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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE ENFERMAGEM

MARCO ROBERTO SOUZA

MIRIAN CIPRIANO DE OLIVEIRA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA


DURANTE A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

CAMPO GRANDE
2022
MARCO ROBERTO SOUZA

MIRIAN CIPRIANO DE OLIVEIRA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA


DURANTE A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Trabalho de Conclusão do Curso de


Graduação, em Enfermagem da Faculdade
Estácio de Sá, como requisito parcial para
obtenção do título Bacharel em Enfermagem,
sob orientação da Prof. Barbara Mendes.

CAMPO GRANDE
2022
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DURANTE A
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Marco Roberto Souza1


Mirian Cipriano de Oliveira2
Barbara Mendes3

RESUMO

A adolescência delimita a transição da infância à idade adulta, cronologicamente


abrangendo dos 10 aos 19 anos. Trata-se de um período de profundas
modificações, marcado pela transição entre a puberdade e o estado adulto do
desenvolvimento. A gravidez na adolescência gera perda do papel infantil, com
inquietação, ansiedade e insegurança frente à descoberta de um novo mundo. A
proposta do presente trabalho foi compreender como ocorre a assistência prestada
as gestantes na adolescência e quais são os serviços ofertados na Atenção Primária
em Saúde, e como a equipe de enfermagem promove ações para prevenção da
gravidez nesta fase. O presente estudo é uma revisão de literatura sobre Gravidez
na adolescência e o papel da equipe de enfermagem nas ações de promoção,
prevenção e assistência. Foram realizadas buscas em quatro bases de dados
bibliográficos – Scielo, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual da Saúde e LILACS,
que constituíram a base para a fundamentação teórica deste estudo. A partir disso,
foram selecionados artigos e documentos publicados entre os anos de 2005 a 2022,
e escritos no idioma português, e foram analisados por meio da Análise de Conteúdo
do tipo categorial descrita por Bardin (2011). As ações educativas prestadas pela
equipe de enfermagem levam informações de conscientização sobre esta temática
visando minimizar os problemas encontrados na adolescência, o trabalho inclui levar
informações sobre as mudanças ocorridas nesta faixa etária, prevenção de gravidez
indesejada, infecções sexualmente transmissíveis, esclarecimentos sobre relação
sexual segura, assistência maternidade, apoio emocional e psicológico e os direitos
pertencentes aos jovens e adolescentes. Além de apoio para enfrentar os desafios
da carreira escolar e profissional, da convivência com parceiro e familiares dele, as
dificuldades de gênero após o nascimento dos filhos, diminuindo o preconceito em
torno da gestante, e fortalecendo os vínculos entre mãe e filho. Os profissionais de
saúde devem mostrar-se sempre atuantes e cada vez mais próximos com iniciativas
voltadas ao cuidado e a sistematização em saúde.

Palavras-chave: Gravidez na Adolescência; Cuidados de Enfermagem; Atenção


Primária de Saúde.

1
Aluno do Curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá/MS.
2
Aluna do Curso de Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá/MS.
3
Orientadora
ABSTRACT

Adolescence delimits the transition from childhood to adulthood, chronologically


ranging from 10 to 19 years old. It is a period of profound changes, marked by the
transition between puberty and the adult stage of development. Teenage pregnancy
leads to a loss of the child's role, with restlessness, anxiety and insecurity in the face
of the discovery of a new world. The purpose of this study was to understand how the
assistance provided to pregnant women in adolescence occurs and what are the
services offered in Primary Health Care, and how the nursing team promotes actions
to prevent pregnancy at this stage. The present study is a literature review on
Pregnancy in adolescence and the role of the nursing team in actions of promotion,
prevention and assistance. Searches were carried out in four bibliographic
databases- Scielo, Google Scholar, Virtual Health Library and LILACS, which
constituted the basis for the theoretical foundation of this study. From this, articles
and documents published between the years 2005 to 2019, and written in the
Portuguese language were selected, and were analyzed through the Content
Analysis of the categorical type described by Bardin (2011). The educational actions
provided by the nursing team bring information about this theme in order to minimize
the problems encountered in adolescence, the work includes taking information
about the changes that occurred in this age group, preventing unwanted
pregnancies, sexually transmitted infections, clarifications about safe sexual
intercourse, maternity care, emotional and psychological support and the rights
belonging to young people and adolescents. In addition to support to face the
challenges of school and professional careers, living with partners and family
members, gender difficulties after the birth of children, reducing prejudice
surrounding the pregnant woman, and strengthening the bonds between mother and
child. Health professionals must always show themselves to be active and
increasingly close with initiatives aimed at health care and systematization

