Você está na página 1de 36

GEOMETRIA PLANA

CAPÍTULO 4 – COMO CONSTRUIR A NOÇÃO


DE ÁREAS PARA FIGURAS PLANAS?
Oswaldo Luiz Cobra Guimarães

-1-
Introdução
Nosso principal objetivo neste capítulo é o estudo de um importante conceito da Geometria: a área de figuras
planas. Como faremos isso? Nossa ideia é abordar o assunto de uma forma mais simplificada, facilitando bem a
sua compreensão dos conceitos. Em particular, estaremos interessados em áreas de polígonos.
A ideia de áreas de figuras planas é bem intuitiva. Imagine que você acabou de comprar um terreno. Sua primeira
providência seria murar ou cercar o terreno, certo? Dessa forma, construiria ou formaria uma região fechada em
torno de sua propriedade. O conceito de área está relacionado à medida de uma superfície. A área de uma
superfície, em relação ao nosso exemplo citado, pode ser obtida quando relacionamos quantas unidades de área
correspondem ao terreno. Lembre-se de que podemos afirmar que o terreno possui tantos metros quadrados, ou
seja, nossa unidade de área pode ser m².
Neste capítulo, vamos estudar as figuras planas denominadas polígonos. Será que esse estudo é importante? Será
que polígonos estão presentes em nosso cotidiano? Imagine as abelhas, elas utilizam hexágonos regulares na
construção das colmeias. Estamos cercados de outros objetos e suas diferentes formas: copos de papel, caixas de
papelão são só alguns dos exemplos. Então, é necessário o estudo dessas formas e cabe à Geometria essa função,
em conjunto com outras disciplinas, como o Cálculo. Você sabia que a planta baixa de uma casa é composta de
figuras geométricas planas? Isso mesmo: quadrados, retângulos, círculos e muitas outras. E nessas projeções
estamos interessados no cálculo de áreas e distâncias.
Neste capítulo, vamos fazer a dedução de áreas de alguns polígonos usando a Geometria Euclidiana, ou seja, as
fórmulas serão demonstradas de forma axiomatizada. Além disso, veremos alguns exemplos puramente
algébricos e outros ligados ao nosso cotidiano.
Vale aqui uma definição sobre o método axiomático proposto por Euclides: quando provamos um teorema de
forma axiomática, estamos mostrando que o resultado demonstrado é consequência lógica de uma verdade ou
resultado que já foi provado anteriormente.
Então, vamos começar? Acompanhe a leitura e bons estudos!

4.1 Polígonos Regulares


Você sabia que a Geometria surgiu da necessidade e através da observação humana? Os principais e mais antigos
registros relacionados ao conceito de área estão ligados às medidas realizadas pelos povos da Mesopotâmia e
Egito. Essa importância no cálculo de áreas estende-se até os dias atuais, visto a necessidade de medição de
terras, construções e objetos de nosso cotidiano. Até mesmo em um pequeno frasco de perfume estamos lidando
com formas geométricas. Fainguelernt (1995) realça que:

a Geometria oferece um vasto campo de ideias e métodos de muito valor quando se trata do
desenvolvimento intelectual do aluno, do seu raciocínio lógico e da passagem da intuição e de dados
concretos e experimentais para os processos de absorção e generalização. A Geometria também ativa
a passagem do estágio das operações concretas para o das operações abstratas. É, portanto, tema
integrador entre as diversas partes da Matemática, bem como campo fértil para o exercício de
aprender a fazer e aprender a pensar. Ela desempenha papel primordial no ensino, porque a
intuição, o formalismo, a abstração e a dedução constituem a sua essência (FAINGUELENT, 1995, p.
45).

Dessa forma, o conteúdo deste capítulo tenta conciliar a obtenção e demonstração de fórmulas de áreas de
polígonos, como retângulos, paralelepípedos, triângulos e círculos, que poderiam ser deduzidas
geometricamente (como estamos acostumados no ciclo secundário) com o raciocínio lógico, usando axiomas. São

-2-
formas diferentes de abordagem da mesma disciplina. Na abordagem euclidiana, a partir dos axiomas, chega-se
aos Teoremas, no caso, os axiomas de áreas.
Inicialmente, vamos entender o que é um polígono. Um polígono pode ser definido como uma região fechada no
plano formada por linhas ou segmentos de retas. Esses segmentos definem os lados dos polígonos.
Que tal uma definição mais formal? Vamos lá. Leite e Castanheira (2014) começam definindo o que seria uma
linha poligonal simples: como uma sucessão de segmentos consecutivos de retas, sendo que dois segmentos
somente se interceptam em suas extremidades, não ocorrendo cruzamento dos segmentos de sucessão. Observe
a Figura a seguir.

Figura 1 - Linhas Poligonais.


Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de LEITE; CASTANHEIRA, 2014.

