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MAMOGRAFIA

PROFESSORA: WALDELANIA FERREIRA


ÍNDICE

HISTÓRICO DA MAMOGRAFIA.............................................PÁG.02
MAMOGRAFIA – DEFINIÇÃO E FINALIDADE...................PÁG.04
INDICAÇÕES DA MAMOGRAFIA...........................................PÁG.04
ANATOMIA DAS MAMAS..........................................................PÁG.05
TECIDO MAMÁRIO....................................................................PÁG.06
CLASSIFICAÇÃO DAS MAMAS EM QUADRANTES............PÁG.07
ASPECTO RADIOLÓGICO DO TECIDO MAMÁRIO.............PÁG.08
CÂNCER DE MAMA...................................................................PÁG.09
INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO.......................PÁG.10
A ANSIEDADE DA PACIENTE.................................................PÁG.11
A PACIENTE DE MAMOGRAFIA............................................PÁG.12
O PAPEL DA TÉCNICA EM MAMOGRAFIA..........................PÁG.13
ASPECTOS PRÁTICOS DA COMPRESSÃO.............................PÁG.13
POSICIONAMENTO X COMPRESSÃO....................................PÁG.14
CÉLULA FOTOELÉTRICA........................................................PÁG.16
CLASSIFICAÇÃO DAS INCIDÊNCIAS/INDICAÇÕES...........PÁG.17
INCIDÊNCIAS BÁSICAS............................................................PÁG.19
REFERÊNCIAS PARA INCIDÊNCIA CC.................................PÁG.19
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO P/ INCIDÊNCIA CC................PÁG.20
ERROS COMUNS – CC...............................................................PÁG.21
INCIDÊNCIA MLO......................................................................PÁG.21
REFERÊNCIAS P/ INCIDÊNCIA MLO....................................PÁG.23
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO P/ INCIDÊNCIA OML............PÁG.24
ERROS COMUNS – MLO...........................................................PÁG.25
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES......................................PÁG.27
MANOBRAS.................................................................................PÁG.29
BIBLIOGRAFIAS........................................................................PÁG.31

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HISTÓRICO DA MAMOGRAFIA

A tecnologia da Mamografia desenvolveu-se muito


quando os cientistas descobriram o que era basicamente um tripé
apoiando uma câmera especial de Raios-X. Assim foi criada a primeira
máquina projetada especificamente para produzir mamografias. A
primeira máquina foi desenvolvida em 1966. Até então, as imagens
mamográficas eram produzidas por máquinas convencionais de raios-x .
OS PRIMEIROS EQUIPAMENTOS MOTORIZADOS
PARA COMPRESSÃO FORAM CRIADOS NO INÍCIO DA DÉCADA
DE 80.

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Hoje, quarenta anos depois, as indústrias de equipamentos médicos
tornam realidade o conceito de transmissão de mamografias digitais, por
via satélite, para médicos em localidades distantes do mundo todo.

1967 - Através de um projeto e da implementação de molibdênio


produziu imagens de melhor qualidade que as mamografia improvisadas,
obtidas por equipamentos de radiografias convencionado na época. O
primeiro modelo comercial de “Senographe” (pintura do seio em
francês), como foi denominado.
1992 - Hoje as mulheres podem esperar o resultado obtido com
tecnologia de ponta, apartir de máquinas que utilizam ródio, um
elemento metálico usado no tubo de raios-x, que permite melhor
penetração no tecido mamário, com menos exposição da paciente a
radiação.
1996 - Aumenta o nível de adesão à triagem, levando mais mulheres
aos serviços de mamografia.
1998 - É lançado com um cassete digital único, que permite a troca de
imagem de cassete em filme/écran para ponto digital em uma máquina.
Em um monitor de computador pode-se revisar a imagem em termos de
pontos digitais, visão aumentada, localização de agulha, e aquisição de
imagem estereostática bidimensional para orientação na intervenção.
2000 - É lançado o primeiro sistema de mamografia digital de campo
total. Assim muda definitivamente o cuidado com a mama
proporcionando eficiência digital, confiabilidade e assistência a paciente.

Aparelho acoplado com


Esteriotáxia

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MAMOGRAFIA – DEFINIÇÃO E FINALIDADE

 A mamografia, mastografia ou senografia é a radiografia simples


das mamas, um exame de alta sensibilidade considerado um
método fundamental para o rastreamento do câncer de mama.

 Contudo, a mamografia revela-se mais eficiente nas mulheres


acima de 45 anos, já que nas mais jovens, por apresentarem uma
alta densidade de tecido mamário, o exame não tem os mesmos
resultados.

 Nos dias de hoje, a utilização de mamógrafos de alta resolução,


dotados de foco fino para ampliação, de combinação adequada
filme-écran, e de processamento específico tem proporcionado a
detecção de um número cada vez maior de lesões mamárias,
principalmente lesões pequenas, quando ainda não são palpáveis.

