser aplicados em envernizadoras fora-
com resinas dispersáveis ou solúveis em de-linha ou no sistema de tintagem da im-
água. pressora (ou em unidade dedicada acoplada
Os vernizes aquosos requerem maior à impressora).
tempo de secagem e devem ser aplicados Para aplicação por cilindro, a camada
em-linha, com dispositivos envernizadores; varia entre 4 e 6 g/m2; para a aplicação em
serigrafia, a camada varia entre 6 e 10 g/m2.
entretanto, são compatíveis com tintas à base
São usados em substratos com baixa absor-
de óleos.
ção, tais como os papéis cuchê e os cartões.
Estes vernizes podem ser diluídos com
Possuem alto brilho, alta resistência à abra-
uma mistura de água e álcool etílico, na pro-
são e alta resistência a produtos químicos.
porção 1:1, na proporção máxima de 3 a 5%
Dependendo do tipo de verniz, sua superfície
do seu volume. Geralmente a simples agi-
pode ser colada e gravada a quente.
tação do verniz já reduz sua viscosidade. O
Para tintas com elevado teor de ceras,
excesso de diluição irá causar a redução do
usadas em papéis revestidos, papéis com
brilho, a deformação do substrato e o retar- acabamento fosco e cartões para embala-
damento da secagem, aumentando o risco gens, é necessário a aplicação de primer a
de blocagem das folhas envernizadas. base d’água antes do verniz UV ou a aplica-
A temperatura de aplicação deve estar ção de tratamento corona. Tintas com pig-
na faixa entre 25 a 300C, pois temperaturas mentos metálicos não são adequadas para
menores aumentarão a viscosidade do verniz, envernizamento com UV, pois, devido à irre-
enquanto temperaturas maiores irão reduzi- gularidade do filme de tinta, o resultado da
la. Para a aplicação em substrato com menor aplicação tem pouco brilho. Tintas com pig-
absorção (papel cuchê), deve-se usar um mentos especiais, como o azul reflexo, pig-
verniz com viscosidade de 25 ± 5 segundos; mentos fanais etc., sofrem sangramento na
para a aplicação em substrato com maior aplicação do verniz UV e, por isso, devem
absorção (cartões), deve-se usar um verniz receber uma aplicação de primer à base
com viscosidade de 40 ± 5 segundos. Estes d'água antes do verniz . Com tintas híbridas,
valores são obtidos em medição com copo pode-se aplicar o verniz UV em-linha sem a
DIN no 4. necessidade do primer, mas é preciso usar
Os vernizes à base d'água podem ser os secadores UV intermediários para as tin-
foscos ou brilhantes e são aplicados em tas com maior carga.

240
Os vernizes EB também secam instan- A seguir, os defeitos mais comuns no
taneamente através de polimerização indu- envernizamento, suas prováveis causas e
zida por radiação. Apresentam elevada resis- soluções.
tência à abrasão, acabamento mate durável
e capacidade de secagem superior sobre - Alteração na cor
suportes laminados ou plásticos, embora o
Defeito Causa Solução
emprego de material radioativo exija algu-
ma precaução. Este processo é pouco utili- interferência da
ajustar as cores do
alteração impresso para a
zado atualmente. na cor
camada de verniz
condição de
O uso de vernizes em produtos impres- na cor do impresso
envernizamento.
sos é ditado pelos requisitos e especificações
de cada segmento de mercado. Capas de
livros brochurados, sobrecapas de livros de - Baixa adesão
capa dura e capas de catálogos, entre outras,
são envernizadas para aumentar a durabili- D efeito C au sa S o lu ção
dade e melhorar a aparência do produto. Em tensão superficial fazer testes de
trabalhos comerciais impressos em ofsete, inferior a 35 mN/m aderência no
em substratos substrato antes da
tais como: relatórios anuais, livretos de propa- sintéticos. produção.
ganda, pôsteres etc., são utilizados vernizes aplicar tratamento
tinta de im pressão
aquosos e ultravioleta. Embalagens de inadequada, C orona.
bebidas e cosméticos são envernizadas com contendo ceras
aplicar um prim er
deslizantes.
verniz UV, para promover brilho. baixa antes do verniz.
adesão
Vernizes aquosos são usados sobre aumentar o tem po de
tinta de im pressão secagem entre a
papel, laminados metálicos e filmes plásticos úm ida im pressão e o
impressos em flexogafia e rotogravura. envernizam ento

Para testar a cura dos vernizes UV, ventilar a pilha


formação de casca impressa
pode-se executar rapidamente um teste prá- sobre a tinta de
tico após o envernizamento. Este teste avalia im pressão calandrar ou aquecer
a pilha impressa
a resistência ao metil etil cetona (MEK) das
superfícies com verniz UV aplicado. O verniz
deve ser aplicado no suporte a ser utilizado - Baixa resistência ao atrito
na produção e curado dentro dos padrões
normais do processo. Em seguida, proteger D efeito C ausa S olução
uma parte da folha com um papel ou folha de
camada de aum entar a cam ada de
alumínio e repetir a operação de cura; isto irá verniz muito fina. verniz.
garantir que a área exposta esteja perfeita-
aplicar a taxa de
mente curada. Esfregar, em suaves movimen- verniz UV não
emissão de UV
curado.
correta.
tos de vai-e-vem sobre as duas áreas, um baixa
pedaço de algodão embebido com metil etil resitência tipo de verniz testar o verniz antes da
ao atrito inadequado. produção.
cetona, até que a camada de verniz comece
utilizar a menor
a dissolver-se. O verniz estará bem curado excesso de pó
quantidade de pó
antidecalque ou
se não houver diferença visível entre as áreas, com granulação
possível.;
utilizar pó com
com pelo menos quatro movimentos com- grosseira.
granulação fina.
pletos.

241
- Baixa umectação - Verniz rachado na dobra
D efeito C ausa S olução Defeito Causa Solução
tensão superficial fazer testes de tipo de verniz
inferior a 35 mN/m aderência no testar o verniz antes
inadequado à
em substratos substrato antes da da produção.
dobra/vinco
sintéticos. produção. camada de
verniz quebra camada de
aplicar tratamento reduzir a camada
tinta de impressão na verniz muito
C orona. de verniz.
baixa inadequada, dobra/vinco grossa.
umectação contendo ceras
aplicar um prim er substrato muito reumidificar o
deslizantes.
antes do verniz. seco. substrato.
aumentar o tempo de
tinta de impressão secagem entre a
úmida impressão e o
envernizamento.
- Blocagem
- Desfolhamento insuficiente
Defeito C ausa Solução
Defeito Causa Solução
tensão
utilizar substrato superficial
substrato com fazer teste de aderência
com menor inferior a 35
muita absorção. no substrato antes da
mN/m em
absorção. produção.
substratos
utilizar a taxa de sintéticos.
verniz UV não
desfolhamento emissão de UV excesso de
curado. manter a pilha impressa
insuficiente correta. umidade
entre 40 e 60% de UR e a
relativa na
tipo de verniz testar o verniz temperatura entre 22 e
sala de
inadequado. antes da produção. 25 o C .
impressão.
excesso de reduzir a camada cura
camada de verniz. de verniz. verificar a taxa de
insuficiente
emissão de UV.
do verniz UV.

controlar a camada
- Escurecimento do papel aplicada;
secagem
utilizar a temperatura
Defeito Causa Solução incorreta do
recomendada;
verniz à base
diluir o verniz conforme
utilizar substrato d'água.
blocagem recomendação do
menos fabricante.
penetração em das folhas
absorvente.
excesso do verniz, envernizadas migração da aumentar o tempo de
escurecimento provocando a aplicar um tinta de secagem entre a
do papel redução da prim er. impressão impressão e o
opacidade da ainda úmida. envernizamento.
camada cuchê. testar o verniz
antes da retirar as folhas em pilhas
vidragem
produção. baixas;
devido ao
ventilar as pilhas após o
verniz frente-
envernizamento;
e-verso
- Descoloração aplicar pó antidecalque.

fazer pilhas baixas para o


Defeito Causa Solução transporte;
excesso de evitar o excesso de
testar o verniz antes da pressão na tensão nas fitas de
mudança na produção. pilha amarração;
reação do
cor após um envernizada abrir as pilhas o mais
verniz com os aplicar um prim er.
longo período rápido possível após o
pigmentos transporte.
(descoloração testar a estabilizadade
Fanal e
da da tinta para solventes
Rhodamina cilindro de
impressão) e álcalis até pH 10 manter o cilindro de
contrapressão
contrapressão limpo.
(Norma DIN 16524). sujo

242
- redução do brilho características estéticas, podendo ser bri-
lhante ou fosca, dependendo do tipo de filme
Defeito Causa Solução
plástico utilizado.
utilizar substrato menos O processo de plastificação mais em-
absorvente.
penetração do pregado é baseado no uso de filme de poli-
verniz no aplicar um prim er. etileno com espessura variando de 12 a 15µ,
redução substrato.
do brilho testar o verniz antes da com tratamento supeficial feito por uma pelí-
produção. cula de poliéster, em máquinas semi-automá-
baixa camada aumentar a camada de ticas de laminação à quente (Fig.360).
de verniz. verniz.

- Falha na colagem
D efeito C ausa Solução

tipo de verniz testar o verniz antes


inadequado. da produção.

testar o adesivo antes


falha na da produção.
colagem da
superfície tipo de não imprimir na área
envernizada adesivo de colagem.
inadequado.
se possível, não
aplicar verniz na área
de colagem

- Falha na gravação Figura 360: plastificadora - laminadora a quente

D e fe ito C au sa S o lu çã o
A plastificação com polietileno, usando
tip o d e ve rniz te sta r o ve rniz a nte s
ina d e q ua d o d a p ro d ução .
poliéster como agente de alisamento, produz
folhas isentas de riscos e manchas antes do
b a ixa a d e sã o d o ve r a ta be la
ve rniz co rre sp o nd e nte . refile das folhas. Todavia, devido à baixa
te sta r a fita d e
resistência ao atrito do polietileno, ao fim da
fita d e g ra va çã o
fa lha na ina d e q ua d a
g ra va çã o a nte s d a encadernação, a capa estará irremediavel-
p ro d uçã o .
g ra va çã o à mente comprometida em sua estética, com
q ue nte b a ixa
a justa r p a ra o s riscos e manchas em profusão. A forma de
te m p e ra tura e /o u
p re ssã o na
va lo re s eliminar este problema é o uso de filmes de
re co m e nd a d o s.
g ra va çã o. polipropileno  de  12µ,  que  possuem  resis-
d e sp re nd im e nto tência ao atrito muito superior ao polietileno,
d a ca ma d a tro ca r o substra to .
cuchê dispensam o uso de alisadores e não neces-
sitam de máquinas especiais para sua apli-
cação.
Quanto à propriedade de barreira à
Plastificação umidade, ambos os filmes, polietileno e
polipropileno, cumprem muito bem a função.
A plastificação tem como finalidade Como um diferencial de qualidade, o poli-
conferir resistência ao atrito e também servir propileno pode oferecer um acabamento
de barreira à umidade em capas de produtos fosco ou metalizado. O filme metalizado per-
impressos, tais como: livros, revistas, catá- mite a sobreimpressão pelo processo ofse-
logos, folhetos etc., além de proporcionar te ou em serigrafia.

243
A maioria das empresas plastificadoras  evitar o uso excessivo dos freios de desbo-
utiliza plástico DB 681, densidade 0.92 g/ binamento, pois poderá haver encolhimento
cm3, temperatura de amolecimento de 91°C acima do normal, que é de aproximadamente
e temperatura de aplicação entre 140°C e 3%, além de facilitar o rompimento do filme.
160°C.
Como a produção deste filme é feita em A qualidade da plastificação depende
extrusoras do tipo balão, a espessura do fil- do controle de uma série de variáveis envol-
me varia em torno de 10% da espessura no- vidas nos processos de impressão e de
minal. Para que o filme tenha boa aderência plastificação. Quando mal controladas, essas
ao substrato, é necessário que sua tensão variáveis podem causar uma série de proble-
2
superficial seja de pelo menos 42 dinas/cm , mas.
obtida através de tratamento corona logo As tintas de impressão devem estar
após a extrusão. Esta tensão superficial é completamente secas para garantir a fixação
2
reduzida para 40 dinas/cm após 48 horas do plástico sobre a superfície impressa. Em
da extrusão, mantendo este índice por apro- condições normais de impressão, as tintas
ximadamente 90 dias, desde de que acondi- demoram entre 8 e 24 horas para secar,
cionado em local seco e sem incidência de dependendo do tipo de papel e da carga de
raios solares. Quando a tensão superficial tinta considerados.
2
estiver abaixo de 37 dinas/cm , a aderência Em condições de baixa temperatura e
sobre o substrato será fraca e irregular, apre- elevada umidade relativa do ar (acima de
sentando delaminação durante o processo 75%) as tintas demoram mais para secar e,
de aplicação do polietileno. neste caso, é necessário adicionar secante
Os problemas de delaminação que se na tinta ou estimulador de secagem na solu-
apresentam após o refilo ou o corte-e-vinco, ção de molhagem para acelerar o processo.
geralmente são causados pela tinta e/ou pelo O secante de cobalto causa a vitrificação do
processo de impressão. Por serem produ- filme de tinta e prejudica a aderência do
zidos a partir de resina atóxica, os filmes de plástico. Nesse caso, recomenda-se a utili-
polietileno são adequados para embalagens zação de secante de manganês.
de alimentos. A presença de agentes anti-oxidantes
O filme de poliéster, por possuir elavado nas tintas dificulta a sua secagem; estes pro-
ponto de fusão (260ºC), espessura entre 18 dutos costumam ser adicionados pelos
a 23 microns, é usado como agente desmol- impressores ou pelo próprio fabricante das
dante, evitando a aderência do filme de poli- tintas, para evitar que estas sequem no tin-
etileno no cilindro térmico, e também como teiro ou na rolaria da impressora durante as
agente de formação da superfície, com aca- paradas prolongadas.
bamento brilhante ou fosco. O filme de poli- Tintas com características inadequadas
éster deve conter agentes deslizantes para à estrutura porosa do suporte causam atraso
evitar sua aderência ao polietileno e alguns na secagem e apresentam deficiência de
cuidados devem ser tomados para prolongar ancoragem (podragem); conseqüentemente,
sua vida-útil: o plástico delamina após a operação de refile
 usar bobinas no máximo até 40 mm mais trilateral. Pastas ou ceras adicionadas à tinta
largas do que as de polietileno, para prevenir com o propósito de melhorar as suas carac-
a formação de ondulações na lateral da terísticas de fluxo ou de tack migram para a
bobina, que dão origem a rugas e riscos. superfície do filme de tinta durante a fase de
 manter a temperatura externa do cilindro secagem e prejudicam a aderência do plás-
térmico no máximo a 140°C. tico.

244
O uso de pó antirrepinte na saída da feito em neoprene ou silicone, para verificar
impressora prejudica a aderência do filme a necessidade de retífica do mesmo. A
plástico na folha, pois as partículas do pó são limpeza do cilindro térmico deve ser feita
higroscópicas e produzem bolhas que se com pano macio e com polidores específicos
rompem e causam a delaminação do plás- para superfícies cromadas ou com parafina.
tico após o refile. Nunca usar palha de aço ou qualquer material
O emulsionamento excessivo de água abrasivo, o que poderá danificar a superfície
na tinta retarda ou inibe a secagem das tin- do cilindro e comprometer a qualidade da
tas. Um baixo pH da solução de molhagem, plastificação.
inferior a 4.5, retarda a secagem das tintas Deve-se verificar regularmente, de
ofsete. De modo geral, as soluções de acordo com as instruções do fabricante, o
molhagem tamponadas trabalham na faixa nível de óleo no interior do cilindro térmico,
de pH entre 4.5 e 5.0 e, portanto, um cuidado para evitar problemas com a temperatura na
adicional deve ser tomado com relação à superfície do cilindro e a queima das resis-
secagem da tinta. tências.
Condutividade da solução de molha- A velocidade de trabalho, a tempera-
gem muito alta ou muito baixa provoca o tura do cilindro térmico e a pressão devem
emulsionamento excessivo entre a água e a estar ajustadas para cada tipo de suporte.
tinta e, como conseqüência, o retardamento Quanto maior a rugosidade do substrato
da secagem. menor deve ser a velocidade de plastificação
Baixa energia superficial do suporte ou e maior a pressão do rolo de borracha, para
da tinta de impressão, inferior a 34 dinas/cm, alcançar a qualidade desejada.
prejudica a aderência do plástico. A colagem
deficiente do suporte ou a presença de agen- Laminação
tes termoplásticos na tinta cuchê também
favorecem a delaminação da plastificação. O processo de laminação consiste em
A melhor maneira de se evitar proble- unir duas ou mais camadas de materiais,
mas na plastificação é controlar rigorosa- iguais ou diferentes, com adesivo a frio ou
mente o processo de secagem das tintas de por fusão, para promover selabilidade e
impressão, senão só restam ações paliativas durabilidade ao produto. Como sua aparên-
custosas e pouco confiáveis, como a aplica- cia final é dada pelo filme-base e não pela
ção de verniz de sobreimpressão antes da transferência de superfície do desmoldante,
plastificação ou uma segunda plastificação o processo de laminação permite o uso de
sobre a anterior. uma ampla gama de materiais, com os mais
Outras causas da má aderência do diversos efeitos visuais, mas a tensão super-
filme de polietileno são a baixa temperatura ficial deve ser de pelo menos 38 mN/m.
do cilindro térmico e a baixa pressão no cilin- O resultado final é um acabamento que
dro aplicador da plastificadora. O uso de poli- agrega maior valor, beleza e sofisticação aos
éster já desgastado provoca o aparecimento impressos, garantindo maior resistência à
de bolhas, riscos e rugas durante a plastifi- abrasão, maior barreira, além de incorporar
cação. Os freios devem estar em perfeito espessura ao produto final.
estado de funcionamento para evitar o seu A laminação é utilizada, por exemplo,
travamento e o conseqüente desgaste do em produtos como embalagens, para promo-
filme desmoldante. ver propriedades de barreira (impermeabili-
Periodicamente, deve-se fazer uma dade) à umidade, ao oxigênio, à luz, ao odor
avaliação do rolo de pressão, geralmente e ao paladar.

245
Existem três métodos básicos de lami- rística proporciona aos filmes de termola-
nação: colagem a úmido, térmica (termolami- minação uma melhor aparência final e uma
nação) e fusão (hot-melt). superfície mais homogênea, pelo fato da
No processo a úmido, os materiais são quantidade de adesivo ser constante e sem
combinados antes de entrar na calandra, com irregularidades, além de possuir uma melhor
temperatura variando entre a temperatura ancoragem no substrato devido à maior
ambiente, para adesivos à base d'água, 40oC quantidade de adesivo utilizada, se compa-
para adesivos com cura UV e 80 oC, para rada à laminação úmida.
adesivos à base de solvente. Neste pro- A termolaminação é um processo ató-
cesso, o filme-base é fornecido com uma xico, sem a liberação de solventes ou resí-
única camada, sem a aplicação de adesivo, duos. Possui também uma maior resistência
o qual é aplicado durante o processo de aco- mecânica, resultando num produto com
plamento das folhas no próprio equipamento maior vida-útil. Plastificadoras comuns po-
de laminação. Como os adesivos utilizados dem ser usadas neste processo, reduzindo-
encontram-se, durante a aplicação, na forma se, desta forma, o investimento inicial em
líquida, existe a necessidade de um tempo equipamento.
de cura para a solidificação e a ancoragem Os filmes possuem espessura total
sobre o suporte, para evitar-se o risco de (adesivo + película) entre 18 e 30 micras e
delaminação nas etapas de refilo, dobra ou são sempre brilhantes.
corte-e-vinco. Este tempo oscila de acordo Vários tipos de filmes plásticos (fos-
com o tipo de solvente utilizado, variando de cos, brilhantes, metalizados ou texturizados)
15 horas, para adesivos à base d'água a 10 são adequados ao processo de laminação,
horas, para adesivos à base de solventes. incluindo BOPP (polipropileno biorientado),
Os adesivos com cura UV podem ser poliéster, poliamida e acetato, disponíveis em
processados imediatamente após a lamina- diferentes pesos e espessuras, cada um
ção. Este processo utiliza uma quantidade deles apresentando vantagens e limitações.
menor de adesivo se comparado à termola- Alguns oferecem grande resistência, outros
minação, o que resulta num produto de menor maior flexibilidade. O filme metalizado permi-
espessura e corpo, mas requer a aplicação te a sobreimpressão em ofsete ou em seri-
do tratamento Corona. grafia. O material é colado ao suporte com
Como a laminação a frio é feita em equi- adesivos à base de solvente ou de água.
pamento automático, o seu tempo de prepa- Quando a laminação é aplicada ape-
ração e as perdas de material tornam este nas num dos lados do papel, este tende a
processo mais indicado para tiragens ele- encanoar devido à absorção ou perda de
vadas. Pode-se usar filmes foscos ou brilhan- umidade no verso (não-laminado), principal-
tes, com espessuras entre 12 e 20 micras. mente no caso de papéis e cartões leves.
Este sistema permite um menor custo de Para reduzir o efeito, recomenda-se proteger
laminação devido ao menor preço do filme a pilha com material à prova de umidade e
utilizado, se comparado com o filme de ter- evitar a exposição do material a condições
molaminação. de umidade extremas (abaixo de 40% e
Na termolaminação, o filme-base é for- acima de 70% de umidade relativa). O uso de
necido com a aplicação de um adesivo, poliamida também diminui o encanoamento,
sensível à temperatura, de baixo ponto de devido à propriedade higroscópica deste tipo
amolecimento (por exemplo, EVA-etileno de filme.
vinil acetato), para ser usado em equipa- No processo de laminação, o plástico
mentos com calandra térmica. Esta caracte- não deve cobrir toda a área da folha. É neces-

246
sário deixar uma margem de 5 mm nas late- - Delaminação
rais e de 10 mm na borda de pinça das fo-
lhas. A área coberta pelo plástico deve exce- Defeito Causa Solução

der em 5 mm as marcas de refilo. tinta de


aumentar o tempo de
secagem entre a
Embora qualquer tipo de papel ou cartão delaminação impressão
impressão e a
ainda úmida.
possa ser laminado, o resultado é melhor do filme laminação.
junto com a
com materiais lisos, revestidos ou não. Pa- tinta de tintas metálicas fazer testes antes da
péis muito finos devem ser evitados. As fo- impressão não adequadas produção e, se
ao processo de possível, trocar as
lhas devem estar perfeitamente planas, para laminação. tintas.
evitar que ruguem.
As tintas impressas devem estar secas
e devem ser resistentes aos solventes do - Baixa aderência
adesivo do processo de laminação. A pre-
sença de pó antidecalque em excesso pode D efeito C ausa S olução

prejudicar o brilho e conferir ao produto uma trocar o lote do


film e muito velho.
aparência "grisalha” (pequenos pontos bran- filme.

cos ou bolhas). baixa tensão superficial no trocar o lote do


As tintas podem sangrar ou mudar de aderência filme está abaixo de filme ou trocar o
do filme em 38 mN/m . tipo de filme.
cor quando o laminado é aplicado. Na ter- algumas
o adesivo de trocar o adesivo
molaminação, onde o adesivo já vem apli- partes do
lam inação está sujo. de laminação.
impresso
cado ao filme, pode ocorrer sublimação do
a camada de adesivo aumentar a
pigmento das tintas. Dependendo da cor à base d'água está camada de
envolvida, o resultado é equivalente a um muito fina. adesivo.
aumento no ganho-de-ponto de 10% (fig.361).

- Bolha

D efeito C ausa Solução

pouco adesivo aumentar a quantidade


aplicado. de adesivo

fazer testes antes da


tinta de
produção e, se
impressão não
possível, trocar a tinta;
adequada para a
aplicar tratamento
laminação.
corona.
Figura 361: variação de cor em produto laminado
aplicar tratamento
corona;
aumentar o tempo de
Uma variação do processo de plasti- formação tensão secagem entre a
de bolhas
ficação/laminação é chamada de encapsu- superficial no impresão e a
impresso abaixo laminação;
lação, onde o material impresso é revestido de 35 mN/m.. aquecer o papel/cartão
dos dois lados com um filme espesso de com ar quente,
calandra ou
poliéster transparente, virtualmente indes- infravermelho.
trutível.
excesso de pó remover o pó usando
A seguir os defeitos mais comuns que antidecalque. dispositivo apropriado.
ocorrem nos processos de plastificação e
adesivo não é fazer testes antes da
laminação, suas prováveis causas e suges- compatível produção.
tões para a solução:

247
- Alteração na cor vés da borda da lombada (fig.363). Esta
D efeito C au sa S olução
técnica pode ser manual, semi-automatizada
ou totalmente automatizada.
interferência da ajustar as cores do
alteração camada de impresso para a
na cor plástico na cor do condição de
impresso plastificação

- Descoloração

D efeito C ausa Solução

reação do testar o filme antes da


mudança na adesivo de produção.
cor após um laminação
testar a
longo período com os
estabilizadade da
(descoloração pigmentos
tinta para solventes e
da impressão) Fanal e
álcalis até pH 10
Rhodamina
(Norma D IN 16524). Figura 363: encadernação mecânica: espiral (E) e
pente plástico (D)

Encadernação com Uma das vantagens da encadernação


grampo ômega mecânica é a facilidade de substituição das
folhas da publicação, permitindo fazer atuali-
Esta técnica de enobrecimento utiliza zações freqüentes com baixo custo.
cabeçotes grampeadores especiais que Na encadernação mecânica, as folhas
formam o grampo ômega, também chamado são perfuradas com uma série de furos circu-
de grampo arquivo. É geralmente utilizada lares, quadrados ou retangulares, feitos com
para encadernação em pastas com argolas, brocas e punções através das folhas, próximo
onde os grampos são distanciados 80 mm da borda da lombada. As folhas são cole-
entre si e eqüidistantes do centro da lomba- cionadas (alceadas) em ordem numérica, e
da (fig.362). refiladas nos quatro lados, antes da perfura-
ção. O tamanho da obra determina se o mé-
todo de encadernação será manual ou me-
canizado.

Figura 362: grampo ômega Figura 364: encadernação mecânica (Heidelberg do


Brasil)
Encadernação Mecânica
A maior vantagem da encadernação
No processo de encadernação mecâ- mecânica é que o produto permanece plano
nica, baguetes plásticas, pentes plásticos, quando aberto, sem estressar a lombada,
anéis metálicos, espirais, pinos, garras etc., sendo, por isso, muito utilizado para material
são utilizados para prender folhas soltas atra- didático .

248
Encadernação seletiva

Para a elaboração de produtos seletivos


ou direcionados, deve-se, primeiro, preparar
as informações para o endereçamento corre-
to e os elementos da composição seletiva de
cada produto, tais como: capas, encartes,
cadernos especiais ou selecionados.
Numa linha automática pode-se exe-
cutar as seguintes seleções:
 personalização simples nos cadernos ou
na capa, antes e/ou depois do corte em gui-
lhotina trilateral;
 composição do produto de acordo com um
arranjo pré determinado;
Figura 365: encadernação mecânica (Heidelberg do
Brasil)  personalização de etiquetas e de cartões
resposta;
A encadernação com espiral plástica  escolha seletiva de capa;
ou metálica consiste em perfurar a borda da  encarte seletivo de um ou mais elementos
lombada, com punções regularmente espaça- soltos;
dos e, através deles, passar um fio de arame  impressão de logotipos, informes pessoais
ou plástico contínuo, para prender as folhas. e indicações, sobre uma imagem já impressa;
O diâmetro da espiral varia conforme a es-  impressão da etiqueta do pacote em-linha
pessura da publicação. São bastante empre- e com endereçamento;
gados em calendários de parede e de mesa,  controle do empilhador/compensador de
cadernos, agendas, apostilas, livros de recei- acordo com a direção de entrega posterior
tas etc. (fig.366) dos pacotes.

Encarte de produtos

Esta técnica permite inserir ou colar


produtos em livros, revistas e catálogos, de
maneira totalmente automatizada, em máqui-
nas semi-automáticas ou no processo manu-
al. Desta forma, cartões-resposta, amostras
de produtos, panfletos de propaganda,
Figura 366: furadeira para espiral (E) e espiraladeira (D) CD’s, etiquetas autocolantes etc., podem ser
(Renz)
anexados a outros produtos, aumentando
A encadernação de folhas soltas é ade- muito o impacto da propaganda (Fig.367 e
quada para manuais de operação, livros de 368).
instrução, livros de registros e outras publi- Para a colagem dos produtos, utiliza-
cações que precisam ser freqüentemente se adesivos hot-melt e à base d'água, de-
atualizadas. O custo da atualização é muito pendendo do tipo de substrato e da veloci-
menor do que o custo de uma nova edição dade de produção. Para materiais com
atualizada. pouca ou nenhuma absorção de água e em

249
8.2.4 Papéis Especiais

Os papéis especiais podem ter a mes-


ma base dos papéis ofsete comuns, cuchês
e cartões, ou serem compostos de fibras lon-
gas ou uma mistura de fibras recicladas, com
cores e texturas, usados em convites, catá-
logos, cartões de visita, relatórios de empre-
sas, mostruários, malas diretas, papéis de
carta, cadernos, blocos de anotações, agen-
das, livros de arte, pastas, caixas de perfu-
me, embalagens finas, cartões de comemo-
ração, cartão postal e trabalhos que valori-
zem a ótima aparência etc. (Fig.369).

Figura 367: coladeira de cartões (Heidelberg do Brasil)

encadernadoras automáticas, usa-se o hot-


melt devido ao seu alto tack e pequeno
tempo em aberto. Para materiais absor- Figura 369: papéis especiais
ventes e processamento semi-automático ou
manual, pode-se utilizar os adesivos à base Podem ser impressos pelos processos
d'água. ofsete, serigráfico, digital e hot-stamping. No
processo ofsete, deve-se observar que estes
papéis podem ter absorção de água e de
tinta diversa e, portanto, é preciso ajustar a
carga de tinta e elaborar uma curva de
reproduçâo tonal compatível.
Em papéis especiais ofsete deve-se
utilizar as mesmas tintas usadas com papéis
ofsete comuns. Pelo mesmo critério, para
papéis especiais cuchê e cartões, utilizar as
mesmas linhas de tintas recomendadas para
os papéis cuchê e cartões comuns.
Se o papel for colorido, a criação deve-
rá levar este fator em conta e o fotolito ou o
Figura 368: coladeira de CDs (Heidelberg do Brasil) arquivo digital deverá ser compensado.

250
No acabamento, é preciso observar o 8.3.2 Amostras de produtos obtidos em
sentido de fibra correto, evitando dobras e d ob ra de iras rot at iv as c om b arra s
vincos na direção contrária. Nos processos angulares e funil auxiliar
de relevo, hot-stamping, colagem e lamina-
ção, recomenda-se fazer testes para definir Módulo de Pré-Dobra Plow (arado): 4x4
os parâmetros adequados para cada etapa. páginas A4, com dobra janela para fora

8.3 Anexos A fita inteira é dobrada no sistema de


dobragem tipo plow (arado) em ambos lados,
8.3.1 Impressão com dados variáveis por exemplo: a 21,5 cm da margem da fita e
usualmente para o interior da dobra de funil,
Amostra de impressão com dados variáveis ou seja, para baixo; em seguida é cortada
(fig.370) no meio, na entrada do funil da dobradeira,
e é dobrada no cilindro de lâminas na forma
de 4 cadernos A4 unidos pela cabeça.
Caso não se corte a fita acima do funil,
os cadernos soltos de 4 páginas podem ser
obtidos pelo refile trilateral em-linha, na saída
da dobradeira, ou fora de linha (fig.372).

Figura 370: amostra de impressão com dados


variáveis (Gutenberg)

Amostra de impressão com dados variáveis


(fig.371)

Figura 371: amostra de impressão com dados


variáveis (Gutenberg) Figura 372: 4 x 4 páginas A4

251
Módulo de pré-pobra plow (arado): 2 x 8
páginas A4

Igual ao item anterior, mas a fita não é


cortada no funil. O produto sai na forma de 2
cadernos de 8 páginas, ambos unidos pela
cabeça (fig.373).

Figura 374: 2x6 páginas A4

Figura 373: 2x8 páginas A4

Módulo de Pré-Dobra Plow (arado): 2 x 6


páginas

Fita de papel com dois-terços da largu-


ra, centralizado no eixo do funil, e o primeiro
terço dobrado com o sistema de dobragem
tipo plow para baixo, ou seja, para o interior
da dobra do funil (fig.374).

Módulo de Pré-Dobra Plow (arado): 2 x 4


páginas A4 com meia janela

Unidos pela cabeça com meia janela,


por exemplo, de 10 cm em ambos lados,
dobradas usualmente para o interior da dobra
do funil (fig.375). Figura 375: 2x4 páginas A4

252
Módulo de barras angulares: 12 páginas
tablóide quadrado

A fita é cortada em 1/3 e 2/3. A fita de


2/3 é centralizada com o eixo do funil e o
terço para dentro dos 2/3. Após o funil, a fita
é dobrada no cilindro de lâminas (fig.376). Figura 378: 42 páginas (MAN - IPP)

Mini funil auxiliar: 2 x 8 páginas A4, formato


paisagem

A fita é cortada pela metade e cada uma


das tiras é enviada para um funil. A seguir,
Figura 376: 12 páginas tablóide quadrado (MAN - IPP) são dobradas pelo meio no funil e, na se-
qüência, no cilindro de lâminas, com os pro-
Módulo de barras angulares: 2 x 6 páginas dutos entregues em separado (fig.379).
tablóide quadrado

A fita é cortada em 1/3 e 2/3. A fita de


2/3 é centralizada com o eixo do funil e
cortada ao meio, com o terço para dentro dos
2/3. Após o funil, a fita é dobrada no cilindro
de lâminas e os produtos separados na
Figura 379: 2x8 páginas A4 (MAN - IPP)
saída (fig.377).
8.3.3 Amostras de dobras em dobradeira
combinada

12 páginas em carteira dupla e mais uma


dobra cruzada

Figura 377: 2x6 páginas tablóide quadrado (MAN - IPP) a) 2/3 do comprimento da folha na pri-
meira bolsa, 1/3 na segunda bolsa e uma
Módulo de barras angulares(diagonais): 42 dobra cruzada. As quatro páginas soltas
páginas ficam no interior do produto.
b) 1/3 do comprimento da folha na
A fita é cortada em 4/7 e 3/7. As fitas primeira bolsa, 1/3 na terceira bolsa e uma
são alinhadas pela borda e dobradas no funil dobra cruzada. As quatro páginas soltas
para 2/7. Após o funil, a fita é dobrada no ficam na parte exterior do produto.
cilindro de lâminas, no cilindro duplo paralelo Conforme o tipo de acabamento pos-
(dobra delta) e no facão. O produto final tem, terior, de acordo com o tipo de alceadeira
na dimensão pé-cabeça, 1/3 do comprimen- usada, pode-se optar pela configuração mais
to do corte e, na dimensão lombada frente, adequada. Este produto tende a formar rugas
1/7 da largura da banda (fig.378). após a prensagem do caderno (fig.380).

253
Conforme o tipo de acabamento poste-
rior, de acordo com o tipo de alceadeira,
pode-se optar pela configuração mais ade-
quada. Este produto tende a formar rugas
após a prensagem do caderno (fig.381).

16 páginas em tripla dobra cruzada (dobra


de obras)

A primeira perfuração é feita após a


unidade de dobra paralela, a segunda perfu-
ração (tipo slot) na primeira unidade de
dobra cruzada, para a colagem com ade-
sivos. A perfuração para a terceira dobra
cruzada é feita na segunda unidade de dobra
cruzada (fig.382).
Figura 380: 12 páginas em carteira dupla (HB)

16 páginas em duplo paralelo e mais uma


dobra cruzada

a) 1/2 do comprimento da folha na pri-


meira bolsa, 1/4 na segunda bolsa e uma
dobra cruzada. As oito páginas soltas ficam
no interior do produto.
b) 1/2 do comprimento da folha na pri-
meira bolsa, 1/4 na terceira bolsa e uma
dobra cruzada. As oito páginas soltas ficam
na parte exterior do produto.
Figura 382: 16 páginas com dobra cruzada (HB)

16 páginas em dobra zig-zag tripla e mais


uma dobra cruzada

1/4 do comprimento da folha na primeira


bolsa, 1/4 na segunda bolsa, 1/4 na terceira
bolsa e uma dobra cruzada. Neste caso não
existe a tendência à formação de rugas , já
que o caderno fica aberto nos dois lados.
Para a encadernação com grampo a cavalo,
deve-se deixar uma pinça de pelo menos 8
mm na metade posterior do caderno. Esta
configuração é indicada para cadernos onde
existem gráficos e tabelas, devido a sua
Figura 381: 16 páginas duplo-paralelo (HB) precisão nas dobras (fig.383).

254
dobra, porém as serrilhas, após a unidade
de dobra de bolsas, podem ficar irregulares
devido à pouca pressão dos rolos de dobra
nas bolsas, necessária no caso da dobra
janela. O acabamento posterior só pode ser
com grampo a cavalo e refile do pé e da
cabeça (fig.384).

32 páginas com duplo paralelo mais duas


dobras paralelas em cruz

1/2 do comprimento da folha na primeira


bolsa, 1/4 na segunda bolsa. As dobras se-
guintes em paralelo, cruzadas, podem ser
feitas tanto em máquinas combinadas como
Figura 383: 16 páginas dobra zig-zag (HB) em máquinas com bolsas, desde que esta
possua uma unidade de bolsa após a pri-
16 páginas com dupla dobra janela mais
meira unidade de dobra cruzada com faca.
duas dobras cruzadas
Deve-se perfurar o caderno após as primei-
ras bolsas, mas as rugas serão inevitáveis
Neste caso, não há a necessidade de
(Fig.385).
bolsa especial para a dobra janela. 1/4 do
comprimento da folha na segunda bolsa, 3/4
na última bolsa, primeira e segunda dobras
cruzadas. Para que a primeira dobra cruzada
não fique duplicada, o último rolo de dobra
deve ser ajustado para 3 a 5 vezes a es-
pessura do papel, conforme seu tipo e gra-
matura. Os cadernos devem ser perfurados
com as serrilhas antes das unidades de

Figura 385: 32 páginas duplo-paralelo (HB)

32 páginas com zig-zag triplo mais duas


dobras paralelas em cruz

1/4 do comprimento da folha na primeira


bolsa, 1/4 na segunda e 1/4 na terceira bolsa.
As dobras seguintes em paralelo, cruzadas,
Figura 384: 16 páginas com dupla dobra janela (HB) podem ser feitas tanto em máquinas combi-

255
nadas como em máquinas com bolsas, des-
de que esta possua uma unidade de bolsa
após a primeira unidade de dobra cruzada
com faca. A ocorrência de rugas nesta con-
figuração é mínima, além das dobras serem
muito precisas (fig.386).

Figura 387: 8 páginas com dobra janela dupla (HB)

8 páginas com dobra janela tripla

Neste caso a dobra só é possível com


a bolsa especial para a dobra janela, equi-
pada com prendedores especiais, controla-
dos por fotocélula, que seguram a orelha
inferior já dobrada, impedindo sua abertura
Figura 386: 32 páginas com zig-zag triplo (HB) no momento da terceira dobra.
1/4 do comprimento da folha na primeira
bolsa, 3/4 na terceira bolsa e 1/4 na unidade
8.3.4 Amostras de dobras em dobradeira de dobra janela.
com bolsas Nas bolsas 1 e 3, a pressão dos rolos
de dobra deve ser regulada para a espessura
8 páginas com dobra janela dupla simples do papel.
Na bolsa da dobra 4, a pressão deve
Neste caso não há a necessidade de ser regulada para 5 a 6 vezes a espessura
bolsa especial para a dobra janela.
a) 1/4 do comprimento da folha na
segunda bolsa e 3/4 na última bolsa.
b) 3/4 do comprimento da folha na pri-
meira bolsa e 1/4 na última bolsa.
Notar que a segunda dobra paralela é
sempre feita na última bolsa, para que o ca-
derno dobrado seja retirado imediatamente
da bolsa após a última dobra.
A formação de dobra duplicada na pri-
meira bolsa pode ser evitada se o último rolo
de dobra estiver afastado de 3 a 5 vezes a
espessura do papel, conforme seu tipo e gra-
matura (fig.387). Figura 388: 8 páginas com dobra janela tripla (HB)

256
ou até que não haja uma dobra duplicada
(fig.388).

6 páginas com folha intercalada

Neste caso, a dobra só é possível com


a bolsa especial para a dobra janela.
1/4 do comprimento da folha na primeira
bolsa, 3/4 + 12 mm na terceira bolsa e 1/4
na unidade de dobra janela.
Figura 390: 12 páginas com 4 dobras zig-zag (HB)
Após a dobra janela, utilizar uma uni-
dade adicional de bolsas para refilar a dobra
excedente, produzindo, desta forma, uma 2 x 16 páginas para produção dupla
folha solta dentro do caderno de seis páginas
(fig.389). Para produtos com acabamento costu-
rado ou fresado e colado. Esta configuração
pode ser dobrada tanto em máquinas combi-
nadas quanto em máquinas com bolsas.
a) 1/2 do comprimento da folha na
primeira bolsa, 1/4 na segunda bolsa, corte
separador, dobra cruzada, pela metade do
caderno, na primeira bolsa da segunda uni-
dade de dobra.
b) 1/4 do comprimento da folha na pri-
meira bolsa, 1/4 na segunda bolsa, 1/4 na
terceira bolsa, corte separador, dobra cruza-
da, pela metade do caderno, na primeira
bolsa da segunda unidade de dobra.
Para dois produtos diferentes, utiliza-se
o dispositivo especial para produção dupla
Figura 389: 6 páginas com folha intercalada (HB)

12 páginas com quatro dobras em zig-zag

2/6 do comprimento da folha na primeira


bolsa, 3/6 na segunda bolsa e 1/6 na quarta
bolsa. As dobras 3 e 4 do diagrama são
efetuadas simultaneamente na mesma bolsa.
Os rolos de dobra das bolsas 1 e 2 de-
vem ser ajustados para a espessura simples
do papel. Os rolos de dobra das bolsas 3 e
4 devem ser ajustados para uma pressão de
5 a 6 vezes a espessura do papel ou até que
não ocorra mais dobra duplicada.
A última bolsa deve ter seu lábio poste-
rior o mais fechado possível (fig.390). Figura 391: 2x16 páginas (Heidelberg do Brasil)

257
na alimentação da segunda unidade de 1/2 do comprimento da folha na primeira
dobra, sendo os dois cadernos dobrados bolsa, dobra cruzada em 2/6 na primeira
paralelamente na mesma bolsa; para dois bolsa da segunda unidade de dobra, 2/6 na
produtos iguais, não há esta necessidade e segunda bolsa, 1/6 na terceira bolsa e corte
estes são dobrados, um após o outro, na separador.
mesma bolsa (fig.391). Para a encadernação com fresado e
colado, aplicam-se serrilhas nas dobras cru-
2 x 20 páginas para produção dupla zadas; para a encadernação com fio, somen-
te o vinco é utilizado (fig.393).
Para produtos com acabamento unica-
mente fresado e colado. Esta configuração
pode ser dobrada tanto em máquinas combi-
nadas quanto em máquinas com bolsas.
a) 1/2 do comprimento da folha na pri-
meira bolsa, dobra cruzada com 2/5 na pri-
meira bolsa da segunda unidade de dobra,
2/5 na segunda bolsa, 1/5 na terceira bolsa
e corte separador.
b) 1/2 do comprimento da folha na pri-
meira bolsa, dobra cruzada com 1/5 na pri-
meira bolsa da segunda unidade de dobra,
2/5 na terceira bolsa, 1/5 na quarta bolsa e
corte separador.
Nas duas configurações, todas as Figura 393: 2x24 páginas (Heidelberg do Brasil)
dobras cruzadas recebem uma serrilha após
a primeira unidade de dobra (fig.392). 2 x 32 páginas para produção dupla

Para produtos com acabamento costu-


rado ou fresado e colado.
1/2 do comprimento das folha na pri-
meira bolsa, dobra cruzada em 1/2 na pri-

Figura 392: 2x20 páginas (Heidelberg do Brasil)

2 x 24 páginas para produção dupla

Para produtos com acabamento costu-


rado ou fresado e colado. Esta configuração
pode ser dobrada tanto em máquinas combi-
nadas quanto em máquinas com bolsas. Figura 394: 2x32 páginas (Heidelberg do Brasil)

258
meira bolsa da segunda unidade de dobra, 16 páginas com três dobras paralelas e uma
1/2 na primeira bolsa da terceira unidade de cruzada (fig.397)
dobra, 1/4 na segunda bolsa e corte sepa-
rador (fig.394).

8.3.5 Amostras de dobras com aplicação


de cola

8 páginas com duas dobras cruzadas


(fig.395)

Figura 397: 16 páginas com três dobras (Heidelberg


do Brasil)

2 x 8 páginas com duas dobras paralelas e


uma cruzada (fig.398)

Figura 395: 8 páginas com duas dobras (HB)

12 páginas com duas dobras paralelas e


uma cruzada (fig.396)

Figura 398: 2x8 páginas com duas dobras (Heidelberg


do Brasil)

Figura 396: 12 páginas com duas dobras (HB)

259
8.3.6 Amostras de holografia e hot-stamping

Holografia (fig.399) Hot-stamping com reserva (fig.400)

Figura 400: hot-stamping com reserva

Figura 399: holografia

260
Personalidades

261
Divisor 9
Aldo Manúcio
crédito: Museu Virtual da Imprensa

262
Personalidades

Álvares, Rodrigo Bodoni, Giambattista (1740-1813)


Considerado o primeiro impressor da língua Nascido em Saluzzo, Itália, foi o tipógrafo
portuguesa, tendo iniciado suas atividades mais importante do século 18. Em sua oficina,
de impressor e editor no Porto. Nasceu em em Parma, imprimiu muitos livros e edições
Vila Real no século XV. Não se sabe com quem magníficas e suntuosas, principalmente para
nem onde aprendeu o ofício, e são conhecidas a corte espanhola de Madri. Criou o tipo
apenas duas obras que saíram de sua oficina, bodoni, que se caracteriza pela harmoniosa
“As Constituições sinoidais de D. Diogo de combinação de traços finos e grossos e pela
Sousa” e os “Evangelhos e epistolas”, ambas elegância da composição, marginação e
impressas em 1497. proporção de todos os elementos. Criou 268
séries de caracteres latinos, gregos e
Baskerville, John (1706-1775) orientais, num total aproximado de 55 mil
Impressor inglês, nascido em Wolverley, que matrizes. Escreveu o "Manual do Tipógrafo",
se notabilizou pelos seus caracteres e que foi concluído por sua mulher, Margarita
também pelo papel em que imprimia (papel- Dall'Aglio, em 1818.
tecido inventado por James Whatman).

Figura 402: Bodoni

Bullock, William
O americano William Bullock construiu, em
1865, a pedido do "Philadelphia Inquirer",
uma rotativa tipográfica com duas unidades
imprimindo frente-e-verso até 10 mil folhas
Figura 401: Baskerville por hora.

263
Caxton, William (1421-1491) alcançando, com isto, maior pressão e velo-
Nascido em Kent, é considerado o introdutor cidade na impressão. Seu filho, Fermin Didot,
da tipografia no Reino Unido. Seu primeiro é considerado o inventor da estereotipia,
livro, impresso na Inglaterra, em 1477, foi matriz de impressão feita por moldagem a
"The Dictes and Notable Wise Sayns of quente a partir de um clichê tipográfico.
Philosophers". Também publicou "The
Cologne Chronicle", obra que contém a Foucher, Louis Leon
primeira menção a Gutenberg como inventor Inventor da máquina de fundição de tipos que
da imprensa de tipos móveis fundidos. A ele leva seu nome, que marcou época na
se deve também o uso, em 1841, de gravuras tipografia.
de madeira pela primeira vez na Inglaterra.
Fournier, Pierre Simon (1712-1768)
Church, William Tipógrafo e gravador francês que criou, em
Construiu, em 1822, na Inglaterra, a primeira 1737, o ponto e a escala tipográfica (1 cícero
máquina de composição. = 1/12 ponto), depois alterada por Didot. Em
1742, inventou o tipômetro, que é uma régua
Clymer, George graduada em cíceros, pontos, centímetros e
Mecânico americano que construiu, em 1797, polegadas, utilizada em sistemas de medidas
o primeiro prelo totalmente de ferro, chamado tipográficas.
de "Columbian".

Didot, François Ambroise(1730-1804)


Elaborou, em 1757, um sistema de medida
tipográfico e, em 1784, um alfabeto mais
lógico e simples. Construiu, por volta de 1780,
uma prensa de um só movimento, utilizando
ferro, mármore e cobre ao invés de madeira,

Figura 404: Fournier

Gannal, François
Farmacêutico e químico francês a quem é
atribuída a invenção, em 1819, dos rolos
Figura 403: Didot para as máquinas de impressão.

264
Garamond, Claude (1499-1561)
Célebre fundidor francês, editor e desenhista
de tipos, nascido em Paris, que iniciou sua
carreira como aprendiz de Antoine Augerau,
se dedicou ao estudo e ao aperfeiçoamento
dos tipos de Jenson e Manúcio e desenvolveu
estilos tipográficos para Robert Estienne.
Construiu, em 1530, a primeira fundição fran-
cesa de caracteres tipográficos e seus tipos
ficaram conhecidos como garamondinos.

Figura 406: Gutenberg

Hell, Rudolf (1901-2002)


Cientista e industrial alemão inventor do telex
(transmissor Hell), do scanner colorido e da
fotocompositora digital.

Figura 405: Garamond

Gutemberg, Johann Gensfleish (1397?-


1468)
Inventor da tipografia, utilizando tipos móveis
fundidos em liga de chumbo e antimônio e
uma prensa de madeira. Fundou, em socie-
dade com o banqueiro Johann Fust, a "Das
Werk der Buchei - A Fábrica de Livros" e
imprimiu, por volta de 1455, a famosa Bíblia
de 42 linhas contendo 641 páginas, junto
com Pedro Schoffer, a quem se atribui a
técnica de fundição de tipos e a formulação
da tinta à base de negro de fumo. Figura 407: Hell

265
Ibarra y Marín, Joaquin (1725-1785) dor dos caracteres tipográficos conhecidos
Impressor espanhol que foi o primeiro a utilizar como jensonianos ou romanos. A partir de
o cartão para acetinar, por meio de pressão, 1475, as nações católicas passaram a adotar
o papel impresso. os caracteres romanos, enquanto os protes-
tantes continuaram a utilizar o gótico. Foi
Jacobi, Moritz Hermann von (1801-1875) também aprendiz de tipógrafo na empresa
Físico alemão pai da galvanoplastia. de Gutenberg.

Koening, Frederick (1774-1833)


Inventou a prensa mecânica, em 1811, e
introduziu o uso do vapor e dos cilindros de
impressão. Criou, em 1812, a máquina tipo-
gráfica planocilíndrica, que foi adaptada, em
1814, para ser acionada por vapor, impri-
mindo 1100 exemplares por hora. Em 1816,
criou a primeira máquina para impressão
frente-e-verso da folha, numa única entrada
de máquina. Em 1818, junto com Frederic
Bauer, criou a empresa alemã Koening &
Bauer de máquinas gráficas.

Laston, Tolbert
Americano que projetou a primeira máquina
de composição mecânica, formada por uma
fundidora e um teclado em separado, a
Figura 408: Jacobi
Monotype. A primeira patente é de 1887 e a
Jenson, Nicolas (1420-1480) primeira máquina foi fabricada em 1896. Esta
Gravador francês, nasceu em Bar-sur-Aube na máquina possuía um conjunto de diferentes
região de Champagne e faleceu em Roma, cria- teclados e matrizes, para serem substituídos
conforme o tipo de letra a ser usada, e podia
compor 7 mil letras por hora.

Lorilleux, Pierre (1788-1865)


Impressor francês que construiu, em 1818, a
primeira fábrica de tintas gráficas. Até seu
aparecimento, eram os impressores que
fabricavam a própria tinta, quase sempre da
cor preta, à base de resíduos gordurosos
misturados com óleo em formulações
secretas.

Manúcio, Aldo (1448-1515)


Impressor italiano criador da cursiva itálica,
Figura 409: Jenson caracteres que imitam a caligrafia.

266
máquinas rotativas com quatro cilindros. Seu
modelo "Indespensável" imprimia até 1500
exemplares por hora no formato 76 x 55 cm;
o modelo "Universal" imprimia até 1500
exemplares por hora no formato 100 x 68 cm
e o modelo "Especial", com 11 rolos entin-
tadores e 7 distribuidores, para a impressão
a duas cores, 600 exemplares por hora, no
formato 180 x 80 cm.

Platin, Christophe (1520?-1589)


Impressor francês, famoso pela impressão
da "Bíblia Régia", editada em oito volumes e
cinco línguas (grego, latim, hebreu, caldeu e
sírio), iniciada em 1568 e terminada em 1572.
Figura 410: Aldo Manúcio Foram impressos 120 exemplares, dos quais
12 em pergaminho para o Rei Felipe II da
Mergenthaler, Otamar (1854-1899) Espanha. Sua oficina, controlada pelos seus
Inventor alemão, criador da máquina de descendentes, existiu até o ano de 1867,
composição mecânica Linotype. O princípio quando foi vendida ao município de Antuérpia
da Linotype consiste em reunir, por ação de e foi transformada no Museu Platin-Moretus,
um teclado, matrizes de letras que formam um dos museus gráficos mais completos e
uma linha-bloco. famosos do mundo.

Marinoni, Hippolyte (1823-1904)


Mecânico e tipógrafo francês, criador das

Figura 411: Marinoni Figura 412: Platin

267
Rogers, John Raphael (1856-1934) e grafismo era entintado com balas (bonecas
Bright, Fred. Eugene de pano), com cuidado para não sujar as
Americanos que produziram, em 1900, a má- áreas de contragrafismo e impressas na
quina de composição mecânica chamada de seqüência. O termo "Litografia" foi criado
Typograph. Esta máquina realizava, automa- pelo professor alemão Mitterer, em 1805, em
ticamente, a justificação e a distribuição, Munique. Senefelder publicou o "Tratado da
fundindo os caracteres em linhas-bloco. Devi- Litografia" em 1818.
do a um processo movido pela Companhia
Linotype, sua produção foi transferida para a Stanhope, Lord Charles (1753-1816)
Alemanha. Constutor inglês do primeiro prelo totalmente
de ferro, com exceção da sua base de
madeira. Sua máquina podia produzir 100
exemplares por hora.

Sternberg, Hubert H. A.
Engenheiro alemão que introduziu, em 1926,
o sistema de linha de montagem na
"Schnellpressenfabrik, A.G., Heidelberg" e
um dos pioneiros da feira do Papel e da
Indústria Gráfica Alemã (DRUPA).

Figura 413: Rogers

Senefelder, Aloysius (1771-1834)


Checo, inventor da litografia, em 1796. Esta
técnica utilizava uma pedra calcárea de grão
muito fino e de cor azul-amarelada e baseava-
se na repulsão entre água e óleo. As pedras
eram desenhadas com tinta pastosa à base
de cera , sabão e negro de fumo e, em se-
guida, eram gravadas com solução de ácido
nítrico, para criar um pequeno relevo. O Figura 414: Sternberg

268
Cronologia

269
Divisor 10
Diamond Sutra
crédito: Fundação Biblioteca Nacional

270
Cronologia da História
das Artes Gráficas

3.500 A.C. 600 A.C.


Alfabeto cuneiforme dos sumérios, impresso A maioria das culturas do Mediterrâneo passa-
em argila, em estilo triangular. Pode ser consi- ram a ler e escrever no sentido da esquerda
derada a primeira forma do livro. para direita. Antes disso, existiam os sentidos
esquerda-direita, direita-esquerda, de cima pa-
2500 A.C. ra baixo e bustrofedônico (da esquerda para a
Peles de animais são usadas para a escrita direita e da direita para a esquerda, alternada-
em rolos no Extremo Oriente. mente). Os Hebreus mantiveram o sentido direi-
ta-esquerda.
2400 A.C.
Data do rolo de papiro remanescente mais 200 A.C.
antigo com escrita. Gregos e romanos usavam tábuas de cera,
colocadas em caixas de madeira, para anota-
1900 A.C. ções, correspondência, ordens e outras infor-
Os hititas, entre 1900 e 1200, deixaram aproxi- mações temporárias. Duas ou mais tábuas
madamente 15 mil tábuas de argila impressa. eram reunidas com cordões ou tiras de couro,
similar à encadernação com três anéis, sendo
1800 A.C. chamados de codex (códice). Tábuas indivi-
Idade do Livro da Morte encontrado no Egito. duais de cera foram usadas anteriormente na
Mesopotâmia, Grécia e Etrúria.
1500 A.C.
O "Disco de Phaistos", encontrado na ilha de 197 A.C.
Creta, em 1908, foi gravado com símbolos em Entre 197 e 159 A.C., perto de Pergamum, no
relevo, talhado sobre a argila mole e depois Oriente Médio, peles fornecidas por grandes
forneado. rebanhos de gado eram usadas para a escrita,
ficando conhecidas como pergaminho.
950 A.C.
O couro foi usado para a produção de rolos 196 A.C.
escritos. A pedra de Roseta é cortada nesta época,
contendo o mesmo texto escrito em hieróglifo
800 A.C. egípcio, demótico egípcio e grego. Foi desco-
A pedra Moabite é criada pelos fenícios. As berta, em 1799, perto do delta do Nilo e serviu
letras são semelhantes ao grego. para decifrar antigos trabalhos egípcios.

650 A.C. 150 A.C.


Os primeiros rolos de papiro chegaram à Grécia [1] O primeiro papel é feito na China a partir de
vindos do Egito. suspenção aquosa de cânhamo macerado. [2]

271
São descobertos, no Mar Morto, em 1957, os 750
manuscritos em hebreu e aramaico, documen- [1] Escola Canterbury de manuscritos com ilumi-
tos bíblicos e não-bíblicos datados de aproxi- nuras, ativa até o século XIII. [2] A fabricação de
madamente 150 a 40 A.C. Alguns foram escritos papel chega a Smarkand, em 750, a Bagdá,
em peles finas e branqueadas, similares ao em 793, e a Damasco e ao Cairo por volta de
pergaminho. 950. Os mouros levaram o papel para a
Espanha, no século XI, chegando à Itália no
100 A.C. século XIII.
[1] O mais antigo fragmento bíblico conhecido,
o papiro Nash, contendo o texto em hebreu dos 800
X Mandamentos, foi adquirido, em 1902, por [1] O primeiro papel marmorizado foi fabricado
W. L. Nash; atualmente encontra-se na no Japão. Os primeiros papéis marmorizados
Biblioteca da Universidade de Cambridge. [2] no Ocidente foram feitos na Turquia, em 1586,
Os romanos substituíram as tábuas de cera por e na Holanda em 1598. [2] O livro de Kells
pele ou membrana e os códices tomaram a escrito e pintado no monastério colombiano de
forma de rolos. Iona ou em Abbey de Kells na Irlanda.

39 A.C. 868
Asinius Pollio estabeleceu a primeira biblioteca [1] Data do mais antigo bloco de madeira para
impressão conhecido, encontrado na China.
pública, em Roma, no Templo Libertas.
[2] Data do primeiro livro impresso em papel,
na China.
28 A.C.
O imperador Augusto fundou duas grandes
896
bibliotecas, a Palatino e a Otaviano.
O Livro dos Profetas, escrito por Moses ben
Asher, contendo o colofon mais antigo de que
100
se tem notícia.
A Biblioteca de Ulpia foi fundada por Trajano,
servindo também como arquivo imperial. 950
Escola Winchester de manuscritos com
104 iluminuras, desenvolveu estilo próprio e esteve
Ts'ai Louen (Lun) fabricou, na China, um papel ativa até o ano 1100.
à base de casca de árvores, restos de algodão
e velhas redes de pesca. 1041
Os chineses utilizaram os tipos móveis de ma-
590 deira para a impressão. Em 1043, foi impresso,
Primeiro monastério na Gália, fundado por na Coréia, o livro mais antigo conhecido com
Columban, onde monges irlandeses escreve- este processo de impressão.
ram numerosos manuscritos.
1085
715 Fabricação de papel em Jativa, Espanha.
O códice Amiatinus é manuscrito em uncial nos
monastérios de Wearmounth e Jarrow, perto 1140
de Newcastle, contendo o Velho e o Novo Tes- A Bíblia Winchester é escrita entre 1140 e
tamento, em 1030 fólios, numa única encader- 1190 em inglês arcaico e com iluminuras ro-
nação. manescas.

