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FEVEREIRO DE 2014

1. INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA
Informática pode ser considerada como “informação automática”, ou seja, utilização de
métodos e técnicas no tratamento automático da informação, para tal, é preciso uma
ferramenta auxiliar: o computador.

A informática actualmente está intimamente ligada ao ser humano, seja em casa, no trabalho
ou na escola. A evolução tecnológica vivida por nossa sociedade tem evidenciado o valor da
informação. No nosso quotidiano realizamos varias tarefas que apoiam-se na informática (um
telefonema, uma transação bancaria, etc.). Muitas vezes lidamos com a tecnologia do
computador sem nos darmos conta: ao usar o microondas, ao ligar o videocassete, tudo isso
sem sair de casa.

Ao circularmos no trânsito de grandes cidades nos deparamos com semáforos, sistemas de


segurança de empresas que visitamos, lá está a informática de novo, assim como nos controles
de aviões, na produção de energia eléctrica, na industrialização de roupas e alimentos, etc. No
mundo moderno, portanto, é inevitável o contacto com o computador. Por isso, todas as
pessoas precisam aprender a lidar com a informática mais cedo ou mais tarde. E você, que
está iniciando agora, precisa conhecer a história do computador, entender correctamente sua
arquitectura e seu funcionamento para poder aproveitar toda a capacidade desta área que é
imensamente vasta e repleta de novidades.

1.1 Surgimento e evolução da informática

A origem da informática reside em estudos matemáticos que a partir de uma determinada


altura passaram a poder ser sustentados pela tecnologia. Sendo assim, a evolução da
informatica é de extrema importância para compreender e analisar o seu impacto na sociedade
actual.

1.1.1 Primórdios

A Humanidade tem utilizado dispositivos mecânicos e posteriormente electrónicos para


auxiliar a computação a milénios. Um exemplo é o dispositivo para estabelecer a igualdade
pelo peso: as clássicas balanças, posteriormente utilizadas para simbolizar a igualdade na
justiça. Um dispositivo mais orientado à aritmética é o ábaco que tem origem no Extremo
Oriente há cerca de 5000 anos. Em 1623 Wilhelm Schickard construiu a primeira
calculadora mecânica e assim, tornou-se o pai da era da computação. A máquina calculadora

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construída por Blaise Pascal (a Pascalina, 1640) realizava apenas adição e subtracção, e as
demais operações só podiam ser realizadas mediante a combinação dessas duas primeiras, e
Gottfried Wilhelm von Leibniz em 1670 inventou uma máquina muito parecida com a
Pascalina, mas que em contra partida efectuava cálculos de multiplicação e divisão, tornando-
se assim a antecessora directa das calculadoras manuais.

Figura 1: Ábaco, Pascalina

Em 1801, na França, durante a Revolução Industrial, Joseph Marie Jacquard, mecânico


francês, inventou um tear mecânico controlado por grandes cartões perfurados, sua máquina
era capaz de produzir tecidos com desenhos bonitos e intrincados.

Figura 2: Tear mecânico de Jacquard

Charles Babbage, um professor de matemática de Cambridge desenvolveu uma máquina de


calcular onde a forma de calcular pudesse ser controlado por cartões, essa máquina foi
chamada Máquina Diferencial em 1822, que permitia fazer cálculos como funções
trigonométricas e logaritmicas. A sua outra invenção foi o Calculador Analítico, ou também
conhecido como Engenho Analítico, que concedeu a este brilhante matemático inglês o título
de “pai do computador”. Foi com ele que o computador moderno começou a ganhar forma,

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através de seu trabalho no engenho analítico. A máquina apesar de nunca ter sido construída
com sucesso possuía todas as funcionalidades do computador moderno. Foi descrito
originalmente em 1835, mais de um século antes que qualquer máquina do género tivesse sido
construída com sucesso. O grande diferencial de Babbage era o facto de que sua máquina foi
projectada para ser programável, ponto imprescindível para qualquer computador moderno.

Figura 3:Engenho Analítico de Babbage

Babbage idealizou a primeira máquina de impressão, que imprimiria os resultados dos


cálculos, contidos nos registradores. Mas infelizmente por falta de fundos Babbage não
conclui os seus projectos. Actualmente, partes de suas máquinas podem ser vistas no Museu
Britânico, que também construiu uma versão completa, utilizando as técnicas disponíveis na
época. A matemática Ada Lovelace publicou os primeiros programas de computador em uma
série de notas para o engenho analítico, durante a sua colaboração no projecto de Babbage. O
que lhe rendeu o título de “mãe ou pioneira da programação”, por ser a primeira
programadora da história.

Em 1890 o censo dos Estados Unidos utilizou cartões perfurados e máquinas de ordenação
desenhadas por Herman Hollerith para controlar os dados do censo da década conforme
previsto na constituição. O sucesso desta invenção foi tanta que Hollerith, em 1896 fundou
uma companhia para a produção em série do seu invento, chamada TMC (Tabulation
Machine Company), vindo esta a se associar em 1914 com duas outras pequenas empresas
formando a Computing Tabulation Recording Company (CTRC), tornando-se em 1924 na tão
conhecida IBM (Internacional Business Machine Corporation).

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1.1.2 Gerações de computador

A era da computação moderna começou com uma corrida de desenvolvimento antes e durante
a Segunda guerra mundial, com circuitos electrónicos, relés, capacitores e válvulas
substituindo seus equivalentes mecânicos e o cálculo digital substituindo o cálculo analógico.
Os computadores projectados e construídos nesta época foram chamados computadores de
“PRIMEIRA GERAÇÃO (1940-1954)”. Estes computadores eram normalmente construídos
manualmente usando válvulas electrónicas, quilómetros de fios, eram lentos (com velocidade
de processamento na ordem de milissegundos), enormes e aqueciam muito. Como exemplo de
computadores desta época temos: o Z3 (1941), COLOSSUS (1943), ENIAC (Electronic
Numerical Integrator and Computer), frequentemente chamado o primeiro computador
electrónico de propósito geral (1941-1945).

