Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Taxas brutas
A taxa de mortalidade infantil e materna e a esperança média de vida enquanto indicadores
privilegiados da intensidade da mortalidade.
Mortalidade
1. Taxas brutas
Conceituação
Número total de óbitos ocorridos durante um ano, em cada mil habitantes, na população total
residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Tal medida representa o
risco de uma pessoa de determinada população morrer no decorrer do ano.
Portanto, temos que:
Onde:
O = número de óbitos num determinado ano
P = P corresponde o total da população no meio do ano.
O nível da TBM dependerá tanto da intensidade da morre a cada idade, com a distribuição
etária da população.
1.1. Interpretação
·Expressa a intensidade com a qual a mortalidade atua sobre uma determinada população.
·A taxa bruta de mortalidade é influenciada pela estrutura da população quanto à idade e ao
sexo.
·Taxas elevadas podem estar associadas a baixas condições socioeconômicas ou refletir elevada
proporção de pessoas idosas na população total.
·As taxas brutas de mortalidade padronizadas permitem a comparação temporal e entre regiões.
Conceituação
A taxa de mortalidade infantil é considerada um dos melhores indicadores de saúde, utilizado
para medir as condições de saúde da população, em especial da população infantil.
Este indicador, e seus componentes (neonatal precoce - 0 a 6 dias, neonatal tardia -7 a 27 dias)
e pós-neonatal-28 a 364 dias) fazem parte da Matriz de Indicadores da Ripsa.
Cálculo da Taxa de Mortalidade Infantil duas formas:
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 1
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Directa: relaciona causas de óbitos de menores de 1 ano com os nascidos vivos
Indirecta: método demográfico (pode ser empregada para áreas maiores)
Interpretação
Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida.
Reflecte, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infra-
estrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção
à saúde materna e da população infantil.
Expressa um conjunto de causas de morte cuja composição é diferenciada entre os
subgrupos de idade
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 2
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
2. Interpretação
Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a primeira semana de vida.
Reflecte, de maneira geral, as condições socioeconómicas e de saúde da mãe, bem como a
inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
2. Interpretação
Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 7 aos 27 dias de vida.
Reflecte, de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a
inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
2. Interpretação
Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 28 aos 364 dias de vida.
De maneira geral, denota o desenvolvimento socioeconómico e a infra-estrutura ambiental,
que condicionam a desnutrição infantil e as infecções a ela associadas. O acesso e a
qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil também
determinante da mortalidade nesse grupo etário.
Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a mortalidade pós-neonatal é, freqüentemente,
o componente mais elevado.
Avaliam o impacto das medidas adotadas no controle da mortalidade infantil. Uma mortalidade
infantil alta indica grande incidência de doenças infecciosas e de desnutrição, além de precária
assistência pré-natal e pós parto.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 3
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Considerando a subnotificação de óbitos ocorrido e a precariedade da informação disponível
sobre a duração da gestação, recomenda-se somar, tanto ao numerador como ao denominador, o
número de óbitos fetais com idade gestacional ignorada ou não preenchida.
Recomenda-se o cálculo deste indicador apenas para as unidades da Federação nas quais a taxa
de mortalidade infantil é calculada pelo método directo.
Interpretação
Estima o risco de morte de um feto nascer sem qualquer sinal de vida ou, nascendo vivo,
morrer na primeira semana.
De maneira geral, reflecte a ocorrência de factores vinculados à gestação e ao parto, entre
eles o peso ao nascer, bem como as condições de acesso a serviços de saúde e a qualidade da
assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.
Interpretação
Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante os cinco primeiros anos de vida.
De modo geral, expressa o desenvolvimento socioeconómico e a infra-estrutura ambiental
precários, que condicionam a desnutrição infantil e as infecções a ela associadas. O acesso e
a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil também
determinante da mortalidade nesse grupo etário.
É influenciada pela composição da mortalidade no primeiro ano de vida (mortalidade
infantil), amplificando o impacto das causas pós-neonatais, a que estão expostas também as
crianças entre 1 e 4 anos de idade. Porém, taxas reduzidas podem estar encobrindo más
condições de vida em segmentos sociais específicos.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 4
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
sahariana, a mulher durante a sua vida corre risco de 1 em 16 de morrer durante a gravidez e o
parto, comparado com o risco de 1 em 2800 nos países desenvolvidos.
Causas directas
Em todo mundo, dois terços das mortes maternas se devem a 5 causas directas:
• Hemorragia – 25%
• Infecções ou sepsis puerperal – 15%
• Complicações de aborto inseguro – 13%
• Eclâmpsia (hipertensão induzida pela gravidez) – 12%
• Trabalho de parto arrastado – 8%
Causas indirectas
A maioria das mortes resulta de atrasos no reconhecimento dos vários tipos de complicações
possíveis, a falta de cuidados médicos e a inexistência de assistência especializada. (OMS,
1999).