Os autores ainda definem o polígono como figuras geométricas planas que possuem lados, sendo um número
maior que 2. Dessa forma, o triângulo é o polígono com menor número de lados (n = 3). Os polígonos podem ser
classificados como convexos e côncavos. São convexos quando todos os seus ângulos internos são menores do
que 180º, e côncavos quando pelo menos um de seus ângulos internos for maior do que 180º.
Que tal visualizar um exemplo?

-3-
Figura 2 - Polígonos côncavo e convexo.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Será que existe uma forma mais fácil de verificar se um polígono é côncavo ou convexo, sem analisar ângulos?
Existe sim. Observe que quando um polígono é convexo sempre poderemos unir dois pontos internos da região
interna deste polígono por um segmento e este estará dentro da região interna no polígono. Quando o polígono é
côncavo, nem sempre isso é possível. Visto que um polígono é uma região fechada, delimitada por um contorno,
é muito importante definir o perímetro de um polígono. Leite e Castanheira (2014) realçam que o perímetro de
um polígono é obtido pela soma das medidas de todos os lados.
Agora vamos definir alguns elementos importantes que compõem um polígono. Observe a Figura a seguir.

-4-
Figura 3 - Vértices de um polígono.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Os vértices do polígono são os pontos . E os ângulos internos são . Uma


propriedade importante que podemos observar na Figura anterior é que um polígono de vértices possui
lados e ângulos. Outro elemento importante são as chamadas diagonais. Veja a Figura a seguir.

-5-
Figura 4 - Diagonal de um polígono.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Outra propriedade muito importante dos polígonos de lados é que o número de diagonais de um polígono que
podem ser traçadas a partir de um dado vértice é igual a . Vamos também estabelecer que o número
total de diagonais de um polígono é .
Duarte (2015) apresenta uma demonstração interessante para a obtenção do número de diagonais de um
polígono. Observe a tabela a seguir.

-6-
Tabela 1 - Números de diagonais de um polígono.
Fonte: DUARTE, 2015, p. 41.

O autor realça que seguindo o ritmo das demonstrações, para lados de um polígono, e se verificando para
, a fórmula de número de diagonais de um polígono irá ser válida para qualquer número natural de
lados, dada pela expressão .
Vamos melhorar essa demonstração com um caso: o heptágono.

-7-
Figura 5 - Heptágono.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

O heptágono possui 7 vértices. Por cada vértice podemos traçar 3 diagonais. A diagonal FD é a mesma diagonal
DF. Dessa forma, temos que o número de diagonais de um polígono sempre será dividido por 2.
Para cada vértice, e tomamos como exemplo o , teremos que subtrair o próprio vértice e dois segmentos, FG
e FE, visto que cada vértice não pode se conectar com ele mesmo e com dois vértices vizinhos. Esses vértices
vizinhos seriam lados e não diagonais. Para o heptágono, teríamos: n = 7 lados e 7 vértices. Em cada vértice,
teríamos 7 - 3 = 4 diagonais.
Como são 7 vértices, e lembrando que teremos que dividir por 2, o número de diagonais para o heptágono será:
. A demonstração utilizada pelo autor é denominada Princípio da Indução Finita.

-8-
VOCÊ QUER LER?
Acesse o endereço: <https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=76575> e você
terá acesso a um excelente material sobre o princípio de indução matemática aplicado a
conteúdos matemáticos do ensino médio (DUARTE, 2015).

Agora observe a Figura a seguir. Ela lhe ajudará a compreender as fórmulas sobre diagonais de polígonos.

Figura 6 - Diagonais de polígonos.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Você já ouviu ou ler algo sobre polígonos regulares. Será que é fácil defini-los? Para isso, vamos analisar duas
classificações: polígonos equiláteros e polígonos equiângulos. Um polígono é dito regular quando ele é equilátero
e equiângulo.

-9-
4.1.1 Polígonos Equiláteros

Um polígono é dito equilátero quando possui todos os seus lados congruentes, ou seja, com a mesma medida.
Que tal alguns exemplos? O primeiro que, provavelmente, vem a sua mente é o triângulo equilátero. O quadrado
é outro exemplo de polígono equilátero. Podemos citar também o hexágono regular.

VOCÊ QUER VER?


Veja uma animação que possibilitará a compreensão dos diferentes polígonos existentes, em
que você será capaz de classificar elementos como ângulos internos, lados e diagonais (LIZ,
2018). Acesse em: <https://www.geogebra.org/m/UvJX2Zy9>.

Embora não seja objeto de estudo desta disciplina, podemos realçar a importância do estudo de polígonos
equiláteros na Geometria Espacial, quando estudamos as pirâmides e os prismas. Suas propriedades são
utilizadas na obtenção de volumes desses sólidos espaciais geométricos.

4.1.2 Polígonos Equiângulos

Um polígono é dito equiângulo quando possui todos os seus ângulos internos congruentes. Temos como
exemplos: o triângulo equilátero, o quadrado e o hexágono regular. Podemos definir duas importantes
propriedades relacionadas a ângulos de polígonos. A soma dos ângulos internos de um polígono pode ser dada
pela fórmula , onde representa o número de lados do polígono e S a soma dos ângulos
internos.
Vamos à dedução dessa fórmula. Inicialmente, vamos provar que a soma dos ângulos internos de um triângulo é
igual a S = 180º. Veja o triângulo ABC.