Alguns dos contribuidores desta época: Konrad Zuse, Claude Shannon, Von Neumann, John
Vincent Atanasoff, Clifford E. Berry, Alan Turing, Tommy Flowers, George Stibitz, John
Mauchly, J. Presper Eckert.

Figura 4: ENIAC, Z3 de Zuse, Válvula electrónica

O grande passo seguinte na história da computação foi a invenção do transístor em 1957. Ele
substituiu as frágeis válvulas, que ainda eram maiores e gastavam mais energia, além de
serem menos confiáveis. Computadores transistorizados são normalmente referidos como
computadores da “SEGUNDA GERAÇÃO (1955-1962)”. Os transístores e placas de
circuito impresso tornou os computadores mais rápidos (processamento na ordem de
microssegundos), menores em tamanho em relação aos da 1ª Geração e de baixo custo, mas
ainda só eram utilizados principalmente em universidades, órgãos públicos e grandes
empresas. Como exemplo de computadores dessa geração temos: o 1º computador
transistorizado TRADIC feito pela Bell Laboratories em 1955, o PDP-8 lançado pela DEC em
1964 destinada a técnicos e laboratórios de pesquisa.

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Contribuidores desta época: Maurice Wilkes, IBM (Internacional Business Machine
Corporation), DEC

Figura 5: PDP-8, Transístor

A explosão do uso dos computadores começou com a “ TERCEIRA GERAÇÃO (1963-


1969)” de computadores. Onde estes se baseiavam na invenção independente do circuito
integrado (ou chip) por Jack St. Claire Kilby e Robert Noyce, que posteriormente levou à
invenção do microprocessador por Ted Hoff da Intel. O circuito integrado permitiu a
substituição de transístores numa única peça de silício, proporcionando maior compactação,
redução dos custos, redução ainda mais do tamanho das máquinas e velocidade de
processamento na ordem de nanossegundos. Tem início a utilização de avançados sistemas
operacionais, acontece a evolução de tecnologia de pequena escala de integração (SSI) para
média escala de integração (MSI), na qual dezenas de transístores podiam ser integradas no
circuito de uma única pastilha, e surgem os discos magnéticos, que são dispositivos de
armazenamentos superiores em capacidade e velocidade de acesso aos dados do que as fitas
magnéticas.

Os principais representantes dessa geração são o DEC PDP-11, o IBM 360.

Alguns dos contribuidores desta época: Jack St.C. Kilby, Robert Noyce, Ted Hoff, IBM, DEC

Figura 6: PDP-11 da DEC, IBM 360 , Chip

A “QUARTA GERAÇÃO (1970-1984)” começa em 1971 com o surgimento do


microprocessador Intel 4004, seguido em 1984 com o Apple Macintosh, um computador

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voltado para o uso pessoal, cujas características inovadoras incluíam: compatibilidade, o disco
óptico, processadores baseados na família Intel, sistema operacional gráfico Unix, mouse e a
unidade de disquete de 3,5, processamento na ordem de picossegundo. A diferença com a
geração anterior é a característica de poder aumentar a capacidade ou potência do hardware
substituindo apenas algumas peças, e não a máquina toda.

William (Bill) Gates e Paul Allen em 1975 inauguram a Microsoft, comercializando os


primeiros softwares para microcomputadores adaptados da linguagem de programação Basic,
o M-Basic. E finalmente em 1981 a IBM resolve entrar no mercado de microcomputadores
com o IBP-PC.

Figura 7: Apple Macintoshi, Microprocessador

É nesta geração que aconteceu a migração das grandes escalas de integração (LSI) para a
muito grande escala de integração (VLSI). E foi criada a linguagem de programação C, que
facilitaria a criação de novas soluções em software a partir deste momento.

São exemplos de destaque dessa época: o Altair 8800, considerado o primeiro


microcomputador padrão mundial de uso pessoal, a série Intel de chips torna-se o padrão de
mercado (8086, 8088, 80286, 80386, 80486), a IBM adopta o chip Intel para o seu PC
Compatible (computador Pessoal Compatível com hardwares Abertos) e o sistema
operacional MS-DOS da Microsoft, dando inicio a era da microinformática

A “QUINTA GERAÇÃO (1985 até aos nossos dias) ” é caracterizada principalmente pela
afirmação da teleinformática, a convergência entre informática e telecomunicações, além de
caracterizar o momento de migração para as ultras grandes escalas de integração (ULSI). Os
computadores passam a ser objectos de utilização quotidiana. A Internet se populariza, o uso
de GUI (Graphical User Interface) passa a ser uma exigência do mercado. Surgem o Intel
Pentium, o processamento em paralelo dos supercomputadores passa a ser alvo de
generalizações para os computadores pessoais, surgem as memórias DIMM. O pesquisador da
Intel, Moore, lança sua célebre frase: a quantidade de transístores dobra a cada 18 meses. Até
a presente data essa frase tem-se comprovado verdadeira, desde 1970 que a quantidade de

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transístores nos circuitos integrados tem aumentado de acordo a previsão de Moore
estimulando desta forma o crescimento das empresas de informática.

Alguns historiadores afirmam existir uma Sexta geração, que começaria em 2005 com a
comercialização do primeiro computador quântico, entretanto até a presente data essa
informação ainda não foi consolidada no meio académico, sendo de momento uma tendência
futura.

