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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS


DEPARTAMENTO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE

DISCIPLINA: Contabilidade Ambiental


PROFESSOR.: Valdério Freire
ALUNO: Ederilton Oliveira do Nascimento MAT.: 20200039263

Resumo do capítulo III

Gastos, ativos, passivos, despesas, receitas e custos ambientais.


Diante da criação da contabilidade ambiental, foi necessária a preocupação com o
reconhecimento dos fatos ambientais. Conforme abordaremos no texto, em um primeiro momento e
preciso adaptar o plano de contas contábeis para que seja possível registrar os dados que reflitam a
posição ambiental da empresa. Além disso, e necessário estar atento aos impactos ambientais e as
pressões sociais e de organizações para que as empresas adotem posturas preventivas. Nesse
sentido, trataremos dos conceitos de ativos e passivos ambientais, bem como de patrimônio líquido
e contas de resultado.
A obrigação de divulgação dos atos e fatos relacionados ao meio ambiente, há a necessidade
primaria de analisar as contas contábeis da empresa e adaptar seu plano de contas com o intuito de
registrar as informações para que os demonstrativos apresentem os dados necessários. Dessa
forma, possibilita-se a leitura da posição ambiental da empresa ao evidenciar o impacto nos
resultados, os ativos ambientais gerados e se há em seu passivo possíveis contingentes ambientais.
Plano de Contas.
Contas exclusivo para os eventos ambientais, pois estes juntamente com os demais eventos
realizados compõem o funcionamento da entidade, e, desse modo, devem ser demonstrados em
conjunto, sob pena de não apresentar, ou representar de forma fracionada a posição patrimonial da
empresa. Isto se pode observar na visão global das posturas que a entidade pode ter frente ao meio
ambiente.
Ao fazer a nova adequação de seu plano de contas visualizando seus impactos ambientais, as
empresas também devem observar os aspectos sociais e as pressões de organizações para que
adotem posturas preventivas, e não só reparadoras de eventuais prejuízos causados. Carvalho
pondera sobre esses aspectos: principalmente nos dias atuais, com o grande debate aberto sobre as
novas posturas de organismos governamentais, não governamentais e entidades, em relação ao meio
ambiente, a empresa pode ser levada a assumir uma posição de conservação, preservação ou
reparação da natureza.
Isto em termos contábeis está relacionado com custos ou despesas ambientais internalizados
pela empresa, em vez de externa lizados para a sociedade. A entidade também pode repensar o ciclo
de vida de seus produtos, através da reciclagem, gerando, assim, receitas ambientais. Essa postura
da entidade pode decorrer de uma gestão ambiental implantada ou meramente, de novas tecnologias
instaladas, que geralmente estão associadas a aquisição de ativos ambientais, os quais tem como
consequência um menor nível de poluição, uma maior produtividade1, ou mesmo a uma melhor
imagem da entidade e de seus produtos ou serviços pela sociedade.
Como pudemos perceber, a contabilidade não vem demonstrando, por meio de seus
registros, os atos e fatos ambientais. Sendo assim, nem os gestores, nem a sociedade conseguem
visualizar os impactos ambientais gerados pelas empresas. Tinoco c Kramer afirmam que essa
contabilidade e mais ambiciosa que a contabilidade tradicional, visa buscar as extremidades
negativas e registrar, avaliar e divulgar todos os eventos ambientais.
Nesse contexto, esses autores consideram eventos e impactos ambientais aqueles
relacionados a atividades de diversos setores «que afetam o patrimônio e a continuidade das
empresas, a qualidade de vida das pessoas, da fauna, da flora, dos rios e mares e que, por
conseguinte, devem ser objeto de registro, acumulação, mensuração, avaliação e divulgação pela
contabilidade empresarial.

Ativos ambientais

Para que seja possível compreender de que modo os ativos fazem parte do balanço e como
eles estão inseridos quando entendidos dentro da questão ambiental, e preciso primeiramente saber
o que é um ativo.
Os elementos patrimoniais que compreendem os ativos ambientais devem ser apresentados
sob títulos com subtítulos específicos nas demonstrações contábeis.
Os ativos circulantes ambientais referem-se aos estoques de insumos que serão utilizados no
processo operacional, ou ao final deste, com o objetivo de reduzir ou eliminar a produção de
poluentes, ou, ainda, aqueles com a finalidade de recuperar danos ambientais.