Figura 7 - No triângulo ABC, é traçada, no vértice B, uma reta paralela ao lado AC.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

- 10 -
Observe que .

Figura 8 - AB é transversal à reta r e ao lado AC, situação de ângulos alternos.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Dessa forma, teremos: , ou seja, a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180º.
Agora, observe a Figura com um polígono de vértices.

- 11 -
Figura 9 - Polígono de vértices.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Ligando o centro do polígono a todos os vértices teremos triângulos. Como já provado, a soma dos ângulos
internos de um triângulo é igual a 180º. A soma dos ângulos internos dos triângulos menos o valor do ângulo
central será equivalente à soma dos ângulos internos do polígono:

A soma dos ângulos externos de um polígono, no plano, é sempre igual a 360º. Dada a definição de polígonos
equiângulos e equiláteros, podemos estabelecer a nomenclatura que depende dos critérios de classificação: em
função do número de lados ou em função do número de ângulos. Para isso, considere o Quadro a seguir.

- 12 -
Quadro 1 - Nomes de alguns polígonos de acordo com o número de lados ou ângulos.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Aqui vale uma observação: a partir de n = 5, podemos acrescentar a extensão regular ao polígono quando os
lados e ângulos forem congruentes.
Vamos agora definir mais alguns elementos de um polígono.
Raio de um polígono
Observe a Figura de um octógono regular:

- 13 -
Figura 10 - Raio do polígono.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Temos que o raio r da circunferência na qual está inscrito o polígono é determinado raio do polígono regular.
Apótema
O apótema do polígono regular é definido como o segmento de reta que une o centro do polígono ao ponto médio
de um dos lados do polígono.

Figura 11 - Apótema de um polígono.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Ângulo central do polígono

- 14 -
Seja um polígono de lados. O ângulo central é definido como o ângulo cujo vértice está no centro da
circunferência (DOLCE; POMPEO, 1997).
Nessa circunferência, podemos inserir o polígono e dizer que ele está inscrito à circunferência. Os lados do
ângulo central passam por dois vértices consecutivos deste polígono. A medida do ângulo central é e,
na fórmula, representa o número de lados do polígono. Observe a Figura.

Figura 12 - Ângulo central de um polígono.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Ângulos internos
O polígono regular apresenta a característica que todos os seus ângulos internos são congruentes. Para um
polígono com lados, o valor do ângulo interno é .
Na fórmula, representa o número de lados do polígono.

- 15 -
Figura 13 - Ângulos internos de um polígono.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018

Observe que a aplicação das fórmulas é de ação bem direta, ou seja, não estão relacionadas a extensos cálculos
algébricos.

VOCÊ SABIA?
Interessante observar que existe uma fórmula que determina a área de qualquer polígono
regular. E, é claro, isso facilita muito o cálculo de áreas. A fórmula é:

Em que representa o número de lados do polígono, a representa a medida do apótema e L a


medida do lado do polígono.

Aqui, neste ponto de nosso estudo, vale definir dois pontos: superfícies congruentes são aquelas que possuem a
mesma área; quando as superfícies possuem a mesma área também são denominadas equivalentes.

4.2 Axiomas sobre áreas


Um axioma pode ser entendido como algo que não pode ser questionado, sendo uma premissa inquestionável
que fundamenta uma teoria ou demonstração matemática. Por ser uma verdade inquestionável, o axioma não
precisa de demonstrações.

- 16 -
Que tal um exemplo de axioma matemático? Os conceitos primários ou básicos da Geometria são axiomáticos,
por exemplo: pode-se traçar uma única reta ligando quaisquer dois pontos. Essa afirmação é um axioma
matemático de Euclides.

VOCÊ QUER LER?


Quer conhecer quais são Os Elementos de Euclides? Leia a página 19 deste material sobre os
fundamentos da Geometria Euclidiana (PICCIONE, 2008): <https://www.ime.usp.br/~piccione
/Downloads/geo-paolo.pdf>.

Antes de tratar os axiomas de áreas, vamos a algumas definições.


Definição 1: seja um plano e uma região triangular pertencente a este plano. Esta região pode ser
definida como sendo o conjunto dado pela união de todos os segmentos, de tal forma que as
extremidades dos segmentos pertençam a esta região triangular.
Se temos um triângulo ABC, façamos representar a região triangular e representar a área da
região triangular. Temos também que a fronteira de uma região triangular é o triângulo que define essa região.
Podemos definir o interior de uma região triangular como o conjunto de pontos dessa região, exceto sua
fronteira. A Figura a seguir apresenta essas definições.

