Ao contrário do que muitos pensam nem todo 2.1.1. Duas fases controladas
soft-starter controla as três fases.
Essa é a arquitetura mais popular no
Vamos estudar três possibilidades. mercado. A Figura 12 ilustra como R e T são
controladas enquanto S vai direto a motor. O
2.1.1. Uma fase controlada circuito de controle não foi mostrado, pois é
comum a esses modelos mudando apenas sua
Há modelos no mercado que controlam complexidade, em função do número de pulsos
apenas uma das três fases na partida. Com de disparo necessário para cada arquitetura.
certeza esses modelos são mais baratos, porém,
por razoes óbvias mais limitados. A fase
controlada, aliás, é de fato controlada apenas na
janela de tempo de partida. Quando o motor
atinge a rotação nominal, o soft-starter funciona
como um contator, ligando-o diretamente a rede
elétrica. A única função que permanece nessa
situação, é a de proteção térmica.
A Figura 11 ilustra nosso primeiro tipo
onde apenas a fase R é controlada através de
um circuito que adianta ou atrasa o ângulo de
disparo, e cujos pulsos de disparo são enviados
a um TRIAC. Notem que a medida que o tempo
passa (inércia sendo vencida) o ângulo de
disparo vai diminuindo. Conforme o ângulo de
disparo reduz, o de condução aumenta,
permitindo que uma maior parcela da senóide
chegue a carga. Então, com maior tensão temos
maior corrente e consequentemente mais torque.
1. INVERSOR DE FREQUÊNCIA
1.1. Introdução
Depende apenas de qual sinal tem maior contínuo fixo na entrada não inversora (também
amplitude em determinado momento. Conforme conhecida como entrada de referencia).
se pode observar tem-se um sinal dente de serra
na entrada inversora e um sinal perfeitamente
com o uso de inversores com tecnologia Escalar hora sobre o valor da tensão, hora sobre o valor
ou V/F. da freqüência, proporcionando melhor
Algumas aplicações entretanto, como desempenho do motor.
elevadores, guinchos, bobinadeiras e máquinas Funções como a de compensação de
operatrizes necessitam além da variação de Escorregamento, aumentam a freqüência de
velocidade o controle de torque, operações saída na mesma proporção da elevação de
em baixíssimas rotações e alta velocidade de corrente de motor, acima da corrente de vazio,
resposta, sendo atendidas por inversores com compensando a queda de velocidade devido ao
tecnologia Vetorial de Fluxo. escorregamento.
Funções como a de Economia de
1.1. Inversor Escalar Energia, reduzem a tensão de saída do inversor
quando a carga é reduzida melhorando a
Em linhas gerais, podemos dizer que os eficiência do motor e economizando energia
inversores escalares são fontes de alimentação elétrica.
com valores de tensão/freqüência pré-
determinados dentro de toda a faixa de variação
de velocidade. 1.1. Inversores Vetoriais de Fluxo
Existem curvas V/F prontas, destinadas as
aplicações mais comuns, como curvas Os Inversores Vetoriais de Fluxo
quadráticas para bombas e ventiladores e curvas produzem uma saída trifásica com tensão(V) e
com alto torque de partida. Também existe a freqüência (F) controladas independentemente,
possibilidade de programação dos valores da não seguindo uma curva V/F pré- fixada.
curva V/F possibilitando a sua adaptação a A idéia é manter o fluxo magnético do
cargas especiais. motor constante e controlar diretamente o
Considerando-se que o torque no eixo do torque do eixo do motor controlando-se a
motor é proporcional à relação V/F, os inversores corrente retórica do mesmo.
escalares irão disponibilizar ao motor torques Os Inversores Vetoriais de Fluxo
pré-determinados, não compensando as possuem dois controladores, um controla a
necessidades de torques adicionais requeridas corrente de magnetização e o outro a corrente
por determinadas aplicações. do motor. O torque no motor será imposto e
A compensação de torque principalmente controlado diretamente, ao contrário dos
em baixas rotações é normalmente realizada Inversores Escalares onde o torque é
através da programação da curva V/F. Se conseqüência do escorregamento do motor.