Investimento Ambiental, Imobilizado Ambiental e Intangível


Ativos não circulantes ambientais são aqueles cuja realização se dará no longo prazo e
associados com a proteção e a recuperação ambiental.
Investimentos ambientais são caracterizados por aplicação de recursos na aquisição de áreas
de conservação de recursos naturais com o objetivo especifico de promover a preservação da fauna
e da flora, ressalte-se que, mudando a intenção, o ativo tem que ser reclassificado.
Imobilizado ambiental são itens utilizados ao longo de vários períodos, especificamente, para
tratar os poluentes oriundos do processo operacional da entidade, durante a operação, ou após o final
desta. Pode incluir, também, os ativos de longa duração, destinados, exclusivamente, a recuperação
de áreas degradadas pela entidade em períodos anteriores, enquanto estiverem em atividade.
INVESTIMENTO AMBIENTAL - classificam-se como investimento ambiental os gastos
com reflorestamento ou aquisições de florestas com o objetivo de recuperar o meio ambiente ou
mantê-lo preservado.
IMOBILIZADO AMBIENTAL - são classificados como imobilizado ambiental as contas
referentes a bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da companhia ou exercidos
com essa finalidade como, por exemplo, maquinas, equipamentos e instalações adquiridas com o
propósito de proteger, preservar ou recuperar o meio ambiente, bem como reflorestamentos
realizados pela entidade. São exemplos de imobilizado ambiental a aquisição de filtros para
tratamento de efluentes ou motores que emitem menos, ou não emitem, gases tóxicos no
ambiente. O imobilizado ambiental está sujeito a depreciação ou exaustão, conforme o caso, nos
termos e percentuais estabelecidos pela legislação em vigor.
Patrimônio liquido
No que diz respeito a contabilidade ambiental, existe uma conta nesse grupo - chamada
Reservas para Contingências - que merece atenção, a qual, assim como outras reservas, e uma das
que compõem a conta Reservas de Lucros. «Ambientais como uma de suas subdivisões.
Patrimônio líquido, tendo a conta Reserva para Contingencias
A constituição de Reserva para Contingencias Ambientais e indevida, considerando que a
mesma deve ser constituída para fazer face a perdas que a empresa não pode evitar e que
independem da sua ação, como os eventos climáticos. As perdas decorrentes de danos já causados
ao meio ambiente devem ser classificadas como Passivo.
LUCROS AMBIENTALMENTE CORRETOS - As empresas podem demonstrar o seu
lucro ambientalmente correto, ou seja, aquele que considera na apuração os custos, despesas e
receitas ambientais. Por outro lado, o autor menciona que e possível ter um prejuízo ambiental, o
qual pode ser definido como resultado líquido negativo apurado, considerando a relação entre a
entidade e o meio ambiente.
Assim como no lucro, nesse caso, a empresa já deverá ter identificado, apurado e registrado
todos os fatos contábeis que envolveram a questão ambiental. Note que essas despesas estão
relacionadas primeiramente com a prevenção de problemas ambientais, depois com a manutenção
dos ativos utilizados em atividades ambientais e, por último, com questões relacionadas a
verificação de procedimentos. No que se refere a identificação das despesas ambientais, devem ser
planejadas as ações de aquisição, manuseio, transporte e desperdício, as quais gerarão resíduos
c, por consequência, se tornarão emissoras de poluentes ao meio ambiente uma vez que os resíduos
de hoje foram adquiridos, transportados, manuseados e armazenados ontem. Segregar os custos
ambientais não e uma tarefa muito fácil, pois muitos de seus componentes são intangíveis.
Os custos ambientais classificam-se sob os seguintes aspectos
Custos de Controle - destinam-se a manter as agressões ambientais dentro dos limites
estabelecidos anteriormente. Dentro da ideia de que os custos ambientais compõem o total de custos
da empresa, sendo somente um segmento de gastos especializados, «os custos ambientais são
apenas um subconjunto de um universo mais vasto de custos necessários a uma adequada tomada de
decisões. De acordo com os referidos autores, os custos ambientais compõem um sistema integrado
de fluxos materiais e monetários que percorrem a empresa. Ressaltamos que a regra para diferenciar
custos e despesas e a mesma aplicada a contabilidade tradicional, ou seja, se o gasto não está
atrelado ao processo produtivo, ele deve ser tratado como uma despesa nesse contexto de estudo
ambiental.
Goodzvill
De acordo com Carvalho, atualmente existem registrados nos demonstrativos da
contabilidade bens intangíveis, como marcas, direitos autorais e royalties.
O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos
julgamentos necessários as estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e
receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.
Portanto, as organizações passam a assumir custos ambientais e sociais antes não
considerados no processo operacional, pois estavam ao encargo do poder público ou da
sociedade. Tais atitudes produzirão uma diminuição nos resultados e retornos esperados no curto
prazo, mas propiciarão a aquisição de um nível de sustentabilidade econômica e ambiental no longo
prazo.

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