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Disciplina: SAJU III

Professora: Ana Maria Pereira de Souza


Data: 11/10/2022

MODELO – DEFESA PRELIMINAR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


COMARCA__________ DO ESTADO _______________

________________ (nome), já qualificado nos autos do processo n.º ___________, vem por seu
advogado infra-assinado, com fundamento no art. 55 c/c art. 55, § 1.º, da Lei 11.343/2006, apresentar
DEFESA PRELIMINAR, pelos motivos a seguir aduzidos.

I – Dos Fatos
(...)

II – Do Direito

a) Pelo não recebimento da Ação Penal:


(...)

b) Pela improcedência da Ação:

(...)

III – Do Pedido
Isto posto, requer o não recebimento da presente ação penal, na forma do art. 395, inciso...do Código de
Processo Penal.
Caso Vossa Excelência entenda pelo recebimento da presente ação penal, que esta não seja procedente
pelas razões defensivas acima expostas. (pedido genérico)

Termos em que,
Pede Deferimento,
Município, Data
Advogado
Inscrição n.º
CASO PARA PRODUÇÃO DE PEÇA: DEFESA-PRELIMINAR

Lili Estrela, brasileira, solteira, 50 anos, ex-atriz e modelo, atualmente professora de inglês,
residente e domiciliada em Curitiba, no Paraná, na Rua Sete de Setembro, 404, apartamento
201, no Centro da Cidade, portadora da carteira de identidade12131415-2, inscrita sob o
CPF número 324.567.987-56, foi, no dia 10 de fevereiro do ano em curso, preparando-se
para ir a Balneário Camboriú em uma famosa boate de música eletrônica, presa em flagrante
numa blitz feita pela Polícia Militar na região de saída da cidade, portando 14 comprimidos
de ecstasy, substância entorpecente proscrita no Brasil, de acordo com normas
regulamentares.
Lavrado o Auto de Prisão em Flagrante, acostado laudo preliminar de constatação, com a
devida comunicação ao Juiz competente, viu-se Lili em uma enrascada. Nunca tinha ido à
delegacia nem ao menos presa em flagrante.
Conforme o art. 310, III, do CPP, o juiz a liberou logo em seguida.
Todavia, Lili estava desesperada e receosa de que sua família soubesse do ocorrido. Queria
apenas se divertir com as amigas no famoso litoral catarinense e, seduzida e influenciada
por outras amigas, resolveu levar os comprimidos para experimentar pela primeira vez a
chamada droga do amor. Encontrava-se Lili num momento de libertação, já que estava
recém-separada do marido Arnaldo Constelação.
O Delegado Firmino Nascimento, que conduziu o IP, realizou algumas diligências e em
interrogatório, onde foi acompanhada de seu advogado e com direito ao silêncio alertado, a
indiciada afirmou que nunca em sua vida tinha experimentado drogas.
Todavia, nobre e conservador Delegado, não acreditou em sua versão, já que, sendo ex-atriz,
houve uma desconfiança natural por parte do Delegado de tanto abalo para uma pessoa só.
“Estaria ela representando?”, imaginou a autoridade policial.
Durante o trâmite investigativo, foi inserida ficha de antecedentes criminais de Lili que
confirmaram a ausência de antecedentes criminais. Além disso, foram juntados, pelos
representantes legais da indiciada, comprovantes bancários, relações de bens, exames
laboratoriais que atestaram a ausência de substância ilegal nas últimas 24 horas após sua
saída da delegacia e comprovantes de imposto de renda, que atestaram realmente ser a
indiciada uma pessoa de muitos bens e investimentos, tendo em vista seu passado de sucesso
nas passarelas internacionais.
Feito o relatório pela autoridade policial, os autos foram remetidos à Justiça, onde, em 10
de abril do mesmo ano, o representante do Ministério Público apresentou denúncia por
tráfico de entorpecentes.
Vale observar que, embora tenha sido o flagrante se dado em época de feriado com notório
conhecimento de que existem muitos usuários de drogas em boates de música eletrônica, as
amigas, Jorgina e Carlinha, não souberam dizer se Lili tinha algum contato com drogas.
Oferecida a ação penal, qual a defesa cabível?

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