 A mamografia deve ter alta qualidade e para tanto são necessários:


equipamento adequado, técnica radiológica correta
(posicionamento, técnica) e, principalmente conhecimento, prática
e dedicação dos profissionais envolvidos.

INDICAÇÕES DA MAMOGRAFIA

Mamografia de Rotina
Mamografia de rotina é aquela realizada em mulheres sem sinais ou
sintomas de câncer de mama, sendo capaz de detectar lesões pequenas,
não palpáveis (geralmente com melhores possibilidades de tratamento e
melhor prognóstico).

As situações em que a mamografia é solicitada com esta finalidade são


as seguintes:

a) Rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomática


Recentes diretrizes recomendam a mamografia de rastreamento (ou de
rotina), nas mulheres assintomáticas a partir de 40 anos, associada com
auto-exame mensal e exame clínico anual, embora os benefícios destes
últimos não estejam cientificamente comprovados. Antes de 40 anos, a
mamografia de rastreamento deve ser realizada em mulheres com alto
risco para câncer de mama (parente de primeiro grau na pré-menopausa,
história pregressa de hiperplasia atípica ou neoplasia lobular in situ).

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b) Pré-terapia de reposição hormonal (TRH)
A paciente candidata à terapia de reposição hormonal (TRH) deve
realizar a mamografia antes do tratamento com a finalidade de
estabelecer o padrão mamário e detectar lesões não palpáveis. Qualquer
alteração deve ser esclarecida antes de iniciar TRH. Após o início da
TRH a mamografia é realizada anualmente (não há necessidade de
realizar mamografia semestral).

c) Pré-operatório para cirurgia plástica


Com a finalidade de rastrear qualquer alteração das mamas,
principalmente em pacientes a partir da 5ª década ou um pacientes que
ainda não tenham realizado o exame.

d) Seguimento
Após mastectomia (estudo da mama contralateral) e após cirurgia
conservadora. Nestes casos, a mamografia de seguimento deve ser
realizada anualmente, independente da faixa etária, sendo de extrema
importância o estudo comparativo entre os exames.

ANATOMIA DAS MAMAS

As glândulas mamárias, que têm como principal função


a secreção do leite, estão situadas na parede anterior do tórax e se
compõem de:
 Ácino - Menor parte da glândula e responsável pela produção do
leite durante a lactação;

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 Lóbulo mamário - conjunto de ácinos;

 Lobo mamário - Conjunto de lóbulos mamários que se liga à


papila através de um ducto;

 Ductos mamários - Em número de 15 a 20 canais, conduzem a


secreção (leite) até a papila

 Tecido glandular - Conjunto de lobos e ductos;

 Papila - Protuberância elástica onde desembocam os ductos


mamários;

 Aréola - Estrutura central da mama onde se projeta a papila;

 Tecido adiposo - Todo o restante da mama é preenchido por tecido


adiposos ou gordurosos, cuja quantidade varia com as
características físicas, estadas nutricional e idade da mulher.

TECIDO MAMÁRIO

As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior


quantidade de tecido glandular, o que torna esses órgãos mais densos e
firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vai-se
atrofiando e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso,
até se constituir, quase que exclusivamente, de gordura e resquícios de
tecido glandular na fase pós-menopausa.
Essas mudanças de características promovem uma nítida
diferença entre as densidades radiológicas das mamas da mulher jovem e
da mulher na pós-menopausa.

ANOTAÇÕES:

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CLASSIFICAÇÃO DAS MAMAS EM
QUADRANTES

Há 2 métodos utilizados para registrar os achados na mama: a divisão


dos quadrantes e o método do relógio, esse último muito utilizado na
ultra-sonografia mamária, portanto estudaremos o método dos
quadrantes utilizado para registrar achados na radiografia da mama.

1. QUADRANTE SUPERIOR EXTERNO;


2. QUADRANTE SUPERIOR INTERNO;
3. QUADRANTE INFERIOR EXTERNO;
4. QUADRANTE INFERIOR INTERNO;
5. ÁREA CENTRAL/AREOLAR
6. CAUDA AXILAR (Cauda de Spencer).

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ASPECTO RADIOLÓGICO DO TECIDO MAMÁRIO

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM I

1- Porque a mamografia não é indicada para mulheres antes dos 35 anos?

2- Antes dos 35 anos qual o exame indicado para estudar o parênquima


mamário? Por quê?

3- Diferencie mama densa de mama liposubstituída.

4- Na evolução do mamógrafo quais as mudanças que levaram a


obtenção de uma mamografia de qualidade?

5- Qual a importância da mamografia em mulheres a partir dos 40 anos?

6- Descreva sucintamente o desenvolvimento da mama desde a mulher


jovem até a fase pós- menopausa.

7- Esquematize um desenho das mamas de frente, divida em quadrantes


e dê nome a cada quadrante.

