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FÍSICA EXPERIMENTAL III - RELATÓRIO:

Cicuito RLC
Lauro S. C. Neto*
Rodrigo R. S. Nascimento†
Departamento de Fı́sica; Universidade do Estado de Santa Catarina;
Centro de Ciências Tecnológicas; Joinville 89219-710, Santa Catarina, Brasil

Abril de 2014

Resumo
Nesta atividade foi analisado do ponto de vista experimental, o compor-
tamento de um circuito composto por um resistor, um capacitor e um
indutor, comumente conhecido como circuito 𝑅𝐿𝐶. Toda a análise do cir-
cuito parte da configuração de seus componentes dada em série e tendo
como fonte de força eletromotriz, um gerador de frequência alternada.
Verificou-se em quais condições o circuito exibe o fenômeno de ressonân-
cia através da análise gráfica da amplitude de corrente em função da
frequência do gerador.

Palavras-chaves: Circuito Elétrico; Grandezas Elétricas; Instrumentos


de Medidas.

Sumário

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1 Circuito RLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Ressonância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Medida da Corrente Elétrica do Circuito 𝑅𝐿𝐶 . . . . . . . . . 7
2.3 Medida das Diferenças de Potencial em cada um dos Elementos
do Circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
*
Email: lauro.sc@hotmail.com

Email: rodrigorsnascimento@gmail.com
Introdução 2

3.1 Medida da Corrente Elétrica do Circuito 𝑅𝐿𝐶 . . . . . . . . . 7


3.2 Medida das Diferenças de Potencial em cada um dos Elementos
do Circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4 Discussão dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
A Demonstrações Matemáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
A.1 Dedução da Eq. (4.1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
A.2 Dedução da Eq. (3.2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

1 Introdução
Na natureza são inúmeros os fenômenos que envolvem oscilações. Um
exemplo comum é o pêndulo de um relógio, que se move periódicamente (ou
seja, repetindo o seu movimento ao fim de um intervalo de tempo bem defi-
nido) em torno de uma posição de equilı́brio. Nos relógios mecânicos de me-
nores dimensões o pêndulo é substituido por uma massa ligada a uma mola,
que tem um comportamento em tudo semelhante ao do pêndulo. E nos reló-
gios eletrônicos substituido por um sistema também oscilante, mas neste caso
as oscilações são de natureza eléctrica. O circuito 𝑅𝐿𝐶 onde, 𝑅 designa um
resistor, 𝐿 um indutor e 𝐶 um capacitor, é também um circuito elétrico osci-
lante por excelência. A sua simplicidade permite-nos controlar fácilmente os
parâmetros que caracterizam o seu funcionamento, o que o torna ainda um ex-
celente candidato para a simulação de outros sistemas oscilantes (por exemplo
mecânicos, em que o controle de cada parâmetros do sistema pode ser mais
difı́cil). É extensivamente utilizado como elemento de filtragem em diferentes
circuitos electrônicos, o indutor, impede que correntes com frequências muito
altas atravassem o circuito, já o capacitor, impede a circuilação de frequências
muito baixas. Há ainda, uma frequência para a qual a corrente tem maior
amplitude, chamada de frequência de ressonância. Um circuito 𝑅𝐿𝐶 bem ca-
librado, pode ser usado para selecionar frequências de rádio por exemplo, o
que nos permite escolher qual estação desejamos escutar.
A seguir analisaremos mais detalhadamente este circuito.

1.1 Circuito RLC


Um circuito 𝑅𝐿𝐶, com seus respectivos componentes, está represen-
tado na Figura 1.1
Introdução 3

Figura 1.1 – Circuito RLC disposto em série.

