Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EDUARDO PAES
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
MICHELLE VALADÃO VERMELHO ALMEIDA LUAN DA SILVA GUSTAVO CÁSSIA LECCE DINIZ RODRIGUES
DANIELLE GONZÁLEZ ELABORAÇÃO REVISÃO ORTOGRÁFICA
JORDAN WALLACE ANJOS DA SILVA
RENATA SURAIDE SILVA DA CUNHA BRANCO
ALEXANDRE OLIVEIRA DE SOUZA
COORDENADORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL REVISÃO TÉCNICA CONTATOS E/SUBE
Telefones: 2293-3635 / 2976-2558
PEDRO VITOR GUIMARÃES RODRIGUES VIEIRA cefsme@rioeduca.net
LÍDIA DO AMARAL DAS CHAGAS
CLAYTON BOTAS NOGUEIRA
GERÊNCIA DE ANOS FINAIS
MULTIRIO
PAULO ROBERTO MIRANDA SIMONE MONTEIRO
PRESIDÊNCIA ASSESSORIA DE ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA
Esperamos que o segundo semestre deste ano letivo seja repleto de experiências positivas, desenvolvidas na coletividade e
no afeto. Esperamos, também, que possamos compartilhar, cada vez mais, esses momentos e essas experiências com os parceiros e as
parceiras da nossa rede de ensino para que juntos possamos superar os muitos desafios que a busca por uma educação de qualidade
nos impõe.
O Material Rioeduca do segundo semestre de 2022 foi elaborado com base nas habilidades listadas na Priorização
Curricular de 2021, correspondendo ao biênio 2021-2022 do Continuum Curricular e referindo-se aos 3º e 4º bimestres do calendário da
rede. Ele é um convite ao diálogo entre professores/as e apresenta possibilidades para desenvolver o trabalho com cada componente
curricular a partir de uma perspectiva de ampliação e de diversificação de repertórios.
Respeitando a sua autonomia de planejamento e considerando insubstituível a análise que todo/a professor/a faz de sua
turma, o Material Rioeduca é pensado para auxiliar você nas adaptações que se façam necessárias para potencializar a aprendizagem de
todos/as e de cada estudante da rede municipal de ensino.
Caso queira enviar seus comentários sobre o nosso Material Rioeduca, entre em contato conosco pelo e-mail:
materialnarede@rioeduca.net.
3
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · CARIOCA I
Você ficou sabendo?
Em maio de 2022 aconteceu a I Semana de debates sobre o Ensino Fundamental II,
planejada pela Gerência de Anos Finais da SME/RJ. A ideia surgiu da necessidade de
repensar a escola que temos hoje, a fim de valorizar os campos de experiência, os saberes
praticados, as possíveis confluências desses saberes e, nessas confluências, as relações Vivência Pequena África
entre pessoas e grupos sociais, com todos os embates e todos os encantamentos que
o espaço escola enuncia. Mesa temática "Professor de
Qual foi o objetivo? quem? Professor de quê?"
Ações da semana:
Vivências: Encontros presenciais que buscaram Mesas temáticas: Aconteceram em formato virtual e Rodas de Conversa: suscitaram debates entre
levar aos professores e professoras dos anos finais contaram com diferentes pesquisadores e diferentes agentes que movem as engrenagens da
atividades de sensibilização e aproximação entre pesquisadoras da educação que se encontraram Rede Municipal de Educação, dos diversos setores
diferentes pessoas e campos do saber em vários para discutir diversos desafios de atuação no Ensino onde atuam. Um espaço de trocas de experiência e
territórios da cidade. Fundamental II. de ampliação de repertório.
4
Para saber mais, acesse: Fundamental II – Secretaria Municipal de Educação (prefeitura.rio)
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · CARIOCA I
Museu da Geodiversidade - UFRJ
Vivências Corpo: Território de confluência de saberes
Aprender sob a perspectiva do CORPO é
proporcionar experiências e vivências que são
Fundação Oswaldo Cruz marcos em nossa vida.
