Você está na página 1de 168

Colecção Formação Modular Automóvel

Título do Módulo Classificação e Características de Veículos


Pesados

Suporte Didáctico Guia do Formando

Coordenação Técnico-Pedagógica
CEPRA - Centro de Formação Profissional da
Reparação Automóvel
Departamento Técnico Pedagógico

Direcção Editorial CEPRA - Direcção

Autor CEPRA - Desenvolvimento Curricular

Maquetagem CEPRA - Núcleo de Apoio Gráfico

Propriedade CEPRA – Centro de Formação Profissional da


Reparação Automóvel
Rua Francisco Salgado Zenha, 3
2685 - 332 PRIOR VELHO

Edição 1.0 Portugal, Lisboa, 2007/11/02

Depósito Legal 264614/07


Índice

ÍNDICE

DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS................................................................................................. E.1
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................... E.1
CORPO DO MÓDULO
0 - INTRODUÇÃO..........................................................................................................0.1
1 - DEFINIÇÕES LEGAIS..............................................................................................1.1
1.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS .............................................................................. 1.1
1.2 - VIAS................................................................................................................................ 1.5
1.3 - OUTRAS DEFINIÇÕES .................................................................................................1.7
2 - Classificação de veículos automóveis...................................................2.1
2.1 - CLASSES E TIPOS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS ..................................................... 2.1
2.2 - CATEGORIAS DOS VEÍCULOS..................................................................................... 2.1
2.3 - DISPOSIÇÕES ESPECIAIS APLICÁVEIS A AUTOMÓVEIS PESADOS DE
PASSAGEIROS............................................................................................................... 2.8
3 - CARACTERÍSTICAS REGULAMENTARES DOS VEÍCULOS................................3.1
3.1 - LIMITES DE PESO ....................................................................................................... 3.1
3.2 - TRAVÕES ..................................................................................................................... 3.7
3.2.1 - TABELA DE DISTÂNCIAS DE TRAVAGEM (EM SEGURANÇA) ......................... 3.8
3.2.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS EM FUNÇÃO DA EFICIÊNCIA DE
TRAVAGEM ........................................................................................................... 3.9
3.2.3 - CÁLCULO MATEMÁTICO DO VALOR DA EFICIÊNCIA DE TRAVAGEM ............ 3.9
3.3 - RODADOS.................................................................................................................... 3.10
3.4 - CAIXAS ........................................................................................................................ 3.12
3.5 - PORTAS E JANELAS................................................................................................... 3.13
3.5.1 - SAÍDAS DE EMERGÊNCIA . ............................................................................... 3.14
3.6 - COXIAS ....................................................................................................................... 3.15
3.7 - DISPOSIÇÕES ESPECIAIS APLICÁVEIS A AUTOMÓVEIS UTILIZADOS EM
TRANSPORTES PÚBLICOS DE PASSAGEIROS ...................................................... 3.16
3.8 - DIMENSÕES DOS VEÍCULOS................................................................................... 3.18
3.9 - CARACTERÍSTICAS DAS LUZES DOS VEÍCULOS................................................... 3.25
3.10 - PNEUS E SUAS CARACTERÍSTICAS....................................................................... 3.45
4 - IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS.............................................................................4.1
4.1 - IDENTIFICAÇÃO COLOCADA NOS VEÍCULOS .......................................................... 4.2
4.2 - IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS ATRAVÉS DO LIVRETE .......................................... 4.3
Índice

5 - DOCUMENTO ÚNICO AUTOMÓVEL......................................................................5.1


6 - CARACTERÍSTICAS DOS DISPOSITIVOS DE PRÉ-SINALIZAÇÃO.....................6.1
7 - COLETES RETRORREFLECTORES.......................................................................7.1
8 - VELOCIDADE...........................................................................................................8.1
9 - TACÓGRAFO............................................................................................................9.1
9.1 - CONTROLOS PERIÓDICOS DOS TACÓGRAFOS....................................................... 9.1
9.2 - DISPENSA DE INSTALAÇÃO DO TACÓGRAFO........................................................... 9.1
10 - LIMITADORES DE VELOCIDADE........................................................................10.1
10.1 - REGULAMENTO DOS DISPOSITIVOS..................................................................... 10.1
10.2 - CARACTERÍSTICAS DA PLACA INFORMATIVA DA INSTALAÇÃO DO
LIMITADOR DE VELOCIDADE................................................................................... 10.2
11 - SISTEMAS DE SEGURANÇA NOS VEÍCULOS PESADOS................................ 11.1
11.1 - EXTINTORES..............................................................................................................11.1
11.1.1 - ESCALRECIMENTOS SOBRE EXTINTORES DE INCÊNDIO...........................11.1
11.1.2 - CARACTERÍSTICAS DOS EXTINTORES...........................................................11.2
11.2 - CINTOS DE SEGURANÇA..........................................................................................11.5
11.2.1 - CINTOS DE SEGURANÇA EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS................................11.5
11.2.2 - MARCAS DE HOMOLOGAÇÃO..........................................................................11.9
12 - MONTAGEM DE GRUAS......................................................................................12.1
13 - DOCUMENTOS DE QUE O CONDUTOR DEVE SER PORTADOR....................13.1
13.1 - CARTA DE CONDUÇÃO ........................................................................................... 13.2
13.2 - LICENÇA DE CONDUÇÃO......................................................................................... 13.3
14 - INSPECÇÃO E EMISSÃO DA FICHA DE INSPECÇÃO......................................14.1
15 - CONTRA ORDENAÇÕES.....................................................................................15.1
15.1 - CONTRA ORDENAÇÕES GRAVES . ........................................................................ 15.1
15.2 - CONTRA ORDENAÇÕES MUITO GRAVES.............................................................. 15.2
15.3 - INIBIÇÃO DE CONDUZIR.......................................................................................... 15.3

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................. C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA
PÓS-TESTE.................................................................................................................. S.1
CORRIGENDA DO PÓS-TESTE................................................................................... S.9
ANEXOS......................................................................................................................... A1
DOCUMENTOS
DE
ENTRADA
Objectivos Gerais e Específicos

OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Depois de ter estudado este módulo, o formando deverá ser capaz de:

OBJECTIVOS GERAIS

Identificar as definições técnicas de vários termos presentes na actual legislação


rodoviária, nomeadamente no Código da Estrada, a fim de se familiarizarem com os
conhecimentos técnicos inerentes à execução de inspecções técnicas de veículos e
importância da sua realização.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

1. Definir os termos utilizados na terminologia técnica rodoviária e na regulamen-


tação presente no sector das ITV’s (Inspecções Técnicas de Veículos).

2. Identificar as Classes, Tipos, Categorias e Modelos de Veículos.

3. Definir a tara e peso bruto dos veículos.

4. Enunciar o tipo de deficiência em função da eficiência de travagem.

5. Calcular as eficiências e distâncias de travagem dos veículos.

6. Determinar a distância entre eixos dos veículos.

7. Enunciar as características das caixas, portas e janelas, coxias e lugares de


passageiros.

8. Enunciar as disposições especiais aplicáveis a veículos pesados.

9. Enunciar as dimensões máximas dos veículos.

10. Identificar as características das luzes dos veículos.

11. Enunciar as características mínimas dos pneus que podem circular na via publica.

12. Identificar características dimensionais, índices de velocidade, índices de


carga e calcular a altura e largura dos pneus.

Classificação e Características de Veículos Pesados E.1


Objectivos Gerais e Específicos

13. Enunciar as características técnicas dos triângulos de pré-sinalização.

14. Identificar a velocidade máxima de um veículo numa determinada via.

15. Identificar os documentos que o condutor de determinado veículo deve ser


portador obrigatoriamente.

16. Enunciar os tipos de inspecção que os veículos a motor e seus reboques


podem ser sujeitos.

17. Enunciar os procedimentos a cumprir na emissão das fichas de inscrição.

18. Identificar as contra ordenações leves, graves e muito graves do Código da


Estrada.

19. Identificar características dos tacógrafos.

20. Identificar características dos limitadores de velocidade.

21. Identificar características dos sistemas de conforto e segurança

22. Identificar caracteristicas de veículos para fins especiais (gruas móveis).

E.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


CORPO
DO
MÓDULO
Introdução

0 - INTRODUÇÃO
Este Módulo pretende compilar e abordar os principais termos técnicos, bem como outras questões
e artigos da legislação aplicável à actividade de inspecção de veículos pesados, não dispensando
contudo o conhecimento e consulta da legislação na sua forma original.

Para assegurar a performance e a segurança dos veículos pesados nas vias públicas, os construtores
desenvolveram tecnologias específicas que tornam estes veículos mais seguros e, consequentemente,
fazem reduzir a ocorrência de acidentes devido a falhas técnicas. Deste modo, o conhecimento técnico
de mecânica automóvel e das diferentes características dos veículos pesados, permitem ao inspector
definir o estado do veículo com o maior rigor possível.

Por forma a melhorar o seu desempenho e se actualizarem quanto às constantes inovações aplicadas
aos veículos pesados, o inspector deve adoptar uma política de formação contínua que lhe proporcione
uma actualização e um aumento da amplitude dos seus conhecimentos, devendo diversificar e
aprofundar os seus conhecimentos nas diferentes áreas da mecânica, bem como dos componentes
electrónicos que com ela interagem.

Classificação e Características de Veículos Pesados 0.1


Definições Legais

1 - Definições legais
1.1 - Classificação dos veículos

Do Código da Estrada art.º 105º


Automóveis

• Automóvel - É o veículo com motor de propulsão, dotado de pelo menos quatro rodas, com
tara superior a 550 kg, cuja velocidade máxima é, por construção, superior a 25 km/h, e que se
destina, pela sua função, a transitar na via pública, sem sujeição a carris.

Do Código da Estrada art.º 107º


Motociclos, ciclomotores, triciclos e quadriciclos

3. Quadriciclo - É o veículo dotado de quatro rodas, classificando-se em:

a) Ligeiro - veículo com velocidade máxima, em patamar e por construção, não superior a 45 km/h,
cuja massa sem carga não exceda 350 kg, excluída a massa das baterias no veículo eléctrico, e
com motor de cilindrada não superior a 50 cm3, no caso de motor de ignição comandada, ou cuja
potência máxima não seja superior a 4 kW, no caso de outros motores de combustão interna ou
de motor eléctrico;

b) Pesado - veículo com motor de potência não superior a 15 kW e cuja massa sem carga, excluída
a massa das baterias no caso de veículos eléctricos, não exceda 400 kg ou 550 kg, consoante se
destine, respectivamente, ao transporte de passageiros ou de mercadorias.

Do Código da Estrada art.º 108º


Veículos agrícolas

1. Tractor agrícola ou florestal - É o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, cuja
função principal reside na potência de tracção, especialmente concebido para ser utilizado com
reboques, alfaias ou outras máquinas destinadas a utilização agrícola ou florestal (figura 1.1).

Fig. 1.1 - Tractor agrícola

Classificação e Características de Veículos Pesados 1.1


Definições Legais

2. Máquina agrícola ou florestal - É o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos,
destinado exclusivamente à execução de trabalhos agrícolas ou florestais, que só excepcionalmente
transita na via pública, sendo considerado pesado ou ligeiro consoante o seu peso bruto exceda ou
não 3500 kg (figura 1.2).

Fig. 1.2 - Máquina agrícola

3. Motocultivador - É o veículo com motor de propulsão, de um só eixo, destinado à execução de


trabalhos agrícolas ligeiros, que pode ser dirigido por um condutor a pé ou em reboque ou retrotrem
atrelado ao referido veículo.

4. O motocultivador ligado a reboque ou retrotrem é equiparado, para efeitos de circulação, a tractor


agrícola.

4. Tractocarro - É o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, provido de uma caixa de
carga destinada ao transporte de produtos agrícolas ou florestais e cujo peso não ultrapassa 3500
kg, sendo equiparado, para efeitos de circulação, a tractor agrícola.

Do Código da Estrada art.º 109º


Outros veículos a motor

1. Veículo sobre carris - É aquele que, independentemente do sistema de propulsão, se desloca


sobre carris (figura 1.3).

Fig. 1.3 - Veículo sobre carris

1.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Definições Legais

2. Máquina industrial - É o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, destinado à
execução de obras ou trabalhos industriais e que só eventualmente transita na via pública, sendo
pesado ou ligeiro consoante o seu peso bruto exceda ou não 3500 kg (figura 1.4).

Fig. 1.4 - Máquina industrial

Do Código da Estrada art.º 110º


Reboques

1. Reboque - É o veículo destinado a transitar atrelado a um veículo a motor.

2. Semi-reboque - É o reboque cuja parte da frente assenta sobre o veículo a motor, distribuindo o
peso sobre este (figura 1.5).

Fig. 1.5 - Semi-reboque

3. Os veículos referidos nos números anteriores tomam a designação de reboque ou semi-


reboque agrícola ou florestal quando se destinam a ser atrelados a um tractor agrícola ou a um
motocultivador.

Classificação e Características de Veículos Pesados 1.3


Definições Legais

4. Máquina agrícola ou florestal rebocável - É a máquina destinada a trabalhos agrícolas ou florestais


que só transita na via pública quando rebocada (figura 1.6).

Fig. 1.6 - Máquina florestal

5. Máquina industrial rebocável - É a máquina destinada a trabalhos industriais que só transita na


via pública quando rebocada (figura 1.7).

Fig. 1.7 - Máquina industrial

6. A cada veículo a motor não pode ser atrelado mais de um reboque.

7. É proibida a utilização de reboques em transporte público de passageiros.

8. Exceptuam-se do disposto nos números 6 e 7 a utilização de um reboque destinado ao transporte de


bagagem nos veículos pesados afectados ao transporte de passageiros, de reboques em comboios
turísticos, bem como, nos termos a fixar em regulamento local, de reboques em tractores agrícolas
ou florestais.

1.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Definições Legais

Do Código da Estrada art.º 111º


Veículos únicos e conjuntos de veículos

1. Consideram-se veículos únicos:

a. O automóvel pesado composto por dois segmentos rígidos permanentemente ligados por uma
secção articulada que permite a comunicação entre ambos;

b. O comboio turístico constituído por um tractor e um ou mais reboques destinados ao transporte


de passageiros em pequenos percursos e com fins turísticos ou de diversão.

2. Conjunto de veículos é o grupo constituído por um veículo tractor e seu reboque ou semi-reboque.

3. Para efeitos de circulação, o conjunto de veículos é equiparado a veículo único.

1.2 - Vias

Do Código da Estrada art.º 1º


Definições legais

1. Auto-estrada – Via pública destinada a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem,
sem cruzamentos de nível nem acesso a propriedades marginais, com acessos condicionados e
sinalizada como tal (figura 1.8).

2. Berma – Superfície da via pública não especialmente destinada ao trânsito de veículos e que ladeia
a faixa de rodagem.

3. Caminho – Via pública especialmente destinada ao trânsito local em zonas rurais.

4. Corredor de circulação – Via de trânsito reservada a veículos de certa espécie ou afectados a


determinados transportes.

5. Cruzamento – Zona de intersecção de vias públicas ao mesmo nível.

6. Eixo da faixa de rodagem – Linha longitudinal, materializada ou não, que divide uma faixa de
rodagem em duas partes, cada uma afecta a um sentido de trânsito.

7. Entroncamento – Zona de junção ou bifurcação de vias públicas.

8. Faixa de rodagem – Parte da via pública especialmente destinada ao trânsito de veículos (figura
1.8).

9. Ilhéu direcional – Zona restrita da via pública, interdita à circulação de veículos e delimitada por
lancil ou marcação apropriada, destinada a orientar o trânsito.

Classificação e Características de Veículos Pesados 1.5


Definições Legais

10. Localidade – Zona com edificações e cujos limites são assinalados com os sinais regulamentares
(figura 1.8).

11. Parque de estacionamento – Local exclusivamente destinado ao estacionamento de veículos.

12. Passagem de nível – Local de intersecção ao mesmo nível de uma via pública ou equiparada com
linhas ou ramais ferroviários.

13. Passeio – Superfície da via pública, em geral sobrelevada, especialmente destinada ao trânsito
de peões e que ladeia a faixa de rodagem.

14. Pista especial – Via pública ou via de trânsito especialmente destinada, de acordo com sinalização,
ao trânsito de peões, de animais ou de certa espécie de veículos.

15. Rotunda – Praça formada por cruzamento ou entroncamento onde o trânsito se processa em
sentido giratório e sinalizada como tal.

16. Via de abrandamento – Via de trânsito resultante do alargamento da faixa de rodagem e destinada
a permitir que os veículos que vão sair de uma via pública diminuam a velocidade já fora da
corrente de trânsito principal, como mostra a figura 1.8.

17. Via de aceleração – Via de trânsito resultante do alargamento da faixa de rodagem e destinada a
permitir que os veículos que entram numa via pública adquiram a velocidade conveniente para se
incorporarem na corrente de trânsito principal, como mostra a figura 1.8.

18. Via de sentido reversível – Via de trânsito afecta alternadamente, através de sinalização, a um
ou outro dos sentidos de trânsito.

19. Via de trânsito – Zona longitudinal da faixa de rodagem destinada à circulação de uma única fila
de veículos.

20. Via equiparada a via pública – Via de comunicação terrestre do domínio privado aberta ao
trânsito público.

21. Via pública – Via de comunicação terrestre afecta ao trânsito público.

22. Via reservada a automóveis e motociclos – Via pública onde vigoram as normas que disciplinam
o trânsito em auto-estrada e sinalizada como tal.

23. Zona de estacionamento – Local da via pública especialmente destinado, por construção ou
sinalização, ao estacionamento de veículos (figura 1.8).

1.6 Classificação e Características de Veículos Pesados


Definições Legais

Fig. 1.8 - Vias

1.3 - Outras definições

1. Tráfego de passagem – Conjunto de veículos que circula numa dada área ou passa por um dos
seus pontos e tem a origem e o destino fora dela.

2. Tráfego local – Parte do tráfego que circula numa dada área e tem nela a origem e/ou o destino.

3. Trânsito – Movimento das pessoas, animais e veículos que utilizam uma via de comunicação.

4. Volume de tráfego – Número de veículos que passam numa dada secção da estrada durante um
período determinado.

5. Densidade de tráfego – Número de veículos que, num dado instante, ocupa a unidade de
comprimento de uma via de tráfego. Exprime-se geralmente em veículos por quilómetro.

Classificação e Características de Veículos Pesados 1.7


Definições Legais

6. Distância de paragem – Distância percorrida por um veículo que se pretende parar o mais
rapidamente possível, medida entre o ponto em que o condutor tem possibilidade de tomar
consciência da necessidade de parar e ponto de paragem. A distância de paragem inclui, portanto,
a distância que é percorrida durante o tempo de percepção-reacção.

7. Distância de travagem – Distância percorrida por um veículo entre o ponto em que o condutor
actua no travão e o ponto em que o veículo pára.

8. Capacidade de tráfego – Número máximo de veículos que uma dada secção da estrada pode
escoar, em determinadas condições.

9. Velocidade base – Velocidade estabelecida na elaboração do projecto, correlacionada com


as características da estrada que condicionam a segurança da circulação, tais como raios e
sobrelevações das curvas e distâncias de visibilidade.

10. Velocidade média de utilização – Maior velocidade média que é possível realizar numa dada
estrada, em determinadas condições de tráfego, sem paragens e sem ser excedida a velocidade
base.

11. Viragem ou brecagem – Ângulo horizontal máximo que as rodas directoras de um veículo podem
descrever a partir da sua posição em movimento rectilíneo.

14. Amortecedor – Dispositivo associado à suspensão para reduzir rapidamente as oscilações de um


veículo.

15. Cardin – Dispositivo que transmite o movimento entre o motor e a roda, constituido por um eixo e
rótulas protegidas por um fole.

16. Peso suspenso – Peso total suportado pela suspensão de um veículo.

17. Peso não suspenso – Peso da parte de um veículo que não é suportada pela suspensão.

18. Eixo – Conjunto de rodas de um veículo cujos centros se encontram num mesmo plano vertical,
transversal a esse veículo.

19. Rodado – Conjunto de eixos a distância suficientemente pequena uns dos outros para poderem,
para determinado fim, ser considerados como um único eixo.

20. Largura do eixo – Distância entre as faces externas das rodas extremas de um eixo.

21. Largura do rodado – Largura do eixo mais largo de um rodado.

22. Piso – Superfície periférica da roda, destinada a contactar com o pavimento.

23. Rasto – Impressão deixada, pelo piso das rodas de um veículo, na superfície sobre que se
desloca.

1.8 Classificação e Características de Veículos Pesados


Definições Legais

24. Cubo da roda – Parte da roda onde entra o eixo da roda e se fixa à jante.

25. Patinagem – Deslizamento entre a roda e o pavimento.

26. Derrapagem – Patinagem que provoca mudança da trajectória de um veículo.

27. Tara – Peso de um veículo sem carga.

28. Peso bruto – Soma da carga com a tara do veículo.

29. Distribuição da arga por eixo – carga total transmitida a cada eixo.

30. Carga por eixo – Carga total transmitida ao pavimento por um eixo ou um rodado.

Classificação e Características de Veículos Pesados 1.9


Classificação de Veículos Automóveis

2 - Classificação de veículos automóveis


2.1 - CLASSES E TIPOS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS

Do Código da Estrada art.º 106º


Classes e tipos de automóveis

1. Os automóveis classificam-se em:

a. Ligeiros: veículos com peso bruto igual ou inferior a 3500kg e com lotação não superior a
nove lugares, incluindo o do condutor;

b. Pesados: veículos com peso bruto superior a 3500kg ou com lotação superior a nove lugares,
incluindo o do condutor.

2. Os automóveis ligeiros ou pesados incluem-se, segundo a sua utilização, nos seguintes tipos:

a. De passageiros: os veículos que se destinam ao transporte de pessoas;

b. De mercadorias: os veículos que se destinam ao transporte de cargas.

3. Os automóveis de passageiros e de mercadorias que se destinam ao desempenho de função diferente


do normal transporte de passageiros ou de merdadorias são considerados especiais, tomando a
designação a fixar em regulamento, de acordo com o fim a que se destinam.

4. As categorias de veículos para efeito de aprovação de modelo são definidas em regulamento.

2.2 - Categorias dos veículos

Definições das categorias e modelos de veículos

A - As categorias de veículos são definidas de acordo com a seguinte classificação:

1.
• Categoria M: veículos a motor
destinados ao transporte de
passageiros com pelo menos
quatro rodas;

• Categoria M1: veículos destinados


ao transporte de passageiros com
oito lugares sentados no máximo,
além do lugar do condutor (figura
2.1);
Fig. 2.1 - Veículo da categoria M1

Classificação e Características de Veículos Pesados 2.1


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria M2: veículos destinados ao transporte de passageiros, com mais de oito lugares
sentados, além do lugar do condutor e uma massa máxima em carga tecnicamente admissível
não superior a 5 t (figura 2.2).

Fig. 2.2 - Veículo da categoria M2

• Categoria M3: veículos destinados ao transporte de passageiros, com mais de oito lugares
sentados, além do condutor e uma massa máxima em carga tecnicamente admissível superior
a 5 t (figura 2.3).

Fig. 2.3 - Veículo da categoria M3

2.
• Categoria N: veículos a motor destinados ao transporte de mercadorias, com pelo menos
quatro rodas;

2.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria N1: veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga
tecnicamente admissível não superior a 3,5 t (figura 2.4).

Fig. 2.4 - Veículo da categoria N1

• Categoria N2: veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga
tecnicamente admissível superior a 3,5 t mas não superior a 12 t (figura 2.5).

Fig. 2.5 - Veículo da categoria N2

• Categoria N3: veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga
tecnicamente admissível superior a 12 t (figura 2.6).

Fig. 2.6 - Veículo da categoria N3

Classificação e Características de Veículos Pesados 2.3


Classificação de Veículos Automóveis

No caso de um veículo tractor concebido para ser ligado a um semi-reboque ou reboque de eixo(s)
central(is), a massa a considerar para a classificação de veículo é a massa do veículo tractor em
ordem de marcha, acrescida da massa correspondente à carga vertical estática máxima transferida
para o veículo tractor pelo semi-reboque ou reboque de eixo(s) central(is) e, quando aplicável, da
massa máxima correspondente à própria carga do veículo tractor.

3.
• Categoria O: reboques, incluindo semi-reboques;

• Categoria O1: reboques com massa máxima


em carga tecnicamente admissível não
superior a 0,75 t (figura 2.7);

Fig. 2.7 - Veículo da categoria O1

• Categoria O2: reboques com massa


máxima em carga tecnicamente admissível
superior a 0,75 t mas não superior a 3,5 t,
(figura 2.8);

Fig. 2.8 - Veículo da categoria O2

• Categoria O3: reboques com massa máxima


em carga tecnicamente admissível superior a
3,5 t mas não superior a 10 t (figura 2.9);

Fig. 2.9 - Veículo da categoria O3

2.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Classificação de Veículos Automóveis

• Categoria O4: reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 10 t,
(figura 2.10).

Fig. 2.10 - Veículo da categoria O4

No caso de um semi-reboque ou reboque de eixo(s) central(is), a massa máxima a considerar para a


classificação do reboque corresponde à carga vertical estática transmitida ao solo pelo eixo ou eixos
do semi-reboque ou reboque de eixo(s) central(is) quando ligado ao veículo tractor e quando sujeito à
sua carga máxima.

4.
Veículos fora de estrada (símbolo G)

Veículos para fins especiais: um veículo da categoria M, N ou O para transportar passageiros ou


mercadorias ou desempenhar uma função especial para a qual são necessários arranjos da carroçaria
e ou equipamentos especiais (figura 2.11).

Fig. 2.11 - Veículo para fins especiais

Classificação e Características de Veículos Pesados 2.5


Classificação de Veículos Automóveis

Autocaravanas: um veículo da categoria M1 para fins especiais construído de modo a incluir um


espaço residencial que contém pelo menos os seguintes equipamentos, (figura 2.12):

• Bancos e mesa;
• Espaço para dormir, que pode ser convertido a partir dos bancos;
• Equipamentos de cozinha;
• Instalações para armazenamento.