Aqui 𝑅 representa o resistor, 𝐿 o indutor, 𝐶 o capacitor e 𝐸(𝑡) um


gerador de força eletromotriz alternada.
De acordo com a Lei das Malhas de Kirchoff (1), a soma das tensões
𝑉𝑅 , 𝑉𝐿 e 𝑉𝐶 é sempre igual a força eletromotriz aplicada 𝑉 (𝑡), assim

𝑉𝑅 + 𝑉𝐿 + 𝑉𝐶 = 𝑉 (𝑡) (1.1)
𝑑𝑄
Considerando que, 𝑉𝑅 = 𝑅𝐼, 𝑉𝐿 = 𝐿 𝑑𝐼 𝑑𝑡 , 𝑉𝐶 = 𝑄/𝐶 e 𝐼 = 𝑑𝑡 podemos então
escrever a Eq. (1.1), em termos de 𝐼 e suas derivadas como segue

𝑑2 𝐼 𝑑𝐼 1 𝑑𝑉 (𝑡)
𝐿 2
+𝑅 + 𝐼 = (1.2)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐶 𝑑𝑡
O circuito é alimentado por uma fonte de força eletromotriz alternada tal
que, 𝑉 (𝑡) = 𝑉0 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡), onde 𝜔 é a frequência natural de oscilação da força
eletromotriz e 𝑉0 o seu valor absoluto. Então, a Eq. (1.2) fica

𝑑2 𝐼 𝑑𝐼 1
𝐿 + 𝑅 + 𝐼 = 𝜔𝑉0 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) (1.3)
𝑑𝑡2 𝑑𝑡 𝐶
A solução geral de (1.3) é dada por uma combinação entre as solução da
homogênea 𝐼ℎ (𝑡) e uma solução particular 𝐼𝑝 (𝑡) como segue

𝐼(𝑡) = 𝐼ℎ (𝑡) + 𝐼𝑝 (𝑡) (1.4)

Usando o método dos coeficientes à determinar (2), é possı́vel propor uma


solução particular para (1.3) do tipo 𝐼𝑝 (𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) com; 𝐴 a amplitude
e 𝜑 o ângulo de fase da corrente, ou seja, estamos supondo que ao aplicarmos
uma tensão oscilante no circuito, o mesmo responderá com uma corrente que
oscila da mesma forma. Temos por objetivo então, determinar 𝐴 e 𝜑 de maneira
que nos permita obter 𝐼𝑝 (𝑡). Sendo assim, para que 𝐼𝑝 (𝑡) seja solução de (1.3),
devemos ter
1
−𝐿𝜔 2 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) + 𝑅𝜔𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 − 𝜑) + 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) = 𝜔𝑉0 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡) (1.5)
𝐶
Introdução 4

colocando os termos em comum em evidência e manipulando o lado direito da


igualdade segue que
(︂ )︂
1
− 𝐿𝜔 2 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) + 𝑅𝜔𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 − 𝜑) = 𝜔𝑉0 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 − 𝜑 + 𝜑)
𝐶
= 𝜔𝑉0 𝑐𝑜𝑠(𝜑)𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜑)
− 𝜔𝑉0 𝑠𝑒𝑛(𝜑)𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜑)
(1.6)

Comparando os coeficentes de 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 − 𝜑) e 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) tem-se a relação


(︂ )︂
2 1
𝐿𝜔 − 𝐴 = 𝜔𝑉0 𝑠𝑒𝑛(𝜑) (1.7a)
𝐶
𝑅𝜔𝐴 = 𝜔𝑉0 𝑐𝑜𝑠(𝜑) (1.7b)

Dividindo (1.7a) por (1.7b) encontramos o valor da constante de fase 𝜑

𝐿𝜔 2 − 𝐶1
𝑡𝑔(𝜑) = (1.8)
𝑅𝜔
1
𝐿𝜔 − 𝜔𝐶
𝜑(𝜔) = (1.9)
𝑅
elevando ambos os lados das Eq. (1.7a), (1.7b), e somando-as, encontramos o
valor de 𝐴
[︂(︂ )︂ ]︂2
1
2
𝐿𝜔 − 𝐴 + (𝑅𝜔𝐴)2 = [𝜔𝑉0 𝑠𝑒𝑛(𝜑)]2 + [𝜔𝑉0 𝑐𝑜𝑠(𝜑)]2
𝐶
𝑉0
𝐴 = √︁(︀ (1.10)
1 2
)︀
𝐿𝜔 − 𝜔𝐶 + 𝑅2

se fizermos √︃(︂
1 2
)︂
𝑍(𝜔) = 𝐿𝜔 − + 𝑅2 (1.11)
𝜔𝐶
então a solução particular do circuito fica
𝑉0
𝐼𝑝 (𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) (1.12)
𝑍
por definição, 𝑍 é chamado de impedância do circuito para a frequência de
oscilação 𝜔, indica a oposição total que o circuito oferece ao fluxo da uma
corrente elétrica variável no tempo.
Para a solução da homogênea, supomos 𝐼(𝑡) = 𝑒𝑟𝑡 , substituindo 𝐼(𝑡)
na Eq. (1.3) encontramos o polinômio caracterı́stico
1
𝐿𝑟2 + 𝑅𝑟 + =0
𝐶
Introdução 5

