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Orientador:
Marco Aurélio Soares
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma
que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.
From a historic point of view, the Brazilian Educational Institutions are more recente if
they are compared to first world countries’s. But there are no doubts about “istands”
of excellence concerned to learning, search and extensions which are presented in a
variety of different places in Brazilian territory. However information spreading by
means of education faces several historic barriers: the building physical qualities,
lach of incentive to quality, profesional’s low salaries, students who demonstrate
gaps on learning and even constant changes on educational legislation. Among the
difficulties to be overcome there is also Microbiology Teaching in the most varied
levels of learning. The present paper presents as its general objetctive listing the
challanges and possibilities aimed at fulfiling the “Industrial Microbiology Laboratory”
ementary, in the First Year of Chemistry Technician Course – Integrated – at a
Federal Public Institution the bibliographic revision of the Brazilian education data
highing Microbiology Teaching has been the adapted methodology here. As a result
a Guide for Practical Classes has been elaborated and has algo been strictl, based
on the ementary. This Guide offers the detailing of 30 achievable and consistent to
the existing and/or possible to be acquired along 2018 activities. Besides that, the
average amount to implement a “Technical Vocational mid-level Laboratory” is
around R$153.980,90, which accounts for 79 items such as equipments, glassware
and reagents. It means that edification has not been mensured. It has been
considered that the reagents will last for around 3 school Years for the teaching
activities. Finally it ean be said there was considerable learning from the adapted
and/or proposed alternative materials in the “Guide for Practical Activities”, however
there were limitations due to the fact that it was thi “Vocational Technical Teaching”
under studying. It must be taken into consideration for instance, that student egress
will get in touch with normalized and specified products and processes for the most
variety kinds of Microbiological and Biotechnology activities in the workmarket.
3 OBJETIVOS ......................................................................................................................................... 23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................... 37
8 ANEXOS ............................................................................................................................................. 46
9 APÊNDICES ........................................................................................................................................ 48
1 INTRODUÇÃO
“O que os olhos não veem o coração não sente” é um ditado popular que
pode ser aludido ao ensino da Microbiologia e que ainda soa antagônico se
contextualizado com um dos maiores educadores do mundo, Paulo Freire, que
defendia a máxima de “educar com o coração”. Assim, educar com o coração se é
impossível visualizar “a olho nu” o mundo microbiano e acrescido das inúmeras
limitações nas mais diversas instituições de ensino do país, as quais estão sob as
mais diferentes realidades estruturais, torna-se um desafio a ser superado.
No âmbito geral, os dados sobre o rendimento dos estudantes brasileiros não
são satisfatórios em todos os níveis, em especial, no ensino médio, os quais são
publicados pelos mais diversos órgãos nacionais e internacionais. Problemas
estruturais como baixa qualidade das salas de aula (por vezes até a ausência de
espaço físico com as mínimas condições climáticas e sanitárias), salários
desestimulantes, estudantes desinteressados, problemas sociais e familiares
assumidos pela escola, professores sem a formação adequada (quase 20% dos
docentes brasileiros não tem Ensino Superior), e tantos outros configuram alguns os
percalços educacionais do país.
Problemas estes isolados ou associados podem comprometer o itinerário
formativo do estudante, pois nem sempre é possível cumprir o ementário
estabelecido no PPC (Projeto Pedagógico de Curso). O ementário por vezes não é
cumprido na sua integralidade pelos motivos já elencados, mas a depender das
especificidades pode estar relacionado aos desafios do processo de ensino-
aprendizagem de cada disciplina, como é o caso da Microbiologia.
No rol dos problemas relacionados ao ensino da Microbiologia nos mais
diversos níveis de ensino, a ausência de aulas e/ou atividades práticas dos
conteúdos previstos no ementário é um problema significativo, principalmente nas
aulas de Ciências e Biologia, as quais normalmente abarcam este conteúdo
específico de forma mais intensa.
No tocante às escolas Técnicas Federais, as quais se apresentam como
vocação a formação técnica profissional, o quadro geral é mais satisfatório. A partir
da análise da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os resultados se
equiparam aos melhores países do mundo, mas ainda assim muitos percalços são
11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
embora a Microbiologia tenha se mostrado cada vez mais relacionada com questões
de saúde, alimentos, meio ambiente, entre outras.
Os dados do Censo Escolar ratificam a tratativa secundária a qual a
Microbiologia está inserida. De acordo com o Censo Escolar 2018, o item
“Laboratório de Ciências” está presente em apenas 44,1% das escolas do Ensino
Médio, sendo que a distribuição é muito oscilante entre as dependências
administrativas. No caso, está presente em 83,4% das escolas Federais, 37,5% das
escolas Estaduais, 28,8% das escolas Municipais e 57,2% das escolas Privadas
(INEP, 2019a). Apesar dos dados computados serem notadamente reconhecidos
como norteador de políticas públicas, cabe ressaltar que pode ocorrer certa
subjetividade no preenchimento do Censo Escolar por parte dos estabelecimentos
de ensino, em especial, quanto o aspecto qualitativo do que há de forma estruturada
no laboratório de ciências. Neste sentido, Soares Neto et al. (2013) criaram um
indicador para realizar a análise comparativa de infraestrutura das escolas
brasileiras a partir dos dados do Censo Escolar de 2011. Os autores propuseram 4
categorias: Elementar, Básica, Adequada e Avançada. Apenas 0,6% das escolas
Brasileiras se enquadram no padrão “avançado”, sendo que 52% das escolas
Federais atendem a este critério. Acrescenta-se que a base de dados do INEP leva
em consideração até mesmo questões como esgotamento sanitário, energia elétrica
e outros no cômputo dos dados estruturais de uma escola.
3 OBJETIVOS
4 MATERIAL E MÉTODOS
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Júnior e Rink (2018) a formação continuada por meio de cursos EaD (Ensino à
Distância) oferece a vantagem de compartilhar o conhecimento com docentes de
Escolas Profissionais de Nível Técnico em função da facilidade de gestão do tempo,
todavia, há limitações quanto ao suporte dos tutores.
Por fim, o exposto no presente trabalho está longe de esgotar as
possibilidades e oportunidades concernentes à curva de aprendizado que dar-se-á
doravante à ministração das aulas da disciplina de Laboratório de Microbiologia
Industrial.
para a realidade de mercado. A própria LDB, no artigo 36, elenca que “a oferta de
formação com ênfase técnica e profissional considerará a inclusão de vivências
práticas de trabalho no setor produtivo ou em ambientes de simulação, inclusive por
meio de parcerias” (BRASIL, 1996).
Apesar da vocação da formação técnica, nem sempre os egressos culminam
imediatamente no mercado de trabalho. Estudos para acompanhamento do egresso
são por vezes limitados, pois nem sempre é possível estabelecer o vínculo
institucional e assim averiguar a atuação. Ainda assim, no Instituto Federal de Minas
Gerais, campus Governador Valadares, o acompanhamento de duas turmas de dois
cursos Técnicos Integrados finalizados em 2016 (Técnico em Meio Ambiente e
Técnico em Segurança do Trabalho), com 25 e 27 estudantes, respectivamente,
chegou ao resultado expresso nas tabelas 1 e 2 abaixo. É possível inferir o alto
aproveitamento em instituições Federais e por vezes a aprovação em até 2
instituições, e nos mais diferentes cursos, ou seja, não seguiram a verticalização ou
Área Acadêmica cursada no Ensino Médio. Neste recorte observa-se ainda que
nenhum estudante ingressou no mercado de trabalho, 29 foram aprovados em
Universidades Federais e/ou particulares, 9 estudantes foram aprovados em
Universidades Particulares, 11 estudantes não foram aprovados nos cursos
desejados e 5 estudantes seguem sem informações.
