Você está na página 1de 37

2.

Estatuto do conhecimento
científico
(De acordo com as
Aprendizagens Essenciais)

ADAPTADO
Disciplina: Filosofia
Ano: 11.º Ano
Prof.ª Graça Paulo
2.3. A racionalidade científica e a
questão da objetividade

2. A Filosofia na cidade
História da ciência

Mostra-nos um conjunto de leis, teorias e modelos científicos


sucessivamente revistos ou rejeitados e substituídos por outros mais
eficazes, mais aptos a explicar os fenómenos.

O facto de quase todas as teorias surgidas na história da ciência terem


sido substituídas constituirá um indício de que as que atualmente
vigoram serão também um dia dadas como falsas ou inadequadas?

Karl Popper Thomas Kuhn

Destaca o papel que a


Defende o valor da ciência
história, a sociedade e o
enquanto conhecimento que
modo de ver e de fazer
resulta de um processo
ciência segundo determinado
progressivo de construção de
contexto têm sobre a própria
conjeturas e refutações.
atividade científica.
2.3.1. A evolução da ciência
Karl Popper VERDADE

Correspondência das proposições


científicas à realidade dos factos.

Meta para a qual a ciência avança.

O progresso científico deve ser entendido


como o desenvolvimento da ciência em
direção a um fim que, podendo não ser
alcançável, não deixa de ser pressuposto.

O critério da
falsificabilidade pressupõe Nenhuma teoria, mesmo
que a todo o momento as aquela que é corroborada,
teorias possam ser é completamente definitiva
refutadas. e verdadeira.
A ciência avança por meio de tentativas e erros

Parte de problemas. P1

Propõe hipóteses ou conjeturas, ou novas teorias-tentativas (TT) de


explicação do mundo, que são provisórias. TT

Vai eliminando os erros (EE), submetendo as teorias à refutação. EE

Conduz, neste processo, à descoberta de novos problemas (P2), e


assim por diante. P2…
Evolução da ciência: é comparável à evolução das espécies.

Conceção darwinista da Processo de construção da


evolução das espécies ciência

As espécies que melhor


respondem aos desafios que o
ambiente e a natureza As hipóteses
propõem são as que mais sofrem uma espécie de
probabilidades têm de processo de “seleção natural”.
sobreviver.

As teorias mais fortes – as que


As teorias menos aptas – as que
resistem às várias tentativas de
não resistem aos testes
refutação – são as melhores, isto
experimentais – são eliminadas e
é, as que oferecem uma (boa)
dadas como erros.
explicação dos factos.
ERROS

Obrigam o cientista a procurar novas


explicações dos factos ou problemas.

Importância da crítica: critério racional de


progresso científico.

A crítica permitirá a eliminação dos erros e,


consequentemente, o avanço da ciência em
direção à verdade..

O cientista encontra falhas ou erros nas teorias


já existentes e empenha-se na procura de novas
respostas.

Isso impede que a ciência estagne ou se fixe a


qualquer tipo de dogma.
Atitude crítica

Sendo contrária à atitude dogmática, ela


permite ao cientista avançar.

O objetivo do cientista é encontrar a verdade, ainda que essa


tarefa corresponda apenas a uma aproximação à verdade por
intermédio de teorias cada vez melhores.

As teorias científicas nunca são categóricas, mas conjeturais.

A ciência nunca pode afirmar-se como detentora da VEROSIMILHANÇA


verdade: as teorias são sempre falsificáveis.

Mesmo no caso das teorias corroboradas, há sempre a


hipótese de virem a ser refutadas no futuro..

Grau com que uma


Podemos mostrar apenas que dada teoria é verosímil. teoria capta a verdade.
Crítica à perspetiva de Popper

Ao considerar a ciência como conjetural e as teorias científicas como


falsificáveis ou refutáveis, o falsificacionismo acaba por abalar a
confiança nessas teorias e nos resultados a elas associados.