Key-words: Teenage pregnancy; Nursing care; Primary Health Care.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................6

1.1Contextualização do Tema......................................................................................6

2 OBJETIVOS...............................................................................................................8

2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................8

2.2 Objetivos Específicos..............................................................................................8

3 METODOLOGIA........................................................................................................9

3.1 Tipo de Estudo........................................................................................................9

3.2 Busca na Literatura.................................................................................................9

4 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................10

5 RESULTADOS.........................................................................................................13

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................20

REFERÊNCIAS...........................................................................................................22
6

1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização do Tema

A adolescência delimita a transição da infância à idade adulta,


cronologicamente abrangendo dos 10 aos 19 anos. Trata-se de um período
de profundas modificações, marcado pela transição entre a puberdade e o
estado adulto do desenvolvimento. Nessa fase, da gravidez na adolescência
à perda do papel infantil gera inquietação, ansiedade e insegurança frente à
descoberta de um novo mundo (MOREIRA et al., 2008). A gravidez na
adolescência é definida por importantes vulnerabilidades sociais e ausência
da atenção à saúde deste segmento (ALVES et al., 2017).
Esse tema é de extrema importância para a saúde pública conforme
estudo recente que revelou que dentre 364 mães adolescentes, mais de 90%
tinha entre 15 e 19 anos, residia em bairros que agregavam diferentes
vulnerabilidades sociais, eram solteiras e imigrantes de outro município no
Brasil. Salienta-se que outra parcela vivia alguma ligação conjugal: 15,8%
casadas e 2,5% união estável. Mais da metade do grupo tinha menos de 8
anos de escolaridade, não trabalhavam e nem estudavam (ALVES et al.,
2017).
A gravidez na adolescência traz sérias consequências, como por
exemplo, a impossibilidade de completar a função da adolescência, os
conflitos familiares, o alinhamento ou comprometimento dos projetos dos
estudos, menos chance de qualificação profissional, com reflexos para as
oportunidades de inserção posterior no mundo do trabalho, impossibilidade de
estabelecer uma família com plena autonomia, autogestão e projeto de futuro,
e dependência financeira absoluta da família (TABORDA et al., 2014).
Portanto, destaca-se a importância do trabalho dos enfermeiros para
junto com os adolescentes e familiares estarem reforçando a importância do
uso da camisinha e dos métodos contraceptivos para que nenhuma
eventualidade venha impossibilitar que estes adolescentes possam desfrutar
de sua plena juventude sem intercorrências indesejadas (TABORDA et al.,
2014), além de que a gravidez na adolescência, dependendo da idade da
gestante causa complicações clínicas, obstétricas e neonatais.
7

Diante disso, o presente estudo tem como objetivos conhecer as


consequências relacionadas à gravidez na adolescência e estratégias de
prevenção que a enfermagem pode realizar na prática da Atenção Primária
em Saúde, além de compreender as vulnerabilidades sociais e as
complicações clínicas obstétricas e neonatais na adolescência promovendo
um trabalho de promoção preventiva de uma nova gravidez.
8

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral

Evidenciar a assistência de enfermagem na atenção primaria durante a


gravidez na adolescência.

2.2 Objetivos Específicos

- Compreender as vulnerabilidades sociais das gestantes


adolescentes.
- Elencar as possíveis complicações obstétricas na adolescência.
- Evidenciar o papel do enfermeiro durante a gravidez na adolescência.
9

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de Estudo

Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter


descritiva, exploratória e qualitativa. Segundo Pizzaniet al. (2012), a pesquisa
bibliográfica se caracteriza por uma revisão de literatura que contempla as
principais teorias e conceitos que norteiam um trabalho científico, e é
realizada de forma específica e aprofundada, buscando a base fundamental
para o todo de uma pesquisa.
Já a pesquisa exploratória tem como objetivo “desenvolver, esclarecer
e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas
mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”, assim
como se caracteriza como a primeira fase de uma investigação mais ampla
(GIL, 2008, p. 25). Gil (2008) também define a pesquisa descritiva com o
objetivo de descrever características de um fenômeno específico, de uma
população específica, como também o estabelecimento de relações entre
variáveis.