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CÂNCER DE MAMA

As células dos diversos órgãos do nosso corpo estão


constantemente se reproduzindo, isto é, uma célula adulta divide-se em
duas, e por este processo, chamado mitose, vai havendo o crescimento e
a renovação das células durante os anos.
A mitose é realizada de modo controlado dentro das
necessidades do organismo. Porém, em determinadas ocasiões e por
razões ainda desconhecidas, certas células reproduzem-se com uma
velocidade maior, desencadeando o aparecimento de massas celulares
denominadas neoplasias ou, mais comumente, tumores.
Nas neoplasias malignas o crescimento é mais rápido,
desordenado e infiltrativo, as células não guardam semelhança com as
que lhes deram origem e têm capacidade de se desenvolver em outras
partes do corpo, fenômeno este denominado metástase, que é a
característica principal dos tumores malignos.
O câncer de mama geralmente se apresenta como um
nódulo na mama. As primeiras metástases comumente aparecem nos
gânglios linfáticos das axilas.
Os ossos, fígado, pulmão e cérebro são outros órgãos
que podem apresentar metástases de câncer de mama.
Calcula-se seis a oito anos o período necessário para que
um nódulo atinja um centímetro de diâmetro. Esta lenta evolução
possibilita a descoberta ainda cedo destas lesões, se as mamas são
periodicamente, examinadas.

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INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO

A técnica recepciona a mulher, apresenta-se e estabelece contato visual.


O uso de um crachá pode contribuir para uma relação mais pessoal e
antes de executar o exame, a técnica deve fazer diversas perguntas:

 Ocorreram problemas nas mamas no passado ou há algum


problema atual nas mamas?

 Por quanto tempo eles existiram?

 No caso de um tumor conhecido, quando foi palpado e onde está


localizado?

 Se já foi realizada uma mamografia anteriormente e como foi a


experiência da mulher.

 Há uma história de biópsia prévia?

A técnica em Mamografia deve realizar inspeção das mamas antes


do posicionamento e observar:

 Se há alguma característica anatômica específica que precisa ser


levada em consideração (por exemplo, cifose torácica ou
escoliose).

 a paciente usa um marca-passo (em caso positivo, deve ser


explicado que a radiação não afeta o seu funcionamento nem
descarrega as baterias).

 Se há quaisquer alterações na mama: cicatrizes, lesões cutâneas


como nervos ou verrugas, eczemas mamilares, secreção ou
retração mamilar (especialmente se for de início recente), retração
cutânea local ou quaisquer outras informações relevantes para o
radiologista e registrar isso na planilha adequada (ficha individual
da paciente).

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM Il

1- Toda paciente antes de realizar um exame de mamografia deve


responder um questionário que deverá ser fixado à sua ficha individual
para que o médico radiologista possa saber o seu histórico, facilitando
assim o diagnóstico. Elabore um questionário com 10 perguntas que a
paciente deve responder antes de realizar uma mamografia bilateral.

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A ANSIEDADE DA PACIENTE

É inevitável a associação feita entre a mamografia e o câncer de mama.


Quando é solicitado a uma paciente para realizar uma mamografia, esta
associação é quase que automática, neste caso, devemos lembrar que o
fato de se diagnosticar um câncer de mama leva a uma cirurgia que,
dependendo do estágio da doença, significa uma mutilação para essa
mulher.

A ansiedade da mulher pode variar desde uma leve apreensão a um


estado francamente patológico. Em alguns momentos, a ansiedade da
paciente pode se revelar em atitudes distintas, tais como:

 Demonstração de hipersensibilidade das mamas, na tentativa de


impedir a realização do exame e, assim, "fugir" do resultado;

 Agressividade em relação ao serviço ou ao profissional que está


realizando o seu exame;

 Paciente não colaborativa, mostrando-se resistente à realização


dos procedimentos normais do exame, manifestando recusa para
responder o questionário prévio, aceitar a compressão ou os
posicionamentos, aceitar as incidências complementares e/ ou os
prazos normais, estipulados pelo serviço, para a entrega do
resultado.

Dependendo do tipo de procedimento que a paciente vai realizar, o grau


de ansiedade pode se apresentar em diferentes níveis. A mamografia em
paciente assintomática costuma causar um menor grau de ansiedade, mas
qualquer procedimento adicional, como a repetição de uma radiografia
ou a realização de uma incidência adicional, pode elevá-lo. Dessa forma,
os exames que saem da rotina, tais como a realização de exame em
pacientes com nódulos palpáveis ou procedimentos invasivos (biópsia ou
agulhamento pré-cirúrgico), também costumam elevar o grau de
ansiedade.

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A PACIENTE DE MAMOGRAFIA

Ao se realizar um exame de mamografia, além dos fatores técnicos,


devem-se levar em consideração os sentimentos da paciente. Uma
mulher que se submete a este tipo de exame, diferentemente de qualquer
outro tipo de exame, está sujeita a um stress devido à simbologia que a
mama representa para a sensualidade feminina. Por causa da tensão, a
paciente pode apresentar a musculatura contraída, dificultando o
posicionamento, e contribuindo para que a compressão seja dolorosa,
tornando o exame muito mais incômodo do que o normal.
As mulheres que recorrem ao exame de mamografia podem ser divididas
em dois grupos:

a) Sintomática, com sintomas nas mamas (dor, nódulo palpável, etc.);

b) Assintomáticas, que faz o exame para detecção precoce de câncer de


mama.

