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O FALSO

SEGUIDOR

P. Kristolev
Índice
Agradecimento 1

Introdução 2

A Imposição 3

A Divisão 11

A Política 17

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Agradecimento
Um agradecimento ao meu colega e irmão de ideal, o sr. L.
Castellani, pelas contribuições que me tem concedido na
elaboração de nossas teses.

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Introdução
Escrevo este breve texto para combater aquilo que vejo
de errado em nossos meios atuais, escrevo isso como um
último grito de esperança, mas também de súplica, para que
aqueles que lutam ao nosso lado mudem sua forma de
atuação, que no presente nos conduz ao total esquecimento e
que leva todos a divisão e ao ócio, mas que pior que isso, serve
de munição para que aqueles que nos combatem possam usar
contra nós.
Que sigam o que está aqui escrito, e que seja como
uma filosofia, um guia, para a atuação política de nossos
grupos, e também para cessar a fragmentação que vem
ocorrendo. Somos um só povo, e unidos em um mesmo ideal
marcharemos gloriosamente e galantemente por onde quer
que estejamos, pois seremos quistos e saludados por todos.
Observe com atenção para que não seja você também alguém
que está contribuindo para nossa falha.

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A Imposição
Um grande erro que vejo mesmo os irmãos de nosso
próprio meio cometer é pensar que o Unionismo pode crescer
através da violência ou da imposição, também tenho
conhecimento que se dizer pacífico e tolerante não passa lá
uma visão muito boa para aqueles do nosso meio, mas que
fique claro, ao menos em primeiro momento, que é impossível
que possamos progredir em larga escala através da violência.
Muitos incorreram no erro da violência nas últimas décadas, e
não posso dizer se tinham algum objetivo em mente além de
uma fama momentânea. Utilizar da violência no princípio só
irá destruir a imagem do ideal e ainda mais do grupo, e para
sempre aqueles que utilizaram da violência serão rechaçados
como sendo de determinado grupo e seguidores de
determinada ideia.
Que o mundo está em um processo de decadência e
rompimento com a moralidade não é segredo para ninguém, e
aquele que se propõe a luta na justa causa em prol da união
nacional deve ter plena consciência de que mesmo os
julgamentos morais, de certo e errado, daqueles que buscamos
o apoio está contaminado. Ainda que o certo seja certo, e
nenhuma moralidade falsa irá mudar isso, o efeito dos atos
descontrolados será sofrido com grande impacto por aqueles
que utilizam a força como maneira de imposição. Um nome
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ainda mais justo ao Unionismo, um rótulo, seria o de
construtivismo, pois o Unionismo constrói, ou melhor,
re-constrói a moral natural e verdadeira, resgatando-a das
profundezas da história, pois já foi abandonada há tempos. O
Unionismo é a consolidação do correto, é o aperfeiçoamento
daquilo que deixou a desejar no passado. O trabalho
Unionista é acima de tudo um resgate do certo, e não se
resgata o correto pela força, pois a força, para uma sociedade
submersa há décadas em decadência e subversão, será como
uma surra em todos, e que afastará de qualquer um de nós a
mínima chance de fazer o certo de maneira eficaz.
Assim como para se espalhar o ideal se deve ser
discreto, para combater por ele se deve ser pacífico,
aplainando, arando o terreno. Utilizar a força em pessoas que
não sabem o que é correto não as faz passar a aceitar o correto,
mas apenas odiá-lo com todas as suas forças, e então fecham
seus corações para a verdade absoluta pela qual lutamos.
Aquele que no nosso meio emprega a força ou a imposição
pensando ser o meio mais eficaz não merece estar entre nós,
pois é mais do mesmo, do mesmo tipo de gente que afundou
o que era correto. Digo isso também a aqueles que pensam
que o método do choque e do conflito são eficazes.
Muito vejo pessoas no nosso meio chocando as pessoas
com suas afirmações insolentes, causando uma repulsa