33
APROVAÇÃO
ENSINO FUNDAMENTAL UNIVERSITÁRIA CURSO SUPERIOR
Maior parte Escola Pública NÃO
Maior parte Escola Pública IFMG / UVV / UNIVALE Eng. de Produção / Eng. Civil
Somente Escola Pública IFES - VITÓRIA Letras
Maior parte Escola Pública UNIFEI Engenharia Mecânica
Somente Escola Pública NÃO
Somente Escola Pública UNIVALE Arquitetura e Urbanismo
Somente Escola Pública NÃO
Maior parte Escola Particular UNIFEI Engenharia Mecânica
Somente Escola Particular FADIVALE Direito
Somente Escola Particular NÃO
Somente Escola Pública UFVJM / IFMG Agronomia
Somente Escola Pública NÃO
Somente Escola Pública NÃO
Somente Escola Pública --
Maior parte Escola Particular PITÁGORAS Engenharia Mecânica
Somente Escola Pública UFJF - Juiz de Fora Nutrição
Somente Escola Pública NÃO
Maior parte Escola Pública UFJF - Juiz de Fora Direito
Somente Escola Particular UFPEL Antropologia
Somente Escola Particular UFES Engenharia de Petróleo
Somente Escola Particular UNIPAMPA Relações Públicas
Somente Escola Pública UFJF / UNIVALE Nutrição e Direito
Somente Escola Pública UFJF - Juiz de Fora Ciências Econômicas
Somente Escola Particular UNIFEI / UFES Eng. Mecânica/Eng. Computação
Somente Escola Pública NÃO
Fonte: IFMG GV (adaptado), 2019
34
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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trabalho: do prescrito ao executado. Revista @mbienteeducação. Universidade Cidade de
São Paulo. 2014. Disponível em: <
http://publicacoes.unicid.edu.br/index.php/ambienteeducacao/article/view/497/473 >. Acesso:
12 Dez. 2018.
ARAÚJO, A. C.; SILVA, C. N. N. ENSINO MÉDIO INTEGRADO NO BRASIL:
FUNDAMENTOS, PRÁTICAS E DESAFIOS. Adilson César Araújo e Cláudio Nei
Nascimento da Silva (orgs.) – Brasília: Ed. IFB, 2017. 569 p. Disponível em: <
http://www.anped.org.br/sites/default/files/images/livro_completo_ensino_medio_integrado_-
_13_10_2017.pdf >. Acesso: 27 Nov. 2018.
ARAÚJO, R. M. L.; FRIGOTTO, G. Práticas pedagógicas e ensino integrado. Revista
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BARBOSA, F. H. F.; BARBOSA, L. P. J. Alternativas metodológicas em Microbiologia -
viabilizando atividades práticas. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA, V. 10,
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BARBOSA, F. G.; OLIVEIRA, N. C. Estratégias para o Ensino de Microbiologia: uma
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http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/ensino/article/view/326/304 >. Acesso: 18 Nov.
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BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de
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BÔAS, R. C. V.; et al.. ATIVIDADES LABORATORIAIS DE MICROBIOLOGIA DO SOLO:
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2018.
39
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INTERDISCIPLINARIDADE NA ABORDAGEM DA MICROBIOLOGIA NO NOVO EXAME
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TODOS PELA EDUCAÇÃO. Anuário Brasileiro da Educação Básica. 2018. Disponível em: <
https://todospelaeducacao.org.br/_uploads/20180824-
Anuario_Educacao_2018_atualizado_WEB.pdf?utm_source=conteudoSite >. Acesso: 25
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VEIGA, I. P. A. INOVAÇÕES E PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UMA RELAÇÃO
REGULATÓRIA OU EMANCIPATÓRIA? Caderno Cedes. Campinas – SP. 2003. Disponível
em: < http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v23n61/a02v2361 >. Acesso: 25 Nov. 2018.
WATANABE, G.; KAWAMURA, M. R. D. Um Sentido Social para a Divulgação Científica:
Perspectivas Educacionais em Visitas a Laboratórios Científicos. ALEXANDRIA: Revista de
Educação em Ciência e Tecnologia, v.8, n.1. 2015. Disponível em: <
https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/1982-5153.2015v8n1p209/29306
>. Acesso: 12 Dez. 2018.
ZIBAS, D. L. Ser ou não ser: o debate sobre o Ensino Médio. Caderno de Pesquisa –
Fundação Carlos Chagas. 1992. Disponível em: <
http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1003/1012 >. Acesso: 26 Nov.
2018.
ZIBAS, D. L. REFUNDAR O ENSINO MÉDIO? ALGUNS ANTECEDENTES E ATUAIS
DESDOBRAMENTOS DAS POLÍTICAS DOS ANOS DE 1990. Revista Educação e
Sociedade. Campinas – SP. 2005. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/%0D/es/v26n92/v26n92a16.pdf >. Acesso: 26 Nov. 2018.
46
8 ANEXOS
9 APÊNDICES
Observações:
Prefácio
“Eis o meu segredo. Ele é muito simples: somente vemos bem com o
coração. O essencial é invisível aos olhos”.
Objetivos
Duração: 4 aulas
Método
4) Siga estritamente o roteiro das aulas e sempre faça os “relatórios de aula prática”;
7) Será permitido o uso do celular em alguns casos específicos, como para retirar
fotos de etapas da atividade prática. Não deixe o celular sobre a bancada e o
mantenha sempre junto aos seus objetos;
12) É vedado o uso de pulseiras, adornos, roupas folgadas, cabelo longo e solto,
bonés e outras vestimentas que possam colocar em risco o estudante e/ou pessoas
próximas;
16) Mantenha o ambiente limpo e organizado, e se não for possível lavar o material
a ser utilizado, ao menos deixe-o próximo à pia;
17) Não cheire e nem toque em nenhum material existente no laboratório (riscos de
queimaduras e outros acidentes);
21) Sempre limpe a bancada com “álcool 70” antes e ao final da atividade
microbiológica;
59
23) Não toque nas maçanetas das portas, puxadores de gavetas e outros pontos de
uso coletivo com luvas contaminadas (risco de transmissão de doenças
parasitárias);
25) Jamais utilize a geladeira ou outros compartimentos para guardar alimentos para
consumo humano;
26) Jamais utilize vidrarias com avarias em sua superfície (trincas, por exemplo);
27) Em caso de limpeza de vidrarias, tenha cuidado para não se cortar durante a
limpeza com água e sabão;
29) Equipamentos que utilizam calor, pressão ou gás devem ter OPERAÇÃO
ASSISTIDA durante todo o procedimento, sem JAMAIS desviar a sua atenção para
outras atividades em paralelo;
30) Colocar vidrarias aquecidas sobre meios isolantes (pano, por exemplo), e não
diretamente sobre a bancada ou superfícies frias, sob o risco de vir a trincar ou
quebrar;
31) Em caso de mal estar, dirija-se ao ambiente externo, desde que previamente
acompanhado e sob a orientação do docente ou técnico responsável;
Cápsula de Condensador:
Porcelana: Peça de Utilizado na destilação,
porcelana usada para tem como finalidade
evaporar líquidos das condensar vapores
soluções gerados pelo aquecimento
de líquidos
Dessecador: Erlenmeyer:
Usado para guardar Utilizado em titulações,
substâncias em aquecimento de líquidos e
atmosfera com baixo para dissolver substâncias
índice de umidade e proceder reações entre
soluções
Pipetador Pi-pump:
faz a sucção do líquido
ou transferência por
meio de uma roldana, o
que facilita o manuseio
Pipeta Pasteur: é Placa de Petri: recipiente
usada para estéril, constituído por
transferência de uma base e tampa, ideal
líquidos em geral para crescimento da
através de aspiração e amostra em condições
dispensação feita controladas.
através do bulbo para
sucção. Geralmente
feita de plástico, ela
não possui precisão
como outros tipos de
pipeta
65
Exercícios
6) Manuseio:
Referências
Objetivos:
* Conhecer os tipos de microscópicos;
* Conhecer os componentes do microscópio óptico;
* Visualizar lâminas temporárias e permanentes
Duração: 4 aulas
Método
Aula expositiva.
Manuseio das lâminas e visualização ao microscópio.
2.1 - MICROSCOPIA
Informações importantes
a) Microscópio óptico apresenta ampliação de 60 a 1000 x (ondas luminosas)
b) Microscópio eletrônico de varredura: 20 a 100.000 x;
70
Observação da amostra
1) Coloque a lâmina sobre a platina, segurando-a com uma das mãos e abrindo a
presilha com a outra. Procure colocar a amostra o mais centralizado possível em
relação ao feixe de luz;
2) Gire o revólver, encaixando a objetiva de menor aumento (4X ou 10X). Sempre
use da menor para a maior;
3) Acenda a luz do microscópio (acione primeiramente o interruptor e em seguida o
regulador de intensidade) e centralize o material na platina utilizando o charriot. Faça
isso olhando lateralmente, o que facilita a operação.
4) Movimentando o macrométrico, levante a platina até o ponto máximo, sem que a
lâmina encoste na objetiva.
5) Ajuste a distância interpupilar.
6) Olhe através das oculares e, utilizando o macrométrico, desça lentamente a
platina até que se possa visualizar o material a ser analisado.
7) Acerte o ponto exato do foco com o micrométrico e, caso seja necessário,
proceda ao ajuste de dioptria: tape um dos olhos, focalize com o micrométrico,
troque o olho tapado e ajuste o foco no anel existente (se houver) na base da ocular
correspondente ao olho aberto.
8) Corrija a intensidade de luz e abertura do diafragma para evitar ofuscamento e
permitir a percepção de profundidade de campo e o contraste desejados.
9) Observe o material atentamente trabalhando o foco fino com o micrométrico.
73
10) Gire o revólver para passar para a próxima objetiva de maior aumento,
lembrando sempre de regular a intensidade de luz e a abertura do diafragma, bem
como de corrigir a focalização com o micrométrico. Não utilizar o macrométrico para
a focalização a partir desta etapa. Somente o micrométrico.