Gerações de Período Componentes mais Unidade de medida


computadores (aproximado) importantes das operações

1ª Geração 1940 - 1954 Válvulas Milissegundos

2ª Geração 1955 - 1962 Transístores Microssegundo

3ª Geração 1963 - 1969 Circuitos integrados Nanossegundo


(Chips)

4ª Geração 1970 - 1984 Microprocessadores Picossegundo

Tabela 1: Resumo das gerações de computadores

1.2 Conceitos informáticos básicos

1.2.1 Informática

A ciência do tratamento lógico de conjunto de dados que utiliza um conjunto de técnicas


e equipamentos que possibilitam a sua transformação em informação (Processamento) e
consequentemente armazenamento e transmissão, chama-se Informática.

Ao analisarmos esta definição encontramos alguns conceitos fundamentais em informática


que são:

 Dados: são conjuntos de informações em bruto que através de determinados processos


realizados por um dos programas instalados no computador se transformam em
informação.
Ex.: Digitalização de um documento.

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 Processamento: é o conjunto de operações lógicas e aritméticas que são aplicadas de
forma automática sobre os conjuntos de dados com o auxílio de equipamentos
informáticos.
 Informação: é o conjunto de resultados que são obtidos após um processamento.
Para o tratamento dos dados e consequentemente utilização das informações a informática
utiliza um conjunto de equipamentos dos quais o mais comum e conhecido é o computador.

Em 1967 a Academia francesa definiu que a “Informática é a ciência do tratamento


racional da informação através de máquinas automáticas, considerado como suporte de
conhecimentos e de comunicação nos domínios técnico, económico e social”.

Deve-se a Philippe Dreyfus a introdução da palavra “Informática” em 1962. Em português a


palavra é construída a partir de duas palavras: “INFORmação + AutoMÁTICA =
INFORMÁTICA”.

A informática não é mais do que o tratamento da informação por meios automáticos tendo
como suporte básico o computador.

1.2.2 Computador
A definição tradicional de um computador é que ele é uma máquina que tem memória, disco
duro (HD), processador (CPU), dispositivos de entradas e saídas de informação.

Mas actualmente, esta definição está ultrapassada. Especialistas na área da informática dizem
que uma máquina não precisa ser eléctrica, nem ter um processador, nem RAM e nem mesmo
um disco duro para ser considerado como computador. Eles definem o “computador como
um equipamento ou dispositivo capaz de manipular lógica e matematicamente os dados,
armazenar, e imprimir as informações”.

Simplificadamente, definimos um computador como sendo uma máquina que trabalha


(processa) informação (dados).

1.2.3 Tipos de Computadores segundo o tamanho


Quanto ao tamanho eles classificam-se em:

 Computadores de grande porte, dividem-se em:

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o Supercomputers: são os computadores de maiores dimensões e capacidade que
actualmente a tecnologia consegue fabricar, e existem quase só em grandes
instituições de investigação científica.
o Mainframes: são computadores grandes, poderosos e caros. Sistema multi-uso
(usado por muitas pessoas ao mesmo tempo). É usado para processar um volume
elevado de dados. Os mainframes mais poderosos são chamados de
Supercomputers (Supercomputadores).

 Computadores de médio porte, dividem-se em:


o Minicomputadores: usado como Mainframes. Não é tão grande, poderoso ou caro
como os Mainframes. Actualmente são pouco comuns devido ao melhoramento
dos microcomputadores.
o Workstations (Estações de trabalho): são os computadores que estão a substituir
os minicomputadores, eles são um pouco maior que os microcomputadores,
normalmente bastante caros e também com maiores capacidades de
processamento.

 Computadores de pequeno porte, dividem-se em:


o Microcomputadores ou computadores pessoais (PC): o tipo de computador
mais comum actualmente. Mais pequenos, mais baratos e menos poderosos que os
Mainframes e os minicomputadores.
o Computadores portáteis: são computadores pequenos, leves e de fácil transporte
em relação aos outros. Actualmente são divididos em quatro tipos que são:
 Laptop: tem quase o tamanho de uma máquina de dactilografar. Hoje em dia
são pouco comuns porque existem computadores mais pequenos e menos
pesados que eles.
 Notebook: tem quase o tamanho de um pedaço de papel A4. É o portátil mais
comum actualmente.
 Subnotebook: não é tão grande como os notebooks, podem servir
perfeitamente no bolso de um casaco.
 Handheld ou Palmtop: pequeno o suficiente para servir na palma de uma das
mãos, não é fácil de digitar (escrever) nele por causa do seu tamanho. É
frequentemente usado como Agenda pessoal.

Figura 8: Mainframes, Minicomputador,


Microcomputador, Laptop, Notebook, Subnotebook,
Handheld

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1.3 Sistema Informático

Sistema informático (SI) é a expressão utilizada para descrever um sistema automatizado (que
também pode ser denominado como Sistema de Informação Computadorizada) que abrange
pessoas, máquinas, e métodos organizados para colectar, processar, transmitir e disseminar
dados que representam informação para o usuário ou cliente.

Um sistema informático possui vários elementos inter-relacionados que colectam (entrada),


manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem
um mecanismo de feedback.

Para a existência de um sistema informático, faz-se necessário três componentes, são eles:

 PEOPLEWARE: pessoa que utiliza o hardware e o software, inserindo ou retirando


informações do sistema.
 HARDWARE: é a parte física do computador, ou seja, são os vários componentes que
compõe o computador. Ex.: teclado, rato, unidade de sistema, monitor, etc.
 SOFTWARE: é a parte lógica do computador, ou seja, são os programas que permitem
que o computador funcione. Ex.: Os Sistemas Operativos (SO), o pacote Microsoft Office,
o Adobe Reader, o MpcStar, o Windows Media Player, etc.