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instantânea em quem ouve o que se está sendo dito. Quando
vejo pessoas dizendo que devemos queimar aqueles que se
opõem eu me entristeço profundamente, pois é isso que
combatemos, é por esse tipo de afirmação que todos os que se
assemelhavam a nós estavam tão longe do resgate da verdade
por tanto tempo. A única coisa que devemos queimar é a
ignorância, com conhecimento e aprendizagem. Ninguém
escolhe se esconder da verdade, ninguém escolhe ser
ignorante, e é trabalho de nossos irmãos de luta levar o
conhecimento, e não a fogueira, aos que se opõem, pois só
assim entenderão que defendemos o que é certo, eles jamais
aceitarão o que é certo sob ameaça grave. Aqueles que utilizam
do choque, da ameaça, da imposição, para perpetuar nosso
ideal, são ainda mais danosos do que qualquer opositor
poderia ser, pois essas pessoas moram no seio do movimento,
e são o fruto de tudo de ruim que sai dele.
Aqui faço uma análise, sem julgar como certo ou
errado aqueles que analiso: observe todo o ódio que se tem
com os protestantes evangélicos de alguns países,
principalmente nos Estados Unidos e Brasil, onde esses
grupos têm maior relevância. Esse ódio é fruto da palavra de
Deus ser dita? Jamais. Ainda que eu seja católico, e ainda que
não pactue com as interpretações protestantes, não posso
dizer que os protestantes evangélicos são odiados por

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pregarem sobre Jesus, isso sequer seria um motivo para ódio.
Odeia-se os grupos protestantes evangélicos pelo choque que
causam muitos dos grupos protestantes evangélicos, dizendo a
céu aberto que certos tipos de pessoas devem morrer, e até
pela violência, que infelizmente, algumas pessoas praticaram,
contra certos grupos, e que mancham a imagem de todo um
grupo.
Não entrarei nas questões teológicas do porquê sou
católico, e como disse, tampouco julgo a interpretação
protestante evangélica e ainda menos digo que eles não
pregam o que Jesus nos ensinou. Fiz uma mera crítica aos
métodos de atuação que algumas pessoas daquele grupo
incorreram, e que por conta dessas pessoas o ódio pelos
protestantes evangélicos é crescente, ainda que em essência,
pouco deveria ter-se para odiar daquelas pessoas, em matéria
social, não religiosa. E aqui gostaria de concluir essa questão
envolvendo os evangélicos: o choque, independente se for
político ou religioso, sempre irá chocar e causar o ódio, a
conversão forçada não é o caminho, a imposição só traz frutos
podres para o grupo inteiro, e ainda, para o ideal como um
todo, consequência disso é não poder-se pensar no nome
evangélico sem imaginar alguém gritando no seu ouvido que
irás para o inferno, ainda que esse tipo de coisa tenha sido o
trabalho de uma minoria, que realmente era pequena. O

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trabalho de transição para a aceitação do certo é o caminho
pelo qual se deve seguir.
Já fiz, e faço em todos os livros que escrevo, uma
analogia a caverna de Platão, excluindo muitos dos elementos
filosóficos, mas mantendo certa classe: receber a verdade é
como sair da caverna, passamos anos e anos, muitos de nós as
nossas vidas inteiras, na escuridão, e quando encontramos a
verdade temos a mesma sensação que temos ao acender a luz
em meio ao breu absoluto, nossos olhos doerão e iremos
tentar cobri-los, mas aos poucos a verdade nos será normal,
poderemos observá-la e admirá-la, e é importante que
espalhemos a verdade, tornando-a alcançável para todos.
Imagine todos os frutos que um bom trabalho de
resgate da moral poderia nos dar, a verdade não mais chocaria,
e assim o ideal se espalharia de forma com que não haveriam
precedentes que pudessem ser relacionados. O resgate não
viria pela imposição, mas pelo convencimento, pela análise
racional, desprovida do individualismo e do materialismo que
nos sonda desde o princípio de nossas vidas. A meditação
racional sobre o que se escreve aqui revela que dizemos o
certo, e que realmente lutamos por algo que está de acordo
com o que nos deveria ser natural, mas que foi suprimido em
nome de coisas artificiais. O trabalho é árduo, pois até a