11) Realize a observação nas objetivas de 10X e 40X.
12) Para utilizar a objetiva de 100X é imprescindível o uso do óleo de imersão sobre
a lâmina: gire o revólver de modo a deixar a lâmina entre as objetivas de 40X e
100X.
13) Encoste o conta-gotas contendo o óleo de imersão na lâmina, exatamente sobre
a amostra. Não é necessário apertar o bulbo do conta gotas. Uma pequena gota de
óleo é suficiente para a observação.
14) Atentamente, gire o revólver para encaixar a objetiva de 100X e ajuste o foco
com o micrométrico. Uma vez utilizado o óleo de imersão na objetiva de 100X,
jamais retorne para as outras objetivas (que não necessitam de óleo), pois o óleo
suja as lentes e interfere na visualização.
15) Após a visualização na objetiva de 100X, o óleo de imersão deve ser removido
da objetiva logo após o uso com um pedaço de algodão embebido em solução de
limpeza (éter/etanol).
16) Anote qual é a abertura numérica (AN) de cada lente objetiva.
17) Terminada a observação, encaixe a objetiva de menor aumento, abaixe
totalmente a platina, deixe a intensidade de luz no mínimo e desligue-a, retire a
lâmina, limpe o microscópio, cubra-o com a capa e guarde-o.
18) Como conduta de boas práticas de laboratório, guarde todo o material utilizado
durante a aula e limpe a bancada com álcool 70%, deixando-a limpa.
Exercícios
1) Preencha a tabela.
Microscópio (Marca e
modelo, se disponíveis)
Ampliação da ocular
Ampliação das objetivas 4x 10x 40x 100x
Ampliação total
Abertura numérica
Limite de resolução
Referências
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
Instituto de Física de São Carlos. Universidade de São Paulo. Bacharelado em
Ciências Físicas e Biomoleculares Microbiologia. Guia disponível na internet. 2017.
Disponível em: <
http://biologia.ifsc.usp.br/micro/roteiro/roteiro01.pdf >. Acesso: 19 Jan. 2018.
USP – Universidade de São Paulo. Site. Disponível em: <
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2845663/mod_resource/content/2/Pratica2.p
df >. Acesso: 13 Fev. 2019.
Materiais
3 parafusos de 4 ½” x 5/16”
9 porcas de 5/16”
2 porcas de orelhas de 5/16” (porca “borboleta”)
5 arruelas de 5/16”
1 plataforma de madeira para a base de 2 cm x 18 cm x 18 cm
1 plataforma de acrílico para o celular de 0,3 cm x 18 cm x 18 cm
1 plataforma de acrílico para os objetos de 0,3 cm x 7,6 cm x 18 cm
1 Lente de laser de caneta (ou duas lentes, se quiser aumentar a ampliação)
Lanterna ou LED (necessário para visualizar amostras de contraluz)
Ferramentas
Broca para perfurar e Régua
Referências
http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/Inovacao/noticia/2014/10/aprenda-como-
transformar-seu-smartphone-em-um-microscopio-caseiro.html
Bacteriologia
https://play.google.com/store/apps/details?id=BacteriologiaFree.Doctor
Microbiologia
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.andromo.dev474745.app459179&
hl=pt_BR
Referências
1) Células da boca:
a. Raspe levemente o interior da boca com um cotonete;
b. Passe o material coletado sobre uma lâmina (25 * 75mm);
c. Coloque uma gota de corante azul de metileno;
d. Cubra o material com a lamínula.
Referências
3.1 – OSMOSE
Objetivos
* Conhecer os processos de difusão e as principais características;
* Desenvolver algumas atividades práticas e observar o efeito osmótico;
* Conceituar os tipos de osmose e as possíveis aplicações na indústria.
Duração: 4 aulas
célula é maior é maior que no ambiente de água doce (isto é, os fluídos são
hipertônicos), então a água doce tende a entrar na célula por osmose. Os animais
de água doce, sejam os protozoários ou peixes com as suas guelras, necessitam de
um mecanismo para excretar a água (são os vacúolos contráteis nos protozoários e
rins nos peixes). Por isto a dificuldade de espécies de água doce “invadir” ambientes
marinhos. Já os animais marinhos são hipotônicos (corpo tem conteúdo salino
inferior ao do mar), desenvolveram um metabolismo que implica na excreção do sal
e retenção da água no corpo celular (ODUM, 2004).
Exercício:
1 – Registre em seu caderno ou relatório o que aconteceu com a folha de alface.
Quais seriam os motivos para este comportamento?
Segunda parte:
Materiais: Alface fresca; Água; 1 prato ou vasilha; geladeira; 1 colher; Sal de
cozinha
Passo a passo:
1 - Coloque uma folha de alface em um recipiente e adicione sal (aproximadamente
uma colher de chá).
2 – Aguardar por aproximadamente 3h, até que a folha perca fique aparentemente
murcha.
Exercício
1 – Anote no seu caderno o relatório o que ocorreu. Qual seria a explicação para
este fenômeno?
ao que foi pingada a solução de NaCl de forma a substituir a água pelo cloreto de
sódio.
6 – Observar novamente ao microscópio e registrar.
OBS.: Colocar sal de cozinha (NaCl) em água destilada até que deixe de formar
uma solução.
OBS.: Para uso da objetiva de 100x, use o óleo de imersão, pois ele possui interface
líquida no mesmo índice de refração da objetiva. A sua utilização impedirá que os
raios luminosos não se dispersem ao atravessarem o conjunto lâmina-óleo,
permitindo a entrada de um grande cone de luz na objetiva, o que melhora a
visualização do material. Pingue uma pequena gota do óleo em cima da lamínula
somente quando for visualizar com a objetiva de 100x. Atente-se quanto aos
cuidados de segurança mencionados na aula 2 (risco de quebra da lâmina e
lamínula).
Exercícios
1 - Por que podemos ver facilmente os cloroplastos, mas não o complexo de Golgi, o
retículo endoplasmático ou as mitocôndrias?
2 – Quais estruturas celulares foram observadas?
3 - Qual a evidência observável de que ocorreu perda de água do interior da célula
para o meio externo quando a Elodea foi colocada em uma solução concentrada de
cloreto de sódio?
4 - A solução de NaCl é hipotônica ou hipertônica em relação ao meio interno da
célula?
5 - É possível prever o que ocorrerá com as células da Elodea se forem retiradas da
solução de cloreto de sódio e colocadas novamente em água? Justificar a sua
resposta e lembre-se da variável “tempo”.
oxigênio, levando-o dos pulmões aos tecidos de todo o corpo. Além disso tem a
função de transportar nutrientes para as células e recolher as suas excretas.
Etapa 1:
Passo a passo:
1 - Prepare os 12 tubos de ensaio de acordo com a tabela abaixo, numerando-os
com caneta. Para colocar as duas substâncias nos tubos utilizem duas pipetas
individualizadas.
Exercícios
1) Observe para responder: Há diferenças entre os níveis de turbidez nos tubos,
isto é, quanto cada solução está límpida ou turva? O que isto significa? Levante
especulações, inclusive em relação ao tempo de coleta da amostra de sangue
(efeito da coagulação)
86
Etapa 2:
Passo a passo:
1 – Com os 12 tubos já preparados e observados, coloque-os na centrífuga por 5
minutos a 2500 rpm.
Exercício
1) Que relação pode ser estabelecida entre a cor da solução com o tamanho do
depósito no fundo de cada tubo? Discuta os resultados.
Exercício
1 - Explique a osmose ocorrida neste experimento.
87
Exercício
1 – Observe os fatos relevantes no seu relatório e explique o motivo da transferência
do líquido pelo guardanapo.
Referências
Biblioteca Digital de Ciências da Unicamp. Aula 1: Osmose em célula vegetal
observada ao microscópio óptico. 2011. Disponível em: <
https://www2.ib.unicamp.br/lte/bdc/visualizarMaterial.php?idMaterial=1102#.WsQ1JU
xFzIU >. Acesso: 22 jan. 2018.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
Objetivos
* Compreender o DNA como chave da vida
* Compreender as reações que permitiram visualizar o aglomerado (nuvem) da fita
de DNA
Duração: 4 aulas
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O DNA
O DNA, molécula de Ácido Desoxirribonucleico, teve estudos consagrados
com James Watson e Francis Crick, em 1953, vindo a descobrir a estrutura de dupla
hélice das duas longas fitas de DNA que se enrolam.
Há ferramentas modernas para identificação do DNA, a saber: PCR (Reação
em cadeia da polimerase) que permite ampliar regiões específicas da fita de DNA; e
a eletroforese em gel, que permite separar e analisar macromoléculas (DNA, RNA e
proteínas) e seus fragmentos baseando-se no tamanho e polaridade delas. Logo, ao
final deste experimento será possível visualizar milhares de fitas de DNA juntas.