Sendo falsificáveis e não propriamente verdadeiras, as teorias científicas, em rigor,


não se encontram racionalmente justificadas.
Thomas S. Kuhn

Destaca o papel que a história da ciência tem na construção da própria ciência.

Reflete sobre o processo de produção da ciência.

A construção de teorias
Ao contrário da tradição A produção científicas está sempre
positivista, Kuhn não vê o científica dependente de um
cientista como um sujeito depende de conjunto de factos, de
neutro ou isolado, mas sim um crenças e conhecimentos,
condicionado e paradigma regras, técnicas e valores
contextualizado. científico. compartilhados e aceites
pela maioria dos cientistas.

O paradigma funciona como um modelo de referência na descoberta e resolução de


problemas, no interior da comunidade científica. Trata-se de uma matriz disciplinar, de
carácter teórico e prático, que fornece uma determinada visão do mundo e uma forma
específica de fazer ciência numa dada área.
Fase pré-paradigmática (ou de pré-ciência)

Ainda não há ciência propriamente dita.

Situação marcada por divergências e por tentativas


avulsas de resolução dos problemas.
Processo de desenvolvimento da ciência
Fase da atividade científica que ocorre no âmbito de um dado paradigma aceite pela
Ciência normal comunidade científica. Consiste essencialmente na resolução de enigmas (quebra-cabeças) de
acordo com a aplicação dos princípios, regras, conceitos do paradigma vigente.

Anomalias Enigmas persistentes, factos a que o paradigma não é capaz de responder.

Fase de tomada de consciência da insuficiência do paradigma vigente para explicar todos os


Crise
factos ou anomalias. Vive-se um clima de insatisfação e insegurança.

Ciência Fase de questionamento dos pressupostos e fundamentos do paradigma vigente. Gera-se o


extraordinária debate sobre a manutenção do paradigma (velho) ou a escolha de um novo paradigma.

Revolução
Fase de mudança e aceitação de um novo paradigma pela comunidade científica.
científica

Nova ciência Paradigma: conjunto de crenças, regras, técnicas e valores compartilhados e aceites por uma
normal (novo comunidade científica e que orientam a sua atividade. Corresponde a um modo de fazer ciência,
paradigma) de perceber, abordar e resolver problemas, que se institui no seio dessa comunidade.
Dois momentos fundamentais de
progresso no interior da ciência

Durante o período de No período das


ciência normal revoluções científicas

O cientista, sem se desviar


do paradigma de referência,
Nesta altura, ocorrem novas
faz um estudo cada vez mais
descobertas, que obrigam a
específico e aprofundado dos
mudanças revolucionárias,
fenómenos. A resolução de
porque não se ajustam ao
novos enigmas significa a
paradigma anterior. Existe
possibilidade de validar
aqui um progresso não
novos resultados e ampliar a
cumulativo, num processo
aplicação do paradigma, sem
marcado pela
pôr em causa as teorias do
descontinuidade.
paradigma vigente –
progresso cumulativo.
A mudança de um paradigma para outro não é cumulativa, antes
corresponde a um modo qualitativamente diferente de olhar o real.

Kuhn exemplifica com as imagens da psicologia da forma (Gestalt): estas imagens ilustram a
inesperada e total mutação de formas que ocorre de um paradigma para outro.

Ora se vê um pato, ora se vê um coelho.

Ora se vê uma jovem, ora se


vê uma idosa.
A verdade das teorias científicas está sempre dependente do paradigma em que
se inserem: aquilo que é verdadeiro num paradigma pode não o ser noutro.

Três conceções de espaço que suportam três geometrias diferentes: todas podem ser
verdadeiras, pois funcionam em paradigmas distintos (a de Euclides é a que está subjacente à
física newtoniana; a de Riemann está subjacente à física einsteiniana).

Conceção de espaço de Conceção de espaço de Conceção de espaço de


Euclides. Riemann. Lobachevsky-Bolyai.
Os paradigmas são incomensuráveis, isto é, são incomparáveis e
incompatíveis. Não podemos comparar objetivamente aquilo que
cada paradigma defende, pois correspondem a formas totalmente
diferentes de explicar e prever os fenómenos.
Interpretação diferente do
progresso da ciência

O progresso científico não pode ser entendido como um processo contínuo e cumulativo de
teorias ou paradigmas cada vez melhores em direção a uma meta ou fim.