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meditação racional sobre os ensinamentos, desprovida do
materialismo e do individualismo deve ser condicionada.
Faça o exercício de imaginar quantas mentes brilhantes
se fecharam para a verdade por conta de pessoas que se diziam
estar ao lado de um ideal correto, mas que só faziam o
desserviço de lutar contra tudo o que estava sendo construído,
ainda que de forma involuntária, de forma velada ou
irracional. Sabemos que a juventude é um momento em que
estamos em busca da diferença, de pertencer a uma causa, mas
que essa causa permaneça para sempre, e isso não vai acontecer
com uma juventude bomba, que explode tudo que o que
estava sendo construído. Aqueles que impõem o ideal só
podem estar agindo de duas formas, por ignorância ou por
interesses. E me impressiona mais ainda, sobre os que agem
por interesse, que colocam seus interesses miseráveis acima do
bem de um povo inteiro, de milhões de famílias que poderiam
finalmente se sentir felizes e seguras, mas que serão privadas
disso por que alguém quis fama momentânea, que logo cairá
no esquecimento perpétuo.
Aqui afirmo mais uma vez, o caminho para a
construção de algo sólido e com apoio popular não é a força,
ou a violência, que só irá fazer a nação criar repulsa por algo
que é bom, mas que utilizou dos meios errados para tentar
crescer. Longe do pacifismo, mas longe da violência e

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imposição irracional. A mudança de mentalidade deve ser o
foco total dos irmãos que lutam ao nosso lado, jamais a
destruição da mentalidade alheia. Transformar a mentalidade
do próximo é mais eficaz do que destruir, e colocá-lo contra
nós em todos os aspectos. Demonstre o erro, não imponha a
verdade, pois demonstrando o erro a verdade será revelada e
aceita. Imagine novamente quantas oportunidades pessoas
que tiveram ideias similares antes de nós jogaram ao vento por
causa da imposição.
Tudo o que aqui digo é para que se possa perpetuar o
ideal verdadeiro, tradicional, e que preza verdadeiramente pelo
que é certo. Que aqueles que utilizam do choque saibam que
só afastam do horizonte de possibilidades as chances de se
levar a verdade ao maior número de pessoas, privando ainda
mais e dificultando ainda mais a salvação dessas pessoas, em
qualquer sentido. Três pessoas jamais conseguirão convencer
um milhão por meio da violência, sem qualquer tipo de apoio
além deles mesmos, só o trabalho de conversão, de mudança
de mentalidade daqueles aos quais se procura trazer para o seu
lado irá trazer frutos.
Dito isso, que façam todos uma breve meditação no
que foi até aqui escrito antes que passemos para o próximo
capítulo, pensando nos males que podemos causar, e nos
perigos que oferecem aqueles que dizem estar ao nosso lado,

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mas que com imposição e choque tentam espalhar a ideia,
tendo sucesso em espalhar, mas não de maneira proveitosa e
positiva, apenas atraindo um mar de ódio a tudo que vem de
nós.