Para visualização do DNA vegetal é preciso dissociar o tecido da planta,
romper a parede celular e as membranas plasmática e nuclear, remover as
proteínas e isolar o DNA. O procedimento para extração do DNA em células animais
é basicamente o mesmo.
Destaca-se que a totalidade do DNA extraído será composta por várias
réplicas das mesmas moléculas, uma vez que inúmeras células do mesmo
organismo serão degradadas para que possamos visualizar o DNA.
Cabe ressaltar que estudos de DNA passam necessariamente pela
necessidade do ISOLAMENTO da molécula.
Muita atenção
Com a aplicação desses materiais, há a formação de uma fração superior na
fase alcoólica, de aspecto gelatinoso, mais denso e com abundantes bolhas de ar.
Essa fração é usualmente apontada como sendo DNA, correspondendo na realidade
à fração de pectina. Uma forma fácil de distinguir em uma extração a fração
correspondente ao DNA daquela de pectina é reparar na consistência da camada
onde ela se apresenta. O DNA precipita com o álcool e fica na parte inferior da fase
alcoólica, logo acima da fase aquosa. A pectina fica na superfície da fase alcoólica,
apresenta consistência gelatinosa e abundante bolhas de ar. O DNA precipitado
forma um emaranhado de filamentos muito finos, semelhantes a fios de algodão, e
com aspecto de “nuvem”. Ao tentar “pescar” o DNA com uma pipeta de Pasteur ou
bastão de vidro, este gruda e apresenta aspecto de filamentos muito finos que não
se desagregam, enquanto a pectina apresenta uma consistência de geleia que
goteja e se desmancha.
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Método
Materiais utilizados
- 1/3 de banana e/ou 02 morangos e/ou ¼ de cebola grande;
- 01 faca de cozinha;
- 02 copos de Becker ou potinho graduado;
- 01 coador de chá ou peneira
- 01 pilão ou saco para macerar;
- 02 tubos de 50 mL com tampa;
- 01 colher de chá;
- 01 pote plástico grande para manter o álcool gelado;
- gelo;
- água quente (65°C);
- 01 pano de limpeza;
- álcool etílico 90° gelado (a temperatura de 10°C);
- solução de lise (água+ detergente + sal de cozinha).
- balança de precisão
Passo a passo:
Observações:
É aconselhável realizar a prática, antes da aula, para ajustar as quantidades
relativas de tecidos a partir dos quais o DNA será extraído e a relação entre
os volumes do macerado e do álcool;
É aconselhável usar água quente na mistura com sal e detergente (cerca de
65°C), uma vez que o tempo de incubação está reduzido.
Banana ou cebola
1 – Ligar o banho Maria a 65°C.
2 – Colocar água em 2/3 do béquer e adicionar 6 ml de detergente e 4 g de sal, sem
fazer demasiada agitação (misturar suavemente sem promover espuma).
3 – Cortar a cebola em pedacinhos e adicionar no béquer (item 2).
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4 – Tampe o béquer com filme plástico e coloque no banho Maria (65°C) por 15
minutos.
5 – Filtrar com filtro de papel até atingir a metade de um novo béquer.
6 – Tampe o béquer com filme plástico e coloque em uma bacia com gelo por 5
minutos.
7 – Retire o béquer da bacia e adicione lentamente o álcool (que estava no
congelador), escorrendo pela parede de béquer.
8 – Deixe descansar por 5 minutos e o DNA surgirá na interface entre a água e o
álcool.
9 – Com o auxílio de um palito faça a “coleta” do DNA (formato de “nuvem”)
Morango
1 – Esmagar o morango no saco plástico (retirar apenas as folhas do ápice e cortar
em pedaços) e adicioná-lo em um béquer de 200 ml.
2 – Adicionar 50 ml de água.
3 – Adicionar 6 ml de detergente e 4g de sal.
4 – Misturar e aguardar em repouso por 10 minutos em Banho Maria.
5 – Filtrar a solução em outro béquer (antes de passar para o passo 6 você pode
manter no béquer ou passar para um tubo de ensaio).
6 – A partir da quantidade de “suco de morango” obtida adicione a mesma
quantidade de álcool gelado.
7 – Observar a formação da “nuvem” de DNA formada na interface da água com o
álcool.
Álcool O álcool desidrata o DNA, de forma que este não mais fica dissolvido no
meio aquoso. Além disso, o DNA tende a não ser solúvel em álcool e,
deste modo, suas moléculas se agrupam. Como o DNA tem menor
densidade que os outros constituintes celulares, ele surge na superfície
do extrato (sobrenadante na solução de álcool etílico, que tem o
aspecto de uma “nuvem”). Quanto mais gelado o álcool, menos solúvel
será o DNA.
2 – Separe 4 colheres da água com sal em outro copo para fazer o bochecho
3 – Bochechar por 1 minuto e devolve-la no copo
4 – adicionar uma gota de detergente e misturar vagarosamente com o bastão de
vidro, de forma a não gerar espuma (misturar por 10 s aproximadamente)
5 – Separar meio copo com álcool e adicionar 3 gotas de corante (misturar
vagarosamente)
6 – adicionar lentamente o álcool no copo com água/saliva, lentamente, pela parede
do copo e aguardar 2 minutos.
7 – verificar se houve a formação da “nuvem” do DNA. Usar o bastão de vidro para
remoção.
Exercícios
1. Por que o material precisa ser macerado para isolar o DNA?
2. Qual o papel do detergente presente na solução de lise no processo de extração
do DNA?
3. De que é composta a molécula de DNA?
4. Visto que o DNA não é solúvel em álcool, o que ocorre com suas moléculas
quando colocadas neste meio?
5. Por que você não pode ver a dupla hélice do DNA extraído?
6. Considerando os procedimentos da extração do DNA genômico, você espera
obtê-lo sem quebras mecânicas e/ou químicas?
7. O DNA humano foi mais facilmente visualizado que o DNA vegetal? Comente.
Referências
SILVA, A. T. et al. CONTRIBUIÇÕES DA ATIVIDADE PRÁTICA PARA O ENSINO E
A APRENDIZAGEM DE BIOLOGIA: EXPERIÊNCIA COM A EXTRAÇÃO DO DNA
DO MORANGO. I Congresso de Inovação Pedagógica em Arapiraca:
Perspectivas atuais dos profissionais da Educação. 2015. Disponível em: <
http://www.seer.ufal.br/index.php/cipar/article/view/1886 >. Acesso: 19 Mar. 2018.
FURLAN, C. M. et al. Extração de DNA Vegetal: O que Estamos Realmente
Ensinando em Sala de Aula? Revista QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. Vol. 33, N° 1,
FEVEREIRO 2011. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_1/05-
RSA6409.pdf >. Acesso: 18 mar. 2018.
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Objetivo
* Comentar as características gerais do Reino Fungi;
* Observar as estruturas dos fungos filamentosos;
* Treinar a visualização de lâminas ao microscópio.
Duração: 2 aulas (mas o material deverá ser previamente preparado)
Método
Materiais
- uma laranja - uma fatia de pão - recipiente de plástico com tampa e
que caiba a laranja - um prato e um pires - alguns palitos de dente limpo
- um pouco de água - microscópio, lâmina e lamínula
Passo a passo:
1 – Coloque a laranja dentro do recipiente e tampe. Coloque o pedaço de pão
umedecido no prato e tampe-o com o pires. Em um outro recipiente, dividido ao
meio, coloque o pão e a laranja, porém expostos ao ambiente e sem umedece-los.
2 – Guarde os dois tratamentos sobre a bancada por 7 dias.
3 – Retire uma amostra da região do “mofo” com o palito de dente (use a alça
flambada, caso disponha deste recurso) e faça a preparação da lâmina, como já
apresentado na Unidade 2 deste Roteiro.
4 – Observe ao microscópio.
Exercícios
1 - Responda: por que foi necessário umedecer o pão? E ainda, qual ou quais
estruturas você conseguiu identificar?
2 – Os fungos foram facilmente visíveis nas 3 amostras após 1 semana? Justifique
relatando as principais possibilidades para explicar os resultados alcançados.
Referências
USP – Universidade de São Paulo. Aula prática de Microbiologia. Com adaptações.
Disponível em: < http://www.ib.usp.br/inter/0410113/downloads/asco2014.pdf >.
Acesso: 27 de Fev. 2019.
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Objetivo
* Conhecer as principais técnicas de esterilização dos microrganismos;
* Diferenciar os termos “limpeza”, “assepsia”, “esterilização” e outros;
* Conhecer a operação da Autoclave, bem como os riscos relacionados.
Duração: 4 aulas
Breve conceituação
O crescimento de microrganismos em uma rotina laboratorial deve ser
controlado ou inibido, a depender da situação de trabalho.