elevamos o valor da relação V/F, elevando-se, Os inversores Vetoriais de Fluxo estão
portanto a disponibilidade de torque no motor. divididos em duas categorias: com e sem
Tal efeito é normalmente denominado de realimentação. A realimentação ou "Feedback",
Reforço de Torque para baixas rotações, ou permite "enxergar" o movimento do eixo do
Torque Boost em inglês. motor possibilitando controlar a velocidade com
alta precisão e também o torque em velocidade
1.2. Inversor "Vetorial" de Tensão zero. A operação com realimentação é também
conhecida como controle de malha fechada e
Alguns inversores escalares possuem um sem realimentação como controle de malha
algoritmo incorporado ao software o qual aberta. A realimentação é realizada utilizando
aumenta a tensão independentemente da um gerador de pulsos, também conhecido com
freqüência, de forma a compensar "em parte" as "Encoder". Alguns equipamentos permitem a
solicitações de torque do motor, este sistema é utilização dos dois modos, sendo necessário
normalmente denominado de Controle Vetorial uma placa opcional para a operação de malha
da Tensão. fechada.
Apesar da Curva V/F ser pré-fixada, os A operação de malha aberta, ou sem
inversores escalares dispõem de funções realimentação é também conhecida como
adicionais capazes de influir sobre a curva V/F, "Sensorless", nesse caso o algoritmo de controle
Automação – Pág. 15 / 52.
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torna-se mais complexo, pois o inversor deve 1.3. Blocos do Inversor de Freqüência
calcular através de artifícios matemáticos a
velocidade real e o escorregamento do motor. A
operação sem realimentação possui
desempenho inferior à operação com
realimentação.
Os Inversores Vetoriais de Fluxo
necessitam da programação de todos os
parâmetros do motor como, resistências
elétricas, indutâncias, correntes nominais do
rotor e estator, dados esses normalmente não
encontrados com facilidade. Para facilitar o set-
up, alguns inversores dispõem de sistemas de
ajustes automáticos também conhecidos como
"Auto-tunning", não sendo necessário a pesquisa
de dados sobre o motor.
A Figura 34 mostra outro exemplo. Agora fechada = retorno. Enfim temos n modos de se
S1 liga o motor S2 desliga e S3 comanda o ligar o comando de um inversor.
sentido de giro. A Figura 35 ilustra outra Finalmente a Figura 36 nos mostra uma
possibilidade sendo: S1 aberta = parar, S1 instalação genérica e seus devidos cuidados
fechada = avanço, S2 aberta = parar, S2 como filtro de linha e aterramento.
3.11.1. Regras para a Instalação do Inversor 7. Sempre que possível, utilizar os cabos de
de Freqüência comando devidamente blindados.
freqüência uma vez que sua estrutura função e 2 ACIONAMENTO VIA ENTRADA
custo são diferentes. Sua instalação assemelha- DIGITAL (DI) – COMANDO A 2 FIOS
se a um contator, papel que exerce apos a
rotação nominal do motor.
Etapas da Realização:
a) Identificar os componentes de acordo com a
simbologia adotada;
Etapas da Realização: b) Efetuar a montagem de acordo com os
diagrama elétrico das figuras 1 e 6;
a) Identificar os componentes de acordo com c) Solicitar para que o professor energize a
a simbologia adotada; bancada;
b) Efetuar a montagem de acordo com o d) Efetuar a seguinte parametrização na Soft -
diagrama elétrico das figuras 1 e 5; Starter:
c) Solicitar para que o professor energize a - Tempo de aceleração= 30 s;
bancada; - Tempo de desaceleração= 15 s;
d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros - Tensão inicial= 30 %Un;
de fábrica (default), conforme indicação - Seleção dos comandos: Entradas digitais -
do item “Energização/Colocação em DI’s (liga/desliga pela DI1)
Funcionamento” do manual da Soft - e) Acionar a Soft-Starter através da entrada
Starter (capítulo 5 do manual); digital DI1 observando:
e) Efetuar a seguinte parametrização na Soft - - Qual o tempo real de partida?
Starter: - Porque este tempo está diferente do tempo
ajustado na Soft -Starter (P102)?
f) Desacionar a Soft-Starter através da entrada
digital DI1.
