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ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA

ELETRICO DE POTENCIA
Thales Bruno C. de Azevedo
Técnico em Eletrotécnica
Engenheiro Eletricista
Mestre em Energia Elétrica
“O sábio antevê o perigo e
protege-se, mas
os imprudentes passam e
sofrem as consequências”.
(Provérbios 22:3)
Introdução a segurança
• Até o final do século XVII os trabalhadores
tiveram que suportar sem nenhum amparo
as conseqüências dos acidentes e moléstias
profissional.
• Em 1802 o Parlamento Britânico aprova a
1ª lei proteção aos trabalhadores, essa lei
chamou-se “Lei de saúde e moral dos
aprendizes”
Introdução a segurança
• Em 1831 uma CPI na inglaterra elaborou
um relatório que concluia da seguinte
maneira:
• “Diante dessa comissão desfilou longa procissão
de trabalhadores. Homens , mulheres, meninos e
meninas, abobalhados, doentes, deformados,
deflagrado na qualidade humana.Em cada um
deles era clara a evidencia de uma vida
arruinada. Um quadro vivo da crueldade
humana do homem para com o homem...”
Introdução a segurança
Acidente - é uma ocorrência, uma perturbação no sistema de
trabalho que, ocasionando danos pessoais ou materiais, impede o
alcance de objetivo do trabalho. Todo acidente, segundo De Cicco
envolve três elementos conforme figura abaixo:
Principio Prevencionista de
acidente

• O Americano Frank Bird Jr. verificou que


para cada acidente fatal ocorrido em
determinado setor ocorreram inumeros
acidentes com lesão leve e sem vitimas com
as mesmas causas.
Pirâmide de Bird
Ato inseguro e Condição insegura
Modelos de ferramenta
comportamentais
RAPPORT
• modelo de prevenção de acidentes com base
no comportamento tem como principal
ferramenta a observação de um operador
trabalhando feita por um outro operador.
EXPRESSÕES PERIGOSAS
Sempre foi feito assim!!!!!!
Ordens são para serem cumpridas!!!!!!
Tenho 20 anos de experiência!!!!!!
A teoria não funciona!!!!!!
As medidas de segurança são impraticáveis!!!!!!
O EPI é inviável neste serviço!!!!!!
Modelo de Gestão da Prevenção

APOIO TÉCNICO
EDUCAÇÃO
AUDITORIA
NORMATIZAÇÃO
DIRETORIA ASSESSORIA

FIXA DIRETRIZES
ESTABELECE METAS
CONTROLA RESULTADOS

GERENTE
ADMINISTRA O PADRÃO
DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
AGENDA E CONTROLA AÇÕES

EMPREGADO
APLICA OS ELEMENTOS
DO PADRÃO
INFORMA OCORRÊNCIAS
PROPÕE MELHORIAS
CUSTO DOS ACIDENTES
CUSTO DOS ACIDENTES
E A ECONOMIA QUE O
SESMT PROPORCIONA ÀS
EMPRESAS
O SESMT se auto financia e
dá lucro às empresas.

Não é difícil provar


como, mas não se está
conseguindo fazê-lo.
O grande problema é que, de acordo com a
legislação, o SESMT foi imposto às empresas.
Essa atitude criou desaprovação no meio
empresarial.
Ao não perceber o rombo que os acidentes e
doenças causam, as empresas tratam o tema
mais como um gasto do que uma possibilidade
de ganho.
No entanto, o profissional de segurança, em
termos econômico-financeiros, é tão importante
quanto um gerente de qualidade, de logística ou
de produção.
Precisamos, para colocar em prática esse preceito,
acreditar nele.

Será que eu acredito ? ? ?


FINLÂNDIA ............................... 2,1
FRANÇA .................................. 4,4
CANADÁ ................................7,2
ESPANHA ...........................8,3

BRASIL .........................14,84
A POSSIBILIDADE DE UM
BRASILEIRO MORRER
TRABALHANDO É
2 A 7 VEZES MAIOR
GASTOS EM 2013 DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL COM ACIDENTES DO
TRABALHO
(PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS)
8.200.000.000,00
(OITO BILHÕES E DUZENTOS MILHÕES DE REAIS)

Esses valores atingem apenas o setor


formal de trabalho. Segundo pesquisa de
José Pastore, para cada um real pago
pelo INSS a sociedade paga mais quatro
reais.
Total:
33.000.000.000,00
(TRINTA E TRÊS BILHÕES DE REAIS)
Se dividirmos o total de acidentes de
2013 – 390.180 com os gastos da
Previdência, teremos um custo de:
R$ 20.503,57 por acidente

Considerando então a conta de José


Pastore de que cada R$1,00 pago
pela Previdência a sociedade gasta
mais R$3,00 pelo mesmo acidente,
chega-se ao custo de:
R$ 82.012,00 por acidente
R$ 82.012,00
é o custo que a sociedade, incluindo as
empresas, gastam com um acidente de
trabalho.

Será que elas sabem disso?

Já mostramos isso a elas?


A Lei não estabelece ou fixa um parâmetro
previamente definido para se apurar as
indenizações por dano moral.
Objetiva-se assim, preconizando o caráter
educativo e reparatório, evitar que a
apuração do “quantum” indenizatório se
converta em medida abusiva e
exagerada.
No caso do acidente do trabalho, é
importante o trabalho pericial para que
se atribua valores.

O PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE

Utilizado para se apurar o dano moral, não


liberta o juiz dos limites e possibilidades
oferecidas pela sua formação. A
realidade será apurada caso a caso.
No caso de Acidentes do Trabalho e Doenças
Ocupacionais, julgando o Dano Moral, a justiça
tem estipulado valores de indenização entre
200 e 800 salários mínimos, mais o pagamento
de pensão mensal vitalícia

R$ 60.000,00 a R$ 240.000,00
Mais pensão mensal

AS EMPRESAS SABEM DISSO?


DESPESAS DAS EMPRESAS COM
DESCUMPRIMENTO DAS NORMAS
DE SEGURANÇA
CLT, Normas Regulamentadoras e
Legislação Previdenciária

Valores de multas entre


R$ 1.200,00 e R$ 8.000,00,
Fora embargo e interdição

OUTROS EXEMPLOS! ! !
EPI’S – SITUAÇÕES QUE DEPÕEM
CONTRA A EMPRESA – PROCESSOS
TRABALHISTAS
A) Recibo de entrega de EPI’S incorretos (falta de dados
como : nome do fabricante, número do CA). Isso
quando eles existem!!!

B) Descrição genérica: Máscara contra gases (???)

C) Prazo de substituição do equipamento: Protetores


auriculares de inserção, por exemplo.

D) Falta de comprovação quanto ao não uso do EPI pelo


empregado: advertência, suspensão. ARTIGO 158 DA
CLT: Ato Faltoso
PREJUÍZO POR MANTER UM
LOCAL INSALUBRE
Pagamento do Adicional de
Insalubridade, equivalente a 10%,
20% ou 40% do salário mínimo,
por empregado, dependendo do
grau
PREJUÍZO POR MANTER UM
LOCAL INSALUBRE
Indenização por Dano Moral ou
Material, resultante do
acidente ou doença
ocupacional, equivalente a 100
até 800 salários mínimos,
pensão mensal vitalícia até os
65 anos, mais despesas
hospitalares ou com
tratamento médico
SIMULAÇÃO DE QUANTO SE GASTA OU PODERIA
SE ECONOMIZAR COM O PAGAMENTO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

EXEMPLO:
Empresa com 50 funcionários expostos a
insalubridade de grau médio (20%)
ADICIONAL: R$ 3.000,00/MENSAL
Encargos sobre adicional (100%) = R$
3.000,00/mensal
Total mensal só com adicional: R$ 6.000,00
Despesa anual: R$ 72.000,00
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
LEI 8213/91
Art. 120: Nos casos de negligência quanto
às normas de segurança e saúde do
trabalho indicados para a proteção
individual e coletiva, a Previdência
Social proporá ação regressiva contra os
responsáveis.
COMENTÁRIO: Já imaginaram o dia em
que o INSS conseguir colocar em prática
esse dispositivo?
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
LEI 8213/91
Art. 121: O pagamento pela Previdência
Social das prestações de acidente do
trabalho não exclui a responsabilidade
da empresa ou de terceiros

COMENTÁRIO: Até quando o trabalhador


acidentado se conformará em fazer
parte dessa massa silenciosa que
desconhece os seus direitos?
É importante lembrar que numa
empresa pode-se ter trabalhadores
expostos a agentes nocivos e
insalubres.
Pode-se ter de pagar insalubridade
para uns e recolher o Seguro de Acidente
de Trabalho (SAT) majorado para outros.
As empresas sabem disso?
NOVA LEGISLAÇÃO DO SAT QUE
ENTRARÁ EM VIGOR
Empresas poderão escolher: economizar ou
gastar mais
A lei que deve ser regulamentada prevê redução ou
aumento de 50% na tarifação de:
1% ......... para 0,5%
2% .......... para 1,0%
3% ............ para 1,5%
Ou
1% ............... para 2%
2% .................. para 4%
3%. .................... para 6%
PREJUÍZOS COM OS ACIDENTES
• Multas, incluindo as de origem da legislação ambiental
• Passivos trabalhistas com pagamento de indenizações
por lesões, doenças ou mortes
• Pagamentos de adicionais trabalhistas
• Pagamentos de GEFIP majoradas em função de
aposentadorias especiais
• Sobretaxação nas tarifas do SAT
• Despesas hospitalares não contabilizadas
• Prejuízos materiais em equipamentos danificados
• Desperdício de tempo e matérias-primas
• Disputas com Sindicatos
• Perda da imagem institucional da companhia
• Perda de contratos de fornecimento para companhias
exigentes e de grande porte
• Sobrevivência da empresa???
LUCROS COM A PREVENÇÃO
• Economia substancial com o não
pagamento de adicionais trabalhistas
• Redução no pagamento de despesas
previdenciárias (GEFIP e SAT)
• Redução dos passivos trabalhistas
• Não pagamento de multas
• Maior rentabilidade do negócio
• Produtividade melhorada
• Competitividade
• Melhoria da imagem junto aos clientes e
à comunidade
• Geração de empregos
• Confiabilidade na gestão
SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA:
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E
DISTRIBUIÇÃO

• Quando falamos em setor elétrico,


referimo-nos normalmente ao Sistema
Elétrico de Potência (SEP), definido
como o conjunto de todas a instalações
e equipamentos destinados à operação,
transmissão e distribuição de energia
elétrica até a medição inclusive.
SEP – Sistema elétrico de
Potência
Histórico do Setor Elétrico
• Até 1998 todo o setor de energia
elétrica era estatizado. A partir desse
ano a distribuição de energia elétrica,
começou a sofrer profundas
modificações organizacionais, com a
transformação de empresas estatais ou
de economia mista em empresas
privadas.
GERAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
Serviços típicos na geração de energia

 ! Instalação e manutenção equipamentos e maquinário


(turbinas, geradores, transformadores, disjuntores, capacitores,
chaves, sistemas de medição)
 ! Manutenção das instalações Industriais após a geração;
 ! Operação de painéis de controle elétrico;
 ! Acompanhamento e supervisão dos processos de
tubogeração;
 ! Transformação e elevação da energia elétrica;
 ! Processos de medição da energia elétrica.
TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Serviços típicos na Transmissão de energia

• Inspeção de linhas de transmissão

• Manutenção de Linhas de transmissão

• Construção de linhas de transmissão


DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Serviços típicos na Distribuição de energia

• recebimento e medição de energia elétrica nas estações;


• rebaixamento do potencial de energia elétrica;
• construção de redes de distribuição;
• construção de estruturas e obras civis;
• montagens de estações de transformação e distribuição;
• montagens de painéis e centros de controle;
• montagens de transformadores e acessórios em estruturas
nas redes de distribuição;
• manutenção das redes de distribuição aérea – alta e baixa
tensão;
DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Serviços típicos na Distribuição de energia

• manutenção das redes de distribuição subterrânea em alta e


baixa tensão;
• poda de árvores;
• montagem de cabinas primárias de transformação;
• limpeza de isoladores, para raios e estruturas da rede;
• limpeza e desmatamento das faixas de servidão;
• medição de energia elétrica nos consumidores;
• operação dos centros de controle e supervisão da
distribuição.
Plano Decenal - Capacidade Instalada
Inclui potência de
2000 2009 Itaipu Contratada
do Paraguay

Hidro Nacional
Hidro Nacional 65,3%
75,4%

Hidro Itaipu
Hidro Itaipu 6,7%
8,9%
Importação Térmica
Importação Térm.Convencional 6,9%
6,9% 6,0% Convencional
Termonuclear 18,8%
2,8% Termonuclear
Hidro total - 90,2% 2,3%
Obs.: A importação considera o percentual da Itaipu Paraguay Hidro total - 77,9%

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