Jogos contemporâneos: experimentação e
construção protagonista
Centro Cultural Hélio Oiticica
Desenvolver conceitos curriculares a partir de Confluências: a criação artística e o saber
Metodologias Ativas, aplicando a gamificação e jogos científico
de tabuleiro contemporâneos como novas formas de Relacionar o nascimento e o funcionamento do
interação no processo de ensino e aprendizagem. coração à fusão entre criação artística e saber
científico, mostrando de forma prática e lúdica a
confluência dos saberes envolvidos nessa relação.
Centro Cultural Santa Cruz
Confluências de saberes na construção do
conhecimento
Envolver leituras subjetivas de mundo, diferentes Pequena África
linguagens ou formas de expressão e reflexões sobre
Aproximar diferentes áreas do conhecimento no
essas leituras, tomadas como conhecimentos prévios e
território conhecido como “Pequena África”, região
como pontos de partida para os novos conhecimentos.
onde histórias, memórias e corpos de pessoas
escravizadas ou alforriadas se aquilombavam.
7
BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A Subsecretaria de Ensino e diferentes setores da Secretaria Municipal de Educação estão promovendo ações que marcam o Bicentenário da
Independência do Brasil dentro do projeto “Rio, Capital da Independência”.
O projeto tem a gestão da Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI) e abrange três áreas: conhecimento, memória e
celebração. O objetivo é despertar o interesse público sobre a História e o resgate da memória, ressaltando o protagonismo do Rio de
Janeiro nos grandes fatos da história brasileira e, especialmente, na independência do Brasil.
Estimulando ações voltadas para a formação de cidadãos/cidadãs críticos, é fundamental refletirmos sobre o que construímos ao longo
desses 200 anos de independência e sobre o papel da nossa cidade nesse passado, no que temos do presente e no projeto de nosso futuro. Diante
do desafio de conectar os tempos históricos, a simultaneidade da construção das transformações sociais é ressaltada em um contexto em que o
tempo e o espaço são inseparáveis.
Sob uma perspectiva crítica, somos convidados a pensar as comemorações do Bicentenário da declaração de independência
do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822.
O objetivo é estimular o tensionamento das narrativas únicas, como propõe Chimamanda Ngozi Adichie (2009). Nesse
processo, são visibilizados movimentos populares, negros e indígenas, que não tiveram o espaço merecido nos discursos oficiais
sobre os fatos históricos que marcaram o Brasil.
8
POR OUTRAS NARRATIVAS SOBRE O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA...
A Batalha do Conhecimento envolverá as escolas da Rede Pública Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, com a participação de professores(as) e alunos(as) da Educação
Infantil à EJA, contando com a premiação dos trabalhos que mais se destacarem. É necessário frisar a importância do engajamento das unidades escolares nessa Mostra, pois todo
o projeto, da visita ao Museu Histórico Nacional à Batalha do Conhecimento, foi pensado, tendo como perspectiva narrativas que foram invisibilizadas pela historiografia oficial.
A seguir, apresentamos os prazos previstos no Edital e um quadro com: categorias, modalidades de participação, atividades e premiações. Professor(a), participe! Caso
tenha dúvidas, entre em contato com a direção da escola, com a sua CRE ou com esta Secretaria.
A Priorização Curricular trouxe ao Material Rioeduca uma concepção do estudo de Ciências como um conhecimento que fornece elementos para a compreensão
do mundo e de suas transformações. O Componente Curricular de Ciências colabora para entender a importância da vida e da relação entre os seres humanos, o meio ambiente
e a tecnologia, bem como o cuidado e o respeito pelo próprio corpo e pelo corpo dos ouros dos outros, considerando a saúde como um valor pessoal e social. A intenção é
proporcionar aos alunos o contato com processos, práticas e procedimentos da investigação científica para que eles sejam capazes de intervir na sociedade de forma crítica e
autônoma.