Estes equipamentos devem estar rigidamente fixados no compartimento residencial; todavia, a mesa
pode ser concebida para ser facilmente amovível.

Fig. 2.12 - Autocaravana

Ambulâncias: veículos a motor da categoria M destinados ao transportes de pessoas doentes ou


feridas e que têm equipamentos especiais para tal fim, (figura 2.13).

Fig. 2.13 - Ambulância

2.6 Classificação e Características de Veículos Pesados


Classificação de Veículos Automóveis

Carros funerários: veículos a motor destinados ao transporte de defuntos e que têm equipamentos
especiais para tal fim, (figura 2.14).

Fig. 2.14 - Carro Funerário

4.
Veículos fora de estrada (símbolo G)

Qualquer veículo da categoria M3, com uma massa máxima superior a 12 t, e da categoria N3 será
considerado como veículo fora de estrada se estiver equipado com rodas concebidas para serem
simultaneamente motoras, incluindo os veículos cuja motricidade de um eixo possa ser desembraiada,
ou se satisfazer as exigências seguintes, (figura 2.15):

a. Pelo menos metade das rodas serem motoras;

b. Estar equipado, pelo menos, com um dispositivo de bloqueamento do diferencial ou, pelo menos,
com um dispositivo que assegure um efeito semelhante;

c. Poder transpor um gradiente de 25%, calculado para um veículo isolado;

d. Cumprir, pelo menos, quatro das seis


exigências seguintes:

• Ter um ângulo de ataque mínimo de 25 graus;


• Ter um ângulo de fuga mínimo de 25 graus;
• Ter um ângulo de rampa mínimo de 25 graus;
• Ter uma distância ao solo mínima sob o
eixo dianteiro de 250 mm;
• Ter uma distância ao solo mínima entre os
eixos de 300 mm;
• Ter uma distância ao solo sob o eixo da
retaguarda de 250 mm.

Fig. 2.15 - Veículo todo-o-terreno

Classificação e Características de Veículos Pesados 2.7


Classificação de Veículos Automóveis

Os veículos da categoria N1, com uma massa que não exceda 2 t, e da categoria M1 devem estar em
ordem de marcha, isto é, com fluido de arrefecimento, lubrificantes, combustível, ferramentas, roda de
reserva e condutor com uma massa avaliada em 75 kg.

Os veículos que não os referidos devem estar carregados com a massa máxima tecnicamente
admissível declarada pelo fabricante.

A verificação da transposição dos gradientes requeridos (25% e 30%) será efectuada por simples
cálculo. Todavia, em casos excepcionais, o serviço técnico pode pedir que um veículo do modelo em
questão lhe seja apresentado para proceder a um ensaio real.

Aquando das medições dos ângulos de ataque, de fuga e de rampa, não serão tomados em
consideração os dispositivos de protecção contra o encaixe.

O símbolo «G» deve ser combinado com qualquer dos símbolos «M» ou «N». Por exemplo, um veículo
da categoria N1 que é adequado para a utilização fora de estrada deve ser designado como N1G.

2.3 - Disposições especiais aplicáveis aos automóveis


pesados de passageiros

Decreto-Lei nº 58/2004
Anexo do Capítulo I

Artigo 2.º - Definições


Para efeitos do disposto no presente Regulamento, entende-se por:

1) «Veículo» um veículo das categorias M(índice 2) ou M(índice 3), tal como definido no anexo II,
parte A, do Regulamento da Homologação CE de Modelo de Automóveis e Reboques, Seus
Sistemas, Componentes e Unidades Técnicas;

2) Um veículo pode pertencer a mais de uma classe, caso em que pode ser homologado para cada
uma das classes a que corresponde, distinguindo-se, no caso dos veículos de lotação superior
a 22 passageiros além do condutor, as três classes seguintes:

a) Classe I: veículos construídos com zonas


para passageiros de pé, que permitem a
movi-mentação frequente destes, (figura
2.16);

Fig. 2.16 - Veículo da Classe 1

2.8 Classificação e Características de Veículos Pesados


Classificação de Veículos Automóveis

b) Classe II: veículos construídos principalmente para o transporte de passageiros sentados,


concebidos de modo a poderem transportar passageiros de pé no corredor e ou numa zona
cuja área não exceda o espaço correspondente a dois bancos duplos, (figura 2.17);

Fig. 2.17 - Veículo da Classe 2

c) Classe III: veículos construídos exclusivamente para o transporte de passageiros sen-tados,


(figura 2.18);

Fig. 2.18 - Veículo da Classe 3

3) No caso dos veículos de lotação não superior a 22 passageiros além do condutor, distinguem-se
duas classes:

a) Classe A: veículos concebidos para o


transporte de passageiros de pé; os
veículos desta classe estão equipados
com bancos e devem estar preparados
para transportar passageiros de pé
(figura 2.19);

Fig. 2.19 - Veículo da Classe A

Classificação e Características de Veículos Pesados 2.9


Classificação de Veículos Automóveis

b) Classe B: veículos não concebidos


para o transporte de passageiros
de pé; os veículos desta classe não
estão preparados para transportar
passageiros de pé (figura 2.20);

Fig. 2.20 - Veículo da Classe B

2. Os quadros dos veículos a que este artigo se refere serão de modelos especialmente construídos
para o transporte de passageiros.

3. As caixas destes veículos só poderão exceder a largura do rodado mais largo em 12 cm para cada
lado, serão fechadas e terão ao longo da coxia central uma altura interior mínima de 180 cm, salvo
se se tratar de veículos de dois pisos, em que esta altura poderá der reduzida para 175 cm. Os
veículos das categorias I e II nos quais esteja previsto o transporte de passageiros em pé deverão
ter uma altura interior mínima de 200 cm.
4. O reservatório de combustível deverá obedecer às condições seguintes:

a. Estar instalado no exterior dos compartimentos da caixa reservados a pessoas, bagagens ou


mercadorias e por forma a ficar protegido das consequências de uma colisão frontal ou pela
retaguarda do veículo;

b. Ser instalado de forma a evitar saliências e bordos cortantes;

c. A parte inferior do reservatório deve estar completamente livre de modo que as perdas ou fugas
de combustível atinjam directamente o solo sem qualquer obstrução (figuras 2.21);

Fig. 2.21 - Reservatório de gasóleo

2.10 Classificação e Características de Veículos Pesados


Classificação de Veículos Automóveis

d. O orifício de enchimento deve ser acessível apenas do exterior da caixa e ficará situado a uma
distância mínima de 25 cm de qualquer porta; quando colocado nos painéis laterais, não deve
formar saliências relativamente às superfícies adjacentes.

5. As baterias de acumuladores deverão estar instaladas no exterior dos compartimentos destinados às


pessoas, bagagens ou mercadorias solidamente fixas e convenientemente isoladas.

6. As instalações eléctricas devem estar correctamente dispostas de modo que os cabos fiquem
convenientemente isolados, fixos e protegidos contra curto-circuitos.

7. O nível sonoro do ruído no interior destes veículos deverá estar conforme ao estipulado na norma
portuguesa sobre caracterização do ruído no interior dos automóveis pesados de passageiros.

Classificação e Características de Veículos Pesados 2.11


Características Regulamentares dos Veículos

3 - Características regulamentares dos veículos

3.1 - Limites de peso

Do Decreto-Lei n.º 203/2007


Regulamento que fixa os pesos e as dimensões máximos autorizados para os
veículos em circulação

Artigo 8.º - Peso bruto máximo dos veículos

1 -Os pesos brutos máximos dos veículos fixados, quando em circulação, são os referidos nos números
seguintes.

2 - Peso bruto máximo para veículos de:

a) Dois eixos: 19 t (figura 3.1);

Fig. 3.1 - Dois eixos, 19 t

b) Três eixos: 26 t (figura 3.2);

Fig. 3.2 - Três eixos, 26 t

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.1


Características Regulamentares dos Veículos

c) Quatro ou mais eixos: 32 t (figura 3.3).

Fig. 3.3 - Quatro ou mais eixos: 32 t

3 - Peso bruto máximo para conjunto veículo tractor-semi-reboque de:

a) Três eixos: 29 t (figura 3.4);

Fig. 3.4 - Três eixos, 29 t

b) Quatro eixos: 38 t (figura 3.5);


Fig. 3.5 - Quatro eixos, 38 t

3.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

c) Cinco ou mais eixos: 40 t (figura 3.6);

Fig. 3.6 - Cinco ou mais eixos: 40 t

d) Cinco ou mais eixos transportando dois contentores ISO de 20b, ou um contentor ISO de 40b:
44 t (figura 3.7).

Fig. 3.7 - Cinco ou mais eixos: 44 t

4 - Peso bruto máximo para automóvel pesado de passageiros articulado de:



a) Três eixos: 28 t (fig.3.8);

Fig. 3.8 - Três eixos: 28 t

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.3


Características Regulamentares dos Veículos

b) Quatro ou mais eixos: 32 t (figura 3.9).

Fig. 3.9 - Quatro ou mais eixos: 32 t

5 - Peso bruto máximo para conjunto veículo a motor-reboque de:



a) Três eixos: 29 t;
b) Quatro eixos: 37 t (figura 3.10);

Fig. 3.10 - Quatro eixos: 37 t

c) Cinco ou mais eixos: 40 t (figura 3.11);

Fig. 3.11 - Cinco ou mais eixos, 40 t

3.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

d) Cinco ou mais eixos transportando dois contentores ISO de 20b: 44 t (figura 3.12).

Fig. 3.12 - Cinco ou mais eixos, 44 t

6 - Peso bruto máximo para reboques de:


a) Um eixo: 10 t;
b) Dois eixos: 18 t;
c) Três ou mais eixos: 24 t.

7 - Com excepção dos reboques agrícolas, o peso bruto do reboque não pode ser superior a uma vez
e meia o peso bruto do veículo tractor.

Artigo 8.º - A - Transporte de material lenhoso

1 - Os veículos a motor-reboque com cinco ou mais eixos que efectuem exclusivamente transporte
de material lenhoso, nomeadamente toros de madeira e similares, podem circular com um peso bruto
máximo de 60 t desde que estejam tecnicamente preparados para o efeito, devendo no respectivo
certificado de matrícula estar fixado este valor.

2 - Os proprietários dos veículos que estejam tecnicamente preparados para o transporte referido no
número anterior mas não conste do respectivo certificado de matrícula este valor de peso bruto devem
requerer a sua alteração.

Artigo 9.º - Peso bruto máximo por eixo

1 - Os pesos brutos máximos por eixo dos veículos, quando em circulação, são os referidos nos números
seguintes.

2 - Pesos brutos máximos de um eixo simples:


a) Frente (automóveis): 7,5 t;
b) Não motor: 10 t;
c) Motor: 12 t.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.5


Características Regulamentares dos Veículos

3 - No eixo duplo motor e não motor, os pesos brutos máximos relacionam-se com a correspondente
distância entre eixos (d) da seguinte forma:
a) Se d for inferior a 1 m: 12 t;
b) Se d for de 1 m a 1,29 m: 17 t;
c) Se d for de 1,3 m a 1,79 m: 19 t;
d) Se d for igual ou superior a 1,8 m: 20 t.

4 - No eixo triplo motor e não motor, os pesos brutos máximos relacionam-se com a correspondente
distância entre os dois eixos extremos (D) da seguinte forma:
a) Se D for inferior a 2,6 m: 21 t;
b) Se D for igual ou superior a 2,6 m: 24 t.

Artigo 10.º - Peso bruto rebocável

1 - O peso bruto rebocável dos automóveis, quando em circulação, deve ser o menor dos seguintes
valores:

a) O do peso bruto rebocável máximo tecnicamente admissível, estabelecido com base na


construção e no desempenho do veículo e na resistência do dispositivo mecânico de engate;

b) Metade da tara do automóvel, não podendo exceder 750 kg nos veículos destinados a atrelar
reboques sem travão de serviço;

c) O valor do peso bruto do automóvel, nos veículos com peso bruto inferior ou igual a 35 kg
destinados a puxar reboques equipados com travões de serviço, e uma vez e meia o peso bruto
do automóvel, não podendo exceder 3500 kg, no caso dos veículos ‘fora de estrada’;

d) 3500 kg nos veículos com peso bruto superior a 3500 kg destinados a atrelar reboques equipados
com travões de serviço de inércia;

e) Uma vez e meia o peso bruto do automóvel, nos veículos com um peso bruto superior a 3500
kg destinados a atrelar reboques com sistema de travagem contínua.

2 - O peso bruto rebocável dos tractores agrícolas deve ser o menor dos seguintes valores:

a) O do peso bruto rebocável máximo tecnicamente admissível, estabelecido com base na


construção e no desempenho do veículo e ou na resistência do dispositivo mecânico de
engate;

b) 750 kg, nos veículos destinados a atrelar apenas reboques sem travão de serviço;

c) Três vezes o peso bruto do tractor, não podendo exceder 3500 kg, nos veículos destinados a
atrelar apenas reboques equipados com travões de serviço de inércia;

d) Quatro vezes o peso bruto do tractor, nos veículos com sistema de travagem mecânico destinados
a atrelar reboques equipados com travõesde serviço de travagem contínua;

e) Quatro vezes o peso bruto do tractor, nos veículos com sistema de travagem hidráulico ou
pneumático destinados a atrelar reboques equipados com travões de serviço de travagem
mecânica;

3.6 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

f) Seis vezes o peso bruto do tractor, nos veículos com sistema de travagem hidráulico ou pneumático
destinados a atrelar reboques equipados com travões de serviço de travagem hidráulica ou
pneumática.

3 - Nos conjuntos formados por um veículo a motor e um reboque ou semi-reboque, o peso bruto
máximo do reboque ou do semi-reboque pode ser um dos seguintes valores:

a) O constante no documento de identificação do reboque, se esse valor for menor ou igual ao peso
bruto rebocável constante no documento de identificação do veículo tractor;

b) O valor do peso bruto rebocável do veículo tractor, se o peso bruto constante no documento de
identificação do reboque exceder aquele valor.

Artigo 12.º - Outras características relativas a pesos

1 - O peso bruto no eixo ou eixos motores de um veículo ou conjunto de veículos não pode ser inferior
a 25% do peso bruto do veículo ou conjunto de veículos.

2 - O peso bruto que incide sobre o eixo da frente não pode ser inferior a 20% ou 15% do peso bruto
total, conforme se trate, respectivamente, de veículos de um ou mais eixos à retaguarda.

3 - O valor do peso bruto máximo, em toneladas, de um veículo a motor de quatro eixos não pode
exceder cinco vezes o valor da distância, em metros, entre os eixos extremos do veículo, excepto
no caso dos veículos com caixa aberta ou betoneira.

4 - Nos veículos ligeiros de mercadorias com quadro-cabina separados, após carroçamento, a carga
útil não pode ser inferior a 10% do peso bruto.

3.2 - Travões
Do Regulamento do Código da Estrada art.º 18º
Travões

Os travões dos veículos automóveis devem ter a eficiência bastante para, rodando o veículo em patamar
à velocidade de V km/h, o imobilizarem nas condições seguintes:

a. O travão de serviço deve fazer parar o


veículo numa distância máxima de V2/100
[m];

b. O travão de estacionamento deve fazer


parar o veículo numa distância máxima de
V2/50 [m].

Qualquer veículo em andamento, em


condições ideais, tem de se imobilizar numa
distância máxima igual à dada pelas fórmulas
apresentadas, consoante o tipo de travão
utilizado (ver figura 3.13).
Fig. 3.13 - Travagem de um veículo pesado

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.7


Características Regulamentares dos Veículos

3.2.1 - Tabela de distâncias de travagem (em segurança)

Distância percorrida
Velocidade em Velocidade Distância total
Km/h em metros por percorrida até
Durante o tempo Durante a
segundo à paragem (em
de reacção travagem
metros)

40 11,1 8,3 10 18,3

50 13,9 10,4 16,1 26,5

60 16,7 12,5 23,2 35,7

70 19,4 14,6 31,4 46

80 22,2 16,7 41 57,7

90 25 18,7 52 70,7

100 27,8 20,9 64,5 85,4

110 30,6 23 78 101

120 33,4 25 93 118

140 38,8 29,2 123 152,2

180 50 37,5 208 245,5

Tab. 3.1 - Distância de travagem consoante a velocidade do veículo

Graf. 3.1 - Relação entre a velocidade e distância percorriga até parar,


por um veículo no momento da travagem

3.8 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

3.2.2 - Classificação das deficiências em função da eficiência de


travagem

Do Despacho DGV n.º 5392/99 ( 2ª Série ) do anexo n.º1


Classificação das deficiências

2 - Desempenho e eficiência dos travões de serviço:

2.2 - Eficiência:

• Para reboques e semi-reboques matriculados antes de Janeiro de 1989:

Inferior a 20%.......................................................tipo 3
Entre 20% e 40% (exclusive)...............................tipo 2

• Para reboques e semi-reboques matriculados a partir de Janeiro de 1989:

Inferior a 20%.......................................................tipo 3
Entre 20% e 43% (exclusive)...............................tipo 2

• Para pesados de mercadoria e tractores:

Inferior a 20%.......................................................tipo 3
Entre 20% e 45% (exclusive)...............................tipo 2

• Para pesados de passageiros:

Inferior a 25%.......................................................tipo 3
Entre 25% e 50% (exclusive)...............................tipo 2

4. Desempenho e eficiência do travão de estacionamento:

4.1 - Desempenho: travão inoperativo num dos lados...........................................tipo 2

4.2 - Eficiência: inferior a 16% (registo automatizado dos valores)........................tipo 2

3.2.3 - cálculo matemático do valor da eficiência de travagem

Do Despacho DGV n.º 5392/99 ( 2ª Série ) anexo n.º1

II – Cálculo matemático do valor da eficiência de travagem – a eficiência de travagem, deve estar


relacionada com a massa máxima autorizada ou, no caso dos semi-reboques, com a soma das
cargas máximas autorizadas, por eixo.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.9


Características Regulamentares dos Veículos

A determinação do valor da eficiência de travagem é baseada na seguinte expressão:

F
E (%) = x 100
P x 9,81
em que:

E = valor da eficiência (em percentagem).


F = soma das forças máximas de travagem medidas em cada roda durante o ensaio (Newton).
P = massa do veículo no momento do ensaio (kg)

A determinação deste valor da eficiência de travagem é medida através do fenómetro, como


mostra a figura 3.14.

Fig. 3.14 - Frenómetro

3.3 - Rodados

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 19


Rodados

1. Quando o número de rodados for de três, um à frente e dois à retaguarda, considerar-se-á como
distância entre eixos a distância entre o eixo do primeiro rodado e o meio dos eixos dos rodados da
retaguarda (figura 3.15).

Fig. 3.15 - Veículo com três eixos, um à frente e dois atrás

3.10 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Havendo dois rodados à frente e um à retaguarda, a distância entre eixos será a distância entre o eixo
do primeiro rodado e o da rectaguarda (figura 3.16).

Fig. 3.16 - Veículo com três eixo, dois à frente e um a trás

Se o número de rodados for de quatro, dois à frente e dois à retaguarda, será considerada como
distância entre eixos a distância entre o primeiro eixo da frente e o meio dos eixos da retaguarda, (figura
3.17).

Fig. 3.17 - Veículo com quatro eixos, dois à frente e dois atrás

2. O peso bruto que incide sobre o rodado dianteiro não poderá ser inferior a 20 por cento ou 15 por
cento do peso bruto total, conforme os veículos tiverem à retaguarda, respectivamente, um ou mais
eixos.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.11


Características Regulamentares dos Veículos

3.4 - Caixas

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 19


Caixas

3. Quaisquer que sejam as dimensões das caixas dos veículos automóveis ou dos reboques não
devem as mesmas prejudicar as suas boas condições de equilíbrio. Nos automóveis pesados a
linha vertical que passa pelo centro da gravidade da caixa deve estar situada à frente do eixo da
retaguarda e a uma distância deste não inferior a 5 por cento de distância entre os eixos. Nos
automóveis ligeiros bastará que a referida linha não fique situada à retaguarda do eixo traseiro,
(figura 3.18).

4. As caixas dos veículos automóveis de mercadorias e pesados de passageiros só poderam prolongar-


se além do eixo da retaguarda até uma distância igual a 60% da distância entre eixos. Nos veículos
automóveis equipados com caixa especial, o mesmo limite pode, com autorização da Direcção-
Geral de Viação, ser excedido, sem prejuízo do disposto no número anterior.

Fig. 3.18 - Caixa frigorifica

Contudo, nos veículos automóveis pesados de passageiros e nos veículos automóveis equipados
com caixa especiais, nenhuma parte do veículo poderá passar além de um plano vertical paralelo à
face lateral do mesmo e distando desta 80 cm quando o veículo descreve uma curva com o ângulo
de viragem máximo as rodas directrizes.

5. Nos automóveis destinados ao transporte simultâneo de carga e passageiros o comprimento do


leito da caixa reservado ao transporte das mercadorias não poderá ser inferior a 40 por cento da
distância entre eixos.

6. Nos automóveis de carga e reboques de caixa aberta, os taipais não podem ter altura inferior a 45
cm e, quando abertos, devem ficar perpendiculares ao solo.

7. A altura interior das caixas fechadas dos veículos dos tipos «ambulância» e «funerário» não poderá
ser inferior a 120 cm. Nos automóveis ligeiros do tipo misto esta altura não poderá ser inferior a 115
cm, sendo 90 cm do tecto do assento ao leito da caixa.

3.12 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

8. As caixas fechadas dos automóveis pesados destinados ao transporte de passageiros deverão ser
estanques ao vento e à chuva.

9. Igualmente os automóveis pesados de passageiros


poderão ter degraus transversais situados no leito
da caixa, devendo a sua altura estar compreendida
entre 15 cm e 25 cm. Contudo, se houver um degrau
situado junto à ultima fila de bancos, deverá ter uma
altura inferior a 20 cm e uma profundidade mínima
de 30 cm. Este degrau não será considerado para
efeito de verificação da altura interior do veículo
(figura 3.19).

Fig. 3.19 - Degraus de entrada de um autocarro

10. O orifício de enchimento do reservatório do


combustível deve ficar situado no exterior da
caixa (figura 3.20).

Fig. 3.20 - Orifício de enchimento do depósito

3.5 - Portas e janelas

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 21


Portas e janelas

5. Nos automóveis pesados de passageiros a altura ao solo do primeiro degrau de acesso não poderá
exceder 43 cm, medidos com o veículo vazio e colocado numa superfície plana e horizontal; nos
veículos da categoria I aquela altura não poderá, porém, ser superior a 40 cm; a profundidade mínima
deste degrau deverá ser de 30 cm. A altura de quaisquer outros degraus que não sejam os referidos
no número 9 do Cap. III, art.º 20.º não poderá ser superior a 30 cm e a sua profundidade não será
inferior a 20 cm. Em qualquer caso, dever-se-à poder assentar sempre sobre eles uma superfície
rectangular com as dimensões mínimas de 38 cm x 20 cm.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.13


Características Regulamentares dos Veículos

Todos estes degraus deverão ser revestidos de material com coeficiente de aderência elevado e
não poderão apresentar arestas cortantes.

Nos veículos pesados de passageiros a largura das portas deve ser tal que garanta espaço livre
mínimo de 60 cm para entrada e saída da passageiros, no qual não poderão estar compreendido
os dispositivos destinados a auxiliar a subida e descida, com que aqueles veículos devem estar
equipados.

As portas deverão garantir uma altura mínima de 170 cm.

3.5.1- Saídas de emergência

6. Nos automóveis pesados de passageiros deverão existir saídas de emergência nos termos definidos
neste número. Para esse efeito, considerar-se-ão saídas de emergência:

a. Portas de emergência: deverão poder ser abertas facilmente, quer do interior, quer do exterior;
não poderão ser servocomandadas nem de correr e deverão poder manter-se abertas com um
ângulo mínimo de 100o;

b. Janelas de emergência: deverão poder ser ejectadas ou abertas fácil e rapidamente, quer do
interior, quer do exterior, ou serão de vidro de segurança fácil de quebrar com a ajuda de
dispositivo apropriado (figuras 3.21 e 3.22);

Fig. 3.21 - Janela de emergência

Fig. 3.22 - Dispositivo para partir o vidro

c. Portas de serviço: poderão ser utilizadas como saídas de emergência; no entanto, se forem
servocomandadas, deverão poder ser fácil e rapidamente abertas manualmente.

3.14 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

As saídas de emergência deverão estar colocadas de tal modo que a diferença do número de saídas
entre cada lado do veículo não seja superior a 1 e deverão estar distribuídas uniformemente ao longo
do comprimento do veículo.

Será sempre garantido o fácil acesso a qualquer saída de emergência devendo a altura mínima do
bordo inferior das janelas ao pavimento interior do veículo estar compreendida entre 50 cm e 100 cm.
Todas as saídas referidas neste número que não sejam portas de serviço deverão estar assinaladas
no interior e no exterior com a inscrição: «Saída de emergência».

O número mínimo de saídas de emergência será de 3, se a lotação não exceder 23 lugares, 4, se a


lotação estiver compreendida entre 24 e 36 lugares, e 5, se exceder 36 lugares.

As dimensões mínimas das portas de emergência serão de 55 cm x 125 cm; as janelas de emergência
deverão ter uma área não inferior a 4000 cm2, garantindo sempre uma superfície rectangular livre
mínima de 50 cm x 70 cm.

Além das saídas de emergência, estes veículos só poderão ter no painel esquerdo uma porta destinada
à entrada e saída do condutor.

7. Os automóveis pesados de caixa fechada destinados ao transporte de mercadorias terão no painel


direito ou à retaguarda as portas destinadas à carga e descarga. No painel esquerdo só poderá haver
a porta destinada à entrada e saída do condutor, excepção feita aos veículos destinados ao transporte
de carnes. As portas laterais destinadas à carga e descarga, quando abertas, devem poder fixar-se
ao painel onde estão colocadas. As portas da retaguarda, quando abertas, não poderão ultrapassar
a largura máxima do veículo. A largura da porta destinada ao acesso ao lugar do condutor será de
65 cm, medidos a meia altura da porta.