272
1238 1460
Prensa para a fabricação de papel é estabe- Impressão do Catholicon de Johannes Baldus
lecida em Capellades, na Catalunha. atribuída a Gutenberg, embora não contenha o
nome do impressor. Alguns creditam a obra à
1250 Schoffer.
Um saltério francês manuscrito foi o primeiro
livro a ter seus cortes pintados. 1461
Albrecht Pfister e Edelstein der Ulrich Boner
1276 imprimiram,em Bamberg, na Alemanha, o pri-
A marca d'água surgiu na segunda metade do meiro livro com ilustrações em xilogravura.
século XIII, nas prensas de Fabriano na Tosca-
na. A primeira marca d'água, registrada nos 1462
arquivos de Fabriano, data de 1276. Data da Fust e Schoffer imprimiram a Bíblia Sacra Latina
fabricação de papel mais antiga conhecida na com colofon e marca tipográfica.
Itália.
1464
1325 Foi instalado, no Convento de Subiaco, perto
A Bíblia dos Pobres (Biblia Pauperum) foi de Roma, o primeiro centro Italiano de tipografia
escrita em Klosterneuburg, perto de Viena. e impressão.
1338
1465
Início da fabricação do papel na França.
[1] Primeiros impressos em talho-doce, na Ale-
manha, entre 1465 e 1500. [2] Primeira edição
1418
tipográfica da Bíblia dos Pobres, feita perto de
Espécies mais antigas conhecidas de
Bruxelas, com ilustrações de Rogier van der
xilogravura.
Weijden.
1430
Os primeiros livros xilográficos foram 1467
[1] Primeiro livro impresso em Roma por Ulrich
impressos na Alemanha e na Holanda.
Han. [2] John Fell cria, em Oxford, a primeira
1455 fundição tipográfica da Inglaterra.
Impressão xilográfica da Bíblia dos Pobres na
Alemanha; este livro é considerado um pre- 1468
cursor da diagramação tipográfica. Gutenberg morreu em Mainz, no dia 3 de
fevereiro.
1456
Impressão da Bíblia de 42 linhas de Gutemberg. 1469
[1] Nicolas Jenson instalou uma tipografia em
1457 Veneza. [2] Surgimento da roldana e da serrilha/
A impressão a cores mais antiga conhecida é picote nas encadernadoras alemãs.
o Sautério de Mainz, feito por Fust e Schoffer,
ex-sócios de Gutenberg; foi a primeira obra 1470
tipográfica com local, data e assinatura dos Foi instalado, perto da Sorbonne, em Paris, a
impressores (14 de agosto de 1457). primeira tipografia francesa.

273
1471 Manúcio. Em 1945, publicou também seu pri-
Primeira impressão da Malermi Bible, versão meiro livro: "A Gramática Grega".
italiana da Vulgata, em Veneza, por Wendelin
da Spira. 1497
Foi publicado no Porto, em 4 de janeiro, o
1473 primeiro livro em português: "Constituições que
[1] A tipografia foi introduzida na Hungria. [2] fez o Senhor Dom Diogo de Souza, Bispo do
Encadernação Ducali em Veneza, operando Porto", por Rodrigo Álvares.
de 1473 a 1600. [3] Richard de Bury’s escreveu
a obra “Philobiblon” em louvor aos livros 1498
Partituras musicais impressas com tipos
1474 móveis inventados por Ottaviano Petrucci, em
A tipografia foi introduzida na Polônia, em Veneza.
Cracóvia.
1499
1475 A mais antiga reprodução de uma impressora
William Caxton imprimiu, em Bruges, na foi feita por M. Huss, em Lion, na "Dança da
Bélgica, na Colard Mansion, a primeira obra na Morte".
língua inglesa: "The recuyell of the Historyes of
Troye". 1501
[1] Primeira impressão com tipo itálico, com-
1476
posto por Francesco Griffo para Aldo Manúcio.
William Caxton instalou a primeira tipografia,
[2] Primeiro livro de Manúcio no formato oitavo
em Westminster, na Inglaterra.
(16 páginas).
1477
1508
O primeiro livro com ilustrações em talho-doce
Impressa a primeira xilogravura colorida: "O
foi publicado, em Florença: " Il Monte Sancto di
Dio". Imperador Maximiliano montado à cavalo" por
Hans Burgkmair. Credita-se a Jost de Negker,
1486 mestre de Burgkmair, a inveção da xilogravura
Surgiu, na França, o primeiro almanaque. colorida.

1487 1516
Foi publicado o primeiro livro em Portugal, em Ugo da Capri (1480-1532) obteve da Signoria
Faro: "O pentateuco em Hebraico", de Samuel di Veneto o privilégio da impressão em branco-
Gacon. e-preto da xilogravura, alegando ter sido o seu
inventor, embora se saiba que nenhuma das
1493 suas xilogravuras são anteriores a 1518.
Primeiras matrizes químicas conhecidas, no
processo também conhecido como água-forte, 1522
produzidas pela corrosão do ácido nítrico em Surgiu, em Wittenberg, a primeira edição da
metais (latão, zinco, aço ou ferro), feitas por tradução, por Lutero, do Novo Testamento, im-
Daniel Hopfer, em Augsburg. presso por Melchior Lotter.

1495 1529
Impresso o primeiro livro com o tipo romano, Surgiu, na França, a primeira folha volante, por
composto por Francesco Griffo, por Aldo Geoffroy Tory.

274
1534 1594
[1] Primeira Feira de livros em Frankfurt. [2] Impressão do primeiro catálogo de livros em
Primeira edição da Bíblia completa traduzida Leipzig, onde se realizou também a primeira
por Lutero, ilustrada, impressa por Hans Lufft, feira de livros.
em Wittenberg.
1597
1537 Foi editada, em Rorschach, Suiça, a primeira
Francisco I, ordenou que todos os livros deviam publicação mensal.
ter uma cópia para a Biblioteca Real, no decreto
conhecido como "depósito legal".
1605
Abraham Veihoeven publicou, em Anvers, o
1539
"Nieuwe Tijdinge", tido como o primeiro jornal
A tipografia chegou ao México.
da Europa.
1556
A tipografia foi introduzida pelos portugueses 1609
em Goa, cidade da Costa Ocidental da Índia. Apareceu em Strasbourg e Augsbourg as pri-
meiras publicações semanais (os hebdoma-
1561 dários).
O Papa Pio V criou a imprensa do povo roma-
no, destinada às edições oficiais da Bíblia, 1626
confiando a futura imprensa do Vaticano a Primeira edição facsímile do "16th century
Paulo Manúcio. Martyrologium Hieronymianum", gravada em
chapas de cobre e impressa por Platin.
1563
A tipografia chegou a Moscou. Em 1564 foi 1631
impresso o primeiro livro russo datado: Surgiu "La Gazette de France", de Théophraste
"Apostol" de Ivan Fedorov e Piot Mstislavets, Renaudot, que foi o órgão oficioso do reino.
impressos em caracteres ciríacos e com várias
gravuras de madeira. 1638
Stephen Day criou, em Cambridge, Massa-
1569/72
chusettes, a primeira tipografia americana.
Christophe Platin imprimiu a Bíblia Poliglota,
feita em oito volumes e cinco línguas, para o
Rei Filipe II da Espanha. 1640
Richelieu criou, no Louvre, a Imprensa Real e o
1571 primeiro livro publicado é "De Imitatione Christi".
Pio V criou a congregação do Index, que per-
maneceu ativa até o final do século XIX. 1642
O soldado Ludwig von Siegen inventou o meio-
1590 tom, mais tarde desenvolvido por Abraham
A tipografia chegou ao Japão, introduzida pelos Blooteling.
portugueses.
1660
1593 A impressão a meio-tom mais antiga conhecida
Primeiro livro impresso em Manilla, Filipinas: é "The Grand Executioner" pelo Principe
"Doctrina Christiana". Ruprecht von der Pflatz.

275
1661 1739
Primeira versão da Bíblia publicada por Samuel Surgiu o primeiro livro impresso em estereo-
Green na América, numa versão de John Eliot tipia, por William Ged.
em algonquin, idioma dos índios locais.
1750
1662 John Baskerville inventou o processo de fabri-
Publicado por William Faithorne "The Art of cação de papel-tecido.
Graveing and Etching".
1755
1667 Fundação da encadernadora Edwards of
Fabricação da holandesa, máquina para bater Halifax, por William Edwards of Yorkshire.
polpa de papel, atribuída a Jacob Honingh em
Zaandijk, Holanda. 1764
Pierre Simon Fornier publicou o "Manuel
1690
Typographique", em dois volumes.
[1] Início da fabricação de papel na América. [2]
Benjamim Harris publicou, em Boston, o pri-
meiro jornal americano: "The Public Ocurrences, 1765
Both Foreign and Domestick". Robert Sayer, em Londres, produziu o primeiro
pop-up, "The Harliquinades".
1702
Daniel Defoe publicou, em Londres, o "Daily 1766
Courant", o primeiro jornal inglês. Publicado em Bois o "Traite de la Gravure", por
Jean Michel Papillon.
1709
O Copyright (Direito Autoral) foi instituído na 1777
Inglaterra. Surgiu o "Le Journal de Paris", o primeiro jornal
diário francês.
1714
Daniel Defoe publicou, no "Daily Courant" o pri- 1783
meiro folhetim do mundo: "Robinson Crusoe". François Amboise Didot criou o ponto tipo-
gráfico, ou ponto Didot, baseado nas medidas
1723 legais da época.
[1] Jakob Christof Le Blon publicou "Il colorito or
the Harmony of Colouring", primeira impressão 1784
a quatro cores. [2] Martin-Dominique Fertel François Valentin Haüy inventou os caracteres
publicou "La science pratique de l'imprimerie". em relevo, o que possibilitou a leitura aos cegos.

1727 1785
William Ged inventou um processo de este- Fundação do "Daily Universal Register",
reotipia. chamado de "The Times" a partir de 1788, por
John Walter.
1737
Pierre Simon Fournier inventou o "prototypo", 1786
instrumento para a normalização das medidas Haüy imprimiu, em relevo, o livro "L'Essai sur
tipográficas; foi criado o ponto fournier. L'education des aveungles".

276
1795 1833
[1] Lord Stanhope inventou um prelo de ferro, Invenção do Daguerreótipo, por Louis Jacques
construído na fundição de Wilhelm Haas, que Mande Daguerre.
foi utilizado até o século XX. [2] Firmin Didot
inventou o processo da estereo-tipia, processo 1835
de reprodução de matrizes por moldagem a George Baxter patenteia o processo de im-
quente de clichês tipográficos. pressão à cores letterpress.

1796 1837
Senefelder iniciou as experiências de impres- Foi inventada a cromolitografia por Gottfried
são com a pedra litográfica; em 1798, o proces- Engelmann.
so foi considerado estável e esta data marca o
início oficial da litografia. 1838
Charles Knight patenteou um método de
1808 impressão colorida, no qual quatro blocos de
A primeira litografia em cores foi impressa, em metal ou de madeira, em relevo, imprimiam
Munique. numa folha de papel colocada sobre um tambor.
1810 1840
Friedrich Koening e Andreas Bauer construíram No dia 18 de abril de 1840 foram convertidos
uma impressora com cilindro e fôrma plana.
daguerreótipos em chapas de impressão, por
Joseph Berres.
1814
[1] Koening e Bauer construíram a primeira
1841
rotativa movida a vapor, instalada no jornal
Primeiro livro brochura feito por Tauchnitz Verlag,
"The Times", capaz de produzir 1100 exem-
na Alemanha.
plares por hora. [2] Nicephore Niepce descobriu
o princípio da fotografia.
1843
1819 Pela primeira vez é utilizada a celulose para a
Senefelder publicou o "Complete course of fabricação de papel.
lithography".
1847
1822 Thomas Birchall patenteou a máquina de dobrar
Invenção da heliografia por Niepce; a primeira papéis e outros jornais.
fotografia foi feita em 1826.
1850
1829 Fabricação da primeira máquina Heidelberg,
Invenção do sistema de impressão em relêvo por Andreas Hamm.
seco, para cegos, por Luis Braille.
1851
1830 [1] Henry J. Raymond, Edward B. Wesley e
Invenção da impressora de cilindros tipográfica, George Jones fundaram o "The New York
por R. Hoe. Times". [2] Jules Reuter criou, em Londres, a
agência de notícias Reuter.
1832
Invenção da máquina de costura para livros, 1856
por Philip Watt, em Londres. Primeiras obras com aplicações de fotografia

277
para uma impressora, publicadas por Georg 1886
Kessler, em Berlin. A American Point System (APS) fixou o "ponto
paica" em 1/72, ou seja: 0,3527 mm.
1857
John Poucy publicou "Dorsetshire Photogra- 1887
phically Illustrated, o primeiro livro ilustrado por
[1] Robert Miehle inventou, nos Estados Unidos,
fotolitografia, em dois volumes contendo 79
chapas no total. a primeira máquina de imprimir com duas voltas.
[2] Tolbert Lanston apresentou a máquina de
1858 composição Monotype, com fundidora e teclado
Théophile Beaudoire, fundidor francês, criou o separados.
elzévir.
1890
1860 Primeira impressora Harris com cilindros de
[1] Surgiu a fotografia colorida, por J. C. Maxwell. impressão automática.
[2] A entretela começou a ser usada pelos
encadernadores. 1896
Publicação do livro "Phototrichromatic Printing,
1863
William Bullock inventou a primeira rotativa in Theory and Practice", por Carl Zanden.
frente-e-verso letterpress.
1905
1866 O gravador francês Thibaudeau organizou os
Hipolyte Marinoni fabricou a primeira rotativa caracteres tipográficos em cinco famílias: anti-
capaz de poduzir 10 mil exemplares por hora gos, egípcios, elzevires, didots e fantasias.
com apenas 3 operários.
1906
1869 Caspar Hermann construiu, na Alemanha, a
Ducos du Hauron descobriu o princípio da re- primeira máquina ofsete com três cilindros de
produção de gravuras pela tricromia. diâmetro idêntico.
1877
Karl Krause lançou a guilhotina trilateral. 1911
Entrou em funcionamento a Bremer Presse.
1878
[1] Em fevereiro deste ano, Karl Kietsch inventou 1914
o processo de heliogravura tramada com grãos Fundação do American Institute of Graphics
de resina. [2] Frederick Wicks, em Glasgow, Arts
inventou a máquina de fundir tipos. [3] Wilheem
Friedrich Heim construiu a primeira guilhotina 1920
automática. A serigrafia é trazida da China, via Japão, para
os Estados Unidos, após a Primeira Guerra
1882
Mundial.
Geor Meisenbach patenteou a reprodução de
meio-tom.
1928
1884 [1] Walter Morey realizou a primeira demons-
O alemão Ottmar Mergenthaler inventou, nos tração do teletipo, em Rochester, nos Estados
Estados Unidos, a linotipo. Unidos. [2] Surgiram os primeiros clubes do

278
livro, na Alemanha e na Suíça. [3] Liher criou a 1969
máquina de fotocomposição. Foi lançado o scanner colorido "Magnascan"
pela Crossfield Eletronics.
1935
Vladimir Zworykin inventou, nos Estados 1972
Unidos, o iconoscópio, aparelho que permite a Foi produzida a primeira impressora Cameron,
análise eletrônica de imagens. nos Estados Unidos.

1938 1974
Surgiram os primeiros écran de paginação
Webendorfer colocou em funcionamento as
assistida por computador.
primeiras rotativas blanqueta-blanqueta.
1976
1944
A IBM lançou a impressora jato-de-tinta.
A xerografia foi inventada.
1977
1948 A Toray lançou a chapa waterless, na DRUPA.
A empresa Fairchild comercializou um scanner O processo foi inventado pela 3M e depois
de fotogravura que permitia gravar, em relevo, adquirido pela Toray Industries.
clichês em preto-e-branco.
1981
1951 O jornal "Herald Tribune" instalou computadores
Primeira edição da DRUPA, feira do Papel e que ligam a redação diretamente à pré-impres-
da Indústria Gráfica Alemã, que se tornou refe- são, para a produção de provas e filmes, sem
rência em exposição do setor no mundo. processos intermediários.

1954 1984
Os leitores óticos OCR (optical character A Apple lançou a linha Macintosh, computa-
recognition) foram instalados no "Worcester dores pessoais que revolucionaram a edito-
Telegram". ração, democratizando o uso da cor nas artes
gráficas.
1964
A definição de originalidade de um impresso 1990
foi fornecida, em Dezembro deste ano, pelo Os sistemas CTP (computador direto à chapa)
são lançados na DRUPA.
Comité National de la Gravure, em seguida
aceito pela Chambre Syndicale de L'Estampe
1991
et du Dessin.
A Heidelberg lançou, na Print, em Chicago, a
impressora GTO DI, que grava a chapa no pró-
1965 prio cilindro da impressora.
O Papa Paulo VI suprimiu o Index.
1993
1967 A Indigo lançou a impressora digital por eletro-
Surgiu o ISBN, na Grã Bretanha. impressão, na IPEX, em Birmingham.

279
280
Glossário

281
Divisor 11
Livro impresso por Baskerville 1761
crédito: Fundação Biblioteca Nacional

282
Glossário

corte do revestimento <slitting covering material>, mon-


A tagem da capa <case making>, estampagem <die
stamping>, encapamento <casing-in>, prensagem
<pressing>, colocação da sobrecapa <jacketing>, emba-
Aba - [1] <lip> - O mesmo que orelha. [2] <ledge> - lagem <packaging> e expedição <shipping>.
Beirada dobrada para dentro em alguns modelos de pas-
tas para guardar papéis. Ver também: Seixas <overhang>. Acabamento editorial - Ver: Encadernação editorial
<editorial bookbinding>.
Abertura plana: facilidade que um produto encadernado
com lombada quadrada tem em permanecer aberto sobre Acabamento em-linha <in-line finishing> - Operações
uma superfície horizontal plana. Termo alternativo: <lay de fabricação, tais como: numeração, endereçamento,
flat>. classificação, corte-e-vinco e conversões, que são reali-
zadas como parte da operação contínua, na própria im-
Abrasão <abrasion> - Riscos ou marcas causados nu- pressora ou durante o processo de encadernação. Ver
ma folha de papel ou cartão por contato com outra folha também: Acabamento fora-de-linha <off-line finishing>;
ou outro objeto. Termo alternativo: <scuffing>. Conversão em-linha <in-line converting>.
Abrir - [1] <to fan> - {a} Ventilar as folhas de papel, a fim Acabamento especial <super finish> - Processo
de facilitar a sua arrumação na mesa de alimentação da especializado de produção de encadernações de luxo.
impressora ou máquina de acabamento. {b} Operação
que consiste em separar as folhas de um livro encadernado, Acabamento fora-de-linha <off-line finishing> - Ope-
após a douração dos cortes. Termo alternativo: <fanning>. rações de corte, dobra, envernizamento, plastificação,
relevo, estampagem etc., para transformar o material im-
Abrir cabeça <to trim the head> - Cortar as folhas dos presso num produto final, executadas em equipamentos
cadernos alceados antes de arredondar a lombada do separados da impressora. Ver também: Acabamento
livro, para evitar a formação de rugas. em-linha <in-line finishing>; Conversão fora-de-linha <off-
line converting>.
Acabamento - [1] <binding> - Operações finais que
completam o produto impresso, tais como: dobra, alcea- Acabamento manual <job binding> - Processo de
mento, encadernação etc. [2] <finish> - Características acabamento de pequenas tiragens de livros de capa dura
da superfície do papel. [3] <finishing> - Termo genérico revestidas com couro, ou outras encadernações de luxo.
empregado para descrever todas as formas de completar
o produto gráfico, incluindo dobra, refilo, encadernação, Acanaladura <gouge> - O mesmo que canelura, canal
grampeação, colagem, costura, corte-e-vinco, douração ou goteira.
etc. Termo alternativo: apronta. [4] <sheet work> - Termo
genérico que inclui todas as operações pós-impressão. A cavalo - Ver: Em canoa <saddle stitch>.
[3] o processo completo de produção de livros, a partir Acertando <running makeready> - Período durante o
de folhas impressas, inclui operações como: corte qual uma impressora ou máquina de acabamento está
<cutting>, dobra <folding>, alceamento <gathering>, sendo preparada para produzir um trabalho. Ver também:
costura <sewing>, refilo <trimming>, colagem da lomba- Virando <pressrun>.
da <back gluing>, arredondamento <rounding and back-
ing>, aplicação do reforço <lining-up>, colocação do ca- Acertar <to setup> - Preparar a máquina para impressão
beceado <headbanding>, corte do cartão <board cutting>, ou acabamento. Termo alternativo: <to making ready>.

283
Ver também: Acerto <makeready>. Adesivo <adhesive> - {a} Material empregado na enca-
dernação para unir folhas soltas ou colar duas superfícies
Acerto - [1] <makeready> - {a} Conjunto de todas as entre si. Ver também: Adesivo termossoldável <hot-
operações necessárias para preparar a máquina para a melt>. {b} Substância capaz de unir dois materiais por
produção. Termo alternativo: preparo <set up>. Ver tam- adesão superficial. {c} Fita de papel ou plástico que tem
bém: Preparação <preparation>. [2] <set up> - Preparação uma ou ambas as faces recoberta com um produto ade-
de um equipamento para produzir um trabalho. rente.
Acetato de polivinila (PVAc): Resina usada na fabrica- [a] existem diversos tipos de adesivos utilizados na
ção de adesivos de dispersão aquosa para encaderna- encadernação e no acabamento (formação do bloco do
ção com lombada quadrada. livro, colagem da capa ao miolo, fechamento de cartuchos,
rotulagem etc.); o tipo a ser escolhido deve levar em con-
Acopladora de micro-ondulado <microcorrugated sideração as características do suporte e os requisitos
laminating machine> - Equipamento que faz o acopla- de uso final do produto; os adesivos são agrupados em
mento de cartão impresso sobre cartão corrugado. três categorias: adesivos à base de água, adesivos ter-
mossoldáveis e adesivos à base de solventes.
Acoplagem <coupling> - O mesmo que acoplamento.
Ver também: Acoplamento <coupling>. Adesivo acrílico - [1] <acrylic adhesive> - Tipo de mate-
rial adesivo, produzido a partir de polímeros acrílicos,
Acoplamento <pasting> - Processo de empastamento empregado na composição de diversos produtos auto-
de duas ou mais folhas de papel ou cartão. adesivos aplicados por pressão. [2] <acrylic based adhe-
sive> - Adesivo derivado de resinas ou polímeros acrílicos.
Acumulação <collection> - Modo de operação da dobra-
deira de algumas impressoras rotativas que acumula Adesivo autocolante <pressure-sensitive adhesive> -
dois cadernos antes de depositá-los sobre a esteira de Tipo de adesivo que permanece pegajoso em temperatura
saída. ambiente mesmo quando seco, e fixa-se a uma superfície
sob pressão mínima.
Acúmulo <swarf> - Depósito de partículas metálicas
causado por desgaste da faca de corte-e-vinco. Termo Adesivo de baixa pegajosidade <low tack adhesive>
alternativo: <sludge>. - Adesivo com baixo poder de adesão empregado quando
se deseja facilitar a separação entre as superfícies cola-
Acúmulo de costura <thread build-up> - Termo empre-
das.
gado na encadernação para designar o aumento da es-
pessura da lombada de um livro causada pela coincidência Adesivo escorrido <adhesive ooze> - Ver: Adesivo
dos pontos de costura no mesmo alinhamento; este sangrado <adhesive bleed>.
efeito pode ser reduzido alternando-se a posição dos
pontos de costura dos cadernos. Adesivo frio <cold-temperature adhesive> - Tipo de
adesivo aplicado em temperatura ambiente. Ver também:
Aderência <adherence> - Adesão entre duas superfíci- Adesivo quente <hot-temperature adhesive>.
es. Termo alternativo: adesão <adhesion>; <adherance>.
Adesivo permanente <permanent adhesive> - Adesivo
Aderente - [1] <adherend> - Diz-se de um material unido com elevado grau de adesão, que mantém a sua adesi-
a outro por um adesivo. [2] <adherent> - Diz-se de qual- vidade por um longo período de tempo. Ver também:
quer material ou substância que pode ser fixado a uma Adesivo removível <removable adhesive>.
superfície ou a outro material ou substância.
Adesivos de Poliuretano Reativo (PUR): Estes
Adesão <adhesion> - {a} Ligação reativa, química ou produtos são adesivos hot-melt compostos por pré-polí-
mecânica, que causa a união de duas superfícies. {b} mero de poliuretano mais aditivos, com grupos terminais
Propriedade de uma substância que descreve a sua NCO reativos à água, formando ligações cruzadas e
habilidade de fixar-se a outro material. Ver também: transformando-se em película duroplástica irreversível.
Coesão <cohesion
Adesivo quente <hot-temperature adhesive> - Tipo de
Adesividade <glueability> - {a} Velocidade e força de adesivo aplicado sobre uma superfície aquecida, ou que
ligação que se desenvolve quando duas superfícies de precisa ser aquecido para poder fixar. Ver também:
papel ou cartão são unidas com adesivo. {b} Propriedade Adesivo frio <cold-temperature adhesive>.
de um material de aderir a outro ou de proporcionar a
aderência. {c} Propriedade de um papel ou cartão que Adesivo removível <removable adhesive> - Adesivo
determina a velocidade e a força gerada por aplicação de caracterizado por apresentar elevado grau de coesão e
um adesivo a sua superfície. adesão, que pode ser removido da superfície sobre a qual

284
é aplicado com o mínimo esforço. Ver também: Adesivo agente aglutinante <agglutinant agent>; aglomerante.
permanente <permanent adhesive>.
Aguada <glaire> - Preparado à base de clara de ovo e
Adesivos à base de água <water-based adhesives> - vinagre utilizado pelos antigos encadernadores no pro-
Tipo de adesivo atóxico, de baixo custo, formulado com cesso de douração, para promover adesão da folha de
cola animal, ou caseína e elastômeros sintéticos, ou ouro ao material da capa dos livros.
amido combinado com sais de sódio e plastificantes, ou
látex, ou resinas sintéticas, ou polímeros acrílicos, utili- Agulha <needle> - {a} Instrumento responsável pela
zado para colar caixas de papelão ondulado, sacos, rótu- costura dos cadernos numa máquina de costura auto-
los, etiquetas, envelopes, laminados de papel e alumínio mática. {b} Ferramenta pontiaguda integrante de uma
etc. máquina de costura de cadernos que transporta o fio
através da lombada. Termo alternativo: <stitching needle>.
Adesivos à base de solventes <solvent-based adhe- {c} Utensílio com que os encadernadores costuram os
sives> - Tipo de adesivo formulado com soluções de resi- livros nas estribilhas.
na e borracha, ou poliuretano, ou polímeros acrílicos,
utilizado em aplicações onde os adesivos à base de água Agulhas <impaling pins> - Fileira de pinos afiados que
e termossoldáveis são inadequados ou ineficientes, tais mantém o controle da tensão da bobina na dobradeira da
como etiquetas e fitas auto-adesivas, selagem de filmes impressora rotativa ofsete; a bobina é perfurada pelas
plásticos e outros. agulhas, próximo do ponto de corte, de modo a manter
o controle e puxar a tira de papel em torno do cilindro de
Adesivo sangrado <adhesive bleed> - Adesivo que pe- dobra, liberando-a quando a dobra é iniciada.
netra ou extravasa um suporte auto-colante, antes ou
após o processamento do produto acabado, devido à Alçado <gathered> - Diz-se de um volume cujos cadernos
condição causada por pressão ou fluxo a frio. Termo foram colecionados para costura.
alternativo: adesivo escorrido <adhesive ooze>; <adhesive
Alçador <gatherer> - Gráfico encarregado da operação
strike-through>.
de alçar. Termo alternativo: alceador.
Adesivo temporário <temporary adhesive> - Tipo de
Alçadora <gatherer> - O mesmo que alceadora. Ver
substância adesiva que perde o seu poder adesivo num
também: Alceadora <gatherer>.
curto intervalo de tempo.
Alçadura <gathering> - O mesmo que alçamento ou
Adesivo termossoldável <hot-melt> - {a} Cera fundida
alceamento. Ver também: Alceamento <gathering>.
ou adesivo plástico aplicado na forma líquida, com rolo ou
faca, ou através de métodos de extrusão ou fusão, em Alçagem <gathering> - O mesmo que alçamento ou
temperaturas elevadas, que solidifica por resfriamento alceamento.
conferindo brilho elevado e propriedades de barreira ao
papel ou cartão. {b} Adesivo sólido que tem a propriedade Alçar <to draw> - Reunir os cadernos ou as folhas im-
de fundir-se quando aquecido e solidificar em temperatu- pressas de um livro a ser encadernado. Termo alternativo:
ra ambiente, empregado na encadernação em lombada <to collect>. Ver também: Alcear <to gather>.
quadrada. Termo alternativo: <hot-melt adhesive>.
Alceação <gathering> - O mesmo que alçação.
Afiação <sharpening> - Processo de restituição das ca-
Alceadeira - Ver: Alceadora <gatherer>.
racterísticas de corte originais das ferramentas cortantes.
Alceado <gathered> - Diz-se do livro cujos cadernos fo-
Afiadora de facas <knife sharpening machine> - Má-
ram colecionados ordenadamente, mas ainda não estão
quina dotada de rebolo especial para afiar facas lineares.
costurados, colados ou grampeados.
Afiador de facas <cutter sharpener> - Equipamento
Alceador - [1] <collator> - Profissional que examina os
dotado de rebolo especial para afiar facas de guilhotina
livros alceados, a fim de assegurar que estejam comple-
linear ou trilateral. Termos alternativos: <grinder>; <knife
tos, propriamente paginados e prontos para a encader-
grinder>.
nação. [2] <gatherer> - Profissional que faz o alceamento
Ágata <agate> - Ferramenta constituída de uma pedra manual dos cadernos de um livro ou opera máquina de
polida, usada na encadernação para polir os cortes dos alceamento. Termo alternativo: alçador.
livros após a aplicação de folhas metálicas. Ver também:
Alceadora <gatherer> - {a} Máquina de acabamento
Brunidor de ágata <agate burnisher>.
que faz o alceamento dos cadernos de livros. Termos
Aglutinante <agglutinant> - Substância glutinosa utili- alternativos: <collating and gathering machine>;
zada na composição de adesivos. Termos alternativos: <gathering machine>. {b} Profissional (mulher) que opera

285
máquina de alceamento ou faz o alceamento manual dos Mecanismo automático de introdução de papel, no qual
cadernos de um livro. Termos alternativos: alceadeira; as folhas são dispostas em escamas, permitindo o rea-
alçadora. bastecimento sem parar a impressora ou a máquina de
conversão. Termo alternativo: <stream feeder>. Ver tam-
Alceadora-grampeadora <saddle stitcher> - Máquina bém: Alimentador <feeder>.
de acabamento que coleciona os cadernos de um livro ou
revista, sobre uma sela, e grampeia o conjunto com Alimentador de capas em escamas <stream cover
grampos de arame através da dobra da lombada. feeder> - Dispositivo de uma linha de encadernação no
qual as capas são dispostas em forma de escadinha.
Alceamento - [1] <assemble draws> - Colecionamento
de dois ou mais grupos de cadernos para formar um livro Alimentador de capas rotativo <rotary cover feeder>
completo. [2] <back step collation> - Reunião ordenada - Sistema pneumático de uma linha de encadernação
dos cadernos de um livro conforme as marcas de refe- que alimenta a capa superior de uma pilha por meio de
rência (marinheiros) impressas na lombada de cada um succionador rotativo.
caderno. [3] <collating> - {a} Reunião de folhas individuais
de um livro ou apostila no processo de encadernação Alimentador de pilha <pile feeder> - Mecanismo auto-
mecânica. {b} Ordenamento das vias de um formulário mático de alimentação de folhas de uma impressora,
contínuo. [4] <gathering> - {a} Operação que consiste dobradeira ou máquina de conversão, no qual as folhas
em reunir ordenadamente os cadernos ou folhas que são empilhadas e, por isso, é preciso interromper a pro-
formam o miolo de um livro. {b} Reunião dos cadernos de dução por ocasião do reabastecimento, a menos que a
um livro, na seqüência correta, a fim de prepará-los para máquina seja equipada com dispositivo non-stop. Ver
a encadernação manual ou mecânica. Termos alterna- também: Alimentador <feeder>; Non-stop.
tivos: alçagem; <assembling>; colecionamento <collect-
Alimentador de sucção <suction feeder> - Dispositivo
ing>. [5] <inserting> - Reunião dos cadernos de uma
revista, um inserido no outro, no processo de encadernação de certas impressoras ofsete planas e máquinas de aca-
com grampo a cavalo. bamento e conversão, dotado de um conjunto de succio-
nadores (chupetas) responsáveis pela alimentação das
Alcear <to gather> - Colecionar os cadernos de um livro, folhas de papel ou cartão.
manual ou mecanicamente, na seqüência correta, forman-
do um conjunto para a encadernação com cola ou costu- Alisador <smoother> - Dispositivo do alimentador de
ra. Termos alternativos: alçar; <to collect>. Ver também: impressoras e máquinas de acabamento que ajuda a
Colecionar <to gather>. manter planas as folhas de papel.

Alimentação por sucção <suction feed> - Sistema de Alta freqüência <high-frequency> - Faixa de emissão
alimentação de papel de certas dobradeiras e alimen- de ondas eletromagnéticas com valores decamétricos
tadoras de capas dotado de ventosas, ligadas a um expressos em MGHz. Abreviatura: AF <HF>.
sistema de vácuo, para separar e impulsionar as folhas, Altura - [1] <depth> - Medida da dimensão vertical de um
uma a uma, até a mesa de margeação. plano bidimensional, tal como uma página. [2] <long sig>
Alimentador - [1] <feeder> - {a} Mecanismo acoplado a - Dimensão vertical ou maior dimensão de uma página de
máquinas de acabamento, tais como: dobradeiras, máqui- livro, jornal, revista etc.
nas de corte-e-vinco, e outras, que separa, levanta e faz
Ângulo de corte <angle of cutting> - Ângulo do bisel da
avançar cada uma das folhas individuais do topo da pilha
faca de uma guilhotina linear ou trilateral, escolhido de
para a mesa de alimentação, até que esta alcance os
acordo com o tipo de papel a ser cortado ou refilado.
margeadores frontais. Termos alternativos: alimentador
automático <automatic feeder>; aparelho; <feeding Ângulo de recuperação de dobra <folding recovery
head>. {b} Dispositivo que causa o avanço dos cadernos, angle> - Ângulo formado pela folha de papel logo após ser
encartes etc., através de um sistema de encadernação dobrada. As fibras do papel tendem a voltar à sua posição
em-linha. [2] <hopper> - Gaveta localizada nas máquinas inicial de repouso pela ação da força de recuperação da
de acabamento (alceadeiras, colecionadoras e inserta- dobra. Esta característica das fibras aumenta com a
doras) onde os cadernos impressos são empilhados. gramatura e a rigidez do papel. A presença de umidade
e de cargas minerais reduzem esta força. As dobras pa-
Alimentador automático <automatic feeder> - Dis-
ralelas produzem uma força de recuperação menor do
positivo responsável pela alimentação das folhas em
que aquelas produzidas pelas dobras cruzadas. Dobras
máquinas de acabamento. Termo alternativo: <automatic
no sentido da fibra possuem menor força de recuperação
press loader>. Ver também: Alimentador <feeder>.
do que as dobras feitas contra o sentido das dibras do
Alimentador contínuo <continuous feeder> - papel.

286
Ante-rosto <frontispiece> - Primeira página de um livro, de um livro colado. Ver também: Puxada <drawdown>.
que precede a página de rosto e traz apenas o título da
obra. Termos alternativos: falsa folha de rosto; falsa Aparelho para teste de tração de página <page pull
página de rosto <false title page>; falso-rosto; falso-título tester> - Instrumento destinado a medir a força necessária
<false title>; olho; rosto falso. para arrancar uma página de um livro colado. Ver também:
Flexão de página <page flex>.
Anverso <obverse> - O mesmo que frontispício.
Aplicação de gaze <mulling> - Operação de encader-
Apalpador <sensor of pile height> - Ver: Regulador de nação que consiste em colar uma tira de gaze na lomba-
altura de pilha <pile height regulator>. da dos cadernos alceados, a fim de conferir resistência
extra ao miolo do livro.
Apara - [1] <scrap> - Fragmentos de papel resultantes
do refilo. Termo alternativo: <shred>. Ver também: Refugo Aplicação de ouro <gilding> - Operação de acabamento
<wastepaper>. [2] <trim> - Etapa do processo de enca- que consiste em aplicar tinta ouro ao corte dos livros
dernação que consiste em refilar as bordas dos livros ou antes da colagem da capa.
revistas em guilhotina.
Aplicação de papel crepe <backlining> - Operação de
Apara de conversão <converting waste> - Sobras de encadernação que consiste em colar uma tira de papel
refilo geradas quando o papel é cortado em vários for- kraft na lombada do livro, a fim de aumentar a sua resis-
matos. tência.

Apara de encadernação <binders waste> - Retalhos Aplicação do cabeceado <headbanding> - Operação


de papel em branco, refilados durante o corte trilateral de de acabamento que consiste em fixar cordões decorativos
livros, considerada a porção nobre pelos aparistas, seja nas extremidades da lombada de um livro de capa dura.
proveniente de papel revestido <coated soft white
shavings> ou não-revestido <hard white shavings>. Aplicação por transferência de calor <heat-transfer
application> - Ver: Impressão por transferência térmica
Apara de guilhotina <cutter broke> - Ver: Aparas <dry <thermal-transfer printing>.
mill broke>.
Aplicação reversa <reverse milling> - Processo de
Aparado <trimmed> - O mesmo que refilado. aplicação de adesivo na lombada de um livro executado
por um rolete que gira em sentido contrário ao do movi-
Aparagem <trimming> - {a} Operação de refilar o papel. mento dos cadernos alceados.
{b} Ato ou efeito de refilar as bordas de livros, revistas e
outros produtos gráficos. Aplicadora <applicator> - Máquina automática que apli-
ca etiqueta à superfície do produto.
Aparelho - Ver: Alimentador <feeder>.
Aplicador de cola <gluing wheel> - Dispositivo acoplado
Aparelho alimentador de folhas <sheet feeding à dobradeira de algumas impressoras rotativas ofsete,
mechanism> - Mecanismo de entrada de folhas de cer- ou dobradeiras de acabamento, cuja função é aplicar um
tas máquinas de acabamento, constituído de um dispo- filete delgado de cola à lombada do caderno, em substi-
sitivo separador de folhas (soprador), succionadores tuição ao grampo, na produção de pequenos panfletos.
(chupetas), regulador de altura da pilha (apalpador), de-
tector de folha dupla e outros, que separa automati- Aquecedor de cola <glue heater> - Dispositivo da
camente cada uma das folhas da pilha de papel e as coladeira de uma linha de encadernação que aquece o
alimenta na mesa de margeação. adesivo, a fim de mantê-lo fluido.

Aparelho de saída <layboy> - Empilhador mecânico Arame - [1] <baling wire> - Fio metálico usado para en-
acoplado a uma guilhotina ou folhadeira, onde as folhas fardar. [2] <stapling wire> - Fio metálico usado para pren-
cortadas são empilhadas, contadas, margeadas e arru- der a capa e os cadernos na encadernação em lombada
madas sobre um estrado. Ver também: Unidade de canoa, ou para prender lateralmente os cadernos na
entrega <sheet delivery unit>. encadernação em lombada quadrada. Termo alternativo:
<stitching wire>.
Aparelho para teste da puxada - [1] <head-and-tail
tester> - Instrumento utilizado para medir a força neces- Aranha <delivery flyer> - Dispositivo dotado de hastes
sária para arrancar uma página de livro, submetendo-a a curvas dispostas em círculo, localizado na saída de uma
uma puxada na cabeça e no pé, como meio de avaliar a impressora rotativa, cuja função é depositar os cadernos
qualidade do processo de colagem da lombada. [2] <pull sobre a esteira de saída. Termos alternativos: <fan deli-
tester> - Equipamento destinado a medir a resistência very>; leque de saída <web fan delivery>.

287
Área de estocagem <hopper> - Espaço em torno de Arrumadores laterais <side joggers> - {a} Empare-
uma máquina encadernadora onde os cadernos impressos lhadores localizados na saída de uma impressora ofsete
são estocados antes da encadernação. plana cuja função é alinhar lateralmente a pilha de folhas.
{b} Dispositivo localizado sobre a esteira de saída de uma
Área de refilo <trim margin> - Margem deixada em impressora rotativa, dotado de dois emparelhadores: um
torno de uma folha impressa, maior ou igual a 3 mm, além estacionário, para guiar os cadernos, e outro móvel, para
da área de mancha, reservada para o refilo de acabamento. alinhar os cadernos na esteira.
Armação <backing> - Operação de reforço da lombada Arrumar <to jog> - Empilhar e alinhar folhas ou cadernos
e da capa de um livro com uma tira de papel. em relação a uma borda comum, manualmente ou usan-
do uma mesa vibradora. Alguns sistemas de acabamento
Armadora de capas - Ver: Montadora de capas em-linha são equipados com arrumador-empilhador
<casemaker>. <jogger-stacker> para empilhar e alinhar os cadernos na
Arqueação <tying> - Cintamento de embalagem. saída da impressora.

Arte do livro <art of book> - Escolha da tipologia, das


Arqueadura - Ver: Arqueamento <bowing>.
ilustrações, do papel, da tinta, do método de encader-
Arqueamento <solid board frame> - Método de acondi- nação etc., de modo a tornar a obra esteticamente har-
cionamento que consiste em amarrar com fitas de metal mônica nos seus aspectos técnicos e artísticos.
ou plástico uma pilha de papel colocada entre duas tá-
Aspirador de transporte <forwarding pickup sucker> -
buas de madeira, para transporte seguro.
Chupeta do sistema de alimentação de uma impressora
Arquear <to tie> - Reforçar uma embalagem com cintas ofsete plana ou máquina de acabamento, cuja função é
metálicas ou plásticas, a fim de aumentar-lhe a resistência transferir as folhas da pilha de alimentação para os role-
e evitar danos durante o transporte. tes de avanço da entrada da mesa de margeação.

Arredonda-dorso <back rounder> - Prensa usada no Ativação por calor <heat activation> - Processo de
processo de encadernação para arredondar a lombada conversão de um material adesivo do estado seco para
de livros. o estado úmido (pegajoso) através de aplicação de calor.

Arredondamento <rounding> - Operação de Auto-adesivo <self-adhesive> - Papel recoberto num


dos lados com uma película de adesivo que proporciona
encadernação que consiste em arredondar a lombada de
uma colagem instantânea ao ser aplicado sobre uma
livros.
superfície, geralmente utilizado para imprimir rótulos,
Arredondamento de canto <round cornering> - etiquetas, figurinhas etc. Termos alternativos: autocolante;
Processo de acabamento de capas de livros, cartões e <pressure sensitive adhesive>.
outros produtos gráficos.
Autocapa <self-cover> - Capa de livro ou revista impressa
Arredondamento e formação da lombada <rounding no mesmo papel usado no miolo, geralmente formada
and backing> - Modelação da lombada de um livro para pela primeira e última páginas do caderno. Termo alter-
acomodar a sua capa. O arredondamento produz uma nativo: capa inclusa <all-in>.
lombada convexa e uma frente côncava no livro, enquanto Autocolante - Ver: Auto-adesivo <self-adhesive>.
a formação torna a lombada mais larga do que a espessura
do corpo do livro, proporcionando um anteparo contra o Auto-guarda <self ends> - Método de encadernação no
qual o cartão das capas da frente e do verso se apóiam qual a primeira e a última páginas do miolo do livro são
para produzir um vinco em forma de dobradiça nas jun- coladas à parte interna da capa, omitindo-se as guardas.
ções do livro. Termo alternativo: guarda inclusa.

Arrumadores <joggers> - {a} Dispositivos localizados Avental <apron> - Espaço em branco na borda de uma
na saída das impressoras ofsete planas os quais, em folha dobrada que permite processá-la durante o acaba-
conjunto com os guias da contrapinça e da pinça, mento sem manchá-la.
alinham as folhas impressas à medida que estas formam
a pilha de entrega. {b} Dispositivos localizados na saída
da dobradeira das impressoras rotativas que promovem
o alinhamento dos cadernos. {c} O mesmo dispositivo
B
acoplado às máquinas de acabamento e conversão. Baioneta <sword> - Parte de uma máquina grampeadeira
Termos alternativos: batedores; emparelhadores. de sela onde os cadernos caem durante o alceamento.

288
Termos alternativos: <bayonet>; <saddle bar>. alimentação da impressora ou da máquina de acaba-
mento. Termo alternativo: esquadrar.
Balancê - Ver: Balancim <clamper>.
Batida - [1] <hit> - Termo empregado na encadernação
Balancim <clamper> - Dispositivo da guilhotina linear e no acabamento para designar uma impressão feita
que prende o papel de modo a garantir a precisão do utilizando um molde de estampagem. Ver também:
corte. Termos alternativos: balancê; calcador <presser Toque <keystroke>. [2] <stroke> - Cada um dos golpes
foot>; <rammer>; <clamp>; <cutter clamp>. de uma faca de corte-e-vinco sobre o material que está
Balancim hidráulico para corte de rótulos <diecut sendo processado. Termo alternativo: ciclo.
hydraulic machine for cutting labels> - Troqueladora Bezerro divino <divinity calf> - {a} Tipo de couro mar-
equipada com faca de corte-e-vinco para rótulos, etiquetas rom escuro utilizado na encadernação de Bíblias. {b} Mé-
e recorte de contornos difíceis. todo de encadernação de Bíblias que emprega uma es-
Baliza <guide> - Peça de uma impressora ou máquina pécie de couro marrom escuro decorado com estampa
de acabamento onde o papel encosta durante a margea- cega e sem douração.
ção. Termos alternativos: esquadro; guia. Ver também: Bíblia <Bible> - Conjunto de livros sagrados do Antigo
Guia <landmark>; <leader>. e do Novo Testamento. Termos alternativos: <Good
Barba <barb> - {a} Variação de registro de posicio- Book>; Sagrada Escritura.
namento da imagem impressa, de folha para folha, que Bíblia de Gutenberg <Gutenberg Bible> - Edição da
ocorre durante a impressão ofsete devido a má regulagem Bíblia impressa por Johann Gutenberg em 1456 utilizando
das pinças do cilindro de contrapressão ou a variação tipos móveis. Termo alternativo: Bíblia de 42 linhas.
dimensional do papel. Termo alternativo: <feather>. {b}
Irregularidade de posicionamento da área de mancha, de Bibliófilo <book lover> - Colecionador de livros. Termos
folha para folha, num livro ou revista refilado. alternativos: <bibliophile>; <bibliophilist>.
Barra angular <angle bar> - Barra metálica cromada e Bibliofobia <bibliophobia> - Aversão aos livros.
polida, posicionada a 45° em relação à direção de deslo-
camento do papel nas impressoras rotativas, cuja função Bibliofóbico <bibliophobic> - Relativo à bibliofobia.
é virar ou desviar a direção das tiras de papel, bem como
combiná-las para atender à ordem de paginação dos Bibliófobo <bibliophobe> - Diz-se daquele que odeia ou
cadernos antes da entrada na dobradeira. As barras teme os livros.
angulares são normalmente perfuradas e ar frio é soprado Bibliogênese <bibliogenesis> - Origem, criação ou
do interior das barras para evitar o atrito do papel im- formação de um livro. Termo alternativo: <bibliogony>.
presso. Termos alternativos: barra de reversão <turning
bar>; barra diagonal. Ver também: Dobradeira de tiras Bibliognosia <bibliogony> - {a} Ciência dos livros. {b}
<ribbon folder>. Arte de produzir e publicar livros. Termo alternativo: bibli-
ogênese <bibliogenesis>.
Barra antiestática <antistatic device> - Dispositivo
localizado sobre a mesa de alimentação de certas má- Bibliologia <bibliology> - Conjunto de conhecimentos
quinas de acabamento, cuja função é dissipar a carga e técnicas relacionados à origem e evolução histórica do
eletrostática acumulada no papel. Ver também: Eletri- livro, à sua produção, à descrição dos seus componentes
cidade estática <static electricity>; Eliminador de estática materiais e dos seus elementos de representação simbó-
<static eliminator>; Neutralizador de estática <film static lica, e à sua classificação, organização, conservação e
neutralizer>. restauração, abrangendo, entre outras disciplinas, a bi-
bliografia, a bibliotecnia e a biblioteconomia.
Barra diagonal - Ver: Barra angular <angle bar>.
Biblioteca - [1] <bibliotheca> - Coleção de livros. Termo
Barras diagonais <web flopping> - Conjunto de tubos
alternativo: <bibliotheque>. [2] <library> - Local onde se
cromados perfurados, localizados no castelo da dobra-
guarda livros.
deira de uma impressora rotativa, no interior dos quais
 [2] a lista das bibliotecas mais famosas inclui: a biblio-
sopra ar comprimido, cuja função é inverter o lado da tira
teca da Babilônia, onde se encontram tábuas de argila
de papel, a fim de permitir diferentes arranjos de pagi-
gravadas com caracteres cuneiformes; a biblioteca do
nação. Termo alternativo: <ribbon flopping>. Ver também:
faraó Ptolomeu, contendo mais de 600 mil rolos de
Barra angular <angle bar>.
papiro, saqueada durante o Império Romano; e a biblioteca
Bater esquadro <to square> - Processo que consiste do congresso dos Estados Unidos, com mais de seis
em alinhar as bordas das folhas de papel na pilha de milhões de volumes; a Biblioteca Nacional do Rio de

289
Janeiro foi fundada por D. João VI e conta com um acervo Dobradeira de bolsa <buckle folder>.
de cerca de 5 mil manuscritos e 40 mil mapas, além de
outros documentos raros, dentre os quais um exemplar Bolso <pocket> - Retângulo de papel, tecido, vinil ou
da Bíblia de 1462 e edições príncipes dos Lusíadas outro material, com ou sem cantoneiras, fixado na parte
(1572). interna da capa frontal ou traseira de um livro, algumas
vezes feito separadamente e colado após a encadernação.
Biblioterapêutica <bibliotherapeutics> - Tratamento
dos livros danificados por insetos ou por outros agentes. Boneco <dummy> - {a} Leiaute preliminar mostrando a
Termo alternativo: biblioterapia <bibliotherapy>. posição das ilustrações, textos e outros elementos, con-
forme estes aparecerão no produto impresso. {b} Conjunto
Binder <binder> - {a} Capa destacável para folhas de páginas brancas dobradas e arranjadas para mostrar
soltas. {b} Tipo de pasta dotada de anéis para encadernar a seqüência, o tamanho, a forma, o estilo e a aparência
folhas soltas. geral de um livro, panfleto ou outra peça impressa. Termo
alternativo: boneca. Ver também: Modelo <mock-up>.
Bindery truck - Espécie de roda-gigante dotada de
rodas, utilizada para armazenar cadernos impressos. Boneco branco <blank dummy> - Modelo de um pro-
jeto gráfico pronto, apresentando todos os detalhes da
Bind leg - Diz-se de cada uma das partes que compre- obra acabada, porém sem a impressão. Termo alternativo:
endem uma encadernação dividida. Ver também:
maquete <mock-up>. Ver também: Boneco <dummy>.
Encadernação dividida <split bind>.
Boneco de corpo <bulking dummy> - Maço de folhas
Blocagem - [1] <blocking> - {a} Operação de acabamento brancas do papel que realmente será utilizado na impres-
que consiste em fazer blocos de papel a partir de folhas são, dobradas e alceadas, a fim de mostrar a espessura
soltas. {b} Setor de uma empresa gráfica onde se fazem
do livro e permitir antecipar o cálculo da lombada a ser
blocos de papel. {c} Problema que ocorre no acabamento
projetada na confecção da capa. Ver também: Boneco
quando os livros grudam uns aos outros devido à pega-
<dummy>.
josidade do filme de cola aplicado. [2] <padding> - Ope-
ração que consiste em aplicar um adesivo flexível numa Boneco de dobra <folder dummy> - Modelo que se
das bordas de um maço de folhas soltas, a fim de formar presta a mostrar o posicionamento das páginas, das do-
um bloco quando a cola secar. bras, das pinças, da área de colagem etc., assim como
a seqüência de paginação de um caderno de livro ou de
Blocar - [1] <to block> - Formar ou modelar o desenho
revista. Termo alternativo: <folding dummy>. Ver também:
em relevo na capa de um livro numa única operação de
Boneco <dummy>.
encadernação. [2] <to pad> - {a} Aplicar adesivo numa
das bordas de um maço de folhas soltas, a fim de formar Boneco de encadernação <binding dummy> - Conjunto
um bloco quando a cola secar. {b} Fazer blocos a partir de folhas brancas dobradas, intercaladas, grampeadas
de folhas soltas de papel. Termo alternativo: talonar. e refiladas, a fim de mostrar a quantidade de compensação
necessária na montagem final devido ao deslocamento
Bloco - [1] <block> - Maço de folhas de papel coladas
das páginas internas dos cadernos. Ver também: Boneco
numa das bordas em forma de caderno. [2] <tablet> -
<dummy>; Empuxo <creep>.
Conjunto de folhas unidas numa das bordas com adesivo,
grampo etc. Termos alternativos: <pad>; talão. Bons para acabamento <net bindery quantity> - Quan-
Boca <width> - Largura útil ou máxima dimensão de saí- tidade líquida de folhas ou cadernos impressos enviados
da de uma máquina de acabamento, guilhotina etc. ao acabamento, descontados os defeituosos.

Bolsa - [1] <hopper> - Cada um dos alimentadores de Borda da faca <knife edge> - Diz-se da margem do
uma máquina alceadora. [2] <pocket> - {a} Cada uma papel que foi cortada em guilhotina linear ou por faca
das estações de uma linha de alceamento. {b} Cada um circular. Ver também: Borda refilada <trimmed edge>.
dos compartimentos onde se empilham os cadernos Borda da frente <fore-edge> - Borda do livro oposta à
numa máquina de encadernação. lombada. Ver também: Corte da abertura <front edge>.
Bolsa de dobra <fold plate> - Dispositivo de certas Borda de encadernação <binding edge> - Lombada
dobradeiras dotado de duas placas metálicas paralelas de uma publicação onde os cadernos são presos, com
entre as quais a folha a ser dobrada é empurrada por dois linha ou outros meios, recebendo um reforço necessário
roletes, até encontrar um anteparo, produzindo uma para prendê-la à capa. Termo alternativo: <stub edge>.
ondulação a partir da qual a dobra é formada, por um
terceiro rolete que funciona em contato com um dos ou- Borda de folhear <thumb edge> - Parte externa de um
tros dois. Termo alternativo: <folding plate>. Ver também: livro, oposta à lombada.

290
Borda em gancho <tail-end hook> - Curvatura que se cadernos e formar o bloco do livro; o bloco é reforçado
desenvolve na contrapinça de uma folha de papel, na com tiras de papel crepe ou tecido de cambraia presas
direção oposta ao lado impresso, causada por excesso nas laterais do bloco com hot-melt; a capa é presa com
de solução de molhagem absorvida pelo papel ou por outra camada de adesivo hot-melt aplicada nas laterais
ação do tack da tinta que tende a fazer o papel grudar e do bloco; a capa é vincada para criar charneiras, a fim de
acompanhar a blanqueta nas impressoras ofsete planas. torná-la flexível e permitir que a lombada flexione livre-
mente.
Borda irregular - [1] <fuzzy edge> - Ver: Serrilhado
<jaggie>. [2] <open bolts> - Termo empregado para Bronzagem <bronze dusting> - Ver: Bronzeamento
designar as bordas de um livro grosseiramente refiladas, <bronzing>.
antes do refilo final.
Bronzeamento <bronzing> - Processo de acabamento
Borda não-refilada <mill edge> - Diz-se de um papel que consiste na aplicação de pó de bronze metálico à
cujas bordas não foram aparadas em guilhotina. folha impressa, sobre a tinta ainda úmida, geralmente
utilizando um equipamento especial de bronzeamento
Borda refilada <trimmed edge> - Diz-se da borda de um que remove o excesso de pó das áreas de contragrafismo,
livro ou revista que foi cortada e deixada lisa e regular. produzindo nas áreas de grafismo uma aparência metá-
Termo alternativo: <slitter edge>. lica. Termo alternativo: bronzagem <bronze dusting>.
Bordas fechadas <uncut foredges> - Resultado da Brunidor <burnisher> - {a} Instrumento ou profissional
operação inadequada de corte de um livro, deixando que faz o polimento das bordas de livros encadernados.
algumas dobras não-refiladas. Termo alternativo: polidor <polisher>. {d} Pedra de ágata
com cabo de madeira empregada no processo de enca-
Borracha de ejeção <stripping> - Pequenas tiras de
dernação para dourar as bordas das folhas de livros enca-
borracha, de dureza entre 35 e 50 Shore, montadas pró-
dernados. Termos alternativos: <bloodstone>; pedra de
ximas dos fios de corte de uma faca de corte-e-vinco,
brunir <burnishing stone>.
para desprender o cartão da faca após o corte.
Brunidor de ágata <agate burnisher> - Ver: Pedra de
Brochado <stitched> - Livro não-encadernado.
brunir <burnishing stone>.
Brochador <stitcher> - Profissional gráfico ou artista
especializado na técnica de brochar livros.

Brochagem <stitching> - Processo de brochar livros.


C
Termo alternativo: brochura <brochure>.
Cabeça - [1] <head> - Corte superior do livro, oposto ao
Brochar <to stitch> - Colecionar e costurar as folhas ou pé. [2] <head section> - Parte fechada de um caderno
os cadernos de um livro, depois de ordenadas e dobradas, duplo-paralelo, geralmente a que tem numeração menor.
e acondicioná-las numa capa de papel mediante a cola-
gem do dorso. Cabeçada <headband> - Debrum colorido colado na
parte interna, superior e inferior, da lombada de um livro
Brochura - [1] <brochure> - {a} Livro encadernado com encadernado. Termos alternativos: cabeçado; cabeceado;
capa flexível ou com capa dura de baixo custo. Termo cabeceira; requife; <sewn-on tape>; sobrecabeceado;
alternativo: <paperbound>. Ver também: Livro de capa trancafio <headcord>.
mole <paperback>. {b} Panfleto dobrado ou colado em
forma de livreto. Termos alternativos: folheto <leaflet>; Cabeça de agulha <nailhead> - Livro encadernado cuja
livro brochado <paperback>; panfleto <pamphlet>. Abre- lombada é mais espessa que o corpo, lembrando o perfil
viatura: (br). Ver também: Livreto <booklet>. {c} Ato ou de uma agulha de costura.
efeito de brochar livros. Termo alternativo: brochagem Cabeçado <headband> - O mesmo que cabeçada. Ver
<stitching>. Ver também: Capa dura <hardcover>. [2] também: Cabeçada <headband>.
<limp binding> - {a} Tipo de encadernação na qual os
cadernos são costurados ou colados à lombada e reves- Cabeça fechada <closed head> - Diz-se de um caderno
tidos com uma capa mole. {b} Tipo de encadernação fle- não refilado na dobra superior das páginas. Termos alter-
xível que emprega couro ou imitação de couro para nativos: <closed section>; <closed signature>.
revestir a capa de um livro.
Cabeça-pé <head-to-foot> - Orientação paralela à lom-
Brochura otabind <otabind brochure> - Método de bada de um livro na qual a folha laminada utilizada na
encadernação com adesivo que emprega uma emulsão estampagem da capa é puxada. Ver também: Transversal
fria de rápida secagem, em duas etapas, para prender os à capa <across-the-cover>.

