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análise de contingências
Esequias Caetano A. Neto1
Maria Ester Rodrigues2
Natalie Brito Araripe3
1
Psicólogo Clínico e Empresarial (CRP 04/ 35023), especializando em Terapia
Comportamental pelo ITCR – Campinas. Coordenador de Ensino a Distância
no Instituto de Psicologia Aplicada – InPA. Sócio Proprietário no Instituto
Crescer: Desenvolvimento Humano e Organizacional. Presidente no
Comporte-se: Psicologia Científica. Contato: neto@comportese.com..
2
Psicóloga (CRP: 08-04396). Doutora (2005) em Psicologia da Educação
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Contato:
mariaester.rodrigues@gmail.com
3
Psicóloga (CRP: 11- 6605). Mestranda em psicologia pela Universidade
Federal do Ceará. Professora da Faculdade Leão Sampaio – Juazeiro do
Norte. Contato: natalie@comportese.com.
R Sc
(Resposta do (Consequência gerada no
organismo) ambiente)
R Sc
A fim de tornar mais clara nossa explicação da análise
funcional do comportamento, utilizaremos um exemplo fictício
de uma criança de dois anos, que chamaremos de Ariel. Ariel
vive numa casa com uma porta para a cozinha normalmente
fechada. Algumas vezes, quando essa porta estava aberta,
ela entrou e viu alguns objetos brilhantes que estavam ali. Para
evitar que Ariel entre na cozinha, sua mãe continua deixando a
porta fechada, uma vez que, apesar de a criança alcançar a
maçaneta, ela ainda não aprendeu como abrir a porta. Certo
dia, passeando pela sala, Ariel emitiu diversos comportamentos
(variabilidade) e empurrou acidentalmente a maçaneta da porta
da cozinha para baixo e a abriu. Ela achou divertida sua
“descoberta” e passou a fazer isso inúmeras vezes (seleção e
fortalecimento do comportamento); além disso, viu todos aqueles
objetos “mágicos” e “brilhantes” da cozinha. Como podemos
visualizar o exemplo? Qual comportamento da criança foi
selecionado e qual a consequência selecionadora?
Comportamento operante Consequências selecionadoras
1
As traduções dos textos, originais em inglês, foram realizadas de forma
livre pelos autores desse capítulo.
A tríplice contingência
Conforme explica Del Prette (2011), as interações dos
organismos são, em geral, compostas por longas cadeias de
respostas em que a ação de um indivíduo funciona como
antecedente ou como consequência para a ação de outro
indivíduo. Além disso, conforme já mencionado no exemplo de
Ariel, as ações de um indivíduo produzem modificações no
ambiente em geral, não somente no ambiente social. Tais
modificações retroagem sobre o comportamento aumentando
ou diminuindo a probabilidade de que esse comportamento
ocorra novamente no futuro. A tríplice contingência, segundo
Del Prette (2011) é uma forma de simplificar a análise das
interações dos organismos, num recorte menor desta interação.
A tríplice contingência é a representação esquemática da
forma como ambiente e comportamento exercem influência um
sobre o outro, e é representada pela inserção de um elemento
antecedente na representação já fornecida anteriormente:
Presença do pai Chorar Pai diz para ela “engolir o choro” (P+)
Referências
ALVES, N.N.F.; ISIDRO-MARINHO, G.Relação Terapêutica sob a
perspectiva Analitico-Comportamental . In de-Farias, A.K.C.R.
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práticos. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2010.
BANACO, R. A. Técnicas cognitivo-comportamentais e análise
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comportamento e cognição. Psicologia comportamental e
cognitiva - da reflexão teórica à diversidade na aplicação (pp.75-
82). Santo André: ESETec, 1999.
CASSAS, F. A; BORGES, N. B. Clínica analítico comportamental.
Aspectos teóricos e práticos. Artmed: Porto Alegre,2011.
CAVALCANTE, S. N. Análise funcional na terapia comportamental:
uma discussão das recomendações do behaviorismo
contextualista. Pará. Dissertação (Mestrado) - Programa de pós-
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Universidade Federal do Pará, 1999.
DEL PRETTE, G. Treino didático de análise de contingências e
previsão de intervenções sobre as consequências do responder.
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FESTER, C.B. A Functional Analysis of Depression. American
Psychologist, 23 (10): 857 – 870, 1973.
Questão 01:
a) Consequência: Tirar nota boa. R+.