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Distopia e prolapsos genitais

Decorre do aumento da pressão intrabdominal e de alterações congênitas.

Etiologias:

 Multiparidade
 Alterações hormonais que afrouxam as estrutura de sustentação.
 Esforços físicos intensos

Anamnese:

 Sensação de bola na vagina;

Exame físico

 Exame do abdome;
 Exame neurológico para excluir causas neurológicas: Investigar a cognição do paciente
e a invervação sacral e lombar.
-Teste de sensibilidade dos pequenos e grandes lábios (l1-l2)
-Parte lateral e da sola dos pés (S1)
-Reflexo bulbocavernoso: Estimular o clitóris;
-Reflexo anal: toque na pele no períneo causa contração do esfíncter anal (s2-s4)
 Exame da genitália externa: Observar hiperemia, um sinal de incontinência urinária.
 Exame especular para medir o prolapso através do POP-Q.
 Toque vaginal: avalia útero e anexos
 Toque retal: avalia prolapso de parede posterior.
 Manobras de esforço= Tosse, Valsalva... Avalia a força muscular, resistência muscular,
capacidade de repetir o movimento de contração. Duração da contração e
coordenação do assoalho pélvico.

Exames complementares

1) USG bidimentsional: transabdominal, transperineal, introital e transvaginal.

Avalia mobilidade do colo vesival, afunilamento da uretra, resíduo pos miccional,


anormalidades da bexiga ou uretra, músculos do assoalho pélvico, extrusão do levantador
do anus e insuflação do hiato genital.

2) USG tridimensional:

Avalia a mobilidade;

3) RM

Avalia as estruturas ligamentares e musculares com precisão.

4) Defecorressonância dinâmica:

Avalia a contração paradoxal durante a evacuação.

5) Defecografia:

Avalia a anotomia anorretal e os distúrbios da evacuação.

6) Anuscopia/colonoscopia/testes funcionais/ USG endoanal/ defecograma.


É solicitada conforme sinais e sintomas específicos.

7) Uretrocistografia/ Urografia excretora/ Uretrocistoscopia

Avalia o caso quando o prolapso está interligado com uma incontinência urinária.

8) TC

Não é indicada.

Classificação dos prolapsos:

-De acordo com o introito vaginal:

 Primeiro grau: órgão não alcança o introito vaginal


 Segundo grau: órgão passa parcialmente o introito vaginal
 Terceiro grau: órgão totalmente exteriorizado pelo introito vaginal

-De acordo com o Sistema de Baden Walker:

-De acordo com a ICS


[
-De acordo com o compartimento genital

 Compartimento anterior: Cistocele, uretrocele ou cistouretrocele.


 Compartimento apical: Úterocele, enterocele ou prolapso de cúpula vaginal pós-
histerectomia.
 Compartimento posterior: retocele

Tratamento conservador

1) Pessários vaginais

2) Fisioterapia: Ajuda a amenizar os sintomas do prolapso e a função muscular do assoalho


pélvico.

Tipos:

# Prolapso de parede vaginal anterior: Cistocele, uretrocele ou uretrocistocele: Ocorre por


lesão da fáscia vesicovaginal e/ou da perda da fixação da fáscia vesicovaginal ao arco tendíneo.

-QC:

 Sensação de peso na vagina, aliviado quando a paciente deita, mais grave ao findar do
dia.
 Exteriorização de uma bola na vagina, dispareunia, sangramento pelo atrito com a
roupa íntima e disfunção sexual.
 Incontinencia urinaria ou polaciúria

-TIPO:

 Defeito de fascia vesicovaginal


(central ou distensão) TTO:
colporrafia:
 Defeito na perda da fixação da fascia
vesicovaginal no arco tendineo
(lateral ou descolamento) = Pode ser
uni ou bilateral, pode vir
acompanhado de incontinência
urinária de esforço  TTO:
Reinserção da fáscia pubocervical no
arco tendíneo da fáscia pélvica.
-TTO:

 Mulher ASSINTOMÁTICA, SEM RESÍDUO PÓS-MICCIONAL NÃO PRECISA DE TTO.


 Mulher SINTOMÁTICA COM ALTO RISCO CIRÚRGICO pessários vaginais.

# Prolapso apical: Prolapso uterino, enterocele e de cúpula vaginal pós-histerectomia.

# Prolapso uterino: Prolapso total de parede anterior, posterior e rotura perineal.

OBS: Alongamento hipertrófico: É quando a cérvice sofre deslocamento e o períneo atua como
obstáculo mecânico ao retorno venoso, causando estase venosa, edema e fibrose.

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