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A Divisão
Eu analiso a atual posição dos grupos similares ao
nosso, e vejo nisso imenso problema, a organização atual dos
grupos nacionalistas, e mesmo Unionistas, se faz de uma
forma atômica, em um microcosmos estanque, onde existem
pequenos grupos, com poucos integrantes, e que nada
pensam para fazer progredir o ideal, apenas se dividem por
conta de diferenças banais, sem a consciência comum de que a
divisão é a principal porta para o estanque do movimento,
impedindo-o de progredir, isso quando se há algum anseio de
progresso. Não bastasse a divisão, muitos grupos estão imersos
na perdição do ócio, onde a conversa e a interação carente de
qualquer objetivo tomam por completo o espaço que haveria
de ser usado para idealizar coisas grandiosas e benéficas para a
nação.
Retornarei mais tarde para a questão da futilidade de
muitos grupos, que em nada acrescentam para a luta maior,
apenas pesam para baixo, e volto meu foco a parte principal
desse capítulo, que é a atomização do ideal. Temos um ideal
maior, e isso é inegável, em essência os grupos divididos
querem o mesmo, mas colocam suas ambições pessoais e
intrigas acima do bem-estar da nação, preferindo se dividir, e
por consequência enfraquecer, do que se unir em prol de uma
causa maior, que é boa e bela para a nação. Não se pode
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imaginar outra coisa senão o materialismo, ou o desejo
insaciável por reconhecimento pessoal naqueles que
promovem a divisão do ideal em vários grupos. Não bastasse o
desserviço que fazem muitos deles, com a imposição e o
choque, também cismam entre eles mesmos após se dividirem.
Muito vejo o monarquista brigando com o republicano, o que
apoia liberdade religiosa com aquele que está totalmente
contra isso, e todos eles ignoram o bem maior da nação,
colocando seus interesses e visões pessoais acima do bem da
pátria, são materialistas por essência, e ignoram que a pátria é a
causa maior.
De que vale a briga imparável por regimes de governo
enquanto deveríamos na verdade nos questionar e analisar o
que realmente teria de benefício entre um e outro governo? O
Unionismo é como uma espada que chegou para levar o caos
para aqueles que destróem a causa da pátria de dentro para
fora, mas chegou também como uma espada de conciliação,
levando o esclarecimento absoluto aos que estão dentro de
nosso meio, mas que nunca se permitiram transcender as
barreiras da antiga conjectura.
Há alguns dias vi irmãos da causa discutindo se
deveríamos restaurar a monarquia, e se sim, se deveríamos
restaurar por qual casa real, e logo tive de intervir, coisa que
raramente faço em discussões do tipo, pois em nada

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acrescentam, apenas contribuem para dividir cada vez mais.
Em resposta vos digo que pouco importa qual casa real deve
ser a detentora, em verdade, pouco importa se haverá uma casa
real ou uma república, ou ainda um sistema parlamentar, no
fim de tudo, a única coisa que importa é um regime que seja
do anseio do povo, após a longa luta pelo resgate da verdade.
Em primeiro momento, como pessoas que ainda estamos
cegas pela escuridão da mentira, tais questões em nada
contribuem para o desenvolvimento do ideal. A única coisa
que posso lhes afirmar é que independente do governo, ele só
representará a vontade popular, e a verdade absoluta, se for
unionista. Se os representantes não são unionistas, nada
representam, e portanto, não são representantes, são meros
usurpadores, pouco importando a forma com que chegaram
onde chegaram.
Volto ao foco da discussão, qual a contribuição se tem
com a divisão? A contribuição para o colapso, é a ideologia do
colapso, aplicada de forma silenciosa e sorrateira, em nossos
meios. Aquele que divide apenas contribui para o
enfraquecimento. Eu poderia aqui fazer uma analogia com
gravetos, unidos em uma causa maior, mas mesmo os gravetos,
quando sozinhos, são mais fortes que nós no atual momento,
faço então uma analogia com folhas de papel: somos como
folhas de papel, extremamente fáceis de rasgar, mas unidas sob

