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FALSEABILIDADE E DEMARCACAO- UMA INTRODUCAO A LEITURA DA LOGICA DA PESQUISA CIENTIFICA’ Jiilio Cesar R. Pereira” “Esclarecimento ¢ a saida do homem da sua menoridade, da qual ele proprio ¢ culpax do, A menoridade & a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a diregdo de ‘outro individuo. O homem é o proprio culpado dessa menoridade se a causa dela sdo se ‘encontra na fata de entendimento, mas na fala de decisdo e coragem de servirse de 51 ‘mesmo sem a diregao de outrem. Sapere aude! Tem coragem de faser uso de se entendimento, tal ¢ 0 lema do esclarecimento”. Immanuel Kant Resumo: Este texto busca, em primeiro lugar, apresentaralgumas: (Cirealo de Viena, de modo a contextualizar 0 surgimento do Problema da [Em seguida € desenvolvida a proposta da Falseabilidade que tem como coroldrio @ ceito de “Corroboragdo”. A conclusio aponta o aspecto Tuminista da Filosofia de per. Palavras-chave: Epistemologia; Demarcago, Falscabilidade; Corroborago, 1, CONTEXTO HISTORICO ~ aw 'Na década de 20, domina a cena filoséfica um grupo de filésofos e cientistas que vieram a ser conhecidus sob 0 “rétulo” de Circulo de Viena.’ Seu objetivo basi- 0 ¢ estabelecer uma nitida fronteira entre 0 modemo discurso cientifico que ‘emerge a partir de Einstein, ¢ as especulagtes metafisicas, de modo a reorientar a Filosofia na diregao do rigor cientifico, Alberto Oliva® nos afirma que este propésito apresenta um duplo aspecto: 1) Especificar as caracteristicas do discurso significativo, ‘nico que pode set dito cientifico, "Ete exo ¢ uma vera revise abreviada do? Capitulo do meu limo: Epstemologia Lieralismo Uma Inroducdo d Floseie de Karl Popper. Profesor do Departamento de Filosofia da PUCRS * Arespeito das tees bisicas do Circulo de Viena, confer AVER, AJ. Lenguaje, Verdad y Ligica ‘Sobre a evolugdo da Epitemologia do Ciculo de Viens ats « década de 70, confi SUPPE, F, La Estructura de las Teoras Cienficas, soiee a Epistemologa sual, cone: NEWTCN-SMATH, WA. ‘The Rationaiy of Science * Confer a este respeto 0 magaiico texto Verficecionime: Critrto de Clentfctdade ou Critea & ‘deologa? IN: OLA, A. (rp) Epistemologia: A Cientficdade em Questo. ‘Girone, Cains do Bul ¥ 6,1 ©, ps7 ja he, DS 7 ‘U0 CESAR. PERERA 2) Desmascarar, a partir destas caracteristicas, os discursos metafisicos como ‘carentes de qualquer significado ou relevancia cognitiva ‘A.este respeito, Moritz Schlick ¢ particularmente contundente: “0 significado de uma proposigdo constitu: 0 métado de sua verificagdo. (..) [Nao existe nenhuma posibilidade de entender um sentido sem referirmo-nos &m fltima andlise a defingdes indicaivas, 0 que implica um sentido Sbvio,refe- rinciad ‘experiincia’ ow d‘possiblidade de verfeagdo'(.)¢ a nossa lee no ‘envolve hipdtese alguma, uma vez que no pretonde ser outa coisa sendo uma simples afirmasio do modo como na realidade se apura o sentido das propost- %es, tanto na vida cotdiana como na citnia."® A afirmagdo estatui ndo apenas uma condenacao ao discurso metafisico, mas ccondena todas as formulagSes linghisticas no-redutiveis aos “dtomos de experi- éncia” ao limbo do néo-inteligivel.E claro que, dito desta forma, parece apontar para unt imbeliomo- frente 20 imediatamente dado, mas Schlick nos alerta que a ‘erificagto deve ser compreendida como “possibilidade logica”. “0 enunciado ‘no lado opasto da lua exstem montanhas de 3 mil metros de al- ‘ura’ sem divida tem sentido, mesmo que nos faltem os meios ténicos de verifi- capdo. (..) A verificacdo é logicamente possivel, independentemente do fato de ‘er 04 ndo exequivel na pritica. O que conta ¢ apenas a possiblidade lgica da AA pergunta que merece ser feita é: Quando sabemos que um enunciado é | ‘camente verificvel?