Portanto para um perfeito funcionamento deste sistema, todos os componentes devem caminhar
em perfeita harmonia.

Programa é uma sequência de instruções escritas numa linguagem compreensível pela


máquina.

Sistema Operativo (Operation System- OS) é o software responsável pela criação do ambiente de
trabalho da máquina. Consiste na camada intermediária entre os aplicativos (programas) e o
hardware da máquina. É o interpretador básico de comandos, e é a interface pela qual o usuário
tem acesso aos recursos que o hardware e os outros programas oferecem. Ex.: Windows7
(Microsoft), Ubuntu (Linux), Mac OS X (Apple), SunOS (Solaris)

1.3.1 Funcionamento de um Computador

Figura 9: Esquema de funcionamento do computador

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Basicamente, o funcionamento de um computador pode ser descrito da seguinte forma:
 Os dados são inseridos através de um ou mais dispositivos de entrada, e são orientados
para a unidade central de processamento (CPU-Central Processing Unit) aonde são
processados, e daí, os resultados são encaminhados para o dispositivo de saída.

1.3.2 Periféricos de Entrada e de Saída (Input/Output – I/O)

a) Periférico de entrada (Input): é todo dispositivo que se liga ao computador para


inserir dados. Como exemplo temos: teclado, rato, scanner, microfone, etc.

Figura 10: Teclado, Rato, Scanner, Microfone

 O Teclado (Keyboard)

O Teclado é o periférico de entrado mais utilizado para introdução de dados para o


computador. Os teclados actuais seguem um padrão (standard) mundial que regula que eles
tenham entre 101 à 105 teclas, e estão subdivididas em:

Teclas de função (F1, F2, F3, ..., F12)


alfanumérico (letras e
Bloco de teclado

teclas numéricas

Bloco numérico
(conjunto de

TECLAS DE ACÇÕES ESPECIAIS (ENTER, CTRL,


SHIFT, DELETE, CAPSLOCK, TAB, ALTGR, ESC, Teclas do cursor
NUMLOCK, PRINT SCREEN) (setas)

 O Rato

O rato foi um dos periféricos de entrada mais divulgados com o aparecimento dos programas
em ambiente gráfico. É um dispositivo de entrada que permite navegar pelo ecrã e realizar
acções. Normalmente têm de 2 à 3 botões:

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Botão Esquerdo Botão Direito
Scroll

b) Periférico de saída (Output): é todo dispositivo que se liga ao computador para que
este apresente os dados de saída (informação) resultante do processamento. Como
exemplo temos: monitor, impressora, datashow, colunas, etc.

Figura 11: Monitor, Impressora, Colunas

 Impressora

Converte informação em formato digital para papel. Na realidade, a grande maioria das
tarefas realizadas com o auxílio de equipamentos informáticos, e respectivos programas, tem
como objectivo final o output em papel.

 Monitores

Periféricos utilizados para a visualização dos resultados do processamento de dados,


informações. A dimensão dos ecrãs (monitores) é medido atraves do comprimento da
diagonal em polegadas: 14, 17, 19 e 21 polegadas.

Figura 12: Medição de ecrã do monitor

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1.3.3 Componentes de um computador

Se utilizar um computador de secretária, é provável que já saiba que não existe um só


componente chamado "computador". Na realidade, um computador é um sistema que consiste
em vários componentes que trabalham em conjunto. Os componentes físicos, que pode ver e
tocar, são colectivamente chamados hardware, por outro lado, o software refere-se às
instruções, ou programas, que comandam o hardware.

A ilustração seguinte mostra o hardware mais comum presente num sistema informático de
secretária. Um computador portátil tem componentes semelhantes, mas combina-os num
sistema de dimensões reduzidas.

Figura 13: componentes de um PC

 Unidade de sistema

A unidade de sistema é o núcleo de um sistema informático. Normalmente, trata-se de uma


caixa rectangular colocada em cima ou em baixo da sua secretária. No interior desta caixa
encontram-se vários componentes electrónicos que processam informações. O mais
importante destes componentes é a CPU ou microprocessador. Outro componente é a RAM
(Random Access Memory), que armazena temporariamente as informações utilizadas pela
CPU enquanto o computador está ligado. Praticamente todos os outros componentes do
computador estão ligados por cabos à placa mãe (Mother board). Os cabos encontram-se
ligados a portas (aberturas) específicas, que se encontram normalmente na parte posterior da
unidade de sistema. O hardware que não faz parte da placa mãe é, por vezes, chamado
dispositivo periférico ou apenas dispositivo.

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o Processador do computador (CPU) é a parte principal do computador, por isso é
considerado como o cérebro do computador, ele é responsável pelos cálculos,
execução de tarefas e processamento de dados, ele determina a velocidade que o
computador executa as tarefas ou processa dados.

Figura 14: CPU

o Memória RAM (Random Access Memory): constituída por chips que armazenam
temporariamente as instruções do software com que o processador funciona, bem
como os dados que o utilizador introduz e manipula, etc.

Figura 15: Memória RAM

OBS.: Os componentes físicos mais importantes para o funcionamento de um computador


são: Teclado, Rato, Unidade de Sistema e Monitor.

Um computador não é constituído apenas por dispositivos físicos, para que esses dispositivos
possam realizar algo de útil torna-se necessário a intervenção de um outro componente, esta já
não física, mas de natureza lógica. O software divide-se em duas camadas principais, que são:

 Software de sistema (cujo elemento mais importante é o Sistema Operativo (SO)),


desempenha a função fundamental de servir de intermediário (interface) entre o
hardware e o utilizador e os seus programas de aplicação;
 Software de aplicação, engloba todos os programas de computador que permitem
efectuar tarefas de aplicação com interesse para o utilizador, tais como processadores
de texto, folhas de cálculo, reprodutores de músicas e vídeos, jogos, navegadores de
internet, etc., estes programas frequentemente são designados apenas por aplicações.