Etapas da Realização:
a) Identificar os componentes de acordo com a
Etapas da Realização: simbologia adotada;
a) Identificar os componentes de acordo com a b) Efetuar a montagem de acordo com o
simbologia adotada; diagrama elétrico da s figuras 2 e 9;
b) Efetuar a montagem de acordo com o c) Solicitar para que o professor energize a
diagrama elétrico da s figuras 2 e 8; bancada;
c) Chamar o professor para ligar a alimentação d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros
da bancada; de fábrica (default), conforme indicação do
d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros
Automação – Pág. 25 / 52.
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Etapas da Realização:
a) Identificar os componentes de acordo com a
Etapas da Realização: simbologia adotada;
a) Identificar os componentes de acordo com a b) Efetuar a montagem de acordo com o
simbologia adotada; diagrama elétrico da s figuras 2 e 11;
b) Efetuar a montagem de acordo com o diagr c) Solicitar para que o professor energize a
ama elétrico das figuras 3 e 10; bancada;
c) Solicitar para que o professor energize a d) Ligar o circuito e carregar os p arâmetros
bancada; de fábrica (default), conforme indicação do i
d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros tem “Energização/Colocação em
Automação – Pág. 26 / 52.
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Etapas da Realização:
a) Identificar os componentes de acordo com a
simbologia adotada;
b) Efetuar a montagem de acordo com o
diagrama elétrico da s figuras 3 e 12;
c) Solicitar para que o professor energize a
bancada;
d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros
Etapas da Realização:
a) Identificar os componentes de acordo com a
simbologia adotada;
b) Efetuar a montagem de acordo com o
diagrama elétrico da s figuras 2 e 13;
c) Solicitar para que o professor energize a
bancada;
d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros de
fábrica (default), conforme indicação do item
“Energização/Colocação em Funcionamento”
do manual da Soft -Starter (capítulo 5 do
10 ACIONAMENTO VIA DI (COMANDO
manual);
A 3 FIOS ) E FRENAGEM CC
e) Efetuar a seguinte parametrização na Soft -
Starter:
- Tempo de aceleração= 15 s;
- Tempo de desaceleração= 5 s;
- Tensão inicial= 35 %Un;
- Seleção dos comandos: Entradas digitais -
DI’s;
- Liga/Desliga= comando a 3 fios;
- Habilita Geral (Emergência): Entrada Digital;
- Frenagem ótima.
f) Programar a saída à relé RL1 para acionar o
contator de isolação da potência;
g) Programar a saída à relé RL3 para informar
quando da ocorrência de erros/defeitos;
h) Acionar a Soft-Starter através da entrada
digita l DI1; Etapas da Realização:
i) Desacionar a Soft-Starter através da a) Identificar os componentes de acordo com a
entrada digital DI2, observando o tempo de pa simbologia adotada;
rada do motor, responda: b) Efetuar a montagem de acordo com o
O tempo de parada é o suficiente para reduzir o diagrama elét rico das figuras 4 e 14;
tempo de partida? c) Solicitar para que o professor energize a
bancada;
Se sim, a programação está correta. Se d) Ligar o circuito e carregar os parâmetros de
não, redefinir os valores dos parâmetros fábrica (default), conforme indicação do item
pertinentes à frenagem. “Energização/Colocação em Funcionamento”
do manual da Soft -Starter (capítulo 5 do
manual);
e) Efetuar a seguinte parametrização na Soft -
Starter:
- Tempo de aceleração= 10 s;
- Tempo de desaceleração= 7 s;
- Tensão inicial= 40 %Un;
- Seleção dos comandos: Entradas digitais -
DI’s;
- Liga/Desliga= comando a 3 fios;
- Habilita Geral (Emergência): Entrada Digital;
- Frenagem CC.
f) Programar a saída à relé RL1 para acionar o
contator de isolação da potência;
g) Programar a saída à relé RL3 para informar
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Etapas da Realização:
a) Apresentar ao aluno a placa de potência e
cont role, explicando o princípio de
funcionamento da chave Soft -Starter;
b) Identificar os componentes de acordo com a
simbologia adotada;
c) Efetuar a montagem de acordo com o
diagrama elétrico da s figuras 2 e 15;
d) Solicitar para que o professor energize a
bancada;
e) Ligar o circuito e carregar os parâmetros de
fábrica (default), conforme indicação do item
“Energização/Colocação em Funcionamento”
do manual da Soft -Starter (capítulo 5 do
manual);
f) Efetuar a seguinte parametrização na Soft -
Starter:
ANEXOS
Fig. 2 - Acionamento sugestivo com contator para isolação da potência (Circuito de Potência)
Fig. 3 - Acionamento sugestivo com Troca do Sentido de Giro e/ou Frenagem por reversão
(Circuito de Potência).