Nesse semestre, iremos abordar as habilidades do ano escolar vigente. O material do professor apresenta caráter formativo, visando dar apoio ao planejamento de
cada um com relação a temas e conteúdos abordados no material do aluno, mais especificamente com sugestões metodológicas e sugestões de atividades de apoio para tornar
as aulas mais investigativas e atrativas para os alunos da rede. Sendo assim, o presente material apresenta orientações, esclarece experimentos e discute como as sequências
didáticas do material do aluno podem ser mais bem encaminhadas dentro da sala de aula. Cabe ressaltar que o professor da rede tem autonomia e que nosso material é apenas
sugestivo, sendo apenas uma ferramenta a mais para facilitar o trabalho dos docentes no dia a dia.
As nossas sugestões metodológicas são pautadas no ensino de ciência por investigação. A investigação no ensino de ciência é uma abordagem
didática que coloca o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem, sendo necessário, para isso, que o professor, além de responsável pela apresentação de
conteúdos, também proceda como um orientador das atividades, propondo, fomentando interações discursivas, contribuindo, explicando e promovendo a sistematização
do conhecimento, visando à formação cidadã. Uma atividade investigativa deve permitir o envolvimento do estudante em problemas experimentais ou teóricos, como também a
participação no processo de construção dos seus próprios conhecimentos. É consenso entre estudiosos que, se bem planejada, essa abordagem permite aos alunos fixarem os
conteúdos com participação ativa que desperte neles a criatividade, a participação e a vontade de aprender, levando-os à elaboração de argumentações próprias, a justificativas e
julgamentos logicamente construídos, característicos da abordagem investigativa.
Todos os conteúdos abordados, se bem direcionados, permitirão a alunos e professores que façam reflexões sobre cada tema, balizados por conceitos científicos e
não somente calcados em pontos de vista subjetivos. Em suma, as aprendizagens proporcionadas pelas sequências didáticas investigativas conduzem o aluno a compreender a
importância de se combinarem ações sociais, políticas e atitudes pessoais no enfrentamento de cada problema cotidiano que esteja dentro de um cenário científico.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A Origem da Vida é um importante tema para o Ensino de Ciências por permitir ao estudante elaborar um conceito de vida além
do pensamento filosófico e religioso. Com isso, torna-se imprescindível a criação de um espaço reflexivo no contexto disciplinar sobre a
COMPARTILHANDO LEITURAS
NASCIMENTO, Núbia Costa; DE ALMEIDA, Rosiléia Oliveira. As posturas de estudantes do ensino médio diante de um tema que gera
conflito entre ciência e crença: a origem da vida. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, p. 95-114, 2019.
Link: https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/211
12
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Um grande desafio para o Ensino de Ciências é abordar estruturas biológicas microscópicas, invisíveis a olho nu. Uma alternativa a esse
desafio é realizar aulas práticas no Laboratório de Ciências com o auxílio do equipamento microscópio. Todavia, sabe-se que dispor de um
laboratório de Ciências não é a realidade de todas as unidades escolares, com isso, outras atividades surgem como fortes aliadas na abordagem
desses temas. Uma delas é a modelagem. Em resumo essa estratégia metodológica consiste na criação de um "modelo" que pode ser definido
como a representação parcial de um objeto, evento, processo ou ideia e que é produzido com propósitos específicos.
A partir deste argumento, a modelagem se configura como uma possível estratégia para abordagem de estruturas biológicas microscópicas. A
construção de modelos permite ao(à) aluno(a) visualizar conceitos abstratos, pois a representação de estruturas permite que ele possa explorar
seu objeto de estudo e testar seu modelo, desenvolvendo conhecimentos mais flexíveis e abrangentes. Assim, sugere-se a criação de modelos
de células eucariontes e procariontes, que inclusive podem servir de material de apoio para a realização de um “quis”. Compartilho abaixo uma
referência, além de fornecer subsídios teóricos, exemplifica uma atividade de modelagem.