3.2 Busca na Literatura

Foram realizadas buscas em quatro bases de dados bibliográficos –


Scielo, Google Acadêmico, Biblioteca Virtual da Saúde e LILACS, que
constituíram a base para a fundamentação teórica deste estudo. Escritos no
idioma português, onde serão analisados todos os aspectos relacionados à
Gravidez na adolescência e o papel da equipe de enfermagem nas ações de
promoção, prevenção e assistência, por meio da Análise de Conteúdo do tipo
categorial descrita por Bardin (2011).
10

4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Gravidez na Adolescência: Aspectos Sociais e Culturais

Segundo Goldenberg et al, (2005), mostrou em seu estudo que a presença de


mães adolescentes assistidas na rede hospitalar de Montes Claros foi da ordem de
21,5% sendo de 0,6% na faixa etária de 10 a 14 anos e 20,9% na faixa de 15 a 19
anos. A proporção de frequência de pré-natal acima de seis consultas foi de 40,0%,
a ocorrência de prematuridade entre as gestantes de 15 a 19 anos foi 7,4% e de 10
a 14 anos 25,5%, a ocorrência de baixo peso chegou a 11,7% e de 35,2% na faixa
de 10 a 14 anos, do quinto minuto abaixo de 7,35 3% na faixa de 15 a 19 anos de
idade e atingiu 6,0% na adolescência precoce, ressaltando-se, entretanto, a
sobreposição dos intervalos de confiança.
Brandão, Heilborn (2006), realizaram 25 entrevistas entre 2000 e 2001 com
13 jovens de 18 a 24 anos e seus pais (11 mães e um pai) para avaliação
retrospectiva da gravidez e de seus impactos na trajetória juvenil e familiar, as
dificuldades de internalização da norma contraceptiva, a descoberta tardia da
gravidez e a tomada de decisão do aborto ou reprodução pelos jovens e seus pais. A
conclusão do estudo foi que o fenômeno precisa ser compreendido em um contexto
histórico e cultural específico, distinto de sua ocorrência décadas atrás, pois está
marcada pelas regras que organizam o processo de individualização juvenil na
contemporaneidade na família, nas quais iniciações afetivas sexuais ocorrem.
A conclusão do estudo foi que as principais consequências da gravidez
precoce foram à impossibilidade de completar a função da adolescência e os
conflitos familiares; houve comprometimento dos projetos dos estudos, menor
chance de qualificação profissional, com reflexos para as oportunidades de inserção
posterior no mundo do trabalho, impossibilidade de estabelecer uma família com
plena autonomia, auto-gestão e projeto de futuro e dependência financeira absoluta
da família (TABORDA et al 2014).
Alves et al., (2017), em seu estudo relataram que a gravidez precoce na
adolescência e a sua associação com importantes vulnerabilidades sociais e na
atenção à saúde deste segmento. Das 364 mães adolescentes notificadas, mais de
11

90% tinha entre 15 e 19 anos, reside em bairros que a agravam diferentes


vulnerabilidades sociais, eram solteiras e imigrantes de outro município no Brasil.
Mais da metade do grupo tinha menos de oito anos de escolaridade, não
trabalhavam nem estudavam.
Este estudo apresenta evidência de que as taxas de fertilidade entre
adolescentes continuam altas em regiões que enfrentam privação social e
econômica. Adolescentes e seus filhos são mais propensos a desfechos perinatais
adversos. Enfermeiros e profissionais de saúde e de assistência social, assim como
educadores precisam trabalhar em conjunto para direcionar estratégias, as
adolescentes com maior risco para ajudar melhorar as taxas de fertilidade e dos
desfechos (SOUZA et al 2017).
Para Vieira e colaboradores (2017) contextualizaram a gestação em
adolescentes a partir de marcos associados ao processo de transição da juventude
para a vida adulta. O caminho de transição para a vida adulta foi o estabelecimento
de um vínculo com um parceiro e consequente maternidade, sugerindo padrão claro
de tutela masculina. A mudança do papel da mulher na sociedade observada nas
últimas décadas, que implica optar por uma carreira profissional, definir número de
filhos e escolher os parceiros, não chegou à parcela dessas jovens.
Pesquisa realizada em São Paulo afirma que é um desses informantes sobre
sexo podem ser os próprios amigos, sendo que 45,6% dos meninos e 41,1% das
meninas usam mal deste recurso já quando essas questões envolvem IST e AIDS
essa porcentagem decrescente de maneira que somente 22,2% de garotos e 17,2%
de garotas usam desse meio. O sexo sem proteção não é um problema apenas
entre os adolescentes brasileiros. É preciso à adoção de medidas públicas que
visem à prevenção de gravidez precoce, IST´s que transformam a vida desses
jovens baixando a autoestima e causando depressão, deixando-os à margem dos
processos de desenvolvimento e ocupação de bons postos no mercado de trabalho
(RODRIGUES et al 2018).
Brasil (2019) tem implementado ações que ampliam as oportunidades em
educação em saúde com foco no direito sexual e direito reprodutivo para
adolescentes, que conscientizam essa população sobre o tempo desejável para
engravidar, uma vez que a pesquisa nascer no Brasil mostra que 66% de gravidez
em adolescentes são indesejadas.
12