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uma mesma causa, a formação de uma pilha de papel, é
impossível nos partir ao meio, nem com uma força
sobre-humana. Aqueles que dividem são folhas que saem do
papel para ficarem extremamente frágeis, ao mesmo tempo em
que contribuem para a pilha de papel ser mais fácil de ser
rasgada ao meio.
Não coloque seus interesses próprios acima da causa
da nação. Imagine o quanto de pessoas perdem qualquer
chance de uma boa vida no futuro apenas porque alguém
colocou seus interesses pessoais acima da união nacional, e
decidiu dividir, para ter meia dúzia de pessoas que apoiassem
as suas idéias.
Finalizo este capítulo falando agora da parte final da
afirmação que as divisões criam microcosmos estanques. De
todos os grupos de nosso meio, quais de fato tem uma postura
ativa na luta pela união nacional? De memória não consigo
pensar em nenhum, mesmo os grupos com mais renome se
reservaram a ser eternamente grupos de amigos, de conversa
casual, eternos nichos, estanques na luta política, e que
embora almejam certo reconhecimento, ou buscam certo
resultado, jamais planejaram isso de forma eficaz, apenas
esperando um dia em que todos acordarão pela manhã os
apoiando. Todas as divisões estão fadadas ao fracasso sem um
planejamento e sem luta ativa, sem união. Não há união

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nacional se nem mesmo aqueles que representam o nacional
conseguem se unir.
O que é um grupo de nosso meio que se reserva a
conversa casual e não a atuação? Nem sequer é digno de se
afirmar parte de nosso meio, ainda mais Unionista. O
Unionismo é uma postura política ativa, e quando em ócio
não é nada, no ócio não há união nacional, e sem a busca pela
união nacional não há Unionismo. A conversa casual,
despretensiosa, só torna o núcleo um núcleo de amigos, e não
um núcleo político.
É o erro de muitos grupos de renome do passado, e
que voltam a surgir em tempos difíceis, em tempos de crise, se
resumir a atuação casual, sem estruturar a luta que travarão
pela verdade, apenas ambicionando a verdade, sem planejar.
Antes de lutar é essencial saber pelo que se luta, e como lutar,
ou tudo se resumirá a mera farsa. Aqueles que se mantém no
casual são apenas mais do mesmo, e são apenas peso morto,
sem qualquer contribuição na luta final, sequer são dignos de
dizer que almejam qualquer bem nacional, se almejam de
fato, almejam que o bem nacional seja entregue
milagrosamente. Temos as armas para a luta, mas uma arma
não vai a guerra sozinha, tampouco a luta se ganhará pelo
trabalho do acaso.

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Assim como fiz ao final do capítulo anterior deste
livro, peço-lhes que meditem no que aqui foi escrito, e que
tomem certo tempo para pensar, de forma a aproveitar o
máximo possível do conteúdo. Se perguntem se toda essa
divisão é benéfica para algo se não para enfraquecer toda a
causa ao mesmo tempo, entregando-a para o esquecimento e
tirando qualquer oportunidade do horizonte, qualquer
chance, ainda que mínima, que poderíamos ter. Seja atuante,
não apenas alguém que se reserva a imaginação de um tempo
ideal, erga o ideal, e seja o ideal.