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1.4 Sistema Numérico do Computador (Sistema Binário)

Existem duas formas de representar uma informação: analógica (Sistema Decimal) ou digital
(Sistema Binário).

O sistema decimal permite armazenar ou representar qualquer informação na forma de uma


sequência infinita de valores (0,1, …, 9) e utiliza a base Dez (10). O exemplo mais típico de
armazenamento de dados no formato analógico é através das fitas ou cassetes magnéticas.

O sistema digital permite armazenar ou representar qualquer informação na forma de uma


sequência finita de valores (0 e 1) e utiliza a base Dois (2). Qualquer dado, seja ele um texto,
uma imagem, um programa será processado e armazenado na forma de uma grande sequência
de uns e zeros no computador. No sistema binário somente dois estados ou condições
possíveis podem existir: Off e On. O estado Off é chamado de zero lógicos e o estado On é
chamado de um lógico. Cada valor binário é chamado "bit", contracção de "binary digit"
ou "dígito binário".

1.4.1 Conversões

 Conversão de Decimal para Binário

A conversão de Decimal para Binário é feita através da divisão sucessiva do valor dado por
Dois (2) até que o resto seja Um (1), os valores que nos interessam são os restos de cada
divisão por 2, e a organização em Binário deve começar do resto da última divisão até ao
resto da primeira divisão.
Ex:
56 2 0 Término
5610 = 1110002
28 2 0
Exercícios propostos:
14 2 0
7010; 10010; 4810; 8910; 5010; 3710;
7 2 1 2510; 1910; 310; 25510

3 2 1

1 1 Começo

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 Conversão de Binário para Decimal

A conversão de Binário para Decimal é feita com base a seguinte fórmula:

a1*bn-1 + a2*bn-2 + ∙∙∙ + an*bn-n


101001112
= 1*27 + 0*26 + 1*25 + 0*24 + 0*23 + 1*22 + 1*21 + 1*20
= 128 + 32 + 4 + 2 + 1
= 16710

Exercícios propostos:

1011012; 11110012; 111112; 01110112; 100110112; 110110112; 11110112; 110112; 102;


111111112

1.5 Unidades de Informação mais utilizadas

Unidade Equivalência
Bit (b): é a mais pequena unidade de informação, 0 ou 1 = 1 bit
corresponde ao dígito 0 ou 1 do código binário. 1001 = 4 bits
Byte (B): é o conjunto de 8 bits, ou seja, de qualquer 8 bits = 1 Byte
combinação de oito "zeros" e "uns". Cada byte é o Angola = 6 bytes
equivalente a um carácter.

Kilobyte (KB) 1 KB = 210 = 1024 bytes


Megabyte (MB) 1 MB = 1024 Kilobytes

Gigabyte (GB) 1 GB = 1024 Megabytes


As unidades descritas acima são as mais utilizadas quando nos referimos à capacidade dos
computadores actuais. No entanto, existem muitas outras unidades, normalmente usadas para
caracterizar sistemas que têm capacidades muito elevadas, como por exemplo:

Terabyte (TB) 1 TB = 1024 Gigabytes

Petabyte (PB) 1 PB = 1024 Terabytes


Exabyte (EB) 1EB = 1024 Petabytes
Também são usados os termos Kbit, Megabit e Gigabit, para representar conjuntos de 1024 bits.
Como um byte corresponde a 8 bits, 1 MB= 8 Mb e assim por diante. Estas unidades são mais
usadas nas transmissões de dados.

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1.6 Classificação das memórias

As memórias podem ser classificados em:

 Memória primária (principal ou central): é aquela que encontra-se em contacto


directo com a CPU (Unidade Central de Processamento) através de um barramento
ou canal de dados, fornecendo-lhe as instruções e dados com que este opera e dele
recebendo dados resultantes do processamento. E ela subdivide em duas, que são:

o Memórias ROM (Read Only Memory: memória só de leitura; não volátil)


são as memórias que os seus conteúdos são permanentes e inalteráveis, ou
seja, os seus conteúdos não podem ser alterados, movidos ou apagados,
mesmo que haja uma interrupção de energia repentina.

Um software (programa) gravado na ROM denomina-se Firmware (é um


programa gravado no equipamento para permitir a manipulação do mesmo,
como câmaras digitais, pendrives, HD externo, etc.)

o Memórias RAM (Radom Acess Memory: memória de acesso aleatório;


volátil) são as memórias que os seus conteúdos não são permanentes e são
alteráveis, ou seja, ela aceita qualquer alteração (ler, escrever, apagar,
transferir dados, etc.) e em caso de interrupção de energia, sem uma prévia
salvação dos dados, todos eles desaparecem.

 Memórias secundárias (auxiliares ou de massa): são aquelas que são usadas para
guardar grandes quantidades de dados por um período longo de tempo, sem que os
dados desapareçam. Ex: Disco duro (HD), Disco compacto (CD), Pendrive, Disco
digital de vídeo (DVD), etc.

Figura 16: HD, Pendrive, CDs e Cartão de memória

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Leitor de CDs e DVDs

o Permitem ler os dados contidos no disco e gravar dados neles.


o Actualmente já existem discos regraváveis, chamados RW (Rewriteble-
Regraváveis). Como exemplo temos: CD-RW e DVD-RW
N.B: Alguns dos dispositivos de massa funcionam como periféricos de entrada e de saída
(I/O) de dados.

 Memória terciária: são aquelas que são usadas para arquivar dados que já foram
conservados por muito tempo em memórias secundárias. Ex: Fitas magnéticas para
gravação de dados.