® Responde Schlick, quando houver alguma diferenga no we fato de ser ele verdadeiro ou falso. Um enunciado do tipo: “a idéia de vermelho ‘na minha mente ¢ diferente da idéia de vermetho na sua”, careceria de sentido, ‘Jf que concordamos no emprego da palavra, quando designamos os mesmos ‘objetos em uma mesma situacto, 2. O PROBLEMA DA DEMARCACAO Popper se forma intelectualmente no ambiente do Circulo de Viena,° ¢ Bet ‘bem cedo as dificuldades que o crtério postivsta de significado apresenta. 3 SCHLICK, M.Sentido« Verifcopto,p 85-86. { Poutivismo e Realism, p. 4S. Este texto € de 1932, ds refertncin& Lua 4 Oliva, Op. ct, dncte a dificulads postvisas, bem lem do que os interesante aba. ‘Vitor Kraft chega mesmo a afm: (.) a génese da obra de Popper nd pode ser compreendlida 144m referéncia a0 Cirelo de Viena” Popper and The Vina Circle IN: Sow, PA (el) The Philosophy of Karl Popper... 18S. Alguns aloes chegam até aproximslo do Circo de Viens, 7 ‘Chrenor, Casa Sl, 2 0, jan dee 1993 FaiseAsuamune & Dewancacio ‘Atentemos para esta passagem de Einstei “A suprema tarefa do fisico consist, entdo, em procurar as leis elementares mais gerais, a partir das quais, por pura deduedo, se adquire a imagem do ‘mundo, Nenhum caminho ligico leva a tais leis elementares. Seria antes ma _intwigdo a se desenvotver paralelamente& experiencia.” Como podemos notar, Einstein julga ser objetivo do fisico a busca das leis ‘gerais. O grande problema é que tais leis nao poderiam ser redutiveis aos dados de experiéncia, isto é, nao poderiam ser significativas no sentido do Circulo de ‘Viena. © que terminaria por nos fazer concluir que, a serem mantidas as con- Cepgdes positivistas de significado a propria ciéncia, no que tem de mais nobre, sucumbiria no mar do absurdo semiéntico, Vejamos como isto se dé, De acordo com a visio positvista, 0 que se chama de “Ciéncia empirica” seria caracterizado pelo emprego do método indutivo, sendo, portanto, a légica da pesquisa cientifica idéntica légica indutiva. Usualmente chama-se de “inferéncia indutiva™* o procedimento de passar de enunciados singulares ou Particulares, frutos da observagao, para enunciados universais ou teorias. De um Ponto de vista Iigico, parece claro que tal passagem ¢ insustentdvel, j4 que qualquer que seja 0 niimero de instdncias observaveis nunca teremos legitimada a afirmagéo universal. Justficar esta passagem é 0 que Popper costuma chamar de “problema da induce” “O problema da indo pode ser formula como a pergunta sobre 4 validade ou verdade dos enunciados universais que esto baseados na exper ‘réncia, bem como as hipiteses e sistemas tebricos das ciéncias empiricas (O grande problema ¢ que se nds quisermos justifcar as inferéncias indutivas deveriamos dispor de um principio de indugdo, isto é, um enunciado que nos ermitisse colocar as inferéncias indutivas em uma forma légica legitima. Se ste principio fosse um enunciado analitico, nfo teriamos um problema da indu- ‘40, mas também ndo teriamos indugdo ¢ sim dedugdo, Deve, pois, ser um ‘enunciado sintético, um enunciado cuja negaglo no se constitua em uma con- Popper Legend cone: Replies 10 my Chie, IN [SCHULP, P.A (ed) The Philonophy of Karl Popper v2, pincipalments p 961-988. 1 Come veo 0 Mundo p. 140. { Porrex, K. The Logic ofSctentfc Discovery, p27. Deesvante LSD. * LSD, p28 Chrono, Caxias oil ¥ 26 a1 62,720, ali. 93> ———— JoUOCHBAKK, Pann tradigto, sendo, portanto, logicamente possivel. O problema é que ai teriamos if <= Paa Pope ifs da indo foram cram oma por Hume'® © nos conduzem a um cireulo vicioso ou a uma regressto até o infi A engenhosa tentativa kantiana dos juizes sintéticos a priori, nao € aceitével, pelo menos para 0s Positivistas Légicos,"' 0 que significaria para Popper que: “Na minha maneira de ver as virias dificuldades da lgica indutiva apresenta- das aqui sdo insuperdveis”," no send.p resolvidos mesmo quando apelamos para opgbes de probabilidade ldgica, jé que esta implicara na invocaglo de um principio de inducio mitigado que apresentaria 0s mesmos embaragos."” LSeD busca opor-se