8. Nos automóveis pesados de passageiros e mistos de caixa fechada a cada banco deverá, sempre
que possível, corresponder uma janela.

9. A janela da retaguarda dos automóveis pesados pode ser fixa e deve ter as dimensões mínimas de
70 cm x 30 cm nos destinados ao transporte de passageiros e de 50 cm x 25 cm nos destinados ao
transporte de mercadorias.

3.6 - Coxias

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 25


Coxias

1. Considera-se coxia o espaço que permite aos passageiros, a partir de qualquer lugar ou fila de
lugares, o acesso a qualquer outro lugar ou fila de lugares ou à porta de serviço.

A coxia não compreende o espaço situado à frente de um lugar ou fila de lugares até uma profundidade
de 30 cm, que é destinado aos pés dos passageiros sentados; não compreende também os degraus
nem o espaço situado à frente de um lugar ou fila de lugares e exclusivamente destinado aos
passageiros que os ocupam.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.15


Características Regulamentares dos Veículos

2. As coxias situadas em frente das portas devem ter, pelo menos, 60 cm de largura (figura 3.23).

As restantes coxias não podem ter largura inferior a 45 cm, 35 cm ou 30 cm, consoante se trate de
veículos das categorias I, II ou III, respectivamente.

Fig. 3.23 - Coxia

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 24


Lugar dos passageiros

3. Nos automóveis pesados das categorias I e II poderão ser transportados passageiros em pé nas
coxias e nos veículos da categoria I esse transporte poderá ainda ser efectuado nas plataformas;
porém, não será permitido o transporte de passageiros em pé na zona situada à frente do plano
vertical que passa pela parte anterior das costas do banco do motorista, na sua posição mais
recuada; este limite deverá ser assinalado por uma faixa marcada no pavimento, com 5 cm de
largura, de cor viva e contrastante.

Considera-se plataforma toda a zona livre de bancos que abranja a largura máxima interior do
veículo; só poderão, todavia, ser permitidas plataformas em veículos da categoria I e desde que se
encontrem em frente de uma porta para saída de passageiros (figura 3.24).

3.16 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Fig. 3.24 - Zona da coxia para transporte de passageiros em pé

Reservar-se-á sempre para cada passageiro de pé uma área mínima de 1500 cm2, à qual deverá
corresponder uma altura livre mínima de 185 cm; deverão existir dispositivos de apoio em número
suficiente para os passageiros de pé.

3.7 - Disposições especiais aplicáveis em transportes


públicos de passageiros

Do Regulamento do Código da Estrada art.º 30


Disposições especiais aplicáveis a automóveis utilizados em transportes
públicos de passageiros

4. Os veículos a que o presente artigo se refere deverão dispor de, pelo menos, 2 portas, podendo ser
ambas de serviço ou uma de serviço e outra de emergência; porém, os veículos das categorias I e II
com uma lotação superior a 17 lugares deverão possuir 2 portas no painel lateral direito destinadas
à entrada e saída de passageiros. Os veículos das categorias I e II com lotação superior a 60
lugares deverão dispor de pelo menos, 3 portas de serviço, todas no painel direito; para este efeito,
considerar-se-ão como porta dupla a que tiver um espaço livre mínimo de 120 cm, medido nos
termos do n.º 5 do artigo 21.º.

5. O lugar a que se refere o artigo 198.º do R.T.A. poderá ficar situado na coxia, em frente da porta

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.17


Características Regulamentares dos Veículos

de entrada de passageiros; nos veículos da categoria III será permitida a colocação de um banco
destinado ao guia, o qual poderá ficar colocado na coxia, em frente da porta anterior. Em qualquer
dos casos, o banco será móvel e provido de dispositivo que permita a sua fácil recolha, de tal forma
que, quando não utilizado, seja garantida a largura mínima estipulada para a coxia.

6. Os veículos pesados deverão ter no seu interior dispositivos para o transporte de bagagens, podendo
para o mesmo fim ter grades no tejadilho. Exceptuam-se desta disposição os veículos em que esteja
previsto o transporte de passageiros em pé e os veículos de 2 pisos, que, no entanto, deverão ter
espaço disponível e devidamente assinalado, na proximidade de uma porta, para colocação de
bagagem (figura 3.25).

Fig. 3.25 - Espaço para a colocação de bagagens

7. Nos veículos pesados a que este artigo se refere as janelas deverão dispor de cortinas ou dispositivos
equivalentes.

8. Nos veículos das categorias I e II deverá ser garantido um sistema de ventilação adequado e
eficiente, tendo em consideração a lotação prevista para o veículo.Os veículos da categoria III
deverão estar equipados com um sistema de ar condicionado. Em todos os veículos referidos neste
artigo deverá haver um sistema para desembaciamento eficaz do pára-brisas.

9. Os veículos das categorias I e II deverão dispor de um sinal, acústico ou luminoso, a ser usado pelo
cobrador ou pelos passageiros, para determinarem a paragem e o recomeço da marcha do veículo;
nos veículos da categoria I deverá ainda existir um dispositivo acústico adequado para assinalar
aos passageiros o fecho de qualquer porta servocomandada, situada para trás do eixo anterior do
veículo.

3.18 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

3.8 - Dimensões dos veículos

Do Decreto-Lei n.º 99/2005 (Secção II)


Artigo 3.º - Dimensões máximas dos veículos

1 - As dimensões máximas dos veículos, quando em circulação, são as referidas nos números seguintes.

2 - Comprimento máximo:

a) Veículos a motor de dois ou mais eixos (com excepção dos automóveis pesados de passageiros): 12 m;

b) Reboques de um ou mais eixos: 12 m;

c) Automóveis pesados de passageiros com dois eixos: 13,5 m;

d) Automóveis pesados de passageiros com três ou mais eixos: 15 m;

e) Automóveis pesados de passageiros articulados: 18,75 m (figura 3.26);

Fig. 3.26 - Autocarro articulado

f) Conjunto veículo tractor-semi-reboque de três ou mais eixos: 16,5 m;

g) Conjunto veículo a motor-reboque: 18,75 m;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.19


Características Regulamentares dos Veículos

h) Comboios turísticos: 18,75 m (figura 3.27).

Fig. 3.27 - Comboio turístico

i) Máquinas com motor de propulsão ou rebocáveis - 20 m..

3 - Largura máxima dos veículos:

a) Qualquer veículo: 2,55 m;

b) Veículos de transporte condicionado: 2,6 m;

c) Máquinas com motor de propulsão ou rebocáveis - 3 m.

4 - A altura máxima para qualquer veículo é de 4 m.

a) Veículos a motor e seus reboques - 4 m;

b) Máquinas com motor ou rebocáveis - 4,5 m.

5 - Nas dimensões fixadas estão compreendidas as superstruturas amovíveis e os dispositivos de


carga normalizados, como contentores.

6 - Para além de outros limites legais, os semi-reboques devem respeitar ainda o seguinte:

a) A distância máxima entre o eixo da cavilha de engate e a retaguarda do semi-reboque é de 12 m;

b) A distância medida horizontalmente entre o eixo da cavilha de engate e qualquer ponto da


dianteira do semi-reboque não deve ser superior a 2,04 m.

7 - Nos conjuntos de veículos formados por um automóvel de mercadorias e um reboque deve


respeitar-se o seguinte:

a) A distância máxima medida paralelamente ao eixo longitudinal do conjunto veículo-reboque


entre os pontos exteriores mais avançados da área de carga atrás da cabina e o ponto mais
recuado do reboque do conjunto, diminuída da distância entre a retaguarda do veículo a motor
e a parte dianteira do reboque, é de 15,65 m;

3.20 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

b) A distância máxima medida paralelamente ao eixo longitudinal do conjunto veículo-reboque entre


os pontos exteriores mais avançados da área de carga atrás da cabina e o ponto mais recuado
do reboque do conjunto é de 16,4 m.

8 - Se um automóvel pesado de passageiros tiver instalados quaisquer acessórios amovíveis, o


comprimento do veículo, incluindo aqueles acessórios, não deve exceder o comprimento máximo
fixado no n.o 2.

9 - É admitida a circulação de conjuntos formados por um automóvel de mercadorias e um semi-


reboque, adaptado por construção ao transporte de material lenhoso, ligados através de um
elemento rebocado (dolly), devendo respeitar-se o seguinte:

a) Comprimento máximo do conjunto - 25,25 m;

b) As dimensões máximas do veículo a motor e do semi-reboque considerados individualmente não


podem exceder o fixado no presente artigo.

Artigo 5.º - Dispositivos não tomados em consideração na medição do comprimento.

Na medição do comprimento dos veículos não são tomados em consideração os seguintes


dispositivos:

a) Limpa-pára-brisas e dispositivos de lavagem do pára-brisas;

b) Chapas de matrícula à frente e à retaguarda;

c) Dispositivos de selagem aduaneira e sua protecção;

d) Dispositivos de fixação dos oleados das coberturas das caixas e sua protecção

e) Luzes;

f) Espelhos retrovisores ou outros dispositivos


auxiliares de visão para a retaguarda;

g) Tubos de admissão de ar (figura 3.28);

Fig. 3.28 - Tubos de admissão de ar

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.21


Características Regulamentares dos Veículos

h) Batentes para caixas amovíveis (figura


3.29);

Fig. 3.29 - Batentes

i) Degraus e estribos de acesso;

j) Borrachas;

l) Plataformas elevatórias, rampas de acesso e outros equipamentos semelhantes, em ordem de


marcha, desde que não constituam saliência superior a 200 mm;

m) Dispositivos de engate do veículo a motor.

Artigo 6.º - Dispositivos não tomados em consideração na medição da largura

Na medição da largura dos veículos não são tomados em consideração os seguintes dispositivos:

a) Luzes (3.30);

Fig. 3.30 - Luzes

b) Dispositivos de selagem aduaneira e sua protecção;

3.22 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

c) Dispositivos de fixação de oleados e sua protecção (figura 3.31);

Fig. 3.31 - Dispositivos de fixação dos oleados

d) Dispositivos de controlo da pressão dos pneus;

e) Elementos flexíveis dos sistemas antiprojecção;

f) Espelhos retrovisores (figura 3.32);

Fig. 3.32 - Espelhos retrovisores

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.23


Características Regulamentares dos Veículos

g) Degraus e estribos retrácteis (figura 3.33);

Fig. 3.33 - Degaus de acesso

h) Partes deflectidas das paredes laterais dos pneus imediatamente acima do ponto de contacto
com o solo;

i) Nos veículos das categorias europeias


M2 e M3, rampas de acesso em ordem
de marcha, plataformas de elevação
e outro equipamento semelhante que
não ultrapasse 10 mm em relação à
face lateral do veículo, desde que os
cantos posteriores e anteriores das
rampas se apresentem arredondados
com um raio não inferior a 5 mm e as
arestas sejam boleadas com um raio
não inferior a 2,5 mm (figura 3.34).

Fig. 3.34 - Plataformas elevatórias

Artigo 7.º - Dispositivos não tomados em consideração na medição da altura

Na medição da altura dos veículos não são tomados em consideração as antenas de comunicação e
os pantógrafos na sua posição mais elevada.

Artigo 11.º - Outras características relativas a dimensões

1 - Nos conjuntos veículo a motor-reboque, com excepção dos formados por veículos a motor das
categorias europeias M1 ou N1 ou tractores agrícolas, ou que incluam reboques das categorias
europeias O1 ou O2, a distância entre o eixo da retaguarda do veículo a motor e o eixo da frente
do reboque não deve ser inferior a 3 m.

3.24 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

2 - As caixas dos veículos a motor e seus reboques não podem prejudicar as suas condições de
equilíbrio e estabilidade e:

a) Nos automóveis pesados, a linha vertical que passa pelo centro de gravidade resultante da
caixa, carga e passageiros deve estar situada à frente do eixo da retaguarda e a uma distância
deste não inferior a 5% da distância entre eixos;

b) Nos automóveis ligeiros, basta que a linha referida na alínea anterior não fique situada atrás
do eixo da retaguarda.

3 - As caixas dos automóveis de mercadorias e dos pesados de passageiros só podem prolongar-se


além do eixo da retaguarda até uma distância igual a dois terços da distância entre eixos, podendo,
nos automóveis equipados com caixas especiais e mediante autorização da Direcção-Geral de
Viação, o mesmo limite ser excedido, sem prejuízo do disposto no número anterior.

4 - Nos automóveis equipados com caixas especiais, nenhuma parte do veículo pode passar além de
um plano vertical paralelo à face lateral do mesmo e distando desta 1200 mm quando o veículo
descreve uma curva com o ângulo de viragem máximo das rodas directrizes.

5 - Nos veículos de mercadorias com caixa aberta, no caso de existirem taipais, os mesmos não podem
ter altura inferior a 200 mm, devendo ficar perpendiculares ao solo quando abertos.

6 - Por despacho do director-geral de Viação são fixados os valores máximos que as caixas podem
exceder relativamente à largura dos rodados mais largos.

7 - Todos os acessórios móveis devem ser fixados de forma a evitar que, em caso de oscilação, passem
além do contorno envolvente dos veículos.

8 - Os cubos das rodas e as lanternas dos veículos de tracção animal podem sobressair até ao limite
de 200 mm sobre cada uma das faces laterais.

3.9 - Características das luzes dos veículos

Da Portaria n.º 851/94


Regulamenta as características das luzes dos veículos

Artigo 1.º - Para efeitos do disposto na presente portaria entende-se:

a. «Luz», um dispositivo destinado a iluminar a estrada ou emitir um sinal luminoso. Os dispositivos


de iluminação da chapa de matricula da retaguarda e os reflectores são igualmente considerados
como luzes;

b. «Luzes agrupadas», os dispositivos que tenham superfícies iluminantes e fontes luminosas


distintas, mas o mesmo invólucro;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.25


Características Regulamentares dos Veículos

c. «Luzes combinadas», os dispositivos que tenham superfícies iluminadas distintas, mas uma
fonte luminosa e um invólucro comuns;

d. «Luzes incorporadas», os dispositivos que tenham fontes luminosas distintas ou uma fonte
luminosa única que funcione em diferentes modos, possuindo superfícies iluminantes total ou
parcialmente comuns e um mesmo invólucro;

e. «Luz de estrada (máximos)», a luz que serve para iluminar a estrada a uma grande distância
para a frente do veículo (figura 3.35);

Fig. 3.35 - Luz de estrada

f. «Luz de cruzamento (médios)», a luz que


serve para iluminar a estrada para a frente
do veículo, sem encandear nem incomodar
indevidamente os condutores que venham
em sentido contrário ou os outros utentes
da estrada (figura 3.36);

Fig. 3.36 - Luzes de cruzamento

g. «Luzes de presença», as luzes que servem para indicar a presença e a largura do veículo
quando visto de frente e da retaguarda. As luzes de presença da frente tomam a designação de
«mínimos»;

h. «Luz indicadora de mudança de direcção», a luz que serve para indicar aos outros utentes
da estrada que o condutor tem a intenção de mudar de direcção para a direita ou para a
esquerda;

3.26 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

i. «Luzes avisadoras de perigo», o funcionamento simultâneo de todos os indicadores de


mudança de direcção destinado a assinalar que o veículo representa nomeadamente um perigo
especial para os outros utentes da estrada;

j. «Luz de travagem», a luz que serve para indicar a outros utentes da estrada que se encontram
atrás do veículo que o condutor deste está a accionar o travão de serviço, como mostra a figura
3.37;

Fig. 3.37 - Luz de travagem

k. «Luz de marcha atrás», a luz que serve para iluminar a estrada para a retaguarda do veículo e
para avisar os outros utentes da estrada que o veículo faz ou vai fazer marcha atrás;

l. «Luz da chapa de matricula», o dispositivo


que serve para assegurar a iluminação do
espaço destinado à chapa de matricula da
retaguarda (figura 3.38).

Fig. 3.38 - Luz da chapa de matrícula

m. «Luz de nevoeiro da retaguarda», a luz que serve para tornar mais visível o veículo quando
visto da retaguarda, em caso de nevoeiro intenso ou outras situações de redução significativa da
visibilidade;

n. «Luz de nevoeiro da frente», a luz que serve para melhorar a iluminação da estrada em caso
de nevoeiro ou outras situações de redução significativa da visibilidade;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.27


Características Regulamentares dos Veículos

o. «Luz delimitadora», a luz destinada a


indicar a largura total do veículo, destinando-
se a completar, para determinados veículos
automóveis e reboques, as luzes de presença
e da retaguarda de veículos, chamando
especial atenção para as suas dimensões,
(figura 3.39);

Fig. 3.39 - Luz delimitadora

p. «Luz de presença lateral», a luz que serve


para indicar a presença do veículo quando
visto de lado, (figura 3.40);

Fig. 3.40 - Luz de presença lateral

q. «Reflector», um dispositivo que serve para indicar a presença de um veículo por reflexão da luz
proveniente de uma fonte luminosa, não ligada a esse veículo, estando o observador colocado
perto da referida fonte luminosa, (figura 3.41);

Fig. 3.41 - Reflector

r) «Avisador de accionamento», uma luz que indica que um dispositivo foi posto em acção.

3.28 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 2.º - Os veículos automóveis e reboques devem possuir à frente luzes de presença
(mínimos) com as seguintes características:

a. As luzes de mínimos deverão apresentar uma intensidade tal que sejam visíveis de noite e por
tempo claro a uma distância mínima de 150 m;

b. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Motociclos – uma luz;
• Reboques de largura superior a 1600 mm ou sempre que a sua largura seja superior à do
veículo tractor – duas luzes;

c. Cor da luz emitida – branca;



d. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos):

• Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões máximas
do veículo de 400 mm;

• Nos reboques, devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 150 mm;

• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm.

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na frente do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo que não exceda 1550 mm;

• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1550 mm, aquele valor será
alterado para 2100 mm.

e. Devem estar orientadas para a frente;

f. Deve existir avisador de accionamento, não intermitente, que poderá no entanto ser dispensado
se estas luzes acenderem simultaneamente com as do painel de instrumentos.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.29


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 3.º - Os veículos automóveis e reboques devem possuir à retaguarda luzes de presença
com as seguintes características:

a. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Reboques – duas luzes;
• Motociclos – uma luz.

Os motociclos com carro lateral terão na parte superior direita deste uma luz que emita luz branca
para a frente e luz vermelha para a retaguarda. Esta luz será instalada do lado esquerdo sempre que
o carro esteja colocado à frente ou à retaguarda do motociclo;

b. Cor da luz emitida - vermelha.

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos):

• Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões máximas
do veículo de 400 mm;

• Nos reboques, devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 150 mm;

• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm.

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na frente do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo que não exceda 1550 mm;

• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1550 mm, aquele valor será
alterado para 2100 mm.

d. Devem estar orientadas para a frente;

e. Deve existir avisador de accionamento, não intermitente, que poderá no entanto ser dispensado
se estas luzes acenderem simultaneamente com as do painel de instrumentos.

3.30 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 4.º - Com excepção dos tractores agrícolas, os veículos automóveis devem possuir à
frente luzes de estrada (máximos) com as seguintes características:

a. Os máximos devem emitir um feixe luminoso que atinja, de noite e por tempo claro, pelo menos
100 metros;

b. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados: duas luzes;


• Motociclos: uma luz;

c. Cor da luz emitida: branca ou amarela;

d. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:

• Nenhuma especificação em especial.

Em comprimento:

• Devem ser colocadas na frente do veículo e montadas de tal modo que a luz emitida não
cause, directa ou indirectamente, incómodo ao condutor, através dos espelhos retrovisores ou
outras superfícies reflectoras do veículo.

Em altura:

• Nenhuma especificação especial.

e. Devem estar orientadas para a frente;

f. Deve existir um avisador de accionamento.

Artigo 5.º - Para além das luzes referidas no número anterior, os veículos automóveis devem
possuir luzes de cruzamento (médios), com as seguintes características:

a. Devem emitir um feixe luminoso que, projectando-se no solo, o ilumine eficazmente numa
distância de 30 m, por forma a não causar encandeamento aos demais utentes das vias públicas,
qualquer que seja a direcção em que transitem;

b. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Motociclos – uma luz.

c. Cor da luz emitida – branca ou amarela;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.31


Características Regulamentares dos Veículos

d. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:

• Nenhuma especificação em especial;

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na frente do veículo e montadas de tal modo que a luz não cause,
directa ou indirectamente, incómodo ao condutor, através dos espelhos retrovisores e ou
outras superfícies reflectoras do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 500 mm e 1200 mm;

d. Devem estar orientadas para a frente, apresentando uma montagem tal que permita uma
regulação fácil, rápida e segura da sua orientação. Podem ser utilizadas luzes médias
assimétricas que, evitando o encadeamento, permitam que o feixe luminoso emitido tenha um
alcance superior no seu lado direito;

e. Pode existir um avisador de accionamento.

Artigo 6.º - Com excepção dos tractores agrícolas e reboques agrícolas, os veículos automóveis
e reboques devem possuir à retaguarda luzes de travagem com as seguintes características:

a. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Motociclos – uma luz;
• Reboques – duas luzes.

Os reboques ficam dispensados das luzes de travagem, sempre que forem claramente visíveis as do
veículo a que vão atrelados;

b. Cor da luz emitida – vermelha ou alaranjada;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura (com excepção dos motociclos ou quando exista luz de travagem suplementar):

• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

3.32 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na retaguarda do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1550 mm;

• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1550 mm, aquele valor será
elevado para 2100 mm;

d. Devem estar orientadas para a retaguarda, acendendo sempre que seja utilizado o travão de serviço
dos veículos automóveis ou motociclos e, quando de cor vermelha, a sua intensidade deve ser
superior à da luz vermelha a que se refere o número 3 da presente portaria, se com esta estiver
agrupada ou incorporada.

Artigo 7.º - Os veículos automóveis ligeiros e pesados e seus reboques devem possuir luzes
indicadoras de mudança de direcção, com as seguintes características:

a. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – quatro luzes;


• Reboques – duas luzes.

b. Para além das luzes referidas na alínea anterior, é permitida a montagem nos veículos automóveis
ligeiros e pesados de luzes indicadoras de mudança de direcção laterais;

c. Cor da luz emitida:

• Para a frente – branca ou laranja;


• Para a retaguarda – vermelha ou laranja;
• Para o lado – laranja.

d. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:



Em largura:

• Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 400 mm;

• Devem estar situadas a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.33


Características Regulamentares dos Veículos

Em comprimento:

• Nos veículos automóveis ligeiros e pesados devem estar colocadas duas à frente e duas à
retaguarda do veículo;

• Nos reboques devem estar colocadas na retaguarda do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1900 mm;

• Se a forma da carroçaria não permitir respeitar a altura máxima de 1900 mm, aquele valor
deve ser elevado para 2300 mm;

e. A luz emitida deve ser intermitente;

f. A ligação das luzes indicadoras de mudança de direcção será independente de qualquer outra
luz. Todas as luzes indicadoras de mudança de direcção situadas no mesmo lado do veículo
serão ligadas e desligadas pelo mesmo comando e devem apresentar intermitência síncrona;

g. Deve existir um avisador de accionamento óptico ou acústico;

h. Nos veículos automóveis adaptados para atrelar um reboque, o comando das luzes indicadoras
de mudança de direcção do veículo tractor deve poder igualmente accionar as luzes indicadoras
de mudança de direcção do reboque;

i. Em veículos históricos, os indicadores de mudança de direcção poderão ser constituídos por


dois braços móveis com o comprimento mínimo de 15 cm, dotados de luz continua de cor
laranja colocada uma de cada lado do veículo;

j. Nos motociclos que possuam luzes de mudança de direcção, estas deverão respeitar as
disposições aplicáveis constantes no presente número, com excepção do que se refere ao
posicionamento em largura.

Artigo 8.º - Com excepção dos motociclos, tractores e reboques agrícolas, os veículos
automóveis e reboques matriculados após 27 de Maio de 1990 devem possuir luzes de nevoeiro
à retaguarda, com as seguintes características:

a. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – uma ou duas luzes;


• Reboques – uma ou duas luzes.

b. Cor da luz emitida – vermelha;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

3.34 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Em largura:

• Quando a luz de nevoeiro for única, deve estar situada do lado esquerdo do plano longitudinal
médio do veículo;

• A distância entre qualquer luz de nevoeiro à retaguarda e a luz de travagem mais próxima
deve ser superior a 100 mm;

Em comprimento:

• Devem estar à retaguarda;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 250 mm e 1000 mm;

d. Devem estar orientadas para a retaguarda;

e. Só devem poder ligar-se quando as luzes de médios, ou de máximos ou de nevoeiro à frente, ou


ainda uma combinação dessas luzes, estiverem em serviço, devendo poder ligar-se ao mesmo
tempo que as luzes máximos, médios e de nevoeiro à frente;

f. Deve existir um avisador de accionamento da luz, sob a forma de um indicador luminoso de cor
âmbar, independente e não intermitente;

g. As luzes a que se refere este número devem obedecer ao modelo aprovado nos termos da
regulamentação em vigor para a aprovação de componentes, não podendo ser homologado
ou matriculado qualquer veículo se as luzes de nevoeiro nele instaladas forem de modelo não
aprovado.