COMPARTILHANDO LEITURAS
Páginas 72 e 73 FERREIRA, Poliana Flávia Maia; JUSTI, Rosária da Silva. Modelagem e o “fazer ciência”. Química nova na escola, v. 28, p. 32-36, 2008.
13
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Explicar a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo.
SUGESTÃO METODOLÓGICA
Abordar a história da ciência em diferentes contextos educacionais é de grande valia para o Ensino de Ciências tendo em vista que:
Nestas páginas, o estudo da “vacina” é apresentado em dois recortes, um histórico, que relata fatos vividos durante o ano de 1904 no episódio
conhecido como Revolta da Vacina e que se assemelham aos vividos recentemente com a pandemia de Covid-19; outro mais atual, que trata da
atuação de cientistas brasileiras negras em pesquisas de sequenciamento do genoma do coronavírus. Inúmeros questionamentos tornam-se
possíveis a partir desta abordagem. Quais foram as reações populares nos diferentes recortes? Qual é o papel da mulher na ciência ontem e hoje?
Como as mulheres negras têm lutado, no campo científico, contra a asfixia de suas vidas e ideias?
COMPARTILHANDO LEITURAS
PRESTES, Maria Elice Brzezinski; DE ANDRADE CALDEIRA, Ana Maria. Introdução. A importância da história da ciência na educação
científica. Filosofia e história da biologia, v. 4, n. 1, p. 1-16, 2009.
XAVIER, Giovana. Ciência de Mulheres Negras: um experimento de insubmissão. SAÚDE DEBATE, Rio de Janeiro, V. 45, N. especial 1,
P. 51-59, 2021 Disponível em <https://www.scielo.br/j/sdeb/a/hWkNRp7rp3BxNJJbyywKvXG/?format=pdf&lang=pt.> Acesso em 17 maio
14
Páginas 75 e 76 2022.
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
No Ensino de Ciências, a dimensão prática do ensino-aprendizagem permite ao estudante se aproximar de aspectos abstratos
relacionados ao tema, além de tornar as aulas mais dinâmicas e significativas. Nesta página do material didático, são abordados exemplos de
diferentes ecossistemas, e a atividade número 9 sugere que o estudante identifique um ecossistema próximo a sua moradia ou escola. A partir
de então, sugere-se a metodologia de mapeamento. No QR Code ao lado, está disponibilizado um passo a passo de como utilizar a ferramenta
Páginas 78 gratuita Google Maps para a obtenção de mapas gratuitos do bairro de interesse.
Nesta atividade, sugere-se que os educandos localizem no mapa a sua unidade escolar e, a partir de então, analisem a quantidade e a
qualidade dos ecossistemas nas suas proximidades. Caso não haja disponibilidade de acesso à ferramenta na unidade escolar, sugere-se o
Mire a câmera do seu celular no Qr Code abaixo ou clique
dowload e impressão do mapa para a realização da tarefa. Essa atividade incentiva o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação
no link a seguir para acessar a um passo a passo sobre a
(TICs) por estudantes e professores, ampliando as possibilidades de abordagem do estudo dos Biomas brasileiros. A atividade poderá ser
criação de mapas no Google Maps
adaptada a cada espaço escolar, de acordo com a disponibilidade de uso das TICs, por meio de modificações que possam atender da melhor
Link:https://www.tecmundo.com.br/tutorial/23843-
maneira o grupo de educandos de acordo com seu nível de autonomia e/ou de domínio da ferramenta Google Maps. Dependendo da
google-maps-como-criar-o-seu-proprio-mapa.htm
disponibilidade de laboratório de informática na unidade escolar, os educandos poderão elaborar mapas individual e/ou coletivamente. Para
aprofundar a leitura sobre o uso de TICs e o Ensino de Ciências, indica-se a bibliografia abaixo.