Independentemente do motivo pelo qual a paciente está realizando o


exame de mamografia, ela está envolvida pelos seguintes sentimentos:

 Vergonha de ter sua privacidade invadida, na medida em que ela é


"obrigada" a expor uma parte de seu corpo tão íntima e tão
importante para a sua sensualidade;

 Ansiedade pelo resultado do exame, pois o diagnóstico de um


câncer de mama pode significar para ela, a mutilação desse órgão;

 Medo da forma como o exame é realizado, pois muitas mulheres


que já tiveram experiências desagradáveis anteriormente espalham
boatos sobre o desconforto desse exame.

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O PAPEL DA TÉCNICA EM MAMOGRAFIA

Em virtude da importância da mamografia no diagnóstico


precoce do câncer de mama, o papel da técnica em radiologia
que realiza este tipo de exame se torna primordial.
Cabe a técnica ter a sensibilidade de, em cada
paciente, saber identificar o grau de ansiedade
em que ela se encontra e trabalhar com o seu
emocional para poder atingir uma maior
colaboração desta paciente. Algumas atitudes
tornam-se úteis. Atender cada paciente como única,
respeitando sua individualidade, é uma delas. Para
isso, algumas dicas são muito importantes:

 Recebê-la sempre com um sorriso amável;


 Tratá-la de forma cordial e atenciosa, chamando-a pelo nome;
 Demonstrar que a sua privacidade está sendo respeitada mantendo
a porta da sala trancada e evitando que aconteça qualquer tipo de
interrupção durante o exame;
 Explicar o motivo dos procedimentos durante o exame, por
exemplo, o motivo da compressão da mama;
 Durante o exame, a técnica deve demonstrar competência,
precisão e segurança na condução do exame;
 Demonstrar à paciente que compreende os seus medos, tentando
conquistar a sua confiança e, dessa forma, criar um momento de
cumplicidade, buscando a sua cooperação.

ASPECTOS PRÁTICOS DA COMPRESSÃO

 A compressão inadequada da mama pode interferir drasticamente


na qualidade do exame.
 A compressão tem a finalidade de fixar a mama e mantê-la em
uma posição desejada diminuindo-se assim o risco de radiografias
tremidas.
 Com a compressão obtém-se uma redução na espessura da mama.
 Nesses casos minimiza-se a dose de exposição, reduz-se o
borramento indesejável, permitindo que toda a mama passe a ter a
mesma espessura.
 Outra vantagem da compressão é a possibilidade de que as
estruturas fiquem "esparramadas", facilitando a análise do exame e
diminuindo o risco de falsas imagens criadas por superposição de
estruturas.

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 A compressão não pode, em hipótese alguma, tomar-se uma
agressão à paciente, pois se traumatizada, ela poderá nunca mais
voltar a fazer uma mamografia.
 Existe um limite muito tênue entre a compressão ideal e a tolerada
pela paciente, cabendo à técnica considerar o estado emocional em
que a mulher se encontra descobrindo esse limite individual para
fazer uma boa compressão sem traumatizá-la.

Figura A – Compressão efetiva, onde Figura B – Compressão seletiva


a mama se apresenta com uma feita com um compressor de área
espessura uniforme. pequena.

POSICIONAMENTO X COMPRESSÃO

A técnica deve compreender a necessidade da


compressão na mamografia. Uma mamografia de boa qualidade somente
pode ser obtida com uma mama adequadamente comprimida.
A compressão afina substancialmente a mama,
distribuindo a espessura mais igualmente sobre toda a sua superfície. A
compressão é usada pelos seguintes razões:

 Menor radiação dispersa melhorando assim, o contraste das


imagens;
 Menor radiação no tecido mamário;
 Menos borramento devido à melhora da geometria e da
imobilização;
 Separação de diversas estruturas e menor sobreposição das
sombras teciduais, fornecendo uma melhor visualização do tecido
mamário;
 Densidade mais homogênea no filme;
 Melhor visualização das distorções (estruturas teciduais normais).

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A importância da compressão adequada deve ser explicada à mulher
antes que a mama seja comprimida. A maioria das mulheres considera a
compressão desagradável, algumas a acham até mesmo dolorosa. A
mulher geralmente tolera melhor quando a técnica menciona que a
compressão somente durará alguns segundos.

A mama deve ser comprimida adequadamente, mas não mais do que


o necessário. Quando o tecido tiver sido espalhado ao máximo, qualquer
tentativa posterior de compressão é inútil, uma vez que a qualidade da
imagem não melhorará, e o risco de dor aumentará rapidamente.

A dose usual de força compressiva a ser aplicada na mama varia entre


11 e 18 Kgf e o grau de compressão tolerado pelas mulheres é variável.
Mulheres com mamas sensíveis na fase pré-menstrual devem ser
submetidas a mamografia uma semana após o início da menstruação.