cujo a solução é √︃(︂ )︂2


𝑅 𝑅 1
𝑟1,2 =− ± −
2𝐿 2𝐿 𝐿𝐶
dependendo dos valores de 𝑅, 𝐿 e 𝐶 o circuito pode ser classificado como
crı́tico, subcrı́tico ou supercrı́tico, aqui não faremos o estudo dos casos da
solução homogênea, porém, para um estudo mais detalhado destes casos o
leitor pode consultar por exemplo: (1, 2, 3). Dito isto, a solução da homogênea
fica
𝐼ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑒𝑟1 + 𝑐2 𝑒𝑟2 (1.13)
e finalmente a solução geral de (1.3) é
𝑉0
𝐼(𝑡) = 𝑐1 𝑒𝑟1 𝑡 + 𝑐2 𝑒𝑟2 𝑡 + 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) (1.14)
𝑍
com 𝑐1 e 𝑐2 constantes arbitrárias determinadas pelas condições iniciais do
problema.
O circuito a ser tratado na próxima seção não exige a solução homo-
gênea portanto, podemos assumir que a solução particular 𝐼𝑝 (𝑡) é suficiente
para descrever o comportamento do circuito, e então
𝑉0
𝐼(𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜑) (1.15)
𝑍

1.2 Ressonância
Em suma, todo sistema oscilante sujeito à uma força externa periódica,
exibe em algum momento, o fenômeno de ressonância. Consiste na tendência
do sistema oscilar em máxima amplitude quando a frequência angular da força
externa é igual à frequência angular natural do sistema. No caso do circuito
𝑅𝐿𝐶 estudado, a amplitude da corrente em função da frequência de oscilação
da força eletromotriz aplicada é dada por
𝑉0
𝐼𝑚 = √︁(︀ (1.16)
1 2
)︀
𝐿𝜔 − 𝜔𝐶 + 𝑅2

e será máxima quando o termo 𝐿𝜔 − 1/𝜔𝐶 no denominador for zero, isto é


1
𝐿𝜔 =
𝜔𝐶
1
𝜔=√ (1.17)
𝐿𝐶
Como
√ a frequência angular natural 𝜔 do circuito 𝑅𝐿𝐶 também é igual a
1/ 𝐿𝐶, o valor 𝐼𝑚 é máximo quando a frequência angular da força eletromo-
triz for igual a frequência natural 𝜔0 do circuito.
1
𝜔 = 𝜔0 = √ (1.18)
𝐿𝐶
Procedimento Experimental 6

Temos que neste caso


𝑉0
𝐼𝑚 (𝜔0 ) = (1.19)
𝑅
ou seja, para essa frequência, a impedância equivale à resistência 𝑅. A Fig. 1.2
mostra três curvas de ressonância para excitações senoidais em três circuitos
𝑅𝐿𝐶 em série que diferemapenas quanto ao valor de 𝑅. As três curvas atingem
o máximo de amplitude quando a razão 𝜔0 /𝜔 é igual a 1, mas o valor máximo
de 𝐼𝑚 é inversamente proporcional a 𝑅. Além disso, a largura das curvas
aumenta quant maior for 𝑅.

Figura 1.2 – Curvas de ressonância do circuito 𝑅𝐿𝐶 para três valores de 𝑅.

No gráfico acima, 𝑋𝐶 = 1/𝜔0 𝐶 e 𝑋𝐿 = 𝜔0 𝐿 representam as reatâncias


capacitiva e indutiva respectivamente.
Quando aumentamos 𝜔0 a reatância 𝑋𝐶 continua a ser dominante
mas diminui, enquanto a reatância 𝑋𝐿 aumenta. Com a diminuição de 𝑋𝐶 a
impedância diminui e a corrente aumenta, como podemos ver no lado esquerdo
da curva de ressonância da Fig. 1.2. Quando a diminuição de 𝑋𝐶 e o aumento
de 𝑋𝐿 fazem com que a duas reatâncias sejam igauis, a corrente atinge o valor
máximo e o circuito encontra-se em ressonância, com 𝜔0 = 𝜔.
Quando 𝜔0 continua a aumentar, a reatância 𝑋𝐿 se torna cada vez
mais dominante em relação a reatância 𝑋𝐶 . A impedância aumenta por causa
de 𝑋𝐿 e a corrente diminui, como do lado direito da curva de ressonância da
Fig. 1.2.