Artigo 9.º - Os veículos automóveis podem igualmente dispor de luzes de nevoeiro à frente,
as quais podem substituir ou completar as luzes de médios, devendo possuir as seguintes
características:

a. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – duas luzes;


• Motociclos – uma ou duas luzes.

b. Cor da luz emitida – branca ou amarela;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:

• O ponto da superfície iluminante mais afastado do ponto longitudinal médio do veículo não
deve encontrar-se a mais de 400 mm da extremidade da largura total do veículo;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.35


Características Regulamentares dos Veículos

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na frente do veículo, não podendo a luz emitida causar encadeamento
ao condutor do veículo da frente, por reflexão, directa ou indirecta, no espelho retrovisor ou
em quaisquer outras superfícies reflectoras do mesmo, não podendo, em caso algum, a
incidência do feixe luminoso exceder os 30 m;

Em altura:

• Devem estar colocadas no mínimo a 250 mm acima do solo e nenhum ponto da superfície
iluminante se deve encontrar acima do ponto mais alto da superfície iluminante da luz de
cruzamento (médios);

d. Devem estar orientadas para a frente do veículo, sem encadear os condutores que circulam no
sentido oposto, não podendo a sua orientação variar em função da viragem de direcção;

e. Devem ser ligadas e apagadas separadamente das luzes de máximos e das de médios ou de
uma combinação destas;

f. A existência de um avisador de accionamento da luz, sob a forma de um indicador luminoso, é


de instalação facultativa, mas, quando instalado, deve ser sob a forma de um indicador luminoso
de cor verde;

g. As luzes de nevoeiro podem estar agrupadas com qualquer outra luz, não podendo contudo ser
combinadas com outras.

Artigo 10.º - Com excepção dos tractores e reboques agrícolas, todos os veículos de largura
superior a 2,10 m deverão possuir luzes delimitadoras dos mesmos, destinadas a assinalar a
sua largura, com as seguintes características:

a. Número:

• Em todos os veículos – duas visíveis da frente e duas visíveis da retaguarda.

b. Cor da luz emitida – branca à frente e vermelha à retaguarda;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:

• Devem estar instaladas o mais próximo possível das arestas exteriores extremas dos
veículos;

Em comprimento:

• Nenhuma especificidade especial;

3.36 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Em altura:

• Devem ser colocadas à altura máxima que permita respeitar o estabelecido para o seu
posicionamento em largura e seja compatível com a forma ou aspectos funcionais do veículo
e a instalação simétrica das luzes.

• Contudo, à frente nos veículos automóveis não deverão ser colocadas a altura inferior à do
ponto mais elevado da superfície transparente do pára-brisas;

d. Devem estar orientadas de tal forma que as luzes cumpram as condições de visibilidade para a
frente e para a retaguarda;

e. A luz visível da frente e a luz visível da retaguarda, a colocar do mesmo lado do veículo, poderão
estar reunidas num único dispositivo.

Artigo 11.º - Os sinais luminosos destinados a assinalar a mudança de direcção, previstos no


n.º 7.º, poderão ser utilizados em funcionamento simultâneo como luzes avisadoras de perigo,
devendo apresentar as seguintes características:

a. O número, cor da luz emitida, posicionamento e orientação devem obedecer ao especificado


para as luzes indicadoras de mudança de direcção no n.º 7.º da presente portaria;

b. Devem emitir uma luz intermitente com uma frequência de 90+30 ciclos por minuto;

c. O accionamento destas luzes deve ser obtido através de um comando distinto que permita a
intermitência síncrona de todas as luzes indicadoras de mudança de direcção;
d. O avisador de accionamento é de instalação obrigatória e de cor vermelha e intermitente, podendo
funcionar em conjunto com o ou os avisadores de mudança de direcção;

e. Quando um veículo automóvel estiver equipado para atrelar um reboque, o comando das
luzes avisadoras de perigo deve poder igualmente accionar as luzes avisadoras de perigo do
reboque;

f. As luzes avisadoras de perigo devem poder funcionar mesmo se o dispositivo que comanda a
marcha ou a paragem do motor se encontrar numa posição tal que a marcha seja impossível.

Artigo 12.º - Os veículos automóveis e reboques podem dispor, à retaguarda, de luzes de marcha-
atrás, com as seguintes características:

a. Número:

• Em todos os casos – uma ou duas luzes;

b. Cor da luz emitida – branca;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:


Classificação e Características de Veículos Pesados 3.37


Características Regulamentares dos Veículos

Em largura:

• Nenhuma especificação especial;

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na retaguarda do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 250 mm e 1200 mm;

d. Devem ser fixas e insusceptíveis de provocar encadeamento, apresentando um alcance não


superior a 10 m;

e. Devem estar orientadas para a retaguarda, só podendo acender se a marcha-atrás estiver


engatada e se o dispositivo que comanda a marcha ou a paragem do motor se encontrarem em
posição tal que o funcionamento do motor seja possível. Não deve acender-se ou ficar acesa se
uma ou outra das condições acima referidas não for cumprida.

Artigo 13.º - O Número de matricula inscrito à retaguarda dos veículos automóveis ou reboques
deve ser iluminado por uma luz com as seguintes características:

a. Deve permitir a fácil leitura do número de matricula a uma distância de, pelo menos, 20 m;

b. Relativamente ao seu número, posicionamento e orientação, devem ser tais que o dispositivo
possa assegurar a correcta iluminação do espaço da chapa de matricula;
c. Cor da luz emitida – branca;

d. Deve possuir uma ligação eléctrica funcional com as luzes de presença, devendo ser accionada
conjuntamente com estas.

Artigo 14.º - Todos os veículos com comprimento superior a 6 m devem estar equipados com
dispositivos de sinalização lateral, destinados a indicar a sua presença quando vistos de lado,
devendo possuir as seguintes características:

a. Número mínimo em cada lado:


Tal que seja respeitado o estabelecido para a sua localização obrigatória em cumprimento;

b. Cor da luz emitida – âmbar.

É, no entanto, admitido o vermelho se a luz lateral mais recuada estiver agrupada, combinada ou
incorporada com a luz de travagem ou de presença, delimitadora ou de nevoeiro da retaguarda, ou
estiver agrupada ou compartilhar parte da superfície de saída de luz com o reflector da retaguarda;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:


3.38 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Em largura:

• Nenhuma especificação especial;

Em comprimento:

• A luz colocada mais à retaguarda do veículo não deve distar mais de 1 m da retaguarda do
mesmo;

• A luz mais avançada deve localizar-se a distância inferior a 3 m da frente do veículo;

• A distância entre duas luzes laterais consecutivas não pode exceder 3 m; nos casos excepcionais
em que, devido às características dos veículos, aquele limite não possa ser cumprido, poderão
aquelas luzes ser instaladas com uma distância superior, que poderá, no entanto, exceder 4
m;

Em altura:

• Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1500 mm;

• Se a forma do veículo não permitir respeitar a altura máxima de 1500 mm, aquele valor será
elevado para 2100 mm;

d. Devem estar orientadas para o lado;

e. As luzes de sinalização a que se referem as alíneas precedentes poderão ser substituídas por
reflectores não triangulares, com as características indicadas nas alíneas do número seguinte.

Artigo 15.º - Os veículos automóveis de comprimento superior a 6 m e todos os reboques


matriculados após 30 de Setembro de 1994, para além das luzes referidas no número anterior,
quando obrigatórias, deverão possuir reflectores laterais não triangulares, com as seguintes
características:

a. Número mínimo em cada lado – tal que seja respeitado o estabelecido para a sua localização
obrigatória em comprimento;

b. Cor de reflector – âmbar.

É, no entanto, admitido o vermelho se o reflector lateral mais recuado estiver agrupado ou compartilhar
parte da superfície de saída de luz com a luz de travagem ou de presença, delimitadora ou de nevoeiro
da retaguarda, ou a luz lateral vermelha de presença mais recuada;
c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:

• Nenhuma especificação especial;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.39


Características Regulamentares dos Veículos

Em comprimento:

• O reflector colocado mais à retaguarda do veículo não deve distar mais de 1 m da retaguarda
do mesmo;
• O reflector mais avançado deve localizar-se a distância inferior a 3 m da frente do veículo;

• A distância entre dois reflectores laterais consecutivos não pode exceder 3 m; nos casos
excepcionais em que, devido às características dos veículos aquele limite não possa ser
comprido, poderão os reflectores ser instalados com uma distância superior, que não poderá,
no entanto, exceder 4 m;

Em altura:

• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1500 mm;

d. Devem estar orientados para o exterior com a superfície reflectora paralela ao plano longitudinal
médio do veículo;

e. A superfície dos reflectores laterais pode ter partes comuns com qualquer outra luz lateral.

Artigo 16.º - Os veículos automóveis devem possuir à retaguarda reflectores não triangulares,
com as seguintes características:

a. Número:

• Automóveis ligeiros e pesados – dois reflectores;


• Motociclos – um reflector;

b. Cor do reflector – vermelha;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:



Em largura (com excepção dos motociclos):

• Devem estar situados a uma distância máxima aos bordos que limitam as dimensões máximas
do veículo de 400 mm;

• Devem estar situados a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Em comprimento:

• Devem estar colocados na retaguarda do veículo;

3.40 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Em altura:

• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1200 mm;

d. Devem estar orientados para a retaguarda.

Artigo 17.º - Os reboques, semi-reboques, máquinas agrícolas e industriais

Artigo 18.º - Os reboques e semi-reboques devem possuir à frente reflectores não triangulares,
com as seguintes características:

a. Número – dois reflectores;

b. Cor do reflector – incolor ou branca;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:



Em largura:

• Devem estar situados a uma distância máxima aos bordos que limitam as
dimensões máximas do veículo de 400 mm;

• No caso dos reboques, aquela distância máxima será de 150 mm;

• Devem estar situados a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Em comprimento:

• Devem estar colocados na frente do veículo;

Em altura:

• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1500 mm;

d. Sempre que as características dos veículos não permitam a montagem dos reflectores de acordo
com o estabelecido anteriormente, podem os mesmos ser colocados em dispositivo amovível
fixado à estrutura do veículo.

Artigo 19.º - Todos os veículos automóveis que transitem com reboque deverão possuir sistema
de iluminação do sinal de reboque colocado no tejadilho, com as seguintes caracteristicas:

a. A luz deve iluminar apenas o sinal, tornando-o visível nos dois sentidos de trânsito à distância
mínima de 100 m;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.41


Características Regulamentares dos Veículos

b. Cor da luz emitida – branca.

Artigo 20.º - Todos os veículos automóveis ou conjuntos de veículos cujo peso bruto exceda
3500 kg, com excepção dos abrangidos nos n.os 21.º e 22.º , ou cujo comprimento total seja
superior a 12 m, deverão ser sinalizados com uma placa, ou conjunto de duas placas, à
retaguarda, com as seguintes características:

a. O modelo das placas e suas dimensões são os constantes do anexo I ao presente diploma, que
faz dele parte integrante;

b. Os veículos automóveis ou conjunto de veículos cujo peso bruto exceda 3500 kg devem possuir
placas dos modelos n.os 1 ou 2, ao anexo à presente portaria. Se a utilização destes modelos for
impossível, devido às características do veículo, poderão ser instaladas placas do modelo n.º 3;

c. Os veículos ou conjuntos com comprimento superior a 12 m deverão possuir placas dos modelos
n.os 4 ou 5;

d. Cor das placas:

Modelos nºs 1 e 2 - Amarelo reflector


• Combinado com vermelho fluorescente;

Modelos nºs 4 e 5
• Fundo amarelo reflector;
• Bordo vermelho fluorescente;
• Inscrição “veículo longo” a preto.

c. Devem respeitar o seguinte posicionamento:



Em largura:

• Devem estar situados a uma distância mínima do plano longitudinal de simetria do veículo de
300 mm;

• Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distância pode ser reduzida
para 200 mm;

Em comprimento:

• Devem estar colocados na retaguarda do veiculo;

Em altura:

• Devem estar colocados a uma altura ao solo compreendida entre 350 mm e 1200 mm;

d. Devem estar orientados para a retaguarda, sendo colocados com um dos vértices para cima e
o lado oposto horizontal;

3.42 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

e. Sempre que as características dos veículos não permitam a montagem dos reflectores de acordo
com o estabelecido anteriormente, podem os mesmos ser colocados em dispositivo amovível
fixado à estrutura do veículo.

Modelos n.os 1, 2 e 3
• amarelo reflector, combinado com vermelho fluorescente;

Modelos n.os 4 e 5:
• Fundo amarelo reflector;
• Bordo vermelho fluorescente;
• Inscrição «veículo longo» a preto;

e. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:



Em largura:

• Todas as placas devem ser colocadas simetricamente em relação ao plano longitudinal médio
do veículo, devendo as dos modelos n.os 2, 3 e 5 ser colocadas o mais próximo possível das
extremidades dos veículos, não podendo, no entanto, formar saliências sobre as faces laterais
dos mesmos;

Em comprimento:

• Devem estar colocadas na retaguarda do veículo, num plano vertical perpendicular ao


plano longitudinal médio do veículo e simetricamente em relação a este, de modo a serem
inteiramente visíveis qualquer que seja a carga do veículo;

Em altura:

• O bordo inferior das placas deve ficar com uma altura ao solo compreendida entre 500 mm e
1500 mm;

f. As placas deverão ser instaladas com o bordo inferior em posição horizontal e estar fixadas de
modo inamovível, não podendo a sua superfície ser encoberta por qualquer elemento;

g. Só poderão ser instaladas nos veículos placas aprovadas pela D.G.V., que determinará através
de despacho as condições de aprovação.

Artigo 21.º - Os tractores agrícolas e seus reboques, e as máquinas, automotrizes ou rebocadas,


devem possuir à retaguarda do veículo ou do conjunto um painel do modelo constante do anexo
II ao presente diploma, que dele faz parte integrante, destinado a assinalar que a velocidade
máxima autorizada do veículo é de 40 km/h (marcha lenta), com as seguintes características:

a. Número – um painel;

b. Cor do painel – fundo vermelho fluorescente, as partes laterais vermelho reflector;

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.43


Características Regulamentares dos Veículos

c. Modelo do painel e dimensões – as constantes do modelo do anexo II;

d. Deve ser colocado na retaguarda do veículo ou conjunto de veículos, não podendo prejudicar a
visibilidade da sua iluminação obrigatória;

e. O painel deve ser instalado com o bordo inferior em posição horizontal;

f. Só poderão ser instalados nos veículos painéis aprovados pela D.G.V., que determinará através
de despacho as condições de aprovação.

Artigo 22.º - Os tractores agrícolas e as máquinas agrícolas e industriais automotrizes devem


possuir, na sua parte superior, uma luz com as seguintes características:

a. Número – uma luz;

b. Cor da luz emitida – amarela;

c. Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

Em largura:

• Deve estar colocada no plano longitudinal médio do veículo. Caso tal colocação seja impossível,
deverá ser colocada no lado esquerdo do veículo;

Em comprimento:

• Deve estar colocada sobre a estrutura de segurança, se existir, ou, em caso contrário, colocada
atrás da posição do condutor;

Em altura:

• Deve estar colocada sobre a estrutura de segurança. Caso esta não exista, será colocada na
extremidade de um suporte vertical, a uma altura mínima de 1000 mm, medida a partir da parte
superior do guarda-lamas da retaguarda ou, quando este não exista, do ponto mais elevado
da estrutura do veículo, sem prejuízo dos limites fixados regulamentarmente;

d. A luz será do tipo rotativo ou intermitente, e deverá ser visível à distância de, pelo menos, 100
m;

e. Ficam dispensados da instalação da luz referida neste número os veículos que, por construção,
não possuam qualquer sistema eléctrico que permita alimentar electricamente esta luz.

Artigo 23.º - Todas as luzes referidas anteriormente devem obedecer à convenção de cores e
possuir as correspondentes tonalidades bem definidas e uniformes.

3.44 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Artigo 24.º - As luzes devem ser emitidas por dispositivos bem regulados e limpos, não podendo
ser objecto de quaisquer interferências que reduzam a sua intensidade luminosa.

Artigo 25.º - Com excepção das luzes de máximos, as luzes não poderão ter intensidade
susceptível de causar encadeamento.

Artigo 26.º - A coloração, quando exigida, não deverá resultar de pintura ou aplicações superficiais
nos dispositivos luminosos, mas ser propriedade dos elementos transparentes ou translúcidos
utilizados.

Artigo 27.º - Sem prejuízo do disposto na alínea d) do n.º 5.º do presente diploma, bem como dos
casos especiais autorizados pela D.G.V., a orientação das luzes deve ser horizontal.

Artigo 28.º - Em todos os casos de obrigatoriedade de instalação de duas luzes do mesmo tipo,
devem estas ser da mesma cor e de igual intensidade, devendo estar colocadas simetricamente
em relação ao plano longitudinal médio do veículo.

Artigo 29.º - Nos casos de tractores agrícolas e máquinas em que a localização e as distâncias
estabelecidas no presente diploma se mostrem incompatíveis com as suas características, a

D.G.V. poderá autorizar soluções especificas que se mostrem adequadas.

3.10 - Pneus e suas características

Do Decreto Regulamentar n.º 7/98

Artigo 6.º

1. Os automóveis ligeiros e os reboques de peso bruto não superior a 3500 kg não podem
transitar na via pública sem que o piso de todos os seus pneus, incluindo o de reserva, quando
obrigatório, apresente em toda a circunferência da zona de rodagem desenhos com uma
altura de, pelo menos, 1,6 mm nos relevos principais.

2. Os motociclos, bem como os automóveis e os reboques não abrangidos pelos disposto no


número anterior, não podem transitar na via pública sem que o piso de todos os seus pneus,
incluindo o de reserva, quando obrigatório, apresente em toda a circunferência da zona de
rodagem desenhos com altura de, pelo menos, 1 mm nos relevos principais.

3. Entende-se por relevos principais os relevos largos situados na zona central da superfície de
rodagem, a qual cobre cerca de três quartos da largura desta superfície.

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.45


Características Regulamentares dos Veículos

4. Considera-se zona de rodagem a zona do pneu que, a pressão normal e em alinhamento


recto e em patamar, toque no solo.

Artigo 7.º

1. Nos veículos a que se refere o artigo anterior nenhum pneu, incluindo o de reserva, quando
obrigatório, pode apresentar no piso ou nas partes laterais lesões que atinjam a tela ou a
ponham a descoberto.

2. São excluídas as lesões meramente punctuais ou de pouca importância.

Artigo 8.º

1. É proibido reabrir nos pneus os desenhos originais, abrir novos desenhos para alem da
base daqueles, bem como transaccionar por qualquer forma, aplicar e utilizar pneus nestas
condições ou consentir na sua utilização.

2. O disposto no número anterior não é aplicável aos pneus destinados aos automóveis e
reboques que estejam nas condições fixadas no n.º 3.1.8 do Regulamento n.º 54/CEE/ONU,
anexo ao Decreto n.º 14/89, de 18 de Abril.

Artigo 9.º

1. O disposto nos artigos 6.º e 8.º não é aplicável aos veículos que, por fabrico ou imposição
legal, não possam exceder a velocidade de 20km/h, nem aos reboques que lhes estejam
atrelados.

2. No entanto, nos veículos a que se refere o número anterior não podem os respectivos pneus
apresentar à vista qualquer parte das telas.

Anotação da largura dos pneumáticos nos livretes dos veículos automóveis e


reboques

Direcção-Geral de Viação

Desp. DGV 33/96 - considerando necessário estabelecer um critério uniforme para a anotação da
largura dos pneumáticos nos livretes, determina-se:

1. Nos livretes dos veículos automóveis e reboques, a medida da largura dos pneumáticos
constante do campo «Pneumáticos» corresponderá à largura mínima permitida.

3.46 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

2. O valor máximo admissível da largura do pneumático deverá garantir que o mesmo não faça
saliência relativamente ao contorno envolvente do veículo aprovado.

3. Sempre que o fabricante estabelecer limites para a largura dos pneumáticos a instalar nos
veículos, deverão os mesmos constar nos livretes em anotações especiais.

Características Dimensionais

Fig. 3.42 – Vista em corte de um pneu com as respectivas dimensões

Classificação e Características de Veículos Pesados 3.47


Características Regulamentares dos Veículos

1 - Indicador de desgaste 7 - Código de velocidade M = 130 Km/h


2 - Marca registada 8 - Série do pneu (H/s = 0,80)
3 - Tipo de escultura 9 - Estrutura Radial
4 - Largura de secção do pneu ( em mm) 10 - Marca do fabricante
5- Tubeless = Pneu sem câmara 11 - Diâmetro interior correspondente ao da
6 - Índice de capacidade de carga do pneu para jante (22,5 polegadas)
eixo duplo, (152 = 3,550 Kgs)

Fig. 3.43 - Características principais de um pneu

As dimensões dos pneus vêm inscritas no seu flanco. Vejamos um exemplo:

Fig. 3.44 - Características dimencionais de um pneu

3.48 Classificação e Características de Veículos Pesados


Características Regulamentares dos Veículos

Estamos na presença de um pneu com uma largura de 315 mm, com uma relação entre a altura e
largura de 70%. O número da direita informa-nos que o diâmetro da jante é de 22,5 polegadas, como
se pode ver na figura 3.44.

A letra R indica-nos o tipo de construção (radial).



ALTURA/385x100 = 70% ALTURA = 70x385/100

ALTURA = 269,5 mm

Índices de Carga e Velocidade

O peso máximo que pode suportar um pneu também é indicado pelo fabricante. As referências ao peso
que se vêm no pneu são indicadas por meio de dois algarismos.

Fig. 3.45 - Índice de carga num pneu

• Ex. 385/65 R22,5 160 K/158L. O índice indicado de 160 corresponde a 4500 kg se estiver num
eixo com quatro rodas, 158 corresponde a 4250 kg se estiver num eixo com 2 rodas.

A velocidade a que pode circular um pneu também vem expressa na banda lateral deste.
Este índice vem indicado através de uma letra.

Fig. 3.46 - Índice de velocidade num pneu

• Ex. 385/65 R22,5 156 L, como se pode ver na figura 3.46. O índice L indica-nos uma velocidade
máxima de 120 km/h.
Classificação e Características de Veículos Pesados 3.49
Características Regulamentares dos Veículos

Código Velocidade Carga Carga Carga Carga


de Índice Índice Índice Índice
em km/h kg kg kg kg
velocidade

A1 5 100 800 123 1550 146 3000 169 5800

A2 10 101 825 124 1600 147 3075 170 6000

A3 15 102 850 125 1650 148 3150 171 6150

A4 20 103 875 126 1700 149 3250 172 6300

A5 25 104 900 127 1750 150 3350 173 6500

A6 30 105 925 128 1800 151 3450 174 6700

A7 35 106 950 129 1850 152 3550 175 6900

A8 40 107 975 130 1900 153 3650 176 7100

B 50 108 1000 131 1950 154 3750 177 7300

C 60 109 1030 132 2000 155 3875 178 7500

D 65 110 1060 133 2060 156 4000 179 7750

E 70 111 1090 134 2120 157 4125 180 8000

F 80 112 1120 135 2180 158 4250 181 8250

G 90 113 1150 136 2240 159 4375 182 8500

J 100 114 1180 137 2300 160 4500 183 8750

K 110 115 1215 138 2360 161 4625 184 9000

L 120 116 1250 139 2430 162 4750 185 9250

M 130 117 1285 140 2500 163 4875 186 9500

N 140 118 1320 141 2575 164 5000 187 9750

119 1360 142 2650 165 5150 188 10000

120 1400 143 2725 166 5300 189 10300

121 1450 144 2800 167 5450 190 10600

122 1500 145 2900 168 5600 191 10900

Tab 3.2 – Correspondência entre o código existente nos pneus e o valor em unidades conhecidas

3.50 Classificação e Características de Veículos Pesados


Identificação de Veículos

4 - Identificação de veículos
Do Código da Estrada art.º 118
Identificação do veículo

1. Por cada veículo matrículado deve ser emitido um documento destinado a certificar a respectiva
matrícula, donde consta as características que o permitam identificar.

2. É titular do documento de identificação do veículo a pessoa, singular ou colectiva, em nome da


qual o veículo for matriculado e que, na qualidade de proprietária ou a outro título jurídico, dele
possa dispor, sendo responsável pela sua circulação.

3. O adquirente ou a pessoa a favor de quem seja constituído direito que confira a titularidade
do documento de identificação do veículo deve, no prazo de 30 dias a contar da aquisição ou
constituição do direito, comunicar tal facto à autoridade competente para a matrícula.

4. O vendedor ou a pessoa que, a qualquer título jurídico, transfira para outrem a titularidade de
direito sobre o veículo, deve comunicar tal facto à autoridade competente para a matrícula, nos
termos e no prazo referidos no número anterior, identificando o adquirente ou a pessoa a favor
de quem seja constituído o direito.

5. No caso de alteração do nome ou da desiognação social, mudança de residência ou sede, deve


o titular do documento de identificação do veículo comunicar essa alteração no prazo de 30 dias
à autoridade competente, requerendo o respectivo averbamento.

6. Quando o documento de identificação do veículo se extraviar ou se encontrar em estado de


conservação que torne ininteligível qualquer indicação ou averbamento, o respectivo titular deve
requerer, consoante os casos, o seu duplicado ou a sua substituição.

7. Só a autoridade competente para a emissão do documento de identificação do veículo pode nele


efectuar qualquer averbamento ou apor carimbo.

8. Cada veículo matriculado deve estar provido de chapas com o respectivo número de matrícula,
nos termos fixados em regulamento.

9. Quem infringir o disposto nos n.ºs 3, 4, 7 e 8 e quem colocar em circulação veículo cujas
características não confiram com as mencionadas no documento que o identifica é sancionado
com coima de 120 a 600 euros, se sanção mais grave não for aplicável por força de outra
disposição legal.

10.Quem infringir o disposto nos n.ºs 5 e 6 é sancionado com coima de 30 a 150 euros.

Classificação e Características de Veículos Pesados 4.1


Identificação de Veículos

4.1- Identificação colocada nos veículos

Do Despacho N.º 5392/99 ANEXO N.º10


Identificação de veículos

I. Definições:

a. Número do quadro: este número identifica o construtor (XXX), características gerais do


modelo (YYYYYY) e o número de série do veículo (ZZZZZZZZ); de acordo com a norma ISO
3779 deve ser constituído por 17 caracteres (XXX YYYYYY ZZZZZZZZ).

b. Número de série : últimos 8 caracteres do número do quadro.

c. Chapa do construtor: chapa de identificação colocada pelo fabricante ou seu mandatário


fixada numa peça não susceptível de ser substituída durante a normal utilização do veículo.

d. Localização do número do quadro (figura 4.1): o número do quadro lê-se na chapa do


construtor e deve estar gravado na metade direita do veículo, em local facilmente acessível,
numa peça que normalmente não é substituída no decurso da utilização normal do veículo.