Figura 14 - Definições triangulares.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Vamos, a partir de agora, abordar um pouco sobre axiomas de áreas. Para começar, lembre-se de que a medida
de área é um número positivo.
Axioma de área 1: a cada região R poligonal está associada um único número real positivo denotado por
.
Axioma de área 2: se uma região R é formada por outras duas regiões, e , interceptam-se no máximo
em um número finito de pontos, não tendo pontos interiores em comum, temos que
.
Axioma de área 3: se dois triângulos são congruentes, as regiões que são determinadas por eles possuem
a mesma área. Sabemos da Geometria Euclidiana que dois triângulos congruentes possuem alturas
correspondentes também congruentes.
Axioma de área 4: a área de um quadrado é o produto da medida de seus lados.
Agora, observe a Figura.

- 17 -
Figura 15 - Área de quadrados.
Fonte: MACHADO, 2012, p. 116.

Temos que o Postulado da unidade de áreas nos diz que a área da superfície de um quadrado é o quadrado da
medida do lado (PESCO; ARNAUT, 2008).
Axioma 5: seja um quadrado com vértices ABCD, cujo lado possui valor igual a 1, sua área é R (ABCD) = 1.

VOCÊ QUER VER?


O vídeo Azulejos de Alhambra (NELSON, 1994) mostra a relação da decoração interna do
palácio de Alhambra, na Espanha, com os polígonos. Você verá uma abordagem do tema
polígonos apresentando seu conceito, os chamados polígonos convexos e, principalmente, a
definição dos elementos das regiões poligonais. Assista em: <https://www.youtube.com
/watch?v=SQtE3-Rz5x8>.

Realçamos que o método dedutivo de Euclides é baseado em axiomas. Pense bem: ao longo de sua vida
estudantil, você já estudou muita coisa sobre Geometria, tem domínio sobre o Teorema de Pitágoras, sabe
calcular áreas por fórmulas geométricas, certo? Esses anos de estudo deram a você a noção de semelhança, de
congruência e a aceitar fatos como, por exemplo, uma reta é determinada por dois pontos distintos, ou que a
menor distância entre dois pontos é uma reta. Os axiomas nos auxiliam a entender elementos primitivos, como
pontos, retas e planos. Interessante realçar que quando nos referimos à área de um polígono, estamos nos
referindo à área da respectiva superfície (PESCO; ARNAUT, 2008). Com o conhecimento sobre axiomas, vamos
continuar nosso estudo abordando, no próximo tópico, as áreas de alguns importantes polígonos.

- 18 -
4.3 Áreas de Polígonos
Quando estudamos um conceito matemático temos a errônea ideia de que a Matemática e, em particular, a
Geometria, é algo puramente abstrato, sem aplicação prática. Como já salientamos, é uma visão inadequada.

CASO
Imagine que você está construindo sua casa e deseja colocar ladrilhos especiais, um pouco
mais caros, em sua sala de jantar. Você foi à loja de material de construção e o vendedor
perguntou quantos ladrilhos você desejaria comprar. Munido de uma caneta e papel, você fez
os cálculos.
A sala mede 4 metros por 5,5 metros, portanto, possui a forma retangular. Lembrando que a

área de um retângulo é o produto das dimensões da sala, você chegou a .O


vendedor informou que o piso ou ladrilho era uma peça quadrada de lado 0,25 m. Então, você

calculou a área do ladrilho: .


Finalmente, dividiu as áreas e obteve a quantidade de ladrilhos que deveria comprar:

ladrilhos.

Diversos matemáticos ao longo da História contribuíram para os conceitos abordados pela Geometria e Desenho
Geométrico. Aproximadamente em 300 a.C., Euclides de Alexandria, conhecido como o pai de Geometria,
proporcionou uma organização lógica, compilando conhecimentos geométricos em uma obra de treze livros,
denominado “Os Elementos”. Até os dias atuais, a Geometria que se estuda nas escolas é oriunda dessa obra.

VOCÊ SABIA?
A informática é uma importante ferramenta auxiliar no entendimento de inúmeros conceitos
matemáticos, inclusive geométricos e de desenhos de figuras geométricas. O GeoGebra é um
excelente software com características dinâmicas em que você pode interagir com os
elementos geométricos criados no ambiente desse programa matemático. Acesse o site e
explore suas funções: <https://www.geogebra.org/download?lang=pt>.

Na sequência, vamos demonstrar as fórmulas de áreas de alguns polígonos, usando os chamados axiomas de
áreas.

- 19 -
4.3.1 Áreas de Retângulos

Um retângulo pode ser definido como um quadrilátero que possui os 4 ângulos retos e lados opostos de iguais
medidas. Para calcular a área de um retângulo, vamos considerar a região dada pela Figura a seguir.

Figura 16 - Demonstração de área de retângulo.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Vamos fazer com que a região R seja dada por , sendo uma região retangular.
Teremos:

Observe os quadrados que foram construídos na Figura .