Durante a compressão, a técnica deve observar a mulher para notar


qualquer reação inicial à dor. A compressão é mais bem tolerada quando
a mulher é solicitada a indicar quando a compressão está desconfortável.

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM IlI

1- Porque a compressão da mama durante a realização da mamografia


bilateral pode interferir drasticamente na qualidade do exame?
2- O que pode ocorrer quando a mama não é bem fixada na mamografia?
3- Escreva seis objetivos da compressão.
4- O que podemos denominar de falsas imagens num exame de
mamografia?
5- O que podemos fazer para evitar superposição de estruturas durante o
exame?
6- Uma dobra no tecido mamário pode ser considerada um artefato?
Responda sim ou não e justifique a sua resposta.
7- O que a técnica pode fazer para que a compressão não se torne uma
agressão à paciente?
8- Escreva um texto com 5 linhas convencendo a paciente que a
compressão não pode ser dispensada e as vantagens que ela proporciona
na realização de um mamografia de qualidade.
9- A compressão pode ser atenuada caso a paciente não suporte 18 kg?
Responda sim ou não e justifique a sua resposta.
10- Explique a diferença de uma compressão localizada seletiva e uma
compressão efetiva e a finalidade de ambas as compressões.

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CÉLULA FOTOELÉTRICA

1. Aparelhos com dispositivos de controle automático de exposição


(Automatic Exposure Control -AEC) possuem uma célula
fotoelétrica, localizada abaixo do buck
2. O AEC deve ser posicionado sobre a área de interesse da mama
permitindo uma exposição ideal.
3. Dependendo do equipamento, podemos posicionar o detector de
exposição em diferentes posições, sempre variando anterior ou
posteriormente na mama e nunca lateralmente.
4. Como a área de "leitura" é muito pequena, dependendo do local
onde estiver posicionado o detector o equipamento poderá
selecionar parâmetros técnicos diferentes (kVp, mAs e filtro).
5. Em mamas com "ilhas" de parênquima, a célula fotoelétrica deve
estar na área de parênquima para que a imagem não fique sub-
exposta.
6. Deve-se ter o cuidado de escolher a posição adequada, evitando-se
áreas de pele para que não ocorra sub-exposição.
7. Quando for preciso escolher entre posicionar o Automatic
Exposure Control - AEC sobre uma área de gordura ou área de
parênquima, deve-se optar pelo parênquima, por ser uma estrutura
mais densa.
8. Ao se realizar uma incidência localizada utilizando-se o
compressor indicado para compressão seletiva a fotocélula deve
ficar sempre na primeira posição, (próximo ao tórax).

LOCAL DAS CÉLULAS


FOTOELÉTRICAS
1ª célula

3ª célula

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OBSERVAÇÕES:

2ª célula
 No caso da figura acima a meia lua é mais indicada se colocada na posição
central, pois se colocada na 1ª meia lua (próxima ao tórax), o detector iria ler área
de gordura, resultando numa radiografia mais clara, (sub-exposta).

 Na posição da 3ª meia lua, apesar de também estar posicionada sobre a mama,


o detector iria ler que a área estar mal comprimida e corresponde a uma
espessura menor do que a encontrada nas posições da 2ª e da 3ª meias luas.

CLASSIFICAÇÃO DAS INCIDÊNCIAS/ INDICAÇÕES

Incidências Básicas Indicação


Crânio Caudal – CC
Exame de Rotina
Médio Lateral Oblíqua
– MLO Exame de Rotina

incidências Indicação
complementares
Crânio Caudal forçada –
XCC Estudo de lesões nos
(Cleópatra) quadrantes externos

Estudo de lesões nos


“Cleavage” – CV
Quadrantes internos

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Manobra angular
Perfil externo ou médio Controle pós MPC
lateral-P,ML Nos casos em que não
Obrigatório incluir for possível realizar
músculo MLO, substituir por
grande peitoral perfil

Estudo de lesões nos


Perfil interno ou látero- quadrantes internos,
medial ou LM, contact manobra angular

Marca-passo, cifose
Caudocrania – RCC acentuada
Mama masculina

Estudo da porção
posterior dos
Retromamária
implantes, está em
desuso

Manobra Indicação
Dissociar estruturas,
pode ser associada com
ampliação em áreas
Compressão localizada
com
microcalcificações.