Figura 17: Fitas magnéticas

1.7 Redes de computadores

Rede de computadores consiste da ligação com ou sem fio de dois ou mais computadores
entre si, permitindo a partilha de hardware, software e de dados, trocando mensagens entre as
diferentes máquinas ligadas na rede, compartilhar e controlar o acesso a Internet.

1.7.1 Componentes de uma rede

No ambiente de uma rede de computadores encontramos diversos elementos que compõem a


rede tanto em termos físicos, quanto em termos lógicos. É importante ter-se uma visão geral
destes elementos que caracterizam um ambiente de rede.

 Cliente em uma rede corresponde a todo computador que busca a utilização de


recursos compartilhados ou o acesso a informações que se encontram em pontos
centralizados desta rede;

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 Servidor em uma rede corresponde a um computador que centraliza o oferecimento
de recursos ou informações compartilhadas e que atende as requisições dos
computadores clientes desta rede;
 Usuário, corresponde a toda pessoa que utiliza um computador cliente e que procura
acessar recursos e informações compartilhadas;
 Administrador, corresponde a pessoa que cuida do gerenciamento e administração
dos servidores e dos recursos compartilhados. Ele também é responsável por toda a
segurança de acesso na rede;
 Hardware de rede, é geralmente os componentes visíveis da plataforma de rede, tais
como um computador, um switch, um modem ou os meios de comunicação com fio
(cabos) usados para conectar os dispositivos. Ocasionalmente, alguns componentes
podem não ser tão visíveis, como o caso dos meios de comunicação sem fio (wireless),
onde as mensagens são transmitidas pelo ar com a utilização de frequência de rádio
invisível ou ondas infravermelhas

1.7.2 Classificação das redes quanto ao tamanho

 Rede Local (LAN): são redes de pequeno tamanho que conectam computadores numa
mesma sala, prédio, ou campus com a finalidade de compartilhar recursos associados
aos computadores, ou permitir a comunicação entre os usuários destes equipamentos.

 Rede Metropolitana (MAN): são redes que interligam os computadores de uma


cidade, chegando as vezes, a interligar até computadores de cidades vizinhas
próximas. São usadas para interligação de computadores dispersos numa área
geográfica mais ampla, onde não é possível ser interligada usando tecnologia para
redes locais.

 Rede de Longa Distância (WAN): são redes que usam linhas de comunicação das
empresas de telecomunicação. É usada para interligação de computadores localizados
em diferentes cidades, estados ou países.
Podemos fazer interligações entre redes, de forma que uma rede distinta possa se comunicar
com uma outra rede. Entre as formas de interligações de rede destacamos a seguinte:
 Internet (conhecida como rede mundial de computadores): é uma interligação de mais
de uma rede local ou metropolitana, na qual é necessária a existência de um roteador
na interface entre duas redes. A transferência de dados ocorre de forma selectiva entre
as redes, impedindo assim o tráfego desnecessário nas redes.

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 Rede wireless ou Wi-Fi significa que a rede é interligada sem fios, isto é, por canais
de comunicação alternativos (como rádio-frequência ou laser). Este tipo de redes,
quando locais, também se designa por Wlan, wireless LAN.
1.8 Vírus e Antivírus

Os vírus informáticos são um dos maiores "pesadelos" dos utilizadores de computadores e os


antivírus são os programas que detectam e eliminam os vírus de computador.

a) O que é um Vírus Informático?


Um vírus informático é um programa, um conjunto de instruções concebido por um
programador mal-intencionado, como todos os outros programas que o utilizador usa
no seu dia-a-dia, segue instruções para as quais foi criado. Claro que o grande
problema é que os vírus informáticos são programas cujas acções não são muito
simpáticas... Os vírus são programas caracterizados pela capacidade que possuem de
se copiarem a si próprios, "infectando" ficheiros e a memória do computador,
realizando acções destrutivas sobre a informação e seus suportes.

b) Como se transmitem os vírus entre os computadores?


Ao infectarem ficheiros e ao serem carregados para memória, uma das principais
formas de transmissão dos vírus é através das pendrives. No entanto, a transmissão
pode também ser feita através da comunicação de informação à distância,
nomeadamente nos computadores ligados "em rede" ou naqueles onde estão instalados
modems para aceder a internet. Isto significa que, perante o grande desenvolvimento
da Internet, esta se tornou num veículo privilegiado para a transmissão de vírus.

c) Quais são os efeitos de um vírus?


Como qualquer programa, o vírus apenas faz aquilo para que foi criado. Os seus
efeitos são extremamente diversificados. Alguns são responsáveis apenas pelo simples
surgimento de mensagens e símbolos no ecrã do computador. Outros causam a
destruição de ficheiros ou mesmo a inutilização de um disco magnético ou pendrive e
outros podem paralisar por completo o computador.
Um pormenor interessante na execução de um vírus: uma vez instalado, o vírus pode
estar dias ou até meses sem se activar. É engano pensar que os vírus apenas "atacam"
em dias chave, tipo "Sexta-feira, 13" ou "1de Abril".

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d) Como proteger o computador e as informações?
Existem algumas regras fundamentais no que diz respeito à protecção da informação
quanto a vírus:
o Adquirindo um programa antivírus que possibilite a detecção, eliminação e
protecção em relação a todos os tipos de vírus, com a possibilidade de ficar
residente na memória durante o funcionamento do computador.
o Se necessitar trocar informações entre pendrives e PC, utiliza o antivírus para
verificar se o dispositivo tem vírus assim que é introduzido no computador (a
maioria dos antivírus, por opção na sua instalação, fazem esta verificação
automaticamente).