Temos também o quadrado Q = DGIF, com lado medindo . As regiões são dadas por:

Note que as regiões não possuem pontos interiores em comum. Dessa forma, temos que:

Temos R = ABCD. A área da região Q é a soma das áreas das regiões com i = 1,2,3,4:
. Observe que são dois retângulos congruentes ao retângulo ABCD.
Portanto: . Temos também que:

- 20 -
Vamos substituir esses valores em e teremos:

Desenvolvendo o quadrado, teremos:

Simplificando:

Dessa forma, a área do retângulo é obtida multiplicando-se a medida dos comprimentos dos lados. Você deve ter
percebido semelhanças e diferenças entre duas importantes figuras geométricas estudadas até agora: quadrados
e retângulos.
Souza e Garcia (2016) definem que um retângulo é todo quadrilátero que possui os quatro ângulos internos
retos. Quadrado é todo quadrilátero com os quatro ângulos internos retos e os quatro lados com as mesmas
medidas. Assim, o quadrado é um caso particular do retângulo. Observe que são figuras geométricas que
possuem a “mesma forma” e, dessa maneira, suas superfícies possuem a mesma relação de áreas: base que
multiplica altura. Interessante, não?
Finalmente, podemos estabelecer o teorema:
Teorema área do retângulo: a área do retângulo é o produto de sua base pela altura.

VOCÊ O CONHECE?
O matemático austríaco Georg Alexander Pick (1859 – 1942) estabeleceu, em 1899, o Teorema
de Pick, afirmando que a área de um polígono que possui vértices em pontos de uma rede de
pontos é expressa pela função: . Na fórmula, representa o número de pontos
da rede de pontos situado sobre a fronteira ou bordo do polígono e , o número de pontos
existentes na região interna poligonal.

Souza e Garcia (2016) apresentam uma aplicação interessante e do cotidiano da fórmula de Pick, que, na
verdade, é uma aproximação de áreas reais. Essa fórmula permite o cálculo aproximado de áreas em mapas
geográficos. Os autores apresentam um mapa geográfico do estado de Santa Catarina, como você pode ver na
Figura.

- 21 -
Figura 17 - Mapa de Santa Catarina.
Fonte: SOUZA; GARCIA, 2016, p. 161.

Para estimar a área do Estado pelo método de Pick, vamos construir uma rede de pontos sobre o mapa, de tal
forma que a menor distância entre dois pontos seja igual a 1 cm. Depois, vamos traçar um polígono com vértices
na rede que se assemelhe ao desenho do Estado no mapa geográfico.
Qual seria a área do Estado de Santa Catarina, aproximada, pela fórmula de Pick? A distância entre os pontos de
sua malha poligonal é de uma unidade de comprimento. A borda de sua região poligonal deve ser uma região
fechada que pode ser percorrida sem passar por duas vezes pelo vértice do polígono. Analisando o mapa,
teremos:

Visto que a escala no mapa é de 1 para 72 km, temos que a área aproximada é:

A área estimada pelo IBGE, segundo os autores, é de 95346,181 km2. Uma aproximação interessante.

4.3.2. A área do paralelogramo

O paralelogramo é um polígono de quatro lados (quadrilátero), no qual os lados opostos são paralelos. Vamos
chamar um dos lados do paralelogramo de base e definiremos a altura como sendo o segmento comum à base e
ao lado oposto ou ao prolongamento do mesmo, sendo perpendicular a esses dois. Observe a Figura:

- 22 -
Figura 18 - Paralelogramo ABCD.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Vamos agora prolongar os lados do paralelogramo.

Figura 19 - Paralelogramo ABCD com lados prolongados.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Na Figura, podemos observar os seguintes elementos do paralelogramo ABCD:

- 23 -
Vamos fazer com que . Observe que nosso paralelogramo está dentro, isto é, contido em um
retângulo nomeado como AEFC. Pela Figura, observamos que os triângulos nomeados como ADF e CBE são
congruentes. Logo, temos que: . Por outro lado, .
Então, do Axioma 2, temos que:

Agora, vamos considerar um retângulo de vértices BECG. A base será e altura , conforme mostra a Figura a
seguir.

Figura 20 - Paralelogramo ABCD e retângulo BECG.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Temos agora a diagonal BC dividindo o retângulo BECG nos triângulos CBE e BGC, que são congruentes. Também
são congruentes ao triângulo ADF. Portanto, . Usando o Axioma 2, teremos:

Visto que , teremos que:

Teremos também que . Dessa forma, .


Observe que e que . Visto que , teremos:

Portanto, a área do paralelogramo que possui base e altura é . Com isso,


chegamos ao teorema:
Teorema da área do paralelogramo: a área do paralelogramo é igual ao produto de sua base por sua
altura.
Podemos também estabelecer algumas propriedades importantes do paralelogramo: as diagonais se cortam no
ponto médio; os ângulos opostos são congruentes; dois ângulos consecutivos somam 180º; e seus lados opostos
são paralelos.