São condições que afetam a sobrevivência dos microrganismos, dentre
outras:
a) Tamanho da população na amostra
b) Tempo de exposição a um agente microbiocida
c) Temperatura a qual o microrganismo é exposto
d) Local em que o microrganismo se encontra na vidraria ou objeto
e) Características do microrganismo
f) Condições ambientais (temperatura, pH, predação, competição e outras)
Alguns conceitos:
a) Desinfecção é a inativação ou redução do número de microrganismos
presente em um meio, não implicando na sua eliminação total. Visa eliminar o
potencial infeccioso ou patógeno existente. Um exemplo clássico é a adição
de Cloro no processo de tratamento de água.
b) Assepsia é o impedimento da entrada de microrganismo na área de trabalho.
c) Esterilização é a eliminação de toda e qualquer forma de vida presente em
um determinado material, ambiente ou meio de cultivo (removem por
completo).
d) Sanitização é o tratamento que induz à diminuição da vida dos
microrganismos. Muito aplicado na indústria de alimentos e itens de saúde
pública.
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6 – Limpeza do laboratório
a) Fazer a limpeza com pano levemente umedecido e se possível com
detergente;
b) Remover todo o remanescente de espuma e umidade sobre a bancada e
somente depois aplicar álcool 70.
9 – Geladeira
a) A limpeza é feita mensalmente com água e detergente neutro;
b) Após a limpeza, é feita a desinfecção com álcool 70%;
c) O ideal é a utilização de duas geladeiras no laboratório, sendo uma para
material para novas análises (meios de cultura, reagentes e outros materiais
pertinentes às análises) e outra com exclusividade para material contaminado
e cepas.
10 – Autoclave
a) É um aparelho utilizado nos processos de esterilização a vapor e pressão,
sendo empregados para materiais destinados a análises, meios de cultura e
materiais contaminados para descarte;
b) Para limpeza usar detergente neutro, esponja, jarra, água potável, água
deionizada ou destilada;
c) Materiais limpos e materiais contaminados são autoclavados em ciclos
separados;
d) O material limpo é esterilizado em autoclave à temperatura de 121 °C, com
tolerância de 1 °C, por 15 minutos;
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12 - Contador de colônias
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13 - Pesagem de amostras
a) A pesagem correta das amostras é de suma importância para a inocuidade da
amostra e sua proporcionalidade em relação ao diluente;
b) Desinfetar com algodão e álcool 70% e ligar a balança;
c) Ligar a chama ou utilizar a capela de fluxo laminar.
Preparação do álcool 70
O grau Gay Lussac ou º GL representa o volume de soluto presente em 100
volumes da solução (soluto + solvente, etanol + água), a 20 º C.
A solução alcoólica apresenta boa ação germicida na concentração de 70%.
Quando puro, o álcool é menos eficaz que quando misturado à água, pois esta
facilita a desnaturação da proteína, ligada a ação antimicrobiana do álcool. Quando
associado a algum emoliente (abrandar, como a água), o álcool tem sua atividade
bactericida prolongada, por meio do retardamento da sua evaporação, com
diminuição também do ressecamento e irritação provocadas na pele pelo uso
repetido.
O processo de diluição de soluções de álcool é simples e pode ser feito
seguindo a seguinte fórmula:
Cf Vf = CiVi
Onde,
C i = Concentração inicial (concentração do álcool na solução pura)
Vi = Volume inicial (volume do álcool na solução pura)
Cf = Concentração final (Concentração desejada)
Vf= Volume final (Volume desejado)
Exercícios
1 – Elenque passo a passo para operação da autoclave
2 – Quais são os principais riscos para operação da autoclave?
3 – Diferencie esterilização de desinfecção.
4 – Quais os fatores que podem interferir na sobrevivência dos microrganismos em
termos de vidrarias e ambiente laboratorial?
5 – Por que usualmente se utiliza o Álcool 70 em detrimento de outras
concentrações?
Referências
MADIGAN, M. T.; et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas Versiani et
al. Editora Artmed, 14ªed. 1006 p. 2016.
Objetivos
* Desenvolver habilidade em manuseio de vidrarias;
* Compreender a necessidade nutricional dos microrganismos em função das
características do Meio de Cultura;
* Conhecer os principais Meios de Cultura comerciáveis.
Duração: 4 aulas
Método
1) Para a nossa aula utilizaremos o Ágar Sabouraud. Preparar 330 ml,
adicionando 22g e misturar no agitador magnético a 50°C;
2) Levar para esterilização na autoclave;
3) Verter nas placas de Petri, próximo à chama e com os cuidados de assepsia
de praxe;
4) Deve-se observar há distribuição homogênea do meio de cultura na placa e
na altura de 4 mm;
5) Ao resfriar (normalmente abaixo de 45°C), o Ágar solidifica na Placa de Petri;
6) Em seguida deverá armazenar as placas de Petri na geladeira para uso
posterior (incubação).
Exercícios
1 – Há diferença quando se utiliza as expressões “Ágar” e “Caldo”?
2 – Por que o Ágar se solidifica abaixo de 45°C?
3 – Qual a composição básica do Ágar? E de outros meios de cultura?
Referências
MADIGAN, M. T.; et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas Versiani et
al. Editora Artmed, 14ªed. 1006 p. 2016.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
Objetivos
* Conhecer os procedimentos de esterilização mais adotados;
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Preparo
Colocar tampão de algodão hidrófobo e gaze no bocal dos frascos
erlenmeyer. Cobrir com folha de alumínio ou papel Kraft e fixar com barbante,
atilho ou fita adesiva tipo crepe;
Cobrir os bocais das provetas e dos béqueres com folha de alumínio ou papel
Kraft e fixar com fita adesiva tipo crepe, atilho ou barbante;
Esterilizar em autoclave a 121 °C, por 30 min.;
No caso de pipetas, indicado estufa a 170 °C – 180 °C por 2 horas, sendo a
pipeta colocado dentro da cápsula de inox;
106
Deixar escorrer bem toda a água, colocar os tubos para secar em estufa a 100 ºC.
Tampas
Imergir em solução de hipoclorito de sódio a 2% (água sanitária) e detergente
neutro por no mínimo 24 horas.
Lavar com água e detergente. Enxaguar dez vezes em água corrente (valor
de referência). Utilizar no último enxágue, água destilada ou deionizada. Deixar
escorrer a água e secar em estufa a 50 °C.
Atenção: Limpar geladeira, forno micro-ondas e centrífuga usando pano
úmido com detergente neutro e depois álcool 70.
Método
Aqueça a água e dissolva a gelatina na água. Para uma boa homogeneização
utilize a isca magnética (“peixinho”) na chapa aquecedora;
Acrescente açúcar ainda sob agitação
Em Placas de Petri previamente limpas com álcool, distribua o líquido perto
da chama do bico de Bulsen ou lamparina para evitar a contaminação pelo ar.
Espere o meio de cultura esfriar e leve-o a geladeira para se solidificar. No caso do
meio de cultura de gelatina, teste essa receita antes de aplicá-la em sala de aula
para saber se será necessário modificar a quantidade de água. O ideal é que a
gelatina não derreta mesmo na temperatura ambiente, e para tal recomenda-se
volume de água destilada inferior ao recomendado no rótulo do produto. Não aqueça
demasiadamente a água, pois poderá comprometer a gelificação da gelatina/meio
de cultura.
ATENÇÃO: os meios de cultura apresentados não foram esterilizados. O
ideal é levar o meio de cultura preparado no Erlemeyer na autoclave e após esfriar
distribuir nas placas de Petri, em seguida deixar na geladeira por 24h.
Exercícios
1 – Qual a importância da correta esterilização das vidrarias?
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2 – O que vem a ser meio de cultura? Qual o motivo de utilizar meio de cultura
alternativo em detrimento dos que estão disponíveis no mercado?
3 – O que foi possível observar na placa após 1 semana? É possível identificar as
espécies? Quais as limitações para esta identificação?
4 – Qual a correta posição da placa de Petri ao ser incubada? Justifique.
5 – O que vem a ser inóculo?
6 – Quais são os principais cuidados operacionais a serem seguidos durante o
manuseio das vidrarias e preservação dos microrganismos?
Referências
Biblioteca Digital de Ciências da Unicamp. Aula 1: Hipóteses sobre a origem da
vida e a vida primitiva. Disponível em: <
https://www.bdc.ib.unicamp.br/bdc/visualizarMaterial.php?idMaterial=1451#.WsLhwk
xFzIV>. Acesso: 22 jan. 2018.
SALVATORI, R. U. Laboratório de Microbiologia: normas gerais, instruções de
trabalho e procedimentos operacionais padrões. Org. Rosângela Uhrig Salvatori,
Greice Aline Kaisecamp Wolf, Fabíola Dresch e Andreia Aparecida Guimarães
Strohschoen - Lajeado: Ed. da Univates, 2013. 72 p. Disponível em: <
https://www.univates.br/editora-univates/media/publicacoes/18/pdf_18.pdf >. Acesso:
25 Fev. 2019.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
UFTP - Universidade Federal Tecnológica do Paraná. Disponível em: <
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/geraldo/microbiologia-pratica >. Acesso: 22 jan.