4.1 PAPEL DO ENFERMEIRO NO ACOLHIMENTO, HUMANIZAÇÃO DA


GESTANTE ADOLESCENTE

O enfermeiro precisa entender que a comunicação dialógica deve ser


fundamentada na prática do cuidar, e não fazer tentativas de controlar ou
modificar a pessoa ou prescrever somente tratamentos; mas sim, estar
disposto a interagir, ensinar e aprender com o indivíduo e com o coletivo,
através de ações educativas, conforme Figueiredo e Tonini (2008).
O enfermeiro deve agir como educador e os familiares como
educadores, para então solucionar, juntos, problemas de fundamentos
comuns como a resistência e a desesperança, assim afirmam o autor
Figueiredo e Tonini (2008).
Visto que o acolhimento e acompanhamento de gestantes é a visita
domiciliar periódica. Franco e Silva (2007) afirma que a visita domiciliar é uma
ferramenta importante a fim de identificar mulheres grávidas e inscrevê-las o
mais precocemente possível no programa, o que proporciona melhores
resultados materno-neonatal.
Para Figueiredo e Tonini (2008) que o contato deve ser frequente e
contínuo para que possam ser estabelecidos o vínculo, a confiança e a
aceitação das orientações devem ser feitas sem emissão de juízo de valores
e com respeito a todas as diferentes formações familiares.
13

5 RESULTADOS

Os artigos que compuseram o presente estudo foram selecionados no


período de fevereiro a março de 2021. Foram encontrados um total 40 artigos
dos quais foram selecionados por um primeiro filtro 12 artigos, tendo sido
descartados 27 de acordo com os critérios de inclusão e não inclusão
(Quadro1).

QUADRO 1 - Resultado da busca de artigos


Artigos/Bases Bireme PubMed SciELO LiLACS TOTAL
de dados

Encontrados 11 7 13 9 40

Selecionados 4 1 4 4 12
1° Filtro

Descartados 8 5 13 6 28
14

QUADRO 2 – Tabela de artigos selecionados para discussão

NOME DO ARTIGO AUTORES REVISTA Principais


resultados.

Artigo 1 ALVES, H.; BRITO I. Revista de Visto que a gravidez


S.; SILVA, T. R.; Enfermagem na adolescência é
Gravidez na adolescência e
VIANA, A.A.; Referência. definida por
planejamento local: uma
SANTOS, R. C. A, importantes
abordagem diagnostica a
2017. vulnerabilidades
partir do modelo
sociais e ausência
PRECEDE-PROCEED
da atenção à saúde
deste segmento.

Um estudo recente
que revelou que
dentre 364 mães
adolescentes, mais
de 90% tinha entre
15 e 19 anos, residia
em bairros que
agregavam
diferentes
vulnerabilidades
sociais, eram
solteiras e imigrantes
de outro município
no Brasil.

Artigo 2 BARDIN, L. 2011. São Paulo: Edições O estudo selecionou


todos os aspectos
Análise de conteúdo.
relacionados à
Gravidez na
adolescência e o
papel da equipe de
enfermagem nas
ações de promoção,
prevenção e
15

assistência.

Artigo 3 BRANDAO, E. R.; Revista Brasileira De acordo com uma


HEILBORN, M. L,
de Ciência e pesquisa realizada
Stress, Qualidade de vida, 2006.
Cadernos Saúde com 25 jovens entre
Sexualidade e gravidez na
Pública. 2000 e 2001 com 13
adolescência entre jovens
jovens de 18 a 24
de camadas médias do Rio
anos e seus pais (11
de Janeiro, Brasil.
mães e um pai) para
avaliação
retrospectiva da
gravidez e de seus
impactos na
trajetória juvenil e
familiar, as
dificuldades de
internalização da
norma contraceptiva,
a descoberta tardia
da gravidez e a
tomada de decisão
do aborto ou
reprodução pelos
jovens e seus pais. A
conclusão do estudo
foi que o fenômeno
precisa ser
compreendido em
um contexto histórico
e cultural específico,
distinto de sua
ocorrência décadas
atrás.
16