2 Procedimento Experimental
Nesta secção apresentaremos a montagem e os principais componentes
do circuito 𝑅𝐿𝐶, bem como o procedimento para obter as medidas que o
caracteriza.

2.1 Materiais
∙ Gerador de áudio;
∙ Multı́metro digital (×5);
∙ Resistor elétrico 𝑅 = 68Ω;
Resultados 7

∙ Indutor 𝐿 = 1, 3𝑚𝐻;
∙ Capacitor 𝐶 = 4, 7𝑛𝐹 ;
∙ Fios elétricos;

2.2 Medida da Corrente Elétrica do Circuito 𝑅𝐿𝐶


Após montarmos o circuito 𝑅𝐿𝐶 em série conforme indica o diagrama
da Figura 2.1,

Figura 2.1 – Diagrama de montagem do circuito 𝑅𝐿𝐶 onde 𝑉 representa a


fonte de tensão (gerador de áudio), 𝐼 a corrente que circula pelo
circuito, 𝑅 o resistor, 𝐿 o indutor e 𝐶 o capacitor.

ajustamos a frequência de saı́da do gerador de áudio para o valor 𝜈 = (2, 00 ±


0, 01)𝑘𝐻𝑧 e a tensão elétrica do mesmo para o valor 𝑉0 = (2, 02 ± 0, 01)𝑉 ,
em seguida, configuramos um conjunto de multı́metros digitais para obter os
valores das diferenças de potenciais no indutor, capacitor, resistor e no circuito
como um todo. Um quinto multı́metro foi configurado para obter o valor da
corrente que circula pelo circuito, obtendo-se o valor de 𝐼0 = (1, 29 ± 0, 01)𝑚𝐴
para a corrente inicial, em seguida, obteve-se o valor da corrente que atravessa
o circuito variando a frequência do gerador de áudio de 2, 0 em 2, 0𝑘𝐻𝑧 até
alcançar o valor de 40, 0𝑘𝐻𝑧.

2.3 Medida das Diferenças de Potencial em cada um dos Elementos do


Circuito
Com o circuito montado da Figura 2.1, obtemos os valores das diferen-
ças de potenciais no resistor 𝑉𝑅 , no capacitor 𝑉𝐶 , no indutor 𝑉𝐿 e no cricuito
todo 𝑉𝑇 , procedendo da mesma forma como descrito na Seção 2.2.

3 Resultados
3.1 Medida da Corrente Elétrica do Circuito 𝑅𝐿𝐶
Com os valores das amplitudes de correntes em função da variação da
frequência dada pelo gerador de frequência da Fig. 2.1, montamos a Tabela
3.1 a seguir
Resultados 8

Tabela 3.1 – Corrente elétrica obtida em função da frequência aplicada ao


circuito.
Freq. (𝑘𝐻𝑧) Corrente (𝑚𝐴) Freq.(𝑘𝐻𝑧) Corrente (𝑚𝐴)
2, 0 ± 0, 1 1, 29 ± 0, 01 22, 0 ± 0, 1 13, 28 ± 0, 01
4, 0 ± 0, 1 2, 64 ± 0, 01 24, 0 ± 0, 1 10, 29 ± 0, 01
6, 0 ± 0, 1 4, 27 ± 0, 01 26, 0 ± 0, 1 8, 20 ± 0, 01
8, 0 ± 0, 1 5, 96 ± 0, 01 28, 0 ± 0, 1 6, 51 ± 0, 01
10, 0 ± 0, 1 8, 35 ± 0, 01 30, 0 ± 0, 1 4, 33 ± 0, 01
12, 0 ± 0, 1 11, 66 ± 0, 01 32, 0 ± 0, 1 3, 64 ± 0, 01
14, 0 ± 0, 1 16, 12 ± 0, 01 34, 0 ± 0, 1 3, 28 ± 0, 01
16, 0 ± 0, 1 17, 8 ± 0, 1 36, 0 ± 0, 1 3, 09 ± 0, 01
18, 0 ± 0, 1 18, 2 ± 0, 1 38, 0 ± 0, 1 2, 64 ± 0, 01
20, 0 ± 0, 1 14, 4 ± 0, 1 40, 0 ± 0, 1 2, 22 ± 0, 01