Alguns dos programas antivírus mais conhecidos no nosso mercado:


o McAfee VirusScan
o Avast
o Dr. Solomon's Anti-Virus Toolkit
o Norton Anti-Virus
o AVG

1.9 Aplicação de informática

A informática actualmente aplica-se nas mais variadas esferas da vida humana, que são:
 A informática no dia-a-dia
Actualmente a informática está presente em todas as actividades que o homem desempenha
no dia-a-dia. É evidente que em algumas actividades será mais fácil identificar a utilização de
meios informáticos do que em outras, no entanto de forma directa ou indirecta, poderemos
encontrar nas mais variadas actividades e situações:

o A informática em casa
Actualmente os computadores pessoais são equipamentos que podem possuir uma grande
capacidade e podem ser aplicados na resolução de inúmeras tarefas em nossa própria casa,
como por exemplo:
 Análise de receitas e despesas domestica (Gestão bancaria);
 Agendas e planos pessoais;
 Realização de trabalhos escolares;
 Organização de diversos tipos de informação (ficheiros de discos (CD,
DVD), livros);

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 Informação cultural didáctica (por exemplo a Enciclopédia electrónica);
 Os mais variados tipos de jogos.

o A informática nas organizações públicas e privadas


A aplicação de meios informáticos nas organizações é uma das condicionantes actuais para a
eficácia das organizações nos nossos dias, que se reflecte em todos os sectores influenciando
a produtividade e a qualidade de seus produtos e serviços. Como exemplo temos:

 Na indústria
 Controlo de produção;
 Segurança industrial
 Desenho e manufacturação assistida por computador;
 Planeamento de qualidade assistida por computador

 No comércio
 Gestão de estoque e inventário;
 Codificação de produtos;
 Terminais de pagamento automático.

 Na medicina/ Investigação científica


 Diagnósticos;
 Analises clínicas;
 Descoberta e preparação de compostos químicos;
 Exploração do espaço e de outros planetas, dos oceanos, do
clima, etc.;

 Na actividade bancaria financeira


 Projecções financeiras;
 Gestão de contas;
 Terminais automáticos.

 Na educação/ Ensino
 Actividades de gestão escolar;
 Gestão de recursos humanos, administrativos e secretaria;
 Instrução assistida por computador (CAI- Computer Aided
Instuction)/ ensino baseado em computador (Computer Basic

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Learning)), O que engloba actividades diversas como
matemática, história, a condução de veículos automóveis ou
simulação de voos com aviões virtuais.

 Na gestão empresarial
 Planeamento de projectos e objectivos;
 Análise financeira e contabilidade;
 Gestão de recursos humanos;
 Área administrativa e secretariado

1.10 Vantagens e desvantagens da informática

A informática esta presente no nosso dia-a-dia, numa compra em que se usa o cartão
electrónico bancário, numa simples operação bancaria, numa ecografia por ultra-sons,
na reserva de uma passagem aérea, etc.

Uma das vantagens é sem dúvida a produtividade a qual deveria provocar uma
melhoria no nível de vida do trabalhador, mas segundo muitos, significa
principalmente maior lucro para a empresa e o aumento de pessoas desempregadas,
visto que cada vez mais um grande número de trabalhadores se vêem substituídos por
um número diminutos de máquinas.

 Vantagens

 Racionalização na estrutura do trabalho;


 Melhorias na qualidade de trabalho;
 Criação de novas profissões;
 Estímulo de criatividade;
 Redução da exposição do trabalhador a materiais tóxicos;

 Desvantagens

 Diminuição de salário por excesso de mão-de-obra;


 Necessidade de possuir qualificações para novas profissões;
 Danos avultados em caso de erros;
 Crimes informáticos;
 Pornografia.

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BIBLIOGRAFIA
 Lousã, Mário Dias; Almeida, Hugo; Informática 10 para Reforma do Ensino
Técnico-profissional; Editora: EDIÇÕES REDITEP; Páginas: 277

 Azul, Artur Augusto; Informática para 10ª Classe Reforma; Porto Editora; ISBN:
978-972-0-08005-9; Páginas: 415

 O livro História da Computação: o caminho do pensamento e da tecnologia;


Autor: Cleúzio Fonseca Filho; Editora: EDIPUCRS, 2007; Páginas: 205

 Apostila de Introdução a Informática, elaborado por Kalid Antunes

 Fascículo de Informática da EFP do Kwanza-Sul (Sumbe), elaborado pelo


professor Floriberto Ferreira para as especialidades que têm informática como
disciplina (10ª e 11ª Classes)

 Basic English for Computing; Autor: Eric H. Glendinning e John MacEwan;


Editora: Oxford, Páginas: 130

 Wikipedia

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ANEXO

I. Notas importantes quanto ao manejo dos computadores


Depois de abordado alguns aspectos importantes sobre a informática, para uma maior
segurança da informação, será interessante referir algumas acções que NUNCA
deveremos fazer a nível de utilização de um sistema informático:

 Não desligar o computador enquanto estiver a utilizar um programa. Todos os


programas têm opções específicas para indicar o fim da sua utilização. Siga todos os
procedimentos antes de desligar o computador.
 Leia todas as mensagens de erro que aparecerem no ecrã.
 Não deixe ligado o monitor por muito tempo se não dispõe de utility savescreen
(Protector de ecrã).
 Não conectar ou desconectar periféricos com o computador ligado, o que pode mesmo
conduzir a um bloqueio do sistema (mesmo que o seu sistema seja "plug&play", tenha
alguns cuidados nas primeiras vezes que realizar estas operações e apenas para os
casos de periféricos externos (não conectados no interior da unidade de sistema,
directamente à motherboard).
 Não abrir a caixa da unidade de sistema sem desligar o cabo de energia eléctrica da
mesma.
 Não colocar o computador e periféricos externos sob luz solar directa.
 Não remover disquetes, ou CDs enquanto a luz indicadora da unidade estiver acesa
(ou desligar o computador com a luz indicadora do disco acesa).
 Não tocar nas zonas magnéticas expostas dos discos (CDs e DVDs).
 Não mover o seu computador, a não ser que seja absolutamente necessário.
 Não ligue e desligue continuamente os seus equipamentos. Aguarde pelo menos 30
segundos se desligou o seu computador (ou impressora) e pretende ligá-lo de novo.
 Não altere a configuração do seu computador nem instale componentes e/ou
periféricos se não tiver total conhecimento de como fazê-lo.
 Não "coma" próximo ao seu computador. Líquidos, poeiras e outras substâncias são
dos piores inimigos do seu computador, principalmente do teclado, rato e impressora,
pois são os periféricos mais expostos.