COMPARTILHANDO LEITURAS
MARTINHO, Tânia; POMBO, Lúcia. Potencialidades das TIC no ensino das Ciências Naturais–um estudo de caso. Revista
Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 8, n. 2, p. 527-538, 2009. 15
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
O conceito de Paisagem Cultural traduz as riqueza imateriais que são produzidas a partir da interação dos seres humanos com
a natureza. Essas riquezas assumem diferentes características, tais como festas, danças, ritmos, instrumentos, cantigas, artesanatos,
diferentes formas de trabalho, rituais, vestimentas etc. Tão importantes e ricos quanto a Biodiversidade, são esses elementos que
Páginas 81 compõem a riqueza cultural do nosso país. Com isso, é possível trazer a reflexão de que o Brasil é um país com uma cultura
extremamente rica e diversa dada a exuberância e diversidade da natureza que o compõe. A “Paisagem Cultural” traz uma abordagem
Mire a câmera do seu celular no Qr Code abaixo para intrínseca das relações entre as riquezas naturais e as riquezas culturais.
acessar os episódios do Podcast "Se não me falha a Com isso, o conceito de Paisagem Cultural pode ser um forte aliado no enfrentamento de uma questão sensível ao Ensino de
memória" Ciências: a noção de pertencimento à natureza por parte dos educandos. Educar a respeito da preservação do ambiente e da saúde, a
partir da atenção a nossa saúde, como constituintes desse ambiente. Nesse sentido, encontram-se disponíveis, no QR Code ao lado,
dois episódios do Podcast “Se não me falha a memória”, que traz entrevistas com os moradores de dois biomas de extrema importância
para biodiversidade brasileira: a Amazônia e o Pantanal. Além disso, indicamos um texto que aborda o conceito de "Paisagem
Cultural”.
COMPARTILHANDO LEITURAS
ARAÚJO, Guilherme Maciel. Paisagem cultural: um conceito inovador. Paisagem cultural e sustentabilidade. Belo
Horizonte: IEDS, p. 25, 2009.
16
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A experimentação é uma prática historicamente valorizada no Ensino de Ciências, muito em decorrência das suas potencialidades no
letramento científico através do seu caráter motivador, lúdico e essencialmente ligado aos sentidos. Esse legado histórico perdura no imaginário
escolar, tanto que boa parte dos estudantes associam às aulas Ciências a um espaço para a realização de experimentos na escola. Entretanto,
podemos contar com laboratórios de Ciências em poucas unidades escolares. Dentro desse contexto, a organização de atividades investigativas ou
Páginas
Páginas 85
X de experimentos demonstrativos são possíveis a partir do uso de substâncias comuns como sal de cozinha, açúcar, e materiais adaptados, como
potes de vidro e plástico entre outros.
No entanto, essas atividades demandam um planejamento específico para sua realização para que possam estar alinhadas à proposta
Mire a câmera do seu celular no Qr Code abaixo ou clique no
curricular. Outro aspecto importante para a realização de experimentos no Ensino de Ciências é a realização de avaliação com os educandos
link para acessar o passo a passo para o experimento sobre
participantes com a finalidade de captar possíveis concepções alternativas criadas durante o processo da experimentação e, em caso de
a tectônica de placas
necessidade, revisitar o conteúdo apresentado.
Link: https://www.ufrgs.br/pibideducampolitoral/2019/05/06/bi
Nesse sentido, a experimentação segue também como uma alternativa para a aprendizagem dos temas de ciências. A página 85 do material
scoito-tectonico/
didático trata da Tectônica de Placas. Sugere-se o planejamento de um experimento a partir do acesso ao conteúdo compartilhado no QR Code ao
lado para que os educandos possam entender, de maneira prática, os mecanismos desse fenômeno. Para maior aprofundamento sobre a
experimentação e o Ensino de Ciências, indica-se a bibliografia abaixo.
COMPARTILHANDO LEITURAS
AXT, Rolando. O papel da experimentação no ensino de ciências. Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, p. 79-90, 1991.