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 5
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
As crianças são as que sofrem mais: quando a mãe morre, as suas crianças têm 3 a 10 vezes
mais probabilidades de morrer no período de 2 anos após a morte da mãe.
Interpretação
Estima a frequência de óbitos femininos, ocorridos até 42 dias após o término da gravidez,
atribuídos a causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação ao total de nascidos
vivos. O número de nascidos vivos é adoptado como uma aproximação do total de mulheres
grávidas.
Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas de mortalidade materna estão
associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo, desde o planeamento
familiar e a assistência pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério.
II Aula 17
A fecundidade se relaciona com o número de crianças nascidas vivas. Não é o mesmo que fertilidade,
que implica a capacidade física de reprodução de uma mulher.
3.1. FECUNDIDADE
- É uma medida mais apropriada da intensidade da geração de filhos em uma população do que
a taxa de natalidade.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 6
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
específica durante cada ano de sua vida reprodutiva. A TGF resume, em uma só cifra, a
fecundidade de todas as mulheres durante uma etapa determinada.
A taxa global de fecundidade é uma medida um pouco mais precisa, em que a taxa de
natalidade relaciona os nascimentos em grupo, classificado por idade e sexo com as maiores
probabilidades de dar à luz (definido normalmente na mulheres com idade compreendido entre
15 a 49 anos). Esta precisão permite eliminar as distorções que podem resultar devido a
distintos níveis de distribuição por idade e sexo entre populações.
A taxa é estimada para um ano do calendário determinado, a partir de informações
retrospectivas obtidas em censos e inquéritos demográficos.
Interpretação
Junto com a migração, esse indicador é o principal determinante da dinâmica demográfica, não
sendo afectado pela estrutura etária da população. Expressa a situação reprodutiva de uma
mulher pertencente a uma coorte hipotética, sujeita às taxas específicas de fecundidade por
idade, observadas na população em estudo, supondo-se a ausência de mortalidade nessa coorte.
Taxas fecundidade são consideradas inferiores quando for abaixo de 2,1 sendo assim
asseguraram a reposição populacional.
O decréscimo da taxa pode estar associado a vários factores, tais como: aumento da
urbanização, redução da mortalidade infantil, melhoria do nível educacional,
implementação e aderência do uso de métodos contraceptivos, maior participação da
mulher na força de trabalho e instabilidade de emprego.
Usos
Avaliar tendências da dinâmica demográfica e realizar estudos comparativos entre áreas
geográficas e grupos sociais.
Realizar projecções de população, levando em conta hipóteses de tendências de
comportamento futuro da fecundidade.
Subsidiar processos de planeamento, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de
saúde pública, educação, trabalho e previdência social, com projecções demográficas que
orientem o redimensionamento da oferta de serviços, entre outras aplicações.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 7
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Usos
Analisar perfis de concentração da fecundidade por faixa etária.
Detectar variações das taxas nos grupos de maior risco reprodutivo.
Calcular medidas sintéticas de fecundidade (taxa de fecundidade total, taxa bruta de
reprodução e taxa líquida de reprodução).
Possibilitar o estudo dinâmico da fecundidade, mediante análise longitudinal.
Formular hipóteses de projecções populacionais.
Subsidiar processos de planeamento, gestão e avaliação da atenção materna/infantil (oferta
de serviços e acções para grupos de risco).
3.4. Índice sintético de fecundidade é o número médio de filhos que cada mulher tem
durante a sua vida fértil.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 8
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Nos países desenvolvidos, o valor do índice sintético de fecundidade é inferior a 2,1, pelo
que não se verifica um número médio de filhos por mulher suficiente para assegurar a
renovação de gerações.
3.6. NATALIDADE
Taxa de Natalidade: (TN)
Indica o total número dos nascimentos vivos ocorridos num determinado país ou região, em
média, por cada mil habitantes, numa dada área e num determinado período de tempo
Fórmula para cálculo da Taxas Natalidade:
Interpretação
Expressa a intensidade com a qual a natalidade actua sobre uma determinada população.
A taxa bruta de natalidade é influenciada pela estrutura da população, quanto à idade e ao
sexo.
As taxas brutas de natalidade padronizadas por uma estrutura de população padrão
permitem a comparação temporal e entre regiões.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 9
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconómicas precárias e a
aspectos culturais da população.
USOS
Analisar variações geográficas e temporais da natalidade.
Possibilitar o cálculo do crescimento vegetativo ou natural da população, subtraindo-se, da
taxa bruta de natalidade, a taxa bruta de mortalidade.