Se não podemos afirmar que um paradigma é melhor que o antecessor, também não podemos
afirmar que o novo paradigma descreve melhor a realidade que o antecessor.

A ciência não progride de forma As mudanças de paradigmas não


cumulativa e contínua. implicam a aproximação à verdade:
recusa da visão teleológica da
evolução da ciência – a verdade não
é a meta para a qual ela se orienta.
A escolha de um novo paradigma é marcada por fatores de ordem
histórica, sociológica e psicológica.

Quando a comunidade científica tem de escolher entre


dois paradigmas rivais, gera-se o debate.

A atividade do cientista não se reduz à resolução de enigmas, ao recurso à lógica e à


experimentação, mas está dependente da argumentação.

Na obra A Tensão Essencial, Kuhn define os critérios a partir dos quais, regra geral, os
cientistas escolhem determinadas teorias e abandonam outras.
A escolha entre teorias rivais obedece a critérios objetivos e subjetivos.

CRITÉRIOS

Objetivos Subjetivos

São individuais, dependentes


São partilhados por toda a de fatores subjetivos,
comunidade científica, sendo relativos ao que cada
dependentes de fatores cientista sente e pensa – de
objetivos, isto é, princípios, acordo com a sua história de
regras e até valores vida e a sua personalidade –
comummente adotados. em relação à teoria que
elege.
Princípios ou critérios objetivos de
escolha das teorias

Exatidão Consistência Alcance Simplicidade Fecundidade

Característica
segundo a qual Sobriedade e
uma teoria é Ausência de elegância na
capaz de fazer contradições forma como a Capacidade da
Abrangência da
previsões internas e teoria explica os teoria para
teoria
corretas. Quanto compatibilidade fenómenos; uma impulsionar a
relativamente à
mais exata for da teoria com teoria é simples investigação
diversidade de
uma teoria, mais outras teorias se não depende científica em
fenómenos que é
perto ela está do aceites dentro de muitas leis direção a novas
capaz de explicar.
que é possível do paradigma para explicar os descobertas.
observar ou dos vigente. fenómenos
resultados da observados.
experimentação.
Critérios objetivos

Indicam as propriedades ou características que as teorias devem ter para


serem escolhidas..

Mas, quando duas teorias competem entre si, nem sempre a


comunicação entre cientistas é fácil.

É possível que uns valorizem mais determinados critérios do que outros


e isso reflete-se na argumentação que desenvolvem..

Só é possível compreender a ciência tendo em conta o contexto em que


ela se desenvolve: valores e convicções da comunidade científica.

A ideia de ciência como conhecimento objetivo, certo e indubitável da


realidade é posta em causa..

Critérios subjetivos
Incomensurabilidade Críticas à conceção Adoção de um novo
dos paradigmas kuhniana de ciência paradigma

O facto de os paradigmas serem


O critério para justificar a adoção de um
incomensuráveis implica a
novo paradigma é considerado
impossibilidade de os comparar e
«irracional» por alguns autores.
avaliar objetivamente.

Cada paradigma representa um modo A adesão a um novo paradigma ocorre


totalmente diferente de encarar os por conversão (quase religiosa) de
problemas e propor soluções, não todos os cientistas – como se se tratasse
havendo hipótese de partilha, de uma questão de fé – ao novo
cooperação ou diálogo entre eles.. paradigma.

Alguns críticos acusam Kuhn de ser Este processo traduz a ideia de que a
relativista: as explicações da ciência atividade científica é irracional (o que
encontram-se num plano idêntico ao de põe em causa o valor da ciência).
outras explicações do mundo.
2.3.2. A questão da objetividade
científica
Objetividade do conhecimento científico

O computador O computador é O computador é


pesa 20 quilos. leve. pesado.