A idéia de uma légica indutiva ¢ desenvolver 0 mé/odo dedutivo de teste, como ‘mica forma pela qual as teorias © hipdteses sto testadas na cigncia, Antes disso, no entanto, convém distinguir entre psicologia do co- nhecimento ¢ légica do conhecimento, j6 que a crenga na induglo est, muitas ‘vezes, embasada na confusio entre problemas psicologicos ¢ problemas episte- mol6gicos. Afirmar que o trabalho do cientista consiste em por a prova detet- ‘minados enunciados, no implica julgar que seja tarefa da epistemologia buscar ‘como estas idéias chegam até ele, As questdes da Epistemologia se referem & validade, justificagdo, ao teste, etc., 0 que significa que devemos distinguir cla- ramente entre 0 processo de conceber uma idéia, para a qual nfo existe “recta”, do exame légico desta idéia, Os argumentos de Popper na LSeD inde ‘pendem completamente da génese das idéias."* ‘Mas, se no podemos nos valer da verificabilidade, na medida em que a fundamentago da indugdo é invidvel, como distinguir entre o discurso cientifi- ‘60 € 0 nfo-cientifico? Cabe enfatizar que esta distingdo ¢ 0 problema-chave da teoria do conhecimento: HUME, David. vestigardo sobre o EntondimentoHumano, picipalmete sees 45. Conte, Ayer, Op Ct, prncipalmenteo capil 4. 8 seb, p29. 1 Popper ducati vida toda exe problems com Carp; confit Conjectures and Refuations docavant CR, cap. 10, Para uma aniline da evolu dete problema confer LAKATOS, L: Cambios fn el Problema de la Logica Inductva, IN: Matomdticas, Ciencia Epistemologia. © eilor Interesado neta queso, mma ica conrapoaa a de Popper, deve ter em mente que existe, pelo ‘menos, ts maneias de propor uma jaaicativa pare ineréncias induvas, Richard Swinbure as ‘denomina:analitias, indutvase pragmticas No volume inttulad: The Justification of Induction, ‘nconirarsexemplo desta tris formas. Alualmenta, Newion da Cost, um dos maces tgicos do ‘unde, prop um interesante letra da Lagi Intiva que represents ua bela critica i tess de Bopper O stor iteesao no ema deve ler: Logic indutva e Probabidade '°TSeD, p32. Oletoriteresado nas opines de Popper sobre as “erigens do conhecimento pode ler: (OR, prncpalmente a Introdhcton, wo oe NP hs en prs Fa.seamnanioe » Deseancacio “O Problema Fundamental Ext problema 0 da demarcagdo (0 problema Aantiano dos limites do conhecimenio cient). © pode ser deinde como it Problema de encontrar um critério que nos permita distinguir entre assergdes (enunciados, sistemas de enunciados) que pertengam as ciéncias empirieas, € ay ‘asserees que pode ser descritas como ‘metafisicas”.* © leitor poderia perguntar, ¢ claro, porque julgar esta questto to relevante assim. Vejamos a resposta de Popper. No Preficio da 1" edigao inglesa de LScD (1959), ao estabelecer suas dife- rengas com 0s modernos analistas da linguagem, Popper tenta apresenar sua atitude em face a Filosofia atual. Na interpretagéo de Popper, a escola analitica advoga que ndo existe nenhum genuino problema filos6fico, todos seriam pro- bblemas de linguagem. Popper, por sua vez, julga que ha, pelo menos, um. problema filos6fico no qual todos os homens esto interessados “Eo problema da cosmologia: 0 problema de compreender o mundo tnd mesmos.¢ 0 nosso conhecimento como parte do mundo, Toda a ciéncla # cosmologia, ¢ ex acredito que o interesse principal da Filosofia, ndo menas do que 0 da citncia, reside na contribwigdo que possa trazer para este proble- 4 Nao discorda Popper que, para lograrmos este intento, 0 linguagem seja importante, mastai a reduzir tudo a jogos de linguagem 6 siado, Os analistas da linguagem pensam estar praticando 0 método peculiar da Filosofia, mas Popper julgn que estio errados, pois “There is no method pecull= car to philosophy”."” Em segundo lugar, se 0 problema central da Filosofia & 0 ‘rescimento do conhecimento, este pode ser buscado de mancira mais nitida, estudando © progresso do conhecimento cientifico, coisa que niio