291
Cabeceado <headband> - {a} Tira ornamental de tecido fio de arame ou plástico enrolado em espiral através dos
colorido de algodão ou seda, fixado na parte interna furos.
superior e inferior da lombada de um livro de capa dura.
Termo alternativo: <sewn-on tape>. {b} Tira decorativa Caderno fechado <closed signature> - Diz-se de um
impressa ou gravada no topo de uma página ou de um caderno cujas dobras não foram refiladas, impedindo a
capítulo de livro. Termo alternativo: cabeçada. abertura das folhas do livro ou revista. Termo alternativo:
<closed section>.
Cabeceira <headband> - Pequeno cordão colorido, de
seda ou algodão, fixado na parte interior da lombada de Caderno não-costurado <quire> - Conjunto de folhas
um livro como elemento ornamental ou de proteção. impressas, dobradas e colecionadas em seqüência ade-
quada, formando um conjunto pronto para a encadernação.
Termo alternativo: cabeçada.
Termo alternativo: <gathering>.
Cadarço - [1] <band> - Termo empregado na enca-
Cadernos reforçados <guarded signatures> - Primeiro
dernação manual para designar cada um dos fios, de
e último cadernos de um livro os quais, após a fixação
sizal ou linho, costurados através da lombada dos cader-
das guardas, são reforçados com tiras de musselina, a
nos alceados de um livro, a fim de promover resistência
fim de permitir abri-los sem que se desprendam da lom-
extra. Termo alternativo: <cord>. [2] <binding band> -
bada.
Cordão de cânhamo ou de linho empregado na encader-
nação manual para reforçar a lombada de livros, prendendo Cahier - {a} Termo francês que designa um conjunto de
os cadernos alceados através da lombada. Termo alter- folhas de papel ou folhas de um livro reunidas para enca-
nativo: <binding tape>. dernação. {b} O mesmo que livro brochado. Ver também:
Mão <quire>.
Cadarços <tapes> - Fitas que prendem o papel ao cilin-
dro da prensa, enquanto é impresso, e o transportam à Caixa de cartão rígido <rigid-paperboard box> - Em-
mesa receptora, ou, nas dobradeiras, o conduz ao meca- balagem constituída de uma folha de papelão empastada
nismo de dobragem. Termos alternativos: fitas; nastros. numa folha impressa, de formato menor e menos rígida
do que a caixa de papelão ondulado, fabricada com uma
Cadarços de entrega <delivery belts> - Conjunto de única folha de cartão corte-vincada, dobrada e colada,
correias do empilhador de cadernos de uma impressora podendo incluir janelas transparentes de celofane, ban-
rotativa que controlam o avanço dos cadernos. dejas plásticas pré-formadas, revestimento acolchoado,
tampas articuladas etc., utilizada para embalagem de
Cadeia de remate <chain stitch> - Parte da costura de
consumo de alimentos, têxteis, cosméticos, sabonetes
um livro que passa nas serrotagens de remate da lomba-
e outros produtos.
da, onde se dão os nós que prendem os cadernos entre
si. Caixa de papelão - [1] <bulk carton> - Recipiente de
papelão, geralmente feito para suportar 275 libras de
Caderno - [1] <folder> - Folha impressa contendo uma
pressão de ar antes de estourar, utilizado para embalar
ou mais dobras. [2] <gathering> - Seção de um livro,
livros para armazenagem e transporte. [2] <carton> - {a}
geralmente uma folha cortada em várias páginas. [3]
Contêiner feito de cartão ou papelão rígido ou corrugado,
<section> - Cada uma das partes em que se divide um utilizado para acondicionamento e transporte de mer-
livro, uma revista ou um jornal. Ver também: Seção cadorias. {b} Cartucho utilizado para embalar mercado-
<section>. [4] <signature> - {a} Folha impressa e dobrada, rias. [3] <single book carton> - Caixa utilizada para pos-
em múltiplos de 4 páginas, para formar uma seção de tagem de um único exemplar de livro.
livro ou revista. {b} Produto impresso numa única revolução
do cilindro da chapa de uma impressora rotativa e do- Caixa de papelão ondulado <corrugated box> - Em-
brado ao final da linha. Abreviatura: cad <sig>. balagem de estrutura cúbica, feita de cartão corrugado,
fabricado com duas ou mais folhas de papel kraft não-
Caderno de espiral <spiral-bound notebook> - Bloco branqueado separadas por uma folha ondulada, utilizada
de folhas pautadas perfuradas na lombada e presas com para transporte e para acondicionar produtos. Termo
fio metálico ou plástico contínuo através dos furos. alternativo: <corrugated case>.
Termo alternativo: livro de espiral.
Calcador <presser foot> - Peça da guilhotina linear que
Caderno de oito páginas <8-page signature> - Caderno prende o papel durante o corte. Termo alternativo:
obtido por dobragem de uma folha duas vezes, com do- <rammer>. Ver também: Balancim <clamper>.
bras cruzadas.
Cama <bed> - Superfície metálica plana de uma guilhotina
Caderno espiral <spiral notebook> - Caderno cujas sobre a qual executa-se o corte do papel. Termo alter-
folhas são perfuradas, próximo à lombada, e presas com nativo: mesa <table>.

292
Camming - Interrupção na aplicação de adesivo, em - Folha plana que reveste uma prancha de papelão ondu-
uma máquina encadernadora, devido a elevação da lâmi- lado. [5] <liner> - Revestimento de uma prancha de pape-
na raspadora sobre o rolo aplicador comandada por um lão corrugado. Ver também: Forro <liner>.
excêntrico.
Capa almofadada <padded cover> - Capa de livro esto-
Camurça <shammy leather> - Pele macia e aveludada fada com uma camada de algodão, feltro ou espuma
utilizada na encadernação de edições de luxo. Termos colocada entre o cartão das pastas e o revestimento. Ter-
alternativos: <shammy>; <shamois>. mo alternativo: capa estofada.

Canal <canal> - Concavidade da parte frontal dos livros Capa articulada <hinged cover> - Capa flexível formada
de lombada arredondada. Termos alternativos: canelura por tiras de cartão paralelas à lombada do livro.
<spline>; goteira <gutter>.
Capa colada <glued-on cover> - Diz-se da capa de uma
Canaleta <hinge> - Porção da capa dura de um livro que publicação fixada ao miolo com adesivo, em vez de gram-
forma a articulação na junção com a lombada. Ver tam- po ou costura. Ver também: Encadernação sem costura
bém: Calha <gutter>; Junção <joint>. <perfect binding>.

Canelura - [1] <flute> - {a} Configuração geométrica Capa de duas peças - [1] <two-piece case> - Capa dura
formada por uma das ondulações de uma folha de cartão de livro feita com dois materiais diferentes, os quais são
corrugado, cujas dimensões variam dependendo do uso. aplicados ao cartão separadamente: primeiro é feita uma
{b} Formação ondulada do componente central de uma capa padrão com uma peça de material; o segundo
prancha de cartão corrugado. Termos alternativos: corru- material é colado sobre o primeiro, cobrindo a lombada
gação <corrugation>; flauta. Ver também: Calha <gutter>. e parte das pastas. [2] <two-piece cover> - Capa cujas
[2] <fluting> - Ver: Corrugado <corrugating medium>. [3] pastas frontal e traseira são confeccionadas em duas
<spline> - Margem interna entre duas páginas faceadas peças separadas, utilizadas na encadernação mecânica.
de um livro ou revista. Ver também: Canal <canal>; Go- Capa de livro <book cover> - Ver: Capa <cover>.
teira <gutter>.
Capa de três peças <three-piece case> - Revestimento
Canoa - [1] <saddle> - Peça de madeira dotada de ca- de livro constituído de uma peça de material formando a
lhas de vários diâmetros, empregada para produzir a cur- lombada, e diferentes materiais formando as pastas; o
vatura do papel usado para reforçar a lombada de livros cartão constitui o terceiro material. Termo alternativo:
encadernados. [2] <saddle stitch> - Método de acaba- <three-piece cover>.
mento no qual a dobra da lombada dos cadernos é gram-
peada com um ou mais grampos de arame. Termo alter- Capa dura <hardcover> - {a} Capa de livro constituída de
nativo: cavalo. tiras retangulares de papelão coladas a um revestimento
de papel, tecido, couro, ou outro material nas posições
Canto <cant> - Cantoneira empregada na encadernação correspondentes às pastas e à lombada. {b} Método de
de livros de capa dura. encadernação de livros no qual o revestimento da capa
é colado sobre peças de papelão rígido e, então, o con-
Cantoneira <hinge> - Peça triangular de metal, couro
junto é fixado ao miolo do livro. Termos alternativos:
ou tecido que serve para decorar e reforçar os cantos <casebound>; <hardbound>. Ver também: Brochura
externos das capas de livros de capa dura. <brochure>; Capa mole <soft cover>; Encadernação em
Canto redondo <round corner> - Diz-se de um livro cujo capa dura <case binding>; Livro de capa dura <casebound
miolo ou capa tiveram os dois cantos abertos arredon- book>.
dados. Capa dura revestida de tecido <full cloth cover> -
Cantos <edges> - Linhas decorativas que cercam um Capa de livro constituída de uma única peça de tecido
bloco de texto, uma página, uma capa de livro etc. cobrindo as pastas e a lombada.

Capa - [1] <binding> - Revestimento no qual as folhas de Capa dura revestida de papel <full paper cover> -
um livro são encadernadas. [2] <case> - Revestimento Capa de livro constituída de uma única peça de papel
rígido no qual os cadernos alceados de um livro são fixa- cobrindo as pastas e a lombada.
dos. Ver também: Capa dura <hard cover>. [3] <cover> Capa estofada - Ver: Capa almofadada <padded cover>.
- Revestimento de papel, cartão, ou outro material que é
colado, grampeado ou costurado ao miolo de um livro, Capa flexível - [1] <flexible cover> - {a} O mesmo que
uma revista ou outro produto impresso. Termos alterna- capa mole. {b} Tipo de capa de papel, cartolina ou cartão
tivos: capa de livro <book cover>; <wrapper>. [4] <facing> grampeada ou colada à lombada do miolo de livros e

293
revistas. {c} Tipo de papel de capa usado na encadernação uma única peça de material que é vincada, perfurada e
de brochuras. [2] <flexible covermaking> - Material combinada com a capa para formar uma lombada fechada.
empregado para encapar livros, principalmente papel ou
cartolina, colado ao miolo apenas na lombada. Ver tam- Capa separada - Ver: Capa fora <casing in>.
bém: Capa mole <softcover>. [3] <integral cover> - Tipo Capa solta - Ver: Capa fora <casing in>.
de encadernação de livros cuja capa é feita de uma única
peça de cartão impresso, unida ao miolo através de guar- Carcela <bookbinder’s tape> - {a} Tira de papel ou
das coladas, com ou sem orelhas, incluindo requintes da tecido usada na encadernação de álbuns ou livros, para
encadernação em capa dura, tais como: seixas, debruns, aumentar a espessura da lombada, ou para prender ilus-
cabeceado etc. Termo alternativo: capa integral. trações fora do texto. {b} Tira estreita de papel ou de
tecido, com a qual se prendem, num livro, as estampas
Capa fora <casing-in> - Sistema de produção de livros
ou mapas impressos separadamente, colando-os pelas
no qual a capa e o miolo são feitos separadamente, em
extremidades. Termo alternativo: <tape>.
máquinas independentes, e somente depois de prontos
são unidos. Termos alternativos: capa separada; capa Cartapácio - [1] <big and old book> - Livro grande e
solta. antigo. Termos alternativos: alfarrábio <a old book>;
calhamaço. Ver também: Livrório <valueless old book>.
Capa integral - Ver: capa flexível <integral cover>.
[2] <file of old newspapers> - Coleção de jornais ou
Capa interna - Ver: Contracapa <inside cover>. manuscritos em forma de livro.

Capa-miolo <self-cover> - Capa impressa no mesmo Cartonado <bound in boards> - Livro encadernado com
papel utilizado no miolo de um livro, geralmente quando pastas de papelão revestidas de papel impresso.
se trata de livretos e panfletos de baixo custo. Termos
Cartonagem - [1] <boarding> - Processo de fabricação
alternativos: autocapa; capa inclusa.
de objetos de cartão, tais como: caixas, pastas etc. [2]
Capa mole <softcover> - {a} Capa de um livro ou de uma <bookbinding> - Sistema de acabamento de livros re-
revista impressa em papel flexível, geralmente de grama- vestidos com uma capa dura colada à lombada. [3] <ma-
tura superior ao papel do miolo, presa por meio de gram- nufacturer of paper boxes> - Termo genérico que designa
pos ou adesivo. Termo alternativo: capa flexível <flexible as empresas gráficas especializadas na produção de
cover>. {b} Encadernação na qual o miolo de um livro ou embalagens de cartão.
de uma revista é encapado com papel flexível. Termos
Cartonar <to bind in boards> - Fazer o acabamento de
alternativos: <paperback>; <paperbound>. Ver também:
um livro encerrando-o numa capa dura formada por
Capa dura <hardcover>; Livro de capa mole <paperback>.
retângulos de cartão colados às pastas e à lombada.
Capa normal <flush cover> - Capa flexível, sem orelha, Cartucho <paper box> - {a} Caixa de cartão corte-
refilada no mesmo tamanho do miolo de um livro. Termos vincada, contendo abas para fechamento na tampa e no
alternativos: capa rente; <cut-flush binding>; <trimmed fundo, confeccionada em diversos estilos, formatos e
flush>. tamanhos. {b} Embalagem feita de uma só peça de
Capa pré-impressa <preprinted cover> - Tecido ou cartão ou cartolina impressa, corte-vincada, colada ou
papel impresso com uma ou mais cores antes de ser encaixada, geralmente empregada para embalar medi-
colado ao cartão das pastas da capa dura de um livro. camentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza e
outros. Termos alternativos: <boxboard>; <cardboard
Capa projetada <overhang cover> - Capa de um livro tube>; <folding box>; <folding carton>; <folding paper
que apresenta dimensões maiores do que o miolo nos box>.
três lados abertos, projetando-se além das bordas refiladas
do miolo. Termo alternativo: <overlap cover>. Castelo <prefolder> - Parte da dobradeira de uma im-
pressora rotativa, localizada antes do funil, dotada de
Capa rente <flush cover> - Capa de livro cortada no facas circulares que dividem a bobina em tiras, e barras
mesmo tamanho do miolo. Termos alternativos: capa angulares que tombam e combinam as tiras conforme a
normal; <cut-flush binding>; <trimmed flush>. ordem de paginação dos cadernos.

Capa rígida <solid case> - {a} Capa de livro feita de Cavalete <saddle> - Sela de uma grampeadeira onde os
diversas folhas de cartão contracoladas. {b} O mesmo cadernos e a capa de uma revista ou brochura são cole-
que capa dura. Ver também: Capa dura <hardcover>. cionados. Termo alternativo: sela.

Capa semi-oculta <semi-concealed cover> - Termo Cego <blind> - Termo empregado na encadernação para
empregado na encadernação mecânica para designar designar um desenho ou um título estampado na capa ou

294
na lombada de um livro apenas com anilina, sem im- papel esticada, por meio de um conjunto de agulhas que
pressão com tinta ou aplicação de laminado. Ver também: perfuram a borda do papel, e executa o corte na outra
Estampa cega <blind stamp>. extremidade da tira. Termos alternativos: <knife cylinder>;
<male cutting cylinder>.
Celofane <cellophane> - Filme de nitrocelulose trans- O cilindro de corte da dobradeira tem diâmetro pro-
parente, semelhante ao papel, impermeável, empregado porcional ao comprimento da tira de papel que irá formar
no processo de plastificação como agente de alisamento cada caderno dobrado.
do polietileno, nos processos flexográfico e rotogravura
como suporte de impressão de embalagens flexíveis, em Cilindro de estampagem - Ver: Cilindro de gofragem
janelas de envelopes, em embalagens etc. Termo alter- <embossing cylinder>.
nativo: papel celofane <cellophane paper>. Ver também:
Pergaminho vegetal <vegetable parchment>. Cilindro de gofragem <embossing cylinder> - Cilindro
metálico gravado química ou mecanicamente, utilizado
Celofane para estampagem a quente <cellophane para produzir um efeito tridimensional no papel por pro-
for hotstamping> - Folha metalizada ou pigmentada usa- cessos de estampagem realizados durante a fabricação
da na estampagem de textos ou desenhos em capas de do papel ou em prensas de gofragem. Termos alternativos:
livros. cilindro de estampagem; cilindro de relevo seco; cilindro
gofrador. Ver também: Prensa de gofrar <embosser>.
Cercar <to edge> - Decorar as bordas da capa dura de
um livro com cercaduras de ouro. Cilindro de relevo seco - Ver: Cilindro de gofragem
<embossing cylinder>.
Chapa <plate> - Molde utilizado para fazer a douração
de capas de livros encadernados numa prensa de dou- Cilindro gofrador - Ver: Cilindro de gofragem
ração. <embossing cylinder>; Prensa de gofrar <embosser>.

Chapa de corte-e-vinco <steel-rule die> - Chapa tipo- Cinta <baling band> - Fita de plástico ou de metal utili-
gráfica montada com fios de corte conjugados com fios zada para enfardar aparas ou estrados de papel. Termos
de vinco, empregada no acabamento de cartuchos e alternativos: <metal band>; <strap>.
rótulos de formato especial. Ver também: Faca de corte-
Cintamento - [1] <banding> - Amarração dos estrados
e-vinco <steel-rule die>.
de papel com cintas metálicas. [2] <belting> - Operação
Chapa de gofragem <embossing plate> - Placa gravada de acabamento que consiste em amarrar os estrados de
contra a qual o papel é pressionado, a fim de formar uma papel, revistas, jornais etc., com fitas de material plástico
textura em relevo no processo de gofragem. Ver também: ou metálico, a fim de acondicioná-los para transporte.
Gofragem <embossing>.
Cisalha - [1] <flong cutter> - Guilhotina empregada para
Charneira <hinge> - {a} Tira de tecido, papel, couro etc., cortar matrizes de papelão. [2] <nibbling shear> - Tesoura
colada à lombada de um livro grampeado lateralmente, usada para cortar papelão para encadernação. Termos
estendendo-se até a canaleta, a fim de esconder os alternativos: <nibbling shears>; <shearing machine>;
grampos e permitir a articulação das capas. {b} Tira de tesourão <scissors>. [3] <plate scissor> - Tesourão de
pano ou de couro que se põe ao longo do encaixe de um encadernação.
livro, a fim de formar a guarda-espelho. Termo alternativo: Cobertura - [1] <coating> - {a} Filme contínuo de mate-
espelho. rial transparente aplicado a um suporte, a fim de proteger
Chupeta <suction cup> - Ventosa da barra de sucção do e aumentar o brilho do produto. {b} Processo de aplicação
sistema de alimentação de uma impressora ofsete plana de ceras, adesivos, vernizes ou outros materiais sobre
ou de uma dobradeira de bolsa cuja função é separar a um suporte, durante o processo de conversão. {c} Camada
primeira folha da pilha de papel e fazê-la avançar em dire- à base de substâncias minerais aplicada à superfície do
ção à mesa de margeação. Termo alternativo: <sucker>; papel ou do cartão. Termo alternativo: revestimento. [2]
<suction feed>. Ver também: Barra de sucção <suction <covering> - {a} Material usado no revestimento da capa
bar>. de um livro. {b} Operação de encadernação de um livro.
Ver também: Encapamento <covering>.
Chupetas de avanço <forwarding suckers> - Succio-
nadores do dispositivo de alimentação de uma impressora Código de barras <bar code> - {a} Código impresso
ofsete ou máquina de acabamento que promove o avanço constituído de linhas paralelas de espessura variável
das folhas em direção à mesa de margeação. contendo informações (identificação do produto, preço
etc.) que podem ser lidas por um scanner eletrônico. {b}
Cilindro de corte <cutting cylinder> - Cilindro da dobra- Sistema binário de codificação baseado em séries numé-
deira de uma impressora rotativa que mantém a tira de ricas e barras de espessura e posição variáveis, que

295
podem ser lidas por equipamentos de reconhecimento Talonagem <padding>.
óptico de caracteres (OCR). {c} Mensagem contendo
uma informação codificada nas larguras e espaços entre Colador - Ver: Coladeira <gluing machine>.
as barras impressas, seguindo um determinado padrão, Cola fria <cold glue> - Tipo de adesivo à base de acetato
onde os espaços brancos representam os zeros e as de polivinila e plastificantes, que forma um filme flexível,
barras os uns de um sistema de código binário, de modo usado na encadernação de livros e revistas de lombada
a poder ser processado por um computador. Termo quadrada (sem costura).
alternativo: código universal de produto <universal product
code>. Ver também: Caractere óptico <optical character>. Colagem - [1] <gluing> - Processo de juntar ou colar
 O código de barras pode ser usado para o rastreamento duas superfícies com adesivo. [2] <gluing off> - {a} Está-
de trabalhos em produção e para a identificação de em- gio da encadernação, após a costura, prensagem e refile
balagens. trilateral, mas anterior ao arredondamento e fixação da
lombada de um livro de capa dura, cujo propósito é
Cola - [1] <glue> - {a} Substância ou preparação capaz causar a penetração do adesivo entre os cadernos, a fim
de produzir aderência durável entre duas superfícies. {b} de aumentar a resistência da costura. {b} Processo de
Composto animal derivado de peles, cascos, chifres e aplicação de uma camada de adesivo à lombada de um
ossos, combinado com produtos químicos, empregado livro a ser encadernado. Termo alternativo: <back gluing>.
em processos de encadernação. Ver também: Adesivo [3] <sizing> - Emprego de adesivo no processo de apli-
<adhesive>. [2] <size> - {a} Material adicionado à pasta cação de ouro folhado ou de cores às capas de livros.
de papel (resina, alúme) ou aplicado à superfície do papel
(amido, alginato etc.) cuja finalidade é reduzir a absorção Colagem a frio <cold gluing> - Processo de colagem
de tinta e de água. Termo alternativo: goma. {b} Preparado que emprega adesivo frio, tal como PVA, para prender as
líquido de albumina usado no processo de douração para folhas de um livro ou revista fresada na lombada.
melhorar a aderência do ouro ao corte dos livros. {c}
Composto ácido empregado para melhorar a aderência Colagem de caixas de papelão <box gluing> -
do ouro à capa de um livro no processo de estampagem. Operação de acabamento que consiste em colar as abas
de uma caixa de cartão.
Cola de encadernação <casing-in paste> - Adesivo
utilizado para colar o bloco do livro em sua capa. Colagem de encarte - [1] <tipping in> - Processo de
colagem de encarte dentro de uma folha impressa em
Coladeira - [1] <envelope pattern gluer> - Acessório separado. [2] <tipping on> - Processo de colagem de en-
acoplado à dobradeira de uma impressora rotativa cuja carte sobre uma folha impressa em separado.
função é aplicar um adesivo ao papel. [2] <glue-off
machine> - Dispositivo de uma linha de encadernação Colagem de janela em envelope <envelope window
que aplica adesivo à lombada de um livro ou revista, antes gluing> - Operação de acabamento que consiste em
da fixação da capa. [3] <gluer> - Dispositivo acoplado a colar um retângulo de celofane ou plástico translúcido na
uma dobradeira que aplica adesivo ao suporte. [4] <glu- parte interna do recorte aberto na frente de um envelope.
ing machine> - Aparelho que aplica cola à lombada de Colagem do corte <edge gluing> - Processo de apli-
livros e revistas encadernados com lombada quadrada. cação de adesivo na borda refilada correspondente à
Termo alternativo: colador. [5] <paster> - {a} Dispositivo lombada dos cadernos de um livro ou revista.
aplicador de adesivo. {b} Dispositivo empregado para
aplicar uma fina linha de cola em um ou ambos os lados Colagem lateral - [1] <edge gluing> - Processo de
de uma folha ou tira de papel, a fim de produzir folhetos aplicação de uma faixa de adesivo nas laterais do livro,
acabados diretamente numa dobradeira, sem o uso de próximo da lombada, durante a encadernação. Termo
grampos; a cola é aplicada por um bico estacionário alternativo: subida de cola. [2] <side gluing> - Processo
conforme o papel passa sob ele. [6] <remoistenable de aplicação de cola aos cadernos externos de um livro,
pattern gluer> - Acessório de certas impressoras rotativas a fim de prender a capa.
cuja função é aplicar adesivos, fragrâncias e outros
materiais ao produto impresso a partir de clichês em alto- Cola local <spot glue> - Material adesivo aplicado ao
relevo montados num cilindro. encarte, a fim de garantir que as suas dobras não abram
durante o processo de encadernação. Os pontos de cola
Coladeira de caixas <folding box gluer> - Equipamento são refilados ao final do processo de acabamento de
de acabamento que faz a colagem das abas de caixas modo a permitir abrir o encarte no produto acabado. Ver
de cartão. também: Encarte <gatefold>.

Cola de talonagem <padding glue> - Adesivo flexível Colar por pontos <to spot glue> - Aplicar adesivo ao
utilizado na confecção de blocos de papel. Ver também: longo da linha de dobra de uma bobina de papel, numa

296
impressora rotativa, na impressão de encartes, revistas, Cólofon <colophon> - {a} Conjunto de informações im-
catálogos, brochuras etc. pressas no frontispício ou no final de um livro, indicando
o título da obra, o nome do autor, o nome da editora, a
Colecionamento <collecting> - Ver: Alceamento data e o local da publicação, e outras informações. {b}
<gathering>. Marca do editor impressa na capa ou na página de rosto
Colecionamento e alceamento <collating and gather- de um livro. {c} Informações listadas no final de um livro,
ing> - Operações executadas antes da encadernação indicando o tipo de papel utilizado na impressão, a fa-
que consistem em ordenar as folhas impressas: o cole- mília de tipos usada na obra, o método de impressão e
cionamento consiste em ordenar as folhas individuais de produção das ilustrações etc. Termos alternativos:
em conjuntos, como nas fotocopiadoras; o alceamento colofão; <imprint>; <imprint colophon>.
consiste em organizar os cadernos em blocos, em má-
Compensar <to shingle> - Deslocar as páginas centrais
quinas alceadeiras dotadas de gavetas (até 32), inser-
de um caderno, durante o processo de montagem final,
tadeiras (encartadeiras) e outros acessórios.
de modo a deixá-las mais próximas da calha do que o
Colecionar - [1] <to assemble> - Reunir as folhas ou os indicado pelas marcas de refilo, a fim de corrigir o des-
cadernos individuais de uma revista ou de um livro, a fim locamento que as páginas centrais de um caderno es-
de formar um conjunto completo, na seqüência e alinha- pesso (96 páginas ou mais) sofre, ao ser dobrado, devido
mento corretos, antes de proceder à encadernação. [2] ao empuxo exercido pela lombada do caderno. Ver tam-
<to collect> - Reunir um conjunto de folhas soltas ou de bém: Empuxo <creep>.
cadernos dobrados, na seqüência e alinhamento corretos,
a fim de prepará-los para a encadernação. [3] <to gather> Concavidade <dishing> - Condição na qual uma pilha
- Reunir um conjunto seqüencial de cadernos para formar de papel apresenta as bordas mais altas do que o centro.
um livro completo. Termo alternativo: <to collate>. Ver
Condicionamento do papel <paper conditioning> -
também: Alcear <to gather>.
Operação que consiste em ambientar o papel até que
Coleiro - [1] <glue pot> - Recipiente de uma máquina este atinja a condição de equilíbrio de temperatura e
encadernadora que aquece o adesivo que será aplicado umidade relativa com o ar do ambiente onde será pro-
à lombada de livros e revistas. Termo alternativo: depósito cessado. Termos alternativos: <conditioning of board>;
de cola. [2] <paster> - Dispositivo acoplado a uma linha <conditioning of paper>.
de encadernação de livros e revistas em lombada qua-
drada no qual o adesivo é aquecido, acima do ponto de Condicionamento do papel à umidade <paper humi-
fusão, e aplicado à lombada do miolo, a fim de prender dity conditioning> - Processo que consiste em ambientar
a capa. Ver também: Encadernação sem costura <perfect o papel, a fim de equilibrar o ser conteúdo de umidade
binding>. com a umidade atmosférica.

Coletor de aparas <chip box> - Caixa ou gaiola metálica, Contador de folhas <sheet counter> - Equipamento
colocada ao lado da guilhotina linear ou trilateral, onde se que faz a contagem de uma pilha de folhas, inserindo
depositam as aparas de refilo do papel em branco ou dos pequenas tiras de papel a cada quantidade pré-deter-
produtos encadernados. minada. Termos alternativos: <paper counter>; <sheet
counting machine>.
Colocação da sobrecapa <jacketing> - Processo de
acabamento que consiste em envolver a capa dura de um Contador-empilhador <counter-stacker> - Equipa-
livro com uma sobrecapa. mento de acabamento dotado de um mecanismo que
coleciona e empilha cadernos, jornais, livros, revistas
Colocação de ilhó <eyeletting> - Processo que consiste etc., em quantidades predeterminadas.
em reforçar os furos feitos em folhas, calendários, pas-
tas, etiquetas etc., com pequenos anéis, para evitar que Contêiner - [1] <container> - Caixa de papelão usada no
rasguem. Ver também: Ilhó <eyelet hole>. transporte coletivo de mercadorias, em oposição ao
cartucho para embalagem individual. Termos alternativos:
Colocação de índice <tabbing> - Processo de acaba- <case>; <fiber container>. [2] <shipping container> -
mento que consiste em aplicar os índices de dedo nas Caixa de cartão corrugado ou papelão rígido, usada no
páginas de um livro. Ver também: Indexação <indexing>. transporte de mercadorias.
Colocar sobrecapa <to wrap> - Operação de
Contracapa <inside cover> - Lado interno da capa de
acabamento que consiste em revestir a capa dura de um
um livro, revista etc., também referido como segunda
livro com uma sobrecapa.
capa (primeira contracapa) e terceira capa (segunda
Colofão - Ver: Cólofon <colophon>. contracapa). Termo alternativo: capa interna.

297
Contracolagem <pasting> - Operação em que uma fo- nação, a pressão úmida, a calandragem e a relação entre
lha de papel, cartão ou outro material é colada a outra o conteúdo de fibras e cargas.
folha, com adesivo apropriado, em toda a sua superfície.
Corpo do livro - [1] <body> - O mesmo que miolo. Ver
Contracolar <to paste> - Termo empregado pelos também: Corpo <body>; Miolo <body>. [2] <book bulk>
encadernadores para designar a operação de colar a - Espessura de um certo número de folhas de papel de
contraguarda à guarda de um livro. impressão, pressionadas com uma pressão de 2,46 kg/
cm2 (35 lb/in2). [3] <smashed bulk> - Termo que indica
Contrafaca - [1] <bed knife> - Ferramenta de corte o número de folhas contidas numa unidade de espessura
estacionária localizada na estrutura de uma folhadeira. de um livro encadernado, medida sob pressão. Ver tam-
[2] <female die> - Peça localizada no cilindro da segunda bém: Número de corpo <bulking number>.
dobra da dobradeira de uma impressora rotativa, cuja
função é servir de apoio para a faca de corte. Termo alter- Corpo prensado <smashed bulk> - Espessura de um
nativo: <female cutting iron>. certo número de folhas de papel sob pressão, importante
na determinação da lombada de livros.
Contraguarda <flyleaf> - {a} Guarda colada à folha
externa da guarda branca de um livro. {b} Guarda solta. Correia de transporte <conveyor belt> - O mesmo que
esteira transportadora. Ver também: Esteira trans-
Contramatriz - Ver: Contramolde <female die>. portadora <belt conveyor>.
Contramolde <female die> - Superfície contendo uma Corrugadeira - Ver: Onduladeira <corrugating
reprodução invertida da gravura de um cilindro de gofragem machine>.
ou de uma matriz em relevo, cuja função é forçar o papel
ou a cartolina a ser estampada nas cavidades do molde Corrugado - [1] <corrugated> - Ver: Papelão ondulado
no momento da impressão. <corrugated paper>. [2] <corrugating medium> - Termo
genérico que designa os cartões utilizados para conversão
Contraparte <counter-die> - Ferramenta sobre a qual em corrugados do miolo das pranchas de papelão ondu-
se apoia a folha de cartão ou papel a ser corte-vincada, lado. Termos alternativos: <corrugating material>; <flutt-
e que contém os elementos complementares ao processo, ing>; <fluting medium>.
tais como: canaletas, contracunhos etc.
Corrugado de parede simples <single-wall corrugated>
Corda <string> - Barbante que se prende com a costura, - Folha de papelão ondulado colada entre duas folhas
dentro das serrotagens, e cujas pontas são enfiadas ou planas de reforço.
coladas nas pastas do livro. Ver também: Nervo <rib>.
Corrugado de parede tripla <triple-wall corrugated> -
Corpo - [1] <body> - Bloco de folhas ou cadernos que Conjunto constituído de três folhas de papelão ondulado
compõem o miolo de um livro, excluindo as guardas e a intercaladas e coladas a quatro folhas planas de reforço.
capa. Termo alternativo: miolo. [2] <bulk> - {a} Espessura
de uma resma de papel contendo um número exato de Corrugado kraft <kraft corrugating medium> - Corrugado
folhas, medida sob uma pressão especificada. Ver tam- fabricado com 75% ou mais de pasta kraft virgem.
bém: Número de corpo <bulking number>. {b} Relação
entre a gramatura e a espessura de um papel de im- Corrugar <to corrugate> - Fazer a ondulação do papel
pressão; quanto maior a espessura para uma mesma que constitui a folha do centro de uma prancha de pape-
gramatura, maior o corpo do papel. Termos alternativos: lão corrugado.
<caliper>; <hand>. Ver também: Índice de corpo <bulk- Cortadeira <cutter> - {a} Máquina de cortar papel. Ter-
ing index>. {c} Volume específico aparente de uma folha mos alternativos: <dead-bed cutter>; folhadeira <roll
de papel numa pilha, sob pressão especificada>. Termo sheeter>. {b} Lâmina rotatória ou reciprocante utilizada
alternativo: <bulking thickness>. para converter uma bobina de papel em folhas. Ver tam-
[2] o corpo é importante quando se trata de papéis para bém: Guilhotina <guillotine cutter>.
impressão de livros; o número de corpo é avaliado
segundo a norma TAPPI T500, simulando a compressão Cortadeira de dupla faca <double fly knife cutter> -
que um livro sofre durante a encadernação, e expressa Folhadeira dotada de duas facas sincronizadas que
o número de páginas por polegada (ppi) quando convertem as bobinas em folhas, produzindo cortes mais
multiplicado por 2; o índice de corpo é usado para com- uniformes do que as facas simples.
parar papéis de mesma gramatura, e corresponde à
relação da espessura dividida pela gramatura de uma Cortadeira de fólio <folio cutter> - Tipo de guilhotina
folha de papel. O corpo do papel depende de uma série designada para cortar papel no formato fólio (81/2 x 11"),
de variáveis do processo de fabricação, incluindo a refi- ou o dobro do papel cortado (17 x 22").

298
Cortadeira de precisão <precision cutter> - Máquina Corte de cutelo <chop cut> - Método de corte do papel
que corta bobinas de papel em folhas de dimensões em folhas usando uma faca reciprocante.
precisas, com variações no intervalo de ± 1/64" a ± 1/8",
dispensando a necessidade de pré-refilo. Corte de índice de dedo <thumb holes> - Recorte feito
na margem das folhas, na borda frontal do miolo de livros,
Cortadeira-rebobinadeira <slitter-rewinder> - Equipa- geralmente bíblias e dicionários, para facilitar a consulta.
mento dotado de facas circulares que dividem a bobina-
mãe em bobinas menores, após a fabricação do papel. Corte de papel <paper cutting> - Operação de divisão
de uma folha de papel em dois ou mais pedaços.
Cortadeira rotatória <rotary cutter> - Equipamento
dotado de facas rotatórias ajustáveis utilizado para cortar Corte de precisão <precision sheeting> - Método de
bobinas de papel em folhas. Termos alternativos: <double corte de bobinas de papel em folhas individuais empre-
rotary cutter>; <single rotary cutter>. gando equipamentos dotados de recursos de controle de
formato, dispensando a necessidade de refilo antes da
Cortador - [1] <cutter> - Operador de máquina de corte. impressão.
[2] <slitter> - Dispositivo que corta uma bobina de papel
no sentido longitudinal, tal como: faca circular <shear Corte do caderno <signature cutoff> - Ponto onde as
slitter>; faca linear <razor blade slitter>; jato d’água tiras impressas passam pelo cilindro de corte da dobra-
<water jet slitter>; faca a laser <laser slitter>. deira de uma impressora rotativa e são cortadas em
cadernos individuais; o ponto de corte deve estar sin-
Cortar - [1] <to crop> - Refilar as bordas de um caderno. cronizado com as unidades de impressão. Termo alter-
[2] <to cut> - Refilar as bordas de um livro durante o nativo:<folder cutoff>.
processo de encadernação.
Corte do pé <foot edge> - Corte da borda inferior de um
Corte - [1] <cut> - {a} Operação de acabamento de livro. Termo alternativo: corte inferior.
produtos impressos. {e} Superfície formada pela espes-
sura dos cadernos de um livro brochado ou encadernado. Corte dourado <gilt edge> - Bordas de um livro decoradas
{c} Cada uma das faces refiladas de um livro. Ver tam- com revestimento dourado. Termo alternativo: <stained
bém: Cortes <edges>; Refilo <trim>. {d} Processo de edge>.
divisão do papel ou cartão em folhas menores. [5] <cutt-
Corte e refilo <cutting and trimming> - Operações
ing> - Operação de acabamento que consiste em abrir as
associadas aos processos de impressão e acabamento
páginas dos cadernos. [3] <slitting> - Operação que
que consistem em reduzir o formato das folhas de papel,
consiste em dividir uma bobina de papel em tiras, na
brancas ou impressas, para o tamanho desejado, acertar
direção das fibras, usando facas circulares.
o esquadro, separar páginas agrupadas, remover as mar-
Corte colorido - [1] <colored edges> - Bordas de um gens de refilo etc., executadas em guilhotinas lineares
livro coloridas com o emprego de aerógrafo. [2] <stained ou trilaterais.
edges> - Decoração feita no corte de livros encadernados O termo corte <cutting> refere-se à separação das
com corantes coloridos. páginas que foram impressas juntas, enquanto refilo
<trimming> é empregado para referir-se à remoção das
Corte da abertura <front edge> - Corte de um livro, áreas excedentes da folha, onde se encontram as cru-
oposto à lombada. Termos alternativos: corte da frente; zes de registro, as escalas de controle, as marcas de
corte lateral; dianteira; frente <front>. dobra etc.; o corte do papel pode ser executado em
qualquer etapa dos processos de impressão e acaba-
Corte da cabeça <head edge> - Corte da parte superior mento; o papel branco é refilado antes da impressão para
de um livro. Termos alternativos: corte superior <top acertar o esquadro ou o formato das folhas, ou após a
edge>; <head cut>. Ver também: Corte do pé <foot impressão para separar as múltiplas unidades impressas
edge>. numa mesma folha, ou para acertar o formato da folha em
Corte da dobradeira <folder cut> - Corte da tira de função do formato da máquina de acabamento; a maioria
papel realizado pela faca do cilindro de corte da dobradeira das operações de corte e refilo é realizada em guilhotinas
combinada de uma impressora rotativa. lineares.

Corte da frente - Ver: Corte da abertura <front edge>. Corte-e-vinco - [1] <die cut> - Processo no qual o papel
ou cartão é cortado em formatos específicos, empregando
Corte de acabamento <finish cut> - Operação de aca- facas de aço, utilizado no corte de rótulos, etiquetas,
bamento que consiste em refilar livros, revistas, folhetos cartuchos e outros formatos especiais de produtos
etc., antes da encadernação. impressos. [2] <die-cutting> - Operação de acabamento

299
que consiste em cortar e vincar um material impresso, os cadernos alceados de um livro com linha através da
geralmente cartão, em formatos específicos, empregando dobra da lombada.
facas de aço afiadas e moldes de filetes cortantes
incrustados numa placa de madeira, que constitui a faca Costura com arame <saddle wiring> - Método de enca-
de corte-e-vinco de uma prensa especial. Termos alter- dernação no qual os cadernos são costurados com fios
nativos: <die cutting>; <die-cutting>; <die sinking>. metálicos através da dobra da lombada <saddle-stitching>
ou através da lateral <side-stitching>. Termos alternativos:
Corte inferior - Ver: Corte do pé <foot edge>. <wire stitch>; <wire stitching>. Ver também: Grampo em
sela <saddle stitch>.
Corte irregular - [1] <rough cut> - Diz-se de um livro
intencionalmente não-refilado e que, portanto, apresenta Costura com linha <thread stitch> - Método de enca-
as bordas desalinhadas, a fim de simular a dobra ma- dernação no qual os cadernos são costurados com fios
nual. [2] <rough front and foot> - Estilo de refilo de livros de algodão ou sintético através da dobra da lombada.
que consiste em deixar os cortes da frente e do pé Termo alternativo: <thread sewing>.
irregulares.
Costura de cola <two shot sewing> - Processo de
Corte liso <plain edge> - Borda de um livro cortada uni- encadernação com adesivo <burst> ou <slot> no qual os
formemente e sem qualquer decoração com tinta, padrão furos dos cadernos, por onde penetra o adesivo que
ou granulação. assegura a selabilidade, são realizados na própria im-
Cortes <edges> - Cada uma das extremidades refiladas pressora, por meio de dispositivos especiais instalados
de um livro que, após a costura e o refilo, pode ser tratada na dobradeira. Ver também: Encadernação com adesivo
de diferentes maneiras: com rebarba <deckle>, dourado <burst binding>; <notch binding>; <slot binding>.
<full gilt>, dourado na cabeça <gilt top>, marmoreado Costuradeira <sewing machine> - Equipamento que faz
<marbled>, liso <plain>, irregular <rough>, plano <smo- a encadernação de livros costurados com linha através
oth>, salpicado <sprinkled>, colorido <stained> ou não- da lombada dos cadernos. Termo alternativo: <stitching
refilado <uncut size>. thread machine>. Ver também: Máquina de costura
Corte salpicado <sprinkled edge> - Processo de deco- <sewing machine>.
ração de livros que consiste em aspergir o corte com
Costurador - [1] <running board> - O mesmo que estri-
tintas coloridas, empregando uma esponja, para produzir
bilhas. [2] <stitcher> - {a} Profissional especializado na
uma textura irregular.
operação de máquinas de costura. {b} Dispositivo manual
Cortes de índice de dedo <index thumb cuts> - Cortes utilizado para encadernar livros.Ver também: Máquina
semicirculares graduados feitos na borda frontal de um de costura <sewing machine>.
livro, a fim de proporcionar um meio rápido de abri-lo na
Costura em sela <saddle-sewing> - Método de
seção desejada.
encadernação de folhas múltiplas no qual os cadernos
Corte superior <top edge> - Ver: corte da cabeça <head são costurados com linha em vez de arame através da
edge>. dobra da lombada, numa costuradeira de sela. Termo
alternativo: <saddle-sewn>.
Corte-vincado - [1] <cut scored> - Método de dobragem
de papelão que consiste em cortar apenas a sua camada Costura francesa <French stitch> - Método de enca-
superficial, de modo que a dobra coincida e fique bem dernação de livreto pré-costurado em forma de revista
definida, empregado para dobrar caixas de papelão. [2] grampeada em sela.
<diecut> - Cartão ou papel impresso, cortado e vincado
utilizando moldes de padrões específicos, em prensas Costura frouxa <loose stitch> - Defeito de encadernação
especiais. caracterizado por apresentar a costura dos cadernos
pouco apertada, comprometendo a estrutura do livro.
Corte-vincagem <diecutting> - Processo de acaba- Termo alternativo: costura solta. Ver também: Costura
mento que consiste em cortar e vincar as folhas impressas, repuxada <tight stitch>.
geralmente cartão, em formatos específicos, em prensas
especialmente projetadas para esse fim. Termo alternativo: Costura lateral <side sewing> - Método de encadernação
<cutting-and-creasing>. de livros no qual os cadernos alceados são costurados
lateralmente, formando uma unidade compacta em vez
Costura - [1] <seam> - Porção do corpo de um saco de de seções individuais, constituindo um volume que não
papel que é empastada e fica sobreposta. [2] <sewing> permanece plano quando aberto. Termo alternativo: cos-
- Operação de encadernação que consiste em prender tura singer <singer sewing>.

300
Costura McCain <McCain sewing> - Método de enca- Cunho - [1] <binder’s brass> - Peça de latão gravada em
dernação de livros no qual os cadernos são costurados alto-relevo com texto ou ornamento, usada para estampar
lateralmente ao longo da lombada. capas de livros. [2] <binder’s die> - {a} Peça de zinco,
magnésio, aço, latão etc., gravada em alto-relevo com
Costurar <to sew> - Reunir os cadernos de um livro com texto ou ornamento, usada para estampar capas de
arame ou linha através da dobra ou da lateral da lombada. livros. {b} Chapa de metal, com figuras ou dizeres enta-
lhados, utilizada na gofragem de papéis ou couro, e na
Costura repuxada <tight stitch> - Defeito de encader-
impressão em relevo. [3] <die> - Bloco metálico gravado
nação caracterizado por apresentar a costura dos cader-
utilizado para prensar desenhos em capas de livros
nos muito apertada, deformando a estrutura do livro. Ver
encadernados. [4] <stamp> - Matriz ou bloco gravado em
também: Costura frouxa <loose stitch>.
alto ou baixo-relevo com letra, desenho etc., utilizado
Costura singer <singer sewing> - Método de encader- para estampar ou imprimir. Termo alternativo: cunha do
nação de livros que consiste em prender os cadernos impressor. {c} Desenho, caractere, palavra etc., impresso
com linha, através da lateral, juntando-os num único ou estampado com matriz ou bloco. {d} Marca oficial
bloco; o livro não se mantém plano quando aberto. Termo indicando genuinidade, validade etc., de uma obra.
alternativo: costura lateral <side sewing>. Cutelo <chopper> - Lâmina reciprocante de certas
Costura Smyth <Smyth sewing> - Método de encader- dobradeiras que força a folha ou o caderno contra dois
nação de livros que consiste em prender os cadernos roletes de dobra. Termos alternativos: braço oscilante
com linha, através da dobra da lombada, juntando-os <oscillating arm>; faca oscilante <oscillating blade>.
num único bloco, de modo a permitir manter o livro plano
quando aberto.

Costura solta - Ver: Costura frouxa <loose stitch>.


D
Dedeira <index thumb cuts> - Entalhe semi-circular do
Couro - [1] <leather> - Pele animal empregada na
índice de dedo de um livro. Ver também: Índice de dedo
encadernação de edições de luxo. [2] <skiver> - Perga-
<finger index>.
minho ou pele fina de carneiro usada na encadernação.
Degolado - Ver: Sangrado <bleed>.
Couro artificial <artificial leather> - Tecido revestido
com material celulósico estampado com motivos que Degoladura - [1] <bleed> - Página de livro ou revista
imitam o couro, utilizado no revestimento de capas de com o texto cortado (sangrado) devido ao acerto incorreto
livros encadernados luxuosamente. Termo alternativo: da guilhotina, da faca trilateral ou da dobra do caderno.
<imitation leather>. Ver também: Imitação de couro Ver também: Sangrado <bleed>. [2] <cutoff> - Defeito
<leatherette>. de impressão ou acabamento caracterizado pela
supressão total ou parcial de um texto ou ilustração
Couro cru <hide> - Pele animal empregada nas enca- causado por falha na operação de refile.
dernações de luxo.
Degolar <to bleed> - Refilar as páginas de uma publi-
Couro da Moscóvia - Ver: Couro da Rússia <Russia cação, atingindo a área de mancha, ou por erro do ope-
leather>. rador da guilhotina ou devido ao empuxo das páginas
internas dos cadernos. Ver também: Empuxo <creep>.
Couro da Rússia <Russia leather> - Couro preparado
com pele de vitela, estampado com desenhos losângicos, Delaminação <delamination> - Desprendimento do
usado em encadernações de luxo. Termo alternativo: plástico aplicado à superfície de um suporte impresso
couro da Moscóvia. em processos de plastificação ou laminação. {c} Sepa-
ração parcial ou total das camadas de um laminado.
Couro gravado <embossed leather> - Pele decorada
com motivos ornamentais empregada no revestimento Depósito de cola <glue pot> - Recipiente de uma
de encadernações de luxo. máquina de encadernação que comporta o adesivo a ser
aplicado à lombada de livros e revistas. Termo alternativo:
Crã - Ver: Risca <nick>. coleiro.
Crown octavo - Formato de livro (5 x 71") não refilado. Desencadernado <unbound> - Diz-se de um livro ou
Termo alternativo: <crown 8vo>. outro produto impresso que não foi encadernado.
Crown quarto - Formato de livro (71 x 10") não refilado. Desengolfamento <unjamming> - Operação de remo-
Termo alternativo: <crown 4to>. ção dos cadernos que embolaram na dobradeira de uma

301
impressora rotativa. Ver também: Engolfamento <jam>. Dobra cruzada <crossfold> - Ver: Dobra de cutelo
<chopper fold>.
Desfolhador - Ver: Separador de folhas <sheet-separa-
tion unit>. Dobra de bolso <pocket fold> - Diz-se de uma folha de
papel dobrada para ser inserida num envelope ou bolso.
Desperdício - [1] <binder’s waste> - {a} Refugo de
produção previsto para permitir completar a tiragem de Dobra de cutelo <chopper fold> - Dobra paralela às
acordo com a ordem de serviço. {b} Refugo da operação fibras do papel, executada numa dobradeira acoplada a
de encadernação, incluindo o refilo. [2] <waste> - {a} Re- uma impressora rotativa, formada quando um caderno
fugo de acerto de impressoras e máquinas de acaba- que recebeu a primeira dobra paralela caminha por um
mento. {b} Quantidade de papel estimada para o acerto plano horizontal, com a lombada voltada para a frente,
do trabalho, previsível e inevitável, paga pelo cliente e até passar sob uma lâmina reciprocante que o empurra
aceita como parte da produção, considerada no cálculo contra dois roletes recartilhados para completar a dobra.
da programação e da produtividade. Ver também: Estrago Termos alternativos: dobra cruzada <cross-fold>; dobra
<spoilage>. em ângulo reto <right-angle fold>; dobra um quarto
<quarter fold>. Ver também: Dobradeira de cutelo
Desperdício de acabamento - Ver: Desperdício <chopper folder>; Lâmina de dobra <tucker blade>.
<binder’s waste>.
Dobra de funil <former fold> - Dobra longitudinal à tira
Desperdício de acerto <makeready waste> - Perda de de papel realizada no funil da dobradeira de uma impres-
papel que ocorre no início de cada novo trabalho, resultante sora rotativa. Termo alternativo: dobra de jornal <news-
do ajuste do equipamento. paper fold>. Ver também: Funil <former>.
A dobra de funil é a primeira dobra que o papel recebe
Direção de fibra <grain direction> - Sentido de orientação antes de ser cortado; abaixo da mesa formadora de
das fibras do papel, paralelo à direção de fabricação. dobra, existe um par de roletes que completam a dobra
Termo alternativo: direção de máquina <machine direc- do papel.
tion>. Ver também: Direção contra-fibra <cross-direction>.
Na impressão, diz-se que o papel tem as fibras do lado Dobradeira <folder> - {a} Máquina de acabamento dota-
maior <grain-long> se a direção das fibras for paralela à da de facas e roletes que realizam a dobragem de folhas
maior dimensão da folha; o papel é dito ter fibra curta impressas conforme as especificações do produto. Termo
<grain-short> se estas forem paralelas à menor dimensão alternativo: dobradeira de papel <paper folder>. {b} Sis-
da folha; na impressão ofsete plana, as folhas devem ser tema acoplado a uma impressora rotativa que corta e
alimentadas com o sentido de fibras paralelo aos cilindros dobra a bobina impressa para produzir cadernos prontos
da impressora, a fim de evitar problemas incontroláveis para a encadernação. Termo alternativo: <folding machi-
de fora-de-registro; na encadernação, a direção das fi- ne>.
bras das páginas dos cadernos e da capa deve ser para-
lela à lombada do livro, a fim de evitar a deformação do Dobradeira colecionadora <collect folder> - Tipo de
produto e garantir que o livro permaneça plano quando dobradeira acoplada em-linha a uma impressora rotativa,
aberto. combinada com dobradeiras de morcete e de cutelo, que
corta o papel a cada meia revolução do cilindro da chapa
Direção de fibra do papel - Ver: Sentido de fibra do e coleciona dois cadernos a cada revolução.
papel <paper grain direction>.
Dobradeira combinada <combination folder> - {a} Má-
Disco de apoio <backup disk> - Disco de bronze que quina de acabamento, montada em-linha numa impres-
prende a borda inferior de um livro enquanto a fresa rompe sora rotativa, que incorpora as características dos equipa-
a lombada, numa encadernadora. mentos de corte e dobra, executando três diferentes
dobras: a do funil, a de morcete e a de cutelo, produzindo
Dobra - [1] <fold> - Vinco formado numa folha de papel cadernos prontos para a encadernação. {b} Máquina de
por processos manuais ou mecânicos. [2] <folding> - acabamento dotada de mecanismos das dobradeiras de
Processo de transformação de uma folha impressa num vinco e de cutelo. Abreviatura: (combi). Ver também:
caderno. [3] <sheet room> - Seção de acabamento onde Dobradeira <folder>.
é realizada a dobragem das folhas em cadernos.
Dobradeira de bolsa <buckle folder> - Máquina de
Dobra-carta <letter fold> - Método de acabamento no dobrar folhas, dotada de dois roletes paralelos que
qual uma folha impressa recebe diversas dobras paralelas impulsionam o papel a ser dobrado entre duas placas
na mesma direção, a fim de formar um produto cuja parte metálicas; a borda da folha choca-se contra uma barra
interna é envolvida por duas ou mais dobras. transversal, produzindo uma ondulação na posição da

302
folha onde se deseja formar a dobra; um terceiro rolo, dobra de morcete; as tiras são cortadas no sentido
trabalhando com um dos anteriores, completa a dobra a transversal e saem da impressora sob forma de cadernos.
partir daquela ondulação. Este tipo de dobradeira é mais Termo alternativo: <angle-bar folder>. Ver também: Barra
adequado para fazer dobras paralelas; entretanto, pode angular <angle bar>.
também produzir dobras cruzadas acoplando-se outro  Alguns acessórios que executam a colagem, o vinco,
conjunto de dobra perpendicular ao primeiro, ou então a serrilha, a grampeação etc., podem ser acoplados a
instalando-se um conjunto de dobra de cutelo; o número uma dobradeira de tiras, a fim de complementar as ope-
de dobras será igual ao número de unidades acopladas, rações de acabamento.
uma vez que cada unidade produz apenas uma dobra.
Dobradeira de um-quarto de página <quarter page
Dobradeira de cutelo <chopper folder> - Conjunto con- folder> - Tipo de dobradeira que executa duas dobras
tíguo à dobradeira de uma impressora rotativa, dotado de perpendiculares numa folha impressa, para produzir um
uma lâmina reciprocante e um par de roletes recartilhados, caderno de oito páginas. Termo alternativo: <second
cuja função é executar a dobra cruzada dos cadernos. length fold>.
Termo alternativo: <chopper fold assembly>. Ver também:
Dobra de cutelo <chopper fold>; Dobradeira de faca Dobradeira de vinco <plow folder> - Dobradeira acoplada
<knife folder>. a uma impressora rotativa, em lugar do funil, que produz
uma ou mais dobras longitudinais, ou divide a bobina em
Dobradeira de duplo funil <double-former folder> - tiras, dobrando-as individualmente. Termo alternativo:
Tipo de dobradeira de impressoras rotativas dotada de <dobradeira arado>
dois funis, permitindo a impressão de dois produtos dife-
Dobradeira paralela <parallel folder> - Ver: Dobradeira
rentes numa única entrada de máquina, sem a necessida-
de morcete <jaw folder>.
de de desintercalação. Termo alternativo: <form-and-
cutoff>. Dobradeira quádrupla <quad folder> - Máquina de
acabamento que pode produzir quatro cadernos de 16
Dobradeira de faca - [1] <jobber> - Tipo de dobradeira
páginas, ou dois cadernos de 32 páginas, a partir de uma
configurada com quatro unidades de dobra e uma ou
folha impressa de 64 páginas.
duas seções de dobra paralela, permitindo produzir qua-
tro dobras cruzadas, duas dobras cruzadas e uma dobra Dobradeira sem agulhas <pinless folder> - Tipo de
paralela à segunda, ou três dobras cruzadas e uma dobra dobradeira combinada de certas impressoras rotativas,
paralela à terceira. [2] <knife folder> - Equipamento dotada de dois conjuntos de roletes de tração que man-
dotado de uma lâmina metálica e um conjunto de dispo- têm o papel tensionado, após o corte, sem a necessidade
sitivos margeadores que posicionam a folha a ser dobrada de agulhas para perfurar e prender a borda da tira.
sobre dois roletes localizados sob a lâmina; a lâmina
vinca e empurra a folha contra os dois roletes, que pro- Dobra de jornal <newspaper fold> - Ver: Dobra de funil
duzem a dobra. Termo alternativo: <right-angle folder>. <former fold>.
Ver também: Dobradeira de cutelo <chopper folder>.
Dobra de morcete <jaw fold> - Segunda dobra executada
Dobradeira de morcete <jaw folder> - Dobradeira aco- por uma dobradeira combinada, perpendicular à dobra do
plada em-linha à saída de uma impressora rotativa, cons- funil (primeira dobra), por ação combinada de uma lâmina
tituída de três cilindros que executam uma ou duas do- de dobra localizada no cilindro porta-agulhas e de um
bras, paralelas ou em ângulo reto em relação ao sentido conjunto de pinças (morcetes) localizado no cilindro de
do deslocamento da bobina. Termos alternativos: dobra- morcete. Termo alternativo: <tucker fold>. Ver também:
deira paralela <parallel folder>; <tucker folder>. Ver tam- Dobradeira de morcete <jaw folder>; Lâmina de dobra
bém: Dobra de morcete <jaw fold>; Morcete <jaw>. <tucker blade>; Morcete <jaw>.

Dobradeira de osso <bone folder> - Ferramenta manual Dobra de quatro páginas <four-panel fold> -
empregada para vincar e dobrar folhas impressas. Configuração de dobra formada quando uma folha é
dobrada ao meio, formando um caderno de quatro páginas.
Dobradeira de papel <paper folder> - Ver: Dobradeira Termo alternativo: <fly fold>.
<folder>.
Dobra de vinco <plow fold> - Termo alternativo para
Dobradeira de tiras <ribbon folder> - Dobradeira de dobra de funil, especialmente executada numa dobradeira
uma impressora rotativa ofsete que corta a bobina de de vinco. Ver também: Dobradeira de vinco <plow folder>.
papel, no sentido longitudinal, em tiras de largura ade-
quada ao formato do produto; as tiras passam através de Dobrado pelo impresso <folded to print> - Diz-se de
um conjunto de barras angulares (diagonais) e são inter- um caderno dobrado seguindo as marcas de dobra im-
caladas e alinhadas antes de entrarem na seção de pressas. Termo alternativo: <folded-to-print>.

303
Dobrado pelo papel <folded to paper> - Diz-se de um que consiste em executar uma seqüência de dobras
caderno dobrado em que apenas um dos lados da folha paralelas à primeira, em geral igualmente espaçadas.
é impresso, e não há a preocupação de acertar o registro
frente-e-verso. Termo alternativo: <folded-to-paper>. Dobra quádrupla <quad fold> - Imposição de dobra que
permite produzir simultaneamente quatro cadernos a
Dobra duplo-paralelo <two-up fold> - Terceira dobra partir de uma folha impressa, compreendendo duas do-
executada por uma dobradeira combinada, paralela à bras paralelas e uma em ângulo reto, numa dobradeira de
segunda dobra, originando conjuntos de dois cadernos quatro estações.
impostos pé-com-pé, cabeça-com-cabeça ou pé-com-
cabeça. Dobrar <to fold> - {a} Transformar uma folha de papel
impressa num caderno ou num produto final. {b} Executar
Dobradura <a fold> - Folha dobrada, a fim de formar um a dobra de uma folha impressa por processos manuais
caderno. ou mecânicos.

Dobra em ângulo reto <right-angle fold> - Dobra exe- Dobrar pelo impresso <folding-to-print> - {a} Método
cutada a 90° em relação à dobra anterior. Termo alternativo: de dobragem onde os vincos e as dobras são realizados
dobra em cruz <cross fold>. Ver também: Dobra de de acordo com o alinhamento dos grafismos na folha. {b}
cutelo <chopper fold>. Operação de dobra e vinco executada de modo que a
cabeça, o pé e as imagens impressas fiquem alinhados
Dobra em cruz <cross fold> - Termo empregado na en- nos cadernos. Ver também: Dobrar pelo papel <folding-
cadernação para designar uma dobra a 90° em relação to-paper>.
a outra. Termos alternativos: dobra cruzada <crossfold>;
dobra em ângulo reto <right angle fold>. Dobrar pelo papel <folding-to-paper> - {a} Método de
dobragem onde os vincos e as dobras são realizados
Dobra em leque <fanfold> - Ver: Dobra-sanfona sem respeitar o alinhamento das áreas de grafismo. {b}
<accordion fold>. Operação de dobra e vinco das folhas que não respeita
o alinhamento da cabeça, do pé ou das imagens impres-
Dobra francesa <French fold> - Método de dobragem
sas nos cadernos. Ver também: Dobrar pelo impresso
no qual uma folha impressa apenas num dos lados
<folding-to-print>.
recebe uma primeira dobra para deixar o lado branco da
folha voltado para dentro, e depois uma segunda dobra Dobra-sanfona <accordion fold> - Tipo de dobra ou
perpendicular à primeira, produzindo um caderno de 8 método de dobragem que consiste em executar diversas
páginas. dobras paralelas, de modo que as dobras adjacentes te-
nham direções alternadamente opostas, a fim de produzir
Dobragem <folding> - Operação de acabamento que
um produto acabado que lembra o fole de um acordeon.
consiste em transformar uma folha impressa com 4 a 64
Termos alternativos: <concertina fold>; dobra em leque
páginas em seções ou cadernos, antes da encadernação.
<fanfold>; <fan fold>; <over-and-back fold>.
Termo alternativo: <paper folding>.