17
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
O uso de simuladores auxilia o estudo dos fenômenos naturais. Alguns sites da web disponibilizam o acesso a alguns simuladores para
uso pedagógico, possibilitando, por meio da manipulação da entrada de dados e variáveis, analisar como um determinado fenômeno se comporta.
No QR Code ao lado, é possível acessar um simulador de terremoto em que se pode escolher a cidade onde o fenômeno ocorrerá e a intensidade
do abalo sísmico. O simulador permite observar o alcance dos efeitos provocados pelo abalo em um determinado raio de ação e os possíveis danos
Páginas
Páginas 85
X causados.
A simulação abre inúmeras possibilidades para o trabalho interdisciplinar a partir do estudo das unidades de medidas, localização geográfica,
interpretação de texto, escalas etc. É imprescindível que a simulação seja acompanhada pelo professor, de modo a extrair as possibilidades
Mire a câmera do seu celular no Qr Code abaixo ou clique no
pedagógicas mais adequadas ao grupo de educandos atendidos. Para maior aprofundamento sobre o uso de simuladores no contexto de ensino,
link para acessar o Simulador de Terremoto online
indicam-se as referências a seguir:
Link:https://www.apolo11.com/simulador.php?address=Rio+d
e+Janeiro%2C+Brasil&lat_center=-23.5505199&lon_center=-
46.63330939999997&mag=7
COMPARTILHANDO LEITURAS
MARTINS, Sabrina Oliveira et al. O Uso de simuladores virtuais na Educação Básica: Uma estratégia para facilitar a aprendizagem nas
aulas de Química. Revista Ciências & Ideias ISSN: 2176-1477, v. 11, n. 1, p. 216-233, 2020.
BARBOSA, Cairo Dias et al. O uso de simuladores via smartphone no ensino de ciência como ferramenta pedagógica na abordagem de
conteúdos contextualizados de física. Scientia Plena, v. 13, n. 1, 2017.
18
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
O estudo das emergências climáticas tem mostrado que a ação antrópica é responsável pela intensificação de impactos ambientais ao longo do
tempo. Parte desse impacto é perceptível em nossas experiências de vida no presente e definem projeções catastróficas para o futuro da vida no
planeta. Diferentes recursos, como simuladores e, principalmente, estudos realizados por cientistas especializados, dimensionam a proporção dos
danos projetados para as próximas décadas. Assim, educar para a preservação e conservação ambiental é uma ação primordial para a formação
de cidadãos conscientes de que as ações antrópicas interferem no meio ambiente e que decisões no sentido de mitigar seus impactos
socioambientais são possíveis.
Algumas produções cinematográficas se dedicam à temática do clima, com roteiros que tratam de temas como danos ambientais à vida no
planeta em médio e longo prazo. Com os diferentes recursos imagéticos, sonoros, de efeitos especiais, os filmes de ficção científica de abordagem
climática podem ser utilizados como estratégia pedagógica para despertar o interesse dos educandos pelos estudos ambientais. No entanto, é de
extrema importância que a realização de uma atividade de exibição fílmica seja planejada e mediada pelo professor, prevendo quais ações
pedagógicas que ocorrerão antes, durante e depois da exibição.
Para o aprofundamento das reflexões sobre o uso de filmes de ficção científica no Ensino de Ciências, leia o artigo sugerido abaixo, que indica
três produções cinematográficas recentes que se dedicam as urgências climáticas e seus respectivos desdobramentos no futuro.
COMPARTILHANDO LEITURAS
SILVA, Rafael Veloso da; OLIVEIRA, Julio Rodrigues de; YOKOO, Sandra Carbonera. FICÇÃO OU REALIDADE? ANÁLISE DA
Páginas 88 e 89 REPRESENTAÇÃO DE EVENTOS CLIMÁTICOS NOS FILMES “2012”,“O DIA DEPOIS DE AMANHÔ E “TEMPESTADE: PLANETA EM
19
FÚRIA”. 2019.