2018.
Objetivos
* Desenvolver a habilidade quanto o manuseio de vidrarias;
* Compreender a necessidade da diluição seriada para contagem de
microrganismos.
Duração: 2 aulas
110
Objetivos
* Realizar a técnica de microcultivo a partir de uma cultura pré-estabelecida;
* Desenvolver a habilidade em manuseio de vidrarias, operação da autoclave e
outros procedimentos corriqueiros.
Duração: 4 aulas
Figura 2 – Arranjo da placa de Petri para fins do micro cultivo. Fonte: própria.
Algumas considerações
a) Os objetivos desta aula são: esterilizar vidrarias e meio de cultura (fiz para a
primeira turma, mas esta deve preparar os materiais para as turmas seguintes);
conhecer as finalidades dos meios de cultura, fazer a inoculação para fins de micro
cultivo; realizar a diluição seriada;
b) Ficar atento aos cuidados de assepsia em todas as fases da análise;
c) Ao final de cada aula proceder a limpeza e esterilização dos materiais para a
turma seguinte (devido limitação de vidrarias não fizemos a preparação para todas
as turmas no dia anterior).
Exercícios
1) Qual a finalidade do meio de cultura?
2) Quais são os principais tipos de meio de cultura no que se refere ao
microrganismo alvo?
3) Qual ou quais as vantagens e desvantagens da classificação morfológica de
espécies?
4) Por que deve-se fazer a diluição seriada? Aplica-se a todas as amostras das
mais diferentes matrizes? Justifique.
Referências
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
113
Objetivos
* Visualizar protozoários ao microscópio óptico;
* Preservar os protozoários em microambientes no laboratório.
Duração: 4 aulas
Os protozoários: “pequenos animáculos?”
Os protozoários agrupam uma gama de seres vivos, com diversas
características, ao ponto de alguns biólogos vir a chamar o Reino Protista de “lixão
da biologia”, numa alusão em que se direciona a este Reino o que a taxonomia não
consegue êxito em classificar. A palavra “Protozoário” tem origem grega e quer dizer
“primeiros animáculos”, assim classificados nos primórdios da taxonomia.
Os protozoários apresentam as seguintes características gerais (TORTORA
et al., 2012):
Animais unicelulares, com características variando desde espécies
microscópicas na sua maioria, e espécies maiores chegando a algumas dezenas de
milímetros, como os grandes esporozoários;
O microrganismo Paramecium é utilizado para diferentes experimentos, bem
como é citado para exemplificar os tipos de reprodução;
A Ameba e outros tipos de protozoários, como os que possuem flagelos
(flagelados) e os que possuem cílios (ciliados), também são alvo de profunda
pesquisa científica;
Constituem a maior e mais complexa população da terra e estão adaptados a
uma infinidade de ambientes, sendo alguns parasitas;
Alguns são patogênicos, como os causadores da doença de Chagas e da
toxoplasmose;
Há espécies de vida livre.
Materiais
Conta-gotas; Recipiente para cultivo; Algumas folhas de alface; Lâminas;
Lamínulas; Microscópio; Clara de ovo.
Método
114
Exercícios
1) Faça um desenho esquemático sobre o que foi possível visualizar ao
microscópio.
2) Morfologicamente foi possível perceber espécies diferentes? Justifique.
3) Existe alguma estrutura de locomoção presente nos protozoários? Cite-as.
Referências
MEC. Ministério da Educação. Portal do Professor. Protozoários: Reino Protista.
Disponível em: <
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1884 >. Acesso: 20
jun. 2018.
PEREIRA, S. G.; FONSECA, G. A. G.; FELIZ, G. P. et. al. MANUAL DE AULAS
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA – COMPÊNDIO. Faculdade Cidade de
João Pinheiro. 150p. 2015. Disponível em: <
http://fcjp.edu.br/pdf/20150619104130fc.pdf >. Acesso: 20 jun. 2018.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
115
Objetivos
* Realizar as duas formas de plaqueamento;
* Aprimorar os cuidados de assepsia durante a manipulação das vidrarias e
amostras.
Duração: 4 aulas
Conceitos iniciais
Existem 2 tipos de plaqueamento: plaqueamento em profundidade e
plaqueamento por semeadura em superfície. A seguir tem-se as características
entre eles:
a) Plaqueamento por profundidade (ou pour plate) consiste em adicionar a
amostra diluída, distribuir o meio de cultura em placa de Petri esterilizada até
atingir a altura padrão de 3 a 4 mm (em placa de 90 mm de diâmetro é
adicionado 15 mL a 20 mL de ágar). Em seguida homogeneizar fazendo
movimentos em círculos. Aguardar o resfriamento e solidificação antes da
incubação invertida da placa;
b) Plaqueamento por semeadura em superfície consiste em distribuir o meio de
cultura fundido em placa de Petri esterilizada até que se obtenha uma
camada de no mínimo 3 mm a 4 mm (em (placa de 90 mm de diâmetro é
adicionado 15 mL a 20 mL de ágar). Após o resfriamento e solidificação do
meio na placa de Petri, adicionar uma alíquota da amostra (que pode também
ter passado por diluição seriada), e assim distribui a amostra por toda a placa
com a alça de Drigalsky, proporcionando completa absorção da amostra no
Agar.
Materiais
Solo, microscópio, placa de Petri, Meio de cultura TSA, autoclave, banho Maria,
Pipeta, agitador magnético.
116
Exercícios
1) Quais foram as placas que apresentam maior crescimento, de profundidade
ou superfície? Quais fatores poderiam proporcionar diferentes taxas de crescimento
para uma mesma diluição quando comparados os tipos de plaqueamento?
2) Qual o motivo de se utilizar 5 g de solo como amostra inicial?
3) Quais os principais cuidados devem ser adotados para evitar os riscos de
contaminação das amostras?
Referências
ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial. GUIA DE
MICROBIOLOGIA. CONTROLE MICROBIOLÓGICO NA INDÚSTRIA DE HIGIENE
PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS. PROCEDIMENTOS, PARÂMETROS,
ORIENTAÇÕES E METODOLOGIAS ANALÍTICAS. Parceria Sebrae. 1ªed. 2015.
Disponível em: < https://abihpec.org.br/guia-
microbiologia/files/assets/common/downloads/Guia%20de%20Microbiologia.pdf >.
Acesso: 22 Jun. 2018.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
117
Objetivos
* Aprimorar os cuidados de assepsia durante a manipulação das vidrarias e
amostras;
* Identificar grupos bacterianos ao microscópio a partir da técnica de Gram.
Duração: 4 aulas
A Técnica de Gram
A técnica de Gram foi idealizada por Hans Christian Gram em 1884. Os
corantes aplicados visam facilitar a identificação e observação de estruturas
celulares.
Os corantes podem ser compostos com íon positivo e íon negativo. O íon que
dá cor é chamado de radical cromóforo.
Os corantes conhecidos como básicos tem a cor do seu íon positivo,
enquanto que os ácidos tem a cor do íon negativo. A célula bacteriana é levemente
negativa, portanto, atrai corantes básicos. Os corantes básicos mais comuns são:
cristal violeta, azul de metileno e safranina.
As principais colorações são divididas em 3 grupos:
1) Coloração simples: tornar a forma e estrutura básica da célula mais
visível;
2) Coloração diferencial: coloração em função dos diferentes tipos de
bactérias;
3) Coloração especial: utilizada para identificar partes específicas dos
microrganismos, como esporos, flagelos e ainda revelar a presença de
cápsulas.
Método
1) Identificar a lâmina;
2) Pingar solução salina;
3) Colocar a cultura com alça bacteriológica e realizar a técnica de esfregaço;
4) Secar por aproximadamente 30 s;
5) Passar 4 vezes ao fogo (Bico de Bunsen), sem contato da chama diretamente
com a lâmina;
6) Cobrir a lâmina com Cristal Violeta e deixar por 1 minuto;
7) Lavar;
8) Aplicar Lugol por 1 minuto, cobrindo totalmente a lâmina;
9) Lavar;
10) Tombar e adicionar descorante por 10 a 20 s (opções: Acetona ou Álcool
concentrado);
11) Lavar em seguida;
12) Aplicar Fucsina ou Safranina por 30 s e lavar em seguida;
13) Secar por baixo e passar ao fogo rapidamente.
Exercícios
1) Qual a importância e/ou aplicação para se fazer o teste de Christian Gram?
(vale lembrar que a Técnica foi desenvolvida por Gram ainda no século XIX).
2) Todas as bactérias são Gram-positivas e/ou Gram-negativas? Justifique.
3) Há possibilidades para contornar as variações durante o experimento? (por
exemplo, como padronizar a dosagem de reagentes entre as pessoas que realizam
a técnica?)