Dobragem de cartão <cardboard bending> - Trabalho Dobra seca - Ver: Vinco <crease>.
de dobrar cartão, cartolina ou papelão. Dobras sobrepostas <over-and-over fold> - Método de
Dobra-janela <gatefold> - Imposição de dobra que con- dobragem que consiste em produzir uma série de dobras
siste em produzir um caderno de oito páginas a partir da paralelas numa folha, todas orientadas no mesmo sentido,
dobragem de uma folha com dois vincos paralelos eqüi- lembrando um rolo de papel amassado.
distantes, com as páginas das extremidades dobradas Dobra-tablóide <tabloid fold> - Ver: Primeira dobra
para o mesmo lado, formando um único painel quando paralela <first parallel fold>.
abertas. Ver também: Encarte <gatefold>.
Dobra um-quarto <quarterfold> - {a} Dobragem longitu-
Dobra longa <long fold> - Termo que denota uma dobra dinal executada pelo cutelo da dobradeira de uma impres-
paralela ao sentido de fibra do papel, ou seja: paralela ao sora rotativa, a fim de produzir um caderno de formato
lado maior da folha. magazine. {b} Terceira dobra perpendicular executada
Dobra mole <soft fold> - Método de dobragem de folhas num caderno de jornal. Ver também: Dobra de cutelo
de papel que não produz vinco permanente. <chopper fold>; Formato magazine <magazine format>.

Dobra panorâmica - Ver: Encarte <gatefold>. Dobra-volante <broad fold> - {a} Termo que designa
uma dobra feita no sentido paralelo à direção de fibra do
Dobra paralela <parallel fold> - Método de dobragem papel, ou à maior dimensão da folha. {b} Dobra feita numa

304
folha de papel para produzir um caderno oblongo, em com trinta e duas páginas.
oposição à orientação vertical <upright page>.
Duplo-paralelo <two-up> - Configuração de dobra que
Douração - <gilding> - {a} Técnica de decoração a ouro dá origem a dois cadernos impressos na mesma folha ou
do corte superior ou das três bordas de livros encader- giro de máquina, impostos pé-com-pé, cabeça-com-
nados. {b} Técnica ou arte de decorar a capa de um livro cabeça ou pé-com-cabeça.
encadernado com ouro. Termos alternativos: douradura;
<golden plating>; <titling>. Duplo-trinta e dois <double-thirty-two> - Tipo de dobra-
deira que produz dois cadernos de trinta e duas páginas,
Douração do corte - [1] <edge gilding> - Processo de separados ou encartados, a partir de uma folha impressa
aplicação de ouro nas bordas de um livro encadernado, com sessenta e quatro páginas.
geralmente bíblias e edições de luxo. [2] <edge staining>
- Processo de coloração de uma ou mais bordas refiladas Dureza Shore <Shore hardness> - Escala de medida
de um livro. [3] <full gilding> - Processo de decoração de rolos emborrachados.
das três bordas refiladas de um livro encadernado empre-
Durômetro Shore <Shore durometer> - Instrumento
gando corantes dourados. [4] <top staining> - {a} Processo
manual dotado de um dispositivo que aciona um ponteiro
de douração do corte superior de um livro encadernado.
que desliza sobre uma escala (0 - 100), usado para
{b} Processo de aplicação de corante à borda refilada de
avaliar a dureza de rolos revestidos com elastômeros.
um livro. Termo alternativo: <top-staining>. Termo alter-
nativo: corte dourado <edge gilding>.

Douração inteira <full gilding> - Diz-se de um livro


decorado nas três bordas com ouro. Termo alternativo:
E
<full gilded>. Editora - [1] <editress> - Mulher proprietária de casa
publicadora ou produtora de livros, revistas etc., ou
Douração química <chemic gilding> - Método de dou- responsável pela publicação ou supervisão de matéria
ração através de processo químico. impressa. [2] <publishing house> - Empresa que edita
Dourador <gilder> - Artista ou profissional do setor de livros e periódicos. Termo alternativo: Casa Editora.
encadernação que executa a douração de livros. Efeito grampo <clamp effect> - Força exercida pela fita
Douradura - Ver: Douração <gilding>. de reforço sobre o bloco do livro, mantendo as páginas
unidas.
Dourar <to gild> - Decorar a ouro, ou outros materiais
metálicos, a capa ou a borda refilada de livros enca- Efeito mola <springback> - Tendência do papel ou
dernados. cartão de retornar a sua condição plana após ter sido
dobrado.
Dump gate - Dispositivo de certas máquinas de aca-
bamento que causa o desvio dos produtos de uma linha Elevação da lombada <rounding and backing> - Ope-
automática para uma estação operada manualmente. ração de encadernação na qual a lombada do livro é alça-
da no centro, após a costura ou a colagem, promovendo
Duodécimo <duodecimo> - Formato de livro igual a 5 x um arredondamento permanente e um suporte para a
71", determinado por uma folha dobrada de modo a capa.
formar um caderno de 12 folhas ou 24 páginas. Termos
alternativos: in-doze <in-twelve>; in-duodécimo <in Embalagem - [1] <boxing> - Ato de colocar o produto
duodecimo>; <twelvemo>. Abreviaturas: (12mo); (12°). impresso em caixas, para protegê-lo durante o transporte.
[2] <overwrap> - Folha de material flexível, geralmente
Dupla central <center spread> - Página dupla do centro proveniente de uma bobina, enrolada mecanicamente
de um jornal ou revista grampeada. Termos alternativos: em torno de um pacote. [3] <package> - {a} Ato ou efeito
<center fold>; <center truck>; <natural spread>. Ver de embalar. {b} Invólucro ou recipiente usado para embalar.
também: Página dupla <double-page>. {c} Setor onde se embalam os produtos acabados. [4]
<wrap> - Folha de material flexível enrolada em torno de
Dupla falsa <false spread> - Página dupla que não cai um produto. [6] <wrapping> - Envoltório de papel, cartão,
no centro de uma revista ou jornal. Termo alternativo: plástico etc., destinado a proteger, decorar, identificar,
falsa central. Ver também: Página dupla <double-page>. informar e facilitar o transporte e a estocagem de produtos.
Duplo-dezesseis <double-sixteen> - Tipo de dobradeira Embalar <to wrap> - Envolver o material impresso com
que produz dois cadernos de dezesseis páginas, papel kraft ou plástico, a fim de protegê-lo durante o
separados ou encartados, a partir de uma folha impressa transporte.

305
Em canoa <saddle stitch> - Método de acabamento de Empilhador-contador <counter-stacker> - Dispositivo
revistas, panfletos, livros etc., em que os cadernos são acoplado em-linha a uma impressora rotativa ou a uma
grampeados através da dobra da lombada. Termo alter- máquina de acabamento cuja função é reunir e empilhar
nativo: a cavalo. livros, jornais ou cadernos impressos, em quantidades
pré-definidas para transporte ou estocagem.
Empacotamento <packaging> - Ver: Enfardamento
<bundling>. Empilhador-contador-compensador <compensating
counter-stacker> - Dispositivo acoplado em-linha a uma
Empacotamento automático <automatic packaging> máquina de acabamento, cuja função é colecionar e
- Processo de acondicionamento dos produtos impressos empilhar os produtos, girando-os 180°, a fim de compensar
em pacotes, executado em máquinas automáticas. a maior espessura da lombada.
Empacotar <to bale> - Embalar os produtos impressos Empilhador de folhas <sheet stacker> - Dispositivo de
em pacotes, para armazenagem ou transporte, amar- saída de impressoras ofsete planas e máquinas de
rando-os com fita, cinta, barbante etc. acabamento onde as folhas impressas são empilhadas.

Empastado - [1] <pasted> - Diz-se de uma prancha de Empuxo <creep> - Deslocamento das páginas centrais
cartão, de papelão ou de outro material formado por duas de um caderno resultante da dobra da folha. Termo
ou mais camadas contracoladas. [2] <sheet lined> - Diz- alternativo: <pushout>. Ver também: Degolar <to bleed>.
se do cartão laminado com uma folha de revestimento
após haver sido folhado. Encadernação <binding> - {a} Processo ou arte de
encadernar livros. {b} Junção das páginas de um produto
Empastamento <pasting> - Operação de colagem no impresso através de operações, tais como: grampeação,
processo de acoplamento de pranchas de papelão ondu- colagem, costura etc. {c} Método de acabamento de
lado. livros que consiste em colecionar e fixar as folhas com
grampos, pentes, espiral, linha, adesivo etc. {d} Termo
Empastar <to paste> - Prender as pastas a um livro, por genérico empregado para descrever todas as operações
meio de cordões de cola, durante a encadernação. de acabamento de um livro. Termo alternativo: <book-
binding>.
Empenado <warp> - Diz-se de um livro de capa dura A encadernação substitui a capa simples das brochuras
cujas pastas sofreram expansão desuniforme nas bordas por uma capa cartonada que adere mais solidamente
em relação ao centro, resultando em ondulações, geral- aos cadernos do miolo e apresenta maior resistência ao
mente causado por umidade ou estresse. uso; a capa dura leva, eventualmente, um revestimento
de tecido, couro ou papel especial colado numa armadura
Empenamento - [1] <warp> - Curvatura de uma folha de
de papelão, composta de dois retângulos ou pastas de
cartão corrugado que se desenvolve durante o processo espessura variável, conforme as dimensões e o peso do
de corrugação ou por exposição à atmosfera após a volume; tais retângulos são ligeiramente maiores do que
corrugação. [2] <warping> - {a} Perda de planicidade do o miolo, ultrapassando-o em 3 mm na cabeça e no pé,
papel ou cartão. {b} Deformação da capa dura de um livro e em 5 mm no lado oposto à lombada, para formar as
encadernado cuja curvatura estende-se diagonalmente à abas; a lombada ou dorso deve ser suficientemente
altura do volume. Ver também: Arqueamento <bowing>. flexível para moldar-se à forma e às dimensões do bloco
de cadernos. Existem quatro processos básicos de en-
Empilhadeira <stacker> - Máquina destinada a trans-
cadernação, conhecidos por: encadernação sem costura
portar e arrumar as resmas ou as bobinas de papel no
<perfect binding>, encadernação com grampo a cavalo
armazém onde o papel é estocado, assim como movi-
<saddle-stitch binding> ou encadernação com grampo
mentar os estrados de folhas ou cadernos impressos do
lateral <side-wire stitching>, costura <thread sewing> e
setor de impressão para os setores de acabamento.
encadernação mecânica <mechanical binding>.
Termo alternativo: <stacher>.
Encadernação à Bradel <Bradel binding> - Estilo de
Empilhadeira de garfo <fork-lift truck> - Equipamento encadernação que se caracteriza por apresentar a costura
dotado de duas hastes reguláveis, empregado no sobre os cadarços, e a montagem de uma meia-cana
transporte de papel e outros produtos. Termo alternativo: para aumentar a resistência e facilitar o manuseio do
<fork tractor>. livro.
Empilhador <stacker> - Dispositivo acoplado à esteira Encadernação álbum <album binding> - Método de
de saída de uma impressora rotativa cuja função é encadernação que consiste em juntar as páginas pelo
colecionar, comprimir e amarrar os cadernos impressos, lado menor, em vez de usar o método mais comum de
em pacotes. fixar as páginas pelo lado maior.

306
Encadernação aldina <aldine binding> - Encadernação que se mantém plano quando aberto. [4] <notch bind-
no estilo de Aldo Manuzio, com douração, cercaduras de ing> - Processo de encadernação que consiste em
filetes e decorada com florões e vegetais estilizados. serrilhar a lombada dos cadernos com cortes denteados
Aldo Manuzio - impressor italiano (1450 - 1515). e preen-chê-los com adesivo, a fim de prender as folhas
do livro ou da revista. [5] <slot binding> - Método de
Encadernação a pano-couro <artificial leather binding> encadernação que consiste em puncionar pequenos
- Encadernação de luxo feita com couros finos, ornamen- cortes retangulares na lombada dos cadernos, a fim de
tada à mão, com guardas de seda ou papel de fantasia. aumentar a área de contato com o adesivo.
Encadernação armoriada <emblazoned binding> - Encadernação com anéis <ring binding> - Método de
Encadernação que traz um escudo ou brasão estampado encadernação de folhas soltas que consiste em perfurar
a ouro nas pastas. Termo alternativo: encadernação bra- um bloco de folhas alceadas, ao longo de uma das bor-
sonada. das, e prendê-las com dois ou mais anéis metálicos.
Encadernação arráfica - Ver: Encadernação com Encadernação com arame <wire binding> - Método de
adesivo <adhesive binding>. encadernação mecânica de folhas soltas que consiste
em perfurar um bloco de folhas alceadas, ao longo da
Encadernação biblioteca <library binding> - {a} Livro
borda da lombada, e prendê-las com espiral de arame a
encadernado de acordo com as especificações da
ser passado pelos furos. Ver também: Encadernação
American Library Association, cujos requisitos incluem:
espiral <spiral binding>.
cadernos costurados com fios quádruplos e lombada
reforçada com flanela estendendo-se até as pastas. {b} Encadernação com argolas <loop stitching> - Método
Método de acabamento de livros, durável e decorativo, de encadernação de folhas soltas que consiste em per-
empregando tecido, couro ou imitação de couro no reves- furar um bloco de folhas alceadas, ao longo da borda da
timento das capas. Termo alternativo: encadernação lombada, e prendê-las com argolas metálicas semicircu-
editorial <edition binding>. {c} Processo de encadernação lares.
de pequenas tiragens de livros de capa dura, algumas
vezes envolvendo pequenos reparos. Encadernação com baguete <baguette binding> -
Método de encadernação de folhas soltas no qual se
Encadernação bizantina <Byzantine binding> - Estilo emprega uma haste reta (baguete), em vez de anéis,
de encadernação caracterizada pelo emprego de marfim, para prender as folhas; as capas são constituídas de
madrepérola, metais dourados e pinturas de motivos peças separadas; o baguete pode ser aumentado à
religiosos em cores vivas. medida que a espessura do produto aumenta. Termo
alternativo: <plastic coil binding>.
Encadernação brasonada - Ver: Encadernação
armoriada. Encadernação com bordas flexíveis <circuit binding>
- Método de encadernação com capa mole cujas orelhas
Encadernação com adesivo - [1] <adhesive binding> projetam-se além do corte do livro, cobrindo as bordas
- Método de acabamento que consiste em aplicar cola das páginas, a fim de protegê-las. Termos alternativos:
fria ou hot-melt na lombada fresada ou lixada dos <divinity circuit>; <yapp binding>.
cadernos ou nas bordas das folhas impressas; a capa do
livro ou da revista, composta de uma única peça, é Encadernação com capa rente <cut-flush binding> -
aplicada diretamente sobre o adesivo ainda pegajoso. Método de encadernação de livros cuja capa é cortada
Termos alternativos: encadernação arráfica; encadernação nas mesmas dimensões do miolo.
patente; encadernação sem costura <perfect binding>.
Ver também: Encadernação em lombada quadrada Encadernação comercial <commercial binding> -
<square back binding>. [2] <burst binding> - Método de Processo de encadernação em que se emprega equi-
encadernação que consiste em perfurar o papel, durante pamentos automáticos e recursos da moderna tecnologia
a impressão em máquina rotativa, produzindo pequenos de acabamento.
cortes na lombada dos cadernos, de modo que a cola Encadernação com espiral <spiral binding> - Método
possa penetrar através dos furos e atingir todas as de encadernação de folhas soltas no qual as folhas são
páginas do caderno durante a encadernação. [3] <double- perfuradas e presas numa das bordas com fio de arame
fan binding> - Método de encadernação que consiste em ou plástico espiralado. Termo alternativo: <spiral-bound>.
colecionar um bloco de folhas soltas ou cadernos de
quatro páginas, fixar o bloco pelo centro, flexionar as Encadernação com garra inglesa <wire-O binding> -
folhas formando um plano inclinado e aplicar cola à Método de encadernação de folhas soltas no qual as
lombada, em duas direções, cujo resultado é um volume folhas são perfuradas numa das bordas, como na enca-

307
dernação com espiral, e presas com um fio duplo de Encadernação de folhas soltas <loose-leaf binding> -
metal ou plástico curvado para formar um anel fechado. Método de encadernação no qual folhas individuais são
Termo alternativo: <binding wire>. perfuradas com dois ou mais furos, ao longo de uma das
bordas, de modo que possam ser inseridas ou removidas
Encadernação com grampo a cavalo <saddle stitch de uma seção de um documento maior, freqüentemente
binding> - {a} Método de encadernação no qual os cader- encerradas num fichário de três furos. Termo alternativo:
nos são colecionados de tal modo que o conjunto apre- encadernação mecânica <mechanical binding>.
sente uma lombada comum, a fim de serem grampeados
através da lombada. {b} Encadernação de revistas ou Encadernação de folhetos <booklets binding> - Método
livretos feita com grampos que fixam o centro das folhas de acabamento de pequenos panfletos, geralmente atra-
vés de grampeação a cavalo ou lateral.
dobradas. Termo alternativo: encadernação com grampo
cavalete. Encadernação de luxo <luxurious binding> - Estilo de
encadernação caracterizada pelo emprego de couros
Encadernação com grampo cavalete - Ver: Enca-
finos, percalines, marmorelas, ornamentos metálicos
dernação com grampo a cavalo <saddle stitch binding>.
etc., para decorar a capa dura de um livro.
Encadernação com grampo lateral <side stitch
Encadernação demográfica <demographic binding> -
binding> - Método de encadernação no qual os cadernos Recurso de encadernação, controlado por computador,
e a capa de um livro são grampeados lateralmente ao que permite alterar as características do produto de
longo da lombada, e esta é geralmente coberta com uma acordo com a região, o perfil do consumidor ou outro
tira de papel que se estende até além dos grampos; o fator. Termo alternativo: encadernação seletiva <selective
inconveniente deste tipo de acabamento é que o produto binding>.
não se mantém plano quando aberto. Termos alternativos:
<flat-wire stitching>; <side-wire stitching>. Encadernação de restauração <cleat-laced binding>
- Método de reparo de livros encadernados que consiste
Encadernação com mola <spring binding> - Método em remover a capa, refilar a lombada, cortar sulcos pira-
de encadernação de folhas soltas que consiste em pren- midais ao longo da lombada, costurar com fios ao longo
der uma das bordas das folhas com um grampo metálico dos sulcos e reencapar o volume. Termo alternativo: res-
longo que tem ação de mola. tauração <oversewing>.

Encadernação com pente plástico <comb binding> - Encadernação de um-quarto de couro <quarter bind-
Ver: Encadernação com plástico <plastic binding>. ing> - Método de encadernação de livros no qual a
lombada é revestida de couro e as capas são recobertas
Encadernação com perfuração <perforated binding> com tecido ou papel. Termo alternativo: <quarter bound>.
- Método de encadernação com adesivo no qual a lom- Ver também: Encadernação em três-quartos de couro
bada dos cadernos é perfurada em vez de cortada. <three-quarter binding>; Encadernação inteira <full
binding>; Meia-encadernação <half binding>.
Encadernação com pinos <post binder> - Método de
encadernação de folhas soltas que emprega pinos (para- Encadernação dividida <split bind> - Encadernação
fusos) rosqueados para prender as folhas perfuradas, e de uma publicação feita em duas versões, por exemplo:
as capas são constituídas de duas peças separadas, uma parte da tiragem encadernada sem costura e a outra
permitindo aumentar a espessura da obra à medida que costurada; cada uma das partes é chamada de perna
o número de folhas aumenta. Termo alternativo: <pole <bind leg>.
binding>.
Encadernação dupla <two-on binding> - Processo de
Encadernação com plástico <plastic binding> - Método acabamento que consiste em refilar dois livros remon-
de encadernação mecânica de folhas soltas, no qual as tados. Ver também: Encadernação duplo-paralelo <two-
folhas são perfuradas ao longo da borda da lombada e up binding>.
presas com espiral ou pente plástico flexível através dos Encadernação duplo-paralelo <two-up binding> -
furos. Termos alternativos: encadernação com pente Encadernação em capa mole de livros ou revistas cujos
plástico <comb binding>; <plastic comb binding>. cadernos foram impressos em conjuntos de duas uni-
dades impostas pé-com-pé, cabeça-com-cabeça ou pé-
Encadernação costurada e colada <sewn and glued
com-cabeça, de modo que, após receberem a capa,
binding> - Método de encadernação no qual os cadernos
precisam ser cortados ao meio para separá-los e levados
são costurados para formar o miolo de uma revista ou de ao processo de refilamento trilateral. Termo alternativo:
um livro, e este é colado à capa. encadernação dupla.

308
Encadernação e acabamento <binding and finishing> executada mecanicamente, o que causou revolta nos
- Conjunto de operações realizadas após a impressão artistas e nos artesãos que executavam a encadernação
que consiste em reunir as folhas impressas em volumes manual. As principais operações de encadernação com-
(encadernação), encerrá-las numa capa e aplicar motivos preendem: corte e refile, dobragem, perfuração, colecio-
decorativos ao volume, tais como: estampagem, gofra- namento ou alceamento, colagem, grampeação e costu-
gem, laminação, envernizamento etc. ra. As principais operações de acabamento envolvem:
Os primeiros livros eram escritos à mão em rolos de estampagem, corte-vincagem, envernizamento, lamina-
papiro <papyrus scrolls> ou em tiras de papiro enroladas ção e plastificação.
num bastão; em seguida, folhas individuais de pergaminho
<parchment> ou velino <vellum> eram colecionadas em Encadernação editorial - [1]<edition binding> - Método
conjuntos de 24 folhas <quires>, dobradas e fixadas de encadernação que consiste em aplicar uma capa dura
formando um caderno recoberto com uma tira de couro em livros-texto, dicionários e enciclopédias. Termo alter-
na lombada, para proteger as páginas na costura. Durante nativo: <hard-case binding>. [2] <editorial bookbinding>
o Império Romano, pastas de madeira revestidas de - Encadernação em série, feita pelo próprio editor, na
couro, chamadas de meia-encadernação <half-binding>, qual a capa (revestida e decorada) e o miolo (alceado e
protegiam a frente e o verso do códice <codex>; essa costurado) são produzidos separadamente para depois
técnica prevaleceu até a Idade Média quando os monges se juntarem por meio de colagem das guardas.
e escribas dos monastérios começaram a fazer a enca-
dernação em peças de couro costuradas às páginas. Encadernação em capa dura <case binding> - Método
Durante a Idade Média, as técnicas de decoração de de acabamento no qual os cadernos de um livro ou de
páginas de livros com iluminuras manuscritas <manu- uma revista são costurados e colados com uma tira de
script illumination>, com folhas de ouro e outras técnicas, gaze para formar o miolo, e este é unido a uma capa
passaram a ser aplicadas às capas dos livros encader- rígida de papelão revestido através de guardas coladas à
nados. Couro, seda, veludo e outros materiais eram capa e ao miolo. Termo alternativo: <edition binding>.
utilizados para revestir as capas, que eram decoradas Ver também: Capa dura <hardcover>; Livro de capa dura
com marfim <ivory>, pedras, ouro e outros ornamentos. <casebound book>.
Essas encadernações eram tão valiosas que mesmo A encadernação em capa dura pode ser executada
aqueles que não sabiam ler as colecionavam. Após a em três diferentes versões: encadernação editorial
invenção da prensa tipográfica (1400), as capas dos <edition binding>, para grandes tiragens e produção
livros passaram a ser decoradas com douração <gold totalmente automatizada; encadernação de obra <job
tooling>, processo no qual eram utilizados instrumentos binding>, para pequenas tiragens, incluindo algum grau
aquecidos para fundir folhas de ouro às capas dos livros; de trabalho manual; encadernação de biblioteca <library
moldes gravados eram empregados para estampar binding>, para pequenas tiragens, reforçada, incluindo
desenhos e filetes. Uma técnica particular de decoração reparos e reencadernações de livros danificados. O
era a estampagem cega <blind tooling> ou <blinding in>, processo de encadernação envolve três estágios: a cos-
que consistia em desenhar numa folha de papel, colocá- tura <thread sewing>, no qual os cadernos alceados são
la sobre a capa do livro e traçar o desenho com instru- costurados com agulha e linha, lateralmente <side
mentos aquecidos; para manter a folha de ouro plana, sewing> ou a cavalo <saddle sewing> ou <Smyth sewing>;
após a aplicação, o desenho era primeiro tratado com a formação da lombada <forwarding> consiste em arre-
aguada <glaire>, uma solução à base de clara de ovo, dondá-la <rounding and backing>, tornando-a mais
vinagre e óleo volátil. As técnicas de imposição de espessa, e criar vincos <hinge creases> para apoiar e
páginas <imposition> foram desenvolvidas após a facilitar a abertura das capas, podendo ou não incluir
invenção da prensa tipográfica, cujo conceito consiste elementos decorativos tais como: douração <gilding>,
em imprimir diversas páginas numa mesma folha de cabeceado <headband>, marcadores de página <book
papel, dobrá-la em forma de caderno <signature> e mark> e outros; e o encapamento <casing-in>, que con-
refilar. O primeiro formato de caderno foi o fólio <folio>, siste em colar o miolo à capa através de guardas <end-
seguido do quarto <quarto> e do oitavo <octavo>; papers>.
atualmente, os cadernos têm até 64 páginas <thirty-
twomo> ou mais. Foi após Gutenberg que a encadernação Encadernação em lombada canoa <saddle stitch
passou a ser considerada uma arte e os livros identificados binding> - Método de acabamento de revistas e livretos
com marcas de encadernadores <binder’s marks>, no qual os cadernos são alceados e revestidos com uma
particularmente na França e na Holanda. Por volta de capa mole, de modo a constituírem uma lombada comum,
1800, a encadernação em tecido, chamada de encader- a qual é fixada ao longo da linha de dobra com dois ou
nação em capa dura <case binding> ou encadernação mais grampos de arame. Ver também: Grampeação a
editorial <edition binding>, começou a surgir, e podia ser cavalo <saddle stitching>.

309
Encadernação em lombada quadrada <square back Encadernação grolier <grolier binding> - Encadernação
binding> - Método de acabamento de revistas e livretos decorada com bandas intercaladas formando figuras
no qual os cadernos são colecionados e unidos através geométricas.
de adesivo ou costura, e a capa é colada diretamente
sobre a lombada. Termos alternativos: encadernação Encadernação holandesa <Hollander binding> -
com adesivo <adhesive binding>; encadernação sem Encadernação flexível em que as pastas, rebatidas,
costura <perfect binding>. Ver também: Grampeação recobrem os três lados do livro.
lateral <side stitching>.
Encadernação industrial <industrial binding> - Pro-
Encadernação em meio-couro <half leather> - Ver: cesso de encadernação de grandes tiragens de livros por
Meia-encadernação <half-binding>. meio de equipamentos totalmente automatizados.

Encadernação em meio-pano <half cloth> - Ver: Encadernação inteira <full binding> - Encadernação
Meia-encadernação <half-binding>. completa cuja capa é formada por uma única peça,
geralmente em couro ou tecido, a qual também reveste
Encadernação em pano <cloth binding> - Método de a lombada do livro. Termo alternativo: <full-bound>. Ver
encadernação em capa dura no qual se emprega uma também: Encadernação em um-quarto de couro <quar-
única peça de tecido para revestir as pastas e a lombada ter binding>; Encadernação em pano <cloth binding>;
dos livros. Ver também: Encadernação inteira <full Meia-encadernação <half binding>.
binding>.
Encadernação manual <hand casemaking> - Método
Encadernação em pasta <billboard binding> - Método de encadernação que não emprega equipamentos por
de encadernação mecânica no qual folhas soltas, perfu- razões econômicas ou outros motivos.
radas na lombada, são colocadas em pastas de três
anéis, com capa rígida dotada de bolsas de vinil trans- Encadernação mecânica <mechanical binding> - Méto-
parente na frente e na lombada para inserção de im- do de encadernação de folhas soltas que consiste em
pressos decorativos. reunir e prender as folhas individuais, ao longo de uma
das bordas, utilizando baguetes plásticas, molas metá-
Encadernação em três-quartos de couro <three- licas, fios em espiral ou anéis metálicos. Termo alternativo:
quarter binding> - Método de encadernação em capa <machine bookbinding>.
dura no qual o material empregado para revestir a lomba-
da estende-se além da metade das pastas. Ver também: Encadernação monástica <monastic binding> - Ver:
Encadernação em um quarto de couro <quarter binding>. Encadernação gótica <gothic binding>.

Encadernação em um quarto de couro <quarter bind- Encadernação oblonga <oblong binding> - Diz-se de
ing> - Método de encadernação em capa dura no qual um livro cuja lombada representa a dimensão menor. Ver
são utilizados dois materiais diferentes, na capa e na também: Encadernação vertical <upright binding>.
lombada do livro; por exemplo: tecido ou couro na lomba-
da e papel na capa. Termo alternativo: <quarter-bound>. Encadernação patente - Ver: Encadernação com
Ver também: Meia-encadernação <half-binding>. adesivo <adhesive binding>.

Encadernação espiral <spiral binding> - Método de Encadernação plana <lay-flat binding> - Método de
encadernação de folhas soltas que consiste em passar encadernação de livros que produz uma lombada dividida
um fio de arame ou plástico contínuo, em forma de espi- em duas partes, de modo a permitir manter o livro plano
ral, através de perfurações feitas ao longo de uma das quando aberto.
bordas das folhas; o produto encadernado pode ter a
Encadernação seletiva <selective binding> - Recurso
espiral exposta, semi-oculta ou oculta. Termo alternativo:
de encadernação, controlado por computador, que
<spine-see binding>.
permite alterar as características do produto de acordo
Encadernação flexível <limp binding> - Método de com a região, o perfil do consumidor ou outro fator. Abre-
encadernação de livros com capa muito flexível e lombada viatura: (CTP). Termo alternativo: encadernação demo-
facilmente flexionável. gráfica <demographic binding>.

Encadernação gótica <gothic binding> - Estilo de en- Encadernação sem costura - [1] <perfect binding> - {a}
cadernação caracterizado por gravação ou impressão Método de encadernação que consiste em colecionar e
em couro natural de motivos representando figuras hu- fresar ou lixar a lombada dos cadernos, a fim de separar
manas, animais ou paisagens. Termo alternativo: enca- as páginas e expor as fibras do papel, e aplicar um ade-
dernação monástica <monastic binding>. sivo frio ou quente à lombada para fixar a capa enquanto

310
o adesivo está pegajoso. {b} Técnica de encadernação Encadernadora de folhas soltas <loose-leaf binder> -
de livros e revistas na qual a lombada é fresada e colada {a} Equipamento automático ou operado manualmente
com cola fria ou hot-melt, a fim de prender a capa ao que faz a perfuração de uma das bordas das folhas e
miolo. Termo alternativo: encadernação arráfica; enca- insere um arame contínuo em forma de espiral através
dernação com adesivo <adhesive binding>. [2] <perfect dos furos. {b} Equipamento automático ou operado
casebinding> - Método de encadernação que consiste manualmente que aplica uma camada de adesivo à
em fresar e colar os cadernos para formar o miolo de um lombada das folhas colecionadas e faz a colagem da
livro, e envolvê-lo de capa dura. Ver também: Encader- capa à lombada.
nação em lombada quadrada <square back binding>.
Encadernadora de múltiplas funções <multipurpose
Encadernação vertical <upright binding> - Diz-se de adhesive binder> - Máquina encadernadora de lombada
um livro encadernado ao longo da sua maior dimensão. quadrada dotada de coleiros cambiáveis para cola fria
Ver também: Encadernação oblonga <oblong binding>. <cold-setting>, adesivo termossoldável <hot-melt> e
poliuretano <PUR>.
Encadernado <bound> - Diz-se de um livro acabado
que recebeu encadernação. Termo alternativo: <covered>. Encadernadora Martini <Martini binder> - Máquina de
Ver também: Encadernação <binding>. acabamento acoplada em-linha a uma impressora rotativa
para produzir brochuras coladas.
Encadernado com capa dura <casebound> - {a} Livro
encadernado com capa rígida. {b} Livro cuja capa é feita Encadernar <to bind> - Colecionar e unir as páginas de
um livro através de costura, arame, adesivo, ou outros
separadamente do miolo. Termo alternativo: <perfect
meios, e encerrá-las numa capa.
cased>.
Encaixe - [1] <casing-in> - Processo de colocação do
Encadernado com pano <clothbound> - Diz-se de um
miolo de um livro em sua capa dura. [2] <groove> - {a}
livro de capa dura cujas pastas e lombada foram revestidas
Sulco da capa dura de um livro, paralelo à lombada. {b}
de tecido. Termo alternativo: <clothbound book>.
Sulco formado pela saliência lateral da lombada de um
Encadernado em couro <leather-bound> - Diz-se de livro, após o arredondamento, onde se encaixa a capa.
um livro cujas capas são constituídas de pastas rígidas
Encapado <covered> - Diz-se de um livro encadernado
de papelão revestidas com couro. com capa dura.
Encadernador <bookbinder> - Artista ou profissional Encapado com capa dura <casebound> - Diz-se de
que faz ou que trabalha na encadernação de livros, nas um livro acabado, com encadernação completa, cuja
funções de alçador, colador, costurador, grampeador, capa é constituída de retângulos de cartão, corresponden-
dourador, picotador etc. Termo alternativo: <binder>. tes às pastas e à lombada, revestidos de papel, tecido,
couro etc.
Encadernadora - [1] <binder> - Máquina que faz a
encadernação de livros. [2] <bindery> - Estabelecimento Encapamento - [1] <casing-in> - Processo de inserção
comercial especializado na encadernação de livros e do bloco do livro na sua capa, e colagem das guardas à
outros produtos impressos. capa. Termo alternativo: <casing in>. [2] <covering> -
Operação de posicionamento e colagem da capa num
Encadernadora combinada <in-line adhesive binder>
livro ou revista grampeado lateralmente. [3] <drawn-on
- Equipamento automático que faz o alceamento dos
cover> - Operação de colocação de uma capa mole
cadernos, a fresagem e a aplicação de adesivo na lom- sobre o miolo de um livro costurado ou grampeado. [4]
bada, a colagem da capa e o refile trilateral de livros e <in-line covering> - Operação de encadernação em
revistas de lombada quadrada. lombada quadrada em que a capa é aplicada ao bloco de
Encadernadora de anéis <ring binder> - Máquina de cadernos alceados com cola, numa única operação.
acabamento que faz a perfuração onde se insere os Termo alternativo: encapamento em-linha.
anéis metálicos que prendem as folhas soltas. Ver tam- Encapamento em-linha <in-line covering> - Processo
bém: Encadernação com pinos <post binder>; Encader- de encadernação em lombada quadrada no qual o
nação de folhas soltas <loose-leaf binder>. alceamento e a colagem da capa são executados numa
única operação.
Encadernadora de espiral automática <automatic
spiral binder> - Máquina de acabamento que faz a Encapar - [1] <hang-in> -Processo que consiste em
perfuração de folhas soltas e insere um fio metálico ou aplicar adesivo à lombada de um livro, fixar a capa e
plástico em forma de espiral. prensar a lombada para prender a capa à lombada.

311
Termo alternativo: <hanging-in>. [2] <to case> - Operação citário colocado dentro de um jornal ou periódico. Termos
de encadernação que consiste em inserir e fixar o miolo alternativos: inserto <inserting>; suplemento <supple-
do livro numa capa dura previamente preparada. Termos ment>. [7] <wrap> - Caderno impresso separadamente
alternativos: <case-in>; <casing-in>. [3] <to cover> - e alceado em torno de um dos cadernos de um livro antes
Fixar o miolo de um livro à sua capa. da encadernação.

Encapsulação <encapsulation> - Processo de plasti- Encarte solto <flyer> - Folha solta dobrada uma vez
ficação no qual o material impresso é revestido nas duas (uma guarda) e inserida numa publicação.
faces com uma espessa camada de filme de poliéster
transparente, virtualmente indestrutível. Ver também: Encasado <inserted> - Caderno inserido em outro, a fim
Envelopamento com plástico <plastic welding>. de aumentar o número de páginas. Termo alternativo: en-
forcado.
Encartado - [1] <inserted> - Diz-se de um impresso que
foi inserido entre as páginas de um jornal, revista, livro Encasamento <inserting> - Ato de encasar.
etc. [2] <tipped-in> - Diz-se de um impresso colado ao
Encasar <to insert> - {a} Ordenar as folhas impressas e
caderno de um livro.
dobradas, umas dentro das outras, formando um caderno.
Encartadora <inserter> - Dispositivo de uma linha de {b} Inserir um caderno dentro de outro para completar
encadernação que faz a inserção de encartes em livros, determinado número de páginas. Ver também: Intercalar
revistas, folhetos etc. <to interleave>.

Encartar - [1] <to insert> - {a} Inserir uma página ou um Encolhimento <shrinkage> - {a} Retração sofrida por
caderno impresso separadamente numa publicação um papel exposto em ambiente mais seco devida à perda
maior. Termo alternativo: <strip-in>. {b} Colar a borda de umidade para o ar ambiente. {b} Retração da capa de
interna de um mapa, uma ilustração, um anúncio etc., um livro ou revista em relação ao miolo devido a variações
dentro de um caderno, antes de proceder ao alceamento. de umidade relativa ou a diferenças estruturais entre os
Termo alternativo: <to tip-in>. [2] <to interpage> - Inserir papéis da capa e do miolo. Termo alternativo: retração.
ou intercalar páginas a uma publicação. [3] <to tip-on>
Encorpado - [1] <bulked up> - Diz-se de um livro tornado
- Fixar uma folha, impressa ou não, à parte externa de um
propositalmente volumoso. [2] <bulky> - Diz-se de um
caderno de livro por meio de adesivo. [4] <tipping> -
papel de impressão que apresenta espessura relativa-
Recurso de encadernação que consiste em colar um
mente superior a outro de mesma gramatura.
encarte, impresso separadamente, a um dos cadernos
de um livro ou uma revista, a fim de permitir a encadernação Enfardadeira <baling press> - Prensa que faz o empa-
em máquinas com alimentação automática. cotamento e a amarração das aparas de papel. Termo
alternativo: <baling machine>.
Encarte - [1] <blow-in card> - Tipo de cartão-resposta
encontrado em revistas, ou errata encontrada em livros, Enfardadeira de aparas <compress> - Ver: Enfar-
impresso separadamente e inserido entre as páginas de dadeira <baling press>.
uma publicação em máquinas de acabamento. [2] <fill-
in> - Impresso colocado entre as páginas de uma publi- Enfardador <baler> - Pessoa que opera uma enfar-
cação. [3] <foldout> - Folha impressa em formato maior dadeira.
do que o produto acabado, geralmente mapas, pôsteres
Enfardamento - [1] <baling> - {a} Ato ou efeito de
e tabelas, dobrada uma ou mais vezes, a fim de poder ser
enfardar. {b} Processo de prensagem de aparas de
fixada ao caderno de um livro. Termo alternativo: <throw-
papel, formando fardos que são amarrados com cintas
out>. [4] <free-standing insert> - Caderno independente
plásticas ou metálicas. [2] <bundling> - Operação de
inserido num jornal. Abreviatura: (FSI). [5] <gatefold> -
empacotamento dos cadernos impressos, a fim de faci-
{a} Página que apresenta uma das dimensões maior do
litar o manuseio no alceamento. [3] <packaging> - Pro-
que o formato das páginas de um livro ou periódico
cesso de embalagem e amarração dos produtos impressos
refilado, a qual é dobrada uma ou mais vezes para ser
acabados. Termo alternativo: empacotamento.
encartada, de modo a não ultrapassar as dimensões da
obra. {b} Folha dobrada, inserida num livro ou revista, que Enfardamento de aparas <wastepaper baling> - Ver:
abre para os lados em relação ao centro do produto. enfardamento <baling>.
Termos alternativos: dobra-janela; dobra panorâmica.
Ver também: Estendido <spread>. [6] <insert> - {a} Ter- Engolfamento <jam> - Embolação de cadernos no inte-
mo usado no acabamento para indicar uma página im- rior da dobradeira de uma impressora rotativa. Termos
pressa separadamente colada ou inserida à publicação alternativos: enrosco; <jamming>; <jam-up>; <paper
principal. Termo alternativo: <tip-in>. {b} Folheto publi- jam>. Ver também: Atolamento <jam>.

312
Enroladeira - Ver: Bobinadeira <winder>. envelope> - Encarte de revista para ser destacado, do-
brado e colado, conforme instruções, e devolvido ao
Entrega <delivery> - Saída dos equipamentos de impres- remetente; em geral é empregado em pesquisas de
são e de acabamento. Termo alternativo: <delivery end>. mercado ou em venda de assinaturas e produtos.
Ver também: Descarga <discharge>.
Envelopes <envelopes> - Produtos feitos de papel
Entrega de bolsa dupla <dual pocket delivery> - corte-vincado, confeccionados em diversos tamanhos,
Sistema de dupla bandeja, acoplado a uma guilhotina formatos e tipos, recebendo denominação específica
trilateral, cujo contador ativa um mecanismo que desvia conforme o tipo: envelope bancário <bank-by-mail
um número específico de cadernos para uma das envelope>; envelope comercial <commercial envelope>;
bandejas. envelope panorâmico <outlook envelope>; envelope de
janela <window envelope>; envelope aéreo <airmail
Entrega de folhas - Ver: Saída de folhas <sheet
envelope>; envelope auto-selante <self-seal envelope>;
delivery>.
envelope porte-pago <postage-saver envelope>; enve-
Entretela <library buckram> - Tecido de linho muito lope para livros <booklet envelope>; envelope de fecho
resistente e durável empregado na encadernação de <clasp envelope>; envelope de colchete <snap envelope>;
livros, conforme especificações do U. S. Bureau of envelope para fotografias <photo-mailer envelope>;
Standards. Termo alternativo: tarlatana <buckram>. envelope para tíquetes <ticket envelope>; envelope de
dois compartimentos <two-compartment envelope>;
Envelopadeira <enveloping machine> - Máquina envelope para moedas <coin envelope>; envelope tipo
automática de envelopar. saco <open-end envelope>; envelope tipo carteira <open-
side envelope>.
Envelopamento - [1] <enveloping> - Processo manual
ou automático de envelopar cartas ou outros materiais Envelopes contínuos <continuous envelopes> -
impressos. [2] <envelopment> - Ato ou efeito de envelopar. Conjunto de envelopes produzidos de modo contínuo,
em longas folhas, separados por serrilhas, contendo per-
Envelopamento com plástico <plastic welding> - Pro- furações para alimentação em impressoras de compu-
cesso de acabamento que consiste em proteger as fo- tador.
lhas impressas, já refiladas, com capas de plástico
transparente (PVC cristal ou opaco), seladas em três ou Envelope tipo carteira <open-side envelope> - Tipo de
quatro lados, dependendo da necessidade de remover o envelope produzido com papel apergaminhado, com
conteúdo, usado na encadernação em pastas com anéis abertura no lado maior. Termos alternativos: <banker’s
metálicos. Ver também: Encapsulação <encapsula- flap envelope>; <correspondance envelope>; <pocket
tion>. envelope>; <wallet flap envelope>. Ver também: Envelope
tipo saco <open-end envelope>.
Envelope - [1] <envelope> - {a} Invólucro para remessa
ou guarda de correspondência, impresso etc. {b} Cartucho Envelope tipo saco <open-end envelope> - {a} Tipo de
de papel dotado de uma aba para fechamento. {c} Folha envelope produzido com papel kraft ou apergaminhado,
de papel dobrada e colada de modo a formar um cartucho. com abertura na dimensão menor. {b} Invólucro retangular,
Termos alternativos: sobrecarta; sobrescrito. [2] <jacket> geralmente feito de uma única folha de papel kraft
- Papel ou cartão dobrado, contendo abertura para inserir dobrada, com a face anterior (anverso) lisa e a posterior
disco, revista, documentos etc. (verso) exibindo as abas de fechamento dobradas e
coladas, exceto a solapa (para fechamento final) localizada
Envelope baronial <baronial envelope> - Tipo de num dos lados menores. Ver também: Envelope tipo
envelope quadrado usado para correspondência e cartões carteira <open-end envelope>.
de felicitações. Os envelopes tipo saco apresentam três tipos de
fechamento: pelo centro, pela lateral direita ou pela late-
Envelope de grampo <clasp envelope> - Tipo de enve- ral esquerda; a sobreposição mínima das abas deve ser
lope cuja aba é presa por um grampo metálico. de 20 mm; a solapa deve ter altura mínima de 30 mm.;
Envelope de janela <window envelope> - Envelope que a faixa de adesivo aplicado à solapa deve ter, no mínimo,
contém uma abertura protegida por material transparente 10 mm.
que deixa ver o que está por baixo. Envernizadora <varnishing machine> - Máquina de
Envelope postal <correspondence envelope> - Ver: acabamento que aplica sobre as folhas impressas uma
Cartão-postal <postcard>. camada de verniz transparente. Termos alternativos:
<coating machine>; <lacquering machine>. Ver também:
Envelope resposta comercial <business reply Envernizamento <varnishing>.

313
Envernizamento <varnishing> - Processo de aplicação Estabilidade dimensional <dimensional stability> - {a}
de uma camada de verniz transparente sobre uma folha Extensão na qual um papel é capaz de manter as suas
impressa, a fim de promover brilho, proteção, impermea- dimensões originais quando sujeito a condições variáveis
bilidade, resistência à abrasão, redução de odor etc.; o de temperatura, de compressão e de umidade relativa.
verniz pode ser aplicado seletivamente (com reserva) ou {b} Grau no qual um papel resiste às variações de umi-
cobrir toda a superfície impressa. Termo alternativo: dade e de tensão, aplicadas durante os processos de
<film application>. impressão e acabamento, sem alterar as suas dimensões
O envernizamento pode ser feito na própria máquina originais. Ver também: Encolhimento <creep>; Higro-
impressora ou em máquinas especiais de acabamento; expansividade <hygroexpansivity>.
as impressoras ofsete podem ser equipadas com uma Quando as fibras de celulose absorvem umidade, seu
unidade própria para envernizamento (ultravioleta ou diâmetro expande e o papel sofre dilatação predominan-
outro sistema), ou o verniz pode ser aplicado pelo sis- temente no sentido perpendicular à direção das fibras; o
tema de molhagem da última unidade de impressão contrário ocorre quando o papel perde umidade para o
(verniz base-água); as máquinas de acabamento são ambiente da sala de impressão. Ao ganhar umidade, as
dotadas de uma estufa de secagem e de sistemas de bordas do papel tornam-se onduladas e pode ocorrer a
alimentação de folhas semelhantes ao de uma impressora formação de rugas próximo da contrapinça das folhas; ao
ofsete plana ou de uma dobradeira de bolsa e podem perder umidade, as bordas do papel tornam-se retesadas
aplicar vernizes à base de solventes de diversos tipos, a e pode ocorrer rugas próximo do centro das folhas. Para
frio ou a quente. evitar troca de umidade com o ambiente, o papel deve ser
mantido embalado até o momento de entrar em máquina,
Envernizamento com reserva <spot varnishing> - assim como entre uma entrada e outra. A estabilidade
Processo de sobreimpressão de uma camada de verniz dimensional do papel pode ser avaliada com um expan-
transparente em apenas algumas áreas do produto símetro.
impresso. Termo alternativo: <spot coating>. Ver também:
Envernizamento <varnishing>. Estabilidade dimensional do papel <paper dimen-
sional stability> - Expansividade de um papel, expressa
Envernizamento UV <UV coating> - Processo de apli- em porcentagem de alongamento ou contração, causada
cação de uma espessa camada de verniz ultravioleta em por variação de umidade relativa ou do seu conteúdo de
capas de livros, revistas ou outros produtos impressos, umidade; a maior variação ocorre no sentido perpendicu-
proporcionando elevado brilho e resistência ao atrito. lar à direção das fibras.

Envernizar <to coat> - Aplicar sobre as folhas impressas Estampagem - [1] <die embossing> - Processo de aca-
um filme de verniz transparente com o propósito de pro- bamento que emprega moldes de aço ou latão gravados,
mover brilho, proteção e aumentar a qualidade. a quente ou a frio, numa prensa especial, para estampar
o papel ou o cartão com desenhos em relevo. [2] <die-
Equipamento de conversão <converting equipment> stamping> - {a} Processo de acabamento que emprega
- Equipamento utilizado em operações de acabamento, chapas de latão ou de outro metal para estampar a capa
tal como: corte-e-vinco, laminação, dobra, colagem etc., de livros; a estampa pode ser feita com tinta ou com
acoplado ou não a uma impressora. laminado metálico; quando feita sem tinta recebe o nome
de estampa cega <blind stamp>. {b} Processo a entalho
Escadinha - [1] Ver: Marca de alceamento <collating
que consiste em pressionar o papel ou o cartão com
mark>. [2] Ver: Serrilhado <aliasing>. Termo alternativo:
moldes de aço ou de cobre, em prensas especiais, que
vinheta.
pressionam o suporte para produzir relevo nas áreas
Escova <ring brush> - Ferramenta utilizada na prepa- entintadas, empregado na impressão de cartões. Termos
ração da lombada do miolo para remover restos de papel alternativos: <copper engraving>; <steel engraving>. [3]
e expor fibras para a colagem. <stamping> - {a} Processo de impressão em baixo-
relevo, empregado na decoração da capa ou da lombada
Espessura - [1] <bulk> - {a} O mesmo que corpo de um de um livro encadernado, por meio de punção quente. {b}
livro. {b} Distância vertical do corte de um livro, incluindo Relevo, pintado ou não, que completa ou substitui uma
a capa. [2] <ply> - Distância vertical entre os dois lados impressão propriamente dita. {c} Processo que emprega
de uma folha de cartão. [3] <thickness> - Distância verti- folhas metalizadas ou coloridas para imprimir textos ou
cal entre os dois lados de uma folha de papel, medida desenhos, em capas de livros e revistas, utilizando
com micrômetro, sob condições especificadas, expressa prensas especiais ou máquinas tipográficas adaptadas
em milésimos de milímetro ou de polegada. [4] <swell> para estampagem a quente. Termo alternativo: <hot
- Termo que descreve a grossura precisa da lombada de stamping>. {d} Processo de gravação de uma imagem
um livro. em relevo sobre uma superfície impressa, servindo-se de

314
prensas especiais que utilizam matrizes macho e fêmea geralmente capas de livros e embalagens, com folhas
pressionadas contra o suporte. Termo alternativo: relevo metalizadas pressionadas por um clichê aquecido. Ver
seco. Ver também: Gravação a seco <dry-stamping>; também: Estampagem <embossing>; Estampagem a
Impressão em relevo <embossing>. {e} Processo de quente <foil stamping>.
decoração por pressão, em alto ou baixo-relevo, de su-
portes diversos por meio de moldes. Termos alternativos: Estampar - [1] <to emboss> - Decorar a capa de um livro
gofragem <embossing>; impressão a seco <dry printing>; encadernado com motivos em relevo. [2] <to imprint> -
timbragem. [5] <swagging> - Ato ou efeito de estampar. Imprimir em relevo por rebatimento, mediante matriz
gravada, sobre papel, couro, tecido etc. Termo alternativo:
Estampagem a frio <cold embossing> - Gofragem ou <to stamp>.
gravação em relevo, feita em papel ou em cartão, sem o
Estampar a frio - Ver: Gofrar <to emboss>.
emprego de calor.
Estampar a seco - Ver: Gofrar <to emboss>.
Estampagem a ouro <gold stamping> - Processo de
estampagem a quente ou a frio empregado para decorar Estampar em branco <to blank> - Termo empregado na
capas de livros com ouropel ou com folhas de ouro. encadernação e no acabamento para designar o processo
de estampagem cega. Ver também: Estampagem cega
Estampagem a quente <hot stamping> - {a} Processo
<blind embossing>.
de estampagem pela utilização de decalque a quente, a
partir de tiras metalizadas em ouro, em prata ou em Esteira de saída da dobradeira <folder delivery belt>
outras cores, realizado em prensas tipográficas especiais - Dispositivo de uma impressora rotativa, localizado sob
ou adaptadas. Termos alternativos: <foil stamping>; a aranha de saída da dobradeira, sobre o qual os cader-
<hot-foil blocking>; <hot-foil stamping>; <leaf stamping>. nos caem e são transportados em direção ao empilhador.
{b} Processo de estampagem de alguns tipos de plástico
com o emprego de calor. Esteira transportadora - [1] <belt conveyor> - Dispo-
{a} o processo hot-stamping é muito utilizado para sitivo dotado de uma malha metálica móvel, ou de um
decorar embalagens e imprimir títulos em capas de livros conjunto de correias paralelas, cuja função é transportar
e revistas; a matriz de impressão é um clichê tipográfico folhas ou cadernos em diversos tipos de equipamentos
de latão aquecido que pressiona a tira metalizada contra gráficos. Termos alternativo: <band conveyor>; <endless
a superfície a ser estampada, transferindo a imagem belt>. [2] <mailroom conveyor> - Sistema de transporte
apenas nas áreas correspondentes ao alto-relevo da de volumes no setor de expedição.
matriz. Estojo <slipcase> - Caixa decorativa e protetora na qual
Estampagem a seco <dry stamping> - Processo de um livro é encaixado com a lombada visível, algumas
gravação de desenhos ou de textos em produtos im- vezes utilizado para comportar dois ou três volumes. Ter-
pressos, sem ouro ou sem tinta, deixando apenas a mos alternativos: <shell>; <slip case>.
marca da pressão em baixo-relevo. Termo alternativo: Estrado <skid> - {a} Plataforma de madeira sobre a qual
gravação seca. o papel ou o produto impresso é empilhado para transporte
com empilhadeira de garfo. {b} Pilha de papel arrumada
Estampagem cega - [1] <blind embossing> - {a} Técnica
sobre uma plataforma de madeira. {c} Qualquer quantidade
empregada na encadernação e no acabamento, que con-
de papel empilhado sobre uma base; geralmente os
siste em gravar ou pressionar um molde em relevo contra
estrados contêm cerca de uma tonelada de papel. Termo
um suporte, a frio, sem aplicar tinta ou corante. {b} Relevo
alternativo: <skid of paper>. Ver também: Palete <pallet>.
gravado no papel ou cartão através de moldes ou intaglio.
[2] <blind-stamping> - Impressão feita na capa de um Estrago <spoilage> - {a} Folhas mal impressas, danifi-
livro, empregando calor e pressão, sem o uso de tinta ou cadas ou defeituosas que não podem ser aproveitadas
laminado, freqüentemente utilizada para quebrar o padrão no acabamento. {b} Quantidade de papel perdida durante
de acabamento do material de revestimento antes da a tiragem, imprevisível porém evitável visto ser causada
estampagem com tinta ou laminado metálico. Termo por descuido, aumentando o custo, diminuindo a produti-
alternativo: <blanking>. [3] <blind tooling> - Método de vidade e causando efeito desmoralizante. Termos alter-
decoração de capas de livros encadernados que consiste nativos: perdidos; quebra. Ver também: Desperdício
em cobrir a capa com uma folha de papel desenhado e <waste>.
traçar o desenho com um instrumento aquecido. Termo
alternativo: <blinding in>. Estrago percentual <% spoilage> - Quantidade de
papel desperdiçada durante os processos de manuseio,
Estampagem laminada <foil embossing> - Operação de impressão e de acabamento, expressa em porcen-
de acabamento que consiste em decorar o suporte, tagem da quantidade total consumida.

315
Etiqueta - [1] <bundle tag> - Rótulo de identificação de cutelo que força o papel entre os roletes de dobra; a folha
uma pilha de folhas ou um pacote de cadernos impressos, de papel é empurrada pela faca, de um mecanismo de
contendo a quantidade e as características do trabalho. dobra para outro, até completar o número de dobras
[2] <load tag> - Rótulo de identificação de pacotes ou desejado. Termo alternativo: lâmina de dobra <tucker
pilhas de produtos impressos, contendo o nome do cli- blade>. {b} Lâmina de aço afiada que refila o excesso ou
ente, o título do produto e o destino, para orientar e con- corta a folha de papel no formato especificado. {c}
trolar a expedição. [3] <skid tag> - Rótulo fixado às Utensílio de cortar papel. {d} Lâmina cortante do tesourão.
pilhas de folhas ou cadernos impressos para identificar Ver também: Tesourão <scissors>. {e} Lâmina cortante
o trabalho, as próximas operações etc. [4] <tab> - Rótu- de uma guilhotina linear ou trilateral. Termo alternativo:
lo fixado a uma pilha de papel impresso para identificar <trimming knife>. {f} O mesmo que navalha. Ver também:
as folhas que devem ser processadas separadamente no Navalha <knife>. {g} O mesmo que telha. Ver também:
acabamento. Telha <tile>. [3] <cutting rule> - Chapa de corte ou faca
de corte-e-vinco. Termo alternativo: <cutting knife>.
Etiqueta adesiva sob pressão <pressure-sensitive [b] uma consideração importante é o ângulo da faca
label> - Etiqueta primária impressa em suportes sofisti- de uma guilhotina de cortar papel, em torno de 22° para
cados, auto-adesivo, corte-vincada, fixada a uma base a maioria dos papéis; outra consideração é a pressão do
siliconada ou agente liberador para fácil aplicação. Abrevia- balancim em função da espessura do papel; as facas das
tura: (PS). Termo alternativo: etiqueta auto-adesiva. guilhotinas lineares podem ser de aço inoxidável ou vídea
Etiqueta aplicada com cola <glue-applied label> - <carbide>; o ângulo de corte depende da espessura do
Tipo comum de etiqueta primária pré-impressa, principal- material a ser cortado: papel fino <lightweight> requer
mente em papel, geralmente envernizada, cortada após ângulo menor do que papel pesado.
a impressão ou bobinada, cujo adesivo é aplicado no mo- Faca cega <dull slitter> - Diz-se de uma faca de corte
mento de fixá-la à embalagem. Termo alternativo: <cut de papel que produz um corte irregular devido ao desgaste
and stack label>. ou a irregularidade de geometria.
Etiqueta auto-adesiva <gummed label> - Rótulo impres- Faca circular - [1] <dinky slitter> - Lâmina rotativa
so para identificação de produtos ou para endereçamento instalada na saída de uma impressora rotativa, para
de correspondência. Termo alternativo: etiqueta adesiva refilar a borda dos cadernos, especialmente tablóides.
sob pressão <pressure sensitive label>. [2] <shear slitter> - Conjunto de duas lâminas circulares,
Etiqueta corte-vincada - [1] <die-cut label> - Diz-se de superior e inferior, que corta o papel por ação de cisalha-
etiqueta cujo esqueleto do suporte é descartado após a mento. [3] <slitter> - Lâmina rotativa afiada instalada
corte-vincagem e separação da etiqueta. Termos acima do funil da dobradeira de uma impressora ofsete
alternativos: <diecut label>; <laid-in label>. [2] <laid on ou numa dobradeira de bolsa, a fim de dividir o papel, em
label> - Diz-se de etiqueta cujo esqueleto do suporte movimento, em tiras mais estreitas. Termos alternativos:
permanece fixado à base após a operação de corte-e- <circular cutter>; <cutting wheel>; <disc knife>; <fly
vinco, como no meio-corte. Termo alternativo: <face cut knife>; <slitter wheel>.
label>. Faca da guilhotina <paper knife> - Lâmina reta de
metal cujo bisel é constituído de outro metal, afiado em
Eurobind - Tipo de encadernação com cinco vincos na
ângulo adequado ao corte de diferentes tipos de papel.
capa. A segunda capa é colada entre o primeiro e o
segundo vincos. A terceira capa é colada entre o quarto Termos alternativos: faca <knife>; navalha <knife>.
e o quinto vincos. A abertura do livro causa um Faca de corte - [1] <cutoff knife> - Faca ou lâmina
deslocamento da lombada em direção à terceira capa. localizada na dobradeira de uma impressora rotativa,
Expedição - [1] <drop shipment> - Múltiplas entregas antes da dobra de morcete, cuja função é cortar a bobina
do mesmo pedido, ou entrega de diversos lotes em mais de papel em cadernos individuais. [2] <fly knife> -
de um endereço. [2] <shipment> - Operação de expedir Lâmina rotatória que corta o papel numa folhadeira. [3]
os produtos acabados. [3] <shipping room> - Setor onde <slitter knife> - Faca circular, localizada antes da mesa
os produtos acabados são armazenados, embalados e do funil da dobradeira de uma impressora rotativa, cuja
despachados. função é dividir a bobina ao meio, produzindo duas tiras.

Faca de corte-e-vinco <steel-rule die> - Ferramenta

F constituída de aço, madeira e borracha utilizada para


cortar, vincar, riscar e perfurar embalagens de cartão, em
diferentes formatos. Termos alternativos: <cutting die>;
Faca <knife> - {a} Lâmina metálica da dobradeira de chapa de corte-e-vinco.