Proposição objetiva. Proposições subjetivas.

Dá-nos informações do
objeto e não do sujeito: o A informação «pesado» ou «leve» depende do sujeito que a
computador pesa 20 quilos afirma, mais do que do objeto. A proposição dá-nos mais
independentemente dos informações sobre as características do sujeito (ser forte ou
sujeitos e pesa o mesmo para não) do que sobre as características do objeto.
todos os sujeitos.
Conhecimento objetivo

Refere-se exclusivamente ao objeto de estudo, independentemente


do sujeito que realizou a investigação.

Para o atingir, o cientista terá de se abstrair da sua subjetividade: da


sua forma pessoal de entender o objeto, da sua afetividade, dos seus
valores, dos seus interesses, das suas crenças ideológicas e políticas,
dos seus gostos estéticos, etc.

A repetição de uma mesma experiência científica, sob determinadas


condições, deve proporcionar os mesmos resultados.
Prática científica (nas ciências empíricas)

Recurso a instrumentos de observação e medida.

Eles permitem quantificar e exprimir grandezas, o que é


determinante para conseguir a descrição objetiva e rigorosa
do mundo que habitamos.

A história das ciências revela-nos uma sucessão de


instrumentos que, por serem menos rigorosos, foram
substituídos por outros mais sensíveis e complexos,
permitindo o avanço das pesquisas científicas.

Mas a objetividade não parece ser assegurada pela criação


de instrumentos de medida, por causa dos efeitos que eles
podem ter na observação.
Fatores que influenciam o cientista

Ideológicos Económicos Estéticos

A investigação científica
O interesse que o A escolha dos modelos e
está dependente de
cientista demonstra por teorias científicas pode
financiamento:
determinados factos, em ser orientada por
determinadas
vez de outros, pode ser o critérios estéticos
investigações podem ser
resultado da sua enraizados na respetiva
patrocinadas porque
ideologia. tradição cultural.
interessam e outras não.

O cientista move-se num determinado contexto histórico e cultural: a sua


atividade é situada e interessada. Mas ele tem necessariamente
incorporada a “objetividade” no seu sistema de valores.
PROBLEMA DA OBJETIVIDADE

Será que a ciência é apenas uma


Será que a ciência representa
leitura que reflete as crenças dos
uma leitura objetiva dos factos?
cientistas?

A ciência é apenas uma leitura que


A ciência obedece a determinadas
reflete aquilo que os cientistas,
regras, aplica métodos de pesquisa e
integrados numa comunidade
critérios racionais de escolha e
científica, pensam, os seus valores e
validação de teorias.
as suas crenças.
Respostas de Popper e Kuhn ao problema da objetividade

O cientista é um sujeito ativo, criativo


POPPER Destaca o papel que os cientistas, KUHN
e crítico, mas comprometido com
inseridos na comunidade científica,
ideias, valores e princípios que
partilhando valores e crenças, têm
funcionam como um quadro teórico
sobre a construção do conhecimento.
de referência.

A ciência e o conhecimento que dela


Mas as teorias científicas, sendo
resulta só podem ser compreendidos
corroboradas, correspondem a uma
em função do paradigma que orienta
leitura objetiva da realidade.
a atividade científica.

Rejeita o critério falsificacionista. O


Uma teoria objetiva propõe uma
cientista não põe em causa o
explicação dos fenómenos que pode
paradigma, a não ser num período de
ser confrontada com a experiência,
crise, se se esgotarem todas as
sendo falsificável e testável
possibilidades de o paradigma
universalmente.
responder a anomalias persistentes.
POPPER KUHN
O conhecimento científico não se confunde O conhecimento é dependente do sujeito
com o sujeito que o produz; é independente integrado numa comunidade científica. A
do sujeito e do contexto. ciência não é totalmente objetiva.