Fig. 4.1 - Número de quadro

Do Código da Estrada art.º 117º


Matrícula - Obrigatoriedade de matrícula

1. Os veículos a motor e os seus reboques só são admitidos em circulação desde que matriculados,
salvo o disposto nos nºs 2 e 3.

2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os veículos que se desloquem sobre carris e os


reboques cujo peso bruto não exceda 300 kg.

4.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Identificação de Veículos

3. Os casos em que as máquinas agrícolas e industriais, os motocultivadores e os tractocarros


estão sujeitos a matrícula são fixados em regulamento.

4. A matrícula do veículo deve ser requerida à autoridade competente pela pessoa, singular ou
colectiva, que proceder à sua admissão, importação ou introdução no consumo em território
nacional.

5. Os veículos a motor e os reboques que devam ser apresentados a despacho nas alfândegas
pelas entidades que se dediquem à sua admissão, importação, montagem ou fabrico podem
delas sair com dispensa de matrícula, nas condições fixadas em diploma próprio.

6. O processo de atribuição e a composição do número de matrícula, bem como as características


da respectiva chapa, são fixados em regulamento.

7. A entidade competente deve organizar, nos termos fixados em regulamento, um registo nacional
de matrículas.

8. Quem puser em circulação veículo não matriculado nos termos dos números anteriores é
sancionado com coima de 600 a 3 000 euros, salvo quando se tratar de ciclomotor ou veículo
agrícola, casos em que a coima é de 300 a 1 500 euros.

4.2 - Identificação de veículos através do livrete

Do Despacho DGV n.º 22/95


Número de Quadro

O n.º 4 da Portaria n.º 267/93 de 11 de Março estabelece que, sempre que se verifiquem alterações
das características dos veículos, nomeadamente as constantes do livrete, o veículo não será
aprovado, devendo a entidade inspectora comunicar tal facto ao serviço regional desta Direcção Geral,
correspondente à sua área.

Constituindo o número do quadro o elemento fundamental de identificação dos veículos e tornando-


se necessário uniformizar os procedimentos a adoptar nos casos em que se levantem dúvidas na
identificação dos veículos através deste elemento, determino:

1. Os veículos só poderão ser aprovados em inspecção desde que exista total coincidência entre
o número de série inscrito no livrete e o verificado no veículo, com as ressalvas do n.º 3 do
presente despacho;

2. Sempre que se verifique a ausência, impossibilidade de leitura ou divergência de qualquer dos


caracteres constituintes do número de série, deverão os veículos ser reprovados em inspecção;

3. Ficam excepcionados do referido n\o número anterior, os casos de divergência de caracteres


em que manifestamente se verifique tratar-se de lapso, pela semelhança gráfica dos caracteres
constantes no número de série e os indicados no livrete;

Classificação e Características de Veículos Pesados 4 .3


Identificação de Veículos

4. Sempre que se verifique a ausência, impossibilidade de leitura ou divergência de um dos


caracteres referentes aos restantes elementos do número do quadro (nomeadamente
Identificação Mundial do Construtor - WMI - ou Secção Descritiva do Veículo - VDS) não
determinará tal facto a reprovação do veículo em inspecção;

5. Nos casos em que se verifique constar no livrete apenas a indicação de um número de série,
encontrando-se no veículo o número VIN completo (WMI + VDS + VIS - Secção informativa do
veículo/Número de série) não devem os veículos ser reprovados por tal motivo, nem assinalada
a necessidade de regularização de tal situação, desde que exista correspondência entre o
número de série constante do livrete e o número de série verificado no veículo. Na ficha de
inspecção deverá ser assinalado o número completo verificado no veículo;

6. Em todos os casos em que não seja possível localizar gravação do número do quadro, mas exista
chapa de construtor com a indicação daquele número, apresentando constituição, inscrições e
fixação original, poderá tal elemento ser utilizado para a identificação do veículo;

7. Sempre que se verifique a ausência do número do quadro ou divergência para além do referido
anteriormente, ou existam indícios de viciação ou fraude, nomeadamente pela qualidade e
uniformidade das marcações ou condições de fixação e origem da chapa do construtor, deverão
os veículos ser reprovados em inspecção;

8. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, qualquer divergência entre o número
do quadro verificado no veículo e o constante do livrete, deverá ser assinalada na ficha de
inspecção periódica, através da indicação dos dois números referidos anteriormente, bem como
da necessidade da regularização dessa situação junto desta Direcção Geral;

9. Mensalmente os centros de inspecção deverão remeter aos serviços regionais da área, listagem
com a indicação da matrícula de todos os veículos reprovados por questões relacionadas com o
número do quadro.

4.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Documento Único Automóvel

5 - Documento único automóvel


Decreto-Lei n.º 178-A/2005 de 28 de Outubro

O presente decreto-lei aprova o projecto «Documento único automóvel», criando o certificado de matrí-
cula, que agrega a informação anteriormente constante do título de registo de propriedade e do livrete
do veículo (figura 5.1).

Fig. 5.1 - Documento único

Classificação e Características de Veículos Pesados 5.1


Documento Único Automóvel

ANEXO

1 - O certificado de matrícula pode ser emitido em papel ou sob a forma de cartão inteligente.

2 - Especificações do certificado de matrícula em papel:

2.1 - As dimensões totais do certificado de matrícula não devem exceder as dimensões do formato
A4 (210 mm×297 mm) ou de um desdobrável de formato A4.

2.2 - Sem prejuízo da possibilidade de a entidade emissora introduzir elementos de segurança


adicionais, o papel utilizado para o certificado de matrícula deve ser protegido contra a falsi-
ficação por meio da utilização de, pelo menos, duas das técnicas seguintes:
a) Grafismos;
b) Marca de água;
c) Fibras fluorescentes; ou
d) Impressões fluorescentes.

2.3 - A primeira página do certificado de matrícula deve conter as informações seguintes:


a) A menção «República Portuguesa»;
b) A letra «P», em maiúscula, como sinal distintivo de Portugal;
c) A indicação das autoridades competentes;
d) A menção «Certificado de matrícula», em corpo grande, podendo esta menção apresentar-
se a uma distância adequada, impressa em corpo pequeno, noutras línguas da Comunidade
Europeia;
e) A menção «Comunidade Europeia»;
f) A indicação do número do documento.

2.4 - O certificado de matrícula deve igualmente conter as informações seguintes, precedidas dos
respectivos códigos comunitários harmonizados:
(A) Número de matrícula;
(B) Data da primeira matrícula do veículo;
(C) Dados pessoais:
(C.1) Titular do certificado de matrícula:
(C.1.1) Apelido(s) ou denominação comercial;
(C.1.2) Outro(s) nome(s) ou inicial(ais) (quando aplicável);
(C.1.3) Morada em Portugal na data de emissão do documento;
(C.4) Se as informações do n.º 2.5, código (C.2), não constarem do certificado de matrícula,
referência do facto de o titular do certificado de matrícula:
a) Ser o proprietário do veículo;
b) Não ser o proprietário do veículo;
c) Não estar identificado no certificado de matrícula como proprietário do veículo;
(D) Veículo:
(D.1) Marca;
(D.2) Modelo:
Variante (se disponível);
Versão (se disponível);
(D.3) Denominação(ões) comercial(ais);
(E) Número de identificação do veículo;
(F) Massa:
(F.1) Massa máxima em carga tecnicamente admissível, excepto para motociclos;
(G) Massa do veículo em serviço com carroçaria e, no caso de um veículo tractor de qualquer
categoria que não a categoria M1 (quilograma), com dispositivo de engate;
(H) Validade da matrícula, caso não seja ilimitada;
(I) Data da matrícula a que se refere o certificado;
(K) Número de homologação do modelo (se disponível);

5.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Documento Único Automóvel

(P) Motor:
(P.1) Cilindrada (em centímetros cúbicos);
(P.2) Potência útil máxima (em kW) (se disponível);
(P.3) Tipo de combustível ou fonte de energia;
(Q) Relação potência/peso (em kW/kg) (apenas para os motociclos);
(S) Lotação:
(S.1) Número de lugares sentados, incluindo o lugar do condutor;
(S.2) Número de lugares em pé (se aplicável).

2.5 - O certificado de matrícula pode ainda incluir os seguintes dados, precedidos dos respectivos
códigos comunitários harmonizados:
(C) Dados pessoais:
(C.2) Proprietário do veículo (repetir o número de vezes correspondente ao número de pro-
prietários):
(C.2.1) Apelido(s) ou denominação comercial;
(C.2.2) Outro(s) nome(s) ou inicial(ais) (se aplicável);
(C.2.3) Morada em Portugal na data de emissão do documento;
(C.3) Pessoa singular ou colectiva autorizada a utilizar o veículo em virtude de um direito legal
que não a propriedade do veículo:
(C.3.1) Apelido(s) ou denominação comercial;
(C.3.2) Outros(s) nome(s) ou inicial(ais) (se aplicável);
(C.3.3) Morada em Portugal na data de emissão do documento;
(C.5) (C.6) (C.7) e (C.8) Se a alteração dos dados pessoais a que se referem os n.os 2.4,
código (C.1), 2.5, código (C.2), ou 2.5, código (C.3), não der lugar à emissão de um novo cer-
tificado de matrícula, os novos dados pessoais correspondentes podem ser inseridos com os
códigos (C.5), (C.6), (C.7) ou (C.8). Neste caso devem ser desagregados de acordo com as
referências constantes dos n.os 2.4, código (C.1), 2.5,
código (C.2), 2.5, código (C.3), e 2.4, código (C.4);
(F) Massa:
(F.2) Massa máxima em carga admissível do veículo em serviço em Portugal;
(F.3) Massa máxima em carga admissível do conjunto em serviço em Portugal;
(J) Categoria do veículo;
(L) Número de eixos;
(M) Distância entre eixos (em milímetros);
(N) No caso dos veículos com massa total superior a 3500 kg, distribuição entre os eixos da
massa máxima em carga tecnicamente admissível:
(N.1) Eixo 1 (em quilogramas);
(N.2) Eixo 2 (em quilogramas), quando aplicável;
(N.3) Eixo 3 (em quilogramas), quando aplicável;
(N.4) Eixo 4 (em quilogramas), quando aplicável;
(N.5) Eixo 5 (em quilogramas), quando aplicável.
(O) Massa máxima rebocável tecnicamente admissível:
(O.1) Reboque com travão (em quilogramas);
(O.2) Reboque sem travão (em quilogramas);
(P) Motor:
(P.4) Regime nominal (em min-1);
(P.5) Número de identificação do motor;
(R) Cor do veículo;
(T) Velocidade máxima (em km/h);
(U) Nível sonoro:
(U.1) Estacionário [em dB(A)];
(U.2) Regime do motor (em min-1);
(U.3) Em circulação [em dB(A)];
(V) Gases de escape:
(V.1) CO (em g/km ou g/kWh);

Classificação e Características de Veículos Pesados 5.3


Documento Único Automóvel

(V.2) HC (em g/km ou g/kWh);


(V.3) NOx (em g/km ou g/kWh);
(V.4) HC+NOx (em g/km);
(V.5) Partículas no caso dos motores diesel (em g/km ou g/kWh);
(V.6) Coeficiente de absorção corrigido no caso dos motores diesel (em min-1);
(V.7) CO2 (em g/km);
(V.8) Consumo de combustível em ciclo combinado (em l/100 km);
(V.9) Indicação da classe ambiental de homologação CE; referência da versão aplicável
por força da Directiva n.º 70/220/CEE ou da Directiva n.º 88/77/CEE;
(W) Capacidade do(s) depósito(s) de combustível (em litros).

2.6 - As entidades emissoras podem incluir no certificado de matrícula informações complementa-


res, designadamente acrescentando, entre parêntesis, aos códigos de identificação, confor-
me estabelecido nos n.os 2.4 e 2.5, códigos nacionais adicionais.

3 - Especificações do certificado de matrícula sob a forma de cartão inteligente:

3.1—Modelo do cartão:

3.1.1—Formato do cartão e dados legíveis a olho nu:


a) O cartão com circuito integrado deve ser concebido de acordo com as normas cons-
tantes do n.º 3.5 do presente anexo;
b) A leitura dos dados armazenados no cartão deve poder ser efectuada com a ajuda de
equipamentos de leitura de uso corrente, tal como para os cartões tacográficos;
c) A frente e o verso do cartão devem ter impressos, pelo menos, os dados especificados
nos n.os 2.3 e 2.4;
d) Os dados referidos na alínea anterior devem ser legíveis a olho nu, sendo a altura
mínima dos caracteres de seis pontos;

3.1.2 - Bloco de dados de base:


3.1.2.1 - Os dados de base devem incluir, na frente do cartão, o seguinte:
a) À direita do circuito integrado, em língua portuguesa:
A menção «Comunidade Europeia»;
A menção «República Portuguesa»;
A menção «Certificado de matrícula», impressa em corpo grande;
O nome da autoridade competente;
O número sequencial e inequívoco do documento;
b) Na zona acima do circuito integrado, a letra «P», em maiúscula, como sinal distintivo
de Portugal, a branco, num rectângulo azul e rodeada por 12 estrelas amarelas;
c) Pode ser incluída, no bordo inferior e em corpo pequeno, a menção, em língua portu-
guesa:
«O presente documento deve ser exibido mediante pedido de qualquer pessoa com
poderes para o efeito.»;
d) A cor de base do cartão é o verde (Pantone 362), sendo alternativamente possível a
transição do verde para o branco;
e) No canto inferior esquerdo da face do cartão deve ser impresso um símbolo represen-
tativo de uma roda, conforme figura seguinte:
3.1.3 - Bloco de dados específicos:
3.1.3.1 - O bloco de dados específicos deve conter, na frente do cartão, as informações seguintes:
a) O nome da autoridade competente;
b) O nome da autoridade emissora do certificado de matrícula (opcional);
c) O número sequencial e inequívoco do documento;
d) Os dados do n.º 2.4, referidos abaixo, podendo os códigos comunitários harmoniza-
dos ser acompanhados de códigos nacionais, conforme indicado no n.º 2.6:
(A) Número de matrícula (número oficial da autorização);

5.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Documento Único Automóvel

(B) Data da primeira matrícula do veículo;


(I) Data da matrícula a que se refere o presente certificado;
Dados pessoais:
(C.1) Titular do certificado de matrícula:
(C.1.1) Apelido ou denominação comercial;
(C.1.2) Outro(s) nome(s) ou inicial(ais) (quando aplicável);
(C.1.3) Morada em Portugal de matrícula na data de emissão do documento;
(C.4) Se as informações especificadas no n.º 2.5, código (C.2), não constarem do certifi-
cado de matrícula, conforme definido nas secções (A) e (B), referência do facto de o titular
do certificado de matrícula:
a) Ser o proprietário do veículo;
b) Não ser o proprietário do veículo;
c) Não estar identificado no certificado de matrícula como proprietário do veículo.

3.1.3.2—O bloco de dados específicos deve conter, no verso do cartão, as informações


seguintes:
a) Os restantes dados especificados no n.º 2.4., podendo os códigos comunitários harmo-
nizados ser acompanhados de códigos nacionais, conforme indicado no n.º 2.6:
Dados do veículo (tendo em conta as notas do n.º 2.4):
(D.1) Marca;
(D.2) Modelo (variante/versão, quando aplicável);
(D.3) Denominação(ões) comercial(ais);
(E) Número de identificação do veículo:
(F.1) Massa máxima em carga tecnicamente admissível, excepto para os motociclos (qui-
logramas);
(G) Massa do veículo em serviço com carroçaria e, no caso de um veículo tractor de qual-
quer categoria que não a categoria M1 (quilogramas), com dispositivo de engate;
(H) Prazo de validade da matrícula, caso não seja ilimitado;
(K) Número de homologação do modelo (se disponível):
(P.1) Cilindrada (centímetros cúbicos);
(P.2) Potência nominal (kW);
(P.3) Tipo de combustível ou fonte de energia;
(Q) Relação potência/peso (kW/kg) (apenas para os motociclos):
(S.1) Número de lugares sentados, incluindo o lugar do condutor;
(S.2) Número de lugares em pé (quando aplicável);
b) Acessoriamente, podem ser acrescentados, no verso do cartão, os dados complemen-
tares constantes do n.º 2.5., com os códigos harmonizados, e do n.º 2.6.

Classificação e Características de Veículos Pesados 5.5


Características dos Dispositivos de Pré-Sinalização

6 - Características dos dispositivos de pré-sina-


lização

Da Portaria n.º 418/90


Define as características a que devem obedecer os dispositivos de pré-
sinalização

Anexo

I. Características Técnicas

1. Configuração - O triângulo de pré-sinalização, aberto no meio, é constituído por uma faixa


vermelha, composta por uma banda catadióptrica exterior e por uma banda fluorescente interior,
colocada a uma certa altura em relação ao solo. A abertura ao meio e as bandas fluorescentes
são limitadas por contornos triangulares equiláteros concêntricos, (figura 6.1).

Fig. 6.1 - Triângulo de pré-sinalização

Classificação e Características de Veículos Pesados 6.1


Características dos Dispositivos de Pré-Sinalização

2. Estrutura:

2.1 A construção do triângulo de pré-sinalização deve ser tal que em condições de utilização normal
(na via pública e em transporte no veículo) se mantenham as características exigidas e o seu
bom funcionamento seja assegurado.

2.2 Os elementos ópticos do triângulo de pré-sinalização não devem ser facilmente desmontáveis.
As diferentes partes que o constituem devem assegurar uma boa estabilidade sobre a via
pública e não podem ser separáveis.

2.3 O triângulo de pré-sinalização e o suporte não devem apresentar nem ângulos nem arestas
vivas.

2.4 Do triângulo de pré-sinalização fará parte obrigatoriamente a bolsa onde será colocado quando
fora de serviço, para protecção contra os choques e os agentes exteriores. Na face exterior da
bolsa figurará, em autocolante ou outro tipo de gravação, a indicação esquemática do modo de
instalação e montagem do triângulo de pré-sinalização.

2.5 O sistema de apoio do dispositivo deve garantir, quando em serviço que o plano do elemento
reflector fique perpendicular ao pavimento.

3. Dimensões:

3.1 Os lados do triângulo têm um comprimento de 500 mm ± 50 mm.

3.2 A banda catadióptrica colocada ao longo do bordo do triângulo tem uma largura constante
compreendida entre 25 mm e 50 mm.

3.3 Entre o bordo exterior do triângulo e a banda catadióptrica pode existir uma bordadura, não
necessariamente de cor vermelha, com 5 mm de largura máxima.

3.4 A banda catadióptrica pode ser continua ou não. No último caso a superfície exposta do suporte
deve ser de cor vermelha.

3.5 A superfície fluorescente será contígua aos elementos catadióptricos. É disposta simetricamente
em relação aos três lados do triângulo e tem uma superfície mínima de 315 cm2.

3.6 Admite-se igualmente uma bordadura, não necessariamente de cor vermelha, de 5 mm de


largura máxima, entre a superfície catadióptrica e a superfície fluorescente.

3.7 A parte central do triângulo, aberta, terá um lado de comprimento mínimo de 70 mm

6.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Coletes retrorreflectores

7 - Coletes retrorreflectores

Portaria n.º 311-D/2005 de 24 de Março

Considerando que o aumento da visibilidade dos condutores, perante outros em circulação, é uma
forma de aumentar essa segurança, o Código da Estrada consagra a obrigatoriedade de utilização de
colete retrorreflector, (ver figura 7.1) sempre que seja exigida a utilização de triângulo de pré-sinalização
de perigo;

Fig. 7.1 - Colete retrorreflectores

Assim:

Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e da Administração Interna, nos termos conjugados da
alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro, e do n.º 5 do artigo
88.o do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, na última redacção
conferida, o seguinte:

1.º O presente regulamento estabelece as características dos coletes retrorreflectores, cuja utilização
se encontra prevista no n.º 4 do artigo 88.º do Código da Estrada.

2.º Os coletes retrorreflectores são considerados equipamentos de protecção individual, para efeitos
do disposto no Decreto-Lei n.º 128/93, de 22 de Abril, regulamentado pela Portaria n.º 1131/93,
de 14 de Novembro, devendo satisfazer os requisitos estabelecidos numa das seguintes normas
harmonizadas:

a) NP EN 471 — vestuário de sinalização de grande visibilidade; ou


b) NP EN 1150 — vestuário de protecção/vestuário de visibilidade para uso não profissional/
métodos de ensaio e requisitos.

3.º O uso de coletes que não contenham a marca de conformidade prevista nas normas referidas no
artigo anterior é equiparado à sua não utilização.

Classificação e Características de Veículos Pesados 7.1


Velocidade

8 - Velocidade

Do Código da Estrada art.º 24.º


Princípios gerais

1. O condutor deve regular a velocidade de modo que, atendendo às características e estado da


via e do veículo, à carga transportada, às condições meteorológicas ou ambientais, à intensidade
do trânsito e a quaisquer outras circunstâncias relevantes, possa, em condições de segurança,
executar as manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente, fazer parar o veículo
no espaço livre e visível à sua frente.

2. Salvo em caso de perigo eminente, o condutor não deve diminuir subitamente a velocidade do
veículo sem previamente se certificar de que daí não resulta perigo para os outros utentes da via,
nomeadamente para os condutores dos veículos que o sigam.

3. Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de 120 a 600 euros.

Do Código da Estrada art.º 27.º


Limites gerais de velocidade

1. Sem prejuízo do disposto nos artigos 24.º e 25.º e de limites inferiores que lhes sejam impostos,
os condutores não podem exceder as seguintes velocidades instantâneas (em quilómetros/
hora):

Classificação e Características de Veículos Pesados 8.1


Dentro das Auto- Vias reservadas Restantes
localidades estradas a automóveis e vias
motociclos públicas

CICLOMOTORES E QUADRICICLOS 40 - - 45

MOTOCICLOS:
3
• De cilindrada superior a 50 cm e sem carro 50 120 100 90
lateral

• Com carro lateral ou com reboque 50 100 80 70

3
• De cilindrada não superior a 50 cm 40 - - 60

TRICICLOS 50 100 90 80

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS E MISTOS:

• Sem reboque 50 120 100 90

• Com reboque 50 100 80 70

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE MERCADORIAS:

• Sem reboque 50 110 90 80

• Com reboque 50 90 80 70

AUTOMÓVEIS PESADOS DE PASSAGEIROS:

• Sem reboque 50 100 90 80

• Com reboque 50 90 90 70

AUTOMÓVEIS PESADOS DE MERCADORIAS:

• Sem reboque ou com semi-reboque 50 90 80 80

• Com reboque 40 80 70 70

TRACTORES AGRÍCOLAS OU FLORESTAIS 30 - - 40

Máquinas agrículas, motocultivadores 20 - - 20


e tractocarros

MÁQUINAS industriais

Sem matrícula 30 - - 30

Com matrícula 40 80 70 70

Tab. 8.1 - Limites de velocidade

8.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Tacógrafo

9 - Tacógrafo
9.1 - Controlos periódicos dos tacógrafos

Circular ITVA nº 13/2003, de 20 de Maio

“Nos termos do número 3, alínea a), da Parte VI, do Anexo I, do Regulamento do Conselho (CEE) nº
3821/1985, de 20 de Dezembro de 1985, relativo à introdução de um aparelho de controlo no domínio
dos transportes rodoviários, as verificações periódicas dos aparelhos instalados nos veículos devem
ser efectuadas pelo menos de dois em dois anos, podendo as mesmas efectuar-se no âmbito das ins-
pecções técnicas dos veículos automóveis.”

A comissão interpreta esta frase como indicando um período máximo de 24 meses após ter sido efec-
tuada a última verificação. O texto no referido número 3, alínea a), da Parte VI, do Anexo I não fala em
“ano-calendário”, mas sublinha o carácter máximo do período de 24 meses entre duas verificações. Se
o controlo do tacógrafo fosse válido até ao final do ano em que termina o período de 24 meses, isso
significaria que cada verificação passaria a ter validade por muito mais do que 24 meses. Ora, esta si-
tuação estaria em contradição com o propósito expresso no número 3, alínea a), da Parte VI, do Anexo
I, do Regulamento do Conselho (CEE) nº 3821/1985.

9.2 - Dispensa de instalação do tacógrafo

Circular DGV nº 27/1996

1 - Veículos afectos ao transporte de mercadorias cujo peso máximo autorizado, incluindo os rebo-
ques ou semi - reboques, não seja superior a 3,5 toneladas.

2 - Veículos afectos ao transporte de passageiros que, de acordo com o tipo de construção e o seu
equipamento, estejam aptos a transportar um número máximo de nove pessoas, incluindo o
condutor e se destinem a esse efeito.

3 - Veículos afectos ao serviço regular de passageiros, cujo percurso da linha não ultrapasse 50
quilómetros.

4 - Veículos cuja velocidade máxima autorizada não ultrapasse 30 Km/h.

5 - Veículos ao serviço e sob comando das forças armadas, da protecção civil, dos bombeiros ou
das forças policiais.

6 - Veículos afectos ao serviço de esgotos, de protecção contra inundações, serviços de àgua, gás
e electricidade, manutenção da rede viária, recolha de lixo, telegrafo e telefones, correios, radio-
difusão, televisão e detecção de emissores ou receptores de televisão ou rádio.

Classificação e Características de Veículos Pesados 9.1


Tacógrafo

7 - Veículos utilizados em situações de urgência ou em operações de salvamento.

8 - Veículos especializados, afectos a serviços médicos.

9 - Veículos que transportam material de circo ou de feira.

10 - Veículos de pronto-socorro.

11 - Veículos submetidos a testes rodoviários para fins de aperfeiçoamento técnico, reparação


ou manutenção e veículos novos ou transformados que ainda não tenham sido postos em
circulação.