CIÊNCIAS · 2º SEMESTRE / 2022 · 7º ANO
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
SUGESTÃO METODOLÓGICA
A página 93 do Material Didático aborda as diferentes fontes de produção de energia. No Brasil, a principal fonte de produção de energia é a
hidrelétrica, dado o potencial hídrico do país com suas grandes extensões de rios. Apesar de ser considerada uma fonte de energia limpa, a
implantação desse tipo de matriz de produção energética pode causar impactos socioambientais. Embora o mote principal desta página seja a
produção energética, destaca-se a importância global de nosso país a partir de suas reservas hídricas e o uso dessa fonte de produção de energia.
Páginas93
Páginas X
Nesse sentido, torna-se importante discutir as ameaças aos mananciais brasileiros, a política de distribuição da água e a crise hídrica mundial.
Compreendendo a importância das águas brasileiras para o planeta, é possível aprender a urgência da sua preservação. Como forma de
Mire a câmera do seu celular no QR Code abaixo ou clique aprofundar a discussão histórica sobre a importância e a distribuição da água no Brasil e no mundo, disponibiliza-se, no QR Code ao lado, um
no link para acessar o episódio sobre a água do Podcast capítulo do Podcast “Se não me falha a memória”. Nesse episódio, os jornalistas Flávia Vieira e Elismar Braga conversam com o historiador
"Senão me fala a memória".
Link: https://open.spotify.com/episode/7vfbv82X2AeWx4VMD Everton Santos sobre o tema.
c1dUX
COMPARTILHANDO LEITURAS
DE MENEZES OLIVO, Andréia; ISHIKI, Hamilton Mitsugu. Brasil frente à escassez de água. In: Colloquium Humanarum. ISSN: 1809-
8207. 2014. p. 41-48.
FONTES FILHO, Cláudio Barbosa; DOS ANJOS, Ester Dorcas Ferreira. Disponibilidade e aspectos jurídicos da gestão da água doce no
Brasil: um caminho para o alcance da Agenda 2030. Revista de Direito, Economia e Desenvolvimento Sustentável, v. 2, n. 1, p. 01-26,
2016.
20
GABARITO DE CIÊNCIAS
1. O aluno deverá escrever um glossário no caderno a partir da pesquisa dos termos não conhecidos. 6. Elencar quais vacinas tomou ao longo da vida
4. 1- Núcleo Interno / 2- Núcleo Externo / 3- Manto Inferior / 4- Manto Exterior / 5- Crosta Terrestre / 6- 14. Indicar no gráfico atendendo às proporções mencionadas no texto.
Placas Continentais
15. Os estudantes devem escrever livremente, de modo a apresentar alguma ideia sobre o
5. A) °C – Graus Celsius e Km – Quilômetro super aquecimento global
B) Resposta livre para outras unidades de medida para temperatura e distância
C) CROSTA: 40Km / MANTO: 8250Km /NÚCLEO: 3550Km 16. Os estudantes devem analisar as imagens de modo a identificar a emissão de
D) CROSTA: sólido / MANTO SUPERIOR: pastoso (colóide) / MANTO INFERIOR: líquido / NÚCLEO gases poluentes na atmosfera provenientes de diferentes atividades.
EXTERNO: líquido / NÚCLEO INTERNO: sólido
17. Derretimento das calotas polares; aumento da temperatura média do planeta; aumento do nível do
6. Litosfera: rochas e solo / Hidrosfera: água / Atmosfera: ar mar; mudança no regime de chuvas etc.
7. A) Crosta Terrestre 18. 1- Rio 92 ou Eco 92 em 1992 / 2- Rio +10 em 2002 / 3- Rio +20 em 2012
B) Manto
C) Núcleo 19. Foi criado pelo Protocolo de Kyoto. Consiste em um banco de crédito baseado na não emissão de gases
D) Não, porque o núcleo (gema) está em um único estado físico e o núcleo terrestre apresenta dois do efeito estufa na atmosfera.