O gráfico da amplitude de corrente em função da frequência gerada


esta representdo pela Fig. 3.1 como segue

Figura 3.1 – Gráfico da amplitude de corrente em função da variação da


frequência da fonte

f(x)
’dados1.dat’
18 ’pto_max.dat’ using 1:2

16

14
Amplitude de Corrente (mA)

12

10

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
FrequŒncia (kHz)

Pela análise do gráfico, podemos encontrar a frequência de ressonância


do circuito, sendo este o ponto onde a curva atinge seu máximo, ou seja,
𝑃𝑚´𝑎𝑥 = [(16, 31 ± 0, 01)𝑘𝐻𝑧; (19, 26 ± 0, 01)𝑚𝐴)].
Resultados 9

3.2 Medida das Diferenças de Potencial em cada um dos Elementos do


Circuito
A Tabela 3.2 mostra o valor das tensões encontradas em cada compo-
nente do circuito.

Tabela 3.2 – Tensões elétricas encontradas nos componentes em função da


frequência aplicada ao circuito.
Freq. (𝑘𝐻𝑧) 𝑉𝑅 (𝑉 ) 𝑉𝐿 (𝑉 ) 𝑉𝐶 (𝑉 ) 𝑉𝑇 (𝑉 )
2, 0 ± 0, 1 0, 06 ± 0, 01 0, 01 ± 0, 1 2, 05 ± 0, 01 2, 02 ± 0, 01
4, 0 ± 0, 1 0, 13 ± 0, 01 0, 08 ± 0, 1 2, 10 ± 0, 01 2, 01 ± 0, 01
6, 0 ± 0, 1 0, 22 ± 0, 01 0, 22 ± 0, 1 2, 24 ± 0, 01 2, 02 ± 0, 01
8, 0 ± 0, 1 0, 33 ± 0, 01 0, 44 ± 0, 1 2, 41 ± 0, 01 1, 09 ± 0, 01
10, 0 ± 0, 1 0, 49 ± 0, 01 0, 83 ± 0, 1 2, 80 ± 0, 01 2, 07 ± 0, 01
12, 0 ± 0, 1 0, 76 ± 0, 01 1, 57 ± 0, 1 3, 33 ± 0, 01 2, 03 ± 0, 01
14, 0 ± 0, 1 1, 15 ± 0, 01 2, 76 ± 0, 1 4, 15 ± 0, 01 2, 01 ± 0, 01
16, 0 ± 0, 1 1, 57 ± 0, 1 4, 27 ± 0, 1 4, 83 ± 0, 01 2, 00 ± 0, 01
18, 0 ± 0, 1 1, 73 ± 0, 1 5, 21 ± 0, 1 4, 76 ± 0, 01 2, 00 ± 0, 01
20, 0 ± 0, 1 1, 52 ± 0, 1 5, 18 ± 0, 1 3, 77 ± 0, 01 2, 04 ± 0, 01
22, 0 ± 0, 1 1, 19 ± 0, 1 4, 64 ± 0, 1 2, 76 ± 0, 1 2, 07 ± 0, 01
24, 0 ± 0, 1 0, 94 ± 0, 1 4, 21 ± 0, 1 2, 04 ± 0, 1 2, 04 ± 0, 01
26, 0 ± 0, 1 0, 75 ± 0, 1 3, 88 ± 0, 1 1, 55 ± 0, 1 2, 07 ± 0, 01
28, 0 ± 0, 1 0, 59 ± 0, 1 3, 54 ± 0, 1 1, 17 ± 0, 1 2, 04 ± 0, 01
30, 0 ± 0, 1 0, 47 ± 0, 1 3, 33 ± 0, 1 0, 88 ± 0, 1 2, 06 ± 0, 01
32, 0 ± 0, 1 0, 36 ± 0, 1 3, 11 ± 0, 1 0, 66 ± 0, 1 2, 02 ± 0, 01
34, 0 ± 0, 1 0, 27 ± 0, 1 2, 99 ± 0, 1 0, 56 ± 0, 1 2, 03 ± 0, 01
36, 0 ± 0, 1 0, 20 ± 0, 1 2, 89 ± 0, 1 0, 36 ± 0, 1 2, 03 ± 0, 01
38, 0 ± 0, 1 0, 14 ± 0, 1 2, 83 ± 0, 1 0, 24 ± 0, 1 2, 05 ± 0, 01
40, 0 ± 0, 1 0, 08 ± 0, 1 2, 75 ± 0, 1 0, 14 ± 0, 1 2, 04 ± 0, 01