12 - Veículos utilizados em transportes não comerciais de bens para fins privados.

13 - Veículos utilizados na recolha de leite nas quintas ou na devolução às quintas de contentores


para leite ou lacticínios destinados a alimentação do gado.

14 - Veículos utilizados para o transporte de mercadorias por empresas agrícolas, hortícolas, flo-
restais ou de pesca, num raio de 50 km a partir do seu local de afectação habitual, incluindo
o território das freguesias, cujo centro esteja situado nesse raio;

15 - Veículos utilizados no transporte de animais vivos das quintas aos mercados locais e vice-
versa ou das quintas ou mercados aos matadouros locais;

16 - Veículos utilizados para venda ambulante, num raio de 50 km a partir do local de afectação
habitual;

17 - Veículos utilizados para empréstimo de livros, de discos ou cassetes, para manifestações


culturais ou exposições, desde que especialmente equipados para estes fins;

18 - Veículos utilizados no transporte de material ou equipamento destinado ao exercício da pro-


fissão do seu condutor, num raio de 50 km a partir do seu local de afectação habitual, desde
que a condução do veículo não represente a actividade principal do condutor;

19 - Veículos afectos ao ensino da condução automóvel;

20 - 0s veículos afectos a transportes nacionais e internacionais, cujos terminais da linha se en-


contram a uma distância de 50 km em linha recta de uma fronteira entre dois Estados - Mem-
bros, e cuja linha não ultrapasse um percurso de 100 km.

Nos casos referidos em 1, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18, para confirmação da dispensa
da instalação do tacógrafo, aquando da inspecção periódica, deve ser verificado se no livrete consta
a menção especial para ou, em alternativa, se existe algum documento ou declaração da empresa
referindo que o veículo esta afecto apenas a actividade correspondente.

9.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Tacógrafo

Fig. 9.1 - Tacógrafo digital

Classificação e Características de Veículos Pesados 9.3


Limitadores de Velocidade

10 - Limitadores de velocidade

10.1 - Regulamento dos dispositivos

Decreto-Lei nº 46/2005, de 23 de Fevereiro

Artigo 2º Cumprimento dos requisitos

1 - Se os veículos, dispositivos de limitação da velocidade ou sistemas a bordo de limitação de


velocidade cumprirem o disposto nos capítulos I e II do Regulamento aprovado pelo presente
diploma, não pode ser:

a) Recusada a homologação CE ou a homologação de âmbito nacional de um modelo de veículo,


de um tipo de dispositivo de limitação da velocidade ou de um sistema a bordo de limitação
de velocidade;

b) Proibida a matrícula, venda ou entrada em circulação de veículos ou a venda ou entrada em


serviço de dispositivos de limitação da velocidade ou de sistemas a bordo de limitação de
velocidade.

2 - A partir de 1 de Janeiro de 2005 deve ser proibida a venda, a matrícula ou a entrada em


circulação/serviço de veículos, dispositivos de limitação da velocidade ou sistemas a bordo
de limitação de velocidade que não cumpram o disposto nos capítulos I e II do Regulamento
aprovado pelo presente diploma.

Artigo 3º Produção de efeitos

1 - No que se refere à instalação e utilização de dispositivos de limitação de velocidade e relativamente


aos veículos automóveis da categoria M3 com um peso máximo superior a 10 t e aos veículos
automóveis da categoria N3, o artigo 16º e artigo 17º do Regulamento aprovado pelo presente
diploma são aplicáveis:

a) Aos veículos matriculados a partir de 1 de Janeiro de 1994 desde 1 de Janeiro de 1994;

b) Aos veículos matriculados entre 1 de Janeiro de 1988 e 1 de Janeiro de 1994:

i) Desde 1 de Janeiro de 1995 se se tratar de veículos que efectuem transportes tanto


nacionais como internacionais;

ii) Desde 1 de Janeiro de 1996 se se tratar de veículos afectos exclusivamente a transportes


nacionais.

Classificação e Características de Veículos Pesados 10.1


Limitadores de Velocidade

2 - Relativamente aos veículos automóveis da categoria M2, aos veículos da categoria M3 com um
peso máximo superior a 5 t mas inferior ou igual a 10 t e aos veículos da categoria N2, o artigo
16º e artigo 17º do presente diploma são aplicáveis:

a) Aos veículos matriculados a partir de 1 de Janeiro de 2005;

b) Aos veículos conformes com os valores limite indicados no Regulamento Respeitante ao


Nível das Emissões Poluentes Provenientes dos Motores Alimentados a Diesel, Gás Natural
Comprimido ou Gás de Petróleo Liquefeito, Utilizados em Automóveis, aprovado pelo Decreto-
Lei nº 13/2002, de 26 de Janeiro, matriculados entre 1 de Outubro de 2001 e 1 de Janeiro
de 2005:

i) A partir de 1 de Janeiro de 2006 se se tratar de veículos que efectuem transportes tanto


nacionais como internacionais;

ii) A partir de 1 de Janeiro de 2007 se se tratar de veículos afectos exclusivamente a


transportes nacionais.

3 - Até 1 de Janeiro de 2008 a Direcção-Geral de Viação isenta da aplicação do artigo 16º e artigo
17º do presente diploma os veículos da categoria M2 e da categoria N2 com um peso máximo
superior a 3,5 t mas inferior ou igual a 7,5 t com matrícula nacional e que não circulem no
território de outro Estado membro.

4 - Os dispositivos de limitação de velocidade a que se referem os artigos referidos no número


anterior devem satisfazer os requisitos técnicos estabelecidos nos capítulos I e II do presente
diploma.

5 - Todos os veículos abrangidos pelo disposto no capítulo III matriculados antes de 1 de Janeiro de
2005 podem continuar equipados com dispositivos de limitação de velocidade que satisfaçam
os requisitos técnicos fixados pelas autoridades nacionais competentes.

10.2 - Características da placa informativa da instalação do limitador


de velocidade

Despacho nº 652/2000, de 8 de Janeiro

O artigo 4.º do Decreto Regulamentar nº 7/1998, de 6 de Maio, estabelece que os veículos equipados
com dispositivos limitadores de velocidade devem possuir em local visível, na cabina, uma placa
informativa da instalação daquele dispositivo, de modelo a aprovar por despacho do director-geral de
viação.

2 - A referida placa, que deverá apresentar fundo branco ou metalizado e letras de cor preta, poderá
ser constituída de material metálico, plástico ou outro que garanta uma resistência adequada
aos agentes externos, nomeadamente luz, calor ou lavagem corrente.

10.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Limitadores de Velocidade

3 - A placa deve estar colocada de tal forma que permita a sua visão clara e directa por parte dos
condutores dos veículos, quando sentados no seu lugar, virados para a frente e em posição de
condução.

4 - A placa deve estar montada de modo fixo, não devendo ser de fácil remoção.

5 - Consideram-se de modelo equivalente ao previsto no presente despacho as placas identificadoras


de limitadores de velocidade instaladas em automóveis importados, (ver figura 10.1), que, para
além das inscrições de origem, apresentem em língua portuguesa a indicação de que o veículo
está equipado com dispositivo limitador de velocidade, a entidade responsável pela instalação do
dispositivo e a velocidade máxima permitida.

Fig. 10.1 - Placa identificadora do limite de velocidade

Classificação e Características de Veículos Pesados 10.3


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

11 - SISTEMAS DE SEGURANÇA NOS VEÍCULOS PESADOS

11.1 - Extintores
11.1.1 - Esclarecimentos sobre extintores de incêndio

Circular ITVA nº 23/2002

O artigo 30º do Regulamento do Código da Estrada estabelece que os automóveis ligeiros e pesados
afectos ao transporte público de passageiros devem ter extintores de incêndio em condições de imediato
funcionamento colocados em locais bem vísiveis e de fácil alcance, não estando, ainda regulamentadas
as características a que devem obedecer.

a) Ambulâncias - extintores de pó químico de 1 Kg, nos termos no nº 14.4 do Regulamento de


Transporte de Doentes, aprovado pelo nº 1 da Portaria nº 439/1993, de 27 de Abril.

b) Veículos de transporte de mercadorias perigosas - os tipos de extintores a utilizar constam do


marginal 10240 RPE, aprovado pela Portaria nº 977/1987, de 31 de Dezembro, alterado pelo
Decreto-Lei nº 76/2000, de 9 de Maio.

O referido marginal exige que qualquer veículo que transporte matérias perigosas deve estar munido,
no mínimo, com dois extintores:

b.1) Pelo menos um aparelho portátil de luta contra incêndios, com capacidade mínima de 2 Kg
de pó (ou com capacidade equivalente, para outros agentes de extinção aceitáveis) apto a
combater um incêndio do motor ou da cabina da unidade de transporte. Todavia, se o veículo
estiver equipado com um dispositivo fixo automático ou fácil de accionar, para lutar contra um
incêndio do motor, é suficiente que o dispositivo portátil mencionado seja adaptado apenas ao
combate de incêncios na cabina.

b.2) Pelo menos um aparelho portátil de luta contra incêndios, apto a combater um incêndio de
pneus/travões ou um incêndio que atinja o carregamento, o qual deverá ter:

b.2.1) Capacidade mínima de 6 Kg de pó (ou com capacidade equivalente, para outros agentes
de extinção aceitáveis) para veículos a motor com peso bruto superior a 3.5 t;

b.2.2) Capacidade mínima de 2 Kg de pó (ou capacidade equivalente, para outros agentes


aceitáveis).

Os extintores devem ainda:

- estar munidos de selo de chumbo;

- ostentar uma marca de conformidade reconhecida pelo IPQ (conforme previsto no quadro de
entidades ou serviços competentes indicados na Portaria nº 1196-C/1997, de 24 de Novembro
(ver figura 11.1);

Classificação e Características de Veículos Pesados 11.1


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

- ostentar uma inscrição que indique a data em que deve ser feita a próxima inspecção ao
extintor;

- possuir agentes de extinção do fogo que não libertem gases tóxicos.

Fig. 11.1 - Marcas de conformidade

c) Veículos de transporte público de passageiros

11.1.2 - Características dos extintores

Despacho nº 15680/2002, de 24 de Junho

1 - Para efeitos do presente despacho, entende-se por:

a) Extintor portátil: aparelho destinado a ser transportado e utilizado manualmente, contendo um


agente extintor que, por acção de uma pressão interna, pode ser dirigido pelo fogo;

b) Agente extintor: substância contida no extintor que provoca a extinção do fogo.

2 - Os automóveis pesados de passageiros devem estar


equipados com um extintor de incêndio, colocado
próximo do banco do condutor, (figura 11.2).

Fig. 11.2 - Extintor de incêndio junto ao condutor

11.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

3 - Nos automóveis pesados de passageiros das categorias II e III, só com lotação sentada, para além
do referido extintor no número anterior deve existir outro colocado na metade posterior do veículo.

4 - Quando o veículo for de dois pisos, deve existir ainda outro extintor no piso superior, colocado na
zona central do veículo.

5 - Os extintores devem ser adequados para fogos das classes A, B e C e ter capacidade não inferior
a 4 Kg.

6 - Os extintores devem estar colocados de forma claramente visível e a sua localização estar
assinalada através de setas indicadoras adequadas, no caso de existir obstrução visual impossível
de remover.

7 - A localização de qualquer extintor deve ser assinalada através de pictograma adequado, colocado
junto do mesmo, sempre que possível em posição elevada em relação ao extintor.

8 - O pictograma referido no número anterior deve ser de cor contrastante e facilmente visível a uma
distância de 3 m, identificando, de modo inequívoco, o aparelho a que se refere.

9 - Os extintores podem estar protegidos contra o roubo ou vandalismo, desde que tal não impeça os
passageiros de lhes aceder com facilidade em caso de emergência.

10 - Os veículos alimentados a gás devem estar permanentemente providos de extintores, ainda


que se encontrem estacionados ou em operações de manutenção, devendo ser assegurada a
sua substituição por outros com iguais características, sempre que sejam retirados por motivo de
carregamento ou outro.

11 - Os automóveis ligeiros de passageiros afectos ao transporte público de passageiros devem possuir


um aparelho extintor adequado para fogos das classes A, B e C com capacidade não inferior a 2
Kg.

Fig. 11.3 - Extintor de incêndio no piso superior

Classificação e Características de Veículos Pesados 11.3


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

12 - Nos veículos referidos no número anterior, os extintores devem estar colocados no habitáculo
em posição facilmente acessível, ou na bagageira, nos casos em que devido às dimensões
do habitáculo a colocação daquele aparelho no interior do veículo possa constituir risco para o
exercício da condução ou para a segurança dos passageiros.

13 - Os extintores não podem apresentar qualquer dano físico, devendo encontrar-se completamente
carregados e em condições de imediata utilização.

14 - Todas as instruções de utilização dos extintores, bem como as marcas e inscrições relativas
às suas características, devem apresentar-se perfeitamente legíveis e em bom estado de
conservação.

15 - As instruções ou indicações de utilização dos extintores devem estar redigidas em língua


portuguesa.

16 - Não são admitidos extintores que contenham hidrocarbonetos halogenados.

17 - Os extintores devem apresentar indicação da data da respectiva validade, estabelecida pelo seu
fabricante ou pela entidade responsável pela sua manutenção (figura 11.4).

18 - Só podem ser utilizados nos automóveis afectos ao transporte público de passageiros extintores
que se encontrem dentro do prazo de validade.

Fig. 11.4 - Data de validade referente a um extintor de incêndio

11.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

11.2 - Cintos de Segurança

11.2.1 - Cintos de Segurança em veículos automóveis

Circular ITVA nº 29/2003

Classificação e Características de Veículos Pesados 11.5


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

11.6 Classificação e Características de Veículos Pesados


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

Classificação e Características de Veículos Pesados 11.7


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

11.8 Classificação e Características de Veículos Pesados


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

11.2.2 - Marcas de homologação

Circular ITVA nº 16/2001 Anexo IV

De acordo com o Despacho nº 5392/1999, de 16 de Março, todos os veículos cujos equipamentos


ou acessórios não estejam homologados ou não tenham marca de homologação quando obrigatória,
devem ser anotados na ficha de inspecção com uma deficiência do tipo 2. Por outro lado, todos os
cintos de segurança ou todos os sistemas de retenção em conformidade com um tipo homologado
devem ostentar uma marca de homologação. Durante as inspecções deverá ser analisado se o cinto
instalado está devidamente homologado a nível nacional ou internacional (normas CEE e ECE/ONU).

1 - Marcas de homologação nacionais:

Os primeiros cintos homologados em Portugal foram-no pela Direcção-Geral de Transportes


Terrestres (D.G.T.T.). Daí que a marca de homologação respectiva tivesse o formato:

D.G.T.T. - C - ***
em que:
C - cinto
*** - número de homologação
por exemplo o último cinto homologado com esta marca foi:
D.G.T.T. - C - 043

Posteriormente os cintos vieram a ser homologados pela D.G.V. e a marca de homologação dos
cintos passou a ter o seguinte formato:

D.G.V. - C - ***
em que apenas se substituiu a sigla da entidade de homologação.
À presente data, o último cinto homologado segundo as normas nacionais tinha a marca:
D.G.V. - C - 032

2 - Marca de homologação europeia (CEE):

A marca de homologação CEE apresentará o seguinte formato:

tipo
e Id
n.h.

em que:

Id - caracteres de identificação do país comunitário que fez a homologação


tipo - tipo de cinto
n.h. - número de homologação

Classificação e Características de Veículos Pesados 11.9


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

Códigos dos tipos de cintos:

O código começa por uma letra:


A - cinto de três pontos
B - cinto subabdominal
S - cinto especial
ZA, ZB ou ZS - cinto do tipo A, B ou S, que faz parte do sistema de retenção.

seguido por:

e - quando possuir absorvedor de energia


r - quando o cinto possuir retractor (existem quatro tipos de retractores)
m - quando o cinto possuir retractor de bloqueamento de emergência de sensibilidade múltipla
p - cinto de segurança munido de dispositivo pretensor
3 - retractor de bloqueamento automático
4 - retractor de bloqueamento de emergência
N - limiar de reacção mais elevado
p - quando o cinto dispuser de dispositivo pretensor
n.h. - número de homologação

Exemplo 1:

A figura 11.5 mostra a marca de homologação de um cinto de segurança de três pontos de fixação
(tipo A) munido de um retractor do tipo 4m (r4m) de sensibilidade múltipla (m) e homologado na
Espanha (E 9) sob o número 0416117.

Fig. 11.5 - Homologação de Cinto de Segurança

11.10 Classificação e Características de Veículos Pesados


Sistemas de Segurança nos Veículos Pesados

Exemplo 2:

A figura 11.6 mostra a marca de homologação de um cinto de sgurança subabominal (Tipo B),
homologado nos Países Baixos (E4) sob o número 0424117.

Fig. 11.6 - Homologação de cinto de segurança

3 - Marca de homologação ECE/ONU:

A marca de homologação segundo as normas do “Economic Commission for Europe” (ECE) das
Nações Unidas (ONU) apresenta o seguinte formato:

tipo
(E Id.)
n.h.

em que:

E - homologação ECE/ONU (ver códigos dos tipos de cintos segundo a norma europeia)
Id. - identificação do país que aprovou o cinto
n.h. - número da homologação

Exemplo:
Se
(E 4)
0322439

Significando:

Um cinto de segurança do tipo especial (S) com um absorvedor de energia (e) aprovado nos Países
Baixos (E 4) com o número 0322439.

Classificação e Características de Veículos Pesados 11.11


Montagem de Gruas

12 - Montagem de Gruas
Despacho nº 877/2003, de 16 de Janeiro

Através do despacho desta Direcção-Geral de 14 de Agosto de 1985, publicado no Diário da República,


2ª série, de 12 de Setembro de 1985, foi estabelecido o critério geral para aprovação da montagem de
gruas auxiliares em automóveis de mercadorias, como mostra a figura 12.1. Tornando-se necessário
efectuar alguns ajustamentos no referido critério, determino o seguinte:

1- A montagem de gruas em automóveis de mercadorias passa a constar no documento de


identificação do veículo em anotações especiais, através da anotação «c/ grua» ou «c/ grua
amovível».

2- Os pedidos de aprovação da montagem de gruas devem ser apresentados nos serviços regionais
desta Direcção-Geral e ser instruídos com os seguintes elementos:

a) Impresso do modelo nº 1402;


b) Especificação técnica do modelo constante do anexo ao presente despacho;
c) Taxa correspondente à aprovação da transformação (já inclui a inspecção) e taxa relativa à
substituição do documento de identificação do veículo.

3- A especificação técnica indicada na alínea b) do número anterior deve ser assinada por técnico
responsável, que no caso das gruas montadas à retaguarda deve ter como habilitação mínima o
grau de engenheiro técnico na área de Engenharia Mecânica.

4- A verificação das condições técnicas da montagem de gruas é efectuada através da especificação


técnica da montagem e de inspecção extraordinária ao veículo, que incide entre outros aspectos
sobre as cargas por eixo, as condições de fixação da grua ao quadro, a largura do veículo com
grua e o comprimento da caixa.

5- Não podem ser ultrapassados os limites de peso por eixo definidos na aprovação do modelo do
veículo.

6- O comprimento da caixa com grua não pode exceder para trás do eixo da retaguarda dois terços
da distância entre-eixos do veículo.

ANEXO

Especificação de montagem de grua

1- Entidade responsável pela montagem da grua:...


2- Matrícula do veículo:...
3- Marca e modelo do veículo:...
4- Peso bruto:...
5- Tara por eixo após montagem da grua:...
6- Peso bruto por eixo após montagem da grua:...

Classificação e Características de Veículos Pesados 12.1


Montagem de Gruas

7- Marca e número de fabrico da grua:...


8- Peso da grua:...
9- Descrição da montagem:...
10- Data:...
11- Assinatura do responsável:...

Fig. 12.1 - Grua móvel montada num veículo pesado

12.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Documentos de que o Condutor deve ser Portador

13 - Documentos de que o condutor deve ser


portador
Do Código da Estrada art.º 85.º
Documentos de que o condutor deve ser portador

1. Sempre que um veículo a motor transite na via pública o seu condutor deve ser portador dos
seguintes documentos:

a. Documento legal de identificação pessoal;

b. Título de condução;

c. Certificado de seguro.

2. Tratando-se de automóvel, motociclo, triciclo, quadriciclo, ciclomotor, tractor agrícola ou


florestal, ou reboque, o condutor deve ainda ser portador dos seguintes documentos:

a. Título de registo de propriedade do veículo ou documento equivalente;

b. Documento de identificação do veículo;

c. Ficha de inspecção periódica do veículo, quando obrigatória nos termos legais.

3. Tratando-se de velocípede ou de veículo de tracção animal, o respectivo condutor deve ser


portador de documento legal de identificação pessoal.

4. O condutor que se não fizer acompanhar de um ou mais documentos referidos nos n.ºs 1 e 2 é
sancionado com coima de 60 a 300 euros, salvo se os apresentar no prazo de 8 dias à autoridade
indicada pelo agente de fiscalização, caso em que é sancionado com coima de 30 a 150 euros.

5. Quem infringir o disposto no n.º 3 é sancionado com coima de 30 a 150 euros.

13.1- Carta de Condução

Do Código da Estrada art.º 123.º


Carta de Condução

1. A carta de condução, como mostram as figuras 12.1 e 12.2, habilita a conduzir uma ou mais das
seguintes categorias de veículos:

A. motociclos de cilindrada superior a 50 cm3, com ou sem carro lateral;

B. automóveis ligeiros ou conjuntos de veículos compostos por automóvel ligeiro e reboque de


peso bruto até 750 kg ou, sendo este superior, com peso bruto do conjunto não superior a 3500
kg, não podendo, neste caso, o peso bruto do reboque exceder a tara do veículo tractor;

Classificação e Características de Veículos Pesados 13.1


Documentos de que o Condutor deve ser Portador

B+E. conjuntos de veículos compostos por um automóvel ligeiro e reboque cujos valores
excedam os previstos para a categoria B;

C. automóveis pesados de mercadorias, a que pode ser atrelado reboque de peso bruto até 750
kg;

C+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da categoria C e reboque com peso
bruto superior a 750 kg;

D. automóveis pesados de passageiros, a que pode ser atrelado reboque de peso bruto até 750
kg;

D+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da categoria D e reboque com peso
bruto superior a 750 kg.

2. As categorias referidas no número anterior podem compreender subcategorias que habilitam à


condução dos seguintes veículos:

A1. motociclos de cilindrada não superior a 125 cm3 e de potência máxima até 11 kW;

B1. Triciclos e quadriciclos;

C1. automóveis pesados de mercadorias cujo peso bruto não exceda 7 500 kg, a que possa ser
atrelado um reboque de peso bruto até 750 kg;

C1+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da subcategoria C1 e reboque com
peso bruto superior a 750 kg, desde que o peso bruto do conjunto não exceda 1 200 kg
e o peso bruto do reboque não exceda a tara do veículo tractor;

D1. automóveis pesados de passageiros com lotação até 17 lugares, incluindo o do condutor, a
que pode ser atrelado um reboque de peso bruto até 750 kg;

D1+E. conjuntos de veículos compostos por veículo tractor da subcategoria D1 e reboque com
peso bruto superior a 750 kg, desde que, comulativamente, o peso bruto do conjunto
não exceda 12 000 kg, o peso bruto do reboque não exceda a tara do veículo tractor e o
reboque não seja utilizado para o transporte de pessoas.

3. Os titulares de carta de condução válida para veículos da categoria A ou da subcategoria A1


consideram-se habilitados para a condução de:

a) ciclomotores ou motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3;


b) triciclos.

13.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Documentos de que o Condutor deve ser Portador

4. Os titulares de carta de condução válida para veículos da categoria B (ver figura 13.1) consideram-
se também habilitados para a condução de:

a. Tractores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados desde que o peso
máximo do conjunto não exceda 6 000 kg;

b. Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras, motocultivadores, tractocarros e máquinas industriais


ligeiras;

c. Ciclomotores de três rodas, triciclos e quadriciclos.

Fig. 13.1 - Carta de Condução

Fig. 13.2 - Modelo Comunitário da Carta de Condução

Classificação e Características de Veículos Pesados 13.3


Documentos de que o Condutor deve ser Portador

13.2 - Licença de condução

Do Código da Estrada art.º 124.º


Licença de condução

1. As licenças de condução a que se refere o n.º 2 do artigo 122.º são as seguintes:

a. De ciclomotores e de motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3;

b. De veículos agrícolas.

2. A licença de condução referida na alínea a) do número anterior habilita a conduzir ambas as


categorias de veículos nela averbadas.

3. A licença de condução de veículos agrícolas habilita a conduzir uma ou mais das seguintes
categorias de veículos:

I. Motocultivadores com reboque ou retrotrem e tractocarros de peso bruto não superior a 2500
kg;

II.:
a. Tractores agrícolas ou florestais simples ou com equipamentos montados, desde que o
peso bruto do conjunto não exceda 3 500 kg;

b. Tractores agrícolas ou florestais com reboque ou máquina agrícola ou florestal rebocada,


desde que o peso bruto do conjunto não exceda 6 000 kg;

c. Máquinas agrícolas ou florestais ligeiras e tractocarros de peso bruto superior a 2 500 kg;

III. Tractores agrícolas ou florestais com ou sem reboque e máquinas agrícolas pesadas.

4. Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria


I consideram-se habilitados para a condução de máquinas industriais com peso bruto não
superior a 2 500 kg.

5. Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria II


consideram-se habilitados para a condução de veículos da categoria I.

6. Os titulares de licença de condução de veículos agrícolas válida para veículos da categoria III
consideram-se habilitados para a condução de veículos das categorias I e II.

7. Quem, sendo titular de licença de condução de veículos agrícolas, conduzir o veículo agrícola
ou florestal de categoria para a qual a mesma licença não confira habilitação é sancionado com
coima de 120 a 600 euros.