Fig. 6 - Acionamento sugestivo com comandos por entradas digitais a dois fios (Circuito
de comando).
Fig. 7 - Acionamento sugestivo com entradas digitais a dois fios e contator para isolação da
potência (Circuito de comando).
Fig. 8 - Acionamento sugestivo com comandos por entradas digitais a três fios e contator para
isolação da potência (Circuito de Comando).
Fig. 9 - Acionamento suges tivo com comandos por HMI e entradas digitais a três fios
(Circuito de comando).
Fig. 10 - Acionamento sugestivo com Comandos por Entradas Digitais e Troca do Sentido de
Giro (Circuito de comando).
Fig. 11 - Acionamento sugestivo com comandos por entradas digitais a 3 fios e habilita -geral
(Circuito de comando).
Fig. 12 - Acionamento sugestivo com comandos por entradas digitais e Frenagem por
Reversão (Circuito de comando).
Fig. 13 - Acionamento sugestivo com comandos por entradas digitais e Frenagem Ótima
(Circuito de comando).
Fig. 15 - Acionamento sugestivo com comandos via HMI e contator para isolação da
Etapas de Realização:
5 PARAMETRIZAÇÃO DO MULTI-SPEED
Etapas de Realização:
fábrica do inversor;
e) Programar as entradas digitais DI4 e DI5
para a lógica “acelera EP” e “desacelera EP” e
a entrada digital DI1 para “habilita geral”;
f) Programar as rampas de aceleração e
desaceleração para 20s;
g) Acionar o motor através da ativação da DI1; Etapas de Realização:
h) Simulando um botão pulsador, ativar a DI5
(acelera) por alguns instantes e observe o que a) Identificar os componentes de acordo com a
acontece com a velocidade; simbologia adotada;
i) Simulando um botão pulsador, ativar a DI4 b) Efetuar a montagem de acordo com o
(desacelera) por alguns instantes e observe o diagrama elétrico da figura 1;
que acontece com a velocidade. c) Verifique, utilizando o manual do inversor,
as observações referentes ao controle vetorial
escritas no capítulo “Energização e Colocação
7 PARAMETRIZAÇÃO DO COMANDO A em funcionamento”;
TRÊS FIOS d) Antes de energizar a bancada, chamar o
professor;
e) Energizar a bancada e Carregar parâmetros
“Padrões de Fábrica”
f) Alterar o tipo de controle do inversor de
escalar para vetorial sensorless;
g) Confirme os dados solicitados pelo inversor,
observando a placa de identificação do motor,
até o parâmetro P408 o qual deve ser
colocado em “2”. Após a introdução deste
valor, ao confirmar o inversor entrará na rotina
Etapas de Realização: automática de ajuste. Aguarde até a conclusão
desta operação;
a) Identificar os componentes de acordo com a h) Observe na IHM as grandezas coletadas
simbologia adotada; pelo inversor durante o auto ajuste.
b) Efetuar a montagem de acordo com o
diagrama elétrico das figuras 1 e 3;
c) Antes de energizar a bancada, chamar o 9 SIMULAÇÃO DE CARGA COM FREIO DE
professor; FOUCAULT
d) Programar as entradas digitais DI4 e DI5
para a lógica “start/stop” e a entrada digital OBS.: Este exercício somente poderá ser
DI1 para “habilita geral”; realizado com a utilização dos módulos
e) Com apenas um pulso em DI5 acione o opcionais de “Frenagem” e “Freio de Foucault”.
motor;
f) Desligar o motor com um pulso em DI4.
Etapas de Realização:
10 SIMULAÇÃO DE DEFEITOS
Etapas de Realização:
Figura 1
Figura 2
Figura 3
DI2
Figura 4