Ver site sobre a Color Gram - https://www.youtube.com/watch?v=BdE47TTue9I
4) Para fins de identificação, qual seria a melhor indicação para obter a amostra
a cor submetida ao teste de Gram?
5) Quais os cuidados que devem ser adotados para evitar variações analíticas
em função dos materiais/reagentes a serem utilizados?
Referências
Biomerieux - https://www.youtube.com/watch?v=BdE47TTue9I
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
119
Objetivos
* Aprimorar os cuidados de assepsia durante a manipulação das vidrarias e
amostras;
* Verificar estruturas dos fungos filamentosos.
Duração: 4 aulas
Os fungos
A identificação dos fungos é baseada quase principalmente em sua
morfologia, que pode ser do ponto de vista macro ou microscópico.
Macroscopicamente os fungos podem apresentar vários tipos morfológicos
com colônias filamentosas, bolores e cremosas (leveduras) e com os mais diversos
tipos de pigmentos.
As principais características dos fungos são (TORTORA et al., 2012):
A hifa é a estrutura em destaque dos fungos filamentosos e o seu conjunto é
denominado micélio. O micélio pode ser diferenciado em vegetativo (exerce as
funções de assimilação de alimentos e fixação em substratos), e em reprodutivo
(quando atua na reprodução dos fungos);
Morfologicamente podem apresentar: a) Unicelular: Células arredondadas,
ovóides ou alongadas, podendo se reproduzir por brotamento, cissiparidade ou por
outro processo, e neste grupo tem-se as leveduras; b). Filamentoso: com ou sem
septos, que são estruturas que dividem as hifas. As hifas podem se diferenciar em
estruturas variadas, recebendo denominações diversas: rizóides, artrósporos
anastomoses, etc.
Método
a) Fazer a diluição 1:10 do composto (resíduo orgânico em processo de
maturação – compostagem);
b) Fazer a diluição seriada 10-2, 10-3 e 10-4;
c) Inocular em Placa de Petri com Meio de Cultura Sabouraud uma alíquota de
0,1 ml, na parte central da placa;
d) Incubar a 28°C por uma semana e paralelamente pelo mesmo período em
temperatura ambiente (observar se há efeito do fotoperíodo);
e) Proceder a técnica de microcultivo (tema de outra aula);
120
Exercícios
1) Em quais placas foi observado o maior crescimento?
2) O meio de cultura utilizado foi apropriado? Justifique.
3) Fale dos tipos morfológicos de fungos.
4) Os fungos devem ser consumidos para fins da alimentação humana?
Justifique. (obs.: pesquise sobre fungos alucinógenos)
Referências
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
USP. Universidade de São Paulo. Apostila das Aulas Práticas Microbiologia Básica
para Farmácia. 2017. Disponível em: <
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4101474/mod_resource/content/1/Apostila-
Praticas-BMM0160-DIURNO.pdf >. Acesso em 29 jun. 2018.
6.5.1 – Antibiograma
Objetivos
* Conhecer os procedimentos para os testes de antibiograma;
* Compreender a interpretar o resultado obtido no teste.
Duração: 4 aulas
Antibiograma
O antibiograma é a “análise que indica a sensibilidade de um microrganismo
isolado clinicamente aos antibióticos de uso corrente” (MADIGAN et al., 2016).
O procedimento padrão consiste em distribuir discos de papel de filtro sobre o
meio de cultura, e que estes sejam embebidos com o antibiótico a ser utilizado,
podendo simultaneamente testar vários tipos de antibióticos.
Quando o antibiótico tem efeito inibitório sobre o crescimento microbiano,
forma-se um halo no entorno da colônia, conforme mostra a figura 1. Para se
determinar a concentração ideal a ser utilizada, são realizados vários testes com
diferentes concentrações e/ou tipos de antibióticos. A menor concentração que
resultou na inibição total do crescimento (observada na placa de Petri, em tubos de
ensaio ou placa de microtubos) representa a Concentração Inibitória Mínima (CIM).
Método
O procedimento metodológico laboratorial, principalmente para fins de
pesquisa, utiliza microrganismos cultivados/preservados em laboratório e a partir de
diferentes concentrações, realizam-se diferentes modelos experimentais
(delineamentos). Para fins didáticos e devido a algumas limitações no Laboratório
(leia sobre níveis de biossegurança), serão utilizadas placas de Petri preparadas
previamente com microrganismos dispostos no solo e/ou outros ambientes.
Exercícios
123
Referências
BARONY, F. J. A. Acervo particular: Anotações de aula do curso de Especialização
em Microbiologia Aplicada – ICB: Instituto de Ciências Biológicas. UFMG:
Universidade Federal de Minas Gerais. 2018.
MADIGAN, M. T.; et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas Versiani et
al. Editora Artmed, 14ªed. 1006 p. 2016.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
Método
Os materiais utilizados são: tubo Falcon, espátula, bico de Bunsen, Meio de
cultura Ágar Batata e alça de repicagem.
O passo a passo segue exposto em duas partes.
Parte 1:
a) Foram cultivados fungos em placa com ágar batata, por 15 dias, pois é
quando atinge o metabolismo secundário;
b) Cortar o ágar com o fungo em pedados pequenos (fatiar o meio de cultura
para aumentar a superfície de contato) e colocar dentro do tubo Falcon;
c) Usar etanol como solvente para captar as macromoléculas e micromoléculas,
pois tem compostos secundários dentro da célula e no meio extracelular (figura 1). O
etanol é empregado por ser de baixo custo e menos tóxico, além da capacidade de
absorver um espectro maior de moléculas. A desvantagem é que não selecionam
compostos, e por isto o filtrado pode estar “sujo/contaminado” por açúcares, ácido
graxo...). O Dicloro Metano pode substituir o Etanol, mas tem custo muito mais
elevado, é tóxico e a comercialização é regulada pela Polícia Federal. O ideal é
deixar o Etanol em contato com o material do tubo Falcon por 4 a 5 dias;
125
d) Decorridos os dias acima, filtrar o material em filtro de papel para ficar livre de
esporo, micélio e outras partes indesejáveis. Para filtrar, dobrar o papel de filtro ao
meio por 3 vezes, até fazer um cone e inseri-lo no tubo falcon (figura 2);
e) O líquido obtido deve ser reservado e o restante descartado. Obs.: O Speed
Vac é o equipamento que acelera a remoção do etanol. É uma centrífuga à vácuo.
Normalmente são necessários 2 dias de acompanhamento do equipamento no
laboratório. O líquido tem que ser concentrado para poder ser usado no disco (do
jeito que está na foto e se aplicado no disco, o efeito é do etanol e não da
substância). OBS.: liofilizador é outro equipamento. OBS.: O material a ser obtido é
semelhante ao da figura 3, mas no presente roteiro não será realizada a
evaporação do etanol, de forma que o efeito do disco está mais pertinente ao Etanol
do que a viabilidade da Bioprospecção.
Figura 1 – Corte do meio de cultura da placa de Petri e introdução no tubo Falcon com
Etanol (à direita) e após 5 dias o material filtrado (à esquerda)
Parte 2:
a) Aplicar uma alçada da cultura (inoculação) de um cultivo já pré-existente em
salina e, posteriormente, 100 µL da solução foi plaqueada em Meio Mueller Hinton
(usar a Alça de Drigalski);
b) Após esse procedimento, colocar 3 discos de papel filtro na placa e 1 disco de
antibiótico (o Cloranfenicol, por exemplo);
c) Preparar o extrato na concentração de 500 µg/m (ou outra dentro das
possibilidades analíticas do Laboratório) e fazer a diluição seriada, transferindo
100µL nas diluições 10-2, 10-3 e 10-4;
d) Ao final, utilizar 10µL de cada diluição sobre os 3 discos de papel de filtro para
avaliar a ação do extrato como antibiótico (ATENTAR PARA A OBSERVAÇÃO DO
FINAL DA INTRODUÇÃO SOBRE ESTE ASSUNTO). Vale destacar também que até
a forma de extração de um produto bioativo pode alterar as suas propriedades de
interesse;
e) A distribuição dos discos na placa, bem como os resultados da ação das
diferentes concentrações do extrato, pode ser observada após 2 dias.
Exercícios
1 – O que vem a ser metabolismo secundário dos fungos? Por que torna-se mais
interessante nesta fase para fins de bioprospecção?
127
Referências
BARONY, F. J. A. Acervo particular: Anotações de aula do curso de Especialização
em Microbiologia Aplicada – ICB: Instituto de Ciências Biológicas. UFMG:
Universidade Federal de Minas Gerais. 2018.
MADIGAN, M. T.; et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas Versiani et
al. Editora Artmed, 14ªed. 1006 p. 2016.