316
Faca de meio-corte <scoring rule> - Lâmina afiada, Fechado no pé <bound to the foot> - Diz-se de um
montada numa matriz de corte-e-vinco, mais curta do caderno dobrado que apresenta a borda inferior fechada.
que a faca de corte, para cortar apenas a folha superior O traçado de página (espelho) de um caderno fechado no
do papel auto-adesivo. pé apresenta as páginas de numeração maior <high
folio> no centro do leiaute, e as páginas de numeração
Faca de serrilha <serrated knife> - Lâmina circular menor <low folio> nas extremidades opostas.
dotada de segmentos cortantes a intervalos regulares ao
longo do perímetro, utilizada para serrilhar a dobra dos Fecho - [1] <bolt> - Espécie de tranca metálica, orna-
cadernos. mental, composta de duas peças presas às capas de um
livro ou de um álbum, a fim de mantê-las fechadas. [2]
Faca de vinco - [1] <creasing rule> - Lâmina de metal <flap> - O mesmo que pestana.
flexível, montada numa estrutura de madeira, empregada
nas operações de corte-e-vinco. Termo alternativo: fio de Fecho de envelope - Ver: Pestana <flap>; Solapa
vincar. [2] <cutscore> - Lâmina afiada, montada numa <flap>.
matriz de corte-e-vindo, mais baixa do que a faca de
corte, para cortar apenas parcialmente o papel, a fim de Fechos - [1] <bolts> - Bordas fechadas de um caderno
facilitar a dobra. ou folha dobrada, exceto a lombada, as quais são
refiladas ao final do processo de encadernação; um livro
Faca linear <razor blade slitter> - Ver: Cortador <slitter>. mal refilado apresenta os fechos total ou parcialmente
fechados. [2] <closed bolts> - Dobra de um caderno que
Facão - Ver: Tesourão <scissors>. não foi serrilhada ou refilada.
Face superior <top side> - O mesmo que lado feltro do Fecho superior <head bolt> - Dobra fechada da cabeça
papel. Ver também: Lado feltro <felt side>.
de um caderno.
Face-tela <wire side> - O mesmo que lado tela do papel.
Ferramenta de afiar <honing tool> - Rebolo que se
Falsa central - Ver: Dupla falsa <false spread>. presta à retificação de facas retas e circulares.

Falsa costura <false sewing> - Método de encadernação Fibra curta - [1] <grain short> - Diz-se do papel que
de livros em lombada quadrada que consiste em trans- apresenta orientação de fibras paralela à menor dimensão
passar a dobra da lombada dos cadernos, de dentro para da folha. [2] <short-grain sheet> - Folha de papel cuja
fora, com segmentos de fios em forma de U, deixando menor dimensão é paralela à orientação das fibras. Ter-
sobras de cerca de 10 mm na parte externa da lombada mo alternativo: <grain-short>. Ver também: Fibra longa
que serão presas pela cola quente que fixa a capa ao <grain long>.
miolo. Ver também: Costura de cola <two shot sewing>.
Fibra longa - [1] <grain long> - Diz-se de um papel que
Falsa-guarda <hifen> - Ver: Salvaguarda <safeguard>. apresenta orientação de fibras paralela à maior dimensão
da folha. [2] <long-grain sheet> - Folha de papel cuja
Falso-dorso - Ver: Lombada falsa <false spine>. maior dimensão é paralela à orientação das fibras. Termo
alternativo: <grain-long>; <long-grain>. Ver também:
Fardo <bundle> - [1] Pacote contendo 1000 folhas de
Fibra curta <grain short>.
papel. Ver também: Pacote <bundle>. [2) Pacote de
cadernos prensados formado após a operação de dobra, Filetado <tooling> - Ornamento aplicado em capas de
que serve como meio de acondicionamento destes até a livros, a ouro, em branco ou com estampas coloridas,
operação de encadernação. através de estampagem a quente ou moldes. Termos
alternativos: filetado de encadernação; <gold tooling>.
Fascículo <fascicle> - {a} Cada um dos cadernos ou
conjunto de cadernos de uma obra impressa, publicados Filetado de encadernação - Ver: Filetado <tooling>.
sucessivamente com certa periodicidade, a fim de compor
volumes completos. {b} O mesmo que número. Termos Filetador <stripping tool> - Instrumento usado no
alternativos: <fascicule>; número <number>. acabamento para decorar capas e lombadas de livros
encadernados.
Fechado na cabeça <bound to the head> - Diz-se de
um caderno dobrado que apresenta a borda superior Filetagem - [1] <filleting> - Técnica de estampagem de
fechada. O traçado de página (espelho) de um caderno capas ou lombadas de livros com fios de ouro, utilizando
fechado na cabeça apresenta as páginas de numeração um instrumento aquecido para fundir as folhas de ouro.
menor <low folios> no centro do leiaute, e as páginas de Termo alternativo: <gold tooling>. [2] <stripping> -
numeração maior <high folios> nas extremidades Processo de fixação de tiras de musselina aos cadernos
opostas. de um livro, a fim de proporcionar um reforço extra ao

317
produto acabado. Película plástica, brilhante ou fosca, aplicada a quente
sobre produtos impressos, geralmente capas de livros e
Filetar <to fillet> - Ornamentar a capa ou a lombada de revistas, a fim de conferir-lhes proteção e embelezamento.
um livro encadernado com fios dourados ou de outras
cores. Termo alternativo: <to thread>. Filme termoplástico <thermoplastic film> - Película de
material polimérico que sofre amolecimento quando
Filete <fillet> - {a} O mesmo que fio e remate. {b} Fio aquecido, empregado em processos de plastificação e
ornamental dourado impresso ou estampado em capas laminação de capas de livros, revistas e outros produtos
e lombadas de livros encadernados. Termo alternativo: impressos.
friso. {c} Ferramenta utilizada para filetagem de capas e
de lombadas de livros. Termo alternativo: sinalefa. Ver Filme termo-retrátil <thermoretractile film> - Filme
também: Fio <rule>; Fio de contorno <silhouette>. retrátil que sofre encolhimento por ação do calor, utilizado
para embalar produtos impressos.
Filete de corte <cutting stick> - Barra de madeira ou de
material plástico embutida na mesa de uma guilhotina, Fio de corte <cutting rule> - Fio metálico montado numa
diretamente abaixo da faca, a fim de protegê-la contra faca de corte-e-vinco, a fim de produzir o corte de cartu-
danos. Termos alternativos: contrafaca; <pad>; régua. chos. Termo alternativo: filete de corte <cutting stick>.
Ver também: Fio de corte <cutting rule>.
Fio de costura <sewing thread> - Linha de algodão ou
Filete inglês <English fillet> - Fio ornamental, grosso de material sintético empregado no processo de enca-
no centro e afinado nas extremidades, aplicado à capa dernação para prender os cadernos de um livro ou de uma
ou à lombada de um livro encadernado. Termo alternativo: revista através da lombada. Termo alternativo: linha
bigode <fillet>. <thread>.

Filme de BOPP <BOPP film> - Filme de polipropileno Fio de dobra - Ver: Fio de vincar <creasing rule>.
biorientado utilizado no processo de plastificação de
produtos impressos. Fio de encadernar <stitching wire> - O mesmo que
arame.
Filme de faca de corte <steel-rule die film> - Fotolito
que contém o traçado da faca de corte-e-vinco e as Fio de picotar <perforating rule> - {a} O mesmo que
cruzes de registro coincidentes com aquelas dos filmes serrilha. {b} Tira metálica fixada ao cilindro da blanqueta
de seleção de cores. ou de contrapressão de uma impressora ofsete para
serrilhar o papel. Ver também: Picote <perforating comb>.
Filme de polietileno <polyethylene film> - Polímero
plástico utilizado na impressão de embalagens flexíveis Fio de picote - Ver: Picote <perforating comb>.
e como material de revestimento nos processos de plas- Fio de vincar <creasing rule> - Fio metálico utilizado
tificação. Termo alternativo: <poly film>. para produzir vincos em papel ou cartão com o propósito
Filme de polipropileno termolaminável <polypro- de facilitar a dobragem. Termos alternativos: <creasing
pylene thermal laminating film> - Película plástica, sticks>; faca de vinco; fio de dobra; fio seco. Ver tam-
brilhante ou fosca, aplicada a quente sobre produtos im- bém: Fio <rule>; Vinco <crease>.
pressos, geralmente capas de livros e revistas, a fim de
Fios de picote <perforating comb> - Fios de aço, de 1
conferir-lhes proteção e embelezamento. ou 2 pontos de largura e ligeiramente mais altos do que
Filme encolhível <shrink wrap> - Tipo de filme plástico os tipos, montados na fôrma tipográfica, a fim de produzir
biorientado que sofre encolhimento quando aquecido, as serrilhas.
conformando-se ao produto em torno do qual é enrolado, Fio seco - Ver: Fio de vincar <creasing rule>.
usado como embalagem à prova de umidade.
Fita adesiva - [1] <adhesive glassine paper> - Papel go-
Filme estirável <stretchable film> - Filme plástico mado enrolado em bobinas estreitas de pequeno diâmetro,
flexível que tem a propriedade de sofrer estiramento usado para reparar livros, pautas etc. [2] <adhesive
elástico quando tracionado, empregado no processo de tape> - Fita utilizada na montagem de fotolitos, para
embalagem de produtos impressos. emendar bobinas em impressoras rotativas e diversas
Filme retrátil <retractile film> - Material plástico que outras aplicações em artes gráficas. [3] <binding tape>
tem a propriedade de se conformar ao volume que está - Tira de papel adesivado, utilizada para fechar caixas e
sendo embalado. outras operações de acabamento. Termos alternativos:
<gummed sealing tape>; <gummed sisal tape>; <sealing
Filme termolaminável <thermal-laminating film> - tape>; <splice tape>; <splicing tape>.

318
Fitas - Ver: Cadarços <tapes>. <gold leaf> - Folha muito fina de ouro metálico de 18 ou
22 quilates empregada na decoração de capas de livros
Fitilho - Ver: Cabeceado <headband>. encadernados.
Fixação do reforço <guarding> - Operação de acaba- Folha in-dezesseis <in-16 sheet> - Folha impressa
mento que consiste em prender o reforço, geralmente ao frente-e-verso para formar um caderno de 32 páginas
primeiro e ao último cadernos de um livro encadernado. após a dobragem.
Ver também: Reforço <backlining>.
Folha in-doze <in-12 sheet> - Folha impressa frente-e-
Flexão de página <page flex> - Estiramento e distensão verso para formar um caderno de 24 páginas após a
que as páginas de um livro encadernado podem suportar dobragem. Termo alternativo: duodécimo <duodecimo>.
antes de se soltarem da lombada. Ver também: Teste de
tração de página <page-pull test>. Folha in-fólio <folio sheet> - Folha impressa frente-e-
verso para formar um caderno de quatro páginas após a
Flexível <flexible> - Termo genérico que designa o dobragem.
acabamento de livros com capa mole.
Folha in-oitavo <in-octavo sheet> - Folha impressa
FOGRA: Associação de Pesquisa e Tecnologia Gráfica frente-e-verso para formar um caderno de 16 páginas
sediada em Munique, na Alemanha. após a dobragem. Abreviatura: (in-8º).
Folha cortada <cut sheet> - {a} Papel refilado em Folha in-quarto <in-quarto sheet> - Folha impressa
guilhotina ou cortadeira rotatória. {b} Papel refilado em frente-e-verso para formar um caderno de oito páginas
formatos padronizados, inferior a 16 x 21 polegadas, após a dobragem. Abreviatura: (in-4º).
sendo o mais comum o formato 81/2 x 11 polegadas. {c}
Papel refilado em formatos predeterminados e embalado Folhar <to sheet> - Cortar o papel ou cartão em folhas
em resmas. de formato padronizado.

Folha de guarda - Ver: Guarda <end leaf>. Folhas curtas <short sheets> - Diz-se das folhas de
papel cortadas em formato menor do que o padrão e
Folha de intercalação - [1] <interleaving blotting> - inadvertidamente misturadas na resma.
Papel absorvente colocado entre as folhas impressas
para evitar o decalque. Termo alternativo: <drying paper>. Folhas de intercalação <interleaving blotting> - Folhas
[2] <slip sheet> - Folha de papel colocada entre duas de papel absorvente colocadas entre as folhas impressas
folhas recém-impressas, a fim de evitar o decalque ou a para evitar o decalque.
blocagem. Ver também: Decalque <setoff>.
Folhas de mala <book> - Conjunto de 50 a 100 folhas,
Folhadeira - [1] <roll sheeter> - Dispositivo que se provenientes de outros trabalhos, empilhadas na mesa
presta a cortar uma bobina de papel em folhas e alimentá- de alimentação, sobre as folhas brancas, a fim de reduzir
las na impressora. Termo alternativo: cortadeira <cutter>. o desperdício no acerto de um novo trabalho.
[2] <sheeter> - {a} Dispositivo acoplado em-linha a uma
impressora de formulários contínuos, a fim de converter Folhas soltas <loose-leaf> - Processo de encadernação
uma bobina de papel em folhas. {b} Equipamento de que permite remover ou substituir as folhas sem danificá-
saída de uma impressora rotativa que corta a bobina las. Ver também: Encadernação de folhas soltas <loose-
impressa em folhas individuais. {c} Dispositivo separado leaf binding>; Encadernação mecânica <mechanical
de uma impressora serigráfica que corta bobinas de binding>.
tecido ou outros suportes em folhas. Ver também: Folha volante <broadsheet> - Folha impressa apenas
Bobina-folha <roll-to-sheet>. num dos lados, com anúncio ou circular, para ser divulga-
Folhadeira dúplex <duplex cutter> - Tipo de cortadeira da em separado. Termo alternativo: volante <broadside>.
de bobinas dotada de duas mesas de entrega <layboy>, Fólio - [1] <drop folio> - Termo empregado na impressão
possibilitando a produção de dois formatos diferentes ao para designar o número de uma página, freqüentemente
mesmo tempo. colocado no pé da página, fora do cabeçalho. Termo
Folha de mala <waste sheet> - Ver: Folha de descarga alternativo: <foot folio>. Ver também: Rodapé <footer>.
<discharge sheet>. [2] <expressed folio> - Qualquer fólio impresso. [3]
<folio> - {a} Termo empregado na tipografia para designar
Folha de ouro - [1] <all purpose gold leaf> - Nome o número de uma página, freqüentemente impresso na
comercial de folhas metalizadas a ouro usadas na es- parte superior externa da página. Ver também: Cabeçalho
tampagem de capas de livros e outras aplicações. [2] <header>. {b} Termo empregado na bibliografia descritiva

319
para designar uma folha de manuscrito ou livro antigo <untrimmed size>.
cujos lados são denominados “R” (recto, ou frente) e “V”
(verso). {c} Termo antigo empregado para designar um Formato americano <American format> - {a} Formato
livro feito de folhas de tamanho padrão dobradas uma vez de papel igual a 87 x 114 cm. {b} Formato de livro igual
para formar um caderno de 4 páginas. {d} Formato de a 14 x 21 cm. Abreviatura: (AM).
papel igual a 17 x 22". {e} Resma ou folha de papel em Formato básico <basic size> - Formato de uma folha,
formato inteiro. {f} Folha dobrada uma vez para produzir expresso em polegadas ou metros, utilizado para definir
um caderno de 4 páginas. Ver também: In-oitavo <in- a gramatura do papel. Termo alternativo: <basic sheet
octavo>; Quarto <quarto>. {g} Manuscrito numerado de size>. Ver também: Formato de papel <paper size>;
um só lado. Termo alternativo: <in-folio>. Gramatura <basis weight>.
Fora-de-esquadro <off square> - Diz-se de uma folha  A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
de papel ou cartão que foi cortada ou refilada de tal modo estabelece o formato básico do papel de acordo com a
que um ou mais cantos desviam do ângulo de 90° exatos, padronização DIN (Deutsche Industrie Normen), a partir
comprometendo o registro de posicionamento da imagem de um retângulo de 1 m2 medindo 841 x 1189 mm
na folha. Termo alternativo: <out-of-square>. (formato A0); a série A compreende os seus submúltiplos,
por exemplo: A1 (594 x 841 mm), A2 (420 X 594 mm), A3
Fora-de-formato <offcut> - Diz-se de um papel que foi (297 x 420 mm), A4 (210 x 297 mm); o formato A0 é
cortado num formato diferente do padrão, para melhor geralmente empregado para a impressão de mapas, A1
aproveitamento do trim de máquina. e A2 para desenhos, A3 para reprografia, e A4 para
laudas. No Brasil, os formatos mais comercializados,
Fora-de-registro <misregister> - Condição que ocorre em função das máquinas impressoras e dos produtos
na impressão quando as diferentes cores não coincidem impressos, são os submúltiplos de 660 x 960 mm (folha
umas sobre as outras, ou quando as imagens são im- inteira), 480 x 660 mm (meia folha) e 330 x 480 (um quarto
pressas fora de posição em relação às bordas do papel, de folha), ou 760 x 1120 (folha inteira), 560 x 760 (meia
ou ainda quando o posicionamento das imagens impres- folha) e 380 x 560 (um quarto de folha). Nos EUA, o
sas na frente e no verso da folha não coincidem. Termos formato básico é especificado segundo o exemplo: 25 x
alternativos: fuga de registro; <misregistration>; <out-of- 38 - 500, onde os dois primeiros números referem-se às
register>; <poor registration>. Ver também: Registro dimensões da folha (em polegadas) e o último expressa
<register>. o número de folhas numa resma.
Formação do dorso - Ver: Formação da lombada Formato bruto <untrimmed size> - {a} Largura da
<backing>. bobina de papel antes do refilo. {b} Dimensões de uma
folha de papel antes do refilo. Ver também: Formato
Formado <backed> - Diz-se do livro que teve a lombada acabado <trimmed size>.
modelada, mas não arredondada, as junções elevadas e
encontra-se pronto para a aplicação do reforço. Formato carta <letter size> - Formato padrão de papel
equivalente a 81/2 x 11 polegadas. Ver também: Formato
Formadora do lombo <backer> - Máquina na qual os de papel <paper size>.
livros são modelados, as junções elevadas e a lombada
preparada para receber o reforço. Formato compêndio <digest format> - Formato de
caderno de 16 páginas, igual a 51/2 x 7" (140 x 178 mm),
Formato - [1] <format> - {a} Tamanho, forma e desenho produzido na dobradeira paralela de uma impressora
de um produto impresso. {b} Dimensões de uma ofsete rotativa. Termo alternativo: formato sumário.
publicação (altura e largura) expressa em centímetros.
{c} Escala fixa de dimensões convencionadas de classi- Formato de papel <paper size> - Dimensões de uma
ficação de livros. {d} Dimensões de um livro determinadas folha de papel; alguns formatos padronizados incluem:
pelo número de dobras que uma folha de papel impresso AA (76 x 112 cm), A4 <formato internacional> (21 x 29,7
recebeu para formar um caderno. [2] <size> - {a} Dimen- cm), Almaço <o dobro do formato ofício> (33 x 44 cm),
sões (altura e largura) de uma folha de papel de impressão. Americano <livro refilado de 14 x 21 cm> (87 x 114 cm),
{b} Dimensões de um caderno impresso, dependente do BB (66 x 96 cm), Francês <livro refilado de 13,5 x 20,5
número de vezes que uma folha é dobrada para produzir cm> (76 x 96 cm), ofício <metade do formato almaço>
um certo número de páginas, tais como: fólio (4 páginas), (22 x 33 cm), Double elephant <desenho e escrita> (263/
quarto (8 páginas), oitavo (16 páginas) etc. 4 x 40"). Ver também: Formato básico <basic size>.

Formato acabado <trimmed size> - {a} Largura da Formato DIN <DIN size> - Sistema internacional de
bobina de papel após o refilo. {b} Dimensões de uma folha padronização de formatos de papel de impressão, adotado
de papel após o refilo. Ver também: Formato bruto em 1922, na Alemanha, aprovado pela ISO, baseado no

320
sistema métrico, cuja proporção largura : altura é sempre Formatos A de papel <A-sizes of paper> - Formatos
constante, a partir de um formato original (A0) que cons- métricos do papel (padrão ISO R216) que têm por base
titui um retângulo de um metro quadrado (0,841 x 1,189 numa folha retangular cuja medida é 841 x 1149 mm (A0),
m); os submúltiplos (A1, A2, A3 etc.) são obtidos ou um metro quadrado.
dobrando-se ao meio a folha de formato imediatamente
superior; os formatos intermediários (séries B, C, D) têm Formatos C <C sizes> - Séries ISO de formatos de
a mesma proporção (2A0, 3B0 etc.). papel para confecção de envelopes e pastas de arquivo.

Formato envelope <envelope shape> - Formato comum Formatos de papel - [1] <paper sizes> - Dimensões
de envelopes, em distinção ao formato de saco. internacionalmente convencionadas para papéis cortados
em folhas, tal como o sistema ISO empregado na maioria
Formato executivo <executive size> - Formato de dos países, baseado em duas séries de formatos (A e B),
papel igual a 73 x 101 polegadas, geralmente utilizado na as quais são subdivididas ao meio do lado maior para
impressão de artigos de papelaria. produzir o próximo formato (A0, A1, A2, A3 etc.),
mantendo as proporções da folha constantes; a letra
Formato internacional <international size> - Série pa-
dronizada de formatos de papel recomendados pela ISO, indica a série e o algarismo indica o número de vezes que
derivados do formato básico de uma folha medindo 1 m2 a folha é dobrada ao meio; o formato A0 (1189 x 841 mm)
(84,1 x 118,9 cm) conservando-se a mesma proporção tem 1 m2 de área, permitindo medir diretamente a
altura:largura. Ver também: Formato básico <basic gramatura do papel (g/m2). Termo alternativo: formatos
size>. internacionais de papel <international paper sizes>. [2]
<stock sizes> - Diz-se dos formatos mais comuns de
Formato italiano <Italian format> - Formato de livro papéis e cartões estocados pelos fabricantes,
oblongo, cuja largura é maior do que a altura. Termos distribuidores ou consumidores.
alternativos: formato solfa <sol-fa format>; formato
oblongo <oblong format>. Formatos internacionais de papel <international paper
sizes> - Ver: Formatos de papel <paper sizes>.
Formato legal <legal size> - Formato de papel
correspondente a 81 x 14 polegadas. Formatos ISO de papel <ISO paper sizes> - Padrão
internacional de formatos de papel cuja relação largura-
Formato magazine <magazine format> - Formato de comprimento (1:1,414) é constante para qualquer múltiplo
caderno de 16 páginas, igual a 81 x 11", produzido na ou submúltiplo, aprovado pela ISO. Ver também: Formato
dobradeira de cutelo de uma impressora ofsete rotativa. de papel <paper size>; Série A <A series>; Série B <B
Termo alternativo: formato revista. Ver também: Dobra series>.
um quarto <quarterfold>.
Formato solfa <sol-fa format> - Ver: Formato italiano
Formato máximo do papel <maximum paper size> - <Italian format>.
A maior dimensão de uma folha de papel que uma
determinada máquina pode alimentar. Ver também: Formato sumário - Ver: Formato compêndio <digest
Formato mínimo do papel <minimum paper size>. format>.
Formato mínimo do papel <minimum paper size> - A Formato tablóide - [1] <tabloid format> - Formato de
menor dimensão de uma folha de papel que uma deter- caderno de 8 páginas, igual a 11 x 17", produzido na
minada máquina pode alimentar. Ver também: Formato dobradeira de morcete de uma impressora ofsete rotativa.
máximo do papel <maximum paper size>. [2] <tabloid size> - Dimensões de um produto impresso
equivalente à metade do formato jornal (aproximadamente
Formato oblongo <oblong format> - Ver: Formato
30 x 40 cm).
italiano <Italian format>.
Formato volante <broadsheet format> - Formato de
Formato padrão <standard size> - Formato no qual o
papel é cortado segundo as normas de padronização caderno de 4 páginas, igual a 17 x 22", produzido na
existentes. Ver também: Formatos de papel <paper dobradeira de corte de uma impressora ofsete rotativa.
sizes>; Série A <A series>; Série B <B series>. Formulário - [1] <blank form> - Impresso padronizado
Formato refilado <trim size> - Dimensões finais de contendo espaços em branco para serem preenchidos.
uma página ou de um produto impresso acabado. Termo Abreviatura: (form). [2] <formulary> - Modelo de impressos
alternativo: <cut-off size>. comerciais. Termo alternativo: modelo <form>.

Formato revista - Ver: Formato magazine <magazine Formulário carbonado <carbonized form> - Formulário
format>. contínuo multivia intercalado com folhas de papel-carbono.

321
Formulário comercial - Ver: Formulário contínuo as páginas e proporcionar a máxima colagem. Termo
<business form>. alternativo: <roughening head>. [2] <shredder head> -
Dispositivo de uma máquina encadernadora que corta a
Formulário contínuo - [1] <business form> - Conjunto lombada dos cadernos dobrados, a fim de expor as
de folhas padronizadas, brancas ou impressas, separadas folhas individuais ao adesivo.
por serrilha, que alimentam seqüencialmente um sistema  [1] diversos dispositivos podem ser empregados para
de impressão. Termos alternativos: <blank form>; abrir a lombada dos cadernos, incluindo: facas circulares
<continuous form>; formulário comercial. [2] <fanfold> - <rotary knives>, lâminas de serra <saw blades>, discos
Maço de folhas intercaladas com carbono para fazer de lixa <sanding disks>, escovas circulares <rotary
cópias datilografadas. brushes> e cabeçotes fresadores <milling heads>.
Forro - [1] <back liner> - Camada do verso de um cartão Fresadora <milling machine> - Dispositivo de uma má-
multicamadas, geralmente com diferentes características quina de encadernação com adesivo que faz a fresagem
da camada superior <top liner> ou <skin> e do miolo da lombada dos cadernos alceados. Termo alternativo:
<filler ply>. [2] <cardboard lining> - Diz-se dos papéis <miller>. Ver também: Fresa <milling head>.
utilizados para forrar pranchas de papelão ondulado, po-
dendo variar de qualidade conforme o uso. Ver também: Fresagem - [1] <milling> - Operação de desbaste da
Miolo <cardboard middle>. [3] <inner lining> - {a} Metade lombada dos cadernos de livros e revistas a ser encader-
interna da capa semi-flexível de um livro. {b} Papel colado nados com adesivo. Ver também: fresa <milling head>.
na parte interior da lombada de um livro, a fim de evitar o [2] <notching> - Processo de preparação da lombada de
seu empenamento. [4] <liner> - Folha plana e fina de livros e revistas, através de cortes serrilhados que serão
cartão colada em ambos os lados de uma prancha de preenchidos com cola. [3] <roughing> - Tratamento da
papelão ondulado. [5] <lining> - Material de reforço cola- lombada de livros, antes da aplicação do adesivo, a fim
do à lombada de um livro de capa dura, antes da aplica- de expor as fibras das páginas e aumentar a área de
ção da capa. Termo alternativo: guarnição. colagem.
Francês <French> - Formato de papel (76 x 96 cm) cuja Fresar <to mill> - Desbastar a lombada de um livro ou
folha comporta 32 páginas de livro em formato 14 x 21 revista para fazer a encadernação com adesivo. Ver tam-
cm. bém: Desbastar <to grind>.
Franzido - [1] <cockle> - Condição na qual o papel do Frouxo <loose> - {a} Diz-se de um livro costurado com
livro torna-se ondulado devido à absorção excessiva de fios pouco tensionados. {b} Diz-se de um livro impropria-
umidade. [2] <pucker> - Defeito produzido no papel, mente colado à capa. {c} Diz-se de um livro insufici-
durante a secagem, por contração desuniforme, origi- entemente reforçado.
nando ondulações orientadas contra as fibras.
Full - Dri - Linha de adesivo da HB Fuller para a encader-
Frente - [1] <face> - {a} Página da direita de um livro nação em dois estágios com cola fria e hot-melt.
aberto, usualmente numerada com algarismo ímpar. Ver
também: Reto <recto>; Verso <verso>. {b} Primeiro lado Fundo <offside> - Parte da capa dura de um livro oposta
impresso de uma folha de papel. [2] <front> - {a} Borda à frente.
de um livro oposta à lombada. Termos alternativos: corte
da abertura <front edge>; <face margin>; <outside Funil <former> - Peça metálica lisa, de formato triangular,
margin>; <thumb edge>. {b} A primeira metade de um localizada próximo da entrada da dobradeira de uma
livro. [3] <front side> - Lado de operação de um equi- impressora rotativa, cuja função é dobrar a tira de papel
pamento. [4] <lay edge> - {a} Borda frontal de um livro. {b} ao meio, no sentido longitudinal, a fim de formar a primei-
Borda de pinça de uma dobradeira de bolsa. [5] <top> - ra dobra do caderno. Termos alternativos: mesa do funil
O mesmo que lado feltro do papel. <former board>; <triangular former plate>. Ver também:
Dobra de funil <former fold>.
Frente-e-verso - [1] <back to back> - Impressão feita
dos dois lados do papel. [2] <sheetwise> - Imposição de Funil duplo <double former> - Dispositivo da dobradeira
montagem que emprega diferentes chapas para a de uma impressora rotativa dotado de duas mesas de
impressão de cada um dos lados do papel. Abreviatura: dobra de funil, o que permite a produção de dois cadernos
(W&B). Termos alternativos: <backup>; branco e reverso; independentes sem a necessidade de desintercalação.
<work and back>.
Furação <drilling> - Operação de acabamento que con-
Fresa - [1] <milling head> - Ferramenta de uma máquina siste em perfurar folhas ou cadernos no processo de
de encadernação com adesivo que desbasta a lombada encadernação mecânica. Termo alternativo: perfuração
dos cadernos alceados, a fim de expor as fibras de todas <punching>.

322
Furação de três furos <three-hole drilling> - Método de tura. Termo alternativo: <embossing machine>. {b} Profis-
perfuração de folhas ou cadernos com três furos eqüi- sional ou artista gráfico que faz gofragem em papel ou
distantes, para encadernação de folhas soltas em pastas cartão impresso.
com anéis ou pinos metálicos. Termo alternativo: <three-
hole punching>. Ver também: Encadernação mecânica Gofragem - [1] <embossing> - Processo de decoração
<mechanical binding>. de papel ou cartão com texturas em relevo, através de
pressão contra chapas ou cilindros gravados. Termos
Furador - [1] <borer> - Instrumento para furar papel, cou- alternativos: <cambric finish>; <cardboard finish>; relevo
ro, papelão etc. [2] <puncher> - Ferramenta ou máquina seco. Ver também: Estampagem <stamping>; Impressão
usada para perfurar papel, chapa, filme etc. Termo alter- a seco <dry printing>. [2] <pebbling> - Processo de aca-
nativo: <punching machine>. bamento de papel impresso, que consiste em produzir
um efeito ondulado ou granulado. Termo alternativo:
Furos de encadernação <binder holes> - Conjunto de
<embossment>. Ver também: Estampagem <emboss-
perfurações feitas ao longo da lombada das folhas no
ing>.
processo de encadernação mecânica.
O processo de gofragem envolve uma matriz em alto-
relevo, montada sob o suporte a ser estampado, e uma
G contra-matriz em baixo-relevo que se encaixa perfeita-
mente à primeira, montada sobre o suporte; quando
pressionadas, produzem uma imagem em alto-relevo no
Gabarito de paginação <pagination layout> - Traçado suporte; a estampagem pode ser feita a quente ou a frio;
prestabelecido que define as dimensões externas e quando não emprega tinta ou cor é chamada de estam-
internas das páginas de um livro, de uma revista, de um pagem cega <blind embossing>; quando combinada
jornal etc. com laminados recebe o nome de estampagem laminada
<foil embossing>; quando a matriz e a contramatriz são
Gancho <hook needle> - Ferramenta em formato de invertidas para produzir uma imagem em baixo-relevo no
gancho de uma máquina de costura de cadernos que suporte, é chamada de gravação a seco <debossing>. A
executa a laçada da linha de costura. gofragem feita no papel durante o processo de fabricação
Gaveta - [1] <hopper> - Alimentadora de cadernos das envolve um equipamento semelhante a uma superca-
máquinas alceadeiras e grampeadeiras. [2] <pocket> - landra, dotado de um cilindro gravado que pressiona o
Cada uma das estações de uma linha de alceamento por papel contra um cilindro compressível.
onde os cadernos são alimentados. Ver também:
Gofragem a quente <hot embossing> - Processo de
Alceadora <gatherer>; Alceamento <gathering>.
gofragem de papel, cartão ou capas de livros encader-
Gaveta aceleradora <accelerating tray> - Peça de nados, empregando uma chapa ou um cilindro aquecido.
uma linha de encadernação que aumenta a velocidade
Gofrar <to emboss> - {a} Produzir textura em relevo na
com que os cadernos são alimentados na cadeia de
superfície de um papel ou na capa dura de um livro
alceamento. Ver também: Alceamento <gathering>.
através de pressão contra uma chapa ou um cilindro
Gaveta transportadora <clamp> - Dispositivo da enca- gravado, sem o uso de tinta. Termos alternativos: estampar
dernadora automática que mantém o miolo pressionado a frio; estampar a seco.
durante as operações de preparação, encapamento e
Goiva <gouge> - {a} Espécie de formão chanfrado usado
prensagem da lombada.
nos processos de gravura em madeira, estereotipia,
Gaze <crash> - Tecido grosseiro de linho ou algodão encadernação etc. {b} Cinzel dotado de uma lâmina
gomado utilizado para reforçar a lombada de livros enca- cilíndrica com bisel do lado côncavo ou convexo.
dernados em capa dura. Termos alternativos: <super>;
Goteira - [1] <gutter> - {a} Área branca que separa duas
talagarça.
páginas de um livro ou duas colunas de texto. {b} Corte
Gofradeira - Ver: Prensa de gofrar <embosser>. oposto à lombada de um livro, geralmente côncavo nos
livros encadernados. Termos alternativos: canal <canal>;
Gofrado <embossed> - Diz-se de um papel ou cartão canelura <spline>. [2] <gutter margin> - {a} Margem
estampado ou gravado em relevo. Ver também: Papel interna das páginas de um livro. {b} Par de margens entre
gofrado <embossed paper>. duas páginas faceadas. Termos alternativos: <back
margin>; <blind margin>. Ver também: Calha <gutter>.
Gofrador <embosser> - {a} Prensa de gravar em relevo,
dotada de dois rolos gravados (macho e fêmea) por entre Gramagem - O mesmo que gramatura. Ver também:
os quais o papel ou o cartão passa para receber a tex- Gramatura <grammage>.

323
Gramas por metro quadrado <grams per square Grampeação lateral <side-stitching> - Método de
meter> - Notação da gramatura do papel no sistema mé- encadernação de livros e revistas no qual as páginas são
trico, equivalente ao peso (em gramas) de uma folha de fixadas com grampos que atravessam lateralmente a
papel de um metro quadrado, independente do tipo. lombada. Termo alternativo: <side wiring>. Ver também:
Símbolo: (g/m2). Encadernação em lombada quadrada <square back
binding>.
Gramatura - [1] <basis weight> - {a} Massa de uma folha
de papel expressa em gramas por metro quadrado (g/ Grampeadeira - [1] <stapling machine> - Máquina de
m2). {b} Peso, expresso em libras, de uma resma (500 encadernação em lombada canoa ou quadrada que usa
folhas) de papel de um determinado tipo, cortado no for- fios metálicos para prender os cadernos. Termos alter-
mato básico, expresso em polegadas. Termos alterna- nativos: grampeadora; <wire stapling machine>. [2]
tivos: peso básico; <substance>; <substance number>;
<stitching wire machine> - Equipamento que faz a enca-
<substance weight>. Ver também: Peso equivalente
dernação de livros grampeados com fio de arame através
<equivalent weight>. [2] <grammage> - Peso de uma
da lombada dos cadernos.
folha de papel medindo um metro quadrado de área,
expresso em gramas. Termo alternativo: gramagem. Grampeadeira a pedal <foot stapling machine> -
Nos EUA, a gramatura dos cartões é expressa em Máquina de acabamento cujo cabeçote grampeador é
libras por 1000 pés quadrados; a gramatura do papel de acionado por uma alavanca comandada por um pedal.
parede é especificada em onças, e convertida em libras Termo alternativo: <treadle stapler machine>.
por resma multiplicando-se o peso em onças por 4 e
adicionando-se 2; para papel de escrever, o formato de Grampeadeira-refiladora <gang stitch-trimmer> - Linha
uma resma é 17 x 22 - 500 (aproximadamente 1300 pés automática de encadernação em lombada canoa, que
quadrados). grampeia em sela e refila os produtos em-linha, utilizada
Gramatura do papel <paper basis weight> - Peso do na produção de revistas, folhetos etc.
papel, expresso em libras por resma (USA) de papel Grampeador <stapler> - {a} Profissional que opera
cortado num determinado formato básico, ou em gramas máquina de grampear. {b} Equipamento acoplado ou não
por metro quadrado (sistema métrico). a uma linha de encadernação que faz o grampeamento
Gramatura nominal <nominal basis weight> - dos cadernos. Termo alternativo: <wire stapler>.
Gramatura de especificação do papel correspondente à
Grampeadora - Ver: Grampeadeira <stapling machine>.
gramatura média de fabricação, incluindo as tolerâncias.
Termo alternativo: <nominal weight>. Ver também: Grama- Grampeador automático <automatic stapler> -
tura <grammage>; Gramatura real <actual basis weight>. Máquina de acabamento que aplica grampos de arame
Gramatura real <actual basis weight> - Massa de um na lombada de brochuras.
papel medida sob as condições ambientais reais exis- Grampeagem - Ver: Grampeamento <stapling>.
tentes, a qual pode diferir da gramatura nominal devido às
variações do processo de fabricação e à influência do Grampeamento <stapling> - Operação de agrupamento
conteúdo variável de umidade. Ver também: Gramatura dos cadernos de uma revista de lombada canoa, ou um
<grammage>; Gramatura nominal <nominal basis livro brochura, com grampos de arame que atravessam
weight>. a dobra da lombada. Termos alternativos: grampação;
Grampação - Ver: Grampeamento <stapling>. grampagem; grampeação; grampeagem; <wire stapling>.

Grampagem - Ver: Grampeamento <stapling>. Grampear <to staple> - Encadernar livros ou folhas
soltas de papel prendendo os cadernos com um ou mais
Grampeação <stitching> - Processo de acabamento grampos de arame. Termo alternativo: <to stitch>.
que consiste em passar um fio de arame através da
lombada dos cadernos. Termo alternativo: grampeamento Grampo <staple> - Fio metálico que prende as páginas
<stapling>. Ver também: Grampeação a cavalo <saddle de um livro, revista, brochura etc., através da dobra da
stitching>; Grampeação lateral <side-stitching>. lombada dos cadernos ou lateralmente. Ver também:
Arame <stapling wire>.
Grampeação a cavalo <saddle stitching> - Método de
encadernação de folhetos, revistas e livretos no qual as Grampo a cavalo <horse-staple> - Ver: Grampo em
páginas são fixadas com grampos de arame através da sela <saddle stitch>.
lombada, após o alceamento dos cadernos sobre uma
sela. Ver também: Encadernação em lombada canoa Grampo cavalete - Ver: Grampo em sela <saddle
<saddle-stitch binding>. stitch>.

324
Grampo em estribo <wire stabbing> - Método de enca- para formar duas folhas, uma das quais é colada à parte
dernação de revistas, brochuras, folhetos etc., que con- interna da capa do livro, e a outra permanece solta. Ver
siste em prender os cadernos com grampos metálicos também: Salvaguarda <safeguard>. {b} Papel resistente,
através da dobra da lombada. fabricado segundo requisitos específicos, usado para
prender e segurar o corpo do livro à capa; uma folha é
Grampo em sela <saddle stitch> - Método de enca- colada à capa frontal e outra à capa traseira; as páginas
dernação de livretos, brochuras, panfletos etc., no qual restantes (4, 6 ou 8), feitas com o mesmo papel resistente,
os cadernos são abertos ao meio, colecionados junto separam a capa do miolo; as guardas podem ser impres-
com a capa e grampeados com fio de arame através da sas com desenhos ornamentais e, nas encadernações
linha de dobra da lombada; os cadernos são apoiados de luxo, podem ser de seda ou de couro. Termos alterna-
em suportes chamados “selas” enquanto são trans- tivos: <endleaf>; <end page>; <end-paper>; <end paper>;
portados para o grampeador. Termos alternativos: costura <endsheet>; <fancy end>; guarda branca <flyleaf>; res-
com arame <wire stitch>; grampo a cavalo <horse- guardo.
staple>; grampo cavalete; <saddle wire>.
Guarda branca <flyleaf> - {a} Folha sem impressão
Grampo lateral <side-stitch> - Método de encadernação mas que faz parte de um caderno impresso. {b} Conjunto
de livros e revistas em lombada quadrada, no qual os de folhas não impressas que precedem o título bastardo
cadernos dobrados ou as folhas soltas são grampeados de um livro, as quais podem ser omitidas por questões
ao longo do seu lado, próximo da lombada; as páginas estéticas ou de economia. Termo alternativo: <fly leaf>.
do produto encadernado desse modo não podem ser Ver também: Guarda <end leaf>; Papel de guarda <end-
totalmente abertas, e o produto não permanece plano leaf paper>.
quando aberto. Termo alternativo: <side-wire>.
Guarda combinada <combined endsheet> - Conjunto
Grampo para fechar caixas <case sealing staple> - de duas folhas de papel especial coladas à capa dura de
Grampo metálico usado para fechar caixas de papelão. um livro e separadas por uma fita adesiva.
Grampo plano <flat wire> - Fio de arame de perfil Guarda inclusa - Ver: Auto-guarda <self ends>.
retangular, usado na encadernação com grampo lateral.
Ver também: Grampo redondo <round wire>. Guarda reforçada <reinforced endsheet> - Tira de
musselina colada em torno do primeiro e do último ca-
Grampo redondo <round wire> - Fio de arame de perfil dernos do miolo de um livro com a finalidade de aumentar
circular, usado na encadernação com grampo lateral. a resistência da encadernação. Termo alternativo:
Ver também: Grampo plano <flat wire>. <guarded signatures>.
Gravação - [1] <blocking> - Impressão de letras na Guardas <endpapers> - Folhas de papel encorpado (4
capa de um livro encadernado, geralmente douradas. [2] ou 8) colocadas no começo e no final de um livro enca-
<imprinting> - Trabalho de imprimir por meio de pressão. dernado, unindo a capa ao miolo. Termos alternativos:
<end leaves>; <end paper>; <endsheets>; <fancy end>.
Gravação a ferro quente <tool> - Desenho ou ornamento Uma das folhas é colada à capa dura do livro e as
impresso a quente e sob pressão na capa de um livro demais ficam soltas <fly leaves>.
encadernado.
Guardas combinadas <combined endsheets> - Pri-
Gravação a seco - [1] <debossing> - Impressão cega meira e última páginas de um livro, coladas em uma tira
(em branco) feita em capas de livros, sob calor e pressão, central de reforço.
a fim de quebrar o padrão do material de revestimento e
produzir um rebaixo na capa. [2] <dry-stamping> - Pro- Guarda suja - Ver: Salvaguarda <safeguard>.
cesso de estampagem a seco de letras e desenhos em
relevo. Ver também: Estampagem <stamping>. Guia de capa <cover guide> - Dispositivo de uma linha
de encadernação que controla a alimentação das capas.
Gravação seca - Ver: Estampagem a seco <dry
stamping>. Guia dorsal <backguide> - Alinhamento dos cadernos
de um livro ou revista pela lombada no processo de enca-
Grelha <grating> - Tela metálica empregada na encader- dernação com grampo a cavalo.
nação para decorar livros aplicando-se tinta colorida
através da grade da tela com uma escova. Termos alter- Guilhotina - [1] <cutter> - Máquina provida de uma
nativos: grade <grid>; rede. lâmina afiada utilizada para cortar papéis. [2] <flatbed
cutter> - Máquina utilizada para refilar as bordas dos
Guarda <end leaf> - {a} Folha de papel resistente, livros. [3] <guillotine cutter> - Dispositivo manual ou
geralmente de cor diferente e ornamentada, dobrada automático dotado de uma faca longa e pesada que

325
desce sobre uma mesa, utilizada para cortar e refilar segundo o formato das máquinas impressoras; existem
resmas de papel. Termos alternativos: <paper cutter>; diferentes técnicas de imposição, sendo as mais comuns:
<paper knife>. Ver também: Cortadeira <cutter>. [4] a imposição frente-e-verso, a imposição tira-e-retira e a
<guillotine trimmer> - Máquina automática utilizada para imposição tira-e-retira-tombando.
cortar bobinas de papel em folhas de formatos variados.
Termos alternativos: cortadeira; <cross cutter>. Imposição cabeça-com-cabeça <head-to-head
imposition> - Traçado de montagem no qual a disposição
Guilhotina automática <automatic paper cutter> - Má- das páginas de um caderno é arranjada de modo que a
quina dotada de um sistema computadorizado que per- margem superior de uma página coincida com a margem
mite programar a seqüência de corte de papel ou cartão. superior da página oposta ou impressa no verso da folha.
Termo alternativo: montagem cabeça-com-cabeça. Ver
Guilhotina de livros <book trimming machine> - Guilho- também: Imposição cabeça-com-lado <head-to-side im-
tina trilateral, acoplada ou não a uma máquina encader- position>; Imposição pé-com-cabeça <head-to-tail
nadora, usada para refilar os cortes de livros. imposition>.
Guilhotina linear - [1] <flat cutter> - Máquina dotada de Imposição cabeça-com-lado <head-to-side imposition>
uma única faca reta utilizada para cortar resmas de papel - Traçado de montagem no qual a disposição das pági-
ou refilar livros. [2] <trimmer> - Equipamento dotado de nas da frente de um caderno encontra-se em ângulo reto
uma faca de aço afiada, operada por pedal ou auto- em relação às páginas do verso. Ver também: Imposição
maticamente, utilizada para cortar ou fazer o pré-refile do cabeça-com-cabeça <head-to-head imposition>;
papel. Termos alternativos: <straight cutter>; <trimming Imposição pé-com-cabeça <head-to-tail imposition>.
machine>.
Imposição cabeça-com-pé <head-to-tail imposition> -
Guilhotina manual <hand paper cutter> - Guilhotina Arranjo das páginas de um livro ou revista, durante o
operada sem recursos de automação, usada para refilar processo de montagem, de modo que a margem superior
papel, cartão, chapas ofsete etc. de uma página coincida com a margem inferior da página
adjacente. Termo alternativo: montagem cabeça-com-
Guilhotinar <to guillotine> - Refilar ou cortar o papel pé. Ver também: Imposição <imposition>.
com o auxílio de uma guilhotina.
Imposição frente-e-verso <sheetwise imposition> -
Guilhotina trilateral - [1] <three-knife trimmer> - Tipo Leiaute de impressão no qual as chapas que imprimem
de guilhotina de três facas empregada no acabamento a frente e o verso do papel são diferentes, e a impressão
para refilar os três lados externos de um produto de cada lado é realizada em diferentes entradas de má-
encadernado, numa só operação, em-linha ou não com quina, exigindo dois acertos. Termo alternativo: montagem
uma encadernadora. [2] <five-knife trimmer> - Tipo de frente-e-verso. Ver também: Imposição tira-e-retira <work-
refiladora dotada de cinco facas, para refilar e separar and-turn imposition>; Imposição tira-e-retira-tombando
livros produzidos em duplo-paralelo. Termo alternativo: <work-and-thumb imposition>.
refilador trilateral.
Imposição indo-e-vindo <coming-and-going impo-

I sition> - Traçado de montagem no qual todas as páginas


da direita encontram-se em seqüência numérica da fren-
te para o verso de um livro, e, quando o livro é tombado,
todas as páginas da esquerda encontram-se em seqüência
Ilhó <eyelet hole> - Orifício por onde se enfia um cordão,
numérica do verso para a frente. Ver também: Imposição
uma fita ou um prego para pendurar um calendário na
<imposition>.
parede. Termos alternativos: <eyelet>; <loop>. Ver
também: Colocação de ilhó <eyeletting>. Imposição pé-com-cabeça <head-to-tail imposition> -
Traçado de montagem no qual a disposição das páginas
Imposição <imposition> - Montagem das várias páginas
de um caderno é arranjada de modo que a margem
que compõem um caderno, sobre uma base transparente,
superior de uma página coincida com a margem inferior
a fim de fazer a copiagem da chapa de impressão, dis-
da página oposta ou impressa no verso da folha. Termos
pondo-as de tal forma que estejam corretamente orde-
alternativos:<head-to-foot imposition>; <head-to-toe im-
nadas após a dobragem da folha. Termos alternativos:
position>; <tumble duplex>. Ver também: Imposição
<flat assembly>; montagem final <film image assem-
cabeça-com-cabeça <head-to-head imposition>;
bly>.
Imposição cabeça-com-lado <head-to-side imposition>.
A imposição leva em consideração o formato do papel,
o formato da obra, bem como o sentido de fibra do papel, Imposição tira-e-retira <work-and-turn imposition> -
a fim de controlar o número de páginas dos cadernos Traçado de montagem cuja disposição das páginas do

326
caderno é arranjada de tal modo que a frente e o verso da Ink jet - Ver: Jato de tinta <ink jet>.
folha são impressos com a mesma chapa, originando
dois cadernos iguais, um ocupando a metade esquerda In-oitavo <in-octavo> - {a} Formato de livro igual a 6 x 9"
da folha e outro a direita. Ver também: Imposição frente- obtido quando uma folha é dobrada três vezes para
e-verso <sheetwise imposition>; Imposição tira-e-retira formar um caderno de 16 páginas. {b} Formato de livro
tombando <work-and-tumble imposition>. correspondente a um oitavo do formato de uma folha
inteira de papel. {c} Folha dobrada para formar um ca-
Imposição tira-e-retira tombando <work-and-tumble derno de 16 páginas (8 folhas), ou livro encadernado a
imposition> - Traçado de montagem cuja disposição das partir de folhas assim dobradas; o formato da página varia
páginas do caderno é arranjada de tal modo que a frente de acordo com as dimensões da folha mas, o termo é
e o verso da folha são impressos com a mesma chapa, empregado no acabamento para designar uma página de
originando dois cadernos iguais, um ocupando a metade aproximadamente 203 x 127 mm. Abreviaturas: (8vo);
superior da folha e outro a inferior. Ver também: Imposição (8º). Termos alternativos: <octavo>; oito em folha. Ver
frente-e-verso <sheetwise imposition>; Imposição tira-e- também: In-fólio <folio>; In-quarto <in-quarto>.
retira <work-and-turn imposition>.
O formato do papel deve considerar um excesso devido In-quarto <in-quarto> - Formato de livro em que cada
ao fato de envolver duas pinças, assim como ser esqua- folha é dobrada duas vezes, a fim de formar um caderno
drejado nas duas margens maiores e uma das margens de 8 páginas, 4 de cada lado. Abreviaturas: (4to); (4º).
menores para garantir o registro do grafismo na folha. Termo alternativo: quarto <quarto>. Ver também: In-fólio
<folio>; In-oitavo <in-octavo>.
In-dezesseis <sixteenmo> - {a} Diz-se de uma folha
impressa e dobrada para produzir um caderno de dezes- Inserção - [1] <inserting> - Processo de encartar mapas
seis folhas, ou trinta e duas páginas. {b} Formato de livro e ilustrações em um livro ou revista sem a aplicação de
equivalente a 4 x 6 polegadas. Abreviaturas: (16-mo); adesivo. [2] <insetting> - Proceso que consiste em inse-
(16º). Termo alternativo: <sexto-decimo>. rir um caderno em outro, na seqüência correta, para en-
cadernação em máquinas com número de gavetas insu-
Índice de corpo <bulk index> - Valor numérico que ficiente.
expressa a relação entre a espessura e a gramatura de [3] é recomendável que o caderno com maior número
um papel de impressão, determinado pelo valor da es- de páginas seja inserido no caderno com menor número
pessura de uma folha de papel, medida em milímetros,
de páginas, para facilitar a abertura do conjunto durante
dividida pela gramatura (expressa em gramas por metro
o processo de encadernação; por exemplo: um caderno
quadrado). Termo alternativo: <bulking index>. Ver
de 8 páginas inserido num caderno de 4 páginas, para
também: Corpo <bulk>; Volume específico aparente
formar um caderno de 12 páginas.
<apparent specific volume>.
 O índice de corpo é importante no cálculo de lombada Inserto <inserting> - Ver: Encarte <insert>.
de livros e revistas.
Intercalado <intercalated> - Diz-se de um impresso
Índice de dedo <finger index> - {a} Índice constituído de que foi inserido ou se encontra dentro de outro.
dedeiras na parte oposta à lombada de um livro, para
rápida consulta de capítulo de Bíblia ou verbete de dicio- Intercaladora automática <automatic collator> -
nário. {b} Cortes curvos que aparecem nas laterais de um Dispositivo mecânico que automaticamente coleciona
livro, com indicação numérica ou alfabética de cada as folhas de um documento na seqüência desejada.
seção, para facilitar a consulta. Termos alternativos:
dedeira <index thumb cuts>; índice de unha; <thumb Intercaladora de folhas <suction feed collating system>
index>; unheira. - Sistema automático que coleciona, em seqüência pré-
determinada, um conjunto de folhas soltas, utilizado na
Índice de unha - Ver: Índice de dedo <finger index>. produção de blocos, talões etc.
In-doze <in-twelve> - Formato de livro obtido quando se Intercalar - [1] <intercalary> - Diz-se de uma folha
dobra uma folha impressa de modo a formar um caderno acrescentada no interior de um caderno, fascículo, livro
de 24 páginas. Ver também: Duodécimo <duodecimo>. etc. [2] <to intercalate> - Introduzir palavras num original
ou prova. [3] <to interleave> - {a} Inserir folhas de papel
In-duodécimo <in-duodecimo> - Ver: Duodécimo
em branco entre as folhas impressas, a fim de facilitar o
<duodecimo>.
manuseio ou prevenir decalque ou blocagem. Termos
Infravermelho <infrared> - Radiação eletromagnética alternativos: encasar <to insert>; entrefolhar <to
de comprimento de onda acima da luz visível, empregada interleave>; <to interlay>. {b} Colocar, mediante alçamento
como agente de secagem de colas à base de água. ou inserção, uma folha intercalada no interior de um
Abreviatura: IR caderno, de um fascículo, de um livro etc.

327
Laçadeira - Ver: Lançadeira <looper>.
J Laçador - Ver: Lançadeira <looper>.

Janela <window> - {a} Espaço vazado ou transparente Lado A <side A> - Ver: Lado de acionamento <driving
do corpo de um envelope que deixa à mostra o nome e side>.
o endereço do destinatário. {b} Abertura recortada em Lado B <side B> - Ver: Lado de operação <work side>.
folha de papel ou cartão, protegida por material trans-
parente, como em envelopes ou embalagens, a fim de Lado de acionamento <driving side> - Lado de um
deixar ver o que está por baixo. Ver também: Envelope equipamento onde se localiza o trem de engrenagens
de janela <window envelope>. principal, oposto ao lado de operação. Termos alternativos:
lado A <side A>; lado de engrenamento <gear side>. Ver
Janela de celofane <cellophane window> - Janela também: Lado de operação <work side>.
aberta em envelopes para correspondência.
Lado de engrenamento <gear side> - Ver: Lado de
Jaqueta <jacket> - Ver: Sobrecapa <jacket>. acionamento <driving side>.
Jato de tinta <ink jet> - Processo de impressão sem- Lado de entrada <input side> - Lado de um equipamento
impacto que se baseia no princípio de borrifar pequenas por onde o papel é alimentado. Ver também: Lado de
gotas de tinta diretamente sobre o suporte, utilizado em saída <output side>.
sistemas computadorizados para reproduzir provas de
arquivos digitais, em plotadoras que imprimem materiais Lado de guia <guide side> - Lado de um equipamento,
de sinalização, em sistemas de endereçamento acopla- geralmente aquele que fica mais próximo do operador,
dos a máquinas de acabamento, na impressão de código onde é feita a margeação das folhas durante a alimentação.
de barras em embalagens etc.
Lado de operação <work side> - Lado de um
Junção - [1] <joint> - {a} Porção da capa dura de um livro equipamento onde se localizam os comandos controlados
onde os retângulos de papelão se juntam, formada pelo operador, oposto ao lado de engrenamento. Termos
durante o arredondamento e fixação da lombada. {b} alternativos: <aisle side>; lado B <side B>; lado do ope-
Porção flexível da capa dura de um livro onde a capa rador <operator’s side>; <operating side>. Ver também:
encontra a lombada, funcionando como uma dobradiça, Lado de acionamento <driving side>.
a fim de permitir abrir e fechar a capa sem danificar a
Lado de saída <output side> - Lado de um equipamento
lombada. Termo alternativo: canaleta <hinge>. [2] <nip>
por onde o papel sai em direção à dobradeira ou à pilha
- Linha de vinco da capa dura de um livro, que proporciona de entrega. Ver também: Lado de entrada <input side>.
corpo uniforme e reduz o inchamento causado pela
costura. Lado do operador <operator’s side> - Ver: Lado de
operação <work side>.
Junção de musselina <muslin joint> - Tecido de algo-
dão fixado à lombada dos cadernos alceados e ao reforço Lado feltro <felt side> - Lado superior do papel formado
de um livro encadernado. sobre a tela da máquina de fabricar papel; é o lado
preferido para imprimir, embora seja o mais propenso ao
Junção de sarja aparente <visible twill joint> - Tecido arrancamento de partículas e fibras. Termo alternativo:
de musselina, sarja ou outro material, da junção da capa <top side of paper>. Ver também: Feltro <felt>; Lado tela
de um livro, que aparece na parte interior das capas <wire side>.
dianteira e traseira.
Lado tela <wire side> - Lado inferior do papel formado
Junção solta <set off joint> - Tecido ou musselina em contato com a tela da máquina de fabricar papel; é o
fixada em torno do primeiro e do último cadernos de um lado que apresenta maior resistência ao arrancamento,
livro de capa dura, sem fixá-lo ao reforço da lombada. embora apresente printabilidade inferior ao lado feltro.
Termo alternativo: <setoff joint>. Termo alternativo: <fabric side>. Ver também: Lado
feltro <felt side>; Marcas de tela <wire marks>; Tela

L <wire>.

Laminação a frio <cold lamination> - Processo de


aplicação de um filme de polipropileno sobre a capa de
Laçada <loop> - Nó que forma a alça que prende a um livro ou de uma revista, por meio de adesivo, a fim de
lombada dos cadernos alceados de um livro, produzido proteger e melhorar a aparência. Ver também: Laminação
pela lançadeira da máquina de costura. <lamination>.