13.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Inspecções e Emissão da Ficha de Inspecção

14 - Inspecções e emissão da ficha de inspecção


Do Código da Estrada art.º 116.º - Inspecções

1. Os veículos a motor e os seus reboques podem ser sujeitos, nos termos fixados em regulamento, a
inspecção para:

a) Aprovação do respectivo modelo;


b) Atribuição de matrícula;
c) Aprovação de alteração de características construtivas ou funcionais;
d) Verificação periódica das suas características e condições de segurança;
e) Verificação das características construtivas ou funcionais do veículo, após reparação em
consequência de acidente;
f) Controlo aleatório de natureza técnica, na via pública, para verificação das respectivas condições
de manutenção, nos termos de diploma próprio.

2. Pode determinar-se a sujeição dos veículos referidos no número anterior a inspecção extraordinária
nos casos previstos no n.º 5 do artigo 114.º e ainda quando haja fundadas suspeitas sobre as suas
condições de segurança ou dúvidas sobre a sua identificação, nomeadamente em consequência de
alteração das características construtivas ou funcionais do veículo, ou de outras causas.

3. A falta a qualquer das inspecções previstas nos números anteriores é sancionada com coima de 250
a 1 250 euros.

Do Despacho DGV n.º 26 433-A/2000 /2ª Série)


Emissão de Ficha de Inspecção

No artº 8.º do Decreto-Lei nº 554/99, de 16 de Dezembro, determina-se que a comprovação da


realização das inspecções periódicas é efectuada através da emissão, pela entidade titular do centro
de inspecção, da ficha de inspecção e vinheta, por cada veículo inspeccionado.

No nº 3 do mesmo artigo está previsto que a aprovação nas inspecções extraordinárias e nas inspecções
de atribuição de nova matrícula é comprovada através do respectivo certificado.

Compete ao director-geral de Viação, de harmonia com a alínea c) do nº 4 do artigo 5º do mesmo


diploma, aprovar os modelos e o conteúdo desses documentos.

Nesses termos determina-se:

1 - Por cada veículo sujeito a inspecção periódica é emitida, pelo inspector que realizou a inspecção e em
papel destinado à impressão por laser, uma ficha de inspecção contendo os seguintes elementos:

a) Identificação da entidade inspectora;


b) Numeração sequencial;

Classificação e Características de Veículos Pesados 14.1


Inspecções e Emissão da Ficha de Inspecção

c) Identificação do veículo;
d) Pontos observados onde se registem deficiências e respectiva classificação;
e) Observações complementares;
f) Resultado final da inspecção;
g) Data da inspecção;
h) Data limite da próxima inspecção;
i) Código do inspector;
j) Assinatura do inspector.

A figura 14.1 mostra o modelo de impresso destinado à ficha de inspecção.

Nos termos do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 550/99, de 15 de Dezembro, determina-se:

1. A emissão informatizada do novo modelo de ficha de inspecção, em cada centro de inspecções,


deve ter por base:

a) Um relatório de inspecção, preenchido e assinado pelo inspector credenciado que a realizou


ou,

b) Um sistema de consulta e registo informatizados com acesso directo e personalizado para o


inspector.

2. O modelo de impresso para o relatório de inspecção deve ser criado pela entidade autorizada
detentora do centro de inspecções que dele deve dar conhecimento formal à DGV antes de o pôr
em aplicação (fig. 14.2).

Fig. 14.1 - Modelo de ficha de inspecção Fig. 14.2 - Relatório de inspecção de viatura

14.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Inspecções e Emissão da Ficha de Inspecção

3. O referido impresso deve facilitar as observações e o registo das verificações feitas pelo inspector
e a recolha de dados para a emissão da ficha de inspecção e registos de controle, diferenciando-se
relativamente às observações e verificações próprias dos veículos ligeiros, pesados e reboques.

Devem constar do relatório os seguintes elementos:

a) Relativamente ao veículo, como mostra a figura 14.3:

• Matrícula;
• Marca e modelo;
• Ano de matrícula;
• Categoria;
• Tipo;
• Combustível;
• Concelho de residência do proprietário.

Fig 14.3 - Relatório de inspecção de viatura (cabeçalho)

b) Relativamente à inspecção:

• Motivo da inspecção;
• Observações e verificações feitas pelo inspector nos termos do Despacho nº 1165/2000
de 11 de Março;
• Deficiências observadas cuja correcção seja obrigatória e grau atribuído (tipos 1,2 ou
3);
• Resultado da inspecção;
• Número da ficha de inspecção emitida;
• Código do inspector credenciado,
• Assinatura do inspector.

Estes elementos devem constar convenientemente codificados nos termos previstos no Despacho
DGV n.º 59/92. O modelo do impresso deve, ainda, conter um campo adequado para o inspector anotar
eventuais comentários sobre a inspecção ao veículo.

Classificação e Características de Veículos Pesados 14.3


Inspecções e Emissão da Ficha de Inspecção

4. Anexos ao referido relatório devem constar os talões de registo das verificações efectuadas com os
seguintes equipamentos:

a) Frenómetro;
b) Ripómetro;
c) Analisador de gases ou opacímetro.

Estes talões devem ser rubricados pelo inspector.

No caso de ser utilizado o desacelerógrafo deve ser também anexada a folha de registo respectiva e
justificada, no relatório, a utilização deste equipamento.

5. O sistema de acompanhamento e registo informáticos referido em 1.b) deve contemplar as


possibilidades de consulta, registo e controle equivalentes às do sistema baseado em relatório
e dele deve ser dado conhecimento formal à Direcção-Geral de Viação, antes de ser posto em
aplicação.

6. O inspector antes de iniciar uma inspecção deve dispor de:

a) livrete do veículo;
b) título de registo de propriedade;
c) impresso referido no n.º 3 já com as indicações relativas ao veículo e ao motivo da inspecção
como referido em 3.a) ou acesso fácil, próximo do veículo, à consulta informatizada destas
indicações e aos meios de registo adequados.
 
7. A entrega da ficha de inspecção e a devolução do livrete e do título de registo de propriedade deve
ser feita pelo inspector, acompanhada da explicação do seu conteúdo, nomeadamente, sobre os
aspectos técnicos que possam ter causado as deficiências observadas.

8. O relatório e talões anexos e todos os dados informatizados devem ser de acesso fácil ao inspector
para efeitos de consulta com vista a eventuais informações técnicas aos serviços da Direcção-Geral
de Viação e devem ser arquivados nos termos do n.º 18.º da referida Portaria 1165/2000.

14.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Contra-Ordenações

15 - Contra Ordenações

15.1 - Contra Ordenações Graves

Do Código da Estrada art.º 145.º


São graves as seguintes contra-ordenações:

a. O trânsito de veículos em sentido oposto ao legalmente estabelecido;

b. O excesso de velocidade praticado fora das localidades superior a 30 km/h sobre os limites
legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel ligeiro, ou
superior a 20 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor;

c. O excesso de velocidade praticado dentro das localidades superior a 20 km/h sobre os limites
legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel ligeiro, ou
superior a 10 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor;

d. O excesso de velocidade superior a 20 km/h sobre os limites de velocidade estabelecidos para


o condutor ou especialmente fixados para o veículo, sem prejuízo do estabelecido nas alineas
b) ou c);

e. O trânsito com velocidade excessiva para as características do veículo ou da via, para as condições
atmosféricas ou de circulação ou nos casos em que a velocidade deva ser especialmente
moderada, (figura 15.1);

Fig. 15.1 - Zona de velocidade controlada

Classificação e Características de Veículos Pesados 15.1


Contra Ordenações

f. O desrespeito das regras e sinais relativos a distância entre veículos, cedência de passagem,
ultrapassagem, mudança de direcção ou de via de trânsito, inversão do sentido de marcha,
início de marcha, posição de marcha, marcha atrás e atravessamento de passagem de nível;

g. A paragem ou o estacionamento nas bermas das auto-estradas ou vias equiparadas;

h. O desrespeito das regras de trânsito de automóveis pesados e de conjuntos de veículos, em


auto estradas ou vias equiparadas;

i. A não cedência de passagem aos peôes pelo condutor que mudou de direcção dentro das
localidades, bem como o desrespeito pelo trânsito dos mesmos nas passagens para o efeito
assinaladas (ver figura 15.2);

j. O transito de veiculos sem utilização das luzes referidas no nº1 do artº 61º , nas condições
previstas no mesmo nº, bem como o trânsito de motociclos e de ciclomotores sem utilização
das luzes de cruzamento;

l. A condução sob influência de álcool, quando a taxa de álcool no sangue for igual ou superior a
0,5 g/l e inferior a 0,8g/l;

Fig. 15.2 - Passadeira

m. A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo e das luzes avisadoras de perigo;

n. A utilização, durante a marcha do veículo, de auscultadores sonoros e de aparelhos


radiotelefónicos, salvo nas condições previstas no nº2 do artº 84º;

o. A paragem e estacionamento nas passagens assinaladas para a travessia de peões;

p. O transporte de passageiros menores ou inimputáveis sem que estes façam uso dos acessórios
de segurança obrigatórios.

15.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Contra Ordenações

15.2 - Contra Ordenações Muito Graves

Do Código da Estrada art.º 146.º


São muito graves as seguintes contra-ordenações:

a. A paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem, fora das localidades, a menos de 50


metros dos cruzamentos e entroncamentos, curvas ou lombas de visibilidade insuficiente e, ainda,
a paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem das auto-estradas ou vias equiparadas;

b. O estacionamento, de noite, nas faixas de rodagem, fora das localidades;

c. A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo, bem como a falta de sinalização de veículo
imobilizado por avaria ou acidente, em auto-estradas ou vias equiparadas;

d. A utilização dos máximos de modo a provocar encandeamento;

e. A entrada ou saída das auto-estradas ou vias equiparadas, por locais diferentes dos acessos a
esses fins destinados;

f. A utilização, em auto-estradas ou vias equiparadas, dos separadores de trânsito ou de aberturas


eventualmente neles existentes, bem como o trânsito nas bermas;

g. As infracções previstas na alínea a) do artigo anterior quando praticadas em auto-estradas, vias


equiparadas e vias com mais de uma via de trânsito em cada sentido;

h. As infracções previstas nas alíneas f) e j) do artigo anterior quando praticadas nas auto-estradas
ou vias equiparadas;

i. A infracção prevista na alínea b) do artigo anterior, quando o excesso de velocidade for superior
a 60 km/h ou a 40 km/h, respectivamente, bem como a infracção prevista na alínea c) do mesmo
artigo, quando excesso de velocidade for superior a 40 km/h ou a 20 km/h, respectivamente, e a
infracção prevista na alínea d), quando o excesso de velocidade for superior a 40 km/h;

j. A infracção prevista na alínea l) do artigo anterior, quando


a taxa de álcool no sangue for igual ou superior a 0,8 g/l
e inferior a 1,2 g/l, ou quando o condutor for considerado
influenciado pelo álcool em relatório médico;

l. O desrespeito da obrigação de parar imposta por sinal


regulamentar dos agentes fiscalizadores ou reguladores
do trânsito ou pela luz vermelha de regulação do
trânsito;

m. A condução sobre influência de substâncias psicotrópicas


(figura 15.3);
Fig. 15.3 - Substâncias psicotrópicas

Classificação e Características de Veículos Pesados 15.3


Contra Ordenações

n. O desrespeito pelo sinal de paragem obrigatória nos cruzamentos, entroncamentos e


rotundas;

o. A transposição ou a circulação em desrespeito de uma linha longitudinal contínua delimitadora


de sentidos de trânsito ou de uma linha mista com o mesmo significado;

p. A condução de veículo de categoria ou subcategoria para a qual a carta de condução de que o


infractor é titular não confere habilitação;

q. O abandono pelo condutor do local do acidente nas circunstâncias referidas no n.º 2 do artigo
89.º

15.3 - INIBIÇÃO DE CONDUZIR

Do código da estrada art º 147. º

1 - A sanção acessória aplicável aos condutores pela prática de contra ordenações graves ou
muito graves previstas no código da estrada e legislação complementar consiste na inibição
de conduzir.

2 - A sanção de inibição de conduzir tem a duração mínima de um mês e máxima de um ano , ou


mínima de dois meses e máxima de dois anos, consoante seja aplicável ás contra-ordenações
graves ou muito graves, respectivamente, e refere - se a todos os veículos a motor.

3 - Se a responasbilidade for imputada a pessoa singular não habilitada com título de condução
ou a pessoa colectiva, a sanção de inibição de conduzir é substituída por apreensão do veículo
por período idêntico de tempo que áquela caberia.

15.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Bibliografia

BIBLIOGRAFIA

Código da estrada - Regulamentos, Legislação Complementar, Código de Infracções e tudo


sobre Direito Rodoviário - Edições Júlio Reis

CEPRA - Elementos de Instrução - Rodas e Pneus - Colecção Formação Modular Automóvel

Classificação e Características de Veículos Pesados C.1


DOCUMENTOS
DE
SAÍDA
Pós-Teste

PÓS-TESTE

Em relação a cada uma das perguntas seguintes, são apresentadas 4 (quatro) respostas das quais
apenas 1 (uma) está correcta. Para cada exercício indique a resposta que considera correcta,
colocando uma cruz (X) no quadradinho respectivo

1 – Automóvel é um veículo com motor de propulsão, dotado de pelo menos quatro rodas,

que se destina, pela sua função, a transitar na via publica, sem sujeição a carris e tem:

a) Tara superior a 750kg e velocidade máxima superior a 90km/h .............................................

b) Tara superior a 400kg e velocidade máxima superior a 90km/h...............................................

c) Tara superior a 750kg e velocidade máxima superior a 25km/h...............................................

d) Tara superior a 550kg e velocidade máxima superior a 25km/h...............................................

2 – Um veículo com peso bruto de 3350kg que se destina ao transporte de pessoas, com

lotação máxima de 12 lugares é:

a) Um ligeiro de passageiros.........................................................................................................

b) Um ligeiro misto.......................................................................................................................

c) Um pesado de passageiros.......................................................................................................

d) Um pesado especial..................................................................................................................

3 – Um veículo destinado ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecni-

camente admissível de 5 t é da categoria:

a) Cat. M2......................................................................................................................................

b) Cat. M3......................................................................................................................................

c) Cat. N2......................................................................................................................................

d) Cat. N3......................................................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Pesados S.1


Pós-Teste

4 – Um reboque com massa máxima em carga tecnicamente admissível de 2 t é da categoria:

a) Cat. N1 .....................................................................................................................................

b) Cat. O1 . ...................................................................................................................................

c) Cat. O2 .....................................................................................................................................

d) Cat. O3 . ...................................................................................................................................

5 – Um automóvel pesado de passageiros com lugares sentados e em pé, concebidos para


permitir uma fácil deslocação dos passageiros em percursos com paragens frequentes,
é da categoria:

a) Cat. I..........................................................................................................................................

b) Cat. II.........................................................................................................................................

c) Cat. III........................................................................................................................................

d) Cat. IV.......................................................................................................................................

6 – O peso bruto é:

a) A carga que o veículo pode transportar....................................................................................

b) O peso do veículo com condutor + carga máxima que pode transportar.................................

c) O peso do veículo sem condutor + carga máxima que pode transportar.................................

d) A soma do peso do veículo com condutor................................................................................

7 – Um veículo com dois eixos pode atingir um peso bruto máximo de:

a) 3 t..............................................................................................................................................

b) 7,5 t...........................................................................................................................................

c) 19 t............................................................................................................................................

d) 26 t............................................................................................................................................

S.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Pós-Teste

8 – Partindo do principio que todos os veículos têm uma tara comum de 7,5 t, e que
quanto maior a sua capacidade máxima de carga maior é o seu consumo, qual o
veículo que deveria utilizar para transportar uma carga de 20 t com o menor custo?

a) Veículo de 2 eixos.....................................................................................................................

b) Veículo de 3 eixos.....................................................................................................................

c) Um conjunto veículo tractor semi-reboque de 3 eixos..............................................................

d) Um conjunto veículo a motor-reboque de 4 eixos.....................................................................

9 – Qual a percentagem mínima do peso bruto total que incide sobre o eixo da frente não

motor de um veículo com um eixo à retaguarda?

a) 15%...........................................................................................................................................

b) 20%...........................................................................................................................................

c) 25%...........................................................................................................................................

d) 30% ..........................................................................................................................................

10 – Qual o peso bruto mínimo que incide sobre o eixo ou eixos motores de um veículo ou

conjunto de veículos?

a) 20% do peso bruto total............................................................................................................

b) 25% do peso bruto total ...........................................................................................................

c) 250kg .......................................................................................................................................

d) 375kg........................................................................................................................................

11 – Qual a eficiência mínima que o travão de serviço de um ligeiro misto sem deficiência

deve atingir no frenómetro?

a) 25%...........................................................................................................................................

b) 40%...........................................................................................................................................

c) 50%...........................................................................................................................................

d) 65% ..........................................................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Pesados S.3


Pós-Teste

12 – A diferença da força de travagem máxima entre rodas do mesmo eixo não pode ser superior a:

a) 10%...........................................................................................................................................

b) 20% ..........................................................................................................................................

c) 30%...........................................................................................................................................

d) 40% ..........................................................................................................................................

13 – O travão de serviço deve fazer parar o veículo que circula a 50 km/h numa distância máxima de:

a) 15m...........................................................................................................................................

b) 20m...........................................................................................................................................

c) 25m...........................................................................................................................................

d) 30m ..........................................................................................................................................

14 – Determine qual das eficiências corresponde ao veículo que atingiu 981N na soma das
forças máximas de travagem medidas em cada roda e tem no momento do ensaio uma
massa de 1000kg.

a) 10%...........................................................................................................................................

b) 30% ..........................................................................................................................................

c) 50%...........................................................................................................................................

d) 70% ..........................................................................................................................................

15 – Num veículo com três rodados, um à frente e dois à retaguarda, a sua distância entre

eixos define-se pela:

a) Distância entre o primeiro rodado e o segundo rodado............................................................

b) Distância entre o primeiro rodado e o terceiro rodado..............................................................

c) Distância entre o primeiro rodado e o meio dos dois rodados da retaguarda...........................

d) Distância entre os dois rodados da retaguarda .......................................................................

S.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Pós-Teste

16 – Nos automóveis pesados de passageiros, a altura máxima ao solo do primeiro degrau é de:

a) 28cm.........................................................................................................................................

b) 32cm ........................................................................................................................................

c) 38cm..........................................................................................................................................

d) 43cm ........................................................................................................................................

17 – Num automóvel pesado de passageiros com lotação compreendida entre 24 e 36

lugares, necessita no mínimo de:

a) 2 saídas de emergência............................................................................................................

b) 3 saídas de emergência . .........................................................................................................

c) 4 saídas de emergência ...........................................................................................................

d) 5 saídas de emergência . .........................................................................................................

18 – Um automóvel pesado de passageiros de categoria I deve dispor de:

a) Pelo menos uma roda completa de reserva.............................................................................

b) Extintores de incêndio...............................................................................................................

c) Ferramentas e acessórios indispensáveis................................................................................

d) Todas as anteriores...................................................................................................................

19 – Qual o comprimento máximo de um autocarro articulado?

a) 16,50m .....................................................................................................................................

b) 17m ..........................................................................................................................................

c) 18m ..........................................................................................................................................

d) 18,75m .....................................................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Pesados S.5


Pós-Teste

20 – O feixe de luz projectado no solo pelas luzes de cruzamento devem iluminar, eficazmente

e sem provocar encadeamento, a uma distância de:

a) 25m...........................................................................................................................................

b) 30m...........................................................................................................................................

c) 45m...........................................................................................................................................

d) 50m...........................................................................................................................................

21 – A chapa de matricula colocada na retaguarda do veículo deve ser iluminada por uma

luz branca que a torne legível a uma distância mínima de:

a) 10m...........................................................................................................................................
b) 15m...........................................................................................................................................

c) 20m...........................................................................................................................................

d) 25m...........................................................................................................................................

22 – Os veículos ligeiros e os reboque de peso bruto inferior 3500kg podem circular desde

que todos os pneus, tenham na circunferência da zona de rodagem uma altura mínima

dos relevos principais de:

a) 1,4mm incluindo o de reserva quando obrigatório....................................................................

b) 1,4mm excluindo o de reserva quando obrigatório...................................................................

c) 1,6mm incluindo o de reserva quando obrigatório....................................................................

d) 1,6mm excluindo o de reserva quando obrigatório...................................................................

23 – Se não existir qualquer anotação especial, a largura dos pneumáticos que consta no

livrete corresponde:

a) À largura máxima permitida......................................................................................................

b) À única largura permitida..........................................................................................................

c) À largura mínima ......................................................................................................................

d) À largura mínima desde que não ultrapasse o contorno do veículo.........................................

S.6 Classificação e Características de Veículos Pesados


Pós-Teste

24 – Os primeiros caracteres do número de quadro indica-nos:

a) O número de série do veículo...................................................................................................

b) O número do motor...................................................................................................................

c) O número que identifica o construtor........................................................................................

d) As características gerais do modelo .......................................................................................

25 – A parte central do triângulo, aberta, tem um comprimento mínimo de:

a) 50mm........................................................................................................................................

b) 70mm .......................................................................................................................................

c) 100mm .....................................................................................................................................

d) 115mm......................................................................................................................................

26 – Qual a velocidade máxima que um veículo automóvel pesado de passageiros sem

reboque pode circular em auto-estrada?

a) 80 km/h.....................................................................................................................................

b) 90 km/h.....................................................................................................................................

c) 100 km/h....................................................................................................................................

d) 110 km/h . .................................................................................................................................

27 – Os titulares de cartas de condução válidas para conjuntos de veículos de categoria

D+E consideram-se também habilitados para a condução de conjuntos de veículos

de categoria :

a) B+E...........................................................................................................................................

b) C+E ..........................................................................................................................................

c) B+E e C+E................................................................................................................................

d) Nenhum ...................................................................................................................................

Classificação e Características de Veículos Pesados S.7


Pós-Teste

28 – Quais os elementos do veículo que não devem constar no relatório de inspecção?

a) Matrícula...................................................................................................................................

b) Motivo da inspecção.................................................................................................................

c) Concelho de residência do proprietário.....................................................................................

d) Categoria do veículo ................................................................................................................

29 – Qual o equipamento que não necessita de fornecer talão de registo das verificações

efectuadas?

a) Frenómetro................................................................................................................................

b) Ripómetro ................................................................................................................................

c) Regloscópio...............................................................................................................................

d) Analisador de gases ou opacímetro . .......................................................................................

30 – Qual das contra-ordenações é muito grave?:

a) O trânsito de um veículo em sentido oposto ao legalmente estabelecido................................

b) A utilização dos máximos de modo a provocar encadeamento................................................

c) A paragem ou o estacionamento nas bermas das auto-estrada ..............................................

d) A condução sob influência do álcool ........................................................................................

S.8 Classificação e Características de Veículos Pesados


Corrigenda do Pós-Teste

CORRIGENDA DO PÓS-TESTE

Nº DA QUESTÃO RESPOSTA CORRECTA

1 d)
2 c)
3 c)
4 c)
5 a)
6 b)
7 c)
8 c)
9 b)
10 b)
11 c)
12 c)
13 c)
14 a)
15 c)
16 d)
17 c)
18 b)
19 d)
20 b)
21 c)
22 c)
23 d)
24 c)
25 b)
26 c)
27 a)
28 b)
29 c)
30 b)

Classificação e Características de Veículos Pesados S.9


ANEXOS
Anexos

A.1 - Classificação das deficiências observadas nas


inspecções de veículos

Despacho nº 5392/1999, de 16 de Março

Anexo I - Sistemas de Travagem.