Em cada um dos elementos do circuito, a partir das medidas de 𝑉𝑅 ,


𝑉𝐿 e 𝑉𝐶 , para valor de freqüência, calcule o valor da expressão
√︁
𝑉 * = 𝑉𝑅2 + (𝑉𝐿 − 𝑉𝐶 )2 (3.1)

tendo como resultado a tabela abaixo


Discussão dos Resultados 10

Tabela 3.3 – Tabela 3: Tensão do circuito em função da frequência aplicada e


seu respectivo erro.
Freq. (𝑘𝐻𝑧) 𝑉 * (𝑉 ) Freq.(𝑘𝐻𝑧) 𝑉 * (𝑉 )
2, 0 ± 0, 1 2, 04 ± 0, 01 22, 0 ± 0, 1 2, 22 ± 0, 04
4, 0 ± 0, 1 2, 02 ± 0, 01 24, 0 ± 0, 1 2, 36 ± 0, 03
6, 0 ± 0, 1 2, 03 ± 0, 01 26, 0 ± 0, 1 2, 45 ± 0, 03
8, 0 ± 0, 1 2, 00 ± 0, 02 28, 0 ± 0, 1 2, 44 ± 0, 02
10, 0 ± 0, 1 2, 03 ± 0, 02 30, 0 ± 0, 1 2, 49 ± 0, 02
12, 0 ± 0, 1 1, 92 ± 0, 03 32, 0 ± 0, 1 2, 48 ± 0, 02
14, 0 ± 0, 1 1, 80 ± 0, 04 34, 0 ± 0, 1 2, 44 ± 0, 02
16, 0 ± 0, 1 1, 67 ± 0, 06 36, 0 ± 0, 1 2, 54 ± 0, 01
18, 0 ± 0, 1 1, 79 ± 0, 07 38, 0 ± 0, 1 2, 59 ± 0, 01
20, 0 ± 0, 1 2, 07 ± 0, 05 40, 0 ± 0, 1 2, 61 ± 0, 01

sendo o erro em 𝑉 * dado por


𝑉𝑅 △𝑉𝑅 + 𝑉𝐿 △𝑉𝐿 + 𝑉𝐶 △𝑉𝐶
△𝑉 * = (3.2)
𝑉*
Para cada valor de frequência, foi comparado o valor de 𝑉 * com o valor de
tensão da fonte (∼ 2, 00𝑉 ), e calculado o erro percentual, mostrado na tabela
abaixo.

Tabela 3.4 – Erro percentual da tensão total do circuito.


𝑉 * (𝑉 ) Erro(𝜀% ) 𝑉 * (𝑉 ) Erro(𝜀% )
2, 04 ± 0, 01 1% 2, 22 ± 0, 04 11%
2, 02 ± 0, 01 1% 2, 36 ± 0, 03 16%
2, 03 ± 0, 01 1% 2, 45 ± 0, 03 18%
2, 00 ± 0, 02 0% 2, 44 ± 0, 02 20%
2, 03 ± 0, 02 2% 2, 49 ± 0, 02 21%
1, 92 ± 0, 03 6% 2, 48 ± 0, 02 23%
1, 80 ± 0, 04 13% 2, 44 ± 0, 02 20%
1, 67 ± 0, 06 18% 2, 54 ± 0, 01 25%
1, 79 ± 0, 07 11% 2, 59 ± 0, 01 27%
2, 07 ± 0, 05 4% 2, 61 ± 0, 01 28%