Visualizar detalhe,
Ampliação microcalcificações

Dissociar e ampliar
Compressão+ampliação estruturas

Dissociar estruturas
Angular
Dissociar estruturas
Rotacional – RL, RM
Provar que a lesão é de
Tangencial – TAN origem cutânea

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INCIDÊNCIAS BÁSICAS

1- CRÂNIO CAUDAL – CC
Posicionamento:
Na posição CC a mama é projetada com o feixe de raios X indo da
cabeça aos pés. Toma-se o cuidado de tracioná-la para não excluir
nenhuma região. Como a mama possui mobilidade em relação à caixa
torácica devemos lançar mão desse recurso para melhor posicionamento
e levar o chassi até o vértice da mama com a parede do abdômen (sulco
inframamário) e daí tracioná-la e sem soltá-la efetuar a compressão.
Alguns parâmetros são importantes para obter qualidade no exame,
tais como:
 Tubo vertical, feixe perpendicular à mama;
 Paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para o lado
oposto a ser examinado e braço ao longo do corpo, com os ombros
relaxados.
 Elevar o sulco inframamário para permitir melhor exposição da
porção superior da mama, próxima ao tórax;
 Centralizar a mama no bucky, mamilo paralelo ao filme;
 Selecionar a posição da fotocélula de acordo com o tamanho da
mama.
 Filme mais próximo dos quadrantes inferiores;
 As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica;
 Para melhorar a exposição dos quadrantes externos pode-se
tracionar a parte lateral da mama, antes de aplicar a compressão.

REFERÊNCIAS PARA A INCIDÊNCIA CRÂNIO-CAUDAL


 Parte lateral e parte medial da mama incluída na radiografia;
 Visibilização do músculo grande peitoral, que pode ocorrem em
30-40% das imagens, notadamente com adequada elevação do
sulco inframamário;
 Visibilização da gordura retromamária.

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A parte medial do tecido mamário deve ser representada
completamente. O tecido adiposo retroglandular deve ser visualizado e,
se possível, também o músculo peitoral.

É desejável visualizar o músculo peitoral na incidência CC, mas isto


pode não ser conseguido em muitos casos, e a ausência de visualização
não é necessariamente um sinal de posicionamento incorreto.

A representação exagerada do tecido medial leva a uma perda de


visualização do tecido lateral e vice-versa.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA CC

 A borda medial da mama é representada.


 Mamilo no centro e de perfil.
 Deve ser representado o máximo possível do aspecto lateral.
 Deve ser representada a parte central do tecido adiposo retroglandular.
 Se possível, é exibida a sombra do músculo peitoral na borda posterior
da mama.
 Músculo grande peitoral até o plano do mamilo ou baixo, com borda
anterior convexa;
 Sulco inframamário incluído na imagem;
 Visibilização da gordura retro-mamária
 Se não for possível colocar o mamilo paralelo ao filme, sem excluir o
tecido posterior, deve-se realizar incidências adicional da região retro-
areolar (em MLO ou CC).

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VISTA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
Nas incidências CC direita e esquerda

ERROS COMUNS - CC

 Altura inadequada do suporte do cassete, assim a compressão pode


ser mais dolorosa, e o mamilo não é visualizado de perfil.
 Suporte do cassete muito alto ou muito baixo.
 A mama é insuficientemente tracionada para frente e a porção
posterior do tecido fibroglandular não é visualizada.
 Os cânceres localizados posteriormente, em frente ao músculo
peitoral maior, podem permanecer indetectáveis quando a mama
não for tracionada insuficientemente.
 Pregas cutâneas na parte lateral, devido ao posicionamento
incorreto e alisamento insuficiente da pele durante a compressão.
 Detector de CAE posicionado incorretamente, por exemplo,
posterior ao tecido fibroglandular, resultando em subexposição do
tecido fibroglandular.

2- MÉDIO-LATERAL OBLÍQUA (MLO)


posicionamento:
A incidência MLO é executada com a mulher em pé, o feixe de raios
X passa do aspecto súpero-medial ao ínfero-lateral da mama com um
ângulo de 45°. Algumas vezes, o ângulo deve ser ajustado para colocar o
suporte do cassete paralelo ao músculo peitoral.
Em mulheres altas e magras, o ângulo, a partir da vertical, pode ser
levemente menor (suporte do cassete em posição mais inclinada); em
mulheres mais baixas, mais corpulentas, o ângulo, a partir da vertical,
pode ser levemente maior (suporte do cassete em uma posição mais
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plana). A mulher fica ereta, girada de 45º a 50º, com a mama a ser
examinada voltada para a unidade. A mão da mulher no lado que estiver
sendo examinado deve estar descansando sobre a barra do cabo do braço
do tubo. É ajustada a altura do suporte do cassete.
O suporte do cassete encontra-se imediatamente anterior à prega axilar
posterior. Após a compressão, o canto superior externo da placa de
compressão deve ser posicionado logo abaixo da clavícula. De pé, no
lado oposto da mulher, a técnica segura o braço da mulher com uma das
mãos e com a outra, toda a mama da mulher (o externo da técnica é
colocado contra o braço pendente da mulher). Tanto a técnica quanto a
mulher se inclinam levemente para a frente, em direção à unidade de
mamografia. O suporte do cassete é posicionado imediatamente anterior
à prega axilar posterior para garantir a inclusão de toda a Cauda Axilar,
que se encontra parcialmente localizada atrás do músculo peitoral. A
porção lateral da mama é colocada no suporte do cassete.
A técnica encontra a clavícula com seus dedos para garantir que o
canto superior externo da placa de compressão esteja posicionado
exatamente sobre a parte medial da clavícula. Os dedos da mão que
segura a mama giram para fora, sob a mama (o polegar permanece em
contato com a mama). A mama é puxada para cima e para frente,
afastando-a da parede torácica. Quando for aplicada compressão, o
tecido mamário é alisado, a borda da placa de compressão deve tocar o
esterno e o canto superior da placa de compressão situar-se-á agora logo
abaixo da clavícula. O feixe central se estende do quadrante medial
superior para o quadrante lateral inferior, isto é, levemente abaixo do
nível do mamilo e alcança o cassete de forma perpendicular.
É desejável mostrar o mamilo em perfil e quaisquer pregas cutâneas,
no ângulo inframamário, devem ser alisadas. Se necessário, a mulher
deve segurar sua mama oposta de forma que fique fora do campo da
radiação.