Artigo 4 BRASIL, 2019. 1. ed. Brasília: DF Este estudo forneceu


Ministério da Saúde. Ministério da a compreensão que
Informações sobre Saúde, ações que ampliam
Gravidez na Adolescência. as oportunidades em
educação em saúde
com foco no direito
sexual e direito
reprodutivo para
adolescentes, que
conscientizam essa
população sobre o
tempo desejável
para engravidar,
uma vez que a
pesquisa Nascer no
Brasil mostra que
66% de gravidez em
adolescentes são
indesejadas.

Artigo 5 FIGUEIREDO, Nébia Yendis Editora O estudo aponta que


M. A. TONINI, 2008. o enfermeiro deve
SUS e PSF para
agir como educador
enfermagem: práticas para
e os familiares como
o cuidado em saúde
educadores, para
coletiva.
então solucionar,
juntos, problemas de
fundamentos
comuns como a
resistência e a
desesperança.

Artigo 6 FRANCO, Adriana C. Revista Brasileira Os profissionais


2007. em Promoção da devem fazer visita
Saúde da família na
Saúde domiciliar é uma
atenção primária.
ferramenta
importante a fim de
identificar mulheres
grávidas e inscrevê-
las o mais
precocemente
17

possível no
programa, o que
proporciona
melhores resultados
materno-neonatal.

Artigo 7 GOLDENBERG; P.; Cadernos Saúde O autor relata que a


FIGUEIREDO, M. C. Pública. proporção de
Gravidez na adolescência, T.; SILVA, R. S, 2005.
frequência de pré-
pré-natal e resultados
natal acima de seis
perinatais em Montes
consultas foi de
Claros, Minas Gerais,
40,0%, a ocorrência
Brasil. Cadernos Saúde
de prematuridade
Pública.
entre as gestantes
de 15 a 19 anos foi
7,4% e de 10 a 14
anos 25,5%, a
ocorrência de baixo
peso chegou a
11,7% e de 35,2%
na faixa de 10 a 14
anos, do quinto
minuto abaixo de
7,35 3% na faixa de
15 a 19 anos de
idade e atingiu 6,0%
na adolescência
precoce,
ressaltando-se,
entretanto, a
sobreposição dos
intervalos de
confiança.

Artigo 8 RODRIGUES, K. A.; Catarin Med. v.47 O sexo sem


SOUZA, M. F. N. S. proteção não é um
Gravidez e doenças
D.; VIEIRA, M. L.; problema apenas
sexualmente transmissíveis
Benício, M. M. S.; entre os
na adolescência.
Freitas, D. 2018. adolescentes
brasileiros. É preciso
à adoção de
18

medidas públicas
que visem à
prevenção de
gravidez precoce,
IST´s que
transformam a vida
desses jovens
baixando a
autoestima e
causando
depressão,
deixando-os à
margem dos
processos de
desenvolvimento e
ocupação de bons
postos no mercado
de trabalho..
19

Artigo 9 SOUZA, M. L.; LYNN Revista Latino- Este estudo forneceu


Taxa de fertilidade e F. A.; JOHNSTON, L.; Americana de a compreensão de
desfecho perinatal em TAVARES, E. C. T.; Enfermagem. que as taxas de
gravidez na adolescência: BRÜGGEMANN, O. fertilidade entre
estudo retrospectivo M.; BOTELHO, L. J. adolescentes
populacional 2017 continuam altas em
regiões que
enfrentam privação
social e econômica.
Adolescentes e seus
filhos são mais
propensos a
desfechos perinatais
adversos.
Enfermeiros (as),
profissionais de
saúde e de
assistência social,
assim como
educadores
precisam trabalhar
em conjunto para
direcionar
estratégias, as
adolescentes com
maior risco para
ajudar melhorar as
taxas de fertilidade.

Artigo10 TABORDA, J. A.; Caderno de Saúde O estudo aponta que


SILVA, F. C.; Coletiva. as principais
Consequências da gravidez
ULBRICHT, L. 2014. consequências da
na adolescência para as
gravidez precoce
meninas considerando-se
foram à
as diferenças
impossibilidade de
socioeconômicas entre elas
completar a função
da adolescência e os
conflitos familiares;
houve
comprometimento
dos projetos dos
20

estudos, menor
chance de
qualificação
profissional, com
reflexos para as
oportunidades de
inserção posterior no
mundo do trabalho,
impossibilidade de
estabelecer uma
família com plena
autonomia,
autogestão e projeto
de futuro e
dependência
financeira absoluta
da família.