4 Discussão dos Resultados


Analisando os resultados obtidos e comparando-os com os valores es-
perados, pode-se concluir que o experimento foi válido. Possivelmente os erros
se dão pela impedância interna do gerador de sinal e pelo erro de medição dos
equipamentos utilizados durante o experimento.
Do Gráfico 3.1, podemos ver que a frequência de ressonância do cir-
cuito é aproximadamente (16, 31 ± 0, 01)𝑘𝐻𝑧. Comparando com o valor espe-
Discussão dos Resultados 11

rado, calculado por


1
𝜈𝑟𝑒𝑠 = √ = 20, 4𝑘𝐻𝑧 (4.1)
2𝜋 𝐿𝐶
e, termos de erro relativo temos
⃒ ⃒
⃒ △𝜈𝑟𝑒𝑠 ⃒
𝜀𝑟𝑒𝑙 =⃒
⃒ ⃒ = 0, 20 (4.2)
𝜈𝑟𝑒𝑠 ⃒

Fazendo uma análise da Tabela 3.4, nota-se que o erro percentual vai
aumentando a medida que se aproxima da frequência de ressonância, próximo
de 16, 31𝑘𝐻𝑧 onde 𝑉 * mede aproximadamente ∼ 1, 75𝑉 . Após uma ligeira
queda, o erro volta a subir. Isto ocorre devido a impedância interna do gerador
de sinal, a medida que se aproxima da frequência de ressonância, a resistência
se torna mais relevante no cálculo da impedância.

Referências

1 HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Fı́sica 3:


Eletromagnetismo. 8a
¯ . [S.l.]: LTC, 2009. 419 p. Citado 2 vezes nas páginas 3
e 5.

2 MACHADO, K. D. Equações Diferenciais Aplicadas à Fı́sica. 2a¯ . [S.l.]:


UEPG, 2000. 169-173 p. Citado 2 vezes nas páginas 3 e 5.

3 NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Fı́sica Básica 3: Eletromagnetismo. 1a¯ .


[S.l.]: Edgard Blüncher, 1997. 313 p. Citado na página 5.
Apêndice A
Demonstrações Matemáticas 13

A Demonstrações Matemáticas
A.1 Dedução da Eq. (4.1).
Quando o circuito está em ressonância temos
1
𝜔𝐿 − =0 (A.1)
𝜔𝐶
1
𝜔2 = (A.2)
𝐿𝐶
mas 𝜔 = 2𝜋𝜈, logo
1
2𝜋𝜈 = √ (A.3)
𝐿𝐶
1
𝜈= √ (A.4)
2𝜋 𝐿𝐶

A.2 Dedução da Eq. (3.2)


Sabendo que √︁
𝑉* = 𝑉𝑅2 + (𝑉𝐿 − 𝑉𝐶 )2 (A.5)
então, derivando (A.5) e substituindo o valor destas derivadas em (??) ficamos
com
⃒ 𝜕𝑉 * ⃒ ⃒ 𝜕𝑉 * ⃒ ⃒ 𝜕𝑉 * ⃒
⃒(︂ )︂⃒ ⃒(︂ )︂⃒ ⃒(︂ )︂⃒
*
∆𝑉 = ⃒ ⃒ ⃒ ∆𝑉𝑅 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝑉𝐿 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝑉𝐶 (A.6)
𝜕𝑉𝑅 ⃒ 𝜕𝑉𝐿 ⃒ 𝜕𝑉𝐶 ⃒
𝑉𝑅 ∆𝑉𝑅 𝑉𝐿 ∆𝑉𝐿 𝑉𝐶 ∆𝑉𝐶
= √︁ + √︁ + √︁
𝑉𝑅2 + (𝑉𝐿 − 𝑉𝐶 )2 𝑉𝑅2 + (𝑉𝐿 − 𝑉𝐶 )2 𝑉𝑅2 + (𝑉𝐿 − 𝑉𝐶 )2
(A.7)
𝑉𝑅 ∆𝑉𝑅 𝑉𝐿 ∆𝑉𝐿 𝑉𝐶 ∆𝑉𝐶
= + +
𝑉* 𝑉* 𝑉*
Simplificando a Eq. acima demostra-se (3.2) como segue:

𝑉𝑅 △𝑉𝑅 + 𝑉𝐿 △𝑉𝐿 + 𝑉𝐶 △𝑉𝐶


∆𝑉 * = (A.8)
𝑉*

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