Tipo
1 - Estado mecânico de funcionamento
1.1 - Veios de excêntricos dos travões e alavanca de travão
Difíceis de movimentar 2
Desvio da sede 2
Forte desgaste ou com folga 2
1.2 - Estado e curso do pedal do travão
Curso excessivo, reserva de curso insuficiente 2
O travão recupera com dificuldade 2
Superfície anti-escorregamento do pedal de travão inexistente, mal fixada ou gasta 1
1.3 - Bomba de vácuo ou compressor e depósito
Tempo demasiado longo para atingir a pressão de serviço e assegurar uma
travagem eficaz 2
Pressão insuficiente para assegurar uma travagem repetida (pelo menos
duas aplicações de travão) após indicação de pressão baixa (situação de perigo) 2
Fuga de ar causadora de uma queda de pressão significativa ou fugas de ar
perceptíveis 2
Perdas de óleo excessivas no compressor 2
1.4 - Indicação de pressão (manómetro) ou indicador
Funcionamento defeituoso do indicador do manómetro 2
1.5 - Válvula manual de travagem
Fissurada ou danificada, forte desgaste 2
Funcionamento defeituoso da válvula de comando 2
Pouca fiabilidade no accionamento da válvula ou da haste respectiva 2
Fugas no sistema, ligações mal fixadas 2
Mau funcionamento 2
1.6 - Travão de estacionamento, alavanca de comando e dispositivo de bloqueio
Fixação de posição da alavanca, insuficiente 2
Desgaste excessivo no pivot da alavanca ou no mecanismo da cremalheira 2
Curso excessivo ou afinação incorrecta 1
1.7 - Válvulas de travagem (de comando, descarga rápida, reguladoras de pressão, etc)
Danificadas, descarga excessiva estanquicidade insuficiente (fugas de ar) 2
Fixação ou suporte defeituoso 2
Perdas de fluído de travões 2
1.8 - Cabeças de acoplamento para os travões dos reboques e semi-reboques
Torneiras ou válvulas autovedantes defeituosas 2
Fixação ou montagem defeituosa 2
Estanquicidade insuficiente 3
1.9 - Depósitos de pressão
Danificado, corroído ou com fugas 2
Dispositivo de purga inoperativo 1
Fixação inoperativa ou incorrecta 2
1.10 - Dispositivo de assistência à travagem e bomba central (sistemas hidráulicos)
Dispositivo de assistência à travagem deficiente 2
Dispositivo de assistência à travagem ineficaz 3

Classificação e Características de Veículos Pesados A.1


Anexos

Bomba central com fugas 3


Bomba central defeituosa 2
Bomba central solta 3
Quantidade insuficiente de fluído de travões 1
Tampão do reservatório da bomba central em falta 1
Luz indicadora do fluído dos travões acesa ou defeituosa 1
Funcionamento defeituoso do dispositivo indicador do nível de fluído dos travões 1
1.11 - Tubagem rígida dos travões
Risco de falha ou de rotura 2
Fugas nos tubos ou acoplamentos 3
Danificada ou excessivamente corroída 2
Deficientemente apertada 2
1.12 - Tubagem flexível dos travões
Risco de falha ou de rotura 2
Danificada demasiado curta ou torcida 2
Fugas nos tubos ou nas ligações 3
Deformação dos tubos sob pressão 2
1.13 - Cintas / calços dos travões
Ausência de calços 3
Desgaste excessivo 2
Atacados por óleo ou gorduras 2
1.14 - Tambores e discos dos travões
Desgaste excessivo, fissuras, fracturas ou outros defeitos comprometedores
da segurança 2
Tambores ou discos engordurados por óleo, gorduras, etc 2
Chapa mal fixada (protecção) 1
1.15 - Cabos dos travões e comandos
Cabos danificados 2
Desgaste ou corrosão excessivos 2
Falta dos dispositivos de segurança nas juntas dos cabos ou das hastes 2
Guias dos cabos defeituosas ou mal fixadas 2
Fixação insuficiente dos cabos 2
Entrave ao movimento do sistema de travagem 3
Movimento anormal das alavancas, tirantes ou articulações que revelem
afinação incorrecta ou desgaste excessivo 2
1.16 - Cilindros dos travões (incluindo travões de molas e cilindros hidráulicos)
Fissurados ou danificados 3
Com fugas 3
Montagem inadequada ou deficiente 2
Corrosã o excessiva 2
Curso excessivo do mecanismo de diafragma 2
Curso excessivo do embolo 2
Protecção anti-poeira inexistente ou danificada 2
1.17 - Compensador automático de travagem em função da carga
Montagem ou ligações defeituosa 2
Afinação incorrecta 2
Mecanismo gripado ou inoperativo 2
Inexistente 2
1.18 - Alavancas excêntricas de afinação automática
Mecanismo gripado 3
Movimento anormal indicando desgaste excessivo ou má afinação 2
Funcionamento defeituoso 2
1.19 - Sistemas retardadores (para os veículos equipados com este tipo de dispositivo)
Mal montado ou ligação deficiente 2
Funcionamento defeituoso 2

A.2 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

Ausência de revestimentos térmicos 2


Posicionamento inadequado 2
1.20 - Sistema ABS (Sistema de travagem anti-bloqueio)
Funcionamento deficiente 2
Montagem incorrecta 2
Mau funcionamento do indicador luminoso 1

2 - Desempenho e eficiência dos travões de serviço


2.1 - Comportamento funcional (aumentando a força de travagem progressivamente até ao valor máximo)
Força de travagem inadequada de uma ou mais rodas 2
A força de travagem de qualquer roda inferior a 70% do valor máximo registado
na outra roda do mesmo eixo (registo automatizado dos valores) 2
No caso do ensaio de travagem ser efectuado em estrada, o desvio do veículo
em relação a uma linha recta é excessivo 2
Inexistência de variação gradual da força de travagem (trepidação ou bloqueamento
brusco) 2
Tempo de resposta anormal na operação de travagem de qualquer roda 2
Flutuação excessiva da força de travagem devida à existência de discos empenados
ou de tambores ovalizados 2
2.2 - Eficiência
Para reboques e semi-reboques matriculados antes de Janeiro de 1989
Inferior a 20% 3
Entre 20% e 40% (exclusive) 2
Para reboques e semi-reboques matriculados a partir de Jan de1989
Inferior a 20% 3
Entre 20% e 43% (exclusive) 2
Para pesados de mercadorias e tractores
Inferior a 20% 3
Entre 20% e 45% (exclusive) 2
Para ligeiros
Inferior a 25% 3
Entre 25% e 50% (exclusive) 2
Para pesados de passageiros
Inferior a 25% 3
Entre 25% e 50% (exclusive) 2
3-Desempenho/eficência do travão de emergência (se existir um sistema separado)
3.1 - Desempenho
Travão(s) inoperativo(s) num dos lados 2
Força de travagem da roda menos travada do eixo, inferior a 70% do esforço
máximo da outra roda 2
Progressividade irregular na travagem (bloqueamento) 2
Sistema automático de travagem do reboque inoperativo 2
3.2 - Eficiência
Para reboques e semi-reboques : Inferior a 20% 2
Para ligeiros e pesados de passageiros : Inferior a 25% 2
Para os restantes veículos : Inferior a 20% 2
4 - Desempenho e eficência do travão de estacionamento
4.1 - Desempenho: Travão inoperativo num dos lados 2
4.2 - Eficiência: Inferior a 16% ( registo automatizado dos valores) 2
5 - Desempenho do retardador ou do travão de escape
Não modulável (retardador) 2
Funcionamento defeituoso 2

Classificação e Características de Veículos Pesados A.3


Anexos

Anexo II - Direcção e Volante


Tipo
1 - Alinhamento de direcção
Desvio superior a 10 m/km (a) 2
Desvio superior a 5 m/km e inferior ou igual a 10 m/km (a) 1
2 - Volante e coluna de direcção
Folga radial no volante, superior e 1/8 de volta (45º) 2
Folga axial no volante com batimento 2
Resistência ao movimento 2
Existência de deformações soldaduras ou fissuras (b) 2
Folga nos cardans ou uniões elásticas deterioradas 2
Má fixação do sistema de volante e coluna 2
3 - Caixa de direcção
Fixação deficiente 2
Fuga de fluído 1
Guarda-pós ausente ou em mau estado 1
Mau estado geral exterior, nomeadamente, fissuras 2
4 - Barras de direcção, tirantes e rótulas
Deformações soldaduras ou fissuras 2
Folgas exageradas nas rótulas ou ausência de guarda-pós (c) 2
Mau estado dos guarda-pós 1
Limitador de direcção inexistente ou mal regulado (quando especificado) 2
5 - Direcção assistida
Funcionamento incorrecto (c) 2
Fuga de fluído 1

Notas complementares:

(a) O ensaio é feito no ripómetro com pressão correcta dos pneus e o volante solto.
(b) Detectáveis sem recurso a meios auxiliares.
(c) A verificação é feita com o motor em funcionamento.

Resultado dos ensaios


Do registo de resultados deve constar:

a) O desvio (m/km)
b) Data e hora do ensaio

A.4 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

Anexo III - Visibilidade.


Tipo
1 - Visibilidade
Autocolantes na área de varrimento das escovas do limpa pára-brisas ou alterações
no vidro que reduzam, deformem ou interfiram com a visibilidade para o condutor 2
Objectos ou autocolantes não regulamentares no pára-brisas ou em qualquer outro
componente que interfira com a visibilidade (a) 1
Ausência de pálas de sol 2
Funcionamento deficiente das pálas de sol 1
2 - Vidros
Vidros inexistentes ou partidos (b) 2
Vidros não homologados 2
Vidros com películas não regulamentares 2
3 - Espelhos retrovisores
Ausência de retrovisores 2
Retrovisores não homologados 2
Espelhos deteriorados ou com visão deficiente 2
Sistema de regulação deficiente 2
4 - Sistema de limpa vidros
Ausência ou não funcionamento de qualquer elemento 2
Funcionamento deficiente ou escovas em mau estado 1
Limpa pára-brisas com dimensões ou características não regulamentares 2

5 - Lava vidros
Funcionamento deficiente 1

Notas complementares:

(a) Excepto os que estão regulamentarmente colocados, nomeadamente, os relativos


a seguro, inspecção e impostos.
(b) Não se considera partido um vidro que apresente fenda com dimensão que:

1) não reduza nem interfira com o campo de visibilidade do condutor.


2) não reduza a resistência do vidro.

Classificação e Características de Veículos Pesados A.5


Anexos

Anexo IV - Equipamento de Iluminação, Luzes, Reflectores e Equipamento eléctrico


Tipo
1 - Luzes de estrada (máximos) e de cruzamento (médios)
Deteriorados, ausência ou não funcionamento 2
Funcionamento incorrecto 2
Montagem ou cor não regulamentar 2
Projectores não homologados 2
Má fixação ou deficiente regulação 1
Alinhamento incorrecto (orientação alta) 2
Alinhamento incorrecto (orientação baixa) 1
Diferença entre intensidade luminosa de luzes do mesmo tipo superior a 50% 2
2 - Luzes de presença, delimitadoras, de mudança de direcção, de chapa de matrícula,
de travagem, avisadoras de perigo e sinalização lateral (a)
Ausência ou não funcionamento 2
Montagem ou cor não regulamentares 2
Mau estado ou partidos 1
Fixação deficiente 1
Eficácia reduzida ou nula 2
Funcionamento deficiente 2
Terceira luz de travagem não homologada ou mal colocada 1
3 - Luzes de nevoeiro à frente e à rectaguarda
Deteriorada, ausência ou não funcionamento (b) 2
Montagem ou cor não regulamentar 2
Mau estado, partidos ou fixação deficiente 1
Funcionamento incorrecto ou eficácia nula à retaguarda 2
Dependência de funcionamento não regulamentar 2
Orientação alta 2
4 - Luzes de marcha atrás
Funcionamento incorrecto 1
Colocação não regulamentar 1
Cor não regulamentar 1
Orientação incorrecta provocando encandeamento 2
Funcionamento não dependente da marcha atrás 2
5 - Luzes do painel de instrumentos
Não funcionamento de luzes indicadoras de máximos 2
Não funcionamento de luzes indicadoras 1
6 - Reflectores e placas reflectoras (a)
Ausência ou deteriorados 2
Colocação não regulamentar 2

7 - Todas as luzes e reflectores incluindo as placas reflectoras


Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2
8 - Instalação eléctrica
Mau estado da cablagem 2
Fixação deficiente de cablagem 1
Bateria e ligações em mau estado 1

Notas Complementares:

(a) Nos casos em que exista mais que uma luz (ou reflector), do mesmo tipo, ao não
funcionamento de uma delas é atribuído deficiência de grau 1.
(b) Excepto a ausência no caso de luzes de nevoeiro à frente

A.6 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

Anexo V - Eixos, Suspensão, Rodas e Pneus, Transmissão


Tipo
1 - Eixos traseiro e dianteiro
Deformações, soldaduras ou fissuras 2
Fixações deficientes ao chassis 2
2 - Molas (de lâmina e helicoidais) e barras de torção
2.1 - Mola de lâminas
Braçadeiras desapertadas ou partidas 2
Ponto de mola desapertado ou partido 2
Brincos ou apoios partidos, fissurados ou desapertados 2
Olhais, casquilhos ou cavilhas com desgaste 2
Olhais, casquilhos ou cavilhas com desgaste ligeiro 1
Lâminas partidas, soldadas ou fortemente oxidadas 2
Lâminas pasmadas (com inversão de curvatura) 2
Lâminas pasmadas (sem inversão de curvatura) 1
Batentes em falta, partidos ou em mau estado 2
2.2 - Molas helicoidais
Mola partida ou soldada 2
Molas do mesmo eixo com diâmetros de arame diferentes 2
Molas pasmadas 2
Montagem ou fixação incorrecta 2
Batentes ou apoios em falta ou mau estado 2
2.3 - Barras de torção
Elementos de fixação patidos fissurados ou desapertados 2
Barra partida ou soldada 2
Montagem incorrecta 2
3 - Amortecedores
Ausência 2
Fuga de óleo 2
Suporte partido ou fissurado 2
Montagem incorrecta 2
Danos exteriores 1
4 - Braços de suspenção e barras estabilizadoras
4.1 - Barras estabilizadoras
Ausência quando prevista 2
Elementos ou casquilhos de fixação da barra estabilizadora com folga/fissurados 2
Barra estabilizadora soldada ou fissurada 2
Montagem incorrecta da barra estabilizadora 2
Guarda-pós da barra estabilizadora inexistentes ou em mau estado 1
4.2 - Braços de suspensão
Braços de suspensão danificados ou fissurados 2
Rótulas dos braços de suspensão com folgas 2
Veios ou casquilhos dos braços de suspensão com folgas 2
Deficiente fixação dos braços de suspensão à carroçaria 2
Guarda-pós em mau estado ou inexistentes 1
Braços esticadores com folga (tensores) 2
5 - Sistemas Pneumáticos e hidroelásticos
5.1 - Sistemas pneumáticos
Ligação à carroçaria, ou ao eixo, deficiente 2
Fugas de ar 2
Veículo desnivelado 2
Componentes em mau estado ou defeituosos 2
Pressão de funcionamento insuficiente 2

Classificação e Características de Veículos Pesados A.7


Anexos

5.2 - Sistemas hidroelásticos


Fugas de óleo 2
Incorrecto funcionamento do comando manual 2
Montagem incorrecta de componentes 2
6 - Ensaio de eficiência para veículos ligeiros (a)
Diferença de eficiência entre duas rodas do mesmo eixo superior a 30 % 2
Suspensão anormalmente ruidosa 1
7 - Jantes
Mais de um tipo de jantes no mesmo eixo 2
Deformações localizadas que não ponham em causa o equilíbrio da roda nem
a montagem do pneu 1
Deformações localizadas que ponham em causa o equilíbrio da roda ou a
montagem do pneu 2
Empeno 2
Fissuras 2
Soldaduras de recuperação 2
Corrosão excessiva 2
Fixação com deficiência de carácter permanente (ex. furos, ovalisados) 2
Dimensão (largura e, ou diâmetro) não de acordo com o pneu 2
8 - Pneus
Mais que um tipo de estrutura dos pneus 2
No mesmo eixo, mais que um tipo de pneu 2
Profundidade das ranhuras do piso inferior aos valores mínimos legais 2
Cortes ou fissuras que ponham à vista ou alcançam a carcaça 2
Pisos com sinais de reabertura de ranhuras (salvo em pneus regrovable) 2
Deformações convexas (salientes) na superfície das paredes laterais 2
Falta das marcações regulamentares incluindo a da homologação 2
Dimensão não contemplada no livrete e diâmetro exterior diferente em mais de 5% 2
Largura inferior à que consta do livrete 2
Capacidade de carga incorrecta 2
Categoria de velocidade incorrecta 2
Sentido ou posição de montagem incorrecto 2
Impossibilidade de manutenção da pressão correcta do ar 2
9 - Rolamentos das rodas
Folga excessiva 2
Fuga de lubrificante 1
10 - Transmissão
Guarda-pós em mau estado 1
Rolamentos ou uniões com folga exagerada 2
Elementos de fixação ou protecções deficientes 2
Fuga de fluído lubrificante 1

Nota complementar:

a)Aplicável a veículos ligeiros cuja tara ou peso bruto não ultrapassem 2.800 kg.

A medição dos valores relativos da eficiência, expressa nos registos informatizados do


respectivo equipamento, deve constar dos relatórios de inspecção a partir de 1 de Julho
de 1999.

A.8 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

Anexo VI - Quadro e Acessórios do Quadro


Tipo
1 - Quadro e “Chassi”
1.1 - Estado geral
Deformação ou empeno no quadro (longarinas ou monobloco) 2
Longarina fendida 3
Ligação deficiente em longarina ou travessas (soldadura, parafusos, etc.) 2
Corrosão profunda em longarina ou travessa, ou em elementos de fixação 2
Corrosão média em quadro de estrutura simples (chassi) 1
Corrosão média em quadro monobloco 2
Corrosão superficial em quadro monobloco 1
Palas anti-projecção inexistentes quando obrigatórias, ou ineficientes 2
Limpeza insuficiente que dificulte as observações e verificações do inspector 2
1.2 - Reservatório e tubagens de combustível
Fugas de combustível 3
Tampão inadequado 1
Tampão ausente 2
Reservatório danificado 2
Montagens ou fixações não regulamentares 2
Tubagem ou elementos de fixação deformados, partidos ou deteriorados 1
Ausência de dístico identificativo GPL 2
Reservatório de GPL não regulamentar nomeadamente ausência de chapa
de características 2
1.3 - Dispositivos anti-encastramento (lateral e retaguarda)
Ausência ou forma, dimensões ou fixação não regulamentares 2
Empeno, soldaduras deficientes ou fendas 1
1.4 - Suporte da roda de reserva
Ausência ou fixação deficiente 2
1.5 - Dispositivo de reboque
Montagem ou dispositivo não regulamentar ou com folgas, desgaste ou
reparações precárias 2
Ligação deficiente ao quadro (aperto, fissuras, empeno, reforço, etc.) 2
Dispositivo de ligação eléctrica ausente ou defeituoso 2
Dispositivo de ligação eléctrica mal colocado ou mal fixado 1
2 - Cabine e carroçaria
2.1 - Estado geral
Corrosão média ou profunda em elemento resistente 2
Corrosão superficial em elemento resistente 1
Deformação num elemento resistente 2
Deformação com arestas vivas 2
Saliências agressivas não regulamentares (frisos, ou outros acessórios), exteriores
ou interiores interiores 2
Pára-choques em mau estado (sem saliências agressivas) 1
Comando ou funcionamento deficiente para abertura e fecho de vidros 1
Protecção (pintura) deficiente ou incompleta 1
2.2 - Fixação
Elementos de ligação ou fixação deteriorados ou incorrectos 2
2.3 - Portas e fechos (inclui tampas de motor e bagageira)
Dificuldade de abertura ou fecho 1
Mau funcionamento que ponha em causa a segurança 2
2.4 - Fixação da bateria
Aperto deficiente 1
Fixação deficiente ou suporte corroído 2
2.5 - Fixação do motor

Classificação e Características de Veículos Pesados A.9


Anexos

Apoio deteriorado ou ineficiente 2


2.6 - Piso do habitáculo e do compartimento de carga
Mau estado sem perigo 1
Mau estado com perigo 2
2.7 - Antepara
Ausentes ou não regulamentares 2
Fixação deficiente ou deteriorada 1
2.8 - Bancos
Mecanismo de regulação do banco do condutor não funcional ou com revestimento
em mau estado 1
Fixação deficiente ou estrutura deformada 2
2.9 - Degraus e estribos
Danificados ou com superfície do revestimento pouco aderente 1
Ausência 2

A.10 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

Anexo VII - Equipamentos Diversos


Tipo
1 - Cintos de segurança
Falta de um ou mais cintos de segurança 2
Fixações deficientes ou precintas deformadas ou gastas, ou mau funcionamento
dos fechos 2
Pretensor ou absorvedor de energia que já tenha sido activado 2
2 - Extintor
Ausência, não adequado ou com prazo de validade ultrapassado 2
Fixação deficiente ou local de fixação inadequado (bem visível e fácil acesso) 1
3 - Dispositivos anti-roubo
Ausência quando obrigatório 2
Funcionamento deficiente 1
4 - Triângulo de pré-sinalização
Ausência ou não funcionalidade 2
Não homologado ou não aprovado 2
Mau estado geral 2
5 - Caixa de primeiros socorros
Ausência quando regulamentada 2
6 - Calços de roda
Ausência quando obrigatória (de acordo com RPE) 1
7 - Caixa de ferramenta
Ausência quando regulamentada ou incompleta 1
Ausência ou não funcionamento 2
Avisador pneumático sem comutação para avisador de utilização urbana 2
Funcion amento deficiente 1
9 - Velocímetro e conta-quilómetros
Ausência ou com escala em milhas 2
Funcionamento deficiente 1
10 - Tacógrafo
Ausência quando obrigatório 2
Ausência da chapa de instalação, ausência de selagem ou controlo caducado 2
Funcionamento deficiente 1
11 - Limitador de velocidade
Ausência da chapa de instalação, quando obrigatório 2
Ausência de selagem, quando prevista 1
12 - Todos os equipamentos e acessórios
Não homologados ou sem marca de homologação quando obrigatória 2

Classificação e Características de Veículos Pesados A.11


Anexos

Anexo VIII - Perturbações


Tipo
1 - Deficiências gerais
Fugas nas condutas ou silenciador 2
Ausência de silenciador 2
Reparações precárias ou suportes deficientes 1
Montagem deficiente 2
2 - Emissões de escape para motores de ignição por faísca (Gasolina)
2.1 - Emissões não controladas Teor de CO
2.1.1 - Para veículos matriculados antes de 01-10-1986
Teor CO superior a vol. % 7 2
Teor CO superior a vol % 5,5 e inferior a vol.% 7 inclusivé 1
2.1.2 - Para veículos matriculados a partir de 01-10-1986
Teor CO superior a vol% 5,5 2
Teor CO superior a vol% 3,5 e inferior a vol% 5,5 inclusivé 1
2.1.3 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1993
Teor CO superior a 3,5 vol % 2
2.2 - Emissões controladas - Teor CO e medições
2.2.1 - Para veículos matriculados antes de 01-01-1993
Com o motor em marcha lenta
Teor CO superior a vol.% 1 2
Teor CO superior a vol % 0,5 e inferior a 1 vol. % inclusivé 1
Com o motor moderadamente acelerado ( rotações > 2000 r.p.m.)
Teor CO superior a 0,6 vol.% 2
Teor CO superior a 0,3 vol % e inferior a 0,6 vol. % inclusivé 1
Valor de fora do intervalo 1 + 0,03 (excepto quando indicação em contrário
do construtor) 2
2.2.2 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1993
Com o motor em marcha lenta
Teor CO superior a 0,5 vol. % 2
Com o motor moderadamente acelerado ( rotações > 2000 r.p.m. )
Teor CO superior a 0,3 vol % 2
Valor de fora do intervalo 1 + 0,03 (excepto quando indicação em contrário do construtor ) 2
3 - Emissões de escape para motores com ignição por compressão (Gasóleo)
3.1 - Para veículos matriculados antes de 01-01-1980
3.1.1 - Motores de aspiração natural
Opacidade superior a 4,5 m -1 2
Opacidade superior a 4 m-1 e inferior a 4,5 m-1 inclusivé 1
3.1.2 - Motores sobrealimentados
Opacidade superior a 5,0 m-1 2
Opacidade superior a 4,5 m-1 e inferior a 5,0 m-1 inclusivé 1
3.2 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1980
3.2.1 - Motores de aspiração natural
Opacidade superior a 3,0 m-1 2
Opacidade superior a 2,5 m -1 e inferior a 3,0 m-1 inclusivé 1
3.2.2 - Motores sobrealimentados
Opacidade superior a 3,5 m-1 2
Opacidade superior a 3,0 m -1 e inferior a 3,5 m-1 inclusivé 1
3.3 - Para veículos matriculados a partir de 01-01-1993
3.3.1 - Motores de aspiração natural
Opacidade superior a 2,5 m-1 2
3.3.2 - Motores sobrealimentados
Opacidade superior a 3,0 m-1 2

A.12 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

4 - Emissões relativas ao óleo de lubrificação


Emissões generalizadas de óleo (“motor babado”) 2
Emissões pequenas de óleo em juntas secundárias 1
Emissões de óleo do carter, em juntas a ele associadas directamente, ou grandes
emissões localizadas 2
Emissões de vapores, de óleo provenientes do carter ou do reservatório de óleo 2

Classificação e Características de Veículos Pesados A.13


Anexos

Anexo IX - Controle Suplementar de Veículos de Transporte Público

1 - Saídas de emergência
Não regulamentares 2
Sinalização incorrecta ou ilegível 2
Sinalização pouco visível 1
Falta do comando de emergência, ou não sinalizado, em portas com abertura
pneumática ou hidráulica 2
Falta de martelos 1
2 - Ventilação e aquecimento
Falta ou mau funcionamento do desembaciador de pára-brisas 1
Deficiências em elementos do sistema de ventilação 1
Falta ou funcionamento deficiente do sistema de ar condicionado 2
3 - Bancos
Disposição não regulamentar ou fixação deficiente dos bancos 2
Mau estado de conservação da estrutura ou revestimento dos bancos 2
4 - Iluminação interior
Deficiências em elementos do sistema de iluminação interior 1
5 - Publicidade
Colocação não regulamentar de paineis publicitários 2
Objectos publicitários que interfiram com a visibilidade do condutor 2
6 - Limpeza
Falta de asseio ou conservação de elementos no interior ou exterior 2
7 - Roda de reserva
Ausência 2
8 - Cortinas ou dispositivos equivalentes
Ausência ou mau estado de conservação 1
9 - Sinalização acústica ou luminosa para paragem
Ausência 2
Mau funcionamento 1
10 - Sinalização informativa interior
Ausência ou indicação em local não regulamentar da lotação 1
Ausência ou indicação não regulamentar dos lugares cativos 1

A.14 Classificação e Características de Veículos Pesados


Anexos

Anexo X - Identificação do Veículo


Tipo
1 - Chapas de matrícula
Número ou data não correspondente ao livrete 2
Sem marca de homologação, dimensões não regulamentares ou com arestas
agressivas 2
Fixação incorrecta 2
Materiais deformados sem arestas vivas ou deteriorados 1
2 - Número de quadro
Ausência de gravação no quadro e na chapa do construtor 2
Ausência de gravação com identificação na chapa do construtor 1
Divergência ou impossibilidade de leitura de qualquer caractere 1
Divergência ou impossibilidade de leitura do número de série 2
Indícios de alteração ou viciação 2
3 - Livrete
Indícios de alteração, ou viciação, de qualquer elemento ou deterioração que
impossibilite a leitura 2
Deterioração que não dificulte a leitura 1
Falta de indicação de P.B.R. (com dispositivo de reboque) 1
Divergência de dimensões dos pneumáticos 1
3.1 - Outras divergências que ponham em causa a identificação
Tipo de veículo divergente 2
Tipo de caixa divergente do indicado no livrete 2
Divergência do combustível indicado no livrete 2
Modelo ou cilindrada de motor diferente do indicado no livrete 2
Divergência do reservatório de GPL do indicado no livrete 2
Outras divergências, nomeadamente a cor 1

Classificação e Características de Veículos Pesados A.15

Você também pode gostar