Contribuir para estimar o componente migratório da variação demográfica,
correlacionando-se o crescimento vegetativo com o crescimento total da população.
Subsidiar processos de planeamento, gestão e avaliação de políticas públicas relativas à
atenção materno-infantil.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 10
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
IV Aula 24 de Outubro
4. Taxa de prevalência/incidência das Doenças mais frequentes e distribuições por sexo, idade em
espaço Geográfico
4.2.Indicadores de Saúde
É os coeficientes utilizados internacionalmente com o objectivo de avaliar, sob o ponto de vista
sanitário, a higidez (boa saúde) de agregados humanos”, no sentido de dar informação sobre
doenças (morbidade) e sobre eventos vitais (nascimentos e mortes).
Morbidade
É um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma dada infecção que
atingem um grupo de indivíduos. Existem algumas doenças que podem causar morbidade, e
baixa mortalidade, como a asma.
4.3.Coeficientes de Morbidade
Baseiam-se em dados sobre doenças
Consegue-se inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas.
4.5.1.Prevalência
A prevalência – mede a proporção de indivíduos numa população em que ocorre a doença num
determinado momento e espaço geográfico.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 11
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Interpretação:
A prevalência mede o peso de uma doença em uma população.
Prevalência – a “carga” da doença na população – usa-se este termo para referenciar doenças
crônicas ou situações estáveis (soro). Pode-se usa para medir informações de prevalência a
partir:
a)Inquéritos
4.6.1.INCIDÊNCIA
Expressa o número de casos novos de uma determinada doença durante um período definido,
numa população sob o risco de desenvolver a doença. O cálculo da incidência é a forma mais
comum de medir e comparar a frequência das doenças em populações.
A incidência (ou taxa de incidência) é considerada a medida mais importante em
epidemiologia, pois reflecte a dinâmica com que os casos novos aparecem na população, é a
“força de morbidade”. Existe duas fórmulas para medir incidência: a) Incidência cumulativa e
b) taxa de Incidência ou densidade de incidência.
Podemos usar como fontes para informações de incidência:
a)Notificações de doenças agudas
b)Pesquisa com pelo menos duas investigações: 1a – garantir ausência da doença, 2a – fazer o
diagnóstico
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 12
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Incidência cumulativa (ou risco) fornecesse uma estimativa da probabilidade de um
indivíduos desenvolver a doença durante um período específico de tempo, por outro lado É a
maneira mais simples de medir o risco de ocorrência de uma doença;
•O número de pessoas em risco de adoecer é estipulado no início do estudo;
•O conceito de incidência cumulativa é similar ao de “risco de morte;
•Probabilidade, ou RISCO, de um indivíduo desenvolver a doença durante um período de
tempo específico.
População em Risco:
• É chamada de população em risco uma fracção da população susceptível a alguma doença;
• Muitas medidas de ocorrência de doenças são baseadas nos conceitos de incidência e
prevalência;
• Estas medidas deve obedecer a certos critérios, como: incluir apenas pessoas potencialmente
susceptíveis ou expostas à doença (ex.: homens não devem ser incluídos nos cálculos de
frequência de carcinoma de colo uterino); calcular com base em factores demográficos ou
ambientais ex.: acidentes de trabalho ocorrem somente entre os trabalhadores
Medida de prevalência
Todos os casos (de uma doença)
Indivíduos que adoeceram, independente do período do diagnóstico
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 13
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
4.7.1. LETALIDADE
Mede a intensidade que uma determinada doença possui, ou seja, quantas mortes causa dentre
os indivíduos que possuíam a doença em um certo período de tempo.
A letalidade expressa o grau de gravidade de uma determinada doença, constituindo,
juntamente com a frequência de sequelas, um dos indicadores utilizados na identificação de
prioridades para o desenvolvimento de programas de controlos de doenças (a severidade do
dano). Neste sentido, o cálculo da letalidade determina uma proporção;
A expressão matemática da letalidade é a seguinte:
Há uma relação entre letalidade, mortalidade e incidência que se expressa da seguinte forma:
mortalidade = incidência x letalidade
4.8.Situação de saúde
Situação de saúde é o conhecimento, a interpretação que um actor social produz para agir e
transformar a qualidade da vida da população de um determinado território. O Território
historicamente encotra se em permanente processo de transformação.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 14
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Sexo
Masculino 45 85 130 150 171 321
Feminino 63 83 146 130 136 266
Residência
Urbano 32 36 68 60 78 138
Rural 100 107 207 220 228 448
Província
Niassa 14 17 31 35 27 62
Cabo Delgado 7 9 16 24 23 47
Nampula 19 21 40 66 67 133
Zambézia 20 25 45 60 63 123
Tete 4 6 10 16 15 31
Manica 10 16 26 18 21 39
Sofala 9 14 23 20 24 44
Inhambane 2 7 9 9 12 21
Gaza 24 28 52 25 24 49
Maputo Província 2 4 6 8 11 19
Maputo Cidade 6 10 16 9 10 19
A distribuição da prevalência da diarreia nas crianças com menos de cinco anos de idade, a
percentagem é mais baixa com cerca de (41 porcento) entre as crianças de mães sem instrução e
mais alta entre as crianças de mães com nível de escolaridade secundário (69 porcento).