328
Laminação a quente <hot lamination> - Processo de geralmente capas de livros, filmes plásticos, fosco ou
aplicação de um filme de polietileno sobre a capa de um brilhante, ou outros materiais decorativos, a fim de con-
livro ou de uma revista, por meio de calor e pressão, a fim ferir-lhes maior resistência e qualidade estética.
de proteger e melhorar a aparência. Ver também:
Laminação <lamination>. Laminagem <laminating> - Ver: Laminação <lami-
nation>.
Laminação cruzada - [1] <cross laminating> - Processo
de acoplamento no qual as folhas apresentam o sentido Lâmina raspadora <wiper blade> - Dispositivo de uma
de fibra em ângulo reto, uma em relação à outra. Ver máquina encadernadora de lombada quadrada que faz a
também: Laminação paralela <parallel laminating>. [2] limpeza do rolete aplicador de poliuretano.
<cross-lamination> - Processo de aplicação de um filme
Lançadeira <looper> - Gancho da máquina de costura
plástico, orientado perpendicularmente, sobre outra cama-
que faz o nó da linha que prende a lombada dos cadernos
da de revestimento previamente aplicada à capa de um
alceados de um livro. Termos alternativos: gancho; ja-
livro ou revista. Ver também: Laminação <lamination>.
caré; laçadeira; laçador.
Laminação de embalagem flexível <flexible
Largura da página - [1] <page width> - Distância linear
packaging laminating> - Processo que consiste em
horizontal entre as marcas de corte de uma página de
combinar papel, filmes plásticos flexíveis, folhas metálicas
livro, revista etc. [2] <short sig> - Menor dimensão de
e outros materiais com produtos adesivos, para formar
uma página de livro, revista, jornal etc.
uma estrutura composta com características de proteção,
estéticas e de manuseio adequadas. Libreto <libretto> - {a} Livro ou livreto contendo texto de
ópera ou de composição musical. Termo alternativo:
Laminação grisalha <silvering of film laminate> - De-
<book>.{b} Brochura cuja capa é completamente coberta
feito observado em produto laminado, caracterizado por
por um reforço de papel com o tamanho ajustado de
apresentar aparência sarapintada, semelhante àquela
acordo com a espessura do miolo do livro. Esta operação
causada por partículas de pó antidecalque, causado por
é feita em equipamento apropriado para isso, sendo que
ar armadilhado entre o filme plástico e as irregularidades
a capa recebe quatro vincos e depois é aplicada nor-
do suporte.
malmente em qualquer encadernadora.
Laminação paralela <parallel laminating> - Processo
Livresco - [1] <bookish> - Relativo a livros. [2] <book-
de laminação onde as camadas são orientadas no mes-
seller> - {a} O mesmo que livreiro. {b} Referente à indús-
mo sentido das fibras, ou na direção de maior resistência
tria livresca.
à tração. Ver também: Laminação cruzada <cross lami-
nating>. Livrete <small book> - Pequeno livro.
Lâmina de dobra <tucker blade> - Peça reciprocante Livreto <booklet> - {a} Qualquer panfleto costurado,
da dobradeira combinada de uma impressora rotativa grampeado ou colado com adesivo, que contém poucas
cuja função é forçar os cadernos contra o morcete, a fim páginas e pouca permanência. {b} Pequeno livro ou pan-
de produzir uma dobra de morcete, ou entre os roletes da fleto encadernado em capa mole de papel. Ver também:
dobradeira de cutelo, a fim de produzir uma dobra de cu- Brochura <brochure>; Folheto <leaflet>.
telo. Termo alternativo: faca <knife>. Ver também: Dobra
de cutelo <chopper fold>; Dobra de morcete <jaw fold>. Livro <book> - {a} Conjunto de páginas brancas, escritas
ou impressas, reunidas num único volume. {b} Publicação
Laminado <laminated> - {a} Diz-se de um produto impressa, não-periódica, contendo acima de 48 páginas,
impresso revestido com plástico transparente, geralmente sem considerar as capas. {c} Conjunto de folhas im-
capas de livros e revistas, a fim de conferir-lhe brilho e pressas, reunidas em volume encadernado ou brochado.
resistência ao atrito. {b} Diz-se de uma prancha de pape- {d} Obra literária, artística ou científica, que constitui um
lão ondulado constituída de folhas empastadas de papel volume. Ver também: Encadernação <binding>.
kraft sobre o miolo canelado. Termo alternativo: <pasted>. Antes do advento das impressoras (no século XV), os
livros eram escritos em velino <vellum> devido à sua
Laminado decorativo <decorative laminate> - Folha durabilidade; visto que demoravam mais de um ano para
de papel impregnada com resinas termoplásticas (fenol- produzir, o papel era um suporte muito frágil; os textos
formaldeído, melamina-formaldeído ou uréia-formaldeído) eram registrados em rolos <volumen>; depois, os per-
e laminada com uma folha impressa. Ver também: gaminhos passaram a ser cortados em folhas, que eram
Papel-base para laminado <paper-base laminate>. dobradas e costuradas em cadernos; a escrita era
Laminadora <foil laminating machine> - Máquina de traçada à mão, na frente e no verso do códice <codex>,
acabamento que aplica sobre as folhas impressas, por meio de pincéis ou penas; no Ocidente, os manus-

329
critos eram geralmente realizados em mosteiros e, a alternativos: livro de texto <text book>; livro escolar
partir do século XIII, nos grandes centros universitários; <textbook>.
a xilogravura, utilizada na China desde o século VI, foi
difundida na Europa ao final do século XIV, simultanea- Livro em oitavo <octavo book> - Livro cujo formato é
mente ao uso do papel; os primeiros livros eram religiosos, igual a 6 x 9", constituído de folhas dobradas em cader-
depois vieram os textos humanísticos Bizantinos; a nos de 16 páginas. Termo alternativo: <bound in octavo>.
partir do século XII o papel gradualmente substituiu a pele Livro em quarto <quarto book> - Livro cujo formato é
animal e o pergaminho; o livro antigo mais importante é igual a 91 x 12", constituído de folhas dobradas em
o Saltério de Mainz, impresso em 1457. cadernos de 8 páginas. Termo alternativo: <bound in
Livro acabado <finished book> - Diz-se de um livro que quarto>.
passou por todas as operações de acabamento, incluindo
Livro encadernado <case bound book> - Livro de capa
o alceamento, a encadernação e o refilo, e encontra-se
dura, forrada de couro, pano, percalina, pergaminho etc.,
pronto para ser distribuído.
cujos cadernos são costurados e presos à capa. Termo
Livro brochado <paperback> - Livro não-encadernado, alternativo: <bound book>.
costurado com fio têxtil ou metálico e revestido com capa
Livro encalhado <unsold book> - Diz-se de um livro
de papel ou cartolina flexível. Termo alternativo: brochura
que não teve saída ou que não foi vendido.
<brochure>. Ver também: Livro de capa mole <paper-
back>. Livro escolar <textbook> - Livro usado por estudantes
para trabalho e aprendizado de uma determinada matéria.
Livro costurado <sewn book> - Diz-se de um livro que,
Termos alternativos: livro de texto <text book>; livro
após o alceamento dos cadernos, recebeu costura
didático <school book>.
através da lombada dos cadernos (costura smyth) ou
lateralmente (costura singer). Livro grampeado <wire stitched book> - {a} Livro de
poucas páginas cujos cadernos foram fixados com
Livro de bolso <pocket book> - Livro barato, de formato
grampos através da dobra da lombada. {b} Livro cujo
reduzido (108 x 180 mm), que se pode carregar no bolso.
miolo é constituído de cadernos presos lateralmente
Termos alternativos: edição de bolso; <paper edition>;
com grampos ao longo da borda da lombada.
<pocket edition>.
Livro não-refilado <uncut book> - Livro cujas bordas
Livro de capa dura <casebound book> - Livro
não foram cortadas após a encadernação.
encadernado com capa rígida, feita de cartão revestido
com papel, tecido ou outro material, no qual os cadernos Livro oblongo <oblong book> - Diz-se de um livro que
são costurados e colados a uma tira de gaze para formar tem largura maior que a altura.
o miolo, o qual é unido à capa por meio de guardas
coladas. Termos alternativos: <hardback>; <hardbound Livro sem costura <unsewn book> - Livro acabado com
book>; livro de capa rígida. Ver também: Capa dura a lombada cortada ou fresada e colada com adesivo
<hardcover>; Livro de capa mole <paperback>. termossoldável, cola fria ou poliuretano.

Livro de capa mole <paperback> - Livro encadernado Livro sem costura revestido <unsewn lining> - Livro
com capa flexível, geralmente de papel envernizado ou acabado com a lombada cortada, colada e reforçada
plastificado. Termos alternativos: brochura <brochure>; com papel, tecido ou gaze.
livro brochado; <paperbound>. Ver também: Capa mole
Livro-texto <textbook> - Livro usado por estudantes
<softcover>; Livro de capa dura <casebound book>.
para aprendizado de um determinado assunto. Termos
Livro de capa rígida - Ver: Livro de capa dura <case- alternativos: livro didático <school book>; livro escolar.
bound book>.
Livro-texto consumível <consumable text-book> -
Livro de espiral - Ver: Caderno de espiral <spiral-bound Livro didático de exercícios, com campos em branco
notebook>. para ser preenchidos pelo aluno durante o período letivo
e então descartado.
Livro de exercícios <workbook> - Tipo de publicação
didática contendo exercícios e questões a ser Livro-texto não-consumível <nonconsumable
completadas por estudantes, geralmente acompanhado textbook> - Livro didático que pode ser reutilizado
de um livro-texto. diversas vezes.

Livro didático <school book> - Livro escolar cujo conte- Lixadeira (Sanding disc): Ferramenta usada na
údo obedece aos programas de ensino oficiais. Termos preparação da lombada do miolo.

330
Lombada - [1] <backbone> - Parte de um produto Lombada plana <flat back> - Diz-se de um livro de
encadernado (livro, revista etc.), oposta ao corte da fren- capa dura cuja lombada não sofreu arredondamento.
te, que liga as capas da frente e do verso e onde se Termo alternativo: <square back>. Ver também: Lombada
localiza a costura, a colagem ou os grampos. [2] <spine> arredondada <round back>.
- Parte traseira ou fechada de um livro, que recebe a
costura, o grampo ou o adesivo. Termos alternativos: Lombada presa <tight back> - Estilo de encadernação
no qual o material que constitui a lombada da capa é
<back>; dorso; espinha; lombo. [3] Tira de couro ou
colado ao miolo do livro. Ver também: Lombada solta
tecido que cobre o lombo e parte dos planos na meia-
<loose back>.
encadernação.
Lombada quadrada <square backed> - Lombada de
Lombada arredondada <round back> - Tipo de aca-
um livro colada mas não arredondada. Termo alternativo:
bamento de livros no qual a lombada é curvada. Ver
<flat back>. Ver também: Encadernação em lombada
também: Lombada plana <flat back>.
quadrada <square back binding>.
Lombada cabeça-de-prego <spine with nail head> -
Lombada quebrada <broken back> - Lombada de um
Aspecto defeituoso da lombada de um livro, na forma de
livro encadernado que perdeu a forma ou sofreu dano
uma cabeça-de-prego, devido a uma encadernação de-
(rachaduras) resultante do esforço excessivo aplicado
ficiente.
ao abrir o livro.
Lombada canoa - Ver: Encadernação em lombada Lombada redonda <round back> - Diz-se de um livro
canoa <saddle-stitch binding>. de capa dura cuja lombada sofreu arredondamento.
Lombada cogumelo <mushroom-shaped spine> - Lombada solta - [1] <loose back> - Estilo popular de
Aspecto defeituoso da lombada de um livro, na forma de encadernação no qual o material da lombada não é
um cogumelo, devido a uma encadernação deficiente. colado à borda de encadernação das folhas. Ver também:
Lombada colada <tight back> - Método de encader- Lombada presa <tight back>. [2] <shell back> - Estilo
nação de livro cuja capa é colada à lombada do miolo. de encadernação que consiste em colar um tubo de
papel kraft à lombada dos cadernos costurados e à lom-
Lombada cortada e colada <cut-backed> - Método bada da capa, conferindo resistência e liberdade de
de encadernação de livro, com lombada quadrada, cujos movimento ao livro.
cadernos são cortados para abrir a lombada e o miolo é
Lombo <spine> - {a} Lombada de um livro, na qual as
colado à capa com adesivo quente <hot-melt> ou frio
páginas são grampeadas, coladas ou costuradas. Termos
(PVA; PUR).
alternativos: dorso; lombada. {b} Texto impresso na
Lombada de tecido <cloth backs> - Tipo de capa de lombada de um livro. Termo alternativo: <back>.
três peças, cuja lombada é revestida com tecido, e as
Lombo falso - Ver: Lombada falsa <false spine>.
pastas são recobertas com outros materiais. Ver também:
Capa de três peças <three-piece case>.

Lombada falsa - [1] <false spine> - Pedaço de cartão


colado à capa de um livro, na região correspondente à
M
lombada, de modo a deixá-la separada do miolo. Termos Maço <mallet> - Martelo de madeira utilizado pelos en-
alternativos: cartão do lombo; falso-dorso; lombo falso. cadernadores para bater os cadernos, e pelos impressores
[2] <hollow back> - {a} Termo empregado na encader- para golpear o tamborete no trabalho de assentar a fôrma
nação para designar uma lombada solta, produzida por tipográfica.
um processo especial de reforço, que confere resistência
adicional à lombada colada de um livro. {b} Tubo de papel Magazine <magazine> - {a} Publicação periódica sobre
achatado, com uma face colada à lombada e a outra à diversos assuntos, assinada por diferentes editores, ge-
capa de um livro. ralmente ilustrada com fotos, freqüentemente especiali-
zada em assuntos específicos tais como: esportes,
Lombada fixa <tight back> - Estilo de encadernação economia etc. {b} Formato de revista igual a 81/2 x 11".
no qual a lombada da capa é colada à lombada do miolo.
Mala <waste sheets> - Gíria usada pelos impressores
Lombada oca <hollow> - Diz-se da encadernação na para designar folhas impressas com defeito que são
qual uma tira de papelão é colada no centro da capa dura usadas no acerto de outros trabalhos. Termos alternativos:
de um livro, para reforçar a lombada. cobaia; maculatura <macule>.

331
Mala direta <direct mail> - {a} Correspondência contendo Máquina de encadernação em lombada quadrada
anúncio enviada individualmente a um grande número de - Ver: Máquina de encadernação sem costura <perfect
pessoas. {b} Produto gráfico caracterizado pelo uso binding machine>.
intensivo de cores, ilustrações, recursos gráficos e
ampla variedade de estilos tipográficos, publicado em Máquina de encadernação sem costura <perfect
revistas ou enviado por correio a um grande número de binding machine> - Máquina de acabamento de livros e
pessoas, com a finalidade de motivar ao consumo de revistas, a partir de folhas soltas ou cadernos alceados,
mercadorias e serviços. através de fresagem da lombada e aplicação de adesivo,
a quente ou a frio, e aplicação da capa sobre o adesivo
Malho <hammer> - {a} Martelo usado pelos encaderna- ainda úmido. Termo alternativo: máquina de encadernação
dores para arredondar a lombada e bater os cadernos em lombada quadrada.
dos livros. Termo alternativo: <sledge hammer>. {b} Bar-
ra de ferro ranhurada da máquina de arredondar o dorso, Máquina de encapamento <casing-in machine> - Má-
cuja função é bater a lombada dos livros. quina automática que aplica cola nas guardas e insere o
bloco do livro à capa.
Manutius, Aldus Pius (Aldo Pio Manúcio) - Editor e
impressor italiano (1452 - 1516), considerado o mais Máquina de intercalar formulários contínuos
antigo editor do período da Renascença, publicou clás- <collating machine for printed forms> - Equipamento de
sicos da literatura Grega e Latina, fundou a Aldine Press acabamento dotado de prateleiras nas quais se coloca
em 1490, introduziu o formato oitavo (precursor dos as diversas vias de um conjunto de formulários, para ser
modernos livros de bolso), idealizou diversos desenhos automaticamente organizadas em ordem pré-determi-
de tipos, foi o primeiro a adotar as fontes itálicas e influ- nada.
enciou o desenvolvimento da tipografia ao longo dos
séculos. Máquina de montar capas <case making machine> -
Máquina de acabamento que faz a colagem dos retângulos
Mão do papel <feel> - Avaliação subjetiva do corpo de de papelão, das pastas e da lombada de um livro de capa
um papel através do tato. Ver também: Corpo <bulk>; dura, sobre o material de revestimento, dobrando os ex-
Tato <feel>. cessos e prensando-os automaticamente.
Máquina de corte-e-vinco <cutter and creaser> - Máquina de revestimento <coating machine> - Equi-
Prensa automática que faz a corte-vincagem de cartão. pamento usado no acabamento para aplicar uma camada
Termo alternativo: <diepress>. de verniz em produtos impressos. Termo alternativo:
Máquina de corte-e-vinco plana <jaw platen diecutter> envernizadora <varnishing machine>.
- Tipo de prensa de corte-e-vinco dotada de duas placas
Máquina de sobrecapa <book wrapping machine> -
planas, uma contendo a faca de corte-e-vinco e a outra
Equipamento de acabamento usado para colocar
sustentando o cartão a ser corte-vincado. Ver também:
sobrecapa em livros encadernados.
Máquina de corte-e-vinco reciprocante <reciprocating
platen diecutter>. Máquina encadernadora <bookbinding machine> -
Equipamento de acabamento que faz a junção do bloco
Máquina de corte-e-vinco reciprocante <reciprocating
platen diecutter> - Tipo de prensa de corte-e-vinco dota- do livro com a sua capa, através de adesivo ou por meios
da de uma placa móvel, que comporta a faca, e uma mecânicos (grampo, espiral, garras, pinos, pentes etc.).
placa estacionária, que comporta o material a ser corte- Máquina etiquetadora <labelling machine> - Equi-
vincado. Ver também: Máquina de corte-e-vinco plana pamento de acabamento que aplica etiquetas de endere-
<jaw platen die-cutter>. çamento ou de identificação em produtos acabados, ou
Máquina de costura <sewing machine> - Máquina de à sua embalagem, por meio de adesivo, de pressão etc.
acabamento de livros dotada de pinças ou ventosas
Máquina numeradora <numbering machine> - Dis-
(chupetas) que abrem os cadernos, alimentados manual
positivo acoplado a uma impressora ou máquina de
ou automaticamente, depositando-os sobre uma sela e
acabamento para imprimir números em impressos de
realizando a costura com agulhas e linha, a fim de uni-
segurança, tais como: bilhetes de loteria, cupons etc.
los para formar o miolo do livro. Termos alternativos:
Termo alternativo: <numbering tower>. Ver também:
<book-sewing machine>; <book-stitching machine>;
costuradeira; <stitching machine>; máquina de costurar Numerador <numbering device>.
livros <book-sewing machine>. Máquina para colocação de índice <tabbing ma-
Máquina de costurar livros <book sewing machine> - chine> - Equipamento de acabamento que faz o recorte
Ver: Máquina de costura <sewing machine>. e aplica índice de dedo em livros encadernados.

332
Máquina para dobrar e colar caixas <folding box Marca de encadernador <binder’s mark> - Desenho
gluing machine> - Equipamento de acabamento que decorativo, iniciais ou nome impresso ou estampado na
dobra e cola automaticamente caixas de papelão corte- capa de um livro encadernado, para identificar o
vincado. encadernador.
Máquina para estampagem a quente <hot stamping Marcador de páginas - [1] <bookmark> - {a} Tira de
machine> - Espécie de impressora tipográfica cujo cli- papel ou plástico inserida entre as páginas de um livro,
chê é aquecido a fim de transferir uma película de mate- para marcar a posição. {b} Cordão de tecido fixado à
rial laminado em fitas plásticas para o material impresso, cabeça da lombada e colocada entre as páginas de um
geralmente capas de livros e embalagens, por meio de livro para marcar a posição. Termos alternativos: <book
calor e pressão. mark>; <book-marker>; <pressmark>; tafetá <taffeta>.
[2] <index tab> - Tira plástica inserida entre as páginas
Máquina para furar papel <paper drilling machine> -
Equipamento dotado de punções para furar folhas de de uma publicação para servir de referência para rápida
papel no processo de encadernação mecânica. Ver consulta. Termo alternativo: <tab>.
também: Perfuradora <punching machine>. Marcador de resmas <ream marker> - {a} Folha ou eti-
Maquinário de acabamento gráfico <finish graphic queta de papel colorido inserida entre as resmas de
machinery> - Diz-se dos equipamentos necessários papel para separar diferentes trabalhos ou como meio de
para processar o material impresso na sua forma final, facilitar a contagem. {b} Pequena tira de papel inserida
tais como: costuradeiras, dobradeiras, guilhotinas, pren- numa pilha de papel para marcar sua divisão em resmas.
sas, coladeiras, grampeadeiras, montadoras de capas,
Marcas de alceamento <collating marks> - Marcação
plastificadoras, envernizadeiras, empacotadoras etc.
impressa na dobra da lombada dos cadernos, a fim de
Máquina rotativa de corte-e-vinco <rotary diecutting orientar a correta seqüência de alceamento. Termos
machine> - Equipamento de acabamento dotado de um alternativos: <back-step marks>; <binder’s marks>;
aparelho de alimentação que produz minidobras, um rolo marcas de colecionamento.
ajustável que recebe as tiras dobradas, um rolo pressor
acionado, e um módulo reciprocante que comporta a Marcas de braçadeira <clamp marks> - Depressões
faca de corte-e-vinco; as aparas e as bordas refiladas das produzidas no corpo de uma bobina de papel pelas
folhas são automaticamente removidas, e as folhas braçadeiras da empilhadeira utilizada no transporte ou
corte-vincadas são conduzidas para uma esteira de no manuseio, quando a pressão do clamp é excessiva ou
saída. Termo alternativo: <rotary diecutter>. devido a manuseio incorreto.
Este equipamento pode produzir efeitos especiais
Marcas de dobra - [1] <backstep marks> - Sinais
como: knockouts, pop-ups, etiquetas, janelas em enve-
impressos nos cadernos para indicar onde a dobra deve
lopes e bordas contornadas, assim como vincar, cortar
ocorrer, aparecendo em seqüência escalonada quando
e perfurar em diversos padrões.
a dobra é completada. [2] <fold marks> - Pequenas
Marca de alceamento <collating mark> - Marcação linhas tracejadas marcadas no pestape para indicar a
feita pelo montador durante a imposição de páginas, na posição de dobra de uma folha impressa.
região correspondente à lombada dos cadernos, a fim de
facilitar o alceamento. Termos alternativos: escadinha; Marca tipográfica - [1] <bookplate> - Pequeno carimbo
marinheiro; submarino; vinheta. ou rótulo colado no verso da capa de um livro, trazendo
a identificação da pessoa ou entidade a que pertence o
Marca de balancim <clamp mark> - Marca produzida volume. Termos alternativos: <ex-libris>; <bookmark>.
no papel pelo balancim que prende as folhas durante o [2] <typographical stamp> - Sinal convencional, número,
corte numa guilhotina. monograma ou vinheta gravada, utilizado pelo impressor
ou pelo livreiro para fins de identificação. Termo alternativo:
Marca de corte <cutoff mark> - Sinal impresso no marca de impressor <printer’s marc>.
centro horizontal entre dois cadernos, para determinar Ex-libris é a expressão latina que significa “dos livros”
onde a faca da dobradeira deverá cortar a tira de papel em ou “dentre os livros”, e corresponde à marca de posse
cadernos individuais. bibliográfica na forma de uma etiqueta colada à guarda do
Marca de dobra 1/4 <1/4 fold mark> - Cada um dos livro, indicando a biblioteca a qual pertence.
sinais impressos na calha de um caderno, entre o
Marchetado <inlaid> - Abertura cortada na capa de um
primeiro e o segundo e entre o terceiro e o quarto vãos de
livro, seguindo um desenho específico, no interior da qual
imposição, indicando onde a lombada do caderno será
ilustrações ou texturas são embutidas, a fim de produzir
dobrada no funil da dobradeira de uma impressora rota-
efeitos artísticos. Termo alternativo: embutido.
tiva.

333
Marchetar - [1] <to inlay> - Decorar a capa de um livro ou a costura da lombada do volume encadernado.
com estampas e texturas embutidas na área recortada
do revestimento de tecido ou de couro. Ver também: Margem da cabeça <head margin> - Espaço em bran-
Painel <onlay>. [2] <to stud> - Adornar com manchas co acima da primeira linha de texto de uma página, que
coloridas. Termos alternativos: esmaltar; matizar. pode ou não incluir o número da página e o título corrente.

Margeador - [1] <corner box> - Dispositivo empregado Margem de encadernação <binding margin> - O
para registrar a montagem de folhas finas sobre um su- mesmo que margem de encadernar.
porte pesado no processo de laminação. [2] <marginator> Margem de encadernar <bind margin> - Espaço em
- {a} Impressor, dobrador ou pautador encarregado da branco, interno às páginas de um livro, que vai desde a
operação de margear. Termo alternativo: marginador. {b} lombada até a área de mancha. Termo alternativo: mar-
Dispositivo do sistema de alimentação das impressoras gem de encadernação <binding margin>. Ver também:
e máquinas de acabamento que executa automaticamente Margem <margin>.
o esquadramento das folhas de papel.
Margem de pinça <gripper margin> - Área não-impressa
Margeador automático <automatic marginator> - Dis- compreendida entre a borda da folha e a borda de refilo
positivo mecânico de algumas impressoras ou dobradeiras da página, reservada para que as pinças da impressora
que alimenta o papel, folha por folha, na posição adequada segurem a folha durante o transporte através da máquina.
para ser impresso ou dobrado, sem intervenção manual. Ver também: Borda de pinça <gripper edge>.
Termo alternativo: <automatic feeder>.
Margem de refilo <trim margin> - Espaço em branco
Margeador frontal - Ver: Guia frontal <front guide>. que se estende além das marcas de refilo de um caderno
ou uma folha impressa. Termo alternativo: <face margin>.
Margeador lateral - Ver: Guia lateral <side guide>.
Margem de sangria <bleed margin> - Excesso (cerca
Margear - [1] <to jog> - Alinhar as folhas ou os cadernos
de 3 mm) que se deve deixar, além das marcas de corte,
impressos, manualmente ou empregando uma mesa
quando existem ilustrações sangradas numa página
vibradora, a fim de prepará-los para as operações de
composta.
acabamento. [2] <to marginate> - {a} Fazer a margeação.
{b} Conduzir, manual ou mecanicamente a folha, encos- Margem dianteira <front margin> - {a} Espaço em
tando-a nos esquadros de margem de uma impressora branco compreendido entre a borda da área de mancha
ou máquina de acabamento, a fim de garantir a precisão e a borda externa de uma página refilada. {b} Espaço em
do registro em todas as folhas. branco compreendido entre a área de mancha e o corte
oposto à lombada de um livro, revista etc. Termo alterna-
Margem - [1] <apron> - Espaço em branco deixado na
tivo: <side margin>. Ver também: Margem <margin>.
borda de dobra de uma folha, com o propósito de permitir
dobrá-la e arrumá-la no processo de acabamento sem Margem do pé - Ver: Margem inferior <foot margin>.
estragar o impresso. [2] <deadline> - Linha vertical que
assinala a margem do papel de escrever. [3] <edge> - Margem inferior <foot margin> - Espaço em branco
borda de uma folha ou de uma bobina de papel. Termo compreendido entre a borda inferior da área de mancha
alternativo: borda <border>. [4] <layback> - Distância e a borda inferior de uma página refilada. Termos alterna-
não imprimível que vai desde a borda de uma chapa de tivos: margem do pé; pé de página <tail margin>. Ver
impressão até além da borda de pinça. [5] <margin> - {a} também: Margem <margin>.
Espaço em branco em torno de um bloco de texto. {b}
Margem interna <gutter> - Espaço em branco compre-
Espaço em branco que se estende desde a borda da área
endido entre a borda da área de mancha e a dobra interna
de mancha até a borda refilada de uma página. Ver
de uma página presa à lombada. Termos alternativos:
também: Margem de refilo <trim margin>.
<back margin>; <binding margin>; <gutter margin>;
[4] A margem de cada lado de uma página impressa
<inside margin>. Ver também: Margem <margin>.
recebe um nome específico: margem da cabeça <head
margin> é a que fica na parte superior da página; margem Margem superior <head margin> - Espaço em branco
do pé <foot margin> é a que fica na parte inferior da compreendido entre a borda superior de uma página
página; margem dianteira <front margin> é a que fica na refilada e a borda superior da área de mancha. Termos
parte externa oposta à lombada; margem interna <gutter alternativos: cabeça de página <page head>; margem da
margin> é a que fica do lado da lombada, também cabeça. Ver também: Margem <margin>.
chamada medianiz; a margem interna deve ser maior do
que as outras três, geralmente entre 30% e 50%, depen- Margens <margins> - {a} Áreas em branco em volta do
dendo do formato da página, para compensar a colagem texto e das ilustrações em uma página. {b} Linha

334
desenhada na arte para indicar os limites da área a ser Material de revestimento de livros <book covering
impressa. material> - Papel impresso, tecido, couro, percaline,
plástico etc., usado no revestimento da capa dura de
Marginação - Ver: Margeação <margination>. livros.
Marginado <marginated> - {a} Que tem margens. {b} Meia-encadernação <half binding> - {a} Encadernação
Escrito na margem de impresso ou manuscrito. da lombada e dos cantos de um livro feita em couro, papel
Marginador - [1] <feeder> - Aparelho de certas impres- ou tecido. {b} Estilo de encadernação no qual a lombada
soras e máquinas de acabamento responsável pela e as cantoneiras do livro são revestidas com material
alimentação e margeação de folhas. [2] <marginator> - diferente das pastas, por exemplo: encadernação em
Aquele ou o que estabelece as margens. Termo alternativo: meio-couro <half leather>; encadernação em meio-pano
margeador. <half cloth>. Termos alternativos: <halfbinding>; <half-
binding>; meio-couro <half leather>. Ver também: Enca-
Marginar <to marginate> - O mesmo que margear. dernação em um quarto de couro <quarter binding>;
Encadernação inteira <full binding>.
Marinheiro - [1] Ver: Marca de alceamento <collating
mark>. [2] Ver: Pinta <hickey>. Meio-couro <half leather> - O mesmo que meia-
encadernação. Ver também: Meia-encadernação <half
Marmoreação <marbling> - Processo ou arte de decorar
binding>.
as bordas de livros com padrões que lembram o mármore,
salpicando tinta sobre um verniz especial previamente Mesa da guilhotina <low-pressure air table> - Plano da
aplicado e formando ondas com um pente. Termo alter- guilhotina linear sobre o qual a pilha de papel a ser corta-
nativo: marmorização. da é transportada, auxiliada por um colchão de ar.
Marmoreado - Ver: Marmorizado <mottled>. Mesa do funil <former board> - Peça metálica triangular
Marmorear - Ver: Marmorizar <to marble>. localizada na dobradeira de uma impressora rotativa,
cuja função é formar a primeira dobra da tira de papel no
Marmorização <mottle> - {a} Tipo de tratamento deco- sentido longitudinal. Termo alternativo: mesa formadora.
rativo das bordas refiladas de um livro encadernado. Ver Ver também: Funil <former>.
também: Douração do corte <edge staining>. {b} Apa-
rência manchada, martelada ou galvanizada do filme de Mesa vibradora - [1] <jogger> - Dispositivo dotado de
tinta impresso, cujo padrão ocorre ao acaso, sem simetria, um mesa plana inclinada que vibra para margear as
devido à absorção irregular da tinta pelo suporte, ou por folhas de papel. [2] <shake table> - Acessório de uma
excesso de emulsionamento de água em tinta durante o guilhotina linear, dotado de um plano inclinado, cuja
processo de impressão ofsete. Termos alternativos: função é alinhar as bordas das folhas de papel por meio
<galvanized solids>; <ink film mottle>; <unevenness>. de vibração. Termo alternativo: <vibrating table>.
Ver também: Casca-de-laranja <orange peel>.
Mesa vibradora com colchão de ar <sheet jogger with
Marmorizar - [1] <to marble> - Aplicar um padrão deco- air cushion> - Mesa dotada de tampo inclinável e canto-
rativo ao papel ou às bordas de um livro com uma mistura neiras, usada no acabamento para fazer a arrumação
de pigmentos e óleos dispersos em água. Termo alter- das folhas impressas, antes de alimentá-las na dobradeira.
nativo: marmorear. [2] <to mottle> - Colorir o corte de um
livro com anilina ou pigmento empregando uma esponja, Miolo <body> - Termo empregado na encadernação
a fim de criar padrões irregulares. para designar a parte interior ou o corpo de um livro ou de
uma revista. Termo alternativo: corpo. Miolo do livro
Material de revestimento - [1] <coating material> - {a} <book-block> - Ver: Bloco <book block>.
Diz-se de qualquer material empregado no revestimento
da capa de livros encadernados, tal como: papel Molde - [1] <die> - {a} Padrão de facas afiadas ou
impresso, tecido, couro, percaline, plástico etc. {b} Diz- ferramentas metálicas utilizadas para estampar, cortar
se de um material aplicado sobre uma base, tal como ou produzir relevos num suporte de impressão. {b} Placa
verniz, camada fotossensível, tinta cuchê etc. [2] <face entalhada ou gravada em relevo usada para produzir
material> - Qualquer papel, filme, tecido ou lâmina, impressão em alto-relevo sobre o papel. {c} Ferramenta
fixado a um suporte, adequado para conversão em designada para cortar e vincar as folhas impressas, no
material de decalque sob pressão. Termos alternativos: processo de produção de embalagens. [2]<swage> -
material de base <base material>; <body stock>; <face Ferramenta que produz uma estampa particular a um
stock>. Ver também: Base <body stock>. metal numa prensa de estampagem.

335
Molde de estampagem <embossing die> - Ferramenta
de aço ou latão, de bordas não afiadas, utilizada para
imprimir, a quente ou a frio, desenhos em relevo num
N
suporte. Ver também: Matriz de estampagem <stamping
die>. Não-numerado <unnumbered> - Diz-se de um livro ou
de outra publicação cujas páginas não receberam nume-
Molde e contramolde <male and female die> - Moldes ração.
côncavo e convexo utilizados para formar desenhos em
relevo num suporte, geralmente cartão. Não-paginado <unpaged> - Diz-se de uma publicação
sem numeração das páginas.
Montadora de capas <casemaker> - Máquina alimen-
tada manual ou automaticamente, que produz a capa Não-picotado <imperforated> - Diz-se de um impresso
dura para encadernação de livros a partir de materiais que não recebeu picotagem.
previamente cortados. Termo alternativo: armadora de
capas. Não-refilado <untrimmed> - Resma de papel ou livro
alceado sem refile. Termo alternativo: <uncut>.
Montagem cabeça-com-cabeça <head-to-head impo-
sition> - Arranjo das páginas de um livro ou revista, duran- Nariz do funil <former nose> - Ponta do funil da dobra-
te o processo de imposição, de modo que a margem deira de uma impressora rotativa. Ver também: Funil
superior de uma página coincida com a margem superior <former>.
da página adjacente. Termo alternativo: imposição cabe-
Nervura <rib> - Conjunto de nervos da lombada de um
ça-com-cabeça. Ver também: Imposição <imposition>.
livro encadernado. Ver também: Nervo <rib>.
Montagem cabeça-com-pé <head-to-tail imposition> -
Nervurado <ribbed> - Diz-se de um livro que tem nervu-
Arranjo das páginas de um livro ou revista, durante o
ras na lombada. Ver também: Nervura <rib>.
processo de montagem, de modo que a margem superior
de uma página coincida com a margem inferior da página Nivelador <spinner> - Dispositivo integrado ao coleiro
adjacente. Termo alternativo: imposição cabeça-com- de uma encadernadora automática, cuja função é nivelar
pé. Ver também: Imposição <imposition>. a camada de cola, retirando o excesso, e manter a
Montagem da capa <case making> - Processo de temperatura correta da lombada para a colagem da capa.
formação da capa dura de um livro, que consiste em colar Nova edição <new edition> - Ver: Reedição <reissue>.
retângulos de papelão num revestimento de papel, tecido,
couro etc. Numeração <numbering> - Impressão de números, em
ordem consecutiva, feita manualmente ou por máquina
Montagem frente-e-verso <sheetwise imposition> -
de numerar. A numeração é geralmente impressa em
Traçado de montagem no qual duas chapas separadas
tipografia (bilhetes, talonário etc.), embora possa ser
são usadas para imprimir a frente e o verso do papel.
feita em impressoras ofsete equipadas com dispositivos
Termo alternativo: imposição frente-e-verso.
especiais de numeração.
Morcete <jaw> - Pinça que executa a primeira dobra
Numeração automática <automatic numbering> - Pro-
paralela do caderno numa dobradeira acoplada a uma
cesso de numeração de bilhetes, cupons, notas fiscais
impressora rotativa. Termos alternativos: pinça <gripper>;
e outros produtos impressos realizado automaticamente
puxador. Ver também: Dobradeira de morcete <jaw
folder>; Dobra de morcete <jaw fold>. em máquinas numeradoras.

Mordente <mordant> - Produto à base de albumina Numeração automática de páginas <automatic page
empregado para fixar uma película de metal sobre couro, numbering> - Ver: Paginação automática <automatic
pano, papel etc., no processo de douração de capas de pagination>.
livros. Numeração consecutiva <consecutive numbering> -
Municiador - Auxiliar responsável pelo abastecimento Operação de acabamento que consiste em aplicar núme-
das gavetas de uma alceadeira. Termos alternativos: ros diferentes aos formulários impressos por meio de jato
abastecedor; gaveteiro. de tinta ou outro dispositivo de impressão.

336
Numerador - [1] <numbering device> - Dispositivo Ondulação <waviness> - Condição que se desenvolve
adaptado a uma impressora, para fazer a numeração de numa folha de papel quando exposta a um ambiente com
formulários ou impressos de segurança de maneira umidade relativa superior à umidade do papel. Termo
progressiva (crescente) ou regressiva (decrescente). Ver alternativo: engilhamento.
também: Máquina numeradora <numbering machine>.
[2] <numerator> - Instrumento dotado de rodas contendo Onduladeira <corrugating machine> - {a} Equipamento
os algarismos em alto-relevo que, acionados por uma dotado de dois cilindros metálicos ranhurados, cujos
catraca, giram e numeram em ordem crescente ou de- sulcos se encaixam, produzindo as caneluras do miolo
crescente. das pranchas de papelão corrugado. {b} Máquina que
produz o papelão ondulado através de corrugação e cola-
Numeradora de páginas <page numbering machine> gem de duas ou mais folhas em camadas superpostas.
- Equipamento que faz a numeração automática das Termo alternativo: corrugadeira.
páginas de talões e livros fiscais.
Operações de acabamento <bindery operations> -
Numerador eterno <accumulator counter> - Relógio Diz-se de qualquer operação pós-impressão executada
totalizador de uma impressora ou máquina de acabamento em materiais impressos. Ver também: Encadernação e
que indica a produção total desde o início de operação do acabamento <binding and finishing>.
equipamento. Embora o termo acabamento <finishing> refira-se a
qualquer operação pós-impressão, incluindo corte, refile,
Numerar <to number> - {a} Colocar as páginas de um
dobra e encadernação, é também empregado para referir-
livro ou revista em ordem numérica. {b} Identificar as
páginas de livros e revistas com números. se a processos especializados de decoração, tais como:
estampagem <embossing> feita com moldes em capas
Numerar por folhas <to number leaves> - Ver: Paginar de livros e outros impressos; estampagem cega <blind
a livro aberto <to foliate>. stamping> feita sem tinta; baixo-relevo <debossing>
feito com moldes e contramoldes, aquecidos ou não,
Número de corpo <bulking number> - Número de pressionados contra o papel, produzindo um relevo;
folhas contidas em uma resma de uma polegada (25,4 estampagem com laminado <foil stamping>, com ou
mm) de espessura, medido sob pressão especificada. sem relevo, realizado em prensas dotadas de moldes
Ver também: Corpo <bulk>. aquecidos (clichês) que transferem o laminado para o
O número de corpo dá uma indicação da espessura do suporte; bronzeamento <bronzing>, que consiste em
miolo de um livro, e serve para projetar a lombada da capa aplicar pó metálico ao impresso ainda úmido; estam-
de livros encadernados; quando multiplicado por 2, o pagem com corante <die-stamping> ou sem corante
número de corpo corresponde ao número de páginas por <blanking> empregado para decorar capas de livros de
polegada (ppi), visto que cada folha contém duas páginas. capa dura; revestimento <coating>, que consiste em
aplicar um material protetor ou decorativo sobre o impres-

O so, como bases <primers> para preparar a superfície


para receber tinta ou outros produtos, barreira <barrier
coat>, aplicado em embalagens para promover resistência
Oblongo <oblong> - {a} Quadrilátero alongado que apre- à água, ao ar ou a produtos químicos, verniz de sobreim-
senta lados paralelos, dois a dois. Termo alternativo: pressão <overprint varnish>, para promover brilho, prote-
quadrilongo. {b} Livro encadernado pelo lado mais curto. ção ou efeito decorativo, aplicado com ou sem reserva
<spot varnish>, laminação <laminating> com materiais
Oficina de encadernação <bindery> - {a} Estabe- plásticos (plastificação) a quente ou a frio (com adesivos);
lecimento que faz a encadernação de livros. {b} Setor outras operações de acabamento incluem: indexação
onde os livros são encadernados. Termos alternativos: <indexing> com marcadores plásticos <plastic index
<bookbindery>; setor de encadernação. tabs> ou índice de dedo <index thumb cuts> nas bordas
das folhas; blocagem <padding> com adesivo flexível,
Oitavo médio <medium octavo> - Formato não refilado
para formar talões, também chamado talonagem; numera-
de papel igual a 6 x 91". Termo alternativo: <medium
ção <numbering>; endereçamento <addressing>; cola-
8vo>.
gem <gluing> de envelopes, etiquetas etc., e outras ope-
Oito em folha - Ver: In-oitavo <in-octavo>. rações de conversão <converting>.

Ombro <shoulder> - {a} Porção da lombada do livro que Operações em-linha <in-line operations> - Operações
projeta as capas. {b} Projeção da capa dura de um livro de fabricação, tais como: dobra, corte-e-vinco e conversão,
que ajuda a prender o miolo à capa, produzida pelo realizadas diretamente após ou como parte da operação
arredondamento e pela fixação da lombada. de impressão.

337
Operador <operator> - Profissional que opera ou co- Otabind - Tipo de brochura feito em equipamento espe-
manda o funcionamento de uma máquina ou aparelho. cial onde se aplica um reforço à lombada e, através do
Termo alternativo: maquinista <machinist>. coleiro lateral, o mesmo é aplicado à primeira e à última
páginas do miolo; um bico injetor aplica, fora da área do
Operador de empilhadeira <roll truck driver> - Pessoa material de reforço, um filete de cola para a fixação da
que dirige empilhadeira de transporte de papel, estrados capa; a capa recebe seis vincos para permitir uma
de produtos impressos etc. abertura plana do livro.
Operador de guilhotina <cutter> - Profissional espe- Ouro <gold> - Diz-se dos elementos dourados (fios,
cializado na operação de máquinas de corte de papel. guirlandas etc.) que decoram as pastas e a lombada dos
Orelha - [1] <binding lap> - Papel excedente num dos livros encadernados.
lados de um caderno dobrado (cerca de 10 mm), neces- Ouro artificial <artificial gold> - Folha de laminado me-
sário para a alimentação mecânica na grampeadeira. [2] tálico usada como substituto do ouro em processos de
<blurb> - Texto impresso nas dobras da capa de um livro, estampagem de capas de livros encadernados.
apresentando um resumo da obra ou comentários à
respeito do autor. [3] <economy lap> - Papel excedente Ouro falso - Ver: Ouropel <foil>.
numa das bordas de um caderno dobrado fora de centro.
[4] <lap> - Cada uma das extremidades dobradas da Ouropel <foil> - Folha pigmentada utilizada para estam-
capa ou da sobrecapa de um livro, freqüentemente im- par capas de livros revestidas de tecido, por meio de
pressas com textos à respeito da obra ou do autor. moldes aquecidos, particularmente quando se deseja
Termo alternativo: <flap>. [5] <lip> - Borda estendida de obter efeitos luminosos em capas escuras, onde seria
um lado do caderno que, na encadernação com grampo necessário uma espessa cobertura de tinta para atingir
(lombada canoa), é utilizada para abri-lo e facilitar a um resultado satisfatório. Termos alternativos: <ormolu>;
inserção. Termos alternativos: <pickup>; unha <folio ouro falso; <tinsel>.
lap>. [6] <yapp> - Borda da capa de um livro que excede
as bordas refiladas do miolo.

Orelha aberta <overlap> - Diz-se de um caderno cuja


P
orelha estende-se do lado das páginas abertas.
Pacote - [1] <bundle> - {a} Conjunto de cadernos im-
Orelha baixa <low folio binding lap> - Papel extra pressos e prensados entre placas de madeira ou de
deixado na margem de um caderno dobrado (cerca de 10 metal e amarrados com corda ou tira de metal ou de
mm), nas páginas de numeração mais baixa, necessário plástico. Termos alternativos: fardo; <log>. {b} Unidade
para alimentação mecânica dos equipamentos de de medida de uma pilha de papel pesando 50 libras, cujo
acabamento. Termo alternativo: <low-folio lip>. número de folhas varia de acordo com o formato e a
espessura do papel. [2] <ream> - O mesmo que resma.
Orelha-de-cachorro <dog-ear> - {a} Defeito que ocorre
na dobradeira de máquinas rotativas, deixando a ponta Página <page> - Cada um dos lados de uma folha de
do caderno dobrada, ficando maior do que as demais livro, revista, caderno etc.
páginas após o refilo. {b} Dobradura que ocorre nos can-
tos das páginas de um livro ou revista, causando um Página branca - Ver: Página em branco <blank page>.
defeito no produto acabado que não pode ser corrigido no
Paginação <pagination> - {a} Processo do paginador.
refilo. Termo alternativo: <dogear>.
{b} Numeração das páginas de um livro ou revista, com
Orelha fechada <underlap> - Diz-se de um caderno os cabeçalhos e rodapés associados, algumas vezes
cuja orelha estende-se do lado das páginas fechadas. incluindo marcas de refilo. Ver também: Paginadora
<paging machine>.
Orelha francesa <French lap> - Capa de livro sem
dobras, com o texto impresso no verso. Página cega <blind folio> - Número de página contado,
mas não impresso.
Origami <paper folding> - Arte ou técnica de dobrar o
papel para formar objetos, sem cortar, colar ou decorar. Página central dupla <center spread> - Conjunto de
duas páginas contíguas localizadas no centro de um
Ornamento <ornament> - Adorno aplicado nas páginas jornal ou revista. Termos alternativos: dupla central;
ou na capa de livros. espelho.
Ornato <border> - Estampa ornamental feita ao longo Página de ante-rosto <frontispiece> - Primeira página
das bordas da capa dura de um livro. Termos alternativos: de um livro, depois das guardas, contendo apenas o título
florão <fleuron>; remate. da obra.

338
Página de começo <beginning page> - Ver: Página Paginar a livro aberto <to foliate> - Paginar atribuindo
capitular <initial page>. número às folhas, em vez de às páginas. Termos alter-
nativos: foliar; numerar por folhas <to number leaves>.
Página de créditos <credit page> - Página situada no Ver também: Paginar a livro fechado <to number pages>.
verso da página de rosto, contendo informações sobre a
publicação, o nome do autor e do editor etc. Paginar a livro fechado <to number pages> - Paginar
atribuindo número a cada página. Ver também: Paginar
Página de guarda <blank page> - Folha de papel a livro aberto <to foliate>.
dobrada e alceada no início e no fim de um livro enca-
dernado, unindo a capa ao miolo. Ver também: Página Página sangrada <bleed page> - Página cuja área de
em branco <blank page>. mancha estende-se até as bordas do papel após o refilo,
não deixando uma margem branca em torno da área de
Página deitada <broadside page> - {a} Diz-se de uma grafismo. Ver também: Sangrado <bleed>.
página de livro, revista etc., orientada no sentido oblongo,
geralmente contendo tabelas, mapas, fluxogramas etc. Painel - [1] <onlay> - Estampa decorativa, muito colorida,
{b} Página cuja composição é feita de tal modo que, para impressa em papel revestido e colada à capa frontal de
ler o texto, é preciso rotacionar o livro a 90°. Termo um livro. [2] <panel> - {a} Espaço retangular ou quadrado
alternativo: <backward broadside page>. da capa ou da lombada de livros encadernados, decorado
com linhas ou desenhos ornamentais. {b} Área retangular
Página de rosto <title page> - {a} Página que contém da capa dura de um livro onde se faz a estampagem a
o título da obra. {b} Página de início de um volume que quente.
indica o título, o nome do autor ou do editor e informações
sobre o local e a data da publicação. Termos alternativos: Painel de controle <control panel> - Console de uma
fachada; folha de rosto; frontispício <frontispiece>; rosto. impressora ou máquina de acabamento dotado de
controles, indicadores e comandos que governam as
Página de rosto gravada <stamped title page> - Ver: funções automáticas do equipamento. Termo alternativo:
Portada <frontispiece>. <control board>.
Paginado <paged> - Diz-se de um livro cuja numeração Palete <pallet>: Plataforma de carga, feita de madeira,
encontra-se na seqüência adequada. plástico ou metal, onde se empilha os fardos com os
cadernos prensados para o transporte com empilhadeira
Paginadora <paging machine> - Máquina que faz a
ou carrinhos para a estocagem.
paginação. Ver também: Paginação <pagination>.

Página dupla <double-page> - Ilustração ou conjunto Paletização - [1] <palletization> - Sistema de acondi-
de imagens que ocupa duas páginas adjacentes de uma cionamento de papéis e produtos impressos, para fins de
publicação. Termos alternativos: chapada <spread>; transporte. [2] <palletizing> - Processo de acondiciona-
<double truck>. Ver também: Dupla central <center mento de papéis em estrados, para fins de transporte.
spread>; Dupla falsa <false spread>; Espelhado <double Paletizar <palletize> - Acondicionar o papel ou os pro-
spread>. dutos impressos sobre um palete, para fins de transporte.
Página em branco <blank page> - Página que não Pano-couro <leatherette> - Material sintético que imita
contém matéria impressa, como o verso da página de o couro, utilizado no revestimento de capas de livros
rosto de um livro. Termos alternativos: página branca; encadernados. Termos alternativos: <imitation leather>;
página de guarda. <leather cloth>.
Página errada <wrong page> - Página montada fora de Pano de encadernação <book cloth> - Tecido de
posição ou seqüência. algodão branqueado, mercerizado, tingido, calandrado e
Página espelhada <double-page spread> - Ver: estampado para ser utilizado no revestimento da capa
Espelhado <double spread>. dura de livros encadernados luxuosamente.

Página invertida <inverted page> - Página de cabeça Papelão - [1] <binder’s board> - {a} Material rígido usado
para baixo. para confeccionar as pastas da capa dura de livros, sobre
as quais o tecido, papel ou outro material é colado. {b}
Paginar <to paginate> - Numerar as páginas de uma Cartão de alta gramatura cuja espessura é medida em
obra, reunir todos os elementos que compõem uma pontos, utilizado para formar a estrutura da capa dura de
página, arranjar textos, notas, tabelas, ilustrações etc., um livro. [2] <board> - Cada um dos retângulos que for-
conforme ordem e medida determinadas. Termo alterna- mam a estrutura da capa dura de um livro encadernado.
tivo: compaginar <to make-up>. [3] <chipboad> - Papel grosso, com espessura igual ou

339
superior a 0,15 mm, fabricado em máquinas de mesa usado como sobrecapa de livros. Ver também: Sobrecapa
plana ou cilíndrica, sólido ou laminado, utilizado para de livro <book jacket>; Envoltório de livro <book wrapper>.
confeccionar caixas. Ver também: Papelão laminado [2] <cloack paper> - Papel fabricado com 70% de pasta
<filled board>; Papelão sólido <solid board>. [4] química, a partir de 120 g/m2, utilizado principalmente
<millboard> - {a} Papel grosso e rígido empregado em para encapar brochuras, livretos, catálogos etc. [3]
processos de encadernação. {b} Tipo de papel-cartão <liner> - {a} Papel fabricado com elevada porcentagem
pesado fabricado com fibra reciclada e pasta mecânica, de fibras virgens (capa de 1ª) ou matérias-primas reci-
calandrado, rígido, plano e resistente ao encanoamento, cladas (capa de 2ª), com gramatura igual ou superior a
usado na confecção da capa dura de livros, caixas etc. 120 g/m2, com elevada resistência mecânica, usado
[5] <paperboard> - Material constituído de camadas de para constituir a capa ou o forro das caixas de papelão
folhas de papel laminadas, com espessura igual ou ondulado. {b} Papel impresso empastado numa prancha
superior a 0,15 mm, ou fabricado com pasta mecânica ou de papelão ondulado para propósitos decorativos,
aparas em várias camadas da mesma massa, rígido, informativos, promocionais etc. Termo alternativo: <facing
produzido nas gramaturas de 500 g/m2 a 1400 g/m2, paper>. [4] <lining paper> - Diz-se de qualquer tipo de
utilizado na encadernação de livros, na confecção de cai- papel usado para revestir caixas e pranchas de papelão
xas e suportes de cartazes. Termos alternativos: <board ondulado. [5] <lithograph box wraps> - Tipo de papel
paper>; <mill board>. litográfico revestido num dos lados, impresso e cortado
para ser usado no revestimento de caixas no lugar do
Papelão canelado <corrugated fiberboard> - O mesmo forro. [6] <printed box cover> - Tipo de papel de baixa
que papelão ondulado. Ver também: Papelão ondulado gramatura, revestido ou não, decorado com impres-são
<corrugated paper>. em cores, utilizado para revestir caixas de cartão.
Papelão de caixas <box board> - Cartão de alta gra- Papel-cartão <carton stock> - Cartão utilizado na con-
matura (acima de 300 g/m2) empregado na confecção de fecção de cartuchos. Ver também: Cartão <paperboard>;
cartuchos. Cartucho <paper box>.
Papelão ondulado <corrugated paper> - Papel grosso, Papel-cartucho <cartridge paper> - Papel kraft rígido e
constituído de diversas folhas alternadas de papel plano rugoso utilizado na produção de cartuchos. Termo alter-
e papel corrugado, utilizado para embalagem. Termos nativo: <coarse wrapping paper>. Ver também: Cartucho
alternativos: cartão corrugado <corrugated board>; cartão <packet>.
ondulado; <corrugated cardboard>; <corrugated carton>;
<corrugated liner-board>; <corrugated pasteboard>. Papel com bordas onduladas <wavy-edeged paper> -
Papel cujas bordas absorveram umidade do ambiente e
Papelão rígido <hardboard> - Papelão ou cartão tornaram-se frouxas. Quando as bordas do papel tornam-
prensado, produzido a partir de fibras de madeira, utilizado se onduladas, pode ocorrer a formação de rugas na con-
na encadernação. Termo alternativo: <glazed millboard>. trapinça da folha ao passar entre os cilindros da impres-
sora.
Papel auto-adesivo - [1] <adhesive-coated paper> -
Papel revestido num dos lados com um adesivo ativado Papel com bordas retesadas <tight-edged paper> -
por umidade ou aquecimento, podendo também ser Papel cujas bordas perderam umidade para o ambiente
permanentemente pegajoso para aplicação sob pressão, e sofreram encolhimento. Quando as bordas do papel
utilizado na impressão de rótulos, etiquetas etc. Termos tornam-se retesadas, pode ocorrer a formação de rugas
alternativos: papel autocolante; <self-adhesive paper>. no centro da folha ao passar entre os cilindros da im-
[2] <pressure-sensitive paper> - Tipo de papel revestido pressora.
num dos lados com um adesivo que se fixa a outros
materiais por pressão, utilizado na impressão de fitas e Papel com pó <dusty paper> - Diz-se de um papel de
etiquetas. impressão que apresenta excesso de partículas de pó
soltas na sua superfície, provenientes do corte ou do
Papel autocolante - Ver: Papel auto-adesivo <adhesive- refilo.
coated paper>.
Papel corrugado - Ver: Papelão ondulado <corrugated
Papel-capa - [1] <book-cover paper> - {a} Papel branco paper>.
ou colorido, revestido ou não, feito de pasta química,
geralmente impresso e plastificado, laminado, enverni- Papel cortado - [1] <boxed writings> - Termo empregado
zado, gofrado etc., usado para revestir a capa dura de para designar os papéis cortados nos formatos 81 x 11",
livros. Termos alternativos: <booklet cover>; <cober 81 x 13" e 81 x 14", embalados em pacotes de 500 folhas,
paper>. {b} Diz-se de qualquer papel usado como sobre- para uso em escritórios. Termo alternativo: <boxed
capa de livros encadernados. {c} Papel kraft pesado, papers>. [2] <cut-sheet paper> - Diz-se de qualquer tipo

340
de papel cortado em folhas individuais para uso em Papel de embalagem - [1] <sealing paper> - Tipo de
impressoras a laser de alta velocidade. [3] <cut-size papel kraft revestido com adesivo termoplástico, utilizado
paper> - {a} Papel refilado em formatos padronizados (8 para embalar resmas. Termo alternativo: <sealing
x 10", 81 x 11" e 81 x 14") e comercializado em pacotes wrapper>. [2] <wrapping paper> - Papel de embrulho que
de 500 folhas. {b} Papel folhado em formatos padronizados protege o produto e o caracteriza para o consumidor.
(66 x 96, A4 etc.), utilizado para imprimir ou duplicar. Ver Termo alternativo: <casing paper>.
também: Formato de papel <paper size>.
Papel de livro <book paper> - {a} Termo genérico
Papel-couro - [1] <calf paper> - Papel colorido e go- empregado para descrever um grupo de papéis de cate-
frado, imitando o couro, usado no revestimento da capa goria superior ao papel de imprensa, feitos de diversos
dura de livros encadernados. [2] <leather paper> - Tipo de tipos de fibras virgens ou recicladas, apresentando boa
papel colorido e texturizado para imitar o couro natural, formação e printabilidade, utilizados para imprimir livros
usado no revestimento de caixas, capas de livros e ou- e uma ampla variedade de aplicações comerciais, inclu-
tras aplicações. Termo alternativo: papel imitação couro indo papéis revestidos e não-revestidos em diversas
<leatherette paper>. gramaturas, cores e acabamentos (antigo, casca-de-
ovo, super-calandrado, mate, brilhante etc). {b} Diz-se de
Papel-couro artificial <artificial leather paper> - Papel- papéis de livros e revistas usadas, utilizados como maté-
base fabricado com fibras de madeira e trapos impregnados ria-prima na fabricação do papel, após tratamento para
com látex, usado na fabricação de couro artificial. Termo remoção da tinta. Termo alternativo: <printings>.
alternativo: imitação de couro <imitation leather>. Ver
também: Couro artificial <artificial leather>. Papel de reforço - [1] <gusset stock> - Papel kraft
natural ou laminado, utilizado na confecção de envelopes
Papel de ágata marmoreado <agate marble paper> - expansíveis e caixas. [2] <tag-washer manila paper> -
Papel fabricado com pasta química, decorado com Tipo de papel manilha, rígido, usado para reforçar o ilhó
estrias sinuosas lembrando a pedra de ágata, utilizado de etiquetas.
para confeccionar guardas de livros. Ver também: Papel
de mármore <marble paper>. Papel de reforço da lombada <backlining-paper> -
Tira de papel kraft colada à lombada de um livro, sobre a
Papel de capa - [1] <antique cover paper> - Papel com gaze, a fim de reforçá-la, unindo os cadernos, e sobre a
acabamento antigo, usado para imprimir capas. Ver qual a capa é fixada. Termos alternativos: <backlining
também: Acabamento antigo <antique finish>. [2] <cover paper>; <bogus paper>; <book-backing paper>; <lining>.
paper> - {a} Diz-se de uma ampla variedade de papéis Ver também: Reforço da lombada <book back liner>.
fabricados com pasta química, revestidos ou não, com
gramatura superior a 120 g/m2, apresentando boa Papel de revestimento <lightweight chip> - Papel-
resistência à dobra, elevada printabilidade e durabilidade, cartão usado para revestir caixas de papelão ondulado.
utilizados na impressão de capas de livros, catálogos,
panfletos etc. {b} Variedade de papel pesado, encorpado, Papel de revestimento de caixa <box-cover paper> -
resistente e durável, utilizado para imprimir capas de Papel fabricado com pasta química branqueada ou
brochuras, livretos, catálogos etc. Termos alternativos: mecânica, resistente ao rasgo e à dobra, com diferentes
<cover stock>; <magazine-cover paper>. [3] <deco- tipos de acabamento, utilizado para forração de caixas
rated cover paper> - Tipo de papel, revestido ou não, de papelão. Termo alternativo: <box wrap paper>.
decorado durante ou após a fabricação, usado para Papel didático - Ver: Papel de livro <book paper>.
capas. [4] <double thick cover paper> - Papel espesso,
revestido, constituído de duas folhas laminadas de papel, Papel falso <bogus paper> - Papel kraft usado no
usado para capas. [5] <double-thick cover stock> - reforço da lombada de livros encadernados, porém fabri-
Papel laminado, constituído de duas folhas de papel de cado a partir de aparas de papéis de qualidade inferior.
menor gramatura, utilizado para imprimir capas. [6] Termo alternativo: forro falso <bogus back lining>.
<embossed cover paper> - Diz-se de qualquer tipo de
papel gofrado usado para capas. [7] <folding enamel> - Papel laminado - [1] <double-thick cover stock> -
Tipo de papel de livro, revestido, com resistência extra, Folha constituída de duas folhas de papel laminadas. [2]
adequado para receber dobra e vinco, utilizado na <laminated paper> - Tipo de papel constituído de duas ou
impressão de capas de livros e revistas. [8] <standard mais folhas de papel coladas com adesivo. Ver também:
cover paper> - Tipo de papel fabricado com pasta Laminação <laminating>; Papel de alumínio <tinfoil
mecânica e química não-branqueada, com acabamento paper>. [3] <plastic laminated paper> - Papel de capa
antigo e em diversas cores, usado para imprimir capas revestido com uma camada plástica, a fim de conferir
de blocos, envelopes, menus etc. proteção e aumentar o brilho.