Fonte: Autor (2021)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A revisão de literatura nos mostrou que é necessário que os


profissionais de saúde trabalhem em conjunto com a família e a comunidade
levando informações educativas sobre prevenções não somente da gravidez
indesejada, mas também sobre as doenças nas quais podem ser evitadas
mesmo na juventude e os cuidados com o próprio corpo.
Visto que juntamente com toda a equipe de saúde devem conhecer e
expor as reais consequências trazidas por uma gravidez indesejada na
adolescência, oferecer informação de educação em saúde, estabelecendo um
vínculo de confiança entre a unidade de saúde e o adolescente. Quando os
profissionais de saúde compreendem as vulnerabilidades sociais e as
complicações clínicas obstétricas e neonatais enfrentadas pela gestante
adolescente, a prestação dos serviços resulta-se satisfatórios nos
atendimentos ofertados gratuitamente pelo SUS.
21

Conclui-se que o trabalho da equipe de enfermagem e suas formas de


atuação nas estratégias de promoção e prevenção devem possibilitar aos
adolescentes ser protagonista de sua própria trajetória, esta comunicação
deve ser feita de forma acessível e com uma linguagem de fácil entendimento
para que se tenha estabelecida uma abordagem sistêmica nos diversos
departamentos da Atenção Básica. Acolher com mais sensibilidade e
resolutividade quando houver agentes complicadores como o abandono do
parceiro ou da família, discriminação e isolamento social e descontinuidade
escolar, ajudando a gestante adolescente a compreender e aceitar a nova
reorganização da família e a possível troca de papéis; ajudar a evitar
comprometimentos durante a evolução da gravidez e riscos para a mãe.
22

REFERÊNCIAS

ALVES, H.; BRITO, I. S.; SILVA, T. R.; VIANA, A.A.; SANTOS, R. C. A.; Gravidez na
adolescência e Co-planejamento local: uma abordagem diagnostica a partir do
modelo PRECEDE-PROCEED. Revista de Enfermagem Referência, Coimbra , v.
4, n. 12, p. 3544, mar. 2017.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.

BRANDAO, E. R.; HEILBORN, M. L. Sexualidade e gravidez na adolescência entre


jovens de camadas médias do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos Saúde Pública
[online]. v.22, n.7, p.1421-1430. 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Informações sobre Gravidez na Adolescência. 1. ed.


Brasília: DF Ministério da Saúde, 2019.
Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-do-
adolescente-e-dojovem/informacoes-sobre-gravidez-na-adolescencia2. Acesso em:
09 Out. 2020.

FIGUEIREDO, Nébia M. A. TONINI, Teresa. SUS e PSF para enfermagem: práticas


para o cuidado em saúde coletiva. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008.
1ed. 272p.
FRANCO, Adriana C. Saúde materna. In: ARCHANJO, Daniela R.; ARCHANJO, Léa
R.; SILVA, Lincoln L. (Org.). Saúde da família na atenção primária. Curitiba: Ibpex,
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GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOLDENBERG; P.; FIGUEIREDO, M. C. T.; SILVA, R. S. Gravidez na adolescência,


prénatal e resultados perinatais em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Cadernos
Saúde Pública, Rio de Janeiro , v.21 n.4 July/Aug. 2005.

PIZZANI, L.; SILVA, R. C.; BELLO, S. F.; HAYASHI, M. C. P. I.; A ARTE DA


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RODRIGUES, K. A.; SOUZA, M. F. N. S. D.; VIEIRA, M. L.; Benício, M. M. S.;


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SOUZA, M. L.; LYNN F. A.; JOHNSTON, L.; TAVARES, E. C. T.; BRÜGGEMANN,


O. M.; BOTELHO, L. J.; Taxa de fertilidade e desfecho perinatal em gravidez na
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23

TABORDA, J. A.; SILVA, F. C.; ULBRICHT, L. Consequências da gravidez na


adolescência para as meninas considerando-se as diferenças socioeconômicas
entre elas. Caderno de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v.22, n. 1, p. 16-24. 2014.

VIEIRA, E. M.; BOUSQUAT, A.; BARROS, C. R. S. Gravidez na adolescência e


transição para a vida adulta em jovens usuárias do SUS. Revista Saúde Publica.
São Paulo, v. 51, p. 25, mar 2017.

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