- 24 -
VOCÊ QUER LER?
Em “Áreas e Aplicações em Geometria” (LOPES, 2017), você encontrará uma revisão sobre as
áreas das principais figuras planas, além de uma prova do Teorema de Pitágoras por áreas. O
texto apresenta também uma fórmula prática para o cálculo de áreas de triângulos: Método de
Heron. Acesse em: <https://www.obm.org.br/content/uploads/2017/01
/areas_e_aplicacoes_em_geometria.pdf>.

Interessante observar que a área do paralelogramo pode ser obtida pela soma das áreas de dois triângulos.
Veremos o cálculo da área do triângulo no próximo item de nosso aprendizado.

4.3.3 Área de Triângulos

Vamos agora, usando axiomas, fazer a dedução da fórmula do triângulo. Para isso, analise a Figura:

Figura 21 - Triângulo ABC.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Nosso objetivo é determinar a área do triângulo ABC. Observe que a base do triângulo é e vamos fazer com
que o comprimento dessa base seja igual a . A altura é determinada pelo segmento com medida igual a . A
área compreendida por esse triângulo apresenta-se na cor amarela. Vamos traçar duas retas paralelas a partir
dos vértices e C, o que nos conduzirá à região em azul da Figura. Teremos, portanto, o paralelogramo ABCD.
Façamos com que as medidas sejam e .

- 25 -
O Axioma 2 nos diz que se uma região R é formada por outras duas regiões, R1 e R2, que se interceptam no
máximo em um número finito de pontos, não tendo pontos interiores em comum, temos que
.
Dessa forma, teremos que:

Visto que a região ABCD determina um paralelogramo e já provamos que , portanto:


.
E assim chegamos ao teorema que nos diz o seguinte:
Teorema área do triângulo: a área do triângulo é a metade da área do paralelogramo.

VOCÊ QUER LER?


Para saber um pouco mais sobre polígonos, seus elementos e suas propriedades, o material
“Geometria I” (PINHO; BATISTA; CARVALHO, 2010), produzido pelo Laboratório de Novas
Tecnologias - LANTEC/CED, da Universidade de Santa Catarina, traz uma abordagem com
notação matemática diferente da adotada neste capítulo, bem como uma série de exemplos e
exercícios sobre áreas de polígonos. Leia em: <http://www.mtm.ufsc.br/~ebatista
/Eliezer_Batista_arquivos/MTM_Geometria_I_WEB.pdf>.

Como consequência da área do triângulo, podemos determinar a fórmula de um triângulo equilátero. Sabemos
da Geometria que a área do triângulo equilátero é:

Na fórmula, representa a medida do lado do triângulo equilátero. Vamos lembrar que o triângulo equilátero é
aquele que possui os 3 lados congruentes, ou seja, com as mesmas medidas. Para a demonstração da fórmula,
analise a Figura.

- 26 -
Figura 22 - Triângulo equilátero ABC.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

O segmento CM é perpendicular ao segmento AB. Vamos fazer a aplicação do Teorema de Pitágoras no triângulo
AMC e assim teremos:

Já provamos que a área do triângulo é . Dessa forma, chegamos à área do triângulo equilátero:

Como um assunto adicional neste capítulo, vamos acrescentar a dedução axiomática de áreas de mais algumas
figuras. Vamos estudar a área de um losango.

- 27 -
Figura 23 - Dedução da área do losango.
Fonte: PESCO; ARNAUT, 2008, p. 227.

Observe na Figura a diagonal BD. Essa diagonal faz uma divisão do losango nos triângulos ABD e CDB. Vamos
utilizar o axioma de adição de áreas e teremos:

Então, podemos estabelecer:


Teorema da área dos losangos: a área do losango é igual ao produto da medida de suas diagonais.
E, finalmente, vamos fazer a demonstração da dedução da área de outra importante figura geométrica: o
trapézio. Para isso, veja a Figura a seguir:

Figura 24 - Trapézio ABCD.


Fonte: PESCO; ARNAUT, 2008, p. 227.

Novamente, como fizemos em outras demonstrações, vamos fazer uma decomposição de áreas dessa região
poligonal, dividindo-a nos triângulos ADC e ABC.

- 28 -
Figura 25 - Trapézio ABCD dividido em dois triângulos.
Fonte: PESCO; ARNAUT, 2008, p. 227.

Usando o axioma de soma das áreas, teremos:

E, assim, temos o teorema da área dos trapézios.


Teorema da área dos trapézios: a área de um trapézio é igual ao produto da medida de sua altura pela
soma de suas bases, divido por 2.
Observe que na demonstração axiomática de áreas de polígonos regulares temos fortemente o uso do axioma de
adição de áreas, que pode ser entendido geometricamente como uma decomposição de áreas.
Interessante que quando dois polígonos são semelhantes, a razão entre a medida de seus lados correspondentes
é igual. Veja dois triângulos semelhantes.

Figura 26 - Triângulos semelhantes.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

- 29 -
Visto que temos (~ lê-se semelhante):

Onde k é uma razão de semelhança.