341
Papel para livros <bookpaper> - Termo genérico empre- Perfuração - [1] <bindery punching> - Operação de
gado para descrever um grupo de papéis de categoria acabamento que consiste em perfurar as folhas de papel
superior ao papel de imprensa, feitos de diversos tipos de no processo de encadernação mecânica. [2] <drilling> -
fibras virgens ou recicladas, apresentando boa formação Operação que consiste em abrir furos redondos, retan-
e printabilidade, utilizados para imprimir livros e uma gulares ou ovais, com broca, no processo de encaderna-
ampla variedade de aplicações comerciais, incluindo ção mecânica. [3] <perforating> - Operação de enca-
papéis revestidos e não-revestidos em diversas grama- dernação que consiste em perfurar com brocas as folhas
turas, cores e acabamentos (antigo, casca-de-ovo, super- de fichários, cadernos, livros etc., que serão presas por
calandrado, mate, brilhante etc). dispositivos mecânicos (espiral, anéis, pinos etc.). Abre-
viatura: (perf). [4] <perforation> - Série de furos serrilhados
Papel resmado <ream paper> - Papel cortado e emba- nas dobras dos cadernos, a fim de facilitar a saída do ar
lado em resmas. Ver também: Formatos de papel ou facilitar a penetração do adesivo. [5] <punching> - {a}
<paper sizes>. Ato ou efeito de perfurar. {b} Operação que consiste em
abrir furos redondos, ovais ou retangulares, com punção,
Pé-de-galinha <crow’s-foot> - Defeito (ruga) que ocorre no processo de encadernação mecânica. [6] <punch
na dobra superior dos cadernos fechados na cabeça. Ver perforation> - Operação de acabamento que consiste
também: Ruga <gusseting>. em abrir sulcos na lombada dos cadernos que serão
As rugas são agravadas devido ao ar aprisionado encadernados com adesivo na lombada. Ver também:
próximo da cabeça dos cadernos fechados; quando Encadernação sem costura <perfect binding>.
duas fitas de papel são combinadas para formar um
único caderno, pode ocorrer rugas se a tira externa for Perfuração de papel <paper perforating> - Processo
mais tensionada do que a tira interna; o efeito pode ser que consiste em serrilhar o papel, usando pentes metá-
reduzido serrilhando-se o papel na linha de dobra da licos, nas partes que serão destacadas, como em selos,
cabeça do caderno. canhotos etc.

Pente <comb> - {a} Utensílio utilizado na encadernação Perfuração longitudinal - Ver: Serrilha longitudinal
para formar ondulados na marmoreação. {b} Barra da <longitudinal-perforation>.
picotadeira dotada de punções perfuradores. {c} Série de
molas plásticas que se projetam da lombada de um livro Perfuração transversal <transverse perforation> - Ver:
encadernado a partir de folhas soltas. Serrilha transversal <cross-perforation>.

Pente de picotagem <perforating comb> - Barra da Perfurado <punched> - Diz-se de um caderno ou outro
impresso que recebeu perfuração.
picotadeira, dotada de punções perfuradores.
Perfurador - [1] <pierce> - Ver: Perfurador de filme <film
Pente plástico para encadernação <plastic binding
punch>. [2] <punch> - Ferramenta empregada para
comb> - Tira plástica, de perfil curvo, dotada de dentes
perfurar as folhas de papel ou cartão no processo de
que, no processo de encadernação mecânica, são inse-
encadernação de folhas soltas, ou outras aplicações. [3]
ridos através de perfurações feitas ao longo da lombada
<sewing needle> Ferramenta da máquina de costura que
das folhas ou cadernos alceados.
abre os furos nos cadernos por onde passará a agulha.
Percalina <percaline> - Tecido de algodão gomado Termo alternativo: furador; vazador.
utilizado pelos encadernadores para revestir capas de
Perfuradora <punching machine> - Dispositivo dotado
livros. de pentes intercambiáveis que perfuram a borda das
Percalux <percalux> - Tecido resistente, liso ou estam- folhas soltas no processo de encadernação mecânica.
pado, utilizado nas encadernações de luxo. Ver também: Máquina para furar papel <paper drilling
machine>; Picotadeira <perforating machine>.
Perda de papel <paper loss> - Termo que designa a
quantidade de papel, expressa em quilos ou toneladas, Perfurador circunferencial - Ver: Serrilha
desperdiçada ou estragada durante as operações de circunferencial <circumferential perforator>.
manuseio, transporte, impressão e acabamento. Ver Perfurador longitudinal - Ver: Serrilha longitudinal
também: Desperdício <waste>. <longitudinal perforator>.
Perda de papel previsível <predictable paper loss> - Perfurador transversal - Ver: Serrilha transversal <cross
Quantidade de papel, expressa em quilos ou toneladas, perforator>.
desperdiçada durante o acerto dos trabalhos ou nas
paradas previstas, na impressão e no acabamento; por Perfurar <to punch> - Fazer furos em folhas soltas de
ser inevitável, esta perda é cobrada do cliente. papel que serão encadernadas mecanicamente. Termo

342
alternativo: <to pierce>. Ver também: Picotar <to perfo- [2] <pyrography> - Processo de gravura em madeira ou
rate>. couro empregando um instrumento incandescente.
Picotadeira <perforating machine> - Máquina que exe- Pirográfico <pyrographic> - Relativo à pirografia. Termo
cuta uma série de perfurações em impressos ou papéis, alternativo: <pyrographical>.
de maneira a permitir que se destaque facilmente a parte
picotada. Termos alternativos: <paper perforating ma- Pirógrafo <pyrographer> - Artista que faz pirografias.
chine>; perfuradora; picotadora; serrilha <perforator>.
Pirogravador <pyrographer> - Artista gráfico especia-
Picotado <perforated> - Diz-se de uma folha ou bloco de lizado na técnica da pirogravura.
papel que apresenta uma fileira de pequenos furos, a fim
Pirogravura - [1] <pyrograph> - Estampa obtida pelo
de facilitar o destacamento manual da parte perfurada.
processo pirográfico. [2] <pyrography> - Arte ou processo
Picotadora - Ver: Picotadeira <perforating machine>. de desenhar ou gravar sobre madeira, couro ou outros
materiais utilizando um instrumento pontiagudo incan-
Picotagem <perforating> - Operação que consiste em descente. [3] <pyrogravure> - Gravura feita em madeira
perfurar as partes do produto impresso que serão desta- ou couro empregando um utensílio de platina incan-
cadas. Abreviatura: (perf). Termo alternativo: <pinking>. descente.
Picotar - [1] <to inch> - Fazer avançar, em pequenos Plaqueta <plaquette> - {a} Peça metálica ornamentada
incrementos, os cilindros de uma impressora ofsete em relevo utilizada para decorar a capa de um livro. {b}
durante as operações de montagem e limpeza das Livro pequeno de poucas páginas, em geral brochado.
chapas e blanquetas. [2] <to perforate> - Executar a
perfuração de um produto impresso, nas partes a ser Plastificação <film laminating> - Processo de aplicação
destacadas. Ver também: Perfurar <to punch>. de um filme plástico, sob calor e pressão, sobre uma
folha impressa, a fim de protegê-la e melhorar-lhe a
Picote - [1] <burst> - Conjunto de pequenos cortes ou aparência. Ver também: Laminação <lamination>.
perfurações, na lombada dos cadernos impressos, feito Os filmes plásticos utilizados no processo de plasti-
em máquina rotativa ou dobradeira, para o processo de ficação podem ter acabamento brilhante ou fosco; uma
costura de cola. [2] <nick> - Pequenos pedaços de papel alternativa para os filmes de polietileno e polipropileno
que servem de ponte para prender o corpo de uma são os filmes metalizados, perolados, iridescentes, ho-
embalagem à folha de cartão após a corte-vincagem. lográficos etc.; o processo de aplicação a frio é conhecido
Termo alternativo: pique. [3] <perforating comb> - Lâmina por laminação, e emprega adesivos em vez de calor e
metálica dotada de pequenos segmentos cortantes, pressão.
presa à fôrma tipográfica, a fim de perfurar o papel
durante o processo de impressão. Termos alternativos: Plastificado <laminated> - Diz-se de um papel ou car-
fio de picote; fio de picotar. [5] <perforation> - Perfuração tão que recebeu um filme plástico, a fim de aumentar-lhe
feita numa folha ou num bloco de papel para facilitar a a resistência ou para fins estéticos. Ver também: Plas-
separação manual. Ver também: Serrilha <perforation>. tificação <film laminating>.

Pinça - [1] <folio lap> - Borda que se projeta além da Plastificadora <laminator> - {a} Máquina que aplica um
margem de refilo de um caderno, necessária para abri-lo revestimento plástico sobre o papel, sob calor e pressão,
nas máquinas de acabamento. Termo alternativo: unha. com a finalidade de conferir-lhe características de proteção
[2] <gripper> - Prendedor metálico que agarra o caderno e acabamento estético. {b} Empresa que presta serviços
durante a alimentação da alceadeira. Termos alternativos: de plastificação.
dente; pegadeira; unha. Ver também: Morcete <jaw>.
Plastificar <to laminate> - Aplicar um filme plástico a
Pinça da folha <gripper edge> - Borda de uma folha de um papel ou cartão impresso, a fim de conferir-lhe prote-
papel que é presa pelas pinças de uma impressora ção e melhorar a aparência estética.
ofsete plana.
Pó de corte - [1] <cutter dust> - Pequenas partículas de
Pique - Ver: Picote <nick>. fibras destacadas durante o corte do papel. [2] <slitter
dust> - Pequenas partículas de fibras ou de revestimento
Pirografado <pyrographed> - Diz-se de uma capa de que se desprendem do papel, durante o corte, aderindo
livro ornamentada por pirografia. às bordas das folhas e bobinas por ação eletrostática e,
Pirografar <to pyrograph> - Decorar através da pirografia. durante a impressão, acumulam na superfície das blan-
quetas ofsete, prejudicado a qualidade do impresso. Ter-
Pirografia - [1] <pyrograph> - O mesmo que pirogravura. mo alternativo: pó de refilo.

343
Pó de refilo - Ver: Pó de corte <cutter dust>. As prensas de corte-e-vinco incluem máquinas tipo-
gráficas adaptadas, alimentadas manualmente, ou equi-
Ponto de costura <stitch> - Cada uma das laçadas ou pamentos totalmente automatizados, especialmente de-
nós da linha usada na costura do miolo de um livro. senvolvidos para esse fim; algumas impressoras rotativas
são equipadas com cilindros de corte-e-vinco em-linha,
Portada <frontispiece> - Página de rosto decorada com
principalmente na impressão de etiquetas auto-adesivas.
motivos ornamentais gravados. Termos alternativos: folha
de rosto gravada <stamped title page>; frontispício Prensa de dourar <gilding press> - Aparelho dotado de
<frontispiece>; página de rosto gravada <stamped title uma platina aquecida, usado na douração de livros enca-
page>. dernados.
Pós-impressão <post-printing> - Diz-se de qualquer Prensa de estampagem - [1] <embossing press> -
operação que ocorre após o processo de impressão, tal Ver: Prensa de gofrar <embosser>. [2] <stamping press>
como: acabamento, conversão e uso final de um produto - Prensa especialmente construída para estampar capas
impresso. Termo alternativo: <postpress>. de livros encadernados através de calor e pressão. Ter-
mo alternativo: <blocking press>.
Post octavo - Formato de livro não refilado igual a 5 x 8"
a 53 x 83" (EUA) e 5 x 8" (Inglaterra). Prensa de gofragem - Ver: Prensa de gofrar
<embosser>.
Post quarto - Formato de livro não refilado igual a 8 x 10"
(Inglaterra). Prensa de gofrar <embosser> - Equipamento consti-
tuído de dois cilindros gravados, molde e contramolde,
Pré-alceamento <pre-gathering> - Operação que con- utilizado para fazer a gofragem do papel. Termos alter-
siste em unir os cadernos de um livro em diversas seções nativos: prensa de gofragem; prensa de estampagem
que serão posteriormente combinadas <embossing press>; texturadora. Ver também: Calandra
Pré-alcear <to pregather> - Unir apenas uma seção do de gofragem <embossing calender>; Cilindro de gofragem
miolo de um livro maior. <embossing cylinder>; Gofragem <embossing>; Papel
gofrado <embossed paper>.
Pré-aquecedor <premelter> - Unidade acoplada a uma
linha de encadernação em lombada quadrada responsável Prensa de vincar <creasing press> - Dispositivo de
pela fusão do adesivo sólido (hot-melt ou PUR). uma linha de encadernação que produz linhas vincadas
em capas de livros.
Precisão de corte <precision sheeting> - Controle
preciso das dimensões e tolerâncias durante o processo Prensador <presser> - Gráfico que faz a prensagem de
de transformação de uma bobina de papel em folhas, de livros.
modo a tornar desnecessário o pré-refilo das folhas em Prensagem - [1] <building-in> - Operação de acabamento
guilhotina linear na gráfica. que consiste em pressionar o livro encadernado entre
Prensa a quente <hot-press> - {a} Prensa que emprega placas aquecidas, durante a secagem do adesivo. [2]
moldes aquecidos, utilizada em processos de estam- <crushing> - Amassamento que ocorre durante a operação
pagem e douração de capas de livros. {b} Máquina que de arredondamento da lombada de um livro encadernado,
aplica calor e pressão para produzir uma superfície lisa ocasionalmente causando o enrugamento do papel ao
no papel. Termo alternativo: <hot press>. longo da lombada, especialmente com papéis de baixo
corpo. [3] <nipping> - Operação de acabamento que
Prensa de aparas <wastepaper baling press> - Equi- consiste em comprimir e prender a lombada dos livros ou
pamento que faz o enfardamento das aparas provenientes cadernos, após a operação de costura, a fim de remover
dos processos de refilo, impressão e acabamento. o excesso de ar e reduzir o volume da lombada, causado
pela costura. Termo alternativo: <compressing>. [4]
Prensa da capa <cover pressing station> - Unidade <pressing> - Operação de prensar. [5] <smashing> -
componente de encadernadoras automáticas que executa Operação de acabamento que consiste em prensar o
a prensagem da lombada do produto para a fixação da bloco dos livros, após a costura, a fim de comprimir as
capa. páginas e expulsar o ar armadilhado entre elas.
O termo <nipping> costuma ser empregado para
Prensa de corte-e-vinco <diecutting press> - papéis rígidos, enquanto o termo <smashing> é
Equipamento que pressiona a chapa de corte-e-vinco geralmente empregado para papéis macios.
contra o suporte, alimentado manual ou automaticamente,
utilizado principalmente na produção de embalagens de Prensagem a quente <hot stamping> - Processo de
cartão. estampagem de capas de livros utilizando moldes aque-

344
cidos, com ou sem aplicação de laminados coloridos. Produto final <end product> - Embalagem ou peça
impressa pronta para consumo, após dobragem, colagem
Prensar - [1] <to building-in> - Comprimir os livros recém e outras operações de encadernação, acabamento e/ou
encadernados numa prensa, durante a fase de secagem conversão. Termo alternativo: produto acabado.
do adesivo. [2] <to press> - Comprimir com prensa. [3]
<to smash> - Comprimir um livro, a fim de reduzir-lhe o Projeção <overhang> - Extensão da capa de um livro
corpo. Ver também: Prensagem <nipping>. que se projeta além do corte do miolo. Termos alternativos:
abas; seixas; <squares>.
Prensar a quente <to hot-press> - Realizar a prensagem
de livros com moldes aquecidos. Punção <point> - Ferro para douração de ornatos em
capas de livros encadernados.
Preparação <preparation> - Conjunto de operações
que precedem o encapamento de um livro, tais como:
colagem das guardas, refilo dos cadernos etc. Ver tam-
bém: Acerto <makeready>.
Q
Preparação da lombada <forwarding> - Conjunto de Quadrado <square> - Borda projetada da capa de um
operações que consistem em formar o dorso, arredondar, livro que pode ser vista na cabeça, na frente e no pé do
modelar, revestir e aplicar o cabeceado na lombada de livro, geralmente medindo 1/8".
um livro de capa dura, antes da colocação da capa.
Quádrupla <quadruple> - Tipo de dobradeira de faca
Preparo <set up> - Ver: Acerto <makeready>; Aviamento designada para produzir quatro cadernos de dezesseis
<preparation>. páginas ou dois cadernos de trinta e duas páginas.
Abreviatura: <quad>. Ver também: Dobradeira de faca
Pré-refile <paper cutting> - Operação anterior à impres- <knife folder>.
são, que consiste em aparar as bordas do papel, a fim de
adequar o tamanho e acertar o esquadro das folhas, Quarta capa <back-cover> - Capa traseira de uma
principalmente em trabalhos cuja imposição é tira-e- publicação. Termos alternativos: <second-out>; <side-
retira-tombando. Termo alternativo: <trimming>. cover>; última capa.

Primeira capa <front cover> - Capa que leva o título da Quarto <quarto> - {a} Folha dobrada em quatro, para
produzir um caderno de oito páginas. {b} Livreto de oito
revista ou do livro. Ver também: Capa <cover>.
páginas constituído de folhas dobradas em quatro, cujo
Primeira colagem <first gluing> - Colagem da lombada formato final geralmente mede 305 x 241 mm. Abreviaturas:
de um livro feita após a costura e antes da aplicação da (4to); (4º). Termo alternativo: in-quarto <in-quarto>.
capa.
Quebra de tiragem <underrun> - Produção de uma
Primeira contracapa - Ver: Segunda capa <inside quantidade inferior à solicitada ou especificada; geral-
front cover>. mente admite-se uma certa tolerância para mais ou para
menos na tiragem. Ver também: Tiragem excedente
Primeira dobra paralela <first parallel fold> - Dobra de <overrun>.
morcete executada por uma dobradeira acoplada a uma
impressora rotativa, imediatamente após a dobra do Quebradiço <brittleness> - {a} Diz-se de um filme de
funil, originando um caderno de oito páginas. Termo alter- tinta ou verniz muito rígido, sem flexibilidade, que racha
nativo: dobra-tablóide <tabloid fold>. facilmente quando dobrado, como ocorre com alguns
vernizes ultravioleta. {b} Característica de certos papéis
Primeira edição - [1] <first edition> - Primeira impressão e cartões que expressa a sua tendência de rachar
de jornal ou livro. Termo alternativo: edição príncipe quando dobrados.
<princeps edition>. [2] <first run> - Edição de livro im-
pressa pela primeira vez. Termo alternativo: primeira Quebrar o papel <decurl the paper> - Operação manual
tiragem. que consiste em curvar as folhas de papel (geralmente
cartões e papéis pesados), no sentido contrário ao do
Príncipe <princeps> - Primeira ou principal edição de encanoamento, a fim de deixar a pilha de alimentação
um livro. Termo alternativo: primeira edição <first edition>. plana e uniforme.

Produto acabado - Ver: Produto final <end product>. Quebras <spoilage> - O mesmo que estrago.

345
Rebarba <deckle-edge> - Bordas irregulares produzidas
R no corte de livros encadernados.

Rebarbas <burrs> - Irregularidades nas bordas das fo-


Rabo - Ver: Contrapinça <tail end>. lhas de papel causadas por corte irregular, principalmente
nos cartões mais espessos.
Rachadura - [1] <cracking> - {a} Incisão que ocorre da
dobra da lombada da capa de livros e revistas causada Rebobinadeira <rewinder> - {a} Equipamento que corta
por excessivo ressecamento do papel ao passar pelo uma bobina, à medida que esta desenrola, a fim de for-
forno da impressora rotativa, ou quando o papel é fabri- mar bobinas de largura e diâmetro menores. {b} Equi-
cado com baixo conteúdo de umidade ou excessiva pamento auxiliar, montado em-linha a uma máquina im-
quantidade de carga mineral, principalmente quando a pressora, cuja função é rebobinar o papel impresso. Ver
dobra é perpendicular ao sentido de fibra do papel. {b} também: Bobinadeira <winder>.
Delaminação ou formação de fissuras no revestimento
Rebobinar <to rewind> - Formar uma nova bobina após
do papel ou do cartão, durante a impressão ou nos
a impressão, ou fazer bobinas menores a partir da bo-
processos de conversão. [2] <score crack> - Defeito que
bina-mãe.
pode ocorrer com cartões e papéis de alta gramatura, ao
ser vincados. Rede <grating> - Tela metálica empregada na encader-
nação para aplicar tinta ao corte de livros. Termos alter-
Radiação ultravioleta <ultraviolet radiation> - Radiação
nativos: grade <grid>; grelha.
eletromagnética compreendida no intervalo de compri-
mentos de onda entre 200 e 400 nanômetros, imediata- Reencadernar <to rebind> - {a} Refazer a encadernação
mente abaixo do espectro visível; os raios UV são empre- de um livro com nova costura. {b} Remontar um livro na
gados em artes gráficas para induzir reações fotoquímicas, sua forma original, com sua capa original. Ver também:
em processos fotomecânicos e cura de tintas e vernizes Reencapar <recase>.
de impressão. Abreviatura: (UV).
Reencapar <to recase> - Substituir a capa de um livro
Ranhurador <notcher head> - Ferramenta utilizada na encadernado, aproveitando a costura anterior. Ver tam-
preparação da lombada do miolo de livros, abrindo riscos bém: Reencadernar <to rebind>.
transversais ao longo da mesma.
Refilado <trimmed> - Diz-se de um papel em folhas que
Rasgo <burst binding> - Corte feito por ferramenta foi aparado num ou mais lados, a fim de assegurar a pre-
instalada na impressora rotativa ofsete, no sistema de cisão do esquadro. Termo alternativo: aparado.
perfuração da lombada, antes da segunda dobra, em
perfeito sincronismo com o corte, na lombada do cader- Refilado de dois lados <two edges trimmed> - Diz-se
no, sem a retirada de qualquer pedaço do papel. de um papel em folhas que foi aparado na pinça e num
dos lados, para acertar o esquadro.
Raspador <scraper> - {a} Disco fino de aço empregado
para alisar as bordas dos livros antes da douração. {b} Refilador-colecionador <collecting trimmer> - Gui-
Mecanismo que regula o fluxo de cola numa máquina lhotina trilateral que coleciona dois livros, um sobre o
automática de colagem. outro, e os refila numa única operação.

Real - [1] <double royal> - Formato de papel de imprimir Refilador-empilhador <burster-trimmer-stacker> -


Dispositivo de acabamento acoplado a impressoras
igual a 25 x 40". [2] <royal> - {a} Formato de papel de
IBM. Abreviatura: (BTS).
imprimir igual a 19 x 28" ou 20 x 25". {b} Formato de papel
de escrever e desenhar igual a 19 x 24". [3] <royal Refilador trilateral <three-knife trimmer> - Máquina de
octavo> - Formato de livro igual a 63 x 10", não refilado. corte automática dotada de três facas, duas paralelas e
Abreviatura: (royal 8vo). [4] <royal quarto> - Formato de uma perpendicular, geralmente instalada em-linha com
livro igual a 10 x 121", não refilado. Abreviatura: (royal um sistema de encadernação, cuja função é fazer o refile
4to). [5] <super royal> - {a} Formato de papel de imprimir final de livros e revistas. Termo alternativo: guilhotina
igual a 201 x 271" (Inglaterra) e 22 x 28" (EUA). {b} trilateral.
Formato de papel de escrever e desenhar igual a 19 x 27".
[6] <super royal octavo> - Formato de livro igual a 7 x 11" Refilagem - [1] <book trimming> - Operação de apa-
(EUA) ou 6H x 103" (Inglaterra), não refilado. Abreviatura ragem das bordas de livros encadernados. [2] <slitting>
(super roy. 8vo). [7] <super royal quarto> - Formato de - Operação que consiste em dividir uma folha de papel em
livro igual a 103 x 131", não refilado. Abreviatura: (super duas ou mais folhas menores. [3] <trimming> - {a}
roy. 4to). Processo de aparagem das bordas de bobinas ou folhas

346
de papel empregando facas circulares ou guilhotinas, encadernação. [6] <guarding> - Etapa do processo de
respectivamente. {b} Processo de refilar o papel ou o encadernação que consiste em colar um tira de musselina
produto impresso. ou papel à lombada de um livro, a fim de aumentar a sua
resistência. [7] <reinforcing> - Tira de musselina colada
Refilar - [1] <to crop> - Cortar as áreas indesejadas de às guardas e ao primeiro e último cadernos de um livro
um impresso. [2] <to cut> - Cortar o excesso das bordas encadernado. [8] <strengthening> - Ato ou efeito de refor-
das páginas dos livros durante o processo de encader- çar. [9] <stripping> - Tira de papel ou tecido colada em
nação, a fim de remover as dobras fechadas dos cadernos torno da lombada de um livro, a fim de aumentar-lhe a
e igualar a dimensão das páginas. [3] <to trim> - {a} resistência. [10] <tape> - Tira de tecido colada ou costu-
Processo de aparar as bordas do papel ou do produto rada à lombada de um livro a fim aumentar a resistência
impresso. {b} Cortar as bordas de um papel em bobina ou da encadernação.
em folhas para um formato exato.
Reforço da lombada - [1] <book back liner> - Papel
Refile <trim> - O mesmo que refilo. Ver: Refilo <trim>.
kraft, com acabamento liso ou crepado, cuja principal
Refile dos quatro lados <four-sided trim> - Operação característica é a elevada resistência ao estouro (igual
de acabamento que consiste em aparar as quatro bordas ou superior a 45 pontos por polegada quadrada no teste
do bloco de um livro ou de folhas soltas destinados à de Mullen - método TAPPI T403-85), para ser colado à
encadernação mecânica. Termo alternativo: <trim four>. lombada de livros encadernados, a fim de fixar os
cadernos costurados e manter o miolo do livro separado
Refile final <final trim> - Última operação de acabamento da lombada da capa. [2] <lining up> - Processo de cola-
de livros e revistas que consiste em aparar as três bordas gem de tiras de gaze ou talagarça à lombada, após a
abertas do produto, geralmente em guilhotina trilateral. costura e a prensagem do miolo, a fim de aumentar a
resistência de um livro encadernado. Termo alternativo:
Refile trilateral <cut edges> - Operação de corte das <lining-up>.
três bordas de um livro (frente, cabeça e pé), antes da [2] a talagarça deve estar afastada cerca de 6 mm das
encadernação, empregando uma guilhotina linear trilateral. extremidades do livro, e avançar cerca de 30 mm de cada
Ver também: Guilhotina trilateral <three-knife trimmer>. lado das guardas; isto é conhecido como primeiro reforço
Refilo - [1] <shave> - Corte de uma pequena porção do (gaze), o qual deve ser revestido com uma tira de papel
papel das bordas de um livro ou de uma resma. [2] <trim> kraft em toda a área da lombada (segundo reforço).
- {a} Processo de refilar. {b} Excesso de área de uma Reforço de envelope - [1] <envelope stuffer> -
página onde são impressas as cruzes de registro, as
Retângulo de papel ou cartão, branco ou impresso,
tiras de controle e as instruções, a qual é cortada após
inserido num envelope para conferir-lhe maior rigidez e
a encadernação. {c} Corte trilateral de livros e revistas
proteger o conteúdo. [2] <patch stock> - Tipo de papel
executado após a encadernação, a fim de acertar o for-
ou cartão, gomado num dos lados, usado para reforçar
mato. [3] <trimout> - Área entre dois livros, montados em
o ilhó de envelopes. [3] <stiffener bristol> - Retângulo de
paralelo, removida pelas quarta e quinta facas de uma
cartolina inserido num envelope para proteger o conteúdo
guilhotina.
e evitar que dobre ou amasse.
Refilo superior <head trim> - Quantidade de papel cor-
Reforço de fole <shell back> - Tira de papel dobrada,
tada além da margem superior de uma folha, normalmente
com uma parte colada à lombada e a outra à falsa-
cerca de 3 mm.
lombada do livro encadernado, a fim de aumentar-lhe a
Reforço - [1] <backing sheet> - {a} Cartolina utilizada resistência. Termo alternativo: canudo <tube>.
para reforçar a lombada da capa de um livro. {b} Peça de
Reforço de musselina <muslin reinforcement> -
papel ou cartolina fixada à lombada de um livro antes da
Qualquer tipo de junção, guarda ou proteção em torno,
encadernação. Termos alternativos: <liner>; <release
interno ou fixado ao reforço e aos cadernos de um livro.
liner> [2] <backlining> - Tira de papel, tecido ou gaze
colada à lombada de um livro, a fim de aumentar-lhe a Registro de dobra <print-to-fold register> - Recurso de
resistência depois de encadernado. Termos alternativos: uma impressora rotativa que permite controlar a posição
<back lining>; <lining>. [3] <crash> - Tecido não-tecido da dobra do caderno em relação à imagem impressa.
ou gaze que reforça as junções de um livro de capa dura.
[4] <glued-back> - Papel colado à lombada de um livro Registro frente-verso <backup registration> - Posição
de capa dura para aumentar a resistência da encader- relativa entre a impressão de um dos lados da folha ou
nação. [5] <guard> - Tira de musselina ou papel ao qual bobina e a impressão do outro lado. Termo alternativo:
os encartes, mapas etc., são fixados, manual ou auto- <front-to-back register>. Ver também: Fora-de-registro
maticamente, a fim de poder abrir livremente após a <misregister>; Registro <register>.

347
Rejeição automática <automatic reject> - Recurso de de prova retangular de papelão ondulado suporta sem
controle de qualidade de certos equipamentos de enca- amassar. [3] <flat crush resistance> - Resistência das
dernação, que que causam o desvio dos produtos imper- caneluras de uma prancha de papelão ondulado à força
feitos para uma bandeja especial, sem interromper o flu- de esmagamento perpendicular à sua superfície, avaliada
xo de produção. sob condições padronizadas. Ver também: Teste de
esmagamento <concora test>.
Reparo <repair> - Eliminação de defeitos em livros en-
cadernados, incluindo a substituição de cadernos ou Resistência ao rasgo - [1] <edge tearing resistance> -
folhas. Termo alternativo: concerto. Propriedade do papel que mede a sua habilidade de
resistir ao rasgo a partir de um corte feito na borda de uma
RepKover - Tipo de brochura à qual se aplica, em outro folha ou bobina. [2] <internal tear resistance> - Força
equipamento, uma tira de reforço sobre a parte interna da necessária para rasgar um papel, numa distância fixada,
capa. A encadernação é feita colando-se as laterais do após o rasgo haver iniciado. Termo alternativo: <internal
miolo na capa. tearing resistance>. [3] <tearing resistance> - {a} Força
necessária para rasgar o papel sob condições padroni-
Requife <headband> - O mesmo que cabeçada. Ver
zadas, avaliada através de dois métodos: resistência
também: Cabeçada <headband>.
interna <internal tearing resistance> e resistência de
Reserva de cola <glue lap> - Área não-impressa, ou borda <edge tearing resistance>; o resultado é expresso
impressa com reserva, numa embalagem ou outro produto, em miliNewtons multiplicando-se a força por 9,807. {b}
na qual se aplica o adesivo para fazer o fechamento. Propriedade geral do papel que descreve a sua habilidade
de resistir ao rasgo ou à delaminação. Termos alternativos:
Resguardo - Ver: Guarda <end leaf>. <tearing strength>; <tear strength>. [4] <torsion tearing
resistance> - Teste de cartão corrugado cuja amostra é
Resistência à dobra - [1] <folding endurance> - Número
presa por pinças e torcida.
de dobras duplas que um papel suporta, sob tensão, em
condições especificadas, antes de romper-se na linha de Resistência ao vinco <creasing strength> - Propriedade
dobra, avaliado em equipamentos especialmente desig- do papel de conservar a sua resistência à tração após re-
nados, sob condições padronizadas. Termo alternativo: ceber o vinco e a dobra.
<folding strength>. [2] <tensile-at-the-fold> - Teste
empregado para avaliar a resistência de um papel revestido Resistência à tração - Tensão necessária para separar
à dobra, depois de passar pelo forno de uma impressora a folha de papel da camada de cola, expressa em N/cm.
ofsete rotativa.
Resmar <to wrap in ream> - Embalar o papel em resmas
[1] a resistência de um papel à dobra é maior no sen-
tido paralelo às fibras, e aumenta quanto maior for o grau Restauração <oversewing> - Método de reparo de livros
de refinação do papel; a adição de carga mineral reduz encadernados no qual a capa é removida, a lombada é
a resistência do papel à dobra. refilada, as páginas soltas são costuradas lateralmente
[2] o teste de resistência à dobra consiste em submeter em pequenos grupos, os cadernos são amarrados e
um corpo de prova sob tensão a sucessivas dobras du- colados novamente à capa; o volume reparado por esse
plas, até que este se rompa, e o valor da resistência é processo não permanece plano quando aberto. Termo
expresso pelo número de dobras que o papel suportou. alternativo: encadernação de restauração <cleat-laced
binding>.
Resistência à flexão - [1] <bending strength> - Proprie-
dade do papel ou cartão que expressa a sua qualidade Reverso <reverse> - Página da esquerda de um livro
de dobragem, sem rachar na dobra ou delaminar as aberto, numerada com algarismo par. Termo alternativo:
camadas. [2] <flexural resistance> - Propriedade do Verso <verso>. Ver também: Vazado <knockout>.
papel-cartão e do papelão corrugado de resistir à deflexão
quando suportado pelas extremidades e sujeito a uma Revestimento - [1] <coating> - Processo de conversão
carga aplicada no centro da folha. [3] <flexural stiffness> que consiste em aplicar ceras, adesivos, vernizes ou
- Propriedade de um papel ou cartão de resistir a uma outros produtos protetores ou selantes ao suporte. {b}
força de dobramento aplicada. Ver também: Rigidez Filme transparente aplicado à superfície de papéis e
<stiffness>. cartões, para conferir-lhes propriedades de barreira.
Termos alternativos: camada; cobertura. [2] <covering>
Resistência ao esmagamento - [1] <crushing strength> - {a} Processo de colar guardas à contracapa de um livro
- Ver: Resistência à compressão <compression de capa dura e secá-las sob pressão. {b} Operação de
strength>. [2] <edgewise crush resistance> - Máxima encapar um livro de capa dura. Termos alternativos:
força compressiva, na direção da canelura, que um corpo <building-in>; <casing-in>.

348
Rigidez - [1] <handling stiffness> - Habilidade de um impressora rotativa ofsete, cuja função é controlar a ten-
papel ou cartão de suportar o seu próprio peso, sem são do papel entre a os cilindros resfriadores e a dobra-
sofrer envergamento, durante o manuseio. [2] <rigidity> deira. Termo alternativo: carretilha.
- Resistência de um papel à dobra e à flexão. [3] O rolete do funil pode ser equipado com faca circular
<stiffness> - Habilidade de um papel ou cartão de supor- ou serrilha; quando utilizado como rolete de tração, sua
tar o seu próprio peso, ou uma força de dobra aplicada, velocidade deve ser ligeiramente superior à velocidade
quando manuseado. Ver também: Resistência à flexão superficial dos cilindros resfriadores; esta é controlada
<flexural stiffness>. por um sistema de acionamento independente <vector
drive>.
Rolete aplicador <coating wheel> - Pequeno cilindro do
sistema de aplicação de adesivo na lombada de livros em Rolo de dourar - Ver: Virador <backtool>.
máquinas de encadernação em lombada quadrada. Termo
alternativo: rolo aplicador <wheel applicator>. Rosto - [1] <recto> - Frente de uma folha de papel. [2]
<title page> - A primeira página de um livro onde aparece
Rolete aplicador de adesivo <paster wheel> - Rolete o título da obra e o nome do autor. Termos alternativos:
da coladeira em-linha de uma impressora rotativa que fachada; frontispício <frontispiece>; página de rosto.
aplica um filme de adesivo ao papel, a fim de unir os ca-
dernos impressos. Rosto falso - Ver: Ante-rosto <frontispiece>.

Rolete aplicador reverso <reverse roller coater> - Se- Rostral <rostral> - Relativo a rostro ou frontispício de
gundo rolo do coleiro de uma máquina encadernadora, livros.
que gira em sentido contrário, a fim de dosar a quantidade
Rotulagem <labelling> - Operação de colar rótulos ou
de adesivo aplicado à lombada dos livros.
etiquetas de identificação. Termo alternativo: etiquetagem.
Rolete dosador <back spinner> - Rolete do coleiro de
uma máquina encadernadora cuja função é remover o Rotular <to label> - Colar rótulo ou etiqueta.
excesso de adesivo, a fim de dosar a espessura do filme Ruga - [1] <buckle> - Enrugamento severo próximo da
de cola aplicada à lombada de um livro ou revista. cabeça e da lombada de cadernos dobrados. Termo
Rolete reverso <reverse spinner> - Pequeno cilindro do alternativo: <gusset>. [2] <gusseting> - Ondulação ou
sistema de aplicação de adesivo (hot-melt, PUR), que dobradura que se forma na parte superior das páginas
gira em sentido contrário ao do deslocamento da lombada internas de um caderno fechado na cabeça. Ver também:
dos cadernos alceados, cuja função é dosar a espessura Pé-de-galinha <crow’s-foot>. [3] <wrinkle> - {a} Vinco
do filme de adesivo aplicado. produzido no papel durante a fabricação ou em operações
de conversão, classificado como ruga seca ou ruga
Roletes de colagem <gluing wheels> - Dispositivos que úmida, dependendo do conteúdo de umidade do papel
aplicam uma camada delgada de adesivo na borda de quando esta é formada. Termo alternativo: ficha. {b}
encadernação das folhas, a fim de produzir panfletos Dobra produzida próximo do centro ou da contrapinça de
colados em vez de grampeados. uma folha impressa, ao passar entre os cilindros de
blanqueta e contrapressão de uma impressora ofsete,
Roletes de dobra <forming rollers> - Par de roletes causada por desequilíbrio entre o conteúdo de umidade
localizados logo abaixo do funil da dobradeira de uma do papel e do ambiente da sala de impressão.
impressora rotativa, cuja função é ajudar a controlar o
fluxo de papel sobre a mesa do funil e auxiliar a execução
da primeira dobra. Termos alternativos: <non-driven guide
rollers>; roletes-guia de bobina <web guide rollers>.
S
Roletes de dobra de cutelo <chopper fold rollers> - Par Salvaguarda <safeguard> - Folha de papel que protege
de roletes recartilhados localizados logo abaixo da faca o livro antes da encadernação. Termos alternativos:
de dobra, cuja função é completar a dobra iniciada pelo falsa-guarda <hifen>; guarda suja. Ver também: Guarda
cutelo. Termo alternativo: <back breakers>. <end leaf>.
Roletes de serrilha transversal <cross perforating Sanfona <fanfold> - {a} Seqüência de formulários
rollers> - Par de roletes da dobradeira de algumas dobrados nas linhas de serrilha. {b} Diz-se de um
impressoras rotativas, onde se localizam as serrilhas impresso dobrado repetidas vezes, como um fole de
das dobras formato tablóide e duplo-paralelo. sanfona. Ver também: Dobra-sanfona <accordion fold>.
Rolete superior do funil <top of former roller> - Cilindro Sangrado <bleed> - {a} Imagem impressa que se
localizado acima da mesa do funil da dobradeira de uma estende até a borda da página após o refilo. Termos

349
alternativos: cor estendida <extended color>; sangria. que emprega sopro de ar e vácuo para separar a folha
{b} Área de mancha sem margem branca. Ver também: superior da pilha. Termos alternativos: <backward sepa-
Página sangrada <bleed page>. {c} Excesso de área rator>; desfolhador; <forward separator>; robozinho;
impressa deixado em torno de uma imagem que será <sheet separator>. Ver também: Alimentador <feeder>.
corte-vincada, a fim de compensar ligeiras variações de
registro durante o processo. {d} Diz-se de um livro mal Separador de livros <book splitter> - Dispositivo da
refilado, cujo corte invade a área de mancha, eliminando refiladora trilateral de cinco facas que separa os livros
parte do texto. Termo alternativo: degolado. Ver também: produzidos em duplo-paralelo.
Degoladura <bleed>.
Seringa <accumeter gluer/moistener> - Dispositivo
Sangria <bleed> - Área impressa que se estende além mecânico adaptado à dobradeira de uma impressora
do refilo de uma página, geralmente 3 mm ou mais além rotativa para aplicar um fio de água ao papel, a fim de
das marcas de corte. Ver também: Sangrado <bleed>. evitar a formação de rugas e facilitar a dobra dos cader-
nos, ou um fio de cola, a fim produzir brochuras coladas.
Sarja <twill> - Musselina de algodão utilizada no reves-
timento da capa dura de livros encadernados. Serra niveladora <levelling saw> - Ferramenta utilizada
na preparação da lombada de livros, para compensar o
Segunda capa <inside front cover> - Ver: Contracapa corte irregular e expor as fibras de papel.
<inside cover>.
Serrilha - [1] <commercial perforation> - Série de pe-
Segunda contracapa - Ver: Terceira capa <inside quenos furos ou cortes, paralelos à dobra de encader-
back cover>. nação, cuja finalidade é permitir a separação fácil da
folha no produto acabado. [2] <perforation> - Fileira de
Segunda dobra paralela <second parallel fold> - Do-
pequenos furos ou incisões através do papel que permite
bra de morcete executada numa dobradeira acoplada
destacar parte dele, além de auxiliar a dobra, eliminar o
em-linha a uma impressora rotativa, imediatamente após
ar dos cadernos impressos e evitar rugas ao dobrar pa-
à primeira dobra paralela, derivando um caderno de 16
péis pesados. Termo alternativo: picote. [3] <perforator>
páginas.
- {a} Dispositivo montado na parte superior do funil da
Seixas <overhang> - Projeções da capa dura ou da capa dobradeira de uma impressora rotativa, para serrilhar o
flexível que se estendem além dos cortes do miolo de um papel no sentido longitudinal, na linha de dobra, a fim de
livro. Termos alternativos: aba; projeção. evitar a formação de rugas quando a dobra de funil é
produzida. {b} Pente circular ou plano que produz perfu-
Sela <saddle> - Parte de uma máquina encadernadora rações longitudinais ou transversais no papel. Termo
de lombada canoa onde os cadernos e a capa são cole- alternativo: picotadeira <perforating machine>; <paper-
cionados. Termos alternativos: <bayonet>; cavalete; perforating machine>.
<saddle-bar>.
Serrilha circunferencial <circumferential perforator> -
Selador de caixas <carton sealer> - Dispositivo que se Perfurador localizado na dobradeira de uma impressora
presta a colar a tampa ao corpo de caixas de papelão. rotativa ofsete, próximo dos roletes de tração do papel,
que serrilha longitudinalmente a tira de papel, a fim de
Sem costura <perfect> - Processo de encadernação no
evitar rugas na dobra de cutelo. Termo alternativo: picote
qual os cadernos são presos apenas com adesivo
circunferencial.
aplicado à lombada.
Serrilha de separação <between-set perforations> -
Sem margem - Ver: Sangrado <bleed>.
Série de perfurações ou pequenos cortes transversais
Sem orelha <equal lap> - Diz-se de um caderno em que feitos em formulários contínuos para facilitar a separação
os excessos de papel das metades coincidem em das folhas.
comprimento no corte da frente.
Serrilha longitudinal - [1] <longitudinal-perforation> -
Separador de folhas - [1] <comber> - Dispositivo Seqüência de perfurações feita numa bobina de papel, a
localizado sobre a mesa de alimentação de impressoras fim de auxiliar a dobra e evitar a formação de rugas em
ofsete planas e máquinas de acabamento, próximo da cadernos impressos em máquinas rotativas. Termo alter-
contrapinça das folhas, cuja função é separar a primeira nativo: perfuração longitudinal. [2] <longitudinal perforator>
folha da pilha e evitar a alimentação de duas folhas. - Ferramenta circular, montada acima da mesa do funil
Termo alternativo: <comber wheels>. [2] <sheet- da dobradeira de uma impressora rotativa, que perfura o
separation unit> - Dispositivo do sistema de alimentação centro da bobina, a fim de facilitar a dobra dos cadernos.
de folhas de uma impressora ofsete, ou uma dobradeira, Termo alternativo: perfurador longitudinal.

350
Serrilhar <to perforate> - Fazer incisões numa folha geralmente colorida e ilustrada, que protege a encader-
impressa, empregando ferramentas especiais adaptadas nação de um livro. {b} Revestimento da capa dura de um
a uma dobradeira, a fim de facilitar a dobra, permitir a saí- livro. Termos alternativos: jaqueta <book jacket>; <dust
da do ar armadilhado entre os cadernos e evitar a ocor- cover>; <dust-jacket>; <dust-wrapper>; <hardcover dust
rência de rugas, especialmente em papéis pesados. jacket>; <jacket-wrap>; <packet>; <slipcover>; <wrap-
per>.
Serrilhas <perfs> - Perfurações feitas numa página de
revista ou encarte, em torno de um cupom, para facilitar Sobrecapa de livro <book jacket> - Papel utilizado
a separação. para proteger a capa de livros encadernados, algumas
vezes impresso com material de propaganda. Ver tam-
Serrilha tipo espinha de peixe <herringbone perfo-
bém: Envoltório de livro <book wrapper>; Papel-capa
rator> - Tipo de perfurador utilizado para serrilhar a
<book-cover paper>.
cabeça dos cadernos (transversal à lombada), a fim de
reduzir a formação de rugas. Ver também: Ruga Subida de cola - Ver: Colagem lateral <edge gluing>.
<gusseting>.
Submarino - Ver: Marca de alceamento <collating
Serrilha transversal - [1] <cross-perforation> - Série de mark>.
furos ou cortes perfurados em ângulo reto em relação ao
movimento da bobina, a fim de evitar a formação de rugas Sub-refilado <undertrimmed> - Diz-se de um caderno
e a deformação do caderno durante a dobra. Termos ou de um livro cortado num tamanho menor do que o
alternativos: perfuração transversal <transverse perfo- especificado.
ration>; picote transversal. [2] <cross perforator> - Per-
furador localizado na dobradeira de uma impressora Succionadores <pickup suckers> - Componentes da
rotativa ofsete, acima do funil, próximo dos roletes de unidade de separação de folhas do alimentador de uma
tração do papel, que serrilha o papel em ângulo reto em impressora ou máquina de acabamento, cuja função é
relação ao seu deslocamento, a fim de evitar a formação levantar e fazer avançar a folha superior da pilha de
de rugas nos cadernos formato magazine e tablóide; é alimentação e entregá-la aos roletes de avanço. Termo
possível também serrilhar a linha da segunda dobra para- alternativo: chupeta de transporte; chupeta de sucção.
lela, no caso de produtos duplo-paralelo. Termo alternativo:
perfurador transversal.

Setor de encadernação <bookbindery> - Setor de


T
uma indústria gráfica onde se executam os trabalhos de
Tablóide <tabloid> - {a} Formato de página de jornal,
encadernação de livros. Termo alternativo: oficina de
aproximadamente 300 mm de largura por 400 mm de
encadernação <bindery>.
altura, ou cerca da metade do formato padrão de uma
Shrink - {a} Embalagem de material plástico termo- página de jornal. {b} Pequeno jornal ilustrado contendo
encolhível. {b} Processo de embalagem de pacotes de matérias sensacionalistas. {c} Encarte promocional
produtos impressos com plástico termo-encolhível. veiculado junto com um jornal.

Silicone <silicone> - Substância líquida aplicada ao Talonagem <padding> - Operação de acabamento que
papel, antes da entrada da dobradeira de uma impressora consiste em aplicar adesivo flexível num dos lados de
rotativa, a fim de evitar o atrito com as partes metálicas uma resma de folhas para formar um talão ou um bloco.
que poderiam causar riscos e manchas no produto
impresso. Talonar <to pad> - Fazer talões ou blocos a partir de
folhas soltas de papel. Termo alternativo: blocar.
Sinalefa - Ver: Filete <fillet>.
Talonário <block> - Bloco de folhas em forma de talão.
Sistema de remoção de aparas <scrap removal
system> - Sistema de exaustão acoplado a uma guilho- Tambor da capa <cover nipping roller> - Dispositivo da
tina, encadernadora e outros equipamentos de acaba- estação de prensagem de capas nas encadernadoras
mento, que aspira as aparas e as conduz para uma pren- automáticas, cuja função é aplicar a capa na lombada do
sa que faz o enfardamento. miolo.

Sobrecabeceado <headband> - O mesmo que cabe- Tarlatana <buckram> - Ver: Entretela <library
çada. Ver também: Cabeçada <headband>. buckram>.

Sobrecapa <jacket> - {a} Capa destacável de papel, Tear - Ver: Estribilhas <running board>.

351
Tempo de abertura <open time> - Intervalo de tempo Timbragem - Ver: Estampagem <stamping>; Impressão
no qual um adesivo permanece fluido ou em estado de a seco <dry printing>; Impressão em relevo <embossing>.
adesão, sem secar, conservando as suas características
Timbrar <to enface> - Imprimir estampa na face de
de aplicação. Os adesivos hot-melt têm menor tempo de
envelope, papel de carta etc.
abertura do que os adesivos de PVA. Termo alternativo:
tempo em aberto. Timbre - [1] <letterhead> - Cabeçalho impresso em
papel de carta contendo o nome e o endereço de uma
Termocostura <thermosewing> - Processo de acaba-
instituição. [2] <stamp> - Cabeço composto para ser
mento que consiste em costurar os cadernos individual-
impresso em envelopes, papéis de carta etc. Termo al-
mente, através da dobra, numa dobradeira, com fios ternativo: sinete <signet>. Ver também: Cabeço <head>.
termossoldáveis, deixando segmentos de linha na parte
externa da lombada que são fundidos e soldados à Tira-e-gira <work-and-twist> - Método de imposição de
lombada, após o alceamento. páginas no qual a mesma base montada produz duas
imagens sobre a chapa, lado a lado ou cabeça com
Termocurável <thermoset> - Diz de uma tinta ou verniz cabeça; após a primeira exposição, a base é rotacionada
que endurece quando aquecido. 180°, a fim de proceder à segunda exposição. Termo
alternativo: <work-and-whirl>.
Teste da puxada <pull test> - Ensaio realizado para
medir a força necessária para arrancar uma página da Tira-e-retira <work-and-turn> - Método de imposição ou
lombada de um livro colado. Termo alternativo: <page- traçado de montagem (leiaute) no qual todas as páginas,
pull test>. Ver também: Puxada <drawdown>. de ambos os lados da folha impressa, são posicionadas
de tal modo que, quando a folha é virada conservando-se
Teste de compressão de caixa <box compression a mesma pinça, uma metade da folha automaticamente
test> - Ensaio de laboratório que mede a resistência de coincide com o verso da metade impressa anteriormente;
uma caixa de papelão, montada e vazia, a uma força de quando a folha é cortada ao meio no sentido vertical,
compressão aplicada perpendicularmente, expressa duas imagens idênticas são produzidas; este traçado é
como a máxima força ou a máxima resistência antes de preferido ao tira-e-retira-tombando devido à precisão,
deformar-se. visto que a mesma pinça e o mesmo lado do esquadro
são usados para margear a folha nas duas entradas de
Teste de esmagamento - [1] <concora test> - Ensaio
máquina. Abreviatura: (W&T). Termo alternativo: tira-e-
de laboratório que se presta a determinar a resistência de
retira girando. Ver também: Imposição frente-e-verso
cartões corrugados ao esmagamento. [2] <edge crush <sheetwise imposition>; Tira-e-retira-tombando <work-
test> - Ensaio de laboratório para determinar a resistência and-tumble>.
de uma caixa de papelão ondulado ao esmagamento.
Termo alternativo: <short column test>. Ver também: Tira-e-retira girando - Ver: Tira-e-retira <work-and-
Resistência ao esmagamento <edgewise crush resis- turn>.
tance>.
Tira-e-retira-tombando <work-and-tumble> - Método
Teste de tração de página <page-pull test> - Método de imposição ou traçado de montagem (leiaute) no qual
empregado para avaliar a força necessária para arrancar a frente e o verso da folha são impressos com uma única
uma página da lombada de um livro colado. Ver também: chapa; após a impressão do primeiro lado, a pilha de
Flexão de página <page flex>. papel é virada de modo que a contrapinça da folha torna-
se a pinça do segundo lado; a probabilidade de ocorrer
Teste do metrô <subway test> - Ensaio de durabilidade fora-de-registro é maior do que no traçado tira-e-retira, a
de livros, que consiste em avaliar o dano causado num menos que o suporte seja precisamente esquadrado.
livro colado, após separar as páginas ao meio e dobrá-las Abreviatura: (W&F). Termos alternativos: <work-and-
completamente, encostando capa contra capa, subme- flop>; <work-and-roll>. Ver também: Imposição frente-e-
tendo a lombada ao máximo esforço. verso <sheetwise imposition>; Tira-e-retira <work-and-
turn>.
Teste do tambor <drum test> - Procedimento para
avaliar a resistência de livros e embalagens ao impacto, Tirada <fronting> - Impressão do primeiro lado do papel.
fazendo-os rolar dentro de um tambor, sob determinadas Termo alternativo: tiragem em branco.
condições, para simular as condições de transporte e
Tiragem - [1] <pressrun> - {a} Total de cópias aceitáveis
manuseio.
de um mesmo trabalho. Ver também: Edição <edition>.
Texto de orelha <blurb> - Resumo do conteúdo de um {b} Quantidade de cópias a ser produzidas, expressa em
livro impresso na sobrecapa ou na orelha da capa. folhas, cadernos, passadas ou giros. {c} Operação de

352
impressão. {d} Duração da impressão. Termos alter- Traçado de página <page layout> - Boneco indicando
nativos: impressão <impression>; <presswork>; <print- o formato da página não-refilada, o formato refilado do
ing>; <print run>; rodada; rodagem; <run>; <run length>. trabalho, os refilos superior, inferior e externo e as mar-
[2] <run> - Quantidade especificada para qualquer trabalho gens superior, inferior, externa e interna. Termo alternativo:
de encadernação. leiaute de página.

Tiragem boa - Ver: Tiragem líquida <net impressions>. Trancafio <headcord> - O mesmo que cabeçada. Ver
também: Cabeçada <headband>.
Tiragem bruta <gross impressions> - Quantidade total
de folhas ou cadernos produzidos, incluindo os estragos. Tubebind - Tipo de brochura no qual uma “luva” especial
Termo alternativo: <gross imps>. Ver também: Tiragem adere à lombada do livro e, com isto, forma uma brochura
líquida <net impressions>. sem colagem da capa na lombada.

Tiragem casada <combination run> - Impressão de Twinflex - Linha de adesivo da National Starch &
dois ou mais trabalhos numa mesma entrada de máquina. Chemicals para a encadernação em dois estágios com
Termo alternativo: <gang run>. Ver também: Impressão cola fria e hot-melt.
casada <piggyback>.

Tiragem curta <short run> - Termo relativo que indica a


produção de pequena quantidade de folhas, cadernos,
U
livros, revistas etc. Termos alternativos: <short binding
Última capa - Ver: Quarta capa <back-cover>.
run>; <short-run>. Ver também: Impressão curta <printing
too short>. Última página <last page> - Final de um livro, revista ou
jornal.
Tiragem de branco - Ver: Tirada <fronting>.
Unha <folio lap> - Papel adicional das bordas de um
Tiragem excedente <overrun> - {a} Impressão de uma
caderno, que se estende além da margem de refilo,
quantidade maior do que a tiragem solicitada. {b} Quan-
planejado para que os equipamentos de acabamento
tidade de cópias impressas acima da tiragem prevista;
possam agarrar e inserir o caderno numa revista ou num
uma certa quantidade excedente ou faltante é tolerável.
livro. Termos alternativos: <high folio>; <low folio>;
Termos alternativos: <over-issue>; <over-run>. Ver tam-
orelha <lip>; pinça.
bém: Quebra de tiragem: <underrun>.
Unheira - Ver: Índice de dedo <finger index>.
Tiragem líquida <net impressions> - Quantidade de
folhas ou cadernos produzidos, descontado os estragos.
Termo alternativo: tiragem boa. Ver também: Tiragem
bruta <gross impressions>.
V
Tiragem longa <long run> - Termo relativo que indica a Ventilar o papel <wind sheets> - Manipular o papel
produção de grande quantidade de folhas, cadernos, impresso de modo a permitir a renovação do ar entre as
livros, revistas etc. folhas, para auxiliar a secagem das tintas. Termos
alternativos: <airing>; <to wind>; ventilar a pilha <to wind
Tiragem muito curta <very short counts> - Termo the load>.
subjetivo que indica a reprodução de quantidades muito
pequenas, abaixo de 500 cópias. Verniz - [1] <clear ink coat> - Composto incolor utilizado
como base de papel para decalque e como camada
Tiragem real <count> - Quantidade total de folhas, protetora de desenhos para decalque impressos em
cadernos ou produtos encadernados produzidos na serigrafia. [2] <lacquer> - Solução de solvente orgânico
impressão ou no acabamento. combinada com resinas modificadoras e plastificantes,
Traçado de imposição <imposition layout> - Guia que aplicada ao suporte, a fim de promover brilho, caracte-
indica como as páginas devem ser dispostas sobre uma rísticas decorativas e proteção. [3] <varnish> - {a} Solução
folha, a fim de atender aos requisitos de impressão, de resina, tal como o copal, a goma-laca ou a dâmara,
dobra e encadernação. Termos alternativos: espelho em solvente de terebentina e óleo de linhaça, contendo
<mirror>; <layout sheet>; traçado de montagem. um secante, cujos constituintes não-voláteis sofrem
oxidação após a evaporação dos voláteis. Ver também:
Traçado de montagem - Ver: Traçado de imposição Laquê <lacquer>. {b} Camada protetora aplicada ao
<imposition layout>. impresso, a fim de conferir-lhe proteção e brilho.

353
[3] Os vernizes <coatings> são classificados, de Verniz UV <UV varnish> - Ver: Verniz ultravioleta
acordo com o processo de secagem, em: vernizes <ultraviolet varnish>.
aquosos <aqueous coatings>, à base de água, secam
por expo-sição ao ar; vernizes ultravioleta e feixe de Via <ply> - Cada uma das folhas individuais de papel que
elétrons (UV e EB <electron beam>), polimerizam através compõem um formulário contínuo.
de expo-sição à luz ultravioleta e feixe de elétrons,
Vincabilidade <creasability> - Habilidade de um papel
respectiva-mente.
de ser vincado ou dobrado, sem rasgar ou delaminar.
Verniz antiderrapante <antiskid varnish> - Revesti-
Vincadeira - [1] <creasing tool> - Ferramenta de uma
mento resinoso aplicado à superfície de uma embalagem
máquina de encadernação que faz o vinco da lombada da
impressa, a fim de evitar deslizamentos durante o trans-
porte, a estocagem e o manuseio. capa. [2] <scoring device> - Dispositivo de uma linha de
encadernação em lombada quadrada que comporta a
Verniz aquoso <aqueous varnish> - Verniz de sobre- ferramenta que faz a vincagem da lombada da capa.
impressão à base de água, que seca por evaporação.
Termo alternativo: <aqueous coat>. Vincado <creased> - Tipo de cartão ou convite, com
uma cercadura impressa a seco, com fios de vincar,
Verniz com reserva <spot varnish> - Verniz aplicado produzindo um ligeiro relevo visível.
apenas em algumas áreas do impresso, a fim de enfatizar
elementos particulares. Termo alternativo: <spot coat>. Vincador <creaser> - Dispositivo que substitui o perfu-
rador circunferencial e produz um vinco no papel em vez
Verniz curável por feixe de elétrons <electron beam de uma serrilha. Ver também: Serrilha circunferencial
coating> - Filme transparente aplicado a um produto <circumferential perforator>.
impresso, que seca rapidamente através de polimerização
induzida por radiação, produzindo um efeito muito Vincagem <creasing> - {a} Operação que consiste em
brilhante. Abreviatura: (EB). Termo alternativo: verniz EB pressionar linhas na capa de um livro durante a enca-
<EB varnish>. dernação. {b} Processo de formação de sulcos ao longo
da borda das folhas ou páginas, a fim de facilitar a
Verniz de acabamento <finishing coat> - Substância operação de dobra e permitir manter o livro aberto durante
formulada com resinas e solventes para ser aplicada em a leitura. {c} Processo de formação de sulcos em cartões
produtos impressos, em máquina apropriada, no setor impressos, a fim de facilitar o fechamento do cartucho.
de acabamento, a fim de conferir-lhes brilho e resistência {d} Processo que consiste em pressionar o papel, o
ao atrito. cartão e o papelão ondulado entre dois fios metálicos,
macho <tonger> e fêmea <groove>, para facilitar a dobra
Verniz de máquina <overprint varnish> - Substância
e evitar rachaduras. Termo alternativo: <scoring>.
formulada com resinas e solventes para ser aplicada em
produtos impressos, na própria impressora, em unidade Vincar <to score> - {a} Comprimir ou riscar o papel ou
própria ou através do sistema de molhagem, logo após cartão, com o auxílio de fios metálicos ou discos rotativos,
a impressão, a fim de conferir-lhes brilho e proteção. a fim de facilitar a dobra ou o rasgo. Termo alternativo:
riscar. {b} Produzir um sulco ao longo da linha de dobra
Verniz de recobrir <coating varnish> - Ver: Verniz
de uma folha de papel, com o auxílio de um dispositivo
branco <clear varnish>.
especial, a fim de facilitar a operação de dobra.
Verniz de sobreimpressão <overprint varnish> - Verniz
claro aplicado sobre um produto impresso, a fim de Vinco - [1] <crease> - {a} Sulco pressionado na capa de
melhorar o brilho, a resistência à abrasão, a aparência e um livro durante a encadernação. {b} Linha pressionada
a durabilidade. ao longo do eixo de dobra de uma folha de papel ou
cartão, a fim de facilitar a dobragem. Termos alternativos:
Verniz EB <EB varnish> - Ver: Verniz curável por feixe dobra seca; <score>; <scored line>. Ver também: Bisel
de elétrons <electron beam varnish>. <bevel edge>; Fio de vincar <creasing rule>. [2] <crease
score> - Sulco feito no papel através de pressão, sem
Verniz laca <lake varnish> - Verniz de sobreimpressão cortar as suas fibras.
que seca rapidamente e não requer cura.
Vinco de corte <cut score> - Sulco formado quando o
Verniz ultravioleta <ultraviolet varnish> - Verniz de papel é parcialmente cortado.
acabamento que cura por ação de radiação ultravioleta.
Termo alternativo: verniz UV <UV varnish>. Ver também: Vinco duplo <double score> - Sulcos paralelos e
Tinta ultravioleta <ultraviolet ink>. próximos feitos num suporte.