ALGUNS PARÂMETROS SÃO IMPORTANTES PARA OBTER


QUALIDADE NO EXAME, TAIS COMO:

 O bucky deve estar angulado seguindo o eixo da caixa torácica de


acordo com o biótipo de cada paciente.
 O mamilo deve ser visto em perfil.
 A técnica deve manter a paciente sempre relaxada.
 Não soltar a mama enquanto não estiver totalmente comprimida,
caso contrário ela não ficará bem posicionada.
 As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica;
 De acordo com a necessidade e anatomia da paciente a angulação
pode variar de 45º a 70º, devendo ser o médico radiologista ser
comunicado quando o ângulo ultrapassar 50.
 Selecionar a posição da fotocélula de acordo com o tamanho da
mama.
22
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO
DA INCIDÊNCIA MÉDIO LATERAL OBLÍQUA.

A linha posterior do mamilo se estende posteriormente,


a partir do mamilo, e é perpendicular ao contorno anterior do músculo
peitoral. O tecido adiposo retroglandular deve ser visto posteriormente
ao tecido fibroglandular.

23
O tecido fibroglandular deve ser elevado da parede
torácica e não deve ficar pendendo, fazendo com que as estruturas
lineares do aspecto inferior da incidência sejam esticadas, se projetando
em direção à parede torácica.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA A INCIDÊNCIA MLO

 Todo o tecido mamário é claramente mostrado;


 O músculo peitoral é mostrado e se estende até ou abaixo da linha mamilar ;
 Mamilo em perfil;
 Ângulo inframamário claramente demonstrado; A densidade dos tecidos
moles do músculo peitoral deve ser vista com uma densidade tão
baixa quanto ou até mesmo mais baixa que a linha do mamilo.
 Um contorno delicadamente convexo anterior indica que o
músculo esta relaxado para compressão e adequadamente
deslocado medialmente, conjuntamente com o tecido
fibroglandular.
 A pele da prega inframamária deve ser esticada sem que haja
quaisquer pregas cutâneas sobrepostas.

VISTA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA


Nas incidências MLO direita e esquerda

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ERROS COMUNS – MLO

 Suporte do cassete muito alto ou muito baixo.


 Uma parte muito grande do músculo peitoral fica sob a placa de
compressão, resultando em compressão inadequada da mama;
 O ombro e o músculo peitoral não estão relaxados e a paciente
está debruçada para trás, levando a uma visualização incompleta
ou à ausência de visualização do músculo;
 Não há contato entre a parede torácica da mulher e o suporte do
cassete, de forma que a porção posterior da mama não é
visualizada; a mesma mama após o posicionamento adequado;
 Rotação insuficiente da mulher, impedindo a representação da
parte medial da mama; a mesma mama após o posicionamento
adequado.
 Parte do braço da paciente sob a placa de compressão impedindo
uma compressão eficaz.

ANOTAÇÕES:

25
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM IlI

1- Relacione os erros comuns que ocorre na incidência OML com as


figuras abaixo:

26
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES

Crânio Caudal Forçada – XCC


1. Esta incidência permite melhor visibilização dos quadrantes
externos, inclusive da porção posterior e da cauda de Spencer
(tecidos mamários proeminentes, que “invade” a axila,
lateralmente á borda lateral do músculo grande peitoral);
2. Escolher entre realizar XCC ou “Cleópatra” depende apenas da
facilidade de posicionamento para cada paciente, pois as duas
incidências têm o mesmo resultado radiográfico.

Cleópatra
1. Representa variação do crânio-caudal forçada, sendo realizada com
tubo vertical, feixe perpendicular á mama e a paciente bem inclinada
sobre o Bucky.

“Cleavage” – CV
1. Centralizar os quadrantes internos da mama examinada no
bucky (a mama oposta também fica sobre o bucky), mamilo
paralelo ao filme.
2. Esta incidência é uma crânio caudal com ênfase na exposição
dos quadrantes internos (indicada para estudo de lesões nos
quadrantes internos, principalmente as próximas do esterno).