Calculando a razão entre as áreas dos dois triângulos, teremos:

A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança.
Essa razão ocorre para quaisquer duas superfícies semelhantes, o que nos leva ao teorema:
Teorema da razão de semelhança entre áreas de figuras planas: a razão entre as áreas de dois polígonos
semelhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança entre estes polígonos.
Muito bem, agora que vimos as áreas de figuras planas, vamos para mais uma figura geométrica: o círculo.

4.4 Área de Círculos


Vamos estudar um pouco sobre áreas de círculos. Um texto sobre Geometria e desenho geométrico não seria
completo sem o estudo dessa importante figura. Vale destacar que o círculo não é uma região poligonal e a
circunferência não é um polígono.

4.4.1 Composição de áreas

Machado (2012) apresenta uma interessante dedução sobre a área de círculos por meio de composição de áreas.
Para determinar a área do círculo vamos usar um artifício: preencher o círculo com regiões poligonais e fazer o
total dessas regiões cobrirem a área do círculo usando um processo de limites, ou seja, fazendo com que o
número de regiões poligonais tenda ao infinito. Observe a Figura:

- 30 -
Figura 27 - Círculo e regiões poligonais.
Fonte: MACHADO, 2012, p. 123.

Vamos marcar na circunferência os pontos , . Observe que são formados n triângulos


com centro na origem da circunferência. Então, seja a área do polígono dada por:

Temos que: .
É intuitivo que a área do polígono se aproxima da área do círculo quando o número de triângulos tende a
infinito. Matematicamente, teremos:

Sabemos que a área de um triângulo é o produto de sua base pela altura, então a área de cada triângulo é:
, em que vamos supor que todos os triângulos possuem base e altura .
Teremos, portanto:

Quando , temos que e .


Teremos, portanto, , que é a área do círculo em função do raio e comprimento da
circunferência.

- 31 -
VOCÊ QUER LER?
“A Área do Círculo: Atividades Experimentais” é um material sobre atividades experimentais
envolvendo a dedução e compreensão de área de círculos, utilizando uma excelente
metodologia para ensino e compreensão desse importante conceito matemático (LAMAS,
2008). Confira em:
<http://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/Matematica/a-area-do-circulo-
atividades-experimentais---prof-rita.pdf>.

Realçamos aqui a diferença conceitual entre círculo e circunferência. O termo círculo refere-se a uma região no
plano e o termo circunferência à linha limítrofe que delimita área circular dessa região.

4.4.2 Setor e segmento circular

Um setor circular é a região de um círculo determinada com vértice no ângulo central do círculo e segmentos que
tocam dois pontos da circunferência.

Figura 28 - Setor Circular.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

- 32 -
Pesco e Arnaut (2008) definem setor circular como sendo, em um plano, o conjunto dos pontos comuns ao
círculo e ao setor circular. Vamos deduzir a fórmula da área do setor circular utilizando uma Regra de 3 simples.
Sabemos que a área do círculo é . Quando multiplicamos o ângulo central por , aumentamos vezes
a área do setor circular.

Aplicando o produto dos extremos desta proporção, teremos:

Dessa forma, a área do setor circular é:


, para ângulos em radianos.
Onde r é o raio da circunferência.
A área do setor circular é diretamente proporcional à medida do ângulo central . Vamos definir o segmento
circular. Para isso, observe a Figura a seguir:

Figura 29 - Segmento Circular.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

Na Figura, o comprimento do setor circular é dado por L. A área do segmento circular pode ser obtida por:

Portanto, a área do segmento circular é .

- 33 -
VOCÊ QUER LER?
O projeto “Descomplicando a Matemática: utilização de atividades lúdicas no ensino de
Geometria Plana” (EGEA, 2014) traz mecanismos de análises de figuras geométricas por meio
de Tangran e outras atividades lúdicas. Acesse em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014
/2014_uem_mat_pdp_lairce_pereira_higino_egea.pdf>.

Como uma extensão de nossos estudos, vamos à demonstração de outra importante figura geométrica: a coroa
circular.

Figura 30 - Coroa Circular.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.

- 34 -
A área da coroa circular pode ser determinada por meio do cálculo da diferença entre as áreas dos círculos de
raio R e raio r. Lembre-se de que já demonstramos a área do círculo e, pelo axioma das somas das áreas, teremos:

E, assim, chegamos a mais um teorema:


Teorema da área da coroa circular: a área da coroa circular é .
Com isso, você pode ver a demonstração de como calcular áreas de importantes figuras planas a partir de
axiomas da Geometria Euclidiana.

Síntese
Chegamos ao final deste capítulo. Agora, você já conhece os princípios do pensamento dedutivo proposto e
desenvolvido por Euclides: o pensamento geométrico axiomático, relativo às áreas de polígonos.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• utilizar axiomas para a dedução de fórmulas de áreas de regiões poligonais;
• deduzir de forma axiomática fórmula de áreas de importantes figuras da Geometria, como retângulos,
paralelogramos, triângulos, círculos, setor circular e segmento circular;
• identificar os elementos pertencentes ao elemento polígono, como ângulos centrais, ângulos internos e
diagonais, estabelecendo importantes fórmulas que nos permitem calcular estes valores geométricos;
• aprimorar sua capacidade de dedução de fórmulas relacionadas a áreas de polígonos, utilizando os
axiomas de áreas como base de argumentação.