estados físicos. O Manto Terrestre (clara) está e um único estado físico e o manto terrestre apresenta dois
estados físicos. A Crosta Terrestre (casca) é inteiriça como casta de ovo, quando na verdade é fragmentada 20. CO2 – queima e combustíveis fósseis e queimadas / CFC – utilizados em aerossóis de perfumes e
em placas tectónicas. inseticidas, líquidos refrigeradores de geladeiras e ar-condicionado / CH4 – tem origem na decomposição de
matéria orgânica (lixões) e resulta das reações digestivas de gados
8. Os alunos deverão, espontaneamente, identificar possíveis correspondências de formato no mapa
mundial, sugerindo onde poderiam ocorrer possíveis “encaixes”. 21. Gás carbônico e metano
9. Os estudantes devem escrever livremente, sugerindo que em algum momento da história do planeta 22. Ozônio e óxido nitroso
Terra todos os continentes eram unidos.
23. O isolamento social exigiu que as pessoas ficassem em casa e permitiu que somente atividades
10. Terremotos e tsunamis consideradas essenciais continuassem sendo realizadas. Com isso, houve uma redução drástica de
pessoas e veículos se deslocando, diminuindo, assim, a queima de combustíveis fósseis. 22
GABARITO DE CIÊNCIAS
38. Geotermia: consiste no aproveitamento de águas quentes e vapores para a produção de eletricidade e
calor. / Biomassa: é a energia que se obtém durante a transformação de produtos de
origem animal e vegetal para a produção de energia calorífica e elétrica. Na transformação de resíduos
orgânicos, é possível obter biocombustíveis, como o biogás, o gás de síntese (gasogênio), o bioálcool,
26. NORTE (Tocantins, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá e Amazonas) / CENTRO-OESTE (Mato a biogasolina, o biodiesel e o etanol de carvão. / Mares e Oceanos: é a energia que se obtém a partir do
Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal) / NORDESTE (Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, movimento das ondas, a das marés ou da diferença de temperatura entre os níveis da água do mar.
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão) / SUDESTE (Espírito Santo, Rio de Janeiro, / Hidrogênio: é a energia que se obtém da combinação do hidrogênio com o oxigênio produzindo vapor de
Minas Gerais e São Paulo) / SUL (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná) água e liberando energia que é convertida em eletricidade. Existem alguns veículos que são movidos a
hidrogênio.
27. Avisos por SMS e Sirenes de Alerta da Defesa Civil.
39. Eólica: depende da disponibilidade de vento para que seja instalada / Solar: ainda possui um
28. Se a residência estiver localizada em área de risco, buscar abrigo em local seguro / Evitar sair às ruas nos custo alto de aquisição e instalação
horários de previsão de fortes chuvas
40. Energia hidroelétrica
29. Estruturação da rede de captação de água pluvial e coleta de lixo regular
41. Rotação e translação
30. Transmissão de doenças como a leptospirose, inutilização de bens como eletrodomésticos e veículos
pela entrada de água, fechamento de ruas para o trânsito etc. 42. Dia e noite e estações do ano, respectivamente.
31. A obstrução das galerias de captação de água pluvial por lixo, alta das marés etc. 43. Bióticos: fatores vivos do ambiente. Abióticos: fatores não vivos do ambiente
32. A redução da emissão de gases do efeito estufa, possível com a redução de queimadas, atividade 44. Efeito estufa
industrial e queima de combustível fósseis.
45. Super aquecimento global
33. Petróleo, Carvão Mineral e o Gás Natural
46. Asma, rinite, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão
34. Fonte Não Renovável de Energia
47. O gás carbônico é produzido por emissões vulcânicas, combustão da matéria orgânica, além de ser 23
produzido também nos motores de veículos e nas fábricas.