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Perfil Externo ou Médio Lateral – P, ML
1. Esta incidência (também chamada de perfil absoluto) deve incluir,
obrigatoriamente, parte do prolongamento axilar.
2. Incidência indicada em mamas tratadas com cirurgia conservadora
e esvaziamento axilar e na verificação do posicionamento do fio
metálico, após MARCAÇÃO PRÉ-CIRURGICA (MPC) de lesões
não palpáveis.

Perfil Interno ou Láteromedial ou Contact – LM.


1. Esta incidência, também chamada de contact deve incluir,
obrigatoriamente, parte do prolongamento axilar.
2. Incidência indicada pra estudo de lesões nos quadrantes internos,
principalmente as próximas de esterno.





Caudocranial- RCC
1. Incidência indicada no estudo da mama masculina ou feminina
muito pequena, quando existe dificuldade de realizar a crânio-
caudal (face ao pequeno volume da mama), paciente com marca-
passo, paciente com cifose acentuada e paciente grávida.
2. Nos raros casos em que há indicação de mamografia em gestante,
o exame deve ser realizado com avental de chumbo no abdome,
as incidências básicas também são CC e MLO; ao optar pela
RCC, se o volume do útero gravídico permitir, atenção, certifique-
se que a blindagem do tubo de raio-X esteja em perfeitas
condições.

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MANOBRAS

Compressão Localizada
A compressão localizada “espalha” o parênquima mamário,
diminuindo o “efeito de soma” (Superposição de estruturas com
densidade radiográfica semelhante), que pode ser responsável por
imagens “caprichosas”.

Está indicada para estudar áreas densas e para analisar o contorno dos
nódulos. Quando a lesão é de natureza benigna ou quando representa
superposição de estruturas, geralmente ocorre mudança de aspecto da
área densa. Pode ser associada à magnificação para analisar áreas com
microcalcificações e ser realizada tanto na posição CC quanto na OML
de acordo com a necessidade.

Ampliação (magnificação)
Através da ampliação podemos visualizar detalhes nas áreas suspeitas e,
principalmente, estudar a morfologia das microcalcificações.

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Compressão + Ampliação
Recomenda-se utilizar simultaneamente compressão e ampliação,
permitindo obter os benefícios das duas manobras, com menor exposição
da paciente e racionalização no uso de filmes.

Angular
Consiste em realizar incidências com varias angulações de tubo, para
dissociar imagens sugestivas de superposição de estruturas (efeito de
“soma”). É mais empregada quando a imagem a ser estudada foi
visualizada na MLO.
Na pratica, para agilizar o estudo, reduzir a dose na paciente e
racionalizar o uso de filmes, parte-se direto da MLO para o perfil
absoluto (90º), promovendo completa dissociação de estruturas.

Rotacional – RL, RM
A finalidade também é dissociar estruturas, melhor indicada e executada
quando a imagem é visualizada nas incidências axiais.
Geralmente é feita na incidência CC, utilizando no filme a indicação
“RL”, se o deslocamento for para o lado externo (lateral) e “RM” se o
deslocamento for para o lado interno (medial).

Tangencial – TAN
Consiste em fazer incidências com feixe tangenciando a mama; indicada
para diagnostico diferencial entre lesões cutânea (cicatrizes cirúrgicas,
verrugas, calcificações, cistos sebáceos, cosméticos contendo sais
opacos) e lesões mamária. É necessário utilizar um material radiopaco
tangenciando, para fazer referência à área a ser visualizada.

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Manobra de Eklund
Consiste numa incidência especializada para pacientes que faz uso de
prótese mamária, onde é necessário empurrar a prótese posteriormente
para visualizar o tecido mamário anterior à prótese.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. LOPES, Aimar Aparecida; LEDERMAN, Henrique M.; DIMENSTEIN,


Renato.
GUIA PRÁTICO DE POSICIONAMENTO EM MAMOGRAFIA _ São
Paulo, 2000 – Editora SENAC São Paulo.
2. DRONKERS, Daniel J.; HENDRIKS, Jan H. C. L.; HOLLAND, Roland;
ROSENBUSCH, Gerd.
MAMOGRAFIA PRÁTICA – Patologia – Técnicas - Interpretação -
Métodos Complementares – Rio de Janeiro, 2003 – Editora REVINTER.
3. LEE, Linda; STICKLAND, Verdi; WILSON, A. Robin M.; ROEBUCK, Erick
J.
TÉCNICA RADIOLÓGICA EN MAMOGRAFIA. Madri:, S.L, 1998. Marban
Libros.
4. BONTRAGER, Kenneth L.; j. P. LAMPIGNANO
TRATADO DE POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E ANATOMIA
ASSOCIADA; 6ª Ed. Editora Guanabara Koogan.
5. BIASOLI, Antônio Jr – TÉCNICAS DE POSICIONAMENTO
Editora Rúbio
6. MAMOGRAFIA: POSICIONAMENTOS RADIOLÓGICOS; COSTA, Nancy
de Oliveira; Editora Corpus

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