354
Vinheta <collating mark> - Texto impresso na lombada Virador de encadernador - Ver: Virador <backtool>.
do caderno para sua identificação. Termo alternativo:
Volante <broadside> - Diz-se de uma folha de papel
marca de alceamento.
impressa e dobrada em formato conveniente para pos-
Virador <backtool> - {a} Ferro usado pelos encader- tagem, cujo texto flui no sentido perpendicular ao lado
nadores para dourar capas de livros. {b} Instrumento maior, a despeito da dobra. Termo alternativo: circular
<circular>.
dotado de um disco de latão gravado e um cabo, utilizado
pelos encadernadores para estampar filetes em capas Volante deitado <backward broadside> - Página cujas
de livros encadernados. Termos alternativos: roldana de linhas de texto aparecem impressas orientadas paralelas
dourar; rolo de dourar; virador de encadernador. ao lado maior da folha.

355
356
Bibliografia

357
Divisor 12
Jean Gerson - Monotessaron seu Concordantiae IV Evangelistorum - 1474
crédito: Fundação Biblioteca Nacional

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360
tabelas de unidades

Unidade 1 Unidade =
Magnitude Unidade Simbolo Definição

polegada quadrada - 6,452 cm2


Força Newton N 1 N = 1 kg m s-2
pé quadrado 144 polegadas2 0,0929 m2

jarda quadrada 9 pés2 0,8361 m2 Energia Joule J 1 J = 1 Nm = 1 kg m2 s-2

vara quadrada 30,25 jardas2 25,29 m2


Potência Watt W 1 W = 1 J-1 = 1 kg m2 s-3
acre 160 varas2 40,47 ares = 4.047 m2
Pressão Pascal Pa 1 Pa = 1 kg m-1 s-2
milha quadrada 640 acres 2.589 km2

Unidade 1 Unidade =
Unidade 1 Unidade =
onça 1/16 libras 28,35 g
polegada 10 linhas 25,40 mm
libra 16 onças 0,4536 kg
pé 12 polegadas 0,3048 m
quintal inglês 112 libras 50,80 kg

jarda 3 pés 0,9144 m


quintal americano 100 libras 45,36 kg

tonelada inglesa 20 quintais ingleses 1.016 kg braça 2 jardas 1,829 m

tonelada americana 20 quintais americanos 907,2 vara 5,5 jardas 5,029 m

milha terrestre 1760 jardas 1.609 km


Unidade 1 Unidade =

milha náutica 2027 jardas 1.853 km


libra (força)/pé - 14,59 N/m

libra (força)/polegada quadrada - psi - 0,06805 bar

libra (massa)/pé cúbico - 16,02 kg/m3 Unidade 1 Unidade =

pé-libra (força) - 1,3558 J polegada cúbica - 16,39 cm3

Unidade Térmica Britânica (BTU) - 1,055 kJ pé cúbico 1728 polegadas cúbicas 28,32 dm3

cavalo de força (HP) 550 pés-libras/s 0,7457 kW jarda cúbica 27 pés cúbicos 0,7646 m3

cavalo de força hora (HPh) - 0,7457 kWh tonelada de registro 100 pés cúbicos 2,832 m3

361
Unidade Nm, J, Ws kWh mkp kcal elétron-Volt (eV) BTU

Nm, J, Ws 1 2,77778 x 10-7 0,101972 2,38846 x 10-4 6,24208 x 1018 9,47158 x 10-4

kWh 3,6 x 106 1 3,67098 x 105 8,59845 x 102 2,24715 x 1025 3,40977 x 103

mkp 9,80665 2,72407 x 106 1 2,34228 x 10-3 6,12139 x 1019 9,28841 x 10-3

kcal 4,1868 x 103 1,163 x 10-3 4,26935 x 102 1 2,61343 x 1022 3,96556

elétron-Volt (eV) 1,60203 x 10-19 4,45008 x 10-26 1,63362 x 10-20 3,82638 x 10-23 1 1,51738 x 10-22

BTU 1,05579 x 103 2,93275 x 10-4 1,07661 x 102 0,252171 6,59033 x 1021 1

U n id a d e N /m 2 , P a bar k p /c m 2 To rr a tm

N /m 2 , P a 1 1 0 -5 1 ,0 1 9 7 2 x 1 0 -5 7 ,5 0 0 6 2 x 1 0 -3 9 ,8 6 9 2 3 x 1 0 -6

bar 105 1 1 ,0 1 9 7 2 7 ,5 0 0 6 2 x 1 0 2 0 ,9 8 6 9 2 3

k p /c m 2 9 ,8 0 6 5 5 x 1 0 4 0 ,9 8 0 6 6 5 1 7 ,3 5 5 5 9 x 1 0 2 0 ,9 6 7 8 4 1

To rr 1 ,3 3 3 2 2 x 1 0 2 1 ,3 3 3 2 2 x 1 0 -3 1 ,3 5 9 5 1 x 1 0 -3 1 1 ,3 1 5 7 9 x 1 0 -3

a tm 1 ,0 1 3 2 5 x 1 0 5 1 ,0 1 3 2 5 1 ,0 3 3 2 3 7 6 0 ,0 0 0 1

U n id a d e N m /s , J /s , W kW m k p /s k c a l/h B T U /s

N m /s , J /s , W 1 1 0 -3 0 ,1 0 1 9 7 2 0 ,8 5 9 8 4 5 9 ,4 7 1 5 8 x 1 0 -4

kW 103 1 1 ,0 1 9 7 2 x 1 0 2 8 ,5 9 8 4 5 x 1 0 2 0 ,9 4 7 1 5 8

m k p /s 9 ,8 0 6 6 5 9 ,8 0 6 6 5 x 1 0 -3 1 8 ,4 3 2 2 0 9 ,2 8 8 4 1 x 1 0 -3

k c a l/h 1 ,1 6 3 1 ,1 6 3 x 1 0 -3 0 ,11 8 5 9 3 1 1 ,1 0 1 5 4 x 1 0 -3

B T U /s 1 ,0 5 5 7 9 x 1 0 3 1 ,0 5 5 7 9 1 ,0 7 6 6 1 x 1 0 2 9 ,0 7 8 1 6 x 1 0 2 1

P r e fix o S im b o lo P o tê n c ia d e d e z P r e fix o S im b o lo P o tê n c ia d e d e z

Te ra T 1 0 12 D eci d 1 0 -1

G iga G 109 C e n ti c 1 0 -2

M ega M 106 M i li m 1 0 -3

K ilo k 103 M i c ro  1 0 -6

H e c to h 102 N a no n 1 0 -9

D eca da 10 P ic o p 1 0 -1 2

F e m to f 1 0 -1 5

A tto a 1 0 -1 8

362
Índices

índice remissivo adesivo PUR permanece incurado por longo tempo


177
adesivo PUR torna-se leitoso no reservatório 176
adesivo PUR transborda do reservatório 176
A adesivo quente 284
adesivos 136; 137
abafadores de ruído 74 adesivo sangrado 285
abastecimento das gavetas 118 adesivo temporário 285
abertura da capa 135 adesivo termossoldável 285
abertura plana 154; 164; 165; 283 adesivos à base de água 285
abertura plana das folhas do miolo 184 adesivos à base de solventes 285
acabamento 225; 283 adesivos animais 205
acabamento em-linha 283 adesivos de poliuretano reativo 284
acabamento fora-de-linha 283 adesivos hot-melt 198
acabamento manual 283 adesivos hot-melt de secagem rápida 141
acerto 284 adesivos reativos (PUR) 141
acessórios 44; 119; 120 afiação 36; 162; 285
acessórios para a guilhotina linear 44 afiação da fresa 143
acessórios para dobradeiras 70; 71 afiação do disco 143
acetato 246 afiadora de facas 285
acetato de polivinila 284 afiador de facas 285
acetato de vinila 138 agulha 100; 285
acoplamento 284 agulhas 285
acúmulo de costura 284 ajuste básico das dobradeiras 77
acúmulo nos rolos de dobra 133 ajuste básico para as dobras zig-zag 78
adesão 136 ajuste da largura do corte das folhas inferiores 39
adesão específica 140 ajuste do espaço da onda de dobra 76
adesão mecânica 136 ajuste do espaço entre o pente e a mesa 40
adesivo 284 ajuste do esquadro 39
adesivo acrílico 284 ajuste dos rolos de dobra 75; 77
adesivo autocolante 284 ajuste em paralelo (faca x esquadro móvel) 39
adesivo de dispersão (cola fria) 138 ajustes das dobradeiras (instruções) 78; 79
adesivo hot-melt 140 alavancas de aperto 39
adesivo insuficiente 169 alceadeira da grampeadeira 114
adesivo permanente 284 alceadora 285
adesivo PUR aplicado em capas alternadas 178 alceadora-grampeadora 286
adesivo PUR apresenta aspecto leitoso 176 alceamento 286
adesivo PUR apresenta coloração amarelada 177 álcool polivinílico 138
adesivo PUR flui lentamente do aplicador 176 Aldo Manuzio 23
adesivo PUR não recobre o rolo aplicador 176 alimentação de folhas 115

363
alimentador 70; 71; 286 auto-adesivo 288
alimentador contínuo 286 autocapa 288
alimentador de capas 119; 127 auto-guarda 288
alimentador de capas em escamas 286
alimentador de capas rotativo 286 B
alimentador de pilha 286
alimentador de sucção 286 baixa qualidade do filme de adesivo PUR 178
alimentador plano 70; 80 baixa resistência à tração das páginas do miolo 174;
alimentador rotativo 71; 81 177
alinhamento radial das facas 143 baguetes plásticas 248
alta freqüência 286 balancim 33; 289
alta freqüência 54; 200 balancim ajustável 45; 46
alto-relevo 237 balancins hidráulicos 33
altura da mesa 159 barra antiestática 289
altura da pilha 34 barra de tração 33
altura máxima de refile 143 barras separadoras marcam o caderno 107
amaciante 139 barreira à umidade 243
bases 239
amidos 197
bibliografia 380
amolecimento do hot-melt 140
bico injetor 153, 157, 165
amostras de dobras 271; 273; 275
bicos aplicadores 198
amostras de dobras com aplicação de cola 259
bicos aplicadores de hot-melt 198
amostras de dobras em dobradeira combinada 253
bicos injetores 141, 156
amostras de dobras em dobradeira com bolsas 256
bitola do arame 114
amostras de hot-stamping 260; 275
blocagem 238; 290
amostras de produtos obtidos em dobradeiras 251;
bloco dobrador 118
267
bolsa de dobra 290
anéis metálicos 248
bolsa de dobra janela 233
ângulo de afiação 37
bolsas de ar 133
ângulo de corte 286
boneco 290
ângulo de recuperação de dobra 286
boneco branco 290
ângulo de recuperação elástica da dobra 57
boneco de corpo 290
ângulos de afiação 34, 37
boneco de dobra 290
aparas recicláveis 147
boneco de dobra 27
aparelho alimentador de folhas 287
boneco de encadernação 290
aparelho de saída 287
boneco de montagem 61
aparelho para teste da puxada 287
BOPP 246
aparelho para teste de tração de página 287
bordas irregulares no fime de adesivo PUR 178
aplicação da capa 157; 166 bordas onduladas ou empenadas 174
aplicação de cola lateral 157 borracha de ejeção 291
aplicação de gaze 287 borrachas de ejeção 229
aplicação de ouro 287 brocas 248
aplicação de papel crepe 287 brochura 291
aplicação do cabeceado 287 brochura com dois vincos, sem colagem lateral 162
aplicação do material de reforço 201; 219 brochura com quatro vincos 162
aplicador de cola 287 brochura Japão 162
aplicador de emulsão 223 brochura Kösel FR 166
arame 113; 287 brochura Otabind 291
arrancamento de fibras 208 brochura Suiça 164
arredonda-dorso 288
arredondamento 200
arredondamento a frio 201
C
arredondamento da lombada 201 cabeçada 291
arredondamento e formação da lombada 201; 219; cabeça do miolo rasgada 167
288 cabeceado 292
aterramento da máquina 57 cabeceado 202

364
cabeçote 113 chapa de fundo 159
cabeçote grampeador 118 chapa de gofragem 295
cabeçotes 118, 238 chapa lateral externa 159
cabeçotes grampeadores 114 chapa recobridora flexível 43
cadarço 292 charneira 295
caderno 292 chupetas aspiradoras 104
caderno cai fora da gaveta 109 cilindro aplicador anilox 223
caderno cai na bandeja frontal 109 cilindro de corte 295
caderno cai na bandeja traseira 109 cilindro de gofragem 295
caderno espiral 292 cilindros de corte e dobra 87
caderno gruda no ajustador 109 cintas transportadoras 65
cadernos 117 classificação dos vernizes 239
cadernos com orelhas de cachorro 95 clichê 235
cadernos fora-de-registro 108 códice 21
cadernos não costuram no centro 108 coesão 136
calcador 292 coesão interna 136
cálculo da produção em dobradeiras de folhas 86 cola 296
cálculo de consumo de cola 191 cola animal 202
camada de cola em cunha 168 cola de PVAc 156
camada de cola irregular 168 cola fria 296
canaletas 228 cola fria 164
cantoneira 293 colagem da lombada 200
capa 134; 293 colagem lateral 155; 164
capa almofadada 293 cola lateral 153, 157
capa articulada 293 cola lateral irregular 173
capa colada na lombada 162 coladeira 296
capa de duas peças 293 coladeiras de guardas 198
capa de três peças 293 colagem 296
capa dura 195; 293 colagem a frio 209
capa falsa 200 colagem a seco 246
capa flexível 206 colagem a úmido 246
capa flexível x brochura 207 colagem com emulsão 200
capa flexível x capa dura 207 colagem com hot-melt 201
capa mal registrada 171 colagem da capa 207
capa mole 294 colagem da capa ao miolo 135
capa não colada na lombada 162 colagem da junção 208
capa projetada 294 colagem da lombada 208
capa rente 294 colagem das guardas 197; 203
capas de brochuras 134 colagem interna do papel 128
capas muito espessas ou rígidas 136 colagem interna e superficial 128
características da superfície do papel 136 colagem lateral 296
características de abertura plana 190 colagem na dobra 150
características do adesivo 208 colagem superficial 58
características do papel 128 colecionamento e alceamento 297
características e componentes das grampeadeiras colecionar 297
115 coleiro 232, 297
carga de ruptura 183 coleiro lateral 164
carga mineral 128 coleiro lateral adicional 162
cargas 128 colocação de fitilho 238
cartucho 294 colocação de sobrecapa 210; 223
cavalete 294 colocação do cabeceado 202
cavidade na lombada 171 cólofon 297
celofane 295 colóides protetores 138
chapa da lombada 159 comparação de custos entre adesivos 191
chapa de corte-e-vinco 295 compensador/empilhador 119

365
compensar 297 costura com linha 300
composição da cola de dispersão 138 costura de cola 300
composição do papel 57 costura de solda (termocostura) 102
comprimento da costura 102 costura em sela 99; 300
comprimento de aplicação da cola 151 costura francesa 300
concertinas 87 costura frouxa 300
condicionamento do papel 297 costura lateral 99; 300
confecção da capa 203; 220 costura lateral manual 99
confecção do miolo 197; 202 costura McCain 99; 301
congelamento 139 costura não-alternada ou simples 101
conjunto de barras angulares 224 costura Singer 99; 301
consumo de adesivo de dispersão 139 costura Smyth 301
conteúdo de umidade do papel 55 costuradeira 300
contracapa 297 couro artificial 301
contracunho 237 cunho 301
contrafaca 37; 298 curso da faca 33
contrafaca 37
contrafaca de madeira 37 D
contrafaca de material plástico 37
contraguarda 298 defeitos críticos 188
contramatriz 237 defeitos graves 188
contramolde 298 defeitos leves 188
contramolde 236 defeitos mais comuns na encadernação 166; 183;
contraparte 228; 298 212
contrapunções 238 defeitos na colagem da capa dura 215
controle da temperatura 151 defeitos na colagem da gaze 213
controle estatístico do processo 185; 196 defeitos na colagem do cabeceado 213
corpo 128; 298 defeitos na montagem da capa dura 14
corpo do livro 298 defeitos na prensagem do livro 216
correias transportadoras 78 defeitos no arredondamento do lombo do miolo 212
corrente transportadora 113 defletores 153
correntes 158 deformação da lombada 101
cortadeiras de papelão 204 delaminação 301
corte 31, 299 dentes de corte 144
corte colorido 299 depósito de cola 301
corte côncavo 41 desfibrador 145; 147
corte côncavo na largura da pilha 42 desgaste das borrachas de pressão 133
corte da lombada 142 deslizamento das folhas 133
corte de índice de dedo 299 deslocamento das páginas 131
corte dourado 202 deslocamento das páginas centrais 114
corte e refilo 299 detetor de espessura de produto 118
corte em estampo 73 detetor de folha dupla 78
corte escalonado 41 dextrinas 197
corte-e-vinco 233; 299 diferenças de espessuras 34
corte linear 133 dilatação após o refile trilateral 175
corte maior ou menor das folhas inferiores 40 diluição do adesivo 139
corte ondulado 41 direção de fibra 302
cortes 202 disco de corte 143
corte troquelado 233 disco de nivelamento 149
costura 300 discos aplicadores 156
costura alternada 101 discos aplicadores de emulsão 198
costura alternada combinada 101 discos da estação de prensagem 199
costura brochura 101 discos duplos 147
costura com arame 300 dispositivo de pré-empilhamento 71
costura com fio 100 dispositivo de segurança com elevador 46

366
dispositivos fonoabsorventes 75 douração do corte 305
dispositivos ionizadores 57 duplo disco de corte 143
distância entre as canaletas 145 dureza da borracha 229
distância entre os furos 102 dureza do fio de vincar 228
distância entre os vincos 135
distância e profundidade dos riscos 179 E
dobra 55; 133; 239; 302
dobra balão 89 efeito de grampo 144, 147; 305
dobra-carta 302 eficácia da secagem 154
dobra com bolsas 62; 63 eficiência de colagem 131
dobra com facas 62 elementos de prensagem 133
dobra com margem de pinça 70; 71 eletricidade estática 57
dobra cruzada assimétrica 68 eletrografia 222
dobra cruzada simétrica 68 elevação da lombada 305
dobra de caderno com 32 páginas 77 elevadores de pilha 44
dobra de cutelo 302 empenamento 306
dobra de edição 68 empilhador-contador 306
dobra de funil 302 empilhamento de paletes 134
dobradeira 302 empilhamento no palete 133
dobradeira combinada 65; 67; 231, 302 emulsões 198
dobradeira comercial 88 encadernação 306
dobradeira com funil duplo 88 encadernação biblioteca 307
dobradeira de bolsa 302 encadernação com adesivo 307
dobradeira de bolsas 231 encadernação com anéis 307
dobradeira de cutelo 303 encadernação com arame 307
dobradeira de duplo funil 303 encadernação com argolas 307
dobradeira de faca 303 encadernação com baguete 307
dobradeira de facas 62 encadernação com cola fria em dois estágios 153
dobradeira de fitas de papel (bobinas) 86 encadernação com cola fria em um estágio 150
dobradeira de morcete 303 encadernação com costura 99
dobradeira de tiras 303 encadernação com espiral 308
dobradeira para jornais 87 encadernação com garra inglesa 308
dobradeiras 3:2 90 encadernação com grampo a cavalo 308
dobradeiras de bolsas 65 encadernação com grampo cavalete 113
dobradeiras rotativas 95 encadernação com grampo lateral 114; 115; 308
dobra de morcete 303 encadernação com grampo ômega 264
dobra duplo-paralelo 304 encadernação com hot-melt em dois estágios 154
dobra e colagem de cartuchos 234 encadernação com hot-melt em um estágio 151
dobra em cadernos de 12 páginas 77 encadernação com mola 308
dobra em carteira 69 encadernação com pinos 308
dobra em zig-zag e em carteira 78 encadernação combinada em dois estágios 154
dobra francesa 304 encadernação combinada em três estágios 155
dobra janela 69; 233; 304 encadernação de biblioteca 195
dobra janela dupla 69 encadernação de folhas soltas 308
dobra janela tripla 69 encadernação de obra 195
dobra paralela pelo centro 69 encadernação de restauração 308
dobra-sanfona 304 encadernação duplo-paralelo 309
dobras combinadas 70; 71 encadernação e acabamento 309
dobras cruzadas 68; 70 encadernação editorial 195; 201; 309
dobras em paralelo 68; 70 encadernação em capa dura 309
dobras enrrugadas 135 encadernação em lombada canoa 310
dobras na lombada 135 encadernação em lombada quadrada 310
dobras tortas 133 encadernação Eurobind 165
dobra transversal 86 encadernação Libretto 165
dobra zig-zag 69; 77 encadernação mecânica 264; 310

367
encadernação no Brasil 25 estação de alimetação 115
encadernação Otabind 164 estação de prensagem 199
encadernação RepKover 165 estampagem 314
encadernação seletiva 249; 310 estampagem a quente 237; 315
encadernação sem costura 311 estampagem cega 315
encadernação Tubebind 166 estampagem em relevo 235
encadernações monásticas 21 estampo 148
encadernador 311 esteira 160
encadernadora 311 esteiras transportadoras 158
encadernadora combinada 311
encadernadora de folhas soltas 311 F
encaixe de cadernos 114
encanoamento 198 faca 35; 316
encapamento 222; 311 faca cega 162
encapsulação 247; 312 faca circular 316
encarte 312 faca da guilhotina 316
encarte de produtos 266 faca de corte-e-vinco 317
encartes de duas páginas 132 faca de meio-corte 317
energia superficial do suporte 245 faca de serrilha 317
enfardamento 312 faca de vinco 317
enobrecimento 223; 233 facas circulares 74; 75
envelhecimento da cola 140 facas de aço especial 34
envelopamento com plástico 313 facas de aço rápido 35
envelopes 232 facas de aço sueco 35
envernizadeiras de folhas 239 facas de corte 146
envernizadora 314 facas de corte-e-vinco 227
envernizamento 251; 314 facas de metal duro 35
envernizamento com reserva 314 facas segmentadas 143
envernizamento em-linha 239 facas separadoras 119
envernizamento UV 314 facas standard 35
escolha do processo de encadernação 191; 192 facilidade para vincar 134
escolha do tipo de encadernação 192 falha no corte da camada de adesivo PUR 178
escova 146; 155 falhas na camada da cola 172
esferas 76 falsa costura 317
espaço entre o pente e a mesa 40 faltando ponto de costura 107
espelho 163 fechos 317
espessura da camada de adesivo 200 fibra curta 317
espessura do filme de cola 181; 190 fibra longa 317
espessura do papel 128 filme de cola em forma de favo de mel 168
espessura e gramatura 128 filme de cola lateral não alisado 173
espessura máxima de refile 119 filme metalizado 246
espessura máxima do miolo 143 filmes de polipropileno 243
espessura na lombada 101 filmes quebradiços 202
espessuras de lombada 143 fio de corte 318
espirais 248 fio de costura 318
esquadro 33; 34; 39 fio de picotar 318
esquadro da folha 31 fio de vincar 318
esquadro da primeira dobra 78 fios de corte 228
esquadro da segunda dobra 78 fita de poliéster 166
esquadro giratório 45 fita metalizada 235
esquadro lateral 63, 65 fixação do reforço 319
esquadro lateral dobrável 44; 45 flexão de página 319
esquadros frontais 158 flexografia 222
esquema de montagem 60 folhadeira 319
estabilidade dimensional 36; 314 folhas 115

368
folhas de calço 229 grampeadeiras 113
folhas de papelão 203 grampeadeiras automáticas de sela 113
folhas soltas 248 grampeadeiras laterais 114
fora-de-esquadro 320 grampeamento 325
força adesiva 136 grampo 113, 115; 325
força de adesão 136 grampo arquivo 248
força de recuperação de dobra 58, 134 grampo em sela 325
força frontal 37 grampo em sela 113
força horizontal 37 grampo lateral 113; 325
forças de recuperação de dobra 129 grampo ômega 248
forças de Van der Waals 136 gravação à quente (hot-stamping) 245
forças que atuam sobre a faca 36; 37 gravação a seco 325
força vertical 36; 37 gravação da capa 206; 221
formação da dobra 57 guarda 325
formação da lombada 201 guarda inclusa 197
formação de bordas irregulares 166 guardas 163, 197
formação de caroços 151 guias laterais 34
formação de fios 205 guilhotina 326
formação de ondas 198 guilhotina linear 326
formação de pirulito na folha refilada 42 guilhotina trilateral 119, 326
formação de rugas 57 guilhotinas 31, 32
formação de teias-de-aranha 173
formação do filme de cola 137, 140 H
formato do caderno dobrado 67
formatos de produtos 190 hot-melt 156
fresa 322 hot-melt (adesivo termossoldável) 285
fresa com facas segmentadas 143; 147 hot-melt animal 202
fresa combinada com ranhurador 147 hot-stamping 235
fresadora 322
fresagem 142, 322 I
fresagem da lombada 142
identificação do caderno 59
funil 86; 322
ihó 238
funil duplo 323
imposição 326
furação 323
imposição cabeça-com-cabeça 326
fusão 246
imposição cabeça-com-pé 326
imposição das páginas 58; 59; 131; 132
G imposição frente-e-verso 326
gabaritos 133 imposição tira-e-retira 327
gancho 100 imposição tira-e-retira tombando 327
gancho não segura o fio 110 imprecisão na dobra 63
garras 248 impressão 219; 224
gaveta 104; 323 impressão com dados variáveis 251; 267
gavetas transportadoras 158, 160 impressão digital 221
gaze 202; 323 impressão rotativa 223
gelificação 205 impressão rotativa com forno 131
gofrador 323 impressão serigráfica 221
gofragem 323 inchamento 201
gramatura 57; 128; 136 índice de corpo 327
grampeação 113; 324 índice de dedo 327
grampeação lateral 114 influência do papel 55
grampeadeira 324 inserção 327
grampeadeira automática 115; 117 insertadora 120; 127
grampeadeira manual 113; 115; 117 instruções para ajustes das dobradeiras 78; 79
intervalo de temperatura 140

369
J M
jato de tinta 221; 328 magnetografia 222
junção 328 manchas na lombada 146
manuseio dos cadernos 133
L manuseio e estocagem dos cadernos 133; 134
manutenção da lombada do caderno 149
laçada 100; 328 máquina de corte-e-vinco plana 332
laçador 100 máquina de corte-e-vinco reciprocante 332
laminação 258 máquina de costura 332
laminação a frio 329 máquina de encadernação sem costura 332
laminação a quente 243; 329 máquina de intercalar formulários contínuos 332
lâmina de corte 87, 227 máquina de montar capas 332
lâmina de dobra 329 máquina dobradeira de bolsas 63; 65
laminado 329 máquina dobradeira de facas 62; 63
laminadora 329 máquina numeradora 333
lâmina dosadora 151, 156 máquina rotativa de corte-e-vinco 333
lâmina separadora 74 máquinas de colagem 200
laminados metálicos 235 máquinas de colagem de guardas 198
laminados plásticos 235 máquinas de colar guardas 198
lâminas de vincagem 228 máquinas de corte-e-vinco 230
lâminas raspadoras 155 máquinas de costura 103
lâmpadas infravermelhas 153 máquinas de hot-stamping 236
laquês 239 marca de alceamento 333
largura da guilhotina linear 32 marca de dobra 333
largura do corte das folhas 39 marcador de páginas 333
laser 222 marcas de alceamento 333
Leporello 69 marcas de dobra 333
ligação entre a capa e a lombada do livro 136 margeação das folhas 33
ligações cruzadas 137 margeador 334
limites de formato 132 margeador automático 334
limpeza da lombada após a fresagem 179 margem 142
livro brochado 330 margem de pinça 61
livro costurado muito largo 107 margem de refile mínima 61
livro de capa dura 330 margem para a pinça 61, 114
livro grampeado 330 margens de separação 59
livros arredondados 204 margens mínimas para refile e fresa 132
lixadeira 146 materiais sintéticos 34
lixadeiras 147 material de corte 34
lombada 331 material de reforço 164, 200, 202
lombada arredondada 200 material de revestimento 335
lombada canoa 113 meia-encadernação 21; 335
lombada convexa 170 meio caderno não abre 109
lombada danificada após o refile trilateral 175 meio-corte 228
lombada deslocada para um lado 169 mesa de prensagem 158
lombada em forma de cabeça de prego 170 mesa pneumática 44
lombada em forma de cogumelo 170 mesa vibradora 45; 335
lombada falsa 331 método FOGRA 184
lombada inclinada 167 método Otabind 184
lombada invertida 172 métodos de encadernação 150; 153
lombada plana 331 métodos de preparação da lombada 142
lombada quadrada 127; 331 miolo 197
lombada redonda 331 miolo colado com material de reforço 163; 164
lombada solta 331 miolo fora de esquadro 172
lombadas retas 200 misturas de emulsões 198

370
molde 236; 336 picotadeira 343
molde de estampagem 336 picote 238
moldes de estampagem 236 pinça 343
montadora de capas 336 pinças da corrente de transporte 115
montagem 91; 92 pinos 248
montagem da capa 203 pirulito 42
morcete 336 plastificação 255; 343
movimento da faca 35 plastificadora 344
pó antidecalque 247
N pó antirrepinte 131; 133; 245
pó de corte 42; 43
nenhum adesivo PUR é aplicado na capa 177 pó de papel 42
nivelador 151 pó na lombada 179
nós na linha 108 polaridade da superfície 137
novas tecnologias 105 poliéster 246
numeração 337 polimerização 138
numerador 337 polipropileno biorientado 246
número de corpo 337 ponto de amolecimento 140, 202
ponto de aplicação 141
O ponto de congelamento 140
ponto falso 102
operação da guilhotina linear 47
ponto salteado 105
orelha 338
pontos de união 229
orelha-de-cachorro 95
pontos não selados e acabados corretamente 110
orelhas 69, 210
portafacas 33
Otabind 338
pós-impressão 221
P possibilidades de dobras em cada tipo de dobradeira
66; 68
padrões de qualidade 185 pote de adesivo PUR apresenta uma pele 177
pantógrafos 236 pote de adesivo PUR apresenta aspecto gelatinoso
papéis e cartões 34 177
papéis especiais 250; 266 pouco ou nenhum adesivo PUR é aplicado 177
papel 127; 128 pré-alceamento 344
papel kraft 202 pré-aquecedor 344
papel quebra na dobra 174 pré-aquecimento da lombada 201
papiro 21 precisão da dobra 62
parafusos das facas segmentadas 143 prensa a quente 344
pastas de amido 198 prensa da capa 344
pegajosidade 140 prensa de corte-e-vinco 344
penetração de cola entre as páginas 142; 169 prensa de dourar 344
penetração da faca 36 prensa de estampagem 235; 344
pente 342 prensa de gofrar 344
pente de perfuradores 102 prensa de platina 230
pente do esquadro 39 prensagem 207, 209; 345
pente plástico para encadernação 342 prensagem do miolo 199; 208
pentes 238 prensas 73; 74
pentes plásticos 248 prensas cilíndricas 230
pequenas máquinas de encadernação 147 prensas de corte-e-vinco 230
perda de flexibilidade 154 prensas reciprocantes 230
perfuração 148, 238; 342 preparação da lombada 144, 146; 345
perfuração da lombada com rasgo 149 preparação do miolo 197; 202
perfurador 102; 343 preparação parcial da lombada do caderno 148
perfuradores 100; 223 pré-refile 345
pergaminho 21 pressão 38
personalidades 275 pressão do balancim 33

371
pressão do calcador 34, 38 reforço 164; 347
pressão na lombada 181 reforço da lombada 347
pressão nos rolos de dobra 58 reforço de papel 165
prevenção de serrilhas tortas 77 registro da capa 158; 181
primeira aplicação 202 regulador automático de altura 70
primer 154, 240 regulagem dos rolos 133
princípio mecânico da dobra 61 regulagem dos rolos de dobra 77
princípio mecânico da dobra em folhas 62 regulagens das correias transportadoras 77; 78
princípios de operação de máquinas de costura 103 relevo (embossing) 247
problemas de corte 40 relevo cego 237
problemas na alceadeira 21 reparo de livros 195
problemas na guilhotina trilateral 122 resíduos de refile 146
problemas no alimentador de capas 121 resiliência 229
problemas no cabeçote grampeador 122 resistência à delaminação 135
problemas no controle de espessura do produto 122 resistência à dobra 57, 135; 136; 348
processo de prensagem 158 resistência à flexão 185, 348
processo ofsete waterless 267
resistência à flexão das folhas do miolo 183
processos pós-impressão 219
resistência à tração das folhas do miolo 182
produção em coleta 89; 90
resistência à tração - padrão Americano: 185
produto refilado 181
resistência à tração - padrão Brasileiro - NBR 148
profundidade do grampo 118
185
profundidade do refile da lombada 142
resistência à tração - padrão Britânico: 185
punções 248
resistência à tração - padrão FOGRA: 185
puxadores 158
resistência ao arrancamento da folha 182
PVAc 139
resistência ao atrito 243
Q resistência ao frio/calor 190
resistência ao rasgo 348
quadro comparativo entre os tipos de dobradeiras 66 resistência ao refile 135
qualidade das facas 35 resistência da dobra 58
qualidade da superfície do papel 130 resistência do filme de cola 141
qualidade do corte 35 restauração 349
qualidade do vinco 228 retângulos de papelão 203, 204
quantidade incorreta de adesivo PUR 177 retenção de corte 35
quebra do papel 73 revestimento 349
quebra dos ganchos 108 revestimento da capa 204
quebra esporádica do fio 106 revestimento flexível para o balancim 45
quebra freqüente de um único fio 106 rigidez 349
rocambole 69
R rolete aplicador 349
roletes 63
radiação infravermelha 153
roletes de dobra 349
ranhurador 144; 145, 147
roletes transportadores 63
rasgo 149
rasgo da capa 162 rolo de borracha de silicone 202
raspador 201 rolos aplicadores 200
rebarbas 149 rolos de dobra 62, 78, 87
rebobinadeira 346 rolos transportadores 78
reciclabilidade dos adesivos 190 ruga 350
recursos de reticulagem 220 rugas 131, 133
redução da força de adesão 137 rugas na camada de cola 167
reencadernação 195 rugas na lombada 171
refilador trilateral 347 rugas nas guardas 198
refile 154 ruptura da coesão da camada do filme de cola 175
refile trilateral 347 ruptura do papel 176
refilo 31 ruptura dos piques 229

372
sublimação do pigmento das tintas 247
S superfície do papel 130
saída com cintador automático 72 superfície interna da capa 136
saída com empilhador automático de fardos 72
saída em escama 71; 85; 86 T
saída vertical 71; 85; 86
tabelas de corte 48
saída vertical para pequenos formatos 73
tack 140
sangrado 350
tambor 158
sangramento da cola 61, 132
técnicas de encadernação 162
sangramento da imagem 59
técnicas de impressão pós-impressão 221
sangramento da imagem no refile trilateral 178
temperatura da lombada 160
sangramento do adesivo durante o corte trilateral 174
temperatura de aplicação 140
sangramento no refile trilateral 123
temperatura de aplicação dos adesivos 190
secador infravermelho 200
temperatura do ambiente 134
secadores 154
secagem completa 182 temperatura do pré-aquecedor 140
secagem do adesivo das capas 209 temperaturas 181
secagem forçada 154 tempo de abertura 140; 352
segunda camada de adesivo 154 tempo de cura 138
segundo rolo aplicador 202 tempo de espera fechado 138
seixa 196 tempo de estocagem dos adesivos 138
seixas 207 tempo de ligação 138
sela 350 tempo de prensagem 138
sentido de fibra 76, 129, 136 tempo de pressão 158
sentido de fibra do papel 198 tempo de secagem 138
sentido da fibra do papel para a dobra janela 76 tempo de secagem/resfriamento 190
separação completa da lombada do caderno 142 tempo em aberto 138; 197
separação total entre o filme de cola e o papel 175 tensão superficial 137
serra niveladora 144 teor de sólidos 198
serrilha 229, 238; 350 termocostura 352
serrilha circunferencial 351 termolaminação 246
serrilhadeiras 238 termômetro de contato 151
serrilha de rasgo 149 termômetro infravermelho 151
serrilhas 73; 74 teste de tração de página 352
serrilhas tortas 77 teste do metrô 184; 352
serrilha transversal 351 teste do tambor 352
silicone 351 testes de avaliação da qualidade 179
sincronismo da entrada da folha 76 tinta 130
sistema de classificação da qualidade 188 tintas e vernizes 130
sistema de corte-e-vinco rotativo 223 tintas especiais 220
sistema de dobra e colagem para envelopes 224 tintas híbridas 240
sistema de encadernação de catálogos 149 tipo de cola e processo de colagem 147
sistema de produção para produtos inclusos 225 tipo de fibra 128
sistemas de saída de cadernos 71; 73 tipo de máquina e velocidade de produção 147
sistema Fan flex 148 tipo de papel 34; 147
sistema fechado 157 tipo de acabamento superfícial do papel 58; 59
sistema flex-stable 149 tipografia 222
sistema para encarte de jornais, revistas 225 tipos de costura 99
sistemas de envernizamento 240 tipos de dobradeira 68
sistemas de exaustão pneumáticos 143 tipos de dobras 66; 68; 69
sobrecapa 351 tira de reforço 165
solução de problemas 105 tira-e-retira 352
solução de problemas nas dobradeiras 79; 80 Tira-e-retira-tombando 353
solução de problemas nas dobradeiras rotativas 95 tixotropia 198
solução de problemas nas grampeadeiras 120 torquímetro 143

373
traçado da capa 132 vincos ornamentais 135
traçado de imposição 353 vinheta de identificação 59
traçados virando e tombando 60 vira do revestimento 204
transporte das folhas 63 viscosidade 140, 200
tratamento Corona 246 viscosidade da cola 180
trabalho com papéis muito finos 75 viscosidade do adesivo PUR aumenta rapidamente
tratamento das bordas 202; 220 177
trilhos irregulares na capa 172 volante 33
troca de faca 37

U
umectabilidade 137
umectação 137 índice de figuras
umidade relativa do ambiente 57
umidade relativa do ar 134
umidade relativa do papel 56
unidade de alimentação de capas 141 001 xilografias decoradas com iluminuras (E) Chirurgi;
unidade de costura 104 Magna; (C) Contos de Canterburi; (D) Livro de
unidade de dobra adicional 234 Kells 21
unidade de dobra adicional de faca 84; 86 002 encadernações preciosas 22
unidade de dobra combinada 83; 86 003 guilhotina manual (E) e a vapor (D) 24
unidade de dobra de bolsas 82; 83; 86 004 dobradeira (E) e máquina para formação da
unidade de produção dupla 74; 75 lombada (D) 25
unidade de refile 147 005 máquina para arredondamento (E), gravação (C) e
unidade de refile e grampo 234 costura (D) 25
unidades de envernizamento 223 006 distribuição geográfica das máquinas de encader-
nação no Brasil 26
V 007 guilhotina linear 32
008 guilhotina linear (esquemático) 32
varetas amortecedoras 78 009 balancim da guilhotina linear 33
variação da dobra 133 010 esquadro da guilhotina linear 34
variação da posição da aplicação do adesivo 177 011 descida da faca 35
variação na primeira dobra 95 012 tipos de metais das facas 35
variação na segunda dobra 95 013 afiadora de facas 36
variação na terceira dobra 95 014 forças que atuam sobre as facas no momento do
variáveis do processo de encadernação 127; 128 corte 37
velino 21 015 ângulo de afiação da faca 37
verniz 354 016 régua de fibra da guilhotina 38
verniz de máquina 354 017 tipos de contrafacas 38
verniz ultravioleta 354 018 balancim (calcador) da guilhotina 38
vernizes à base d’água 239 019 qualidade do corte: excesso de ar (E) e corte
vernizes à base de glicol 239 correto (D) 39
vernizes à base de resinas 239 020 posição da faca x esquadros 39
vernizes barreira 239 021 ajuste da faca x esquadro móvel 39
vernizes de sobreimpressão 239 022 ajuste da largura do corte 40
vernizes EB 240 023 ajuste do espaço pente x mesa 40
vernizes protetores 239 024 corte maior 40
vernizes ultravioleta 240 025 corte menor 41
vida-útil das facas 228 026 corte ondulado: (E) ondulação no papel; (D)
Vincadeira 354 ondulação do material impresso 41
Vincagem 354 027 corte escalonado 41
vinco 228; 355 028 corte escalonado em cartões 41
vinco negativo 135 029 corte côncavo na altura 41
vinco positivo 134 030 corte côncavo na largura 42
vincos 73; 75 031 pirulito 42

374
032 pó de corte de faca circular 42 083 alimentador rotativo 71
033 pó de refilo 43 084 saída em escama 71
034 balancim com espuma 43 085 saída vertical 72
035 balancim com calços perfilados 43 086 saída com empilador automático de fardos 72
036 balancim em cunha e corte em ângulo 43 087 saída com cintador automático 72
037 apoio de madeira 44 088 saída vertical para pequenos formatos 72
038 elevador de pilha 44 089 prensa em-linha (E) e estacionária (D) 73
039 mesa pneumática 44 090 serrilhas para diferentes tipos de papel 73
040 esquadro lateral dobrável 44 091 vincador e serrilhas 74
041 esquadro giratório 45 092 faca circular 74
042 esquadro inclinado 45 093 unidade de produção dupla 74
043 mesa vibradora 45 094 abafador de ruído 75
044 revestimento flexível do balancim 45 095 dispositivo de ajuste rápido 76
045 balancim ajustável 45 096 regulagem dos rolos de dobra 77
046 dispositivo de segurança para a troca de faca 46 097 funil da dobradeira 86
047 6 cortes com 4 elementos 46 098 esquema de dobra duplo-paralelo 87
048 6 cortes com 4 elementos 46 099 dispositivo de dobra zig-zag 87
049 6 cortes com 4 elementos 46 100 dobradeira para jornais 87
050 8 cortes com 8 elementos 47 101 barras angulares (diagonais) 88
051 refile e corte de diferentes formatos 47 102 dobradeira combinada de impressoras rotativas
052 detalhes de construção da faca 48 88
053 dobradeira MBO 56 103 dobradeira para duplo-paralelo 88
054 papel com as bordas onduladas 56 104 dobradeira de duplo funil 88
055 papel com as bordas retesadas 56 105 funil duplo 89
056 traçado de imposição 59 106 dobra balão 89
057 imagens sangradas 59 107 dobradeira 3:2 90
058 identificação das margens de imposição 59 108 2 x 8 páginas retrato 91
059 identificação dos cadernos 59 109 2 x 16 páginas retrato 91
060 escala de controle de cores 59 110 2 x 16 páginas duplo-paralelo 91
061 tira-e-retira virando (E) e tombando (D) 60 111 16 páginas retrato 92
062 16 páginas F/V virando 60 112 produtos costurados 99
063 2 x 16 páginas F/V virando 60 113 seqüência de costura: furo (A); passagem do fio
064 2 x 16 páginas F/V tombando 60 (B), puxada do fio (C) e laçada (D) 100
065 2 x 16 páginas F/V virando com 2 cadernos 114 miolo costurado com costura simples 101
diferentes 61 115 deformação da lombada 101
066 esquema de dobra com faca 62 116 esquema de costura não-alternada ou simples
067 esquema de dobra com bolsa 62 101
068 seqüência de dobra com dobradeira de bolsas 63 117 costura alternada 101
069 dobras cruzadas com facas: quádrupla alemã (E), 118 costura alternada combinada 102
quádrupla inglesa (C) e quádrupla internacional 119 costura com ponto falso (superior) e sem ponto
(D) 63 falso (inferior) 102
070 dobradeira de bolsas 64 120 costura de solda (termocostura) 102
071 esquema de dobra de bolsa 64 121 gaveta alimentadora da máquina de costura 103
072 dobradeira combinada 65 122 alimentação de cadernos vertical 103
073 possibilidades de dobras em cada tipo de 123 alimentação de cadernos em escama 103
dobradeira 67 124 transporte e abertura dos cadernos 104
074 denominações de cadernos 68 125 chupetas de abertura dos cadernos da Müller
075 dobra paralela pelo centro 69 Martini 104
076 dobra zig-zag 69 126 unidade de costura 104
077 dobra em carteira 69 127 empilhador 104
078 esquema de dobras janela 69 128 sistema Ventura Müller Martini 105
079 unidade de dobra janela 70 129 grampo lateral (E) e grampo a cavalo (D) 113
080 dobras combinadas 70 130 encadernadora com grampo 114
081 dobra com margem de pinça 70 131 grampeadeira manual 115
082 alimentador plano 71 132 linha automática de grampo 116

375
133 grampeadeira alimentada por folhas em escani- 178 sistema flex-stable 149
nhos 117 179 colagem na dobra 150
134 grampeadeira alimentada por mesa alimentadora 180 ajuste do coleiro de cola fria com dois rolos e
de folhas 117 com um rolo e escova 150
135 gaveta plana 117 181 ajuste dos rolos em coleiro hot-melt 151
136 gaveta inclinada 117 182 termômetro de contato (E) e termômetro
137 configuração de alceadeira 118 infravermelho (D) 151
138 abastecimento automático 118 183 coleiro PUR - Nordson 152
139 cabeçote grampeador 118 184 coleiro PUR - Müller Martini 152
140 guilhotina trilateral 119 185 aplicação de PUR na lombada com bico injetor
141 empilhador/compensador 119 153
142 alimentador de capas 119 186 aplicação de PUR na capa com bico injetor 153
143 perfuração 120 187 segundo estágio com cola fria 153
144 classificação postal 120 188 secador infravermelho 153
145 sentido de fibra do papel 129 189 secador de alta freqüência 154
146 sentido de fibra do papel 129 190 coleiro de hot-melt com dois estágios 154
147 sentido de fibra do papel 129 191encadernação em dois estágios combinada 155
148 imposição das páginas x sentido de fibra do papel 192 encadernação combinada em três estágios 155
132 193 colagem lateral 156
149 marcas escalonadas na lombada 133 194 lombada e lateral com PVAc 156
150 cadernos mal acondicionados (E) e pacotes bem 195 lombada com hot-melt e lateral com PVAc 156
amarrados (D) 134 196 lombada com PVAc e lateral com hot-melt 156
151 discos de vincagem 134 197 lombada com hot-melt e lateral com hot-melt 157
152 dobra no mesmo sentido do vinco (E) e dobra no 198 bico injetor 157
sentido contrário (D) 135 199 prensagem da capa ao miolo 157
153 adesão e coesão 137 200 alimentador de capas vertical 157
154 área de contato entre o substrato e o adesivo 137 201 alimentação de capas por pilha 157
155 tensão superficial do adesivo 137 202 alimentação de capas em escama 158
156 formação de ligações cruzadas: reação química 203 tambor aplicador da capa 158
(E) e reação física (D) 137 204 prensagem da lombada 158
157 amaciamento por copolimerização: amaciante 205 prensagem da capa 159
químico (super.) e amaciante físico (inferior) 139 206 regulagem da mesa de prensagem da capa 159
158 profundidade do corte da lombada 142 207 distância entre a lombada e a chapa da lombada
159 deformação dos cadernos (mal prensados) 142 159
160 fresa com faca segmentada 143 208 esteira para secagem do hot-melt 160
161 disco de corte 143 209 refile trilateral: vista geral (A), corte lateral (B) e
162 duplo disco de corte 143 detalhe (C) 160
163 duplo disco de corte não-alinhado 144 210 esquema de encadernação com lombada quadra-
164 esquema de refilo do duplo disco de corte não- da 161
alinhado 144 211 esquema de encadernação com lombada quadra-
165 serra niveladora 144 da 161
166 ranhurador 145 212 brochura simples 162
167 dimensões das ranhuras e distância entre as 213 brochura com 4 vincos e colagem lateral 162
canaletas 145 214 brochura com 4 vincos, colagem lateral e capa
168 desfibradores 145 com orelha nivelada (super) e recuada (infer) 162
169 desfibramento 145 215 brochura Japão 163
170 lixadeira 146 216 miolo com material de reforço e colagem lateral
171 escova 146 163
172 ferramenta combinada: fresa com faca segmenta- 217 miolo com material de reforço, colagem lateral e
da-ranhurador 146 colagem de guardas 163
173 sistema fanflex 148 218 guarda alinhada com a lombada 163
174 perfuração da lombada 148 219 guarda com afastamento 164
175 abertura em leque 149 220 guardas coladas no material de reforço 164
176 dobra errada (E) e correta (D) 149 221 brochura Suiça e aplicação de hot-melt 164
177 fibra protuberante na lombada 149 222 encadernação Otabind 165

376
223 encadernação Eurobind 165 275 número de defeitos por unidade 186
224 deslocamento da lombada 165 276 limites de porcentagem defeituosa (p) 187
225 encadernação Repkover 165 277 quantidade de defeitos da amostra 187
226 encadernação Libretto 165 278 limites do número de defeitos 188
227 encadernação Tubebind 166 279 dimensões do produto 191
228 brochura Kösel FR 166 280 códice 195
229 borda irregular 167 281 miolo do livro com capa dura 196
230 cabeça do miolo rasgada 167 282 arredondamento (E) e formação da lombada do
231 rugas na camada de cola 167 miolo do livro (D) 196
232 lombada inclinada 167 283 formação da lombada arredondada 196
233 camada de cola em cunha 168 284 colagem e reforço da lombada 196
234 camada de cola irregular 168 285 fixação da capa dura ao miolo 197
235 cola favo-de-mel 172 286 coladeira de guarda 198
236 cola entre as páginas 172 287 bicos aplicadores de cola (superior) e colagem
237 adesivo insuficiente 169 das guardas (inferior) 199
238 lombada deslocada 169 288 prensagem do miolo 199
239 lombada cabeça-de-prego 170 289 prensagem da lombada 199
240 lombada em forma de cogumelo 170 290 película de cola na lombada 200
241 lombada convexa 170 291 arredondamento da lombada 201
242 cavidade na lombada 171 292 máquina para arredondamento e formação da
243 rugas na lombada 171 lombada 201
244 capa mal registrada 172 293 equipamento para aplicação do reforço de gaze
245 miolo fora-de-esquadro 172 da lombada 202
246 falhas na camada de cola 172 294 equipamento para aplicação do cabeceado da
247 lombada invertida 172 lombada 202
248 trilhos na capa 173 295 tratamento dos cortes 203
249 cola lateral irregular 173 296 cortadeira de papelão 203
250 teias-de-aranha 173 297 faca circular 203
251 filme de cola lateral não alisado 173 298 primeiro corte do papelão 203
252 sangramento do adesivo 174 299 linha completa para o corte do papelão 204
253 bordas onduladas 174 300 chupetas de transporte da capa 204
254 rachadura na dobra 174 301 montadora de capa dura 204
255 baixa resistência à tração 175 302 montagem da capa dura 204
256 dilatação após o refile 175 303 máquina monta capas para 50 ciclos/minuto 205
257 lombada danificada 175 304 máquina monta capas para 85 ciclos/minuto 205
258 ruptura do filme de cola 175 305 máquina monta capas para 65 ciclos/minuto 206
259 separação entre a cola e o papel 175 306 gravação de capas 206
260 ruptura do papel 176 307 gravadora de capas 206
261 lombada limpa e reta 179 308 capa flexível 207
262 conta-fios com escala (E) e profundidade do risco 309 alimentação de capas 208
(D) 180 310 encapamento 208
263 dosador limpo 180 311 colagem lateral do miolo 209
264 viscosímetro Brookfield 180 312 colagem correta (E) e errada (D) 209
265 termômetro de contato (E) e termômetro 313 prensagem do livro encapado 209
infravermelho (D) 181 314 prensagem da capa dura 209
266 escala do conta-fios 181 315 transporte do livro na prensa 209
267 registro da capa 181 316 linha completa para encadernação com capa dura
268 aparelho para teste de tração de páginas 183 210
269 aparelho para teste de resistência à flexão 184 317 linha automática para colocação da sobrecapa
270 abertura do livro: adequada para o teste (E) e não 211
adequada (D) 184 318 colocação da sobrecapa 211
271 método Otabind 184 319 waterless 220
272 método FOGRA 184 320 estrutura do cristal líquido colestérico 221
273 teste do metrô 185 321 impressão com tinta colestérica 221
274 porcentagem de livros defeituosos 186 322 unidade de verniz em-linha 223

377
323 aplicador de emulsão 223 365 encadernação mecânica 249
324 corte-e-vincorotativo 224 366 furadeira para espiral (E) e espiraladeira (D) 249
325 barras angulares 224 367 coladeira de cartões 250
326 dobradeira com duplo funil 224 368 coladeira de CDs 250
327 sistema de produção de envelopes 224 369 papéis especiais 250
328 sistema de produção de produtos inclusos 225 370 dados variáveis 251
329 sistema de encarte de jornais, revistas e impres- 371 dados variáveis 251
sos comerciais 225 372 4 x 4 páginas A4 251
330 troqueladora 226 373 2 x 8 páginas A4 252
331 exemplo de corte troquelado 226 374 2 x 6 páginas A4 252
332 máquina de corte-e-vinco 226 375 2 x 4 páginas A4 252
333 componentes da faca de corte-e-vinco 227 376 12 páginas tablóide quadrado 253
334 desenho da faca de corte-e-vinco 227 377 2 x 6 páginas tablóide quadrado 253
335 borrachas de ajeção 229 378 42 páginas 253
336 produtos corte-vincados 230 379 2 x 8 páginas A4 253
337 prensa de corte-e-vinco plana 230 380 12 páginas em carteira dupla 254
338 impressora tipográfica 230 381 16 páginas duplo-paralelo 254
339 12 páginas em zig-zag mais uma dobra cruzada 382 16 páginas com dobra cruzada 254
231 383 16 páginas com dobra zig-zag 255
340 24 páginas em zig-zag mais duas dobras cruza- 384 16 páginas com dupla dobra janela 255
das 231 385 32 páginas duplo-paralelo 255
341 24 páginas em dobra carteira dupla 232 386 32 páginas com zig-zag triplo 256
342 16 páginas em dobra carteira dupla mais uma 387 8 páginas com dobra janela dupla 256
dobra cruzada 233 388 8 páginas com dobra janela tripla 256
343 envelope para fotografia 233 389 6 páginas com folha intercalada 257
344 unidade de dobra janela 233 390 12 páginas com 4 dobras zig-zag 257
345 esquema de dobra janela 234 391 2 x 16 páginas 257
346 unidade de refile e grampo 234 392 2 x 20 páginas 258
347 unidade de dobra de faca adicional 234 393 2 x 24 páginas 258
348 fechamento esquerda/direita 234 394 2 x 32 páginas 258
349 cartucho simples (E) e de fundo automático 235 395 8 páginas com duas dobras 259
350 caixa de quatro pontos (E) e de seis pontos (D) 396 12 páginas com duas dobras 259
235 397 16 páginas com três dobras 259
351 prensa cilindro-cilindro 235 398 2 x 8 páginas com duas dobras 259
352 prensa plano-plano 235 399 holografia 260
353 moldes de estampagem 236 400 hot-stamping com reserva 260
354 molde de relevo-seco 237 401 Baskerville 263
355 relevo-seco 237 402 Bodoni 263
356 serrilhadeira (E) e furadeira (D) 238 403 Didot 264
357 arredondamento de canto 238 404 Fournier 264
358 marcador de páginas 238 405 Garamond 265
359 impressora serigráfica equipada com secador UV 406 Gutenberg 265
239 407 Hell 265
360 plastificadora-laminadora a quente 243 408 Jacobi 266
361 variação de cor em produto laminado 247 409 Jenson 266
362 grampo ômega 248 410 Aldo Manúcio 267
363 encadernação mecânica: espiral (E) e pente 411 Marinoni 267
plástico (D) 248 412 Platin 267
364 encadernação mecânica 248 413 Rogers 268
414 Sternberg 268

378
Os autores

SÉRGIO ROSSI FILHO

Engenheiro Químico (Escola Superior de Química Oswaldo Cruz - SP)


Mestre em Tecnologia Nuclear (IPEN - Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares - USP - SP)
Pós-Graduado em Tecnologia Gráfica (RIT - Rochester Institute of
Technology - Rochester - NY)
Diretor da Rossi Tecnologia Gráfica Ltda. (SP)
Autor de artigos técnicos publicados em revistas especializadas.
Experiência de 25 anos no ramo gráfico.

Especializações:
Controle de processos e equipamentos gráficos
Treinamento de impressores (máquinas planas e rotativas)
Avaliação de matérias-primas e insumos gráficos
Análise de viabilidade de compra de equipamentos e acessórios
Engenharia de processos e controle de qualidade

AMÉRICO AUGUSTO LUNARDELLI

Engenheiro Químico (Escola de Engenharia Mauá - SP)


Diretor da Lunardelli Editora (SP)
Cursos de especialização no Japão, Estados Unidos e México.
Autor de artigos técnicos publicados em revistas especializadas.
Ministra cursos e seminários em diversos estados brasileiros
Experiência de 25 anos no ramo gráfico.

Especializações:
Controle de processos e equipamentos gráficos
Treinamento de impressores (planas e rotativas) e operadores de
máquinas de acabamento
Avaliação de matérias-primas e insumos gráficos
Análise de viabilidade de compra de equipamentos e acessórios
Engenharia de processos e controle de qualidade
Administração da Produção

379
220 páginas e
65 capítulos que
discutem e
mais de 8000 apresentam
exemplares soluções para
vendidos cerca de 150
problemas
comuns na
impressão ofsete

380
termos sobre
fotografia, editoração
eletrônica, processos
738 páginas e de impressão, técnicas
mais de 20 mil de encadernação,
verbetes matérias-primas,
insumos e muito mais,
incluindo um índice
inglês - português

381
características técnicas da obra:

Diagramação: programa Adobe PageMaker®


Tratamento das imagens: programa Adobe Photoshop®
Compensação de ganho de ponto: 15%
UCR (Under Color Removal): 280%
CTP Galileo AGFA
Chapas: Lithostar Ultra AGFA
Impressão: Gráfica Editora Aquarela S.A.
Impressora: MAN Roland 700
Papel: Alta Print 120 g/m2 (miolo), cuchê Reflex Artic L1 120 g/m2 (capa) e
ofsete 120 g/m2 (guardas) da Cia Suzano
Tintas: Cromos linha Europa Concentrada
Dobradeira MBO
Costura: Armazém Especialidades Editoriais
alceadeira Kolbus ZU 801
costuradeira Aster 150
colagem de guardas Collmatic
Encadernação: Aquarius Acabamentos Gráficos
montagem da capa dura, DAKolbus, Papelão #18 PASA
encadernadora: Compacta Kolbus
Enobrecimento: UVPack Acabamentos Especiais
laminação fosca com BOPP Vitopel 12 micras, laminadora Billhöfer EK 102-50
envernizamento UV com reserva, Verniz 2000 Gibbon, envernizadeira Sakurai Cylindre SC 102 Dx
hot-stamping com Fitas Crow Roll Leaf, prensa FEVA

créditos das fotos e ilustrações

fig.401 Baskerville, pag.263 Museu Virtual da Imprensa; fig.402 Bodoni, pag.263 www.parmaitaly.com;
fig. 403 Didot, pag.264 Museu Virtual da Imprensa; fig.404 Fournier, pag.264 www.linotype.com;
fig.405 Garamond, pag.265 www.linotype.com; fig.406 Gutenberg, pag.265 Museu Virtual da Imprensa;
fig.407 Hell, pag.265 www.thocp.net/biographies; fig.408 Jacobi, pag.266 www.bbaw.de;
fig.409 Jenson, pag.266 Museu Virtual da Imprensa; fig.410 Aldo Manúcio, pag.267 Museu Virtual da Imprensa;
fig.411 Marinoni, pag.267 Museu Virtual da Imprensa; fig.412 Platin, pag.267 Museu Virtual da Imprensa;
fig.413 Rogers, pag.268 home.att.net/~bryantrogers; fig.414 Sternberg, pag.268 Museu Virtual da Imprensa

Marcelo Vaz

fig.59 pag.59, fig.66 pag.62, fig.67 pag.62, fig.68 pag.63, fig.71 pag.64, fig.73 pag.67, fig.74 pag.68,
fig.75 pag.69, fig.76 pag.69, fig.77 pag.69, fig.78 pag.69, fig.80 pag.70, fig.81 pag.70, fig.97 pag.86,
fig.98 pag.87, fig.99 pag.87, fig.100 pag.87, fig.101 pag.88, fig.104 pag.88, fig.149 pag.133, fig.345 pag.234,
fig.372 pag.251, fig.373 pag.251, fig.374 pag.251, fig.375 pag.251

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