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https://gestaoescolar.org.br/conteudo/286/autoavaliacao-
a-hora-de-refletir-sobre-seu-trabalho
Autoavaliação
Autoavaliação: a hora de
refletir sobre seu trabalho
Avaliar a própria postura e a prática, com a ajuda da
comunidade, é uma maneira de você crescer e se
aprimorar como gestor
Noêmia Lopes
Olhar para si mesma A avaliação do seu trabalho levou Hélia, de Cuiabá, a ter
o apoio de todos na hora de tomar decisões
O fim do ano está aí e, com ele, a chance de olhar para a trajetória percorrida
pela escola ao longo de 2012. Se você, gestor, já colocou na sua agenda fazer
um balanço dos projetos desenvolvidos, dos índices de aprendizagem, da
formação docente e da relação com a comunidade, que tal incluir outro tópico
nessa lista: a avaliação do seu papel como diretor? Afinal, a sua atuação -
assim como os demais itens - é fundamental para o bom andamento da
instituição.
A autoavaliação deve ser sua grande aliada, visto que ela permite melhorar os
processos para que a escola atinja os seus objetivos de aprendizagem. Outra
vantagem do uso dessa ferramenta é contagiar a equipe. "O
autoconhecimento é indispensável para que o gestor analise a maneira como
toma as decisões e reage diante de adversidades, mostrando a professores e
funcionários que todos têm o que aprender no processo de reflexão", afirma
José Valério Macucci, professor do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa, em
São Paulo.
Uma vez semeada internamente essa cultura, fica mais fácil envolver a
comunidade nos processos de avaliação e pedir opiniões sobre os rumos da
gestão. Trata-se, portanto, de levar em conta a percepção das outras pessoas
sobre a sua atuação - e não somente a sua própria impressão. "Quando nos
olhamos no espelho, vemos nossas qualidades, nossos defeitos e abrimo-nos
às críticas", afirma Helia Regina Cândido Ormond, diretora da EE Professora
Maria Hermínia Alves, em Cuiabá.
Até a virada de 2009 para 2010, Helia Regina, de Cuiabá, achava que a palavra
dela era lei e que, sozinha, dava conta de decidir sobre tudo. Foi durante a
inscrição da escola em um prêmio voltado às práticas da gestão que ela
questionou essa postura. Procurou a equipe e pediu conselhos. Professores e
colegas sugeriram que ela circulasse pela escola, ouvisse mais a comunidade e
não deixasse que os assuntos burocráticos roubassem todo o seu tempo.
Não foi fácil. Contudo, Helia percebeu que era hora de mudar. Logo nas
primeiras voltas pelo pátio, se deparou com uma infestação de pombas na
quadra. Se ela não fosse rapidamente coberta, seria impossível continuar a
utilizá-la. Dinheiro não havia. Não fosse a mudança de atitude, talvez esse
problema tivesse ficado sem solução. Diferentemente do que costumava fazer,
Helia convocou a comunidade para ajudá-la a decidir, contou o drama das
crianças no recreio e nas aulas de Educação Física e pediu sugestões. Ficou
surpresa: juntos, resolveram solicitar doações e vender cotas a patrocinadores.
A solução foi rápida e teve custo mínimo para a escola.
"Como gestora, preciso saber no que estou falhando e conhecer a opinião dos
outros para promover melhoras", aprendeu Helia. Com a equipe interna, ela
faz reuniões semanais, pede sugestões e registra os comentários. Depois,
analisa os apontamentos e reflete sobre o que pode aprimorar. Com os pais, a
pesquisa é bem sistematizada: duas vezes por ano, a diretora envia um
questionário com perguntas para saber o que eles pensam sobre a atuação
dela.
"Como posso achar que sou boa profissional se pais e alunos não estiverem
satisfeitos com a minha atuação?", questionava-se a vice-diretora da EMEIF
José Carlos de Pinho, em Fortaleza, Jisle Monteiro Berreza Dantas. Em 2006,
quando a escola iniciou seu processo de autoavaliação, sua inquietação
somou-se à experiência da diretora, Márcia Maria Moura de Araújo, que, em
sua carreira anterior como administradora bancária, aprendeu que toda
instituição precisa olhar para si mesma para bem funcionar.
Jisle e Márcia trabalham assim: elas pedem para que professores, funcionários
e representantes de alunos e pais respondam aos questionários, compilam os
dados e aproveitam a semana pedagógica para apresentar os pontos positivos
e os frágeis para todos. Daí nasce o plano de ação para o ano.
Se existe algum receio em receber críticas? "De jeito nenhum", diz Márcia.
"Com a consolidação dessa cultura, deixamos de trabalhar de maneira
fragmentada e hoje todos são comprometidos com o coletivo e com a
aprendizagem."
Da avaliação restrita a um processo amplo e democrático
- Público Todos devem participar. Se a escola for grande, podem ser eleitos
representantes dos vários segmentos.
Autoavaliação
Observo o movimento na escola e se há alunos fora das classes nos horários de aulas?
( ) sim ( ) não
Uso os dados das avaliações internas e externas para pensar a proposta pedagógica da
escola e discuti-la com meus colegas?
( ) sim ( ) não
Caro funcionário, sua opinião é muito importante para mim. Não deixe de
responder de forma sincera a esse questionário. Obrigado!
O diretor...
O diretor...
Para os alunos
Querido aluno! Você quer que a escola fique cada vez melhor? Então
responda a essas questões!
O diretor...
Para a família
Caros pais, preciso da sua opinião para melhor atendê-los. Por favor, respondam
ao formulário e depositem-no na caixa que se encontra na secretaria da escola.
O diretor...
Usa os murais da escola para mostrar o trabalho dos alunos e convidar para eventos?
( ) sim ( ) não
CONTATOS
EE Professora Maria Hermínia Alves, tel. (65) 3649-8067
EMEF Basílio Miguel dos Santos , tel. (94) 3324-4063
EMEIF José Carlos de Pinho, tel. (85) 3452-1881