Elaborado por: Nelson Mandela Miúdo Augusto


II. Termos e conceitos
Bluetooth é uma tecnologia de transmissão de dados via sinais de rádio de alta frequência,
entre dispositivos electrónicos próximos.
Browser é o mesmo que Navegador, programas usados para visualizar páginas Web, como o
Internet Explorer, Netscape, Opera, Konqueror, etc.
Bug (insecto) é usado com relação a qualquer tipo de falha de programação num programa.
Cache é uma memória ultra rápida que armazena os dados e instruções mais utilizadas pelo
processador, permitindo que estas sejam acessadas rapidamente.
CD (abreviatura de Compact Disc, "disco compacto") é um dos mais populares meios de
armazenamento de dados digitais. Os CD-ROM, podem armazenar qualquer tipo de conteúdo,
desde dados genéricos, vídeo e áudio, ou mesmo conteúdo misto. Os leitores de áudio
normais, só podem interpretar um CD-ROM, caso este contenha áudio a norma que regula os
CD-ROM, foi estabelecida em 1985, pela Sony e Philips.
Correio electrónico ou ainda e-mail é um método que permite compor, enviar e receber
mensagens através de sistemas electrónicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto
aos sistemas que utilizam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, como aqueles
sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma
empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários.
Crack é um pequeno programa usado para quebrar um sistema de segurança ou um programa
protegido.
Demo (Demonstration ou demonstração) é um programa que vem com apenas algumas
funções habilitadas. Serve para que os interessados possam ter uma ideia das funções do
programa antes de comprá-lo.
Download ou descarregar (significa sacar ou baixar, em português), é a transferência de
dados de um computador remoto para um computador local.
Firewall (Muro de fogo) é um programa ou componente dedicado, que protege a rede contra
invasões externas e acessos não autorizados.
Freeware são os programas que podem ser usados gratuitamente.
Groupware são programas que permitem a equipes cujos membros estão distantes geograficamente
trabalharem em conjunto e compartilharem informações.
GUI (Graphical User Interface) é um termo genérico, usado em relação à interface gráfica de
um sistema operacional ou de um programa.
Hacker é alguém que estuda sistemas ou qualquer tipo de conhecimento humano pelo
simples desafio de dominá-los.
IBM (International Business Machines) é uma empresa estadunidense voltada para a área de
informática.
Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores
interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de
dados. Ela carrega uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos
interligados por meio de hiperligações da World Wide Web (Rede de Alcance Mundial), e a

Elaborado por: Nelson Mandela Miúdo Augusto


infra-estrutura para suportar correio electrónico e serviços como comunicação instantânea e
compartilhamento de arquivos.
Load (significa carregar), no sentido de carregar um programa ou arquivo.
Login no mundo da informática é o conjunto de caracteres que identifica uma pessoa perante
um computador/sistema. Enquanto na vida real, você é identificado pelo seu CPF ou RG, com
os computadores você usa um login, que normalmente é acompanhado de uma senha.
Resumindo, é a sua identificação com o computador.
Microsoft Windows é uma popular família de sistemas operacionais criados pela Microsoft,
empresa fundada por Bill Gates e Paul Allen.
Pendrive é um dispositivo de armazenamento constituído por uma memória flash e um
adaptador USB (Universal Serial Bus) para interface com o computador.
Tecnologias de Informação e de Comunicação (TIC): abrange a articulação entre o
tratamento e o controlo da informação por meios automáticos com os processos de
transmissão ou comunicação dessa informação, de um local para outro, a pequenas ou a
grandes distâncias.
Telemática: conjuga os meios informáticos com os meios de comunicação à distância ou
telecomunicações. Como exemplo de serviços telemáticos temos: correio electrónico e vídeo
conferência.
Update é a actualização de programas e de websites, blogs, etc. Update é uma palavra inglesa
que significa actualização
Upgrade é um jargão utilizado em computação, quando há uma actualização para uma versão
mais recente de determinado produto. Este termo é bastante utilizado por quem integra a área
da informática e de equipamentos electrónicos, geralmente significando a troca de um
hardware, software ou firmware por uma versão melhor ou mais recente, com o objectivo de
agregar novas funcionalidades, ou melhorar as existentes.
Vírus de computador é um software malicioso desenvolvido por programadores que, tal
como um vírus biológico, infecta o sistema, faz cópias de si mesmo e tenta se espalhar para
outros computadores, utilizando-se de diversos meios.
Wi-fi (Wireless Fidelity) ou Wireless (sem fio) é um protocolo de comunicação sem fios
desenhado com o objetivo de criar redes wireless de alta velocidade e que não faz mais do que
transferir dados por ondas de rádio em frequências não licenciadas. O termo começou a ser
usado no Reino Unido, logo depois que uma rádio começou a transmitir para outros sinais.

Tabela 2: Anexo dos sufixos das unidades informáticas

Elaborado por: Nelson Mandela Miúdo Augusto

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