4.9.1. FEBRE
A febre é o principal sintoma da malária nas crianças com menos de cinco anos de idade,
embora esta possa ocorrer na presença de outras infecções. As crianças residentes nas áreas
rurais são as que mais tiveram febre (31 porcento), em comparação com as crianças residentes
nas áreas urbanas (23 porcento). A percentagem de crianças com febre nas últimas duas
semanas anteriores à entrevista mostra uma grande variabilidade entre as províncias. As
províncias de Zambézia (51 porcento), Nampula (39 porcento) e Niassa (30 porcento)
apresentam percentagens acima da média nacional e mais altas em comparação com as
províncias de Tete (14 porcento), Manica (17 porcento) e Maputo Província (16 porcento). Em
relação ao quintil de riqueza, a percentagem é mais alta entre as crianças de mulheres do quintil
de riqueza mais baixo (33 porcento) e mais baixa entre as crianças de mulheres do quintil de
riqueza mais alto (21 porcento).
4.9.2. ANEMIA
A anemia é uma doença caracterizada pela diminuição da hemoglobina no sangue e que pode
ter diversas causas, desde uma alteração genética à má alimentação. A anemia associada à
malária constitui um problema de saúde pública, sobretudo nas comunidades rurais À medida
que as infecções de malária se vão repetindo, a criança pode desenvolver anemia porque os
parasitas vão “destruindo” os glóbulos vermelhos.
4.9.3. MALÁRIA
Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2007), a malária é uma doença de
prevalência elevada e também devastadora, especialmente nos trópicos. Prejudicando a saúde e
bem-estar das famílias, colocando em risco a sobrevivência de crianças e debilitando a saúde da
população.
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 15
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Em Moçambique, a malária é a principal causa de morte com cerca de 57%, sendo como o
principal problema de saúde pública. Tal deve-se aos factores socioeconómicos (pobreza,
meios de prevenção inacessíveis), climáticos e ambientais (temperaturas e padrão de
precipitação) que favorecem a sua transmissão ao longo de todo o ano, atingindo o seu ponto
mais alto após a época chuvosa (Dezembro a Abril). O Plasmodium falciparum é o parasita
mais frequente, sendo responsável por cerca de 90 porcento de todas infecções malárias,
enquanto o Plasmodium malárias e o Plasmodium ovale são responsáveis por 9 porcento e 1
porcento de todas as infecções, respectivamente (Mabunda et. al, 2007).
A distribuição da prevalência da malária em crianças de 6-59 meses de idade, nas áreas rurais
(47 porcento) é mais do que o dobro da prevalência encontrada nas áreas urbanas (19 porcento),
com uma diferença de 28 pontos percentuais. As províncias de Zambézia e Nampula
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 16
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
apresentam prevalências mais altas, 68 e 66 porcento, respectivamente, em comparação com
Maputo, província e cidade, que apresentam as prevalências mais baixas (três e dois porcento,
respectivamente).
Para os homens, destaca-se Maputo Província com 20% e 19.5% Feminino seguido de Gaza
com 29.9% e 16.8% Feminino, no centro a província de Sofala com uma proporção de 17.8 e
12.6% Feminino e para zona norte é a província de Cabo Delegado com 9.8% Homens e 9.2%
Feminino
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 17
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com
Bibliografia
WHO. Implementation of the Global Malaria Control Strategy. Report of a WHO study group on the
implementation of the global plan of action for malaria control 2007–2010. Geneva: WHO, 2007.
MISAU – DSC (2000). Estratégia para a Redução da Mortalidade materna e Perinatal Ano 2000.
OMS (2005). Relatório Mundial da Saúde 2005.Organização Mundial da Saúde para que todas as mães
e crianças contem.
Isabel Nhatave. N’weti 2006. Relatório de Saúde Materna em Moçambique
Texto de apoio para cadeira de Demografia, do curso: Licenciatura em Saúde Publica/2017 Página 18
Correio electronico:rafael05cosme@yahoo.com.br/rafaelcufa@gmail.com