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A Política
Contrariando a tudo e todos vos digo que não
devemos entrar na política, mas sim ser a política. Que a
política não seja tomada por Unionistas, mas que os
Unionistas sejam a política em absoluto, e que os grupos
opositores ajam apenas de forma insignificante. O Unionismo
não deve ser apenas mais uma força política atuante, mas a
força política suprema.
Compreendo que muitos irmãos de ideia dizem que
devemos nos juntar a partidos, ou ainda, formar partidos.
Aqui exponho minha opinião: os partidos não devem ser um
fim, mas um meio, e tampouco podem ser a finalidade
absoluta do Unionismo formar um partido para disputar
eleições como se fosse mais um jogador no jogo político. Não
devemos nos juntar aos partidos, os partidos que devem se
juntar a nós, somos supra partidários, isto é, estamos acima do
conceito de partido, e estamos acima do jogo político. Não
sou contra que membros unionistas se juntem a partidos, mas
utilizar partidos alheios para se inserir no poder da nação é
priorizar os próprios interesses, é se tornar a massa amorfa que
não sabe escolher seu destino, em outras palavras, se torna um
político qualquer, que não mais representará os interesses da
nação e que sucumbirá perante o covil de lobos da política
atual.
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Que os Unionistas se agrupem de forma absoluta, e
que ditem o jogo político, pois seu ideal é correto, é belo, é
divino. Aquele que lê isso pode se perguntar se devemos
almejar um partido, e digo-te que sim, podemos almejar um
partido, como meio, mas não como o fim, o objetivo unionista
não é a formação de um partido, e tampouco quer ficar
restrito ao jogo político partidário dos tempos atuais, que
colocam interesses alheios acima do bem-estar da nação. Não
se curva à política, a política se curva a nós.
Como devemos então sermos aceitos no jogo político?
Respondo isso em outros escritos meus, em especial no Guia
de Conversão Unionista, onde digo aos meus leitores que
devemos preparar o solo, não de forma artificial. Os frutos que
são plantados em um solo que não está preparado estão
fadados a podridão, e não poderão ser aproveitados, mas os
frutos que forem preparados, estes darão bons resultados, que
nos conduzirão a glória da nação. Digo-lhes de forma mais
simples, devemos atuar de forma a trazer as pessoas para nosso
lado, sem qualquer discriminação política, pois todos no fim
formarão e representarão o ideal nacional, que com uma só
voz, e que com um só ideal entoarão as boas-novas do mundo
reerguido do colapso absoluto.
Quanto aos opositores eu tratei com mais detalhe no
livro que citei no parágrafo anterior, então não vejo certa

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necessidade de retornar ao assunto, mas o trabalho básico
unionista é a fermentação do pão, para que cresça
respondendo aos anseios nacionais de forma correta. Não há
oposição real, há oposição artificial, e aqueles que compõem a
oposição artificial irão logo perceber a realidade unionista, e
ao ideal virão, como bravos soldados que podem ser. Trabalha
para a conversão da oposição, e não para sua radicalização
contra o Unionismo. Trabalhe para curvar os partidos para
que aclamem o Unionismo, e não para que aclamemos o
Unionismo como um partido.
Iremos naufragar e afogar sem chance de resgate caso
entremos no jogo político atual sem primeiro transformar ele
em um jogo unionista. Como lobos todos virão de encontro
ao nosso belo ideal para rasgá-lo e matá-lo, pois essas pessoas
ainda vivem submersas nos seus ideais artificiais, e precisam ser
resgatadas. Elas triunfam sobre a miséria de milhões sem ao
menos perceberem, e é sua missão, tão como é a minha, trazer
essas pessoas de volta à realidade, em um resgate ideal,
concebido de acordo com o que acreditamos.
Não pense que a imposição funciona, a imposição cria
inimigos ainda mais ferozes, e converte a todos, não para o
amor ao ideal, mas ao ódio mortal, tal como podemos
testemunhar nos tempos recentes, não em movimentos como
o nosso, mas nos mais variados movimentos que se ergueram

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de forma artificial no século passado e em nosso século. As
ondas políticas são artificiais, mas o Unionismo é natural, é
um resgate daquilo que jamais deveria ter sido apagado,
juntamente de uma construção de um futuro promissor. Não
somos conservadores, pois o conservador conserva até o que é
ruim, somos nacionalistas, elevamos os costumes a um nível
que os conservadores jamais poderiam, é um resgate, pois do
mundo atual não há nada para conservar. Conservadores
conservam o estado atual das coisas, e basta olhar ao redor para
notar que pouco há de ser conservado do estágio atual. O
Unionista ergue o futuro, não se apega ao atual, pois o atual
está corrompido por tudo que há de mal.

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Pela glória da Pátria, para sempre unionistas.

“Por Deus e pela Pátria, juro defender e exaltar o Unionismo,


cumprindo fielmente as missões que me forem designadas, juro
lutar incansavelmente pelo triunfo e pela glória da ideia, e
diante de Deus realizo este juramento. Salve Pátria, Viva o
Unionismo.”

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