pode ser feita {0 somente a partir de uma andlise da linguagem, ‘A mais grave objegio quanto idéia de que a anise seria 0 método por cexceléncia da Filosofia seria a seguinte: a Epistemologia pode ser abordada sob dois aspectos: 0 aspecto do conhecimento do senso comum e do conhecimiento cientifico, Muitos fildsofos pensam, de forma correta, que o conhecimento ci- entifico nada mais é do que um prolongamento do senso comum, e como este onhecimento, e aqui estaria 0 seu erro, & mais facilmente analisével, a Episte~ mologia deveria comegar discutindo a linguagem ordindria em que este conhe- cimento ¢ veiculado, passando a estudar sentencas do tipo “eu vi", “eu percebo”, Leb, Apdndie 1p. 31. “Use pS. "Ys 1s Panu, discorda que o conhecimento cientifico seja um ‘comum, problemas perder-se-A0. Tete context eae lembrat que todos os grandes lssofos que tataram da teoria do conheclmento, no presente ¢ passado, o fizeram na esperanca de poder ccontribuir para a eyolugtlo do conhecimento; ¢ a atitude destes filésofos nunca {oi de desespero ou humildade resignada frente & ciéncia, ao contrério: % i rane fea rot ip lin lr neg sara non nse Soma Brats ean pe ier adn scr eps i ie nr de forgas, as idéias metaflsicas tem mostrado o caminho”. (Os grandes fil6sofos do passado sempre souberam que o problema nao se restringe a uma questio de linguagem, ¢ que descobrir algo sobre o conhecimen- ‘to humano pode ser feito, de forma mais precisa, quando analisamos relatos de ‘experiéncias protocolados em relatérios cientificas, do que quando discutimos o sentido de expressées do tipo “eu sei”. Todos os problemas da teoria do conhe- ‘cimento esto conectados na questo da evolugao do conhecimento’” ¢, para solucioné-los, a unica via objetiva é a discussto do conhecimento cientifico, sendo de fundamental importancia caracteriz4-lo de forma adequada; dai a importincia da Demarcagao. 3. APROPOSTA DA FALSEABILIDADE ‘A proposta ¢ sobejamente conhecida: Popper busca demonstrar que o conheci- ‘mento cientifico no é um conhecimento “provado” de forma definitiva, mas 20 contririo “(..) deve ser possivel refutar pela experiencia wm sistema cientifico ‘empirico”.® Tal proposta deve ser entendida, precisando algumas delimitagses: 1) E proposta filoséfica ¢ no cientifica, no sendo ela propria passivel de ser falscada. LecD.p “Eso ParantBefin Gus, em exe aia, Demarcordo¢ Deiilade em Popper. ovina inp “() preloma do denorco poss rane parted 0 00 Por {er aceaso ao problema eplstemoligico "problema do crescimanto do conhecimento", 37. 1N: Mamet, vole IX 2, tbr de 1986. 18D, p41 7 “Chron. Cains So Su ¥. 26,0: 102, p70, ide. 1993 ‘comum, porém, se 0 analisarmos, a partir do sande, b. > ita ante a~ £ ncaa Paiseasainane & Denancaio 2) Em sendo uma proposta filoséfica, ¢ verdadeira ou falsa, no. em sua Teferéncia ao mundo, mas sim no que se refere a sua capacidade de resolugio do problema formulado.”* 23) Nao se pretende uma descrigdo sobre 0 procedimento efetivo do cients ‘a, mas sim uma proposta para que se consiga um acordo ou que se estabelega ‘convencaio. 4) A falscabilidade dos sistemas cientificos ¢ uma propriedade logica € 2 ftica ou mesmo empirica: “Ew ndo exijo que cada enunciado cientifico tena sido de fato submetido a testes para ser aceito. Eu apenas exijo que cada ‘enunciado possa ser capaz de ser testado (..)”.* ‘Como afirmamos acima, LScD ndo pretende apresentar uma deseriglio do rocedimento efetivo do cientista, em que pese a obra estar repleta de regras: rocedimento, “As regras metodolégicas sao vistas como convengao, ser descritas como as regras do jogo da ciéncia empirica”.* Quanto ‘cipantes do jogo da ciéncia, somente serdo admitidos aqueles dotados de: critico. Quem decidir que certos enunciados esto conclusivamente esté “fora” do jogo, pois a objetividade dos enunciados cientificos implica Permanente teste intersubjetivo,”* 0 que nos conduz & conclustio de que, deste enfoque, “regra suprema” da ciéncia seria a seguinte: todos o$ ‘mentos metodoldgicos devem ser conduzidos de tal forma a facultar ‘mento das hipdteses.” 