A validação das teorias obedece ao critério A escolha e avaliação das teorias dependem
da falsificabilidade. de fatores objetivos e subjetivos.
O
conhecimento
O conteúdo das teorias ou conjeturas, científico é
obedecendo a princípios lógicos, garante o A verdade é relativa ao paradigma vigente;
objetivo?
rigor e a objetividade com que o só pode ser entendida dentro dos limites
conhecimento científico descreve e explica a que ele impõe.
realidade.

A ciência é conjetural, ela não atinge a A verdade é definida no interior de cada


verdade; aproxima-se da verdade. A verdade paradigma. Com a mudança de paradigma,
é a meta da ciência (verdade como não podemos dizer que nos aproximamos da
correspondência aos factos). verdade.

Tanto Popper como Kuhn compreendem que a ciência não é o tipo de conhecimento absolutamente certo e
indubitável. Segundo Popper, a ciência evolui progressivamente em direção à verdade, através da eliminação
de erros ou da refutação de teorias; para Kuhn, ela evolui dentro de cada paradigma e também nas mudanças
de paradigma. No entanto, não podemos dizer que se aproxima da verdade.
Crítica à perspetiva de Popper

Ao apresentar uma perspetiva normativa e não uma perspetiva descritiva da


ciência, Popper acaba por se afastar daquilo que é realmente a ciência e do
modo como decorre a atividade científica.

A existência de uma influência da personalidade do cientista e do contexto


social na construção das teorias e na evolução da ciência vem abalar a ideia,
defendida por Popper, de que a ciência é objetiva.
Crítica à perspetiva de Kuhn

Crítica à ideia da incomensurabilidade.

Muitas teorias científicas são, de facto, melhores do que outras que


as antecederam, ou seja, um paradigma resolve as anomalias que o
anterior não resolvia e permite fazer previsões mais rigorosas,
parecendo encontrar-se mais próximo da verdade.

Assim, é possível comparar os paradigmas, isto é, eles


não são incomensuráveis.
RACIONALIDADE CIENTÍFICA

Noções tradicionalmente associadas:

Verdade certa,
Objetividade Neutralidade necessária e Demonstração
universal

As correntes positivista e neopositivista atribuíram à ciência o estatuto de conhecimento verdadeiro e objetivo.

A matéria do trabalho científico – os factos – é suscetível de uma descrição exata e de uma explicação rigorosa.

A objetividade científica é assegurada pelo rigor da medição e da matematização.

A verdade a que a ciência chega é indubitável.


Cientista (imagem tradicional)

perfeitamente
puramente racional isolado do mundo objetivo e imparcial
nas suas conclusões

Esta imagem demarcava a racionalidade


científica de outras atividades racionais.

Fez da ciência o modelo cultural por excelência.

Este modo de entender a ciência deu origem ao chamado mito do


CIENTISMO

Uma espécie de nova religião, com a sua ideologia própria.

O cientismo leva o grande público a depositar na ciência toda a sua confiança e


esperança, mesmo sem compreender muitas das suas teorias.
Evolução da ciência moderna para a ciência pós-moderna (associada à teoria da
relatividade de Einstein e ao princípio da incerteza de Heisenberg).

Esgotamento da conceção positivista e neopositivista de ciência.

A ciência desviou-se do modelo de conhecimento certo


e absolutamente objetivo.

Redefinição da racionalidade científica e das suas


principais noções:

A objetividade passa a ser O cientista não apresenta Não existe uma verdade
entendida como uma racionalidade pura e absolutamente certa,
intersubjetividade. neutral. universal e necessária.

Existem apenas verdades


A sua racionalidade é dependentes dos diferentes
As teorias científicas estão
condicionada e relativa à sua quadros paradigmáticos em
dependentes da aceitação
circunstância histórica, que são produzidas e/ou
dos pares constituintes de
cultural, social, económica e teorias mais ou menos
uma comunidade científica.
psicológica. verosímeis e mais ou menos
plausíveis.
RACIONALIDADE CIENTÍFICA

Perde o carácter de modelo de todas as


outras formas de racionalidade.

O conhecimento científico é um dos modos


possíveis de ler e interpretar o real.

Você também pode gostar