SACCARO JUNIOR, N. L. A regulamentação de acesso a recursos genéticos e
repartição de benefícios: disputas dentro e fora do Brasil. Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada: Brasília, 2011. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
753X2011000100013 >. Acesso: 17 Abr. 2019.
SCHULZ, B.; BOYLE, C.; DRAEGER, S.; RÖMMERT, A.; KROHN, K. Endophytic
fungi: a source of novel biologically active secondary metabolites. Mycological
Research, v.106, p. 996–1004. 2002. Disponível em: <
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0953756208601501 >. Acesso
em: 17 Abr. 2019.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
Método
Exercícios
131
Referências
BARONY, F. J. A. Acervo particular: Anotações de aula do curso de Especialização
em Microbiologia Aplicada – ICB: Instituto de Ciências Biológicas. UFMG:
Universidade Federal de Minas Gerais. 2018.
MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M.; DUNLAP, P.V.; CLARK, D.P. Microbiologia de
Brock. 12. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. 1160 p.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Porto Alegre: Artmed,
10ª ed, 2012.
Pessoa Gil Vilat Alvares – Meios de Rugai e Lisina – motilidade combinados em um
só tubo. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v. 32. 1972. Disponível em: <
http://www.ial.sp.gov.br/resources/insituto-adolfo-lutz/publicacoes/rial/70/rial_321-
2_1972/n372.pdf >. Acesso: 18 Abr. 2019.
132
Objetivos
* Verificar o efeito das enzimas sobre a preservação dos alimentos;
* Compreender a atuação das enzimas sobre a velocidade das reações químicas.
Duração: 2 aulas
Breve conceituação
As proteínas são uma sequência de dezenas ou centenas de aminoácidos
ligados por meio de ligações peptídicas.
As principais funções das proteínas são: função estrutural e enzimas. No que
tange a atividade enzimática, ou catalizadores biológicos, consiste em acelerar a
velocidade de uma reação química mediante a diminuição da energia de ativação da
reação, mas com a peculiaridade de não ser consumida durante este processo.
O catalisador biológico corresponde a uma substância que diminui a energia
de ativação de uma reação. Já energia de ativação é a quantidade de energia
necessária para conduzir todas as moléculas de uma reação química a um estado
reativo (ex. O2 e H2 dentro de uma garrafa lacrada não formaria considerável
formação de água por falta de energia de ativação). O gráfico 1 abaixo ilustra os
conceitos até então abordados (MADIGAN, et al., 2016):
Método
Os materiais para o experimento são: Abacaxi, Mamão, Morango, Amaciante
para carnes, Peneira, Liquidificador (ou mixer), Microondas (pode ser substituído por
aquecimento a lamparina), Geladeira (pode ser substituído por banho de gelo),
Gelatina sem sabor, Tubos de ensaio, Pipetas volumétricas (pode ser substituído por
seringas graduadas), Espátula, Faca, Bastão de vidro, Béquer 500 ml, Canudos
plásticos (para refrigerantes), Caneta utilizada para marcar transparências de
retroprojetor.
135
Exercícios
1) Quais as frutas utilizadas no experimento que apresentam enzima
proteolítica? Como é possível chegar a essa conclusão?
136
2) Quais variações poderiam ser feitas nesse experimento para evidenciar ainda
mais o efeito da enzima? (sugestão: relacione tais variações com os fatores que
afetam atividade enzimática).
3) Qual seria o resultado esperado caso fosse utilizado suco de figo no
experimento? Explique.
4) Além das descritas no texto, para quais outros fins essas enzimas
proteolíticas poderiam também ser utilizadas?
5) Explique por que um fruto possui enzimas proteolíticas (relacionar com
processo de amadurecimento).
6) CAIU NO ENEM. ENEM (2005) A obesidade, que nos países desenvolvidos já
é tratada como epidemia, começa a preocupar especialistas no Brasil. Os últimos
dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada entre 2002 e 2003 pelo
IBGE, mostram que 40,6% da população brasileira estão acima do peso, ou seja,
38,8 milhões de adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Várias
são as dietas e os remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos.
Há alguns anos foi lançado no mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos
demais, pois inibe a ação das lipases, enzimas que aceleram a reação de quebra de
gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo intestino, e parte das
gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como os lipídios são altamente
energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No entanto, esse remédio apresenta
algumas contraindicações, pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino,
causando desagradáveis diarreias. Além do mais, podem ocorrer casos de baixa
absorção de vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, pois
(A) essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam de lipídios
para sua absorção. (B) a ausência dos lipídios torna a absorção dessas vitaminas
desnecessária.
(C) essas vitaminas reagem com o remédio, transformando-se em outras vitaminas.
(D) as lipases também desdobram as vitaminas para que essas sejam absorvidas.
X (E) essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com eles.
doce, pois cerca de 50% dos carboidratos responsáveis pelo sabor adocicado são
convertidos em amido nas primeiras 24 horas.
Para preservar o sabor do milho verde pode-se usar o seguinte procedimento em
três etapas:
1- descascar e mergulhar as espigas em Água fervente por alguns minutos;
2- resfriá-las em Água corrente;
3- conservá-las na geladeira.
Referências
CASTRO, R. J. S.; FREITAS, A. C.; PINTO, G. A. S. DETERMINAÇÃO DA
ATIVIDADE PROTEOLÍTICA EM EXTRATOS ENZIMÁTICOS OBTIDOS POR
MÚLTIPLAS EXTRAÇÕES E PRODUÇÃO DE PROTEASE DURANTE
REINCUBAÇÃO DE FARELO DE TRIGO EM FERMENTAÇÃO SEMI-SÓLIDA.
COBEQ – XVIII Congresso de Engenhara Química. 2010.
LIMA, S. L. T.; et al. Estudo da Atividade Proteolítica de Enzimas Presentes em
Frutos. Revista Química Nova Escola, n° 28. 2008.
MADIGAN, M. T.; et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas Versiani et
al. Editora Artmed, 14ªed. 1006 p. 2016.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
138
Objetivos
* Verificar o efeito das enzimas sobre a preservação dos alimentos;
* Entender o efeito de agentes inibidores da degradação dos alimentos;
* Interpretar as informações básicas contidas em rótulos de alimentos.
Duração: 2 aulas
Método
Os materiais necessários são: Banana caturra; maçã; pêra; Prato; conta-
gotas; faca e copos descartáveis; limão Taiti e Vitamina C (adquirida nas farmácias)
O passo a passo seguirá o exposto abaixo, sendo:
1) Dissolver a solução de vitamina C (ácido ascórbico), sendo: 1 g de vitamina C
em 40 mL de água;
2) Preparar um suco de limão concentrado, ou seja, sem água;
3) Cortar as frutas em 3 fatias de cada fruta de mais ou menos 5 mm de
espessura e colocar nos pratos. Usar uma das fatias como testemunha;
4) Nas outras duas fatias, adicionar com um conta-gotas o suco de limão ou a
solução de vitamina C (até o total recobrimento da superfície), respectivamente;
5) Aguardar aproximadamente 20 minutos para a observação do fenômeno de
escurecimento;
6) Explicar o processo de inibição enzimática ocorrido nas fatias das frutas
contendo suco de limão e vitamina C e o escurecimento enzimático ocorrido na fatia
sem as soluções dos antioxidantes.
4) Por que, nas saladas de frutas, a banana e a maçã não escurecem tão
rapidamente como acontece quando expostas ao ar?
Neste caso, pode ser em função das frutas ácidas, como o limão ou o
abacaxi. Quando a maçã entra em contato com o ácido desses alimentos, o
processo de oxidação é interrompido, afinal as enzimas de escurecimento são
desativadas. O mesmo processo é valido para bananas, abacates e batatas.
5) Podemos dizer que um alimento com escurecimento está em fase de
putrefação?
Putrefação é a ação de microrganismos que se proliferam e, em contato com
o ar e a umidade se decompõem, ou seja, apodrecem o alimento.
6) Pode ocorrer o escurecimento não enzimático dos alimentos?
Normalmente envolvem açúcares ou compostos relacionados com açúcares.
Referências
ARAÚJO, M.A. Química de alimentos. Teoria e prática. Viçosa: Imprensa
Universitária da Universidade Federal de Viçosa, 1995. p. 247.
CARVALHO, L. C.; LUPETTI, K. O.; FILHO, O. F. Um estudo sobre oxidação
enzimática e a prevenção do escurecimento de frutas no Ensino Médio. Química
Nova Escola. 2005.
CLERICI, M. T. P. S.; et al. Escurecimento enzimático: uma aula prática. Revista de
Ensino de Bioquímica. 2014.
MADIGAN, M. T.; et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas Versiani et
al. Editora Artmed, 14ªed. 1006 p. 2016.
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. Tradução: Aristóbolo
Mendes da Silva et al.. Porto Alegre: Artmed, 10ª ed, 2012. 934p.
Objetivos
* Ilustrar a hidrólise da ureia em urina catalisada pela urea