4 > 3 CER cap 8 "Exe tipo de posi & asumir 0 que Popper caracterizaria por bueardescreveroprocedmeno five ‘qe: "(.) ex declinaria a partipar de qualquer disput sobre como os fico de Tato’ provedem, 8:0 sempre sera, om grande parte, uma questo de merpretogdo LSD, p 282 "Assim ex eee a concepedo nturaite, Ela nao d erice. Seu dejensore:ndo pereebem gue ‘qkando acreditom ter descoberto um fate. eles apenas eso propondo uma convene do. Conzegtentemente, aconvengdo pode se tornar um dogna. LSD, p. $3. ‘bn maw fro, Epenacpe ¢ Loraine woowo tence pepe plo do ‘genvencionalismo de Popper. a Sse. p48 % [Scb.p 33, ™ Lseb,p & O leo poderia obetar, nest pote, qu o postulado cisco da neutralidad cienitcnentri tendo Jesado pela inrodugto desta promis de valor. Cabem agi lgumas consderagix Como bem demonsirou Hans Alber: "0 postlado da auséncia de valoragdo (.) Seo formalészemos como principio normative €, ‘20 mesmo tempo, the concedestemor vsiidade‘linttada, ento ele teria de car 108 0 seh proprio veredioe dal chegar ana axtocontradid. Tratado da Racio Critica p. 83 Para Albert, « Epistemologia de Popper se enguadra nesta iia, « neutralidade citi deve ser ‘ompreendida na rela entre os enuncindos deseritvos da cfaca eo seu objeto, pordm, a necesidade 1 proce desta forma é melanin, ov tain como preferimes denominar ‘Chrones, Cains do Sa 26,0 2p. 720, jan Ber. 1D CEC, ttn go Cire ee sO CeshR PERERA A pergunta q fazer a Popper seria a seguinte: Por que, sob 0 onto de vista ‘devemos aceitar este conjunto de regras propos- 10? “80 existe uma maneira, até onde me é dado ver, de defender racionalmente as ‘minhas propasias. Consiste em analisar-thes as consequéncias logicas: exibir- Ines a frilidade,o poder que as propasias adguirem, quando se trata de eluci- dar questdes da teoria do conhecimento”’?* Vejamos, porta ve slueéo propeta por Poppet para 0 pobera da De 10 “vestibular” deste eritéri. “Afar 4 ebjevidade dos enncados cetics implica reconbecer todos como passiveis de teste inlersubjetivo, o que acarreta que ndo pode existr ‘enunciados iltimos na ciéncia,” ja que sua aceitagao serd resultado de um con- ‘senso momentinco sobre a oportunidade de encerrar 0s tests. ( falscamento do sistema, isto é, 0 procedimento efetivo de teste, distinto, portanio, da falseabilidade,” critério de demarcago, passa pela consiatago de. ‘uma assimetria entre verficabilidade e falseabilidade. Se as leis cientificas se prope como enunciados universais,” no podem, por um nimero finito de servants, ser jusifiadas, Por outro lado, na medida em que exci cetos refulagio, mas, como jé vimos acima, a.” O falseamento nio apresenta pro- Fisprm > iA es ompricn de cia obptra ade em de ‘ero’ Aci no decane ore para (pom care esc ores ip orc ia a pee LSD pC Arrigo to ene como ores pa mga vee fre dosnt Spee en srsiyms a) Lassie Ingeber | Osea ere sen some Eentemacintobraieryp 119 Six ae ac i em, oy secs erase ee tas ple ban el nfo cnn sgn Mas tse Teja pani cr sobre cr tas Olea co ort oe a a? pode sor rein ores de enumensta Troe etme de nee ue some [don rtp ecards cmp" LSD) p TGs op caer co Theme Rl re ge “1 fecnmente acne amen ne mara Una gun compo as ean manag © dco chic somente repartee om mers’ ie quando ar bases dete campo edo em jogo" KUN T. Lege and POholoRy of con Sertare PA. ted) The Pepe Kar Pope 2p 602 au pliner ere Sep Ge Epenlo era Nee xo aren tmnt Ka sme ue tach eisai ee equal cmb» o0 Se Te irr ain a i 26m 162, p90, ja 1993 Parseapuipaoe 8 Dewancacho blemas de fundamentagdo, pois sua forma logica & a do Modus Tollendlo Tox Hens; porém, implica na existéncia de enunciados singulares que sirvam de ‘premissa no falscamento das hip6teses submetidas a teste. Estes enunciados sto

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