Bibliografia
DOLCE, O.; POMPEO, J. N. Fundamentos de Matemática Elementar: Geometria Plana. São Paulo: Atual Editora,
1997.
DUARTE, E. A. Princípio da Indução Finita em conteúdos do Ensino Médio. 2015, 72f. Dissertação (Mestrado
em Matemática). Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. Disponível
em: <https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=76575>. Acesso em: 18/09/2018.
EGEA, L. P. H. Descomplicando a Matemática: utilização de atividades lúdicas no ensino da Geometria Plana. In:
Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Vol. II. Secretaria de Estado de
Educação, Superintendência da Educação, Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, Curitiba, 2014.
Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014
/2014_uem_mat_pdp_lairce_pereira_higino_egea.pdf>. Acesso em: 16/09/2018.
FAINGUELERNT, E. K. O Ensino de Geometria no 1º e 2º Graus. A Educação Matemática em Revista. SBEM,
Blumenau. n. 4, p. 45. 1995.
GEOGEBRA. GeoGebra – Aplicativos Matemáticos. 2018. Disponível em: <https://www.geogebra.org/?lang=pt
>. Acesso em: 16/09/2018.
LAMAS, R. de C. P. A Área do Círculo: Atividades Experimentais. In: Educação Matemática, Cap. VII. PROGRAD –
Pró-Reitoria de Graduação, Núcleos de Ensino da UNESP, IBIP/UNESP, São José do Rio Preto, 2011, p. 727 -735.
Disponível em: <http://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/Matematica/a-area-do-circulo-atividades-
experimentais---prof-rita.pdf>. Acesso em: 18/09/2018.

- 35 -
LEITE, Á. E.; CASTANHEIRA, N. P. Geometria plana e trigonometria. Curitiba: InterSaberes, 2014. Disponível
na Biblioteca Virtual Laureate: <https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/blackboard/content
/listContent.jsp?course_id=_198689_1&content_id=_4122211_1&mode=reset>. Acesso em: 8/09/2018.
LIZ, L. R. Polígonos e suas naturezas. GeoGebra, 2018. Disponível em: <https://www.geogebra.org/m
/UvJX2Zy9>. Acesso em: 19/09/2018.
LOPES, D. Áreas e Aplicações em Geometria. 18ª Semana Olimpíca – Olimpíada Brasileira de Matemática. São
José do Rio Preto, 2017. Disponível em: <https://www.obm.org.br/content/uploads/2017/01
/areas_e_aplicacoes_em_geometria.pdf>. Acesso em: 15/09/2018.
MACHADO, P. F. Fundamentos de Geometria plana. Belo Horizonte: CAED-UFMG, 2012. Disponível em: <
http://www.mat.ufmg.br/ead/acervo/livros/Fundamentos_de_geometria_plana.pdf>. Acesso em: 21/09/2018.
NELSON, R. Azulejos e Alhambra. Direção: Viprom Television. Produção: Davis Sauders. Espanha, 1994.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SQtE3-Rz5x8>. Acesso em: 1/10/2018.
PALHANO, N. A, V. Aprendendo Geometria Plana com o uso do GeoGebra. In: Os desafios da escola pública
paranaense na perspectiva do professor PDE. Vol. II. Secretaria de Estado de Educação, Superintendência da
Educação, Diretoria de Políticas e Programas Educacionais, Curitiba, 2013. Disponível em: <http://www.
diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde /2013
/2013_ufpr_mat_pdp_ana_aparecida_vieira_palhano.pdf>. Acesso em: 17/09/2018.
PESCO, D. U.; ARNAUT, R. G. T. Geometria Básica - Volume 2. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação CEDERJ, 2008.
PICCIONE, P. Geometria e Desenho Geométrico I. Notas do Curso MAT230 do IME-SP. 2008. Disponível em:<
https://www.ime.usp.br/~piccione/Downloads/geo-paolo.pdf>. Acesso em: 1/10/2018.
PINHO, J. L. R.; BATISTA, E.; CARVALHO, N. T. B. Geometria I. 2. ed. Florianópolis: EAD/UFSC/CED/CFM, 2010.
Disponível em: <http://www.mtm.ufsc.br/~ebatista/Eliezer_Batista_arquivos/MTM_Geometria_I_WEB.pdf>.
Acesso em: 1/10/2018.
SÉ, F. C. L. S. O Teorema de Pick e algumas aplicações para os Ensinos Fundamentais II e Médio. 2016, 56f.
Dissertação (Mestrado em Matemática). Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016. Disponível em: <
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/23309/1/DissertacaoFabiola.pdf>. Acesso em: 16/09/2018.
SOUZA, J.; GARCIA, J. Contato Matemática- Volume 2. São Paulo: FTD, 2016.

- 36 -

Você também pode gostar