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Máquinas Hidráulicas
Recife
2022.1
1 Introdução
2 Desenvolvimento
Para modelar o sistema de refrigeração será preciso calcular a vazão para cada sala
e assim dimensionar os tamanhos da tubulação principal e das tubulações secundárias.
Assim, será preciso calcular as perdas de cargas de tais tubulações, e de acordo com esses
dados encontrar ventiladores que se encaixem nessas especificações do sistema.
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trocas de ar por hora necessárias nas lojas e no banheiro.
Assim, foi escolhido o valor máximo de trocas, uma vez que, em situações de alto
fluxo de pessoas, o valor de trocas terá que ser o maior possível, para manter a saúde e
conforto dos circulantes. Então, de acordo com o layout do shopping, foi possível notar
que existem 10 tipos de salas, isto é, 10 salas com áreas diferentes. A área da sala 2 é
igual a área das salas: 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23, 24, 25, 26,
27, 28, 29, 30, 33, 34, 35, 36, das lojas: 3, 4, 5, 6, 7 10, 11, 12, 13, 26, 27, 28, 29, 30 e
31. A área da sala 9 é igual a área da sala 12. A área da sala 21 é igual a área da sala
22 e da loja 25. A área da sala 31 é igual a área da sala 31, das lojas: 8, 14 (A) e dos
banheiros. E por fim, a área da loja 01 (A) é igual a área da loja 32 (A) e a loja 02 (A) é
igual a área da loja 33 (A). Os demais ambientes possuem área única. Note que, as lojas
34 e 35 localizadas no centro do segundo pavimento não irão receber ventilação, uma vez
que, tais lojas são completamente abertas para o ambiente externo e então, não podem
ser consideradas um ambiente fechado.
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Figura 2.2 – Planta baixa primeiro andar.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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A tabela (fig.: 2.4) mostra as áreas das salas.
Fonte: Autor.
Porém para calcular a vazão necessária para cada sala, é preciso calcular o volume
de cada ambiente, para isso, encontramos que a altura ideal para essas salas é de 3m.
Portanto, é possível calcular o volume de cada sala, e consequentemente calcular a vazão
multiplicando a quantidade de trocas necessárias pelo volume encontrado.
Fonte: Autor.
Então, dividimos cada andar do shopping em dois lados, o Lado A (as lojas localizadas
no inferior do layout) e o Lado B (as lojas localizadas no superior do layout).
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Figura 2.6 – Divisão do sistema - primeiro andar
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Portanto, foi possível calcular a vazão necessária para cada lado de cada andar do
shopping de acordo com as quantidades de lojas localizadas em cada sistema.
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Figura 2.8 – Vazão primeiro andar lado A
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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Figura 2.11 – Vazão segundo andar lado B
Fonte: Autor.
Também foi possível somar a vazão total de cada andar e assim, encontrar a vazão
total para o shopping todo.
Fonte: Autor.
𝑄
𝑆= (2.1)
𝑉
Onde,
S: área da seção transversal (m);
Q: vazão (𝑚3 /𝑠);
V: velocidade (𝑚2 /𝑠).
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√︃
4×𝑆
𝑑= (2.2)
𝜋
Fonte: Autor.
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Figura 2.14 – Cálculo do lado a e do lado b
Logo, pela curva de diâmetro igual a 60 polegadas, o mais próximo de 56’, é possível
achar que o lado a será de aproximadamente 180 cm e o lado b de aproximadamente 120
cm.
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3 Representação de cada subsistema
Inicialmente, idealizamos criar um sistema único que comportasse todos os dois an-
dares do shopping, com a premissa de controlar cada variável do sistema a partir de um
único ponto. Porém, os primeiros sistemas apresentavam sérios problemas. Partindo de
um único ponto, a perda de carga em todo o sistema se tornava muito elevada. Isso
elevaria o custo do sistema, pois seria necessária a compra de um ventilador mais potente,
materiais para a tubulação com maior qualidade e tubulações com maiores dimensões.
Mediante a problemática, a estratégia se tornou dividir sistema em subsistemas menores,
de modo a minimizar os problemas comentados anteriormente.
Depois de muitos testes e correções, o modelo que consideramos ideal era de didivir
cada lado em cada andar em dois subsistemas. Assim, teríamos para o primeiro andar
4 subsistemas, sendo dois para o lado A e dois para o lado B. E para o segundo andar,
mais 4 subsistemas, sendo dois para o lado A e dois para o lado B. Os subsistemas estão
esquematizados abaixo:
Fonte: Autor
Fonte: Autor
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Figura 3.3 – Primeiro andar: Subsistema 3A e 4A
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Note que dessa forma, o sistema se torna muito simples e com pouquíssimas bifurca-
ções, se comparado a criar um único sistema contendo todas as salas.
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4 Cálculo das perdas de cargas
(𝑎.𝑏)0,625
[︃ ]︃
𝑑𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 1, 3. (4.1)
𝑎 + 𝑏)0,25
Com o Diâmetro equivalente, é possível encontrar o número de Reynolds da tubulação,
a fim de descobrir se o escoamento é laminar, de transição ou turbulento.
𝛾.𝑣.𝑑
𝑅𝑒 = (4.2)
𝜇
Com o número de Reynolds de aproximadamente 70000, temos um escoamento tur-
bulento. O próximo passo é descobrir a relação rugosidade pelo diâmetro da tubulação.
Como o material da tubulação é aço galvanizado, a sua rugosidade é de 0,00009 m. A par-
tir da equação de Miller (Colebrook modificada), podemos definir o número f adimensional
necessário para o cálculo da perda de carga por comprimento.
1, 325
𝑓 = [︁ [︁(︁ )︁]︁]︁2 (4.3)
𝑙𝑛 𝜀
3,7.𝑑𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒
+ 5,74
𝑅𝑒0,9
Com todos os dados necessários já obtidos, basta apenas calcular a perda de carga por
cada segmento, utilizando o comprimento correspondente. Para melhor dimensionamento
dos ventiladores, o sistema de ventilação foi dividido em 2 segmentos por cada lado de
cada andar, totalizando 8 subsistemas.
1 𝑣2
(︃ )︃
Δ𝑝 = 𝑓. . .𝛾 (4.4)
𝑑 2𝑔
Fonte: Autor
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Com a perda de carga devido a tubulação devidamente calculada, resta realizar o
cálculo da perda de carga devido a conexões. Para isso, faz-se necessário obter a constante
K equivalente a cada conexão. Essas perdas são então somadas tomando em conta o
comprimento do sistema e o número de conexões do mesmo.
Fonte: Autor
Foram calculados os pontos críticos de cada sistema, esse ponto representa a seção do
sistema que possui maior perda de carga total. Foram tomados os pontos finais de cada
sistema, pois possuem maior comprimento e mais conexões. Pode ser observado que o
sistema da parte 2 do lado A do primeiro andar foi o que mais possui perda de carga,
sendo esse então o parâmetro para escolha do ventilador.
Fonte: Autor
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5 Dimensionamento dos Dampers
Para realizar o cálculo da angulação necessária para cada saída de dampers, foi neces-
sário encontrar um catálogo que relacionasse a angulação do damper com a porcentagem
da vazão que para suprir cada sala. Assim, com buscas realizadas na internet foi encon-
trado o seguinte gráfico:
Fonte:.
Então, foi necessário calcular a vazão total existente nos diversos pontos onde o damper
está instalado, para poder assim, calcular a angulação necessária para o mesmo. Assim,
de acordo com a seção 1, teremos:
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Figura 5.2 – Subseção 1 - Dampers
Como pode ser notado, a vazão total do sistema é a soma das dez vazões necessárias
para alimentar o sistema e essa é a vazão que está presente na saída da ar para a sala
1, porém, a vazão necessária para para a sala 1 é muito menor do que a vazão total do
sistema, e é por isso que há necessidade de instalar um damper de controle de volume.
Para calcular a angulação desse damper da sala 1, é preciso calcular a porcentagem da
vazão que queremos que entre nessa sala, ou seja, a porcentagem da divisão da vazão da
sala 1 sobre a vazão total do sistema.
𝑄1
%𝑄1,𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = (5.1)
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Assim, chegamos na porcentagem da vazão para a sala 1, e pelo gráfico (fig.: 5.1), é
possível notar que o ângulo de abertura do damper deve ser de aproximadamente 40∘ .
Para o damper da sala 2, vamos efetuar o mesmo procedimento, a única diferença consiste
em que a vazão total que está disponível nessa saída não é mais a vazão total do sistema,
e sim a vazão total do sistema menos a vazão da sala 1. Assim, temos o seguinte equação:
𝑄2
%𝑄2,𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = (5.2)
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑄1
Portanto, pelo gráfico (fig.: 5.1), é possível notar que a angulação do damper para
a sala 2 é de aproximadamente 32∘ . Ao realizar esse cálculo para todas as outras salas,
chegamos na seguinte tabela para o subsistema 1:
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Figura 5.3 – Cáculo da Angulação dos Dampers do Subsistema 1
Fonte: Autor.
Note que, como a sala 10 está é a última do subsistema de ventilação, não é preciso
intalar um damper na saída de ar da mesma. Continuando, é possível realizar esses
mesmos cálculos para os subsistemas 2, 3, 4, 5, 6, 7, e 8. Os resultados estão mostrados
nas tabelas abaixo.
Fonte: Autor.
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Figura 5.5 – Cálculo da Angulação dos Dampers do Subsistema 3
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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Figura 5.7 – Cálculo da Angulação dos Dampers do Subsistema 5
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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Figura 5.9 – Cáculo da Angulação dos Dampers do Subsistema 7
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Ainda de acordo com o mesmo catálogo foi possível escolher o tamanho do damper
de acordo com a maior vazão, que é do subsistema 7 (23.115,00 𝑚3 /ℎ = 6420,83 𝑙/𝑠) e
a menor vazão que é do subsistema 5 (12.426,60 𝑚/ 3ℎ = 3451,83 𝑙/𝑠). Assim, de acordo
com o gráfico (fig.: 5.11), é possível avaliar que o damper que melhor se comporta nessa
faixa é o 600X600.
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Figura 5.11 – Gráfico tamanho do damper
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Figura 5.13 – Tamanho do Damper
𝑃
𝐻= (7.1)
𝛾
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A pressão utilizada é de 0,04 mH2O, pois a nossa perda de carga é de aproximada-
mente 0,035 então essa seria suficiente para vencer as perdas do sistema pois ainda possui
uma margem.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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Após uma pesquisa, foi definido um ventilador que supra as necessidades de vazão e
perda de carga para nossos sistemas.
Fonte: Ebmpapst
Com base no gráfico Pressão x Vazão desse ventilador, podemos observar que nosso
ponto de ação ideal situa-se um pouco a direita do ponto 4:
Fonte: Ebmpapst
Esse ponto atende a nossa vazão necessária para cada sistema, além de possuir uma
pressão maior que 600 Pa, suficientemente maior que nossa pressão arbitrada, a qual foi
escolhida para vencer a perda de carga crítica, consequentemente atendendo à situação
proposta.
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8 Conclusão
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9 Referências
Swapan Basu, Ajay Kumar Debnath, in Power Plant Instrumentation and